Por que não ousei supervisionar o trabalho

24 de Outubro de 2022

Por Song Yu, Holanda

Dois anos atrás, quando comecei a servir como líder de igreja, várias das minhas parceiras acreditavam em Deus havia mais tempo do que eu. Eu achava que elas entendiam a verdade melhor do que eu e que tinham mais experiência do que eu, por isso eu não ousava perguntar muito sobre o trabalho da igreja. Eu temia que diriam que eu tinha acabado de me tornar líder, que estava interferindo no trabalho e tentando me envolver, apesar de não saber nada. Em algumas questões de princípios, eu não ousava defender minhas opiniões. Eu temia que os outros diriam que eu era arrogante demais e não tinha autoconhecimento, por isso sempre me continha no meu dever.

Na época, eu vi que um trabalho da igreja estava progredindo lento demais, que os irmãos cumpriam os deveres sem entender os princípios, e que o progresso era atrasado porque eles ficavam presos em coisas triviais. A irmã Zhang vinha supervisionando esse trabalho havia quase dois anos, mas ainda não entendia a profissão e não conseguia resolver problemas práticos. Ela não era apta a ser líder. Já que a irmã Zhang estava sob a responsabilidade da irmã Li, eu relatei o problema à irmã Li e sugeri que ela dispensasse a irmã Zhang, mas ela disse que, até então, a irmã Zhang ainda podia fazer algum trabalho e que ela não conseguia encontrar uma substituta apropriada para ela, por isso queria retê-la, por ora. Quando ouvi o que a irmã Li disse, eu discordei e pensei: “A irmã Zhang é líder há quase dois anos, mas não resolveu nem mesmo uns problemas básicos, e isso afetou o progresso do trabalho. Como pode permitir que ela permaneça? Já que sabemos que ela não é apta para o cargo, devemos parar de usá-la e cultivar alguém com calibre bom”. Eu quis dizer à irmã Li que devíamos agir de acordo com os princípios, mas então pensei: “Ela já disse que não consegue encontrar uma substituta adequada por ora. Se eu continuar insistindo que ela transfira a irmã Zhang, será que ela vai achar que estou forçando a barra e interferindo no trabalho dela? Trabalho na igreja há pouco tempo. Se eu deixar essa impressão na irmã Li, como poderemos ser parceiras depois disso? Esqueça; melhor não mexer com isso”.

Mais tarde, descobri que a irmã Chen, que supervisionava o trabalho de vídeo, não fazia trabalho prático. O projeto de vídeo sob responsabilidade dela não produzia vídeos à altura do padrão havia três meses. Ela não conhecia o estado das pessoas do grupo dela nem os problemas e dificuldades que enfrentavam na produção de vídeos, e tiveram que refazer os vídeos dessa época, o que atrasou o progresso. Eu discuti com meus colegas como lidar com essa questão. Todos acharam que a irmã Chen tinha humanidade decente e que ela era responsável pelo trabalho de vídeos havia um tempo e conhecia a profissão, por isso, já que não havia candidatos apropriados por ora, ela deveria permanecer no cargo. Quando ouvi isso, eu não concordei, e pensei: “Vocês não podem mantê-la só porque a humanidade dela não é ruim e ela conhece o trabalho. O que importa é se ela faz trabalho prático e resolve problemas práticos. A irmã Chen não consegue resolver os problemas no trabalho de vídeos. Não é apropriado mantê-la nesse cargo. Ela deve ser substituída”. Eu fiquei preocupada: “A responsabilidade principal da irmã Liu é o trabalho de vídeo, e todos eles acham que a irmã Chen é apropriada, então, se eu discordar, eles não pensarão que eu sou controladora demais? Primeiro, eu quis transferir a irmã Zhang, e agora quero dispensar a irmã Chen. Meus colegas pensarão que sou arrogante demais, que quero substituir qualquer um que eu considere inapto sem lhe dar chance de se arrepender e que não tenho coração?”. Então, quando as palavras já estavam na ponta da minha língua, eu as engoli.

Depois de mais de um mês, as irmãs Zhang e Chen foram dispensadas por não fazer trabalho prático. Ao mesmo tempo, meus líderes superiores concluíram que eu era uma líder irresponsável por não ter substituído a tempo líderes que eu sabia que eram inapropriados, o que atrasou o trabalho da igreja. Lidaram duramente comigo por não fazer trabalho prático e me analisaram, dizendo que eu vivia segundo a filosofia satânica de ser bajuladora, que eu não praticava a verdade e não defendia o trabalho da igreja. Disseram que eu era inapta a ser líder, e eu fui dispensada. A poda e o tratamento dos meus líderes foram como um golpe na cabeça. Eu não achava que o meu problema era tão sério que justificava uma dispensa. Isso me deixou muito triste. Foi como se tudo que eu deixara para trás eram remorso e dívidas com Deus. Eu me odiei de verdade. Por que eu não conseguia praticar a verdade e defender o trabalho da igreja? Por que eu sempre vivia segundo filosofias satânicas? Orei a Deus, pedindo que Ele me guiasse para entender meus problemas.

Durante meus devocionais, li algumas das palavras de Deus: “Que caráter é esse quando as pessoas não assumem responsabilidade pelo seu dever, cumprem-no de maneira descuidada e superficial, agem como bajuladores e não defendem os interesses da casa de Deus? Isso é astúcia; é o caráter de Satanás. O item mais marcante nas filosofias de vida do homem é a astúcia. As pessoas pensam que, se não forem astutas, serão suscetíveis a ofender os outros e incapazes de se proteger; elas pensam que devem ser astutas o suficiente para não machucar nem ofender ninguém, mantendo-se assim seguras, protegendo seu sustento e ganhando uma posição firme entre as multidões. Todos os incrédulos vivem segundo a filosofia de Satanás. Todos eles são bajuladores e não ofendem ninguém. Você veio para a casa de Deus, leu a palavra de Deus e ouviu sermões da casa de Deus. Por que, então, você é sempre um bajulador? Os bajuladores só protegem os próprios interesses, e não os interesses da igreja. Quando veem alguém cometendo o mal e prejudicando os interesses da igreja, eles ignoram. Gostam de ser bajuladores e não ofendem ninguém. Isso é uma irresponsabilidade, e esse tipo de pessoa é astuto e inconfiável demais. A fim de proteger vaidade e reputação, e a fim de manter seu bom nome e seu status, algumas pessoas ficam felizes em ajudar os outros e se sacrificar por seus amigos, não importa o custo. Mas quando precisam proteger os interesses da casa de Deus, a verdade e a justiça, elas não cultivam tais boas intenções, que desapareceram completamente. Quando deveriam praticar a verdade, elas não o fazem. O que está acontecendo? A fim de proteger dignidade e reputação, elas pagam qualquer preço e suportam qualquer coisa. Mas quando precisam fazer trabalho real, proteger coisas positivas, e proteger e prover para o povo escolhido de Deus, por que elas não têm mais a força para pagar qualquer preço e suportar qualquer coisa? Isso é inconcebível. Na verdade, elas têm um tipo de caráter que está farto da verdade. Por que dizer que seu caráter está farto da verdade? Porque, sempre que algo envolve dar testemunho de Deus, praticar a verdade, proteger o povo escolhido de Deus, lutar contra as enganações de Satanás ou proteger coisas positivas, elas fogem e se escondem, e não fazem o que é adequado(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Conhecer o caráter que se tem é o fundamento para mudá-lo”). “Quando vocês veem um problema e não fazem nada para interceptá-lo e não o comungam nem tentam limitá-lo e, além disso, não o relatam aos seus superiores, mas exercem o papel de uma ‘pessoa legal’, isso é um sinal de deslealdade? Aqueles que são pessoas legais são leais a Deus? Nem um pouco. Tal pessoa não é apenas desleal a Deusela está agindo como cúmplice de Satanás, como seu assistente e seguidor. Ela é infiel em seu dever e responsabilidade, mas a Satanás, ela é bastante leal. Aqui está a essência do problema(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). A palavra de Deus revela que as pessoas astutas fazem de tudo para proteger seus interesses. A fim de manter sua reputação, quando se dão bem com as pessoas, elas praticam filosofias mundanas e não ofendem ninguém. Se precisam praticar a verdade para proteger o trabalho da igreja, elas recuam. Eu era uma pessoa tão astuta. Depois de me tornar líder, vi obreiros que acreditavam em Deus havia mais tempo e que tinham mais experiência do que eu, por isso achei que eu devia ter autoconhecimento. Se não era um trabalho sob a minha responsabilidade, eu não me preocupava nem fazia perguntas, para evitar que pensassem que eu era intrometida, e não passar uma má impressão. A fim de manter uma boa relação com meus colegas, a fim de manter uma posição firme entre eles, eu me tornei astuta e enganosa, e sempre agia como bajuladora. Quando vi que havia falsos líderes na igreja, eu não os dispensei a tempo. Mesmo dentro do escopo da minha responsabilidade, eu não ousava perguntar demais. Temia que fazer demais levaria os outros a dizer que eu estava ultrapassando os limites. Eu vivia segundo “calar diante das falhas de bons amigos ajuda a criar uma amizade boa e duradoura”, “quando você sabe que algo está errado, é melhor dizer menos”, “o silêncio é de ouro, e quem fala muito erra muito”, “proteja a si mesmo, só tente escapar da culpa”, e outras filosofias satânicas. Em tudo, eu mantinha minha relação com as pessoas e minha imagem aos olhos dos meus colegas. Eu seguia e repetia as opiniões deles sem levar em conta se o trabalho da igreja sofreria. Eu via problemas, mas não ousava mencioná-los. Eu sabia que devia praticar a verdade, mas me protegia e seguia a multidão. Eu não só era astuta e enganosa, eu estava também farta da verdade. Achava que era esperteza não dizer nada sobre as falhas dos outros. Desse jeito, eu poderia manter a relação com meus colegas e firmar minha posição entre os líderes e obreiros. Eu não esperava ser revelada e dispensada tão cedo. Eu vi líderes inapropriados, mas não ousei defender os princípios e dispensá-los a tempo. Em vez disso, permiti que continuassem a atrasar e prejudicar o trabalho na igreja. Eu estava protegendo falsos líderes, e, em essência, estava agindo como cúmplice de Satanás. Estava cometendo o mal e resistindo a Deus. Quando pensei nisso, senti remorso. Se eu tivesse defendido os princípios e dispensado as duas falsas líderes mais cedo, isso não teria atrasado o trabalho da igreja por tanto tempo.

Eu refleti sobre mim mesma, também. Por que eu sempre achava que expressar mais as minhas opiniões ou fazer mais trabalho era me envolver demais? Quando li a palavra de Deus sobre o que é dever, percebi que essa ideia era totalmente absurda. As palavras de Deus dizem: “O que realmente é o dever? É uma comissão confiada às pessoas por Deus, é parte do trabalho da casa de Deus e é uma responsabilidade e obrigação que deveria ser assumida por cada um do povo escolhido de Deus. O dever é um tipo de empreendimento? É uma questão familiar pessoal? É sensato dizer que, uma vez que você recebe um dever, esse dever se torna seu assunto pessoal? Não é esse o casode forma alguma. Como, então, você deveria cumprir o seu dever? Agindo de acordo com as exigências, palavras e padrões de Deus e baseando seu comportamento nos princípios da verdade e não em desejos humanos subjetivos. Algumas pessoas dizem: ‘Quando me dão um dever, ele não é assunto meu? Meu dever é responsabilidade minha, e aquilo com que fui encarregado não é assunto meu? Se eu tratar meu dever como assunto meu, isso não significa que eu o cumprirei corretamente? Eu o cumpriria bem se não o tratasse como assunto meu?’. Essas palavras estão corretas ou erradas? Estão erradas; são contrárias à verdade. O dever não é seu assunto pessoal, é assunto de Deus, é parte da obra de Deus, e você deve fazer o que Deus exige; só se você cumprir seu dever com um coração obediente a Deus, você poderá estar à altura do padrão. Se você sempre cumprir seu dever de acordo com suas próprias noções e imaginações e de acordo com suas próprias inclinações, então você jamais estará à altura do padrão. Sempre só cumprir seu dever como você deseja não é cumprir o seu dever, porque o que você está fazendo não está dentro do escopo do gerenciamento de Deus, não é o trabalho da casa de Deus; em vez disso, você está administrando seu próprio negócio, cumprindo as próprias tarefas, e então isso não é lembrado por Deus(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só buscando os princípios da verdade pode-se realizar bem o dever”). A palavra de Deus explica a definição de dever. Um dever é uma comissão de Deus para as pessoas. Quando aceitamos um dever, aceitamos responsabilidade e obrigação. No processo de cumprir nossos deveres, devemos buscar a vontade de Deus e cumprir nosso dever de acordo com os princípios da verdade. Só assim estamos praticando de acordo com a vontade de Deus. Como líder de igreja, todos os aspectos do trabalho da igreja, incluindo o arranjo ou a transferência de pessoal, o acompanhamento e a resolução de vários problemas no trabalho e a supervisão do trabalho de outros colegas estão dentro da esfera da minha responsabilidade e são coisas que eu deveria ter feito. Mas eu interpretei meu trabalho como forçar a barra. Achava que cuidar do meu trabalho e assumir mais responsabilidade era fazer demais, que ofenderia as pessoas e afetaria minha relação com meus colegas. Eu não via o cumprimento do meu dever e a prática da verdade como algo positivo. Ao contrário, achava que, ao praticar a verdade, eu estaria prejudicando meus interesses. Minha ideia era ridícula. Eu estava à mercê dessa opinião equivocada, era incapaz de tratar meu dever corretamente e não considerava a vontade de Deus. Quando vi falsos líderes na igreja, não ousei dizer nem mencionar isso, e não ousei acompanhar o trabalho que eu devia acompanhar. Eu estava mantendo minha relação com meus colegas e a minha posição de liderança. Eu não estava cumprindo o meu dever! Foi porque a minha intenção no meu dever estava errada que praticar a verdade se tornou forçar a barra na minha mente e que usei isso como desculpa para não fazer trabalho prático. Eu era tão astuta!

Também percebi que, ao julgar se a irmã Chen era apropriada como supervisora, eu temi que, se eu sugerisse dispensá-la, meus colegas pensariam que eu era arrogante demais e que eu queria substituir qualquer um que eu considerasse inapropriado sem dar-lhe chance de se arrepender. Nessa questão, eu não só vivia segundo filosofias satânicas, como não conseguia distinguir entre arrogância e obediência aos princípios da verdade. Na palavra de Deus, eu li: “Se, sempre que tem uma ideia ou opinião, você afirma cegamente que ela está correta, e afirma o que deve ser feito, você está sendo arrogante e hipócrita. Se você tem uma ideia ou opinião que acha ser correta, mas não tem fé absoluta em si mesmo e pode se certificar buscando e comungando, isso não é ser hipócrita. Obter o consentimento e a aprovação de todos antes de executá-la é o modo racional de agir(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só vivendo frequentemente diante de Deus pode-se ter um relacionamento normal com Ele”). “Se você tem certeza de que algo que você descobriu é um problema e falar sobre isso beneficiaria o trabalho, mas você não ousa aderir aos princípios, que problema há aqui? Se você entende que algo é um problema, por que você teria medo de aderir aos princípios? Isso é uma questão de um caráter sério e diz respeito a se você ama a verdade e se você tem um senso de justiça. Você deve dar voz à sua opinião, mesmo não sabendo se é correta. Se você tem uma ideia ou opinião, você deveria expressá-la e permitir que os outros a avaliem. Haverá benefícios para você ao agir assim e isso ajudará a resolver o problema. Se você pensa: ‘Não vou me envolver nisso. Se o que eu disser for correto, eu não receberei o crédito, e se for errado, eu serei tratado. Não vale a pena’, isso não é egoísta e desprezível de sua parte? O homem sempre considera seus interesses pessoais e é incapaz de praticar a verdade. Essa é a coisa mais difícil em relação às pessoas. Todos vocês não têm muitos desses esquemas e filosofias de vida dentro de vocês? Há muitos itens de filosofias de Satanás em todos vocês, e há muito tempo eles transbordam em vocês. Não surpreende, então, que as pessoas ouvem sermões por anos sem entender a verdade, que sua entrada na realidade da verdade é lenta e que sua estatura permanece sempre baixa. A razão é que tais coisas corruptas as impedem e perturbam. Segundo o que o homem vive quando ele deve praticar a verdade? Ele vive segundo esses caracteres corruptos, segundo noções, imaginações e filosofias de vida e também segundo dons. Ao viver segundo essas coisas, é muito difícil para o homem vir para diante de Deus, pois sua carga é grande demais e seu jugo é pesado demais. Quando o homem vive segundo essas coisas, ele está muito longe da verdade. Essas coisas o impedem de entender a verdade e de praticar a verdade. Se você não entender a verdade, sua fé em Deus não aumentará, muito menos seu conhecimento Dele. Isso é algo muito lamentável e assustador(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Em que, exatamente, as pessoas têm confiado para viver?”). A palavra de Deus me mostrou que, se você tem uma ideia ou um ponto de vista, mas não busca os princípios da verdade, não o comunga nem discute com ninguém, decide cegamente que sua ideia é correta e quer que os outros o ouçam, isso é arrogância. Se suas opiniões são erradas, absurdas e não se conformam aos princípios da verdade, mas você sempre acha que está certo e não ouve as opiniões de mais ninguém, isso também é arrogância. Mas se você busca a verdade e determina que seus atos e opiniões estão alinhados com a verdade e que você está protegendo o trabalho da igreja, se você consegue defender os princípios sem ser constrangido pelos outros, isso é uma manifestação de um senso de justiça e lealdade a Deus. Não é arrogância. E se você não tem certeza se seu raciocínio é correto, também existe um princípio de prática, que é dizer o que você pensa para que todos possam comungar, discernir e descobrir como fazer as coisas corretamente. As irmãs Zhang e Chen não eram líderes novas, com desvios menores nos deveres, que mereciam chances, ajuda e apoio. Elas eram líderes havia muito tempo. Além disso, seu calibre era ruim, elas não faziam trabalho prático e não resolviam nenhum problema no trabalho delas. Tais pessoas são falsos líderes. Identificar e substituir falsos líderes a tempo é defender o trabalho da igreja e agir de acordo com os princípios. Não é arrogância, e não é negar-lhes uma chance. Eu vi claramente que havia problemas com as duas líderes, mas por temer que meus colegas diriam que eu era arrogante, eu não ousei defender minhas opiniões. Eu vivia segundo filosofias satânicas, era uma bajuladora, não praticava a verdade, via, calada, o trabalho atrasando, e não fazia nada a respeito. Eu detinha o título de líder, mas não fazia o trabalho em si. Eu era uma autêntica falsa líder. Deus odeia e detesta o que eu fazia. Minha dispensa foi a justiça de Deus, e foi também a salvação de Deus para mim. Eu agradeci a Deus no meu coração e me arrependi profundamente do que fiz. Eu orei a Deus: “Deus, eu vivia segundo filosofias satânicas. Várias vezes, eu traí a verdade e não vivi à altura da Tua vontade. Quero me arrepender. Por favor, guia-me pata praticar a verdade e proteger o trabalho da igreja”. Inesperadamente, quando minha atitude mudou, meus irmãos me escolheram de novo como líder e me encorajaram a cumprir bem o meu dever. Fiquei muito comovida e grata por Deus me dar outra chance.

Mais tarde, busquei uma senda de prática para os meus problemas e li uma passagem das palavras de Deus: “Se você tiver as motivações e a perspectiva de uma ‘pessoa legal’, então, em todos os assuntos, você será incapaz de praticar a verdade e de obedecer aos princípios, e você sempre falhará e cairá. Se você não despertar e nunca buscar a verdade, então você será um incrédulo e jamais ganhará a verdade e a vida. O que, então, você deveria fazer? Quando confrontado com tais coisas, você deve clamar a Deus em oração, implorando pela salvação e pedindo que Deus lhe dê mais fé e força, para o capacitar a seguir o princípio, a fazer o que você deveria fazer, a lidar com as coisas de acordo com o princípio, a permanecer firme e proteger os interesses da casa de Deus e impedir que qualquer dano aconteça ao trabalho da casa de Deus. Se você for capaz de abandonar seus interesses pessoais, sua reputação e sua postura de uma ‘pessoa legal’, e se você fizer o que deveria fazer com um coração honesto e íntegro, então você terá derrotado Satanás e terá ganhado esse aspecto da verdade. Se você sempre viver segundo a filosofia de Satanás, mantendo seus relacionamentos com os outros e nunca praticando a verdade, não ousando obedecer aos princípios, então você será capaz de praticar a verdade em outros assuntos? Você não terá fé, não terá força. Se você nunca for capaz de buscar nem de aceitar a verdade, então tal fé em Deus lhe permitirá obter a verdade? (Não.) E se você não consegue obter a verdade, você pode ser salvo? Não pode. Se você sempre vive segundo a filosofia de Satanás, se carece completamente da realidade da verdade, então você nunca pode ser salvo. Deveria ser claro para você que obter a verdade é uma condição necessária para a salvação. Como, então, você pode obter a verdade? Se você for capaz de praticar a verdade, se conseguir viver segundo a verdade e a verdade se tornar a base da sua vida, então você ganhará a verdade e terá vida, e assim você será um daqueles que são salvos(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só o autoconhecimento ajuda na busca da verdade”). A palavra de Deus me mostrou que, ao ser bajuladora, manter minha relação com os outros e não ousar defender os princípios da verdade e proteger o trabalho da igreja, a essência das minhas ações era proteger interesses pessoais às custas dos interesses da igreja. Isso era uma ofensa contra Deus e uma traição a Deus. Se não me arrependesse e não buscasse a verdade para resolver meus problemas, no fim, eu seria rejeitada e expulsa por Deus. Ao mesmo tempo, eu encontrei uma senda de prática. Quando acontecem coisas e queremos proteger nossos interesses, devemos orar e confiar em Deus, pedir que Deus nos dê força, renunciar à carne, defender os princípios da verdade, e nos concentrar nos interesses da igreja. No processo de praticar desse jeito, com o esclarecimento do Espírito Santo, entendemos mais da verdade, nossa determinação de praticar a verdade aumenta, e nossos caracteres corruptos não conseguem nos deter, e assim podemos viver com mais liberdade. Eu decidi que, a partir desse ponto, no meu dever, eu não mais manteria a minha relação com os outros e, em questões de princípios, eu devia praticar a verdade para proteger o trabalho da igreja.

Após um tempo, descobri que os resultados de rega na igreja supervisionada pela irmã Wang eram ruins, e os recém-convertidos frequentavam as reuniões sem regularidade. Descobri que a irmã Wang não fazia trabalho prático. Ela resolvia os problemas dos recém-convertidos raramente e não acompanhava nem se informava sobre o trabalho da equipe de rega. Também havia alguns obreiros de rega com humanidade ruim, que agiam superficialmente, trapaceavam e eram astutos nos deveres, e ela não os dispensava a tempo. Eu sabia que a irmã Wang não podia continuar como supervisora. Mas então pensei: “A irmã Wang era minha parceira. Se ela souber que eu a investiguei e quero dispensá-la, o que ela pensará de mim? Pensará que faço as coisas sem coração?”. Eu percebi que quis manter minha relação com as pessoas, mais uma vez. Orei a Deus e pedi que Ele me desse força para que eu pudesse defender os princípios da verdade e proteger o trabalho da igreja. Depois disso, eu falei com os obreiros sobre a minha ideia de dispensar a irmã Wang. A irmã Liu disse: “A irmã Wang supervisionou o trabalho de rega por um tempo e tem alguma experiência. Se você dispensá-la, será difícil encontrar um substituto adequado rapidamente”. Mas dessa vez, eu insisti no meu ponto de vista e não cedi. Ao mesmo tempo, relatei essa questão aos líderes superiores, e, após comunhão e análise, eles dispensaram a irmã Wang. Por meio da minha experiência, eu percebi que pessoas que vivem segundo filosofias satânicas só podem se tornar desprezíveis e más. Elas não só prejudicam o trabalho da igreja, como fazem com que Deus as odeie e deteste. A prática da verdade e as palavras de Deus podem nos trazer alívio e liberdade verdadeiros.

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