Reflexões sobre não fazer com outros o que você não gostaria que lhe fosse feito
Eu tinha tantos problemas em meu dever, problemas grandes e pequenos. Alguns eram resultado de desleixo, outros, provinham de não conhecer os princípios. Eu estava um pouco preocupada, temia que minha líder ou a irmã com quem eu trabalhava lidasse comigo, dizendo que eu era desleixada em meu dever, mas minha parceira mal mencionava os problemas, e só dizia que eu devia ser mais cuidadosa no futuro. Isso sempre me deixava feliz. Mais tarde, quando vi alguns problemas óbvios que os outros tinham em seus deveres, eu achei que eles estavam sendo desleixados demais no trabalho e quis comungar com eles e analisar o problema, Para que eles entendessem sua natureza e as consequências sérias de continuar assim. Mas então pensei que apontar os problemas de outras pessoas diretamente feriria seu orgulho. Seria melhor dizer apenas o bastante para conscientizá-las do problema e parar por aí. Além disso, eu estava tendo os mesmos problemas, que direito tinha eu de abrir a boca? E se eu tratasse os outros por algo e fizesse o mesmo mais tarde? Eu não seria uma hipócrita? Decidi que só deveria dizer coisas agradáveis. Assim, se eu cometesse um erro no futuro, os outros não fariam um escândalo. Perdoar os outros é perdoar a si mesma. Quando pensei assim, o pouco de justiça que tinha no coração desapareceu. Eu disse à minha parceira: “Não há necessidade de citar pessoas específicas que têm problemas. Podemos simplesmente referir-nos aos problemas”. Ela não respondeu nada. Eu me senti incomodada depois disso. Os outros perceberiam que tinham um problema se não fossem identificados? Eles mudariam no futuro? Se não mudassem, isso poderia impactar o trabalho. Eu me senti dividida. Eu queria falar, mas não ousava e, ao não falar, eu sentia que não estava cumprindo meu dever. Mais tarde, eu me perguntei por que isso era tão difícil para mim. O que estava me impedindo de expor os problemas dos outros? Fiz uma oração silenciosa, pedindo que Deus me guiasse a entender meu problema.
Mais tarde, falei com outra irmã sobre meu estado atual, e ela me enviou uma passagem das palavras de Deus. Lê-la abriu meus olhos e eu ganhei algum entendimento do meu problema. Deus Todo-Poderoso diz: “Você é um defensor da máxima moral ‘Não faça com os outros o que não quer que façam com você’? Se alguém fosse defensor dessa frase, vocês achariam que ele é grande e nobre? Há alguns que diriam: ‘Veja, ele não impõe, ele não dificulta as coisas para os outros nem os coloca numa posição difícil. Ele não é maravilhoso? Ele é sempre rígido consigo, mas leniente com os outros; ele nunca exige que alguém faça algo que ele mesmo não faria. Ele dá muita liberdade aos outros e lhes transmite uma abundância de calor e aceitação. Que pessoa maravilhosa!’. Isso realmente é verdade? A implicação da frase ‘Não faça com os outros o que não quer que façam com você’ é que você só deve dar ou fornecer as coisas de que você gosta ou que desfruta nos outros. Mas quais são as coisas de que as pessoas corrompidas gostam e desfrutam? Coisas corrompidas, coisas absurdas e desejos extravagantes. Se você dá e fornece essas coisas negativas às pessoas, a humanidade inteira não se tornará cada vez mais corrupta? Haverá cada vez menos coisas positivas. Não é essa a verdade? É um fato que a humanidade é profundamente corrupta. Humanos corruptos gostam de buscar fama, ganho, status e os prazeres da carne; eles querem ser celebridades, ser poderosos e sobre-humanos. Querem uma vida confortável e são adversos a trabalho duro; querem que tudo lhes seja dado. Pouquíssimos deles amam a verdade ou coisas positivas. Se as pessoas derem e fornecerem sua corrupção e preferências aos outros, o que acontecerá? É exatamente como você imagina: a humanidade só se tornará cada vez mais corrupta. Aqueles que são defensores da ideia de ‘Não faça com os outros o que não quer que façam com você’ exigem que as pessoas imprimam sua corrupção, preferências e desejos extravagantes nos outros, levando outras pessoas a buscar mal, conforto, dinheiro e avanço. Essa é a senda certa na vida? É evidente que ‘Não faça com os outros o que não quer que façam com você’ é um ditado muito problemático. Os buracos e as falhas nele são gritantes de óbvios; não vale nem a pena dissecá-los e discerni-los. Basta a menor análise, e seus erros e seu ridículo se tornam óbvios. No entanto, há muitos entre vocês que são facilmente convencidos e influenciados por esse ditado e que o aceitam sem discernimento. Ao interagir com os outros, você usa essa máxima com frequência para se admoestar e exortar os outros. Ao fazer isso, você acha que seu caráter é especialmente nobre e que você é muito sensato. Mas sem perceber, essas palavras revelaram os princípios segundo os quais você vive e sua postura em relação a problemas. Ao mesmo tempo, você enganou e desorientou os outros a abordar pessoas e circunstâncias com as mesmas opiniões e essa mesma postura sua. Você agiu igual a um verdadeiro observador passivo e trilhou a via intermédia. Você diz: ‘Não importa qual seja o problema, não há necessidade de levá-lo a sério. Não dificulte as coisas para si mesmo nem para os outros. Se você dificultar as coisas para as outras pessoas, você as dificultará também para si mesmo. Ser bondoso com os outros é ser bondoso consigo. Se você é duro com as outras pessoas, você está sendo duro também consigo. Por que se colocar numa situação difícil? Não fazer com os outros o que não quer que façam com você é a melhor coisa que você pode fazer para si mesmo e é a mais ponderada’. Obviamente, essa atitude é uma atitude de não ser meticuloso em nada. Você não tem uma postura nem uma perspectiva clara em relação a nenhum problema; você tem uma opinião confusa sobre tudo. Você não é meticuloso e apenas se finge de cego diante das coisas. Quando você finalmente estiver diante de Deus e prestar contas de si mesmo, também será uma grande confusão. Por quê? Porque você sempre diz que não deve fazer com os outros o que não quer que façam com você. Isso é muito confortante e agradável, mas, ao mesmo tempo, levará você a causar muitos problemas, de modo que você não consegue ter uma opinião nem uma postura clara em muitas questões. É claro, isso também o torna incapaz de entender claramente quais são as exigências e os padrões de Deus para você quando você se depara com essas situações, ou que desfecho você deveria alcançar. Essas coisas acontecem porque você não é meticuloso em nada que faz; elas são causadas por sua atitude e opiniões confusas. Não fazer com os outros o que não quer que façam com você é a atitude tolerante que você deveria ter em relação a pessoas e coisas? Não, não é. É só uma teoria que parece ser certa, nobre e bondosa vista de fora, mas, na verdade, é uma coisa completamente negativa. Evidentemente, é menos ainda um princípio da verdade ao qual as pessoas deveriam aderir” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (10)”). As palavras de Deus expuseram minha atitude em relação à convivência com os outros. Quando eu via um problema na abordagem de alguém ao seu dever, eu não queria apontá-lo claramente. Por fora, eu parecia ser bondosa, permitia que os outros preservassem a honra e não os envergonhava, mas eu tinha segundas intenções. Já que eu também era desleixada em meu dever com frequência e tinha problemas semelhantes, eu tinha medo de apontar problemas nos outros e, mais tarde, manifestar o mesmo problema. Isso não faria de mim uma hipócrita? Ser dura com os outros seria ruim para mim também, eu ficaria sem saída, por isso eu não queria levar os problemas dos outros a sério, preferindo encobri-los. Eu sabia muito bem que, se eles fossem sempre negligentes no dever, eles não só não obteriam bons resultados nem fariam boas obras, como impactariam o trabalho da igreja e até causariam grandes interrupções. Como supervisora, eu deveria estar assumindo responsabilidade, comungando e apontando os problemas dos outros e, se necessário, expondo, analisando e lidando com eles. Mas, a fim de não ficar mal e proteger meu status, eu perdi até a menor vontade de praticar a verdade. De fora, parecia que eu era atenciosa, mas, na verdade, eu queria me proteger e impedir que os outros mencionassem meus problemas. Sem a revelação das palavras de Deus, eu nunca teria percebido que não apontar os problemas dos outros provém do impacto e do controle de filosofias satânicas. Eu nunca teria visto como eu era enganosa.
Li algo nas palavras de Deus. “Num sentido literal, ‘Não faça com os outros o que não quer que façam com você’ significa que, se você não gosta de algo ou não gosta de fazer algo, você não deve impor isso a outras pessoas, também. Isso parece ser inteligente e sensato, mas se usar essa filosofia satânica para lidar com toda situação, você cometerá muitos erros. É provável que você machuque, engane e até prejudique as pessoas. É igual a alguns pais que não gostam de estudar, mas gostam de obrigar seus filhos a estudar e sempre tentam argumentar com eles, instando-os a estudar muito. Se aplicássemos aqui as exigências de ‘não fazer com os outros que você não quer que façam com você’, esses pais não deveriam obrigar os filhos a estudar, pois eles mesmos não gostam. Há outras pessoas que acreditam em Deus, mas não buscam a verdade; entretanto, em seu coração, elas sabem que crer em Deus é a senda correta na vida. Se veem que seus filhos não estão na senda certa, elas os instam a crer em Deus. Embora elas mesmas não busquem a verdade, ainda assim elas querem que seus filhos a busquem e sejam abençoados. Nessa situação, se tratassem os outros da mesma forma como querem ser tratados, esses pais não deveriam obrigar os filhos a crer em Deus. Isso estaria alinhado com essa filosofia satânica, mas também destruiria a chance dos filhos de ser salvos. Quem é responsável por esse desfecho? A máxima moral tradicional de não fazer com os outros o que não quer que façam com você não prejudica as pessoas? […] Esses exemplos não refutaram completamente esse ditado? Não há nada de correto nele. Por exemplo, algumas pessoas não amam a verdade; elas cobiçam os confortos da carne e encontram jeitos de ser desleixadas quando cumprem seu dever. Não estão dispostas a sofrer nem a pagar um preço. Acreditam que o ditado ‘Não faça com os outros o que não quer que façam com você’ o expressa bem e dizem às pessoas: ‘Vocês deveriam aprender a se divertir. Vocês não precisam cumprir bem o seu dever, nem sofrer adversidade, nem pagar um preço. Se você pode ser desleixado, seja desleixado; se você pode improvisar, improvise. Não dificulte as coisas para si mesmo. Veja, eu vivo desse jeito — não é maravilhoso? Minha vida é perfeita! Você está se esgotando, vivendo desse jeito! Vocês deveriam aprender comigo’. Isso não cumpre as exigências de ‘não fazer com os outros o que não quer que façam com você’? Se você age desse jeito, você é uma pessoa com razão e consciência? (Não.) Se uma pessoa perde sua razão e consciência, ela não carece de virtude? Isso se chama carecer de virtude. Por que o chamamos assim? Porque ela cobiça conforto, ela improvisa em seu dever e incita e influencia os outros a se juntar a ela sendo superficiais e cobiçando conforto. Qual é o problema aqui? Ser superficial e irresponsável em seu dever é um ato de trapaça e resistência a Deus. Se você continuar sendo superficial e não se arrepender, você será exposto e expulso” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (10)”). “Se as pessoas amam a verdade, elas terão a força para buscar a verdade, e conseguem trabalhar muito praticando a verdade. Conseguem abandonar aquilo que deveria ser abandonado e renunciar àquilo que deveria ser renunciado. Em particular, coisas que dizem respeito à sua fama, ganho e status pessoais devem ser renunciadas. Se você não renunciar a elas, isso significa que você não ama a verdade e não tem a força para buscar a verdade. Quando coisas acontecem com você, você deve buscar a verdade. Se, nesses momentos em que você precisar praticar a verdade, você sempre tiver um coração egoísta e não conseguir renunciar aos seus interesses particulares, você será incapaz de colocar a verdade em prática. Se você nunca busca nem pratica a verdade em circunstância nenhuma, você não é uma pessoa que ama a verdade. Não importa há quantos anos acredita em Deus, você não obterá a verdade. Algumas buscas estão sempre buscando fama, ganha e interesses próprios. Não importa o trabalho que a igreja arranje para elas, elas sempre ponderam, pensando: ‘Isso me beneficiará? Se me beneficiar, eu o farei; caso contrário, não o farei’. Uma pessoa desse tipo não pratica a verdade — então ela pode cumprir bem o seu dever? Com toda a certeza, não pode. Mesmo que você não cometa o mal, você ainda assim não é uma pessoa que pratica a verdade. Se você não busca a verdade, não ama coisas positivas, e, não importa o que o acometa, você só se importa com seu status e reputação, com seu interesse próprio e com o que é bom para você, então você é uma pessoa que é impulsionada somente pelo interesse próprio, e você é baixo e egoísta. […] Se as pessoas nunca praticam a verdade após anos de crer em Deus, elas são incrédulas, são malignas. Se você nunca pratica a verdade, se o número de suas transgressões só aumenta, então seu fim está decidido. É evidente que todas as suas transgressões, a senda equivocada que você trilha e sua recusa de se arrepender — tudo isso se une numa multidão de atos malignos; e assim seu fim é que você irá ao inferno, você será punido” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O crucial na crença em Deus é colocar a verdade em prática”). Eu estremeci diante do que as palavras de Deus revelam. Basear as interações em “não faça com os outros o que não quer que façam com você” me fazia parecer compreensiva em relação aos outros, mas, na verdade, eu os prejudicava. Eu não praticava nem entrava nas palavras de Deus nem nas Suas exigências. Eu era condescendente com os problemas deles, não exigindo que praticassem a palavra de Deus, como se eles devessem ser iguais a mim, sem buscar progresso, negativos e depravados. Fazer as coisas desse jeito é irresponsável. É ser um bajulador. É irracional e carece de virtudes. Era assim que eu me comportava. Eu não amava a verdade e só buscava uma vida fácil para mim. Eu não queria levar meu dever a sério nem ser minuciosa. Havia todo tipo de problemas e desvios no meu dever, mas eu estava com medo de expor as minhas falhas. Eu esperava que a líder e a minha parceira não fossem duras demais comigo. Eu também temia que, se eu fosse direta demais com os outros, eu tivesse que dar um exemplo e aceitar sua supervisão, o que não tornaria minha vida mais fácil. Assim, eu queria proteger os outros e permitir que fossem iguais a mim, sem mencionar os problemas que percebiam e sem ficar de olho uns nos outros. Antes de ganhar a verdade, as pessoas tendem a seguir seus caracteres corruptos na vida, sendo desleixadas e superficiais em seus deveres. É nesse momento que mais precisamos da supervisão e orientação mútuas. Isso é algo bom e protege o trabalho da igreja. Como supervisora, eu deveria ter assumido a liderança na prática da verdade, mas, além de não ser um bom exemplo, eu também permitia que todos fossem iguais a mim, desleixados e sem buscar progresso. Em essência, eu estava farta da verdade e não estava disposta a aceitá-la. Eu tomei a liderança em ser descuidada e em enganar a Deus. Eu não só não cumpria bem o meu dever, como também prejudicava meus irmãos. Quanto mais eu refletia sobre isso, mais eu via que o problema era mais sério do que eu tinha pensado. A fim de proteger meu status e reputação, eu ignorava o trabalho da igreja e a entrada na vida dos irmãos. Eu era tão vil e egoísta. Também entendi por que Deus diz que pessoas assim são não crentes, que são pessoas malignas que se infiltram na casa de Deus. É porque a única coisa em seu coração são elas mesmas — elas não pensam no trabalho da igreja. Deus espera que todos nós consigamos praticar a verdade, falando e agindo com princípios. Mas eu não amava a verdade. Eu esperava que todos protegessem uns aos outros e que ninguém praticasse a verdade. Eu estava fazendo o oposto do que Deus queria — isso era praticar o mal. Eu costumava pensar que só interromper o trabalho da igreja intencionalmente era cometer o mal, que isso enojava a Deus, mas então eu vi que proteger seus interesses pessoais a cada passo, falar e agir a partir da corrupção e não praticar a verdade também é cometer o mal. Quando percebi isso, orei rapidamente a Deus em arrependimento: “Deus, sou supervisora, mas não estou praticando a verdade. A fim de proteger meu status e reputação, eu queria que todos protegessem uns aos outros. Eu não tenho razão nem consciência e não mereço esse dever. Deus, quero me arrepender e mudar”. Depois de orar, fiz uma lista com todos os problemas que os outros tinham tido em seus deveres recentemente. Fiquei perplexa quando vi os detalhes de todos esses problemas. Algumas pessoas tinham sido irresponsáveis e negligentes em seu dever, o que significava que parte do trabalho precisou ser refeito. Ao ver um problema após o outro, fiquei muito incomodada. Eu não tinha imaginado que encontraria tantos problemas nos deveres de todos. Mas ainda pensei que podia deixá-los passar, cedendo a mim e aos outros. Eu não tinha consideração pela vontade de Deus. Se as coisas continuassem assim, eu seria responsável pelos atrasos no nosso trabalho.
Naquela noite, li uma passagem das palavras de Deus que me ajudou a entender meu comportamento. As palavras de Deus dizem: “Não importa o que estejam fazendo, os anticristos consideram primeiro os próprios interesses e só agem depois de pensarem em tudo; não obedecem verdadeira, nem sincera, nem absolutamente à verdade sem fazer concessões, mas o fazem seletiva e condicionalmente. Que condição é esta? É que seu status e reputação devem ser protegidos e não devem sofrer qualquer perda. Só quando essa condição é satisfeita é que eles decidem e escolhem o que fazer. Isto é, os anticristos levam em alta consideração como tratar os princípios da verdade, as comissões de Deus e o trabalho da casa de Deus, ou como lidar com as coisas com que se deparam. Eles não consideram como cumprir a vontade de Deus, como não prejudicar os interesses da casa de Deus, como satisfazer a Deus ou como beneficiar os irmãos e irmãs; essas não são as coisas que eles consideram. O que os anticristos consideram? Se seu status e sua reputação serão afetados e se seu prestígio diminuirá. Se fazer algo de acordo com os princípios da verdade beneficia o trabalho da igreja e os irmãos e irmãs, mas causaria dano à sua reputação e faria muitas pessoas perceberem sua verdadeira estatura e saber que tipo de natureza e essência eles têm, eles definitivamente não agiriam de acordo com os princípios da verdade. Se fazer trabalho prático fará com que mais pessoas os tenham em alta estima, os venerem e admirem, ou capacite suas palavras a ter autoridade e a fazer com que mais pessoas se submetam a eles, eles escolherão fazer isso dessa forma; caso contrário, eles jamais preferirão descartar seus interesses em consideração aos interesses da casa de Deus, ou dos irmãos e irmãs. Essas são a natureza e a essência dos anticristos. Isso não é egoísta e vil? Em qualquer situação, os anticristos veem seu status e sua reputação como de suma importância. Ninguém pode competir com eles. Não importa o método necessário, contanto que conquiste as pessoas e leve os outros a adorá-los, os anticristos o farão. […] Em termos simples, o objetivo e o motivo por trás de tudo que um anticristo faz giram em torno destas duas coisas — status e reputação. Seja sua maneira externa de falar, agir ou se comportar, seja um tipo de pensar e um ponto de vista ou maneira de buscar, tudo gira em torno de seu status e reputação. Esse é a forma como os anticristos trabalham” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). As palavras de Deus são totalmente claras. Tudo que os anticristos fazem é para proteger seu status e reputação. Eles nunca pensam em como proteger o trabalho da igreja nem no que beneficiaria os irmãos. Eles preferem que o trabalho da igreja seja impactado a pôr em risco os seus próprios interesses. Eles se importam demais com status e reputação. Em minha reflexão, vi que eu agia igual a um anticristo. Quando era confrontada com algo, eu sempre colocava meus interesses, minha honra e meu status acima de tudo. Quando via que algumas pessoas estavam sendo negligentes em seu dever, eu sabia que devia apontar isso e lidar com elas, para que elas pudessem ver seus problemas e reconhecer sua corrupção. Mas eu não queria ofender ninguém e queria me proteger, por isso não praticava a verdade. Eu não conseguia dizer uma única palavra que estivesse alinhada com a verdade. Em vez disso, eu quebrava a cabeça para garantir que eu tivesse uma saída. Eu era muito escorregadia e enganosa, uma bajuladora e queria ficar no meio termo. Eu continuava buscando fama e status, protegendo meus interesses, permitindo que os outros cumprissem seu dever a partir da corrupção, não pensando no trabalho da igreja. Eu estava na senda de um anticristo. Se continuasse assim, eu seria exposta e expulsa por Deus. Essa percepção me mostrou como era grave esse problema. Orei a Deus, pedindo que Ele me guiasse para que eu pudesse renunciar a status e fama, defender o trabalho da igreja e cumprir as minhas responsabilidades.
Depois disso, li mais das palavras de Deus. “Deus não exige que as pessoas só façam aos outros o que querem que seja feito a elas; em vez disso, Ele exige que as pessoas tenham clareza em relação aos princípios que devem observar ao lidar com situações diferentes. Se forem corretos e estiverem alinhados com a verdade, você deve agarrar-se a eles. E você não só deve agarrar-se a eles, você deve admoestar, convencer e comungar com os outros para que eles entendam exatamente o que é a vontade de Deus e o que são os princípios da verdade. Essas são sua responsabilidade e sua obrigação. Deus não exige que você siga a via intermédia, muito menos exige que você exiba quão grande é o seu coração. Você deve se agarrar às coisas pelas quais Deus o admoestou e que Ele lhe ensinou, e sobre o que Deus fala em Suas palavras: as exigências, os critérios e os princípios da verdade que as pessoas deveriam observar. Você não só deve se agarrar a elas, você deve agarrar-se a elas para sempre. Você deve, também, praticar sendo um exemplo, bem como convencendo, supervisionando, ajudando e guiando os outros a se agarrar a esses princípios da verdade, a observá-los e praticá-los, da mesma forma como você o faz. Deus exige que você faça isso; Ele não exige que você livre a sua barra ou a barra de outras pessoas. Deus exige que você assuma a postura correta em relação a problemas, agarre-se às regras corretas e saiba exatamente quais são os critérios nas palavras de Deus, e que você descubra precisamente quais são os princípios da verdade. Mesmo que não consiga realizar isso, mesmo que não esteja disposto, mesmo que não goste, mesmo que tenha noções ou resista a isso, você deve tratar isso como a sua responsabilidade, como a sua obrigação. Você deve comungar com as pessoas as coisas positivas que vêm de Deus, as coisas que são certas e corretas, e usá-las para ajudar, impactar e guiar os outros, para que as pessoas possam ser beneficiadas e edificadas por elas, e trilhar a senda correta na vida. Essa é a sua responsabilidade, e você não deve se agarrar teimosamente à ideia de ‘não fazer com os outros o que não quer que façam com você’ que Satanás colocou em sua mente. Aos olhos de Deus, esse ditado é apenas uma filosofia para viver; é um dos truques de Satanás; não é a senda correta nem é uma coisa positiva. Tudo que Deus exige de você é que você seja uma pessoa honesta que entende claramente o que deveria e não deveria fazer. Ele não exige que você seja um bajulador ou um observador passivo; Ele não exige que você siga a via intermédia. Quando um assunto diz respeito aos princípios da verdade, você deve dizer o que precisa ser dito e entender o que precisa ser entendido. Se alguém não entende algo, mas você entende, e você pode dar dicas e ajudá-lo, você deve absolutamente cumprir essa responsabilidade e essa obrigação. Você não deve ficar à beira da estrada e observar, muito menos deve se agarrar aos truques que Satanás colocou na sua cabeça, como não fazer com os outros o que não quer que façam com você. […] Se você sempre defende isso, você é alguém que vive de acordo com filosofias satânicas, uma pessoa que vive completamente num caráter satânico. Se você não segue o caminho de Deus, você não ama nem busca a verdade. Não importa o que aconteça, o princípio que você deve seguir e a coisa mais importante que deve fazer é ajudar as pessoas o máximo possível. Você não deve fazer o que Satanás diz e só fazer com os outros que quer que façam com você, nem deve ser um bajulador ‘esperto’. O que significa ajudar as pessoas o máximo possível? Significa cumprir suas responsabilidades e obrigações. Assim que você vê que algo faz parte das suas responsabilidades e obrigações, você deve comungar as palavras de Deus e a verdade. É isso que significa cumprir suas responsabilidades e obrigações” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (10)”). As palavras de Deus me mostraram que não fazer com os outros o que você não gostaria que lhe fosse feito é uma tática, uma trama que Satanás usa para corromper e controlar os pensamentos das pessoas para que elas vivam segundo filosofias satânicas e não pratiquem a verdade em suas interações. Elas se tornam tolerantes e dão margem umas às outras. Se todos vivem segundo seu caráter corrupto, Satanás ganha controle e o mal ganha vantagem. No fim, o Espírito Santo os abandona. Embora não conseguissem ainda viver à altura das palavras de Deus e de Suas exigências nem colocá-las em prática, eu devia cumprir minhas responsabilidades e comungar o esclarecimento e o entendimento das palavras de Deus com os outros. Se eu visse pessoas violando os princípios da verdade no dever, em vez de mostrar uma atitude de clemência e tolerância, eu deveria seguir os princípios, ajudar os outros por meio de crítica e comunhão. Só assim eu defenderia o trabalho da igreja e cumpriria meu dever. Eu também deveria ser um exemplo de colocar a verdade em prática. Era fato que existiam problemas no meu dever, mas eu não podia dar nenhum desconto a mim mesma, nem fingir, nem fugir da realidade. Se fizesse isso, eu jamais progrediria. Eu deveria admitir meus problemas proativamente, aceitar a supervisão dos outros e levar o meu dever a sério. Também percebi que a ideia de que você deve estar livre de erros e problemas para criticar os outros não está alinhada com a verdade — isso é colocar-se num pedestal. Eu sou apenas outro humano corrupto com um caráter seriamente satânico. Eu violo os princípios da verdade com frequência no meu dever e preciso passar pelo julgamento e pela poda de Deus. Preciso também da supervisão dos irmãos. Se mais problemas aparecerem, precisarei enfrentá-los, não ficar fugindo deles. Perceber isso foi esclarecedor para mim e encontrei uma senda de prática. Na reunião seguinte, falei primeiro dos problemas que eu tinha tido recentemente no meu dever, expus e analisei meu desleixo e pedi que todos ficassem de olho em mim. Também lhes disse que deixassem isso servir de alerta. Finalmente, identifiquei também os dois irmãos que tinham sido especialmente negligentes e comunguei as consequências de não mudar. Eu me senti muito à vontade depois de fazer isso.
Foi muito comovente para mim quando um irmão com quem eu tinha lidado reconheceu seu problema por ter sido identificado daquele jeito e me enviou uma mensagem, dizendo: “Se eu não tivesse sido exposto e tratado daquele jeito, eu nunca teria percebido meu problema. Obrigado por me ajudar dessa forma. Agora quero refletir e entrar na verdade”. Fiquei muito comovida com essa mensagem. Eu costumava odiar ser tratada e exposta, por isso não queria fazer isso com os outros. Mas, na verdade, isso não os beneficiava nem um pouco. Eu me arrependi de proteger meu status e reputação, sempre cedendo e tolerando os problemas de todos em seus deveres e não cumprindo meu dever nem minhas responsabilidades. Senti-me em débito para com Deus e os irmãos. Também percebi que colocar as palavras de Deus em prática é o princípio segundo o qual devemos viver. Ser capaz de apontar problemas nos outros sem medir palavras é útil para eles — mas também beneficia a nós mesmos. Mas não fazer com os outros o que você não gostaria que lhe fosse feito é uma falácia satânica que prejudica as pessoas. Vi também que sempre ter medo de ser tratada quando problemas apareciam no meu dever significava que eu não entendia a importância de ser tratada. As palavras de Deus dizem: “Supervisionar pessoas, ficar de olho nelas, conhecê-las — tudo isso é para ajudá-las a entrar na trilha certa da fé em Deus, capacitá-las a cumprir o dever como Deus exige e de acordo com os princípios, para que elas não causem nenhuma perturbação nem interrupção, para que não desperdicem tempo. O objetivo de fazer isso nasce inteiramente da responsabilidade para com elas e para com a obra da casa de Deus; não há malícia nisso” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros). É verdade. Todos nós temos caracteres corruptos e tendemos a ser desleixados e enganosos no dever. Se ninguém supervisionar nem inspecionar nosso trabalho, nem oferecer comunhão nem criticar nossos problemas, não temos como fazer um bom trabalho. Só satisfaremos nosso conforto pessoal ou até faremos algo que interrompa o trabalho da igreja. Assim, quando líderes supervisionam trabalho ou oferecem crítica, eles são responsáveis no dever e defendem o trabalho da igreja. Também é bom para a nossa entrada na vida. Não é para dificultar as coisas para nós. Mas eu era uma supervisora que seguia a ideia satânica de “não fazer com os outros o que você não gostaria que lhe fosse feito”. Eu via os problemas nos deveres dos outros, mas continuava sendo legal com todos. Eu não comungava, nem ajudava, nem lidava com ninguém mas cedia a eles e os protegia. Isso era irresponsável e prejudicava os outros e a igreja. Essa experiência corrigiu essa minha ideia equivocada e me levou a ver a importância da supervisão e exposição.
Essa experiência me comoveu muito. Vi que, quando vivemos segundo as filosofias satânicas, todas as nossas ideias são equivocadas. Não conseguimos distinguir entre o certo e o errado e não sabemos o que está alinhado com os princípios da verdade e as exigências de Deus. É fácil seguir filosofias satânicas e fazer coisas que interrompem o trabalho da igreja. Só analisar as coisas e viver de acordo com as palavras de Deus está alinhado com a vontade Dele. Também provei da doçura de praticar a verdade e ganhei a confiança para me concentrar em fazer o que Deus exige no futuro. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.