Explicando histórias bíblicas: a vontade de Deus por trás da ressurreição de Lázaro

10 de Maio de 2019

Por Shenwei, China

A ressurreição de Lázaro pelo Senhor Jesus está registrada na Bíblia: “Marta, irmã do defunto, disse- lhe: Senhor, já cheira mal, porque está morto há quase quatro dias. Respondeu-lhe Jesus: Não te disse que, se creres, verás a glória de Deus? Tiraram então a pedra. E Jesus, levantando os olhos ao céu, disse: Pai, graças te dou, porque me ouviste. Eu sabia que sempre me ouves; mas por causa da multidão que está em redor é que assim falei, para que eles creiam que tu me enviaste. E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu o que estivera morto, ligados os pés e as mãos com faixas, e o seu rosto envolto num lenço. Disse-lhes Jesus: Desligai-o e deixai-o ir(João 11:39-44). Sempre que lemos essa história, sentimos a onipotência e a maravilha de Deus e vemos como Suas palavras possuem autoridade e poder: com uma palavra, Ele trouxe os mortos de volta para a vida. Deus, porém, não fez isso apenas para nos mostrar Seu grande poder — que intenção, então, Ele queria nos comunicar por meio do milagre da ressurreição de Lázaro realizado pelo Senhor Jesus? E que inspiração ganhamos disso?

A ressurreição de Lázaro prova que o Senhor Jesus era o Próprio Deus

As palavras de Deus dizem: “Naquela era, era extremamente significativo que o Senhor Jesus fez algo assim. Como Deus havia Se tornado carne, as pessoas só podiam ver Sua aparência física, Seu lado prático e Seu aspecto insignificante. Mesmo que algumas pessoas vissem e entendessem um pouco do Seu caráter ou alguma habilidade especial que Ele parecia possuir, ninguém sabia de onde vinha o Senhor Jesus, quem Ele era realmente em Sua essência e quais outras coisas Ele realmente era capaz de fazer. Tudo isso era desconhecido para a humanidade. Tantas pessoas queriam encontrar provas para responder a essas perguntas sobre o Senhor Jesus e conhecer a verdade. Poderia Deus fazer algo para provar a Sua Própria identidade? Para Deus, isso era muito fácil, facílimo. Ele podia fazer alguma coisa em qualquer lugar e a qualquer momento para provar a Sua identidade e essência, mas Deus tinha Seu modo de fazer as coisas — com um plano e em passos. Ele não fez as coisas indiscriminadamente; ao contrário, Ele procurou o momento certo e a oportunidade certa para fazer algo que Ele permitiria que o homem visse, algo que realmente estivesse impregnado de sentido. Dessa forma, Ele provou Sua autoridade e identidade. Então, a ressurreição de Lázaro poderia provar a identidade do Senhor Jesus? Vejamos a seguinte passagem das escrituras: ‘E, tendo dito isso, clamou em alta voz: Lázaro, vem para fora! Saiu o que estivera morto […]’. Quando o Senhor Jesus fez isso, Ele disse apenas uma coisa: ‘Lázaro, vem para fora!’ Lázaro então saiu do seu sepulcro — isso foi realizado por causa de algumas poucas palavras proferidas pelo Senhor. […] esse milagre foi a mais normal e minúscula demonstração da autoridade do Criador. Essa é a autoridade e o poder de Deus. Deus tem autoridade para fazer uma pessoa morrer, e para fazer com que sua alma deixe o corpo e retorne ao Hades ou para onde quer que deva ir. A hora da morte de uma pessoa e o lugar para o qual ela vai depois da morte — isso é determinado por Deus. Ele pode tomar essas decisões a qualquer hora e em qualquer lugar, sem restrição por humanos, eventos, objetos, espaço ou geografia. Se quer fazer isso, Ele pode fazê-lo, pois todas as coisas e todos os seres vivos estão sob o Seu governo, e todas as coisas proliferam, existem e perecem por Sua palavra e Sua autoridade. Ele pode ressuscitar um morto, e isso também é algo que Ele pode fazer a qualquer hora, em qualquer lugar. Essa é a autoridade que somente o Criador possui(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus III”). As palavras de Deus nos mostram que, quando o Senhor Jesus apareceu e operou na carne como o Filho do homem, os judeus daqueles dias viram que o Senhor Jesus tinha a aparência de um homem comum. Eles não sabiam quem Ele era, sabiam apenas que Ele era o filho de um carpinteiro, que Ele tinha pais, irmãos e irmãs e que Ele era um homem comum. Mas quando O ouviram pregar, muitos sentiram que as palavras do Senhor Jesus possuíam autoridade e poder e que eram palavras que nenhum ser humano era capaz de proferir. Os sermões que Ele pregava eram capazes de resolver as dificuldades práticas das pessoas e mostravam a elas a senda da prática, como, por exemplo, os ensinamentos de que as pessoas devem amar a Deus com todo seu coração, com toda a sua mente e com toda a sua força, que devem amar o próximo como a si mesmas, perdoar aos outros setenta vezes sete vezes, amar seus inimigos etc. Elas nunca tinham ouvido algo igual antes. Portanto, muitos ficaram curiosos e especularam sobre quem o Senhor Jesus realmente era. Ninguém conhecia Sua identidade ou essência, e, assim, alguns discípulos O chamaram “mestre”, e alguns disseram que Ele era o “maior dos profetas”. Quando o Senhor Jesus realizou o milagre de trazer Lázaro de volta para a vida, muitos, então, testemunharam verdadeiramente o poder e a autoridade de Deus e tiveram certeza no fundo de seu coração de que o Senhor Jesus era o Messias que eles tinham ansiado e que o Senhor Jesus era Cristo, como registra a Bíblia: “Muitos, pois, dentre os judeus que tinham vindo visitar Maria, e que tinham visto o que Jesus fizera, creram nele” (João 11:45). Além do mais, o milagre da ressurreição de Lázaro nos mostra que somente Deus controla as chaves do Hades. Nenhum espírito maligno, nem Satanás, nem qualquer lacaio no Hades controla quando nós seres humanos nascemos e quando morremos — isso cabe exclusivamente a Deus, e nossos destinos são todos administrados por Suas mãos. Mesmo que, por fora, o Senhor Jesus parecia ser comum e normal e possuía uma humanidade normal, Ele possuía divindade total e era a encarnação do Espírito de Deus. O Senhor Jesus expressou muitas verdades, Ele ensinou as pessoas a confessar e se arrepender, e Ele realizou alguns milagres. Ele alimentou cinco mil pessoas com cinco pães e dois peixes, Ele fez os coxos andar e devolveu a visão aos cegos e, além disso, Ele trouxe os mortos de volta para a vida. Tudo isso era uma manifestação da autoridade e do poder únicos do Senhor Jesus e era uma manifestação da identidade e do status do Senhor Jesus como Senhor da criação. Através do milagre da ressurreição de Lázaro, o Senhor Jesus capacitou as pessoas daquele tempo a saber que Ele era Cristo e que Ele era o Próprio Deus encarnado.

Conhecendo o caráter de Deus através da ressurreição de Lázaro

As palavras de Deus dizem: “Deus não faz nada que não tenha significado. A ressurreição de Lázaro como evento singular é adequada para demonstrar a autoridade de Deus e para provar a identidade do Senhor Jesus. É por isso que o Senhor Jesus não repetiu esse tipo de milagre. Deus faz as coisas de acordo com os Seus próprios princípios. Na linguagem humana, pode-se dizer que Deus ocupa sua mente apenas com assuntos sérios. Isto é, quando Deus faz as coisas, Ele não Se desvia do propósito da Sua obra. Ele sabe qual obra Ele quer realizar nesse estágio, o que Ele quer alcançar, e operará estritamente de acordo com o Seu plano. Se uma pessoa corrupta tivesse essa capacidade, ela pensaria apenas em maneiras de revelar essa capacidade para que os outros soubessem como ela é formidável, para que se curvassem diante dela, para que ela pudesse controlá-los e devorá-los. Esse é o mal que vem de Satanás — é o que se chama de corrupção. Deus não tem um caráter assim e não tem tal essência. Seu propósito ao fazer as coisas não é exibir-Se, mas sim fornecer à humanidade mais revelação e orientação, e é por isso que as pessoas veem poucos exemplos desse tipo de ocorrências na Bíblia. Isso não significa que os poderes do Senhor Jesus eram limitados nem que Ele era incapaz de fazer esse tipo de coisa. Ocorre simplesmente que Deus não queria fazer isso, porque a ressurreição de Lázaro pelo Senhor Jesus teve um significado muito prático e também porque a obra primária de Deus ao Se tornar carne não era realizar milagres, não era trazer os mortos de volta à vida, mas sim a obra de redenção para a humanidade. Assim, grande parte da obra que o Senhor Jesus completou foi ensinar as pessoas, prover para elas e ajudá-las, e eventos tais como a ressurreição de Lázaro eram apenas uma pequena parte do ministério que o Senhor Jesus realizou(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus III”).

Tudo que Deus faz possui significado e é feito para nos guiar em direção do entendimento da verdade e da vontade de Deus, para que a obra de Deus possa alcançar resultados ainda melhores. O milagre da ressurreição de Lázaro, por exemplo, nos capacita a ver que o Senhor Jesus possuía uma autoridade e um poder únicos, que Ele controlava as chaves do Hades, que Ele governava a vida e a morte do homem e que Ele era o Soberano de todas as coisas. Mas as ações de Deus são baseadas em princípios, elas têm um plano e são realizadas em estágios. Após realizar esse milagre, Deus continuou Sua obra de redimir a humanidade de acordo com Seu plano de administração. Isso nos mostra que o caráter e a essência de Deus são tão incrivelmente humildes e amáveis. Não existe um pingo de arrogância, presunção ou ostentação em Deus. Em vez disso, Ele está constantemente realizando em obscuridade a Sua obra para salvar a humanidade. Nós seres humanos, porém, não somos assim. Nós ostentamos qualquer talento pequeno que temos, nós nos vangloriamos na frente de outros a fim de provar que somos melhores do que as outras pessoas para, assim, obter sua alta estima e aprovação. Quando, por exemplo, temos o dom de curar os enfermos e expulsar demônios, mesmo que digamos que estamos trabalhando para o Senhor, nós simplesmente nos exibimos na primeira oportunidade para que as outras pessoas possam ver que não somos iguais a todos os outros, e assim fazemos com que elas nos admirem e ocupamos o lugar de Deus em seu coração sem que elas percebam. Quando estudamos alguma profissão ou conhecimento e colhemos algum resultado na igreja, nós ficamos tão satisfeitos conosco mesmos, nós nos tornamos arrogantes e presunçosos e, inconscientemente, nos vangloriamos na frente de irmãos e irmãs. Não refletimos sobre como devemos usar o nosso coração para pagar um preço ou sobre cumprir o trabalho de ministério que o Senhor nos confiou a fim de satisfazer ao Senhor. Esses são apenas dois exemplos. Nossa essência como humanidade corrupta é arrogante e presunçosa, e nós nos exibimos na primeira oportunidade sempre que temos um pequeno talento. Na verdade, nossos dons e nosso calibre nos foram dados por Deus, e nossa capacidade de cumprir um dever, de trabalhar e alcançar alguns resultados se deve toda à orientação da obra do Espírito Santo. A humanidade não tem nada do que se gabar, mesmo assim usurpamos a glória de Deus — nós realmente somos desprovidos de razão!

Através do milagre da ressurreição de Lázaro, Deus nos capacita a saber que o Senhor Jesus era Deus encarnado, que Ele era o Próprio Deus, e Ele nos capacita a ter fé verdadeira no Senhor e a seguir o Senhor Jesus com sinceridade. Ao mesmo tempo, conhecemos o caráter humilde e oculto de Deus e nos conscientizamos de que qualquer habilidade ou dom que temos, de que qualquer resultado que alcançamos em nosso trabalho, se deve totalmente à obra do Espírito Santo. Devemos imitar Cristo e, não importa o que façamos, fazê-lo em obscuridade, aceitar o escrutínio de Deus e aplicar todos os nossos esforços apenas diante de Deus e não nos exibir na frente de outras pessoas, pois é apenas fazendo isso que ganhamos a benção e aceitação de Deus.

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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