As lições que aprendi ao ser dispensado
Em 2018, eu era responsável pelo trabalho de vídeos. Às vezes, várias tarefas vinham ao mesmo tempo e precisavam ser atribuídas às pessoas certas na produção. Eu sempre pensava rapidamente em como atribuir o trabalho, mas quando eu informava o meu plano aos meus irmãos parceiros, eles sempre sugeriam acréscimos e melhoras para o meu plano. Às vezes, apontavam algo que eu não tinha levado em consideração, e eu ficava um pouco envergonhado quando eles faziam muitas sugestões. A maneira com que apontavam meus problemas sempre me levava a crer que a minha capacidade não era muito boa. Eu me perguntava o que os outros pensavam de mim como líder de equipe. Além do mais, um dos meus dois parceiros tinha uma capacidade de trabalho extraordinária. O outro tinha muita experiência profissional e acreditava em Deus havia muito tempo. Ambos consideravam os problemas de forma abrangente e não me davam chance de brilhar. Eu pensava em como, com o tempo, meus irmãos poderiam achar que, além de fazer alguns vídeos, como líder de equipe, eu não contribuía muito para o trabalho feito pelo grupo. Quanto mais pensava nisso, pior eu me sentia, e comecei a me perguntar: “Se eu conseguir fazer as coisas de um jeito um pouco melhor do que os meus parceiros, não vou poder me destacar? Minhas habilidades profissionais são boas no grupo, e os irmãos dizem que eu tenho boa entrada na vida, então, se eu passar mais tempo resolvendo os estados dos meus irmãos e compartilhar mais do meu conhecimento profissional, sem dúvida eles vão me admirar”. Assim, não importando se precisavam ou tinham problemas, eu sempre ia falar com eles sobre seus estados e comungava com eles. Além disso, eu sempre pesquisava informações técnicas e resumia as técnicas profissionais para compartilhá-las com eles. Mesmo quando isso atrasava a minha produção de vídeos, eu insistia em fazer essas coisas. Achava que pagar esse preço valia a pena.
Minhas intenções estavam erradas, por isso eu não conseguia entender o trabalho crucial, a eficácia do meu trabalho diminuiu visivelmente, e não paravam de aparecer problemas. Uma vez, cometi um erro básico que nem mesmo um novato poderia cometer, o que me deixou muito envergonhado. Pensei: “É risível que, como líder de equipe, eu cometi um erro tão básico. Se eu não restaurar a minha imagem, como poderei continuar sendo líder de equipe?”. Depois, para não ser menosprezado, eu mergulhei no meu trabalho. Eu não me interessava pelo progresso do trabalho no grupo, e toda vez que recebia uma tarefa, eu corria atribuí-la aos irmãos e não queria mais saber. Isso fez com que, várias vezes, eu atrasasse a distribuição de tarefas porque eu não acompanhava o trabalho a tempo. Eu era tão insensível nessa época. Quando essas coisas aconteciam, eu não refletia sobre mim mesmo. Mais tarde, de acordo com as exigências do trabalho, meus parceiros e eu treinamos vários novos membros de equipe. Pensei que a Lauren, que eu estava treinando, tinha um fundamento melhor do que os outros, e que, se pudesse cultivá-la rapidamente, eu provaria que a minha capacidade de cultivar pessoas era boa. No entanto, após um período de contato com ela, descobri que o calibre dela era mediano e que ela progredia lentamente. Depois disso, fui menos cuidadoso e sensível ao instruí-la. Quando ela tinha perguntas, eu dava uma resposta superficial. Às vezes, quando ela não entendia minhas respostas, eu não queria me dar ao trabalho de explicar. Como resultado, passado algum tempo, ela não só não progrediu, como ficou mais difícil para ela cumprir o dever. Mais tarde, minha parceira sugeriu ensinar técnicas à Lauren comigo, e eu pensei: “Agora você está atacando a minha imagem. Afinal, eu sou líder de equipe. Você acha que preciso da sua ajuda para ensinar Lauren? Isso me faria parecer totalmente incapaz, não faria?”. Mas percebi que o meu treinamento era ineficiente, por isso não pude rejeitá-la diretamente. Tudo que pude fazer foi concordar com relutância. A fim de recuperar dignidade, eu queria encontrar outras oportunidades para me provar. Uma vez, outro grupo teve dificuldades profissionais e pediu a minha ajuda. Pensei: “Essa é uma oportunidade rara. Se eu conseguir resolver esse problema adequadamente, os irmãos certamente me admirarão, e a minha boa reputação poderá até se espalhar para os outros grupos”. Mas quando analisei a situação, descobri que levaria muito tempo e esforço para lidar com o problema. Na época, eu já tinha muitos problemas no meu trabalho que precisavam ser resolvidos com urgência, e o problema do outro grupo não era tão urgente. Pensei que talvez devesse apenas ignorar o problema deles por ora. Mas achei que era uma boa chance de restaurar a minha imagem, portanto eu não podia deixar passar. Além disso, meus parceiros dariam conta do trabalho no nosso grupo. Conseguiriam fazê-lo sem mim, dessa vez. Pensando nisso, fui em frente com confiança total.
Passei todo o meu tempo pensando em como fazer com que os outros me admirassem, por isso não dei atenção ao trabalho do grupo, o que fez com que a produção de vídeos avançasse muito lentamente. Além disso, porque eu não acompanhei o trabalho em tempo oportuno, houve um acúmulo de tarefas, e a efetividade do trabalho caiu visivelmente. Eu era um dos supervisores principais, mas não soube como resolver esses problemas, e o meu estado foi piorando cada vez mais. Embora ficasse ocupado todos os dias, eu ainda não produzia bons resultados. Quando soube dessa situação, meu líder lidou comigo, dizendo que eu estava me concentrando em reputação e status em meu dever e que eu não estava resolvendo problemas específicos no nosso trabalho. Depois disso, embora fizesse algumas mudanças externas, eu nunca tentei conhecer a mim mesmo, e quando aconteciam coisas, eu ainda tentava proteger primeiro o meu status e a minha reputação. Mais tarde, Lauren foi transferida para outro dever porque não conseguia produzir vídeos sozinha. Antes de partir, ela resumiu alguns dos problemas que tivera no tempo em que ficou nesse dever. Ela mencionou que, quando eu lhe ensinava habilidades profissionais, ela tinha muitas dificuldades que não conseguia resolver, e que suas habilidades profissionais só melhoraram quando outra irmã começou a instruí-la. Fiquei muito irritado quando vi o que ela escreveu. Pensei: “Se meu líder e meus colegas lessem o que ela disse, o que pensariam? Certamente, pensarão que eu não consigo fazer nada”. Como meio de proteger meu status e minha imagem, procurei meu líder para relatar os problemas da Lauren, diminuí deliberadamente o calibre dela, exagerei como ela era superficial em seus deveres e discutia muito, e ressaltei as deficiências na humanidade dela. Fiquei surpreso quando meu líder disse: “Se isso é verdade, talvez não seja apropriado deixar que ela regue recém-convertidos”. Nunca imaginei que as minhas palavras poderiam ter tais consequências. Se Lauren não fosse capaz de regar recém-convertidos por causa do que eu dissera, eu realmente estaria cometendo o mal. Eu quis explicar tudo ao meu líder, mas pensei em como a minha imagem já era ruim na mente de todos. Se eu fosse honesto em relação a isso, então, além de parecer inútil no meu trabalho, as pessoas pensariam que eu tinha humanidade ruim. Então eu disse algo ambíguo ao líder: “Você devia investigar isso”. Mais tarde, após investigar e verificar, o líder descobriu que os problemas de Lauren não eram tão sérios quanto eu tinha alegado e não a transferiu.
Porque, na teimosia, eu buscava reputação e status, e porque eu me recusava a mudar, com base nas avaliações dos meus irmãos, meu líder disse que eu era irresponsável no meu dever, que eu não fazia trabalho prático, só fazia coisas para melhorar a minha imagem, e então me dispensou por causa dessas coisas. Eu não entendia. Eu me ocupava tanto com o meu dever todos os dias, e esse era o resultado. Se meus irmãos descobrissem a razão pela qual eu havia sido dispensado, eles diriam que eu tinha humanidade ruim e que não era alguém que busca a verdade. Como eu os encararia no futuro? Pensando nisso, senti uma tristeza indizível, mas eu sabia que, antes de mais nada, eu devia obedecer. Eu tinha seguido essa senda e só podia culpar a mim mesmo. Nesse tempo, eu quis refletir sobre meus problemas, então orei a Deus e pedi que Ele me guiasse para eu me conhecer.
Mais tarde, eu li algumas das palavras de Deus e encontrei uma passagem que descrevia perfeitamente o meu estado. Deus Todo-Poderoso diz: “Os anticristos vivem cada dia apenas em prol de status e reputação, vivem apenas para se regozijar com os benefícios do status; é só nisso que pensam. Mesmo quando sofrem ocasionalmente algumas dificuldades menores ou pagam algum preço trivial, isso é em prol de obter status e reputação. Buscar status, deter poder e ter uma vida fácil são as coisas principais pelas quais os anticristos sempre tramam uma vez que acreditam em Deus, e eles não desistem até alcançar os seus objetivos. Se suas ações malignas são expostas em algum momento, eles entram em pânico, como se o céu estivesse prestes a cair sobre eles. Não conseguem comer nem dormir e parecem estar em transe, como se estivessem sofrendo de depressão. Quando as pessoas lhes perguntam o que houve de errado, eles inventam mentiras e dizem: ‘Ontem, estive tão ocupado que não dormi a noite toda, por isso estou muito cansado’. Mas, na verdade, nada disso é verdade, é tudo enganação. Sentem-se assim porque estão constantemente ponderando: ‘As coisas malignas que fiz foram expostas; como, então, posso restaurar meu status e minha reputação? Que meios posso usar para me redimir? Que tom posso usar com todos para explicar isso? O que posso dizer para impedir que as pessoas me percebam?’. Por muito tempo não conseguem decidir o que fazer e por isso ficam deprimidos. Às vezes, seus olhos ficam fixados num único ponto, e ninguém sabe para o que estão olhando. O problema faz com que eles quebrem a cabeça, esgotem toda linha de raciocínio, e eles não querem comer nem beber. Apesar disso, continuam a passar a impressão de que se preocupam com o trabalho da igreja e perguntam às pessoas: ‘Como vai o trabalho evangelístico? Com que eficácia o evangelho está sendo pregado? Os irmãos e irmãs ganharam entrada na vida recentemente? Alguém tem causado perturbações ou interrupções?’. Essas suas perguntas sobre o trabalho da igreja servem para se exibir aos outros. Se ficassem mesmo sabendo de problemas, eles não teriam como resolvê-los, por isso suas perguntas são uma mera formalidade que os outros são propensos a ver como preocupação com o trabalho da igreja. Se alguém fizesse um relatório dos problemas da igreja para que eles os resolvessem, eles só balançariam a cabeça. Nenhum esquema adiantaria, e, embora quisessem se disfarçar, eles não conseguiriam e correriam o risco de ser expostos e revelados. Esse é o maior problema que os anticristos enfrentam em toda a sua vida. […] Em qualquer lugar em que os anticristos detiverem poder, não importa qual seja o escopo de sua influência, mesmo que seja apenas um grupo, eles influenciarão o trabalho da casa de Deus e a entrada na vida de uma parte do povo escolhido de Deus. Se eles detiverem poder numa igreja, o trabalho da igreja e a vontade de Deus serão impedidos ali. Por que os arranjos de trabalho da casa de Deus não podem ser implementados em certas igrejas? É porque os anticristos detêm poder nessas igrejas. Qualquer um que for um anticristo não se despenderá sinceramente por Deus, o desempenho de seus deveres só será uma questão de formalidades e de agir sem se envolver. Eles não farão trabalho de fato, mesmo que sejam líderes ou obreiros, e eles só falarão e agirão em prol de nome, ganhos e status, sem proteger, nem um pouco, o trabalho da igreja. Então, o que é que os anticristos fazem o dia todo? Eles se ocupam com fingimentos e exibição. Fazem apenas coisas que envolvem prestígio e status seus. Ocupam-se enganando os outros, seduzindo pessoas, e quando tiverem reunido suas forças, eles controlarão mais igrejas. Eles só desejam reinar como reis e transformar a igreja em seu reino independente. Só querem ser o grande líder, ter autoridade completa e unilateral, controlar mais igrejas. Eles não se preocupam com mais nada. Não se preocupam com o trabalho da igreja nem com a entrada na vida do povo escolhido de Deus, muito menos se preocupam com o cumprimento da vontade de Deus. Só se preocupam com quando podem deter poder independentemente, controlar o povo escolhido de Deus e ficar em pé de igualdade com Deus. Os desejos e as ambições dos anticristos são realmente enormes! Não importa quanto os anticristos pareçam ser trabalhadores, eles estão apenas ocupados com os próprios empreendimentos, fazendo o que gostam de fazer, e com coisas relacionadas a seu prestígio e seu status. Eles nem sequer pensam nas suas responsabilidades ou no dever que deveriam estar cumprindo, e não fazem nada corretamente. É esse tipo de coisa que os anticristos são — eles são o diabo Satanás, que interrompe e perturba a obra de Deus” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 2”). A palavra de Deus revelou que os anticristos só vivem por reputação e status e nunca fazem trabalho prático. A fim de impedir que os outros os discirnam e os enxerguem totalmente, eles quebram a cabeça para encontrar jeitos de manter sua posição e atrasam, contentes, o trabalho da igreja para fazer isso. Eu refleti sobre todas as minhas ações e o meu comportamento desde que me tornara líder de equipe, e vi que tinha me comportado igual a um anticristo. Quando vi que os meus parceiros viam problemas de forma mais abrangente, e como eles sempre apontavam as deficiências no meu trabalho, eu temi que os meus irmãos pensariam que o meu calibre era baixo e que eu era incompetente no meu trabalho, então aproveitei cada oportunidade para recuperar a minha dignidade. Passei um tempo organizando informações sobre habilidades profissionais para que todos vissem que eu carregava um fardo e entendia essas coisas. Até pus de lado e ignorei problemas urgentes no meu grupo que precisavam ser resolvidos e, em vez disso, passei um tempo resolvendo o problema de outro grupo, para me exibir. Depois que cometi um erro no meu vídeo, eu temia que os meus irmãos diriam que as minhas habilidades eram ruins, por isso pus de lado o trabalho do grupo e mergulhei nas minhas tarefas, esperando cumprir bem as tarefas para provar que eu tinha habilidade. E eu usei a cultivação de outras pessoas como chance de me provar, mas quando descobri que Lauren não crescia o bastante para exibir as minhas habilidades, comecei a agir de modo frio e superficial em relação a ela, o que impediu que ela dominasse as habilidades. Eu só me importava com a busca de status e reputação e fazia coisas que me beneficiavam, e não fazia trabalho real. Causei atrasos e danos ao trabalho da igreja. Esse meu comportamento não era igual ao de um anticristo? Mesmo quando Lauren foi transferida do dever dela, eu não me senti culpado, e visto que ela apontou minhas falhas e deficiências, tentei me justificar e defender para proteger reputação e status, menosprezando e julgando a irmã, e quase fiz com que ela fosse transferida de novo. Eu fui realmente cruel, egoísta e desprezível! Pensando em todos os danos que eu tinha causado ao trabalho da igreja e à Lauren, eu me senti péssimo. Essas ações tinham manchado minha senda de crença em Deus! Mais tarde, orei a Deus para confessar e me arrepender.
Um dia, li uma passagem da palavra de Deus: “Quando Deus pede que as pessoas deixem de lado status e prestígio, não é que Ele esteja privando as pessoas do direito de escolha; pelo contrário, é porque, enquanto buscam prestígio e status, as pessoas interrompem e prejudicam o trabalho da igreja e a entrada do povo escolhido de Deus na vida, e podem até influenciar como os outros comem e bebem as palavras de Deus, compreendem a verdade, e assim alcançam a salvação de Deus. Esse fato é indiscutível. Quando as pessoas buscam seu prestígio e status, é certo que elas não buscarão a verdade e que não cumprirão seu dever fielmente. Só falarão e agirão em prol de prestígio e status, e todo trabalho que fazem, sem a menor exceção, é com esse fim. Comportar-se e agir dessa forma é, sem qualquer dúvida, trilhar a senda dos anticristos; é uma interrupção e perturbação da obra de Deus, e todas as suas várias consequências estão impedindo a propagação do evangelho do reino e o fluxo livre da vontade de Deus dentro da igreja. Assim, pode-se dizer com certeza que a senda trilhada pelos que buscam status e prestígio é a senda de resistência a Deus. É resistência intencional a Ele, é contradizê-Lo — é cooperar com Satanás em resistir a Deus e em colocar-se em oposição a Ele. Essa é a natureza da busca das pessoas por status e prestígio. O problema com a busca das pessoas por seus interesses é que os objetivos que elas buscam são os objetivos de Satanás — são objetivos perversos e injustos. Quando as pessoas buscam interesses pessoais tais como prestígio e status, elas involuntariamente se tornam uma ferramenta de Satanás, se tornam um canal para Satanás e, além disso, se tornam uma personificação de Satanás. Elas exercem um papel negativo na igreja; no que diz respeito ao trabalho da igreja, à vida normal de igreja e à busca normal do povo escolhido de Deus, o efeito que elas têm é perturbar e prejudicar; elas têm um efeito adverso e negativo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 1”). Depois de ler a palavra de Deus, finalmente eu percebi que, quando eu buscava status e protegia meus interesses pessoais, em essência, eu estava agindo como servo de Satanás e interrompendo o trabalho da igreja. Eu sabia que as minhas habilidades profissionais não eram tão boas quanto as dos meus parceiros. Se eu tivesse conseguido aprender humildemente e cooperar com eles em harmonia, não somente eu teria feito algum progresso nas minhas habilidades como teria, também, sido capaz de entender algumas verdades princípios. Isso teria sido algo bom para mim. Mas eu não sabia o que era bom para mim. O título de “líder de equipe” me fez perder a cabeça. Eu não passava o tempo cumprindo o meu dever nem despendendo esforço no trabalho. Em vez disso, inventava jeitos de me disfarçar e de me exibir para que os outros me admirassem. Eu ocupava a posição de líder de equipe sem fazer trabalho prático e impedia e atrasava o progresso do nosso trabalho. Deus odeia e detesta as coisas que eu fiz. Minha dispensa mostrou o caráter justo e a proteção de Deus para mim. Pensando no dano que eu tinha causado ao trabalho da igreja, eu me senti muito culpado. Orei a Deus: “Deus, meu desejo de status é forte demais! Sem essa revelação, não sei até quando eu teria permanecido entorpecido. Eu quero usar esse fracasso para refletir adequadamente sobre mim mesmo e resolver o meu problema”.
Mais tarde, quando buscava uma senda de prática, eu li duas passagens das palavras de Deus: “Não faça as coisas sempre pelo seu bem e não considere constantemente seus interesses; não considere os interesses do homem, e não pense em seu orgulho, reputação e status. Primeiro, você precisa considerar os interesses da casa de Deus, e fazer deles sua prioridade. Você deve ser atencioso para com a vontade de Deus e começar por contemplar se houve ou não impurezas no cumprimento do seu dever, se você foi devoto, cumpriu suas responsabilidades, e deu tudo de si, e também se você tem pensado ou não, de todo o coração, sobre seu dever e o trabalho da igreja. Você deve considerar essas coisas. Se refletir sobre elas com frequência e entendê-las, será mais fácil, para você, cumprir bem seu dever” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). “Se as pessoas só buscarem prestígio, lucro e status — se só buscarem os próprios interesses —, elas jamais ganharão a verdade e vida, e, no fim, serão elas que sofrerão uma perda. Deus salva aqueles que buscam a verdade. Se você não aceitar a verdade e se for incapaz de refletir sobre seu caráter corrupto e de conhecê-lo, você não se arrependerá verdadeiramente e você não terá entrada na vida. Aceitar a verdade e conhecer a si mesmo são a senda para crescimento na vida e para alcançar salvação, são a oportunidade de vir para diante de Deus para aceitar Seu escrutínio, julgamento e castigo e para ganhar a verdade e vida. Se você desistir de buscar a verdade em nome da busca de reputação e status e de seus interesses, isso equivale a desistir da oportunidade de aceitar o julgamento e o castigo de Deus e de alcançar salvação. Você está escolhendo prestígio, lucro e status e seus interesses, mas aquilo do que está desistindo é a verdade, e o que você está perdendo é a vida e a chance de ser salvo. O que é mais importante? Se você escolhe seus interesses e desiste da verdade, isso não é tolo? Para dizê-lo em termos coloquiais, isso é sofrer uma perda grande em prol de uma vantagem pequena. Prestígio, lucro, status, dinheiro e interesses são todos temporários, são todos efêmeros, enquanto a verdade e vida são eternas e imutáveis. Se as pessoas resolverem os caracteres corruptos que as fazem buscar prestígio, lucro e status, elas terão a esperança de alcançar a salvação. Além do mais, as verdades que as pessoas ganham são eternas; Satanás não pode tirar essas verdades das pessoas nem qualquer outra pessoa pode. Você renuncia a seus interesses, mas o que você ganha são a verdade e a salvação; esses resultados são seus, e você os ganhou para si mesmo. Se optarem por praticar a verdade, então, embora tenham perdido os interesses, as pessoas estão ganhando a salvação de Deus e a vida eterna. Essas pessoas são as mais inteligentes. Se as pessoas desistem da verdade em nome de seus interesses, elas perdem a vida e a salvação de Deus; essas pessoas são as mais tolas” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Conhecer o caráter que se tem é o fundamento para mudá-lo”). A palavra de Deus me mostrou que, em nosso dever, devemos renunciar às nossas intenções e desejos incorretos. Em vez de buscar status e reputação, devemos sempre colocar os interesses da igreja em primeiro lugar. Só praticar assim se conforma à vontade de Deus, e isso é o mínimo que uma pessoa com consciência e razão deve fazer. Quando reconheci essas coisas, renunciei conscientemente à minha carne, deixei de dar atenção a status e reputação, e me concentrei em cumprir adequadamente o meu dever. Além de completar minhas tarefas de produção, anotei os problemas e desvios frequentes no meu trabalho e no dos outros, e os levei aos líderes de equipe e aos meus irmãos para discutir e encontrar soluções. Praticar assim beneficiou a todos, e fomos capazes de fazer progressos nas nossas habilidades profissionais. Quando vi esse resultado, agradeci a Deus. Esse era o resultado de todos cumprirem seu dever de um só coração e de uma só mente. No passado, eu sempre tentava proteger status e reputação. Sempre fazia as coisas para melhorar minha imagem e me exibir no meu dever, eu não resolvia nenhum problema prático, e tudo que eu deixava pelo caminho eram transgressões. Mas quando parei de pensar em reputação e status, e, ao contrário, tomei a iniciativa de revelar os erros e as deficiências no trabalho, não somente meus irmãos não me menosprezaram, como discutiram e cooperaram comigo, e nós encontramos uma maneira melhor de cumprir nosso dever. Foi só então que vi como eu tinha sido tolo ao me disfarçar e exibir. Se eu tivesse praticado desse jeito mais cedo, eu não teria atrasado o trabalho.
Algum tempo depois, minha líder arranjou para mim um trabalho de meio período regando recém-convertidos. Ela disse que, já que alguns recém-convertidos ainda não tinham fundamento no caminho verdadeiro, eles estavam ficando passivos, fracos e não vinham às reuniões quando enfrentavam dificuldades ou quando os pastores os perturbavam, por isso precisavam de apoio urgente por meio da rega. Embora eu soubesse que esse dever era muito importante, eu relutei um pouco. Isso foi principalmente porque era um trabalho de meio período, então, por melhor que eu me saísse, ninguém no nosso grupo saberia. Então achei que poderia muito bem passar mais tempo no meu trabalho principal. Poderia usar meu tempo livre para melhorar minhas técnicas profissionais. Se eu me tornasse mais eficiente em meu trabalho, meus irmãos me admirariam. Então, por esse motivo, eu não queria trabalhar demais na rega dos recém-convertidos. Mas ao longo dos dias seguintes, senti que o meu estado estava errado, então me abri e comunguei com meus irmãos, e foi aí que percebi que eu ainda buscava status e reputação. Eu li na palavra de Deus: “Embora a maioria das pessoas diga que busca a verdade com alegria, quando chega a hora de colocar isso em prática ou de pagar um preço por isso, algumas pessoas simplesmente desistem. Em essência, isso é traição. Quanto mais crucial for o momento, mais você precisará desistir de interesses carnais e renunciar a vaidade e orgulho; se for incapaz de fazer isso, você não poderá ganhar a verdade, e isso mostra que você não é obediente a Deus. Se, quanto mais crucial for o momento, as pessoas forem mais capazes de se submeter e abrir mão de seus interesses próprios, da vaidade e do orgulho e cumprirem seus deveres corretamente, apenas então elas serão lembradas por Deus. Tudo isso são boas ações! Independentemente do dever que as pessoas cumpram ou do que façam, o que é mais importante — seu orgulho e vaidade ou a glória de Deus? O que as pessoas deveriam escolher? (A glória de Deus.) O que é mais importante — suas responsabilidades ou seus interesses próprios? Cumprir suas responsabilidades é o mais importante, e você tem uma obrigação para com elas” (A comunhão de Deus). Depois de ler a palavra de Deus, vi claramente que, fosse eu admirado ou não, esse era o meu dever, o que significava que era minha responsabilidade e uma comissão de Deus. Eu devia aceitá-lo e tratá-lo com sinceridade. Eu não podia ficar calculando em prol de status e reputação. A igreja precisava de pessoal para o trabalho de rega, e se eu não quisesse cumprir esse dever só porque ele não me oferecia uma chance de me exibir, eu não seria insensato e irracional? Naquela noite, ouvi um hino da palavra de Deus intitulado “Você está disposto a dar a Deus o amor em seu coração?”. A letra dizia: “Deus preza o amor de cada homem. Para com todos os que O amam, Suas bênçãos são redobradas, pois o amor do homem é tão difícil de se encontrar, e há tão pouco dele” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A senda… (3)”). Fiquei muito comovido. Quanto mais o trabalho da igreja precisa ser protegido, mais devo cumprir meu dever e minha responsabilidade. Eu não podia decepcionar Deus mais uma vez. Embora tivesse muitas deficiências ao regar os recém-convertidos e encontrasse muitas dificuldades, quando corrigi meus motivos e confiei em Deus, eu vi a orientação de Deus, e pouco depois alguns recém-convertidos que eu regava já estavam conseguindo vir às reuniões normalmente.
Pouco depois, a igreja me pôs a cargo de outra tarefa. Dessa vez, por mais que eu estivesse ocupado com o meu trabalho, eu acompanharia o progresso do grupo e atribuiria tarefas a tempo. Por um tempo, eu também analisei o nosso trabalho junto com os irmãos para resolver as dificuldades deles, e para as coisas que eu não entendia, eu procurei pessoas com habilidades boas para resolvê-las. Aos poucos, os resultados do trabalho melhoraram significativamente. Eu sabia que tudo isso era graças à orientação e às bênçãos de Deus. No passado, eu só me importava com status e reputação. Agora, posso renunciar um pouco à busca de status, conscientemente proteger o trabalho da igreja e cumprir meu dever com os pés no chão. Tudo isso é o resultado alcançado pelas palavras de Deus. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.