O que estava por trás da acomodação

11 de Março de 2025

Por Xinlu, Estados Unidos

No final de maio do ano passado, assumi o trabalho de rega na igreja. Nossa líder de equipe na época, a irmã Wang, só me indicou as reuniões de grupo que eu devia regar, mas não me forneceu detalhe algum, como as condições dos recém-convertidos ou quais de seus problemas precisavam de atenção imediata. Eu a procurei e perguntei, mas ela disse algumas coisas rápidas e logo passou a fazer outra coisa. Tendo a ser uma pessoa bastante vaidosa — preocupo-me muito com o que as outras pessoas pensam de mim, por isso foi realmente perturbador ver a irmã Wang ser um pouco fria comigo. Perguntei-me por que ela teria esse tipo de atitude em relação a mim. Eu tinha acabado de assumir esse trabalho, portanto não estava familiarizada com muitos detalhes sobre ele. Ela não estava me ajudando a me familiarizar com ele, e me pareceu descontente quando perguntei. Pensei: “Tudo bem, então! Vou tateando e sentindo meu caminho para não aborrecê-la com as minhas perguntas”. Nas nossas interações posteriores, eu pisava em ovos. Conversava mais com ela quando ela estava de bom humor, mas quando ela estava mais calada, eu mantinha uma distância respeitosa.

Em meados de agosto, nosso líder arranjou que a irmã Wang e eu trabalhássemos juntas como líderes de equipe. A ideia de trabalhar ao lado dela foi um pouco estressante para mim. Eu temia fazer algo de que ela não gostasse e a irritasse, e isso tornaria a nossa relação estranha. A despeito dos meus esforços, isso acontecia mesmo assim. Alguns dias mais tarde, descobri que os irmãos de um grupo não compartilhavam muita comunhão nas reuniões e estavam sempre sonolentos. Não estavam obtendo bons resultados em sua vida de igreja. Fui discutir o assunto com a irmã Wang, para ver se devíamos investigar os problemas que esses irmãos estavam tendo, para lhes oferecer mais ajuda e apoio. Mas ela disse, irritada: “Temos todos esses recém-convertidos agora, e o nosso trabalho é tão corrido. Como cuidar de cada um dos grupos?”. Eu disse: “Os recém-convertidos ainda não estabeleceram um bom fundamento no caminho verdadeiro, por isso, se não receberem muita rega e apoio, eles serão facilmente enganados por mentiras e tenderão a desistir. Só realizar algumas reuniões não basta — devemos acompanhá-los para ver em que tipo de estado se encontram e focar na resolução dos seus problemas. Se você não tiver tempo, posso acompanhá-los e oferecer-lhes um pouco de apoio”. Seu olhar azedou, e ela disse bruscamente: “Antes, sempre nos reuníamos desse jeito e isso nunca foi um problema. Está tão ansiosa por fazer isso para mostrar a todos como você é capaz? Se quiser ir, vá!”. E então ela virou e foi embora. Senti-me bastante injustiçada. Era como se eu tivesse acabado de dar a minha opinião e estivesse pensando em alcançar algo no nosso trabalho. Por que ela me tratou mal desse jeito? Ficou irritada por eu ter lhe dado uma sugestão? Como conviveríamos no futuro se as coisas já estavam tão difíceis no início da nossa parceria? Nós nos víamos o tempo todo — que situação desagradável! Decidi que não seria mais tão aberta sobre a minha perspectiva, mas apenas a acompanharia para que as coisas não ficassem muito difíceis entre nós.

Depois disso, sempre que a irmã Wang e eu estávamos discutindo problemas ou falando sobre o nosso trabalho, eu observava com cuidado a atitude dela quando expressava a minha opinião. Se ela aceitava e concordava, eu continuava falando, mas se ela discordava, eu falava com muito tato ou simplesmente contornava o assunto, e mesmo tendo certeza de que eu estava certa, eu não insistia. Uma vez, antes de uma reunião, ela enviou um documento a um grupo de reunião que ela disse ser um resumo de algumas das noções e confusões dos recém-convertidos, e das abordagens para comungar e resolvê-los, para que todos usassem como referência ou como algo com o qual pudessem aprender. Eu vi que, em alguns lugares, a comunhão estava um pouco errada e não conseguia resolver os problemas primários. Compartilhei a minha opinião com ela e sugeri que ela fizesse algumas mudanças, mas ela discordou e inventou todo tipo de desculpa para se manter firme. Vendo como ela estava resolvida, achei que certamente ela se aborreceria se eu continuasse falando sobre isso. Por isso, disse com muito tato: “Eu estava apenas compartilhando a minha opinião, e ela não é necessariamente correta. Talvez devêssemos consultar o líder sobre isso”. Depois disso, a atmosfera tensa aliviou um pouco, e eu soltei um suspiro de alívio. O líder disse que as abordagens da irmã Wang para a comunhão e as suas soluções não eram muito corretas, então ela finalmente cedeu. Em outra ocasião, ofereci algumas sugestões sobre um documento que ela tinha preparado para uma reunião, mas ela não aceitou. Ela resistiu bastante porque tínhamos ideias diferentes sobre o assunto, por isso, na reunião, ela compartilhou uma comunhão dizendo que eu era muito arrogante. A irmã Wang estava falando da corrupção que ela tinha revelado, mas ainda assim ela me deixou muito agitada. Percebi que essa era a impressão que ela tinha de mim, então, já que ela não conseguia aceitar nenhuma das minhas sugestões, eu decidi me manifestar menos no futuro. Se as coisas ficassem difíceis entre nós, seria tão embaraçoso! Ao discutir problemas depois disso, fiz um esforço para falar com muita delicadeza e não agi com total liberdade no nosso trabalho nos grupos. Às vezes, quando percebia que as coisas não estavam indo muito bem no trabalho pelo qual ela era responsável e que alguns problemas não eram resolvidos a tempo, eu hesitava em mencionar isso a ela. Tinha medo de fazer algo de que ela não gostasse, pois ela ficaria mais aborrecida e ressentida comigo. Tentei acomodá-la o máximo possível no nosso dever, para que ela me visse com bons olhos. Às vezes, eu pensava que eu também era líder de equipe, portanto todo o trabalho da equipe estava dentro do escopo da minha responsabilidade. Eu não deveria perguntar por que os grupos dela não estavam indo muito bem, para que pudéssemos resolver esses problemas o quanto antes? Mas depois pensei que, se fizesse isso, a irmã Wang poderia pensar que eu não confiava nela, que estava me intrometendo no trabalho pelo qual ela era responsável. Se isso ofendesse o orgulho dela, ela poderia sentir uma resistência ainda maior contra mim. Pensando assim, não levei isso adiante. Foi assim que o fardo insignificante que eu carregava no meu dever simplesmente desapareceu.

Alguns dias depois, a irmã Wang foi transferida para cumprir outro dever. Quando assumi o trabalho dela, vi que os regadores sob a responsabilidade dela não tinham assumido um fardo e não vinham compartilhando comunhão com os recém-convertidos sobre seus problemas em tempo oportuno. Como resultado, alguns recém-convertidos foram seduzidos por rumores e ficaram com medo de participar das reuniões, e alguns quase abandonaram a igreja devido à perturbação dos pastores das suas antigas igrejas. Fiquei atordoada ao ver todos esses problemas. Senti um tipo de desconforto que não consigo expressar — senti-me culpada e angustiada demais. O trabalho pelo qual a irmã Wang havia sido responsável tinha problemas tão evidentes dos quais eu não fazia ideia — o que eu estava fazendo no meu dever? Eu era líder de equipe, mas nunca tinha investigado nem me importado com essas tarefas. Isso era um grande descuido da minha parte! Lembrei-me de algo nas palavras de Deus: “Quão leais vocês são a Mim? Como Me serviram? E quanto a tudo que Eu lhes tenho concedido e feito por vocês? Vocês calcularam tudo isso? Vocês todos julgaram e compararam isso com essa mínima consciência que vocês têm? Suas palavras e ações poderiam ser dignas de quem? Poderia ser que esse seu sacrifício minúsculo seja digno de tudo o que Eu concedi a vocês? Eu não tenho outra escolha e tenho sido dedicado a vocês de todo o coração, mesmo assim vocês abrigam intenções maldosas e são indiferentes para Comigo. Essa é a extensão do seu dever, da sua única função. Não é assim? Vocês não sabem que fracassaram totalmente em desempenhar o dever de um ser criado? Como vocês podem ser considerados seres criados? Não está claro para vocês o que estão expressando e vivendo?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença entre o ministério de Deus encarnado e o dever do homem”). Ao ler essas palavras de Deus, senti que Ele estava me repreendendo face a face. Foi tão pungente, tão doloroso. Eu não fazia ideia de como poderia responder a essas perguntas de Deus e me senti envergonhada demais para tentar respondê-las. “Mesmo assim vocês abrigam intenções maldosas e são indiferentes para Comigo.” Não era exatamente assim que eu estava tratando a comissão de Deus para mim? Deus me elevou para tomar conta do trabalho de rega, mas eu não estava pensando em como trabalhar bem com a irmã Wang nesse dever nem em como ajudar os recém-convertidos a estabelecer rapidamente um fundamento no caminho verdadeiro. Em vez disso, eu só pensava em como proteger status e imagem, em como bajular a irmã Wang e manter as coisas amigáveis com ela. Eu preferia atrasar a obra da casa de Deus a sacrificar essa relação pessoal. Como resultado, muitos recém-convertidos não compareceram devidamente às reuniões e alguns quase desistiram. Como é que isso contava como cumprir um dever? Ficou claro que eu estava cometendo o mal! Cheia de remorso, orei: “Deus, não cumpri a minha responsabilidade; não cumpri o meu dever. Quero arrepender-me, e peço que Tu me ilumines e guies para que eu possa refletir e conhecer a mim mesma”.

Mais tarde, li isto nas palavras de Deus: “O comportamento das pessoas e suas maneiras de lidar com o mundo devem se basear nas palavras de Deus; esse é o princípio mais básico para a conduta humana. Como as pessoas podem praticar a verdade se elas não entendem os princípios da conduta humana? Praticar a verdade não se trata de dizer palavras vazias ou gritar chavões. Antes, trata-se do fato de que, não importa o que as pessoas encontram na vida, se isso envolve os princípios de conduta humana, suas perspectivas sobre as coisas ou a questão de desempenhar deveres, elas são confrontadas com uma escolha e deveriam buscar a verdade, buscar uma base e princípios nas palavras de Deus, e então encontrar uma senda de prática. Aqueles que conseguem praticar dessa forma são pessoas que buscam a verdade. Ser capaz de buscar a verdade desse jeito, por maiores que sejam as dificuldades encontradas, é trilhar a senda de Pedro, a senda de buscar a verdade. Por exemplo: qual princípio deveria ser seguido quando se trata de interagir com os outros? Talvez seu ponto de vista original seja que ‘a harmonia é um tesouro; a tolerância é o brilho’, e que você deveria ficar bem com todos, evitar envergonhar os outros e ofender alguém, e assim alcançar boas relações com os outros. Restrito por esse ponto de vista, você fica em silêncio quando vê os outros fazendo coisas ruins ou violando os princípios. Prefere que o trabalho da igreja sofra perdas a ofender alguém. Procura ficar bem com todos, não importa quem sejam. Quando fala, só pensa em sentimentos humanos e em preservar sua reputação, e sempre diz palavras agradáveis para agradar os outros. Mesmo que descubra que alguém tem problemas, você escolhe tolerá-lo e só fala dele pelas costas, mas na frente da pessoa você evita o conflito e mantém o relacionamento. O que você acha de tal conduta? Não é a de um bajulador? Não é bastante ardilosa? Ela viola os princípios da conduta humana. Comportar-se dessa maneira não é desprezível? Aqueles que agem assim não são boas pessoas, essa não é uma maneira nobre de se conduzir. Não importa quanto você sofreu e não importa quantos preços pagou, se você se conduzir sem princípios, então terá falhado nesse aspecto, e sua conduta não será reconhecida, lembrada ou aceita diante de Deus(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Para desempenhar bem o dever, deve-se, no mínimo, possuir consciência e razão”). “Quando algo lhe acontece, você vive segundo filosofias para os tratos mundanos, e não pratica a verdade. Você sempre teme ofender os outros, mas não teme ofender a Deus, e até sacrificará os interesses da casa de Deus para proteger suas relações interpessoais. Quais são as consequências de agir dessa forma? Você terá protegido muito bem suas relações interpessoais, mas terá ofendido a Deus, e Ele detestará e rejeitará você e Se irritará com você. O que é melhor, no final das contas? Se você não souber dizer, então está completamente confuso; isso prova que você não tem a mínima compreensão da verdade. Se continuar assim sem nunca acordar, o perigo é realmente grande, e se você não puder alcançar a verdade no fim, será você que terá sofrido uma perda(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus foram difíceis para mim e entraram diretamente no coração. Eu sou exatamente o tipo de pessoa que Deus descreve. Pensei no meu tempo de trabalho com a irmã Wang — vi que os irmãos não estavam num estado maravilhoso e mencionei que não devíamos apenas agir sem nos envolver nas reuniões, mas que devíamos fazer o nosso melhor para obter alguns resultados e, depois disso, acompanhá-los e apoiá-los. Ela não só não concordou, como disse que eu só queria me exibir. Num esforço para preservar a minha relação com ela, comecei a observar as reações dela e a adaptar o meu comportamento a isso. Ao discutir o trabalho, eu falava francamente quando ela concordava comigo, mas quando ela discordava ou parecia infeliz, eu simplesmente me alinhava ao que ela queria. Quando vi que as palavras de Deus que ela encontrou não se alinhavam aos estados reais dos recém-convertidos e ela não foi receptiva às minhas sugestões, eu não insisti, fazendo um esforço para preservar a harmonia entre nós, mesmo sabendo que alinhar-me a ela não resolveria os problemas dos recém-convertidos. Por causa dessa suposta harmonia, quando vi que a rega não estava indo bem nos grupos pelos quais ela era responsável, como líder de equipe, eu devia ter me importado e investigado isso, mas não fiz nenhum acompanhamento real nem tentei resolver o problema, temendo que ela desenvolvesse preconceitos contra mim. Isso acabou atrasando o trabalho da casa de Deus. Olhei para o meu comportamento e vi que acomodar-me dessa forma não era porque eu tinha boa humanidade, mas apenas porque eu tinha um caráter satânico escorregadio e enganoso. Eu estava fingindo, atuando, e esse era um jeito de ser uma bajuladora de pessoas. Meu dever era a comissão que Deus tinha me dado, por isso eu devia fazê-lo lealmente diante de Deus, defender os princípios da verdade e proteger os interesses da casa de Deus. Mas eu tinha tanto medo de ofender a irmã Wang que acabei protegendo a nossa relação pessoal. Mesmo quando eu sabia que ela estava errada, eu não mencionava os problemas dela, e apenas enfiava a cabeça na areia e cedia totalmente a ela. Não fiz as coisas que podia ter feito. Eu fui tão egoísta e desprezível! Eu afirmava ter fé em Deus, mas não tinha um lugar para Deus no meu coração e realmente não tinha a menor reverência por Ele. Eu via a perspectiva de outra pessoa como mais importante do que qualquer outra coisa. Estava disposta a ofender a Deus só para poder proteger a minha relação com outra pessoa. Que rebelde da minha parte!

Mais tarde, eu soube que, durante essa época, a Irmã Wang tinha uma atitude ruim em relação a mim porque estava presa num estado de luta por reputação e ganho, e estava sempre competindo comigo. Se eu tivesse sido capaz de me ater aos princípios da verdade quando descobri problemas no trabalho dela, se a tivesse ajudado com comunhão sempre que possível e a tivesse tratado e exposto onde podia, em vez de ter medo de ofendê-la, se tivesse dado prioridade ao trabalho da casa de Deus e cumprido o meu dever e a minha responsabilidade, isso provavelmente teria impedido que muitos recém-convertidos não fossem regados a tempo. Mas àquela altura, o nosso trabalho tinha sofrido, e eu tinha uma responsabilidade que não podia negar. Senti-me tão arrependida e culpada quando pensei nisso. Mais uma vez, vim para diante de Deus em busca: por que eu estava sempre concentrada em proteger as minhas relações pessoais, mesmo sabendo que o trabalho da casa de Deus estava sofrendo? Por que não tive coragem de praticar a verdade? Depois li esta passagem nas palavras de Deus: “Por muitos anos, os pensamentos nos quais as pessoas confiavam para sobreviver têm corroído seu coração a ponto de elas se tornarem traiçoeiras, covardes e desprezíveis. Elas não somente carecem de força de vontade e determinação, mas também se tornaram gananciosas, arrogantes e obstinadas. Elas são totalmente desprovidas de qualquer determinação que transcenda o ego e, ainda mais, elas não têm um pingo de coragem de se livrar das restrições dessas influências tenebrosas. Os pensamentos e a vida das pessoas são tão podres que suas perspectivas acerca de crer em Deus ainda são insuportavelmente horrendas e, mesmo quando elas falam de suas perspectivas acerca da crença em Deus, é simplesmente insuportável de ouvir. As pessoas são covardes, incompetentes, desprezíveis e frágeis. Elas não sentem repulsa pelas forças das trevas nem amor pela luz e pela verdade; em vez disso, fazem o máximo para expulsá-las(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Por que você é relutante em ser um contraste?”). As palavras de Deus me deram certo entendimento sobre a raiz da minha corrupção. A cada passo, nas minhas palavras e ações, eu vivia segundo filosofias satânicas como “A harmonia é um tesouro, a paciência é uma virtude”, “Suporte adversidade e aceite compromissos para o bem maior”, “O meio-termo é a maneira mais fácil de resolver um conflito”, “Use palavras boas, em harmonia com o sentimento e a razão do outros, já que ser franco aborrece”, e “Calar diante das falhas de bons amigos ajuda a criar uma amizade boa e duradoura”. Imersa nessas filosofias satânicas, envenenada por elas, eu vi que se dar bem com todos era a regra mais elevada para a vida, e eu achava que preservar a harmonia com os outros era a forma de viver. Era por isso que eu sempre cedia à irmã Wang nas nossas interações, e mesmo quando via que ela estava errada e que havia problemas no trabalho dela, eu não me atrevia a falar a verdade ou a insistir nos princípios. Por fora, parecia que eu só queria me dar bem com ela, mas, na verdade, meus motivos vis estavam em jogo. Era para manter o meu status aos olhos dos outros, para que as pessoas dissessem coisas simpáticas sobre mim. Eu estava confiando em filosofias satânicas e mundanas para proteger as minhas relações interpessoais, mas não estava protegendo os interesses da casa de Deus. Tinha deixado de cumprir o papel que um ser criado deve desempenhar e não tinha integridade nem dignidade. Não era nem de longe digna de ser chamada de humana. Mesmo que alguém tivesse uma impressão positiva de mim e se desse bem comigo, o que eu ganharia com isso? As opiniões de outras pessoas sobre mim não podiam determinar o meu desfecho — se as coisas que eu fazia eram odiosas e repugnantes para Deus, em última análise, eu certamente seria expulsa. Depois dessa experiência, percebi que Satanás inculca nas pessoas esses pensamentos absurdos para envenená-las, torná-las cada vez mais egoístas, vis e desonestas, para que vivam apenas um semblante de Satanás. Viver segundo essas filosofias satânicas só pode ser repugnante e odioso para Deus. Depois de ver isso, fiz uma oração em silêncio, disposta a praticar a verdade e a cumprir bem o meu dever, a viver uma semelhança humana!

Mais tarde, li algumas passagens das palavras de Deus: “Tem que haver um padrão para se ter boa humanidade. Isso não envolve tomar a senda da moderação, não aderir a princípios, esforçar-se para não ofender ninguém, bajular em todo lugar para onde for, ser tranquilo e astuto com todos a quem encontrar e fazer com que todos falem bem de você. Esse não é o padrão. Então, qual é o padrão? É ser capaz de se submeter a Deus e à verdade. É abordar o dever que se tem e todo tipo de pessoas, eventos e coisas com princípios e um senso de responsabilidade. Isso é óbvio para todos; cada um tem clareza sobre isso no coração. Além disso, Deus escrutina o coração das pessoas e conhece sua situação, cada uma delas; não importa quem seja, ninguém pode enganar a Deus. Algumas pessoas sempre se gabam de possuir boa humanidade, de nunca falar mal dos outros, nunca prejudicar os interesses de ninguém e alegam nunca ter cobiçado os bens de outras pessoas. Quando há conflito de interesses, elas preferem sofrer perda a se aproveitar dos outros, e todos os demais pensam que elas são boas pessoas. Contudo, ao desempenharem seus deveres na casa de Deus, elas são astutas e evasivas, sempre tramando para si mesmas. Elas nunca pensam nos interesses da casa de Deus, nunca tratam como urgentes as coisas que Deus trata como urgentes, nem pensam como Deus pensa e nunca conseguem colocar de lado seus próprios interesses com o intuito de desempenhar os deveres. Elas nunca renunciam aos próprios interesses. Até quando veem pessoas malignas cometendo o mal, elas não as expõem; elas não têm nenhum princípio qualquer que seja. Que tipo de humanidade é essa? Não é uma humanidade boa.(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Ao dar o coração a Deus, pode-se obter a verdade”). “Ao cooperar com os irmãos, você deveria considerar o seguinte: ‘O que é harmonia? A minha fala está em harmonia com eles? Meus pensamentos estão em harmonia com eles? A forma como faço as coisas está em harmonia com eles?’. Considere como cooperar em harmonia. Às vezes, harmonia significa paciência e tolerância, mas também significa manter sua posição e defender princípios. Harmonia não significa ceder em relação aos princípios para apaziguar as coisas, nem tentar ser ‘um bajulador’, nem ater-se à senda da moderação — e certamente não significa cair na graça de alguém. Esses são princípios(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Sobre a cooperação harmoniosa”). As palavras de Deus são tão claras. O verdadeiro padrão para uma humanidade boa é ser honesto, íntegro e distinguir entre o que você ama e o que você odeia. Você deve ser capaz de defender os princípios da verdade nas suas palavras e ações sem ter medo de ofender os outros, assumir a responsabilidade pelo seu dever e ser devoto — essa é a forma de ter uma boa humanidade. Eu costumava pensar que acomodar-se aos outros em tudo e manter relações harmoniosas era ter boa humanidade, mas através do julgamento e castigo das palavras de Deus, eu vi que eu estava vivendo segundo filosofias satânicas e tinha um carácter baixo. Eu não tinha humanidade normal. É inevitável ter opiniões e perspectivas diferentes das dos irmãos no nosso dever. Quando isso acontece, não podemos ser apenas acomodados e tolerantes sem considerar os princípios. Em coisas que não dizem respeito aos princípios da verdade, em algumas coisas insignificantes que não afetam a eficácia do nosso trabalho, podemos optar por acomodar-nos. Mas jamais devemos compactuar com ou encobrir coisas que não estão alinhadas à verdade ou que podem prejudicar os interesses da casa de Deus — devemos aderir aos princípios. Essa é a única forma de cumprir o nosso dever de uma forma que demonstre devoção a Deus. Uma vez que entendi as exigências de Deus, resolvi executar as Suas palavras, ser uma pessoa com princípios e que tem humanidade.

Na minha cooperação com os irmãos desde então, quando percebo coisas que violam os princípios da verdade ou não são benéficas para o trabalho da casa de Deus, trabalho intencionalmente em ser honesta, defendendo os princípios da verdade e do trabalho da casa de Deus, e não tento mais ver o que as pessoas pensam e ser retida por elas. Pouco tempo atrás, percebi que a minha parceira, a irmã Li, não estava obtendo bons resultados no seu trabalho, por isso mencionei os problemas que vi nela, depois pedi que ela resumisse isso e refletisse sobre si mesma. Mas ela só inventou mil desculpas, e a nossa conversa foi realmente embaraçosa, por isso comecei a temer que, se continuasse falando sobre o assunto, poderíamos ter uma desavença. Então, como trabalharíamos juntas no futuro? Pensei que talvez devesse simplesmente esquecer. Mas depois me lembrei de que, se ela não enxergasse o problema e não mudasse, isso poderia ser um obstáculo para o nosso trabalho no futuro. Quando pensei nas lições que eu não tinha aprendido antes, eu soube que devia praticar a verdade, que não devia continuar protegendo as minhas relações com as outras pessoas, como no passado. Não importava o que a irmã Li pensasse de mim, eu devia cumprir a minha responsabilidade. E assim, comunguei com ela, integrando a minha experiência para ajudá-la em sua reflexão e seu entendimento. Foi uma atmosfera um pouco embaraçosa, mas eu tive uma grande sensação de libertação depois. Alguns dias mais tarde, ela conseguiu ver o problema dela e compartilhou comigo sua experiência e seu entendimento com muita felicidade. Fiquei tão grata a Deus quando a vi mudar. Vi que seguir as palavras de Deus não só não arruinou a minha relação com ela, como também nos aproximou mais, e os problemas do nosso trabalho foram resolvidos. Quanto mais eu praticava as coisas e as experimentava desse jeito, mais eu via como eu havia sido tola e patética antes, quando não colocava a verdade em prática. Também senti profundamente que praticar as palavras de Deus é a única forma de ganhar liberdade verdadeira, de ter relações normais com as outras pessoas. É também a única forma de podermos cumprir um dever de um só coração e de uma só mente. As palavras de Deus têm me guiado a encontrar os princípios de ser uma pessoa real. Agradeço a Deus do fundo do meu coração!

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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