O que ganhei de uma eleição
Recentemente, a igreja realizou uma eleição especial para preencher um cargo de liderança. Quando soube que a liderança superior estava pensando em promover a irmã Zhao, eu tive que questionar a decisão: a irmã Zhao? Como líder, ela tinha semeado inveja e discórdia e oprimido e punido os outros, prejudicando seus irmãos e perturbando e interrompendo o trabalho da igreja. Os irmãos a expuseram muitas vezes, mas ela nunca aceitou e, mais tarde, foi substituída. Ela tinha refletido e conhecido a si mesma? Ela tinha se arrependido e alcançado transformação? Mas então pensei: “Se a liderança está pensando em promovê-la, eles devem ter avaliado o caso dela de acordo com os princípios. Ela deve ter se arrependido e mudado em alguma medida. Afinal de contas, a eleição da liderança é um assunto da liderança superior e não é tão relevante para mim. Não deveria me preocupar em vão com isso”.
Alguns dias depois, os líderes organizaram uma reunião Em que discutiram os princípios de eleger líderes de igreja e leram as avaliações da irmã Zhao feitas por fontes informadas. As avaliações diziam que, quando a irmã Zhao era tratada, ela ficava ressentida e argumentava e achava difícil aceitar a verdade. Além disso, essas avaliações não diziam como ela via suas transgressões no passado. Pensei: “Se a irmã Zhao não refletiu e não conheceu a si mesma, então é porque ela não busca nem aceita a verdade. Se ela for eleita líder de novo, ela não continuará semeando inveja e discórdia e oprimindo os irmãos?” Mas então pensei: “Eu não a vi muito nos últimos anos e não conheço sua situação atual, então não devia me preocupar com isso. O mais importante é cuidar do meu trabalho. Em todo caso, na verdade, não importa quem serve como líder”. Na época, esqueci o assunto e a vida continuou. Para a minha surpresa, alguns dias depois, os líderes organizaram outra reunião. Disseram que havia irmãos que se opunham à promoção da irmã Zhao porque ela não tinha refletido nem ganho entendimento de suas transgressões anteriores e não tinha se arrependido nem mudado e que ela não era apta a ser promovida para uma função de liderança. Os líderes investigaram a fundo a situação da irmã Zhao, garantindo que as alegações eram factuais, e finalmente chegaram a um julgamento baseado nos princípios de que a irmã Zhao era inapta como líder. Quando soube disso, senti vergonha. Por que os outros eram capazes de relatar problemas quando os viam e proteger a eleição da igreja enquanto eu ficava de braços cruzados e não a levava a sério? O que eu estava pensando?
Quando percebi tudo isso, eu me desanimei, então vim para diante de Deus para buscar e orar: quais lições eu devia aprender com essa situação? Deparei-me com esta passagem das palavras de Deus: “Todos que fingem ser espirituais quando não entendem assuntos espirituais são falsos e não se importam com nada, só passam o dia inteiro aderindo rigidamente a regras ou repetindo palavras de doutrina; isso é semelhante ao que os antigos estudiosos faziam, ‘enterrando-se nos clássicos e ignorando o que se passa fora do seu ambiente imediato’. As pessoas que fingem ser espirituais acham que tudo o que as outras pessoas fazem não tem qualquer relação com elas, e não importa como as outras pessoas pensem, elas veem isso como assunto dessas outras pessoas, e se recusam a aprender a discriminar entre as pessoas, a olhar para além da superfície, nas coisas, e a entender a vontade de Deus de acordo com as palavras de Deus. A maioria das pessoas é assim. Quando acabam de ouvir um sermão ou de ler a palavra de Deus, elas fazem anotações ou guardam no coração, e tratam tudo isso como doutrinas ou regras que observam simbolicamente, e então o assunto está encerrado para elas. Quanto à relação que as coisas que acontecem à sua volta têm com a verdade, ou à conexão que os vários comportamentos e manifestações que elas veem nas pessoas à sua volta têm com a verdade, elas nunca ponderam nem tentam sondar isso no seu coração, nem oram ou buscam. Esse é o tipo de forma em que se encontra a vida espiritual da maioria das pessoas. Por essa razão, quando se trata de entrar na verdade, a maioria das pessoas é lenta e superficial; a sua vida espiritual é extremamente monótona, elas só seguem regras, não há princípio na maneira com que fazem as coisas. Poderíamos dizer que, no caso da maioria das pessoas, a sua vida espiritual é vazia e desconectada da vida real. Por essa razão, mesmo diante da conduta e de comportamentos flagrantes de pessoas perversas e anticristos, elas não têm conceito algum, muito menos quaisquer definições, não têm a menor ideia e não fazem a menor distinção” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 5)”). Ao ler as palavras de Deus, era como se elas descrevessem minha prática de fé. Eu agia igual ao que as palavras de Deus expunham: “enterrando-se nos clássicos e ignorando o que se passa fora do seu ambiente imediato”. Eu acreditava que bastava cumprir meus deveres e cuidar da minha parte do trabalho. Qualquer coisa além disso nada tinha a ver comigo. Eu achava que fé em Deus consistia só em orar a Deus, ler as palavras de Deus, cumprir seus deveres e não cometer erros graves. Se fizesse essas coisas, era possível ganhar o elogio de Deus. Foi só após ler as palavras de Deus que percebi como era absurda essa noção. A obra de Deus é muito prática e nem um pouco vaga — nenhum aspecto seu está desvinculado das realidades. Ao mesmo tempo em que Ele fornece essas verdades, Ele também cria todos os tipos de situações no nosso dia a dia para nos ajudar a experimentar Suas palavras e praticar ver as coisas através das lentes de Suas palavras para que, aos poucos, possamos entender e ganhar a verdade. Naquela eleição de liderança, algumas pessoas foram capazes de buscar a verdade e de exercer discernimento com base nas palavras de Deus. Quando perceberam que a líder não foi promovida de acordo com os princípios, eles foram capazes de se levantar a tempo para intervir e proteger o trabalho da igreja. Por meio dessa situação, aprenderam a discernir pessoas e coisas e obtiveram ganhos práticos. Quanto a mim, eu abordei a mesma situação como alguém de fora, me desliguei assim que a eleição tinha acabado e não busquei entender quais lições poderiam ser aprendidas. E, como resultado, não ganhei nada. Minha prática de fé estava completamente desconectada da minha vida real. Eu não dei importância a experimentar a obra de Deus, muito menos dei atenção a buscar a verdade nas situações estabelecidas por Deus. Não importava o que acontecia, eu sempre me retirava da situação, igual a um incrédulo. Como resultado, havia muitas coisas que eu ignorava, e, em dez anos de fé, eu estava de mãos vazias, não tinha entendido nada da verdade nem ganhado nenhum discernimento de pessoas e coisas. Como era lamentável e pobre!
Quando percebi que tinha esse problema, fiquei muito desanimada, mas eu estava disposta a reverter meu estado e a aprender uma lição com essa eleição. Ao refletir, percebi que a razão pela qual eu não tinha me preocupado com a eleição da igreja era que eu sempre tinha me agarrado à ideia equivocada de que quem é eleito líder é irrelevante para mim. Eu continuaria praticando fé em Deus e cumprindo meus deveres como sempre, independentemente de quem fosse eleito. Foi só mais tarde, quando me deparei com uma passagem das palavras de Deus, que finalmente compreendi o significado das eleições da liderança da igreja. As palavras de Deus dizem: “Qual é a causa do surgimento da categoria de pessoas que são líderes e obreiras, e como foi que elas surgiram? Em uma grande escala, elas são necessárias para a obra de Deus; em uma escala menor, elas são exigidas para o trabalho da igreja, elas são exigidas pelo povo escolhido de Deus. […] A diferença entre líderes e obreiros e o resto do povo escolhido de Deus é só uma característica especial nos deveres que cumprem. Essa característica especial se mostra principalmente em suas funções de liderança. Por exemplo, não importa quantas pessoas uma igreja tenha, o líder é o chefe. Então, qual é o papel que esse líder exerce entre os membros? Ele lidera todos os escolhidos na igreja. Que efeito, então, ele tem sobre toda a igreja? Se esse líder tomar a senda errada, o povo escolhido de Deus na igreja seguirá o líder na senda errada, o que terá um impacto enorme sobre todos eles. Tome Paulo como exemplo. Ele liderou muitas igrejas que fundou e o povo escolhido de Deus. Quando Paulo se desviou, as igrejas e o povo escolhido de Deus que ele liderava também se desviaram. Então, quando os líderes se desviam, eles não são os únicos que são impactados, mas as igrejas e o povo escolhido de Deus que eles lideram também são impactados. Se um líder for uma pessoa correta, alguém que esteja trilhando a senda certa e busque e pratique a verdade, então as pessoas que ele liderar comerão e beberão as palavras de Deus adequadamente e buscarão a verdade adequadamente, e, ao mesmo tempo, o progresso e a experiência de vida do líder será visível a outros e terá um impacto sobre os outros. Então, qual é a senda correta que um líder deveria trilhar? É ser capaz de conduzir outros a um entendimento da verdade e a uma entrada na verdade, e levar outros para diante de Deus. O que é uma senda incorreta? É buscar status, fama e lucro, frequentemente elevar a si mesmo e dar testemunho de si mesmo, sem nunca dar testemunho de Deus. Que efeito isso tem sobre os escolhidos de Deus? Eles irão se afastar de Deus e ficar sob o controle desse líder. Se você conduz as pessoas para virem para diante de você, então você as está conduzindo para virem para diante da humanidade corrupta, e você as está conduzindo para virem para diante de Satanás, não de Deus. Somente conduzir pessoas para virem para diante da verdade é conduzi-las para virem para diante de Deus. Líderes e obreiros, não importa se trilhem a senda certa ou a errada, têm uma influência direta sobre o povo escolhido de Deus. Quando ainda não entenderam a verdade, muitos dos escolhidos de Deus seguem cegamente. O líder pode ser uma pessoa boa, e eles o seguirão; o líder pode ser uma pessoa má, e eles também o seguirão — eles não diferenciam. Eles seguem conforme são liderados, seja quem for o líder. Assim, é crucial que as igrejas escolham pessoas boas para serem seus líderes. Que senda os fiéis trilham está diretamente relacionado à senda trilhada pelos líderes obreiros e pode, em medidas variáveis, ser influenciado por esses líderes e obreiros” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Um: Eles tentam conquistar as pessoas”). Depois de ler as palavras de Deus, percebi que líderes têm um impacto imenso sobre a vida de igreja e e a entrada na vida dos escolhidos de Deus e uma influência direta sobre a senda que as pessoas trilham em sua fé. Se o líder é uma pessoa correta, se ele busca a verdade e a senda que ele segue têm um impacto direto sobre a qualidade da vida de igreja e a entrada na vida dos escolhidos de Deus. Um bom líder pode usar sua experiência na vida para resolver os problemas dos irmãos e ajudá-los a entender a verdade e entrar na realidade da verdade mais rapidamente. Os irmãos podem ganhar certos benefícios do líder. Se um líder não trilha a senda de buscar a verdade e só trabalha para preservar seu status, sempre só fala de doutrina sem exaltar e dar testemunho de Deus, não faz trabalho prático e não resolve os problemas reais das pessoas, então, com o tempo, ele só trará as pessoas para diante dele mesmo e as afastará cada vez mais de Deus, prejudicando-as e levando-as à ruína. Refletindo sobre o comportamento da irmã Zhao, quando era podada e tratada, ela se ressentia, argumentava e não refletia sobre se mesma nem aprendia. Ela não tinha refletido nem reconhecido suas transgressões anteriores, muito menos tinha se arrependido. Isso mostrava que a irmã Zhao não buscava a verdade e não possuía as qualidades de um líder. Se ela fosse eleita para uma função de liderança, ela só falaria de doutrina e não seria útil para as pessoas. Como ela poderia nos guiar a entender a verdade e entrar na realidade da verdade? Mas eu tinha a crença absurda de que, independentemente de quem era eleito, nós continuaríamos lendo as palavras de Deus, cumpriríamos nossos deveres e seguiríamos com nossa vida de igreja e que o impacto não seria grande. Que noção mais tola!
Um dia, deparei-me com outra passagem das palavras de Deus que discutia o tipo de atitude que as pessoas deviam ter nas eleições e quais intenções e noções incorretas elas podiam ter. Só então ganhei algum entendimento de mim mesma. As palavras de Deus dizem: “Sempre que há uma eleição na igreja, seja para líderes e obreiros, seja para os escolhidos de Deus, todos são responsáveis e têm a obrigação de defender o trabalho eleitoral. […] Algumas pessoas simplesmente se reclinam e observam, dizendo: ‘Não posso me tornar líder da igreja. Seja quem for que sirva, é tudo a mesma coisa. Quem tem a capacidade pode servir. Se um anticristo quer servir, isso não tem nada a ver comigo, e desde que não me expurguem, está tudo bem’. Isso é o que dizem as pessoas mais negativas. Elas não conseguem imaginar quais seriam as consequências se um anticristo servisse como líder e o impacto que isso teria sobre a crença delas em Deus. Só as pessoas que entendem a verdade conseguem ver isso corretamente. Elas dirão: ‘Se um anticristo se tornar líder da igreja, são os escolhidos de Deus que sofrerão, especialmente as pessoas que buscam a verdade, que têm senso de justiça e que cumprem prontamente o seu dever; todas elas serão oprimidas e excluídas. Apenas aquelas pessoas confusas e bajuladoras serão a favor e terão sido capturadas pelo anticristo, estarão na palma da sua mão’. Mas essas pessoas negativas não consideram essas coisas. Elas pensam: ‘Acredito em Deus para que eu seja salvo. A crença é uma senda individual. Mesmo que um anticristo se torne líder, isso não me impactará. Desde que eu não faça coisas más, um anticristo não pode me oprimir nem me excluir, não pode me expurgar da igreja’. Esse é o ponto de vista correto? Se nenhum dos escolhidos de Deus se preocupa com as eleições na igreja, quando permitem que um anticristo tome o poder, quais são as consequências? Será realmente tão simples como as pessoas imaginam? Que tipo de mudanças sofrerá a vida de igreja? Isso está diretamente relacionado à entrada na vida dos escolhidos de Deus. Se um anticristo detém o poder numa igreja, a verdade não detém o poder nela, e as palavras de Deus não detêm o poder nela. É uma igreja em que Satanás e os incrédulos detêm o poder. Embora as palavras de Deus ainda possam ser lidas nas reuniões, o anticristo controla o direito de falar. O anticristo pode comungar a verdade claramente? O anticristo pode permitir que os escolhidos de Deus comunguem a verdade livre e abertamente? Isso é impossível. Quando um anticristo detém o poder, há mais perturbações e interrupções, e a vida de igreja certamente terá um efeito menor. Se isso acontecer, os escolhidos de Deus não colherão muito quando se reunirem, e isso poderá até causar perturbação nas suas reuniões. Os problemas dos escolhidos de Deus não podem ser resolvidos, a prática da verdade também é interrompida, e a atmosfera da vida de igreja é completamente alterada. Quando nuvens negras aparecem e bloqueiam o sol, será que permanece alegria na vida de igreja? Ela definitivamente será seriamente comprometida” (Identificando falsos líderes). As palavras de Deus expunham todas as ideias e atitudes apáticas das pessoas quando confrontadas com as eleições na igreja. Era como se Deus estivesse diante de mim me julgando. Meu comportamento era exatamente como Suas palavras expunham. Durante essa eleição, percebi que a irmã Zhao não parecia estar buscando a verdade, mas eu não busquei os princípios para eleger a liderança da igreja, não considerei as consequências caso a irmã Zhao fosse eleita e certamente não manifestei minhas dúvidas sobre os resultados diante da liderança, em vez disso, optei por cruzar os braços em apatia. Acreditava que não fazia diferença quem servia como líder, ele cumpriria seus deveres e eu cumpriria os meus, ninguém interferiria no outro. Também achava que, mesmo que houvesse problemas com a eleição, isso era um assunto da liderança superior e não era problema meu. Eu mal dei atenção e não quis me importar com isso. Então, durante a eleição, eu não tive meu ponto de vista e segui cegamente e me submeti. Eu não estava praticando a fé igual ao mundo religioso que só se importava em preencher sua barriga e seguia cegamente? Eu vivia segundo toxinas satânicas como “Deixe as coisas seguirem se não afetarem ninguém pessoalmente”, “Quem me dá dinheiro e me alimenta é meu ente querido”. Eu só obedecia e seguia quem quer que fosse o líder sem nenhum discernimento. Como eu estava equivocada! Se a igreja fosse controlada por anticristos e falsos líderes, isso não só interromperia o trabalho da igreja, os escolhidos de Deus também seriam prejudicados e suas chances de alcançar salvação seriam destruídas. Mas mesmo sendo um tema tão importante, eu agi de modo tão egoísta, apático e irresponsável. Onde estavam minha consciência e racionalidade? Lembrei-me das palavras de Deus, que dizem: “Se você não se dedica verdadeiramente à sua fé em Deus e ao desempenho do seu dever; se você sempre age sem se envolver e é superficial em suas ações, como um incrédulo trabalhando para o chefe; se você faz apenas um esforço simbólico, você não usa sua mente, você age superficialmente a cada dia, sem entusiasmo algum, não relatando problemas quando os vê, vendo algo derramado e sequer fazendo a limpeza, e indiscriminadamente descartando tudo que não seja para benefício próprio — isso não é um problema? Como alguém assim pode ser membro da casa de Deus? Essas pessoas são incrédulos; elas não são da casa de Deus. Nenhuma delas é reconhecida por Deus” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Para realizar bem o dever, deve-se, no mínimo, possuir uma consciência e razão”). Com base nas palavras de Deus, meus comportamentos não eram os de uma pessoa da casa de Deus. Eu tinha acreditado em Deus por anos e lido Suas palavras livremente, desfrutando da Sua graça e bênçãos, mas não protegia o trabalho da igreja. Não importava que tipo de interrupção ou perturbação ocorresse na igreja, nem quanto dano fosse causado ao trabalho da casa de Deus, eu me fingia de cega e não queria me importar com isso. Eu era tão egoísta e desprezível — eu era uma incrédula na casa de Deus, e aos olhos de Deus eu era apenas uma incrédula. Nesse caso, a pessoa promovida a líder não era apta para o caro e já tinha agido com tanta indiferença. Se um anticristo ou malfeitor controlasse a igreja, manipulando e interrompendo uma eleição, e alguém precisasse se levantar e lutar contra o anticristo ou malfeitor, eu certamente recuaria e observaria apaticamente. Eu não interferiria e protegeria o trabalho da casa de Deus. Quanto mais refletia sobre isso, mais percebia como Deus desprezava minha atitude apática em relação ao trabalho da casa de Deus. Se continuasse agindo assim, eu seria expulsa.
Ao refletir, percebi também que eu estava errada ao pensar que a liderança superior supervisiona o trabalho dos líderes, de modo que todas as decisões que tomam devem ser de acordo com os princípios e que não há nada a ser questionado. Mais tarde, por meio da leitura das palavras de Deus, percebi que essa opinião não concordava com a verdade. As palavras de Deus dizem: “Quando alguém na igreja é promovido e cultivado para ser um líder, ele é meramente promovido e cultivado no sentido mais direto; não significa que já é um líder qualificado ou competente, que já é capaz de realizar o trabalho de um líder e que já pode fazer trabalho verdadeiro — este não é o caso. A maioria das pessoas não vê claramente essas coisas, e elas admiram aqueles que são promovidos, confiando em suas imaginações, mas isso é um erro. Não importa por quantos anos tenham crido, aqueles que são promovidos realmente possuem a realidade da verdade? Não necessariamente. Eles são capazes de fazer com que os arranjos de trabalho da casa de Deus tenham êxito? Não necessariamente. Eles têm um senso de responsabilidade? Eles possuem dedicação? São capazes de se submeter a Deus? Quando se deparam com um problema, eles são capazes de buscar a verdade? Tudo isso é incógnito. Essas pessoas têm um coração que teme a Deus? E quão grande, exatamente, é seu temor de Deus? Elas são propensas a seguir a própria vontade quando fazem as coisas? São capazes de buscar a Deus? Durante o tempo em que realizam o trabalho de líder, elas vêm para diante de Deus regular e frequentemente para buscar a vontade de Deus? São capaz de guiar as pessoas na entrada na realidade da verdade? Certamente são incapazes de fazer tais coisas de imediato. Não receberam treinamento e não têm experiência suficiente, então são incapazes dessas coisas. É por isso que promover e cultivar alguém não significa que ele já entende a verdade, nem significa dizer que ele já é capaz de cumprir seu dever satisfatoriamente. […] As pessoas não devem ter expectativas altas ou fazer exigências irreais àqueles que são promovidos e cultivados; isso seria insensato e injusto com eles. Vocês podem monitorar seu trabalho, e se descobrirem problemas ou coisas que violam os princípios no decorrer de seu trabalho, vocês podem levantar o problema e buscar a verdade para resolver essas questões. O que não deveriam fazer é julgar, condenar, atacar ou excluí-los, pois eles estão no período de cultivação e não deveriam ser vistos como pessoas que foram aperfeiçoadas, muito menos como pessoas que são perfeitas ou como pessoas que possuem a realidade da verdade. Eles são como vocês: esse é o tempo em que eles são treinados. A diferença é que eles assumem mais trabalho e responsabilidades do que as pessoas comuns. Eles têm a responsabilidade e a obrigação de fazer mais trabalho, pagam um preço mais alto, sofrem mais adversidades, se empenham mais, resolvem mais problemas, toleram a censura de mais pessoas e, é claro, fazem um esforço maior, dormem menos, comem menos comida boa e se envolvem menos em conversa fiada do que as pessoas normais. É isso que há de especial neles; fora isso, são iguais a todos os outros. Por que Eu digo isso? Para dizer a todos que devem abordar corretamente a promoção e a cultivação de vários tipos de talentos na casa de Deus e que não devem ser duros nas exigências que fazem a essas pessoas. Naturalmente, as pessoas também não devem ser irreais em suas opiniões sobre elas. É tolo estimar ou reverenciá-las excessivamente, e não é humano ou realista ser excessivamente duro nas exigências que se fazem a elas” (Identificando falsos líderes). Por meio das palavras de Deus, percebi que líderes não são diferentes de irmãos e irmãs; também estão sendo cultivados e treinados. É só que, devido às necessidades do trabalho da igreja, algumas pessoas devem ser promovidas para assumir esse papel especial. No entanto, isso não significa que são líderes ou obreiros qualificados nem que eles têm a realidade da verdade. Eu devia vê-los à luz das palavras de Deus e abordá-los de modo justo e objetivo. Não deveria ter expectativas nem exigências exageradas e não deveria ser crítica demais. Como membro da igreja, eu tenho uma responsabilidade de monitorar o trabalho de líderes e obreiros e coordenar com eles para proteger o trabalho da igreja. Quando líderes agem de acordo com a verdade, eu devo me submeter e aceitar, mas se descobrir que líderes estão tendo problemas ou desvios, eu devo expô-los e corrigi-los imediatamente e ajudá-los a fazer uma mudança e ganhar entrada, pois fazer isso será o melhor para o trabalho da casa de Deus. Se falsos líderes ou anticristos aparecem na igreja, eu devo denunciá-los aos seus superiores. Isso é ser responsável pelo trabalho da igreja e comigo mesma e é, ainda mais, cumprir meus deveres e responsabilidades. Quando percebi os princípios em relação a como tratar líderes e obreiros, senti uma clareza muito maior e tinha uma senda de prática.
Algum tempo depois, observei que a líder, a irmã Liu, não estava acompanhando o trabalho de rega, dizendo que ela estava ocupada demais para fazê-lo. Às vezes, quando os irmãos traziam os problemas até ela, ela ficava ressentida por darem mais trabalho a ela. Pensei: os líderes são responsáveis por muito trabalho, mas sempre é possível priorizar. Eles não precisam fazer todo trabalho pessoalmente, podem designar alguém para acompanhar parte do trabalho e então avaliar e supervisionar depois do fato ocorrido. Se um líder sempre diz que está ocupado e não supervisiona o trabalho pelo qual é responsável ou só age sem se envolver, isso é negligência séria, não é trabalho prático e eu devia relatar esse problema ao seu superior. Mas então pensei que não devia me preocupar com como a líder estava se dando em seu trabalho, e que só devia cumprir os meus deveres. Então lembrei-me das palavras de Deus, que dizem: “É da responsabilidade de todos ficar de olho em se os líderes e obreiros estão fazendo trabalho real, se eles usam a verdade para resolver problemas” (Identificando falsos líderes). Eu percebi que tinha a ideia errada. Eu devia lembrar a líder e ajudá-la a corrigir seu problema rapidamente. Então juntei minha coragem e falei do problema com ela. A líder disse: “Hm. Você está certa, isso realmente é um problema. Refletirei sobre isso”. Fiquei comovida ao ouvir isso. Depois disso, vi que a líder começou a acompanhar o trabalho de rega e resolveu alguns problemas práticos naquele trabalho. Essa experiência me ajudou a perceber que, qualquer que seja o nosso dever, todos nós devemos proteger o trabalho da igreja. Esse é o dever e a responsabilidade de todos.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.