Minhas reflexões antes de ser excluída
Em 2014, eu trabalhava na produção de vídeos na igreja. Não demorou, e fui promovida a líder de grupo. Para fazer bem os vídeos, eu refletia muito sobre os princípios, orava e buscava e levava cada tomada a sério. Depois de um tempo, a maioria dos vídeos que eu produzia era selecionada e usada, e os irmãos me olhavam com admiração. Eu passei a pensar que eu era uma das melhores da igreja, caso contrário eu não teria sido promovida. Algumas semanas depois, a supervisora me nomeou líder da produção de vídeo de outro grupo e fez questão de me dizer: “Guie os irmãos a experimentar as palavras de Deus e a seguir os princípios”. Eu fiquei muito satisfeita comigo mesma. O fato de a supervisora me indicar para orientar os outros mostrava que eu tinha algumas habilidades e era capaz. Quando encontrei o grupo, eu soube que alguns dos irmãos não tinham muita habilidade na produção de vídeos. Uma irmã não era ruim, mas era jovem, portanto carecia de experiência em todos os aspectos. O líder do grupo era o único com alguma habilidade em todos os sentidos. Quando comungava as palavras de Deus nas reuniões, o líder do grupo não era tão sucinto e organizado como eu, e não tinha uma perspectiva tão ampla quando discutia ideias para a produção de vídeos. Na maioria das vezes, minhas sugestões eram aprovadas por todos, por isso eu me achava ainda mais. Em algumas discussões, o líder do grupo expressou uma ideia diferente da minha, e eu fui totalmente desdenhosa. Eu pensei: “Depois de todo esse tempo nesse dever, eu não sei como isso funciona?”. Eu insisti na minha ideia e fiquei muito irritada com o líder do grupo. Uma vez, quando discutíamos uma produção de vídeo, eu tive algumas ideias, e o líder do grupo disse que não gostava de nenhuma delas. Meu sangue começou a ferver, e achei que ele tinha rejeitado todas as minhas ideias só para prejudicar minha imagem. Eu me queixei dele pelas costas: “Eu não sei o que ele está querendo; ele não teve nenhuma ideia boa, mas rejeitou cada uma das minhas, por isso não conseguimos fazer nada a manhã toda. Ele não está atrasando nosso trabalho?”. Quando eu disse isso, todos os irmãos acharam que o líder de grupo tinha um problema. Um irmão comungou com ele, criticando-o por ser arrogante e impactar o trabalho. O líder do grupo se sentiu culpado e quis pedir dispensa. Eu me senti um pouco culpada quando vi isso e achei que tinha ultrapassado o limite, por isso pedi perdão a ele. Mas não refleti sobre mim mesma depois disso.
Um dia, uma líder de igreja veio a uma reunião e perguntou sobre a nossa produção de vídeos. Mencionei algumas ideias, que a líder da igreja aprovou, e ela sugeriu que todos seguissem minhas sugestões e as refinassem enquanto trabalhassem nelas. Eu pensei: “O fato de que a líder aprovou minhas ideias mostra que sou mais capaz do que os outros, portanto todos deveriam me ouvir”. Depois disso, arranjei todo o trabalho do nosso grupo, e os outros me procuravam para discutir os problemas que encontravam. Eu me estabeleci como pilar do grupo. Achava que era a força impulsionadora do grupo e que o líder do grupo era só uma figura de proa. Eu tinha a última palavra em tudo. Quando os vídeos que eles faziam não ficavam como eu queria, eu os mudava para que ficassem como eu queria. Uma vez, o irmão Wang Yi percebeu que eu tinha feito muitas mudanças em um de seus vídeos e me perguntou: “Por que você o mudou tanto? Se você achou que tinha problemas, poderíamos ter discutido isso juntos. Por que não pediu minha opinião antes de editá-lo?”. As perguntas dele me deixaram envergonhada, mas então pensei: “Meu calibre é melhor do que o seu e entendo melhor os princípios, por isso todas as minhas mudanças são melhorias”. Inexorável, eu respondi: “Eu não fiz todas as mudanças para obter resultados melhores? Se a questão é que você não as aprovou, eu as discutirei com você primeiro da próxima vez”. As mãos dele estavam atadas. Depois disso, fui ficando cada vez mais arrogante. Eu me recusava a ouvir as sugestões dos outros irmãos quando discutíamos o trabalho, achando que eles não teriam ideias boas e que, de qualquer jeito, acabaríamos fazendo o que eu queria. Às vezes, quando eles expressavam dúvidas sobre meus planos, eu retrucava, confiante: “Se não gostam da minha ideia, vocês têm um plano melhor?”. As mãos deles estavam atadas, e tinham que fazer o que eu dizia. Com o passar do tempo, ninguém no grupo se opunha mais às minhas ideias. Todos só acenavam com a cabeça e concordavam com tudo que eu dizia.
Por um tempo, os vídeos que fazíamos não passavam pelas rodadas de crítica e continham algumas violações claras dos princípios. Os irmãos se culpavam, achando que não tinham cumprido bem o seu dever, mas eu não refletia sobre mim mesma. Achava que tinha feito o máximo, mas, já que nosso calibre era limitado, não cumprir os padrões era normal. Depois disso, meu dever começou a me cansar cada vez mais, e eu ficava sonolenta com frequência. Uma irmã me alertou: “Você devia refletir sobre si mesma. Ultimamente, você vem insistindo que todos façam o que você quer — isso não é arrogância?”. Quando soube que eu estava sendo arrogante, autocrática e que não ouvia a comunhão dos outros, nossa líder me expos e lidou comigo duramente. Depois me dispensou, quando viu que eu não tinha autoconsciência. Eu estava entorpecida e não sabia voltar-me para Deus. Achava que tinha pontos fortes, que era cabeça aberta, e que logo a igreja me daria outro dever. Continuei estudando produção de vídeos para não perder a prática com o tempo. Mas sempre que eu me preparava para trabalhar num vídeo, minha mente dava branco. Eu quebrava a cabeça, mas não conseguia ter ideias — eu estava confusa. Achava que era uma pensadora rápida. Por que não conseguia produzir nada agora? Então me lembrei destas palavras de Deus: “Deus concede dons ao homem, dando-lhe habilidades especiais e também inteligência e sabedoria. Como o homem deve usar essas coisas? Você deve dedicar suas habilidades especiais, seus dons, sua inteligência e sabedoria ao seu dever. Você deve usar seu coração e aplicar tudo que sabe, tudo que entende e tudo que pode alcançar ao seu dever. Agindo assim, você será abençoado. O que significa ser abençoado por Deus? O que isso faz as pessoas sentir? Que elas foram esclarecidas e guiadas por Deus, e que há uma senda quando elas cumprem seu dever. […] Quando Deus abençoa alguém, ele se torna inteligente e sábio, perspicaz em todas as questões, e também zeloso, alerta e especialmente hábil; ele terá a manha e terá inspiração em tudo que fizer, e pensará que tudo que faz é fácil demais e que nenhuma dificuldade poderá obstruí-lo — ele é abençoado por Deus. Quando alguém acha que tudo que faz é difícil, complicado e absurdo, ele simplesmente não compreende e não entende, não importa o que lhe digam, o que isso significa? Significa que ele não tem a orientação de Deus e não tem a bênção de Deus” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente sendo honesto é que se pode viver como um ser humano verdadeiro”). As palavras de Deus foram uma chamada de alerta para mim. Quando estamos na senda certa, Deus nos abençoa e permite que nossos dons e pontos fortes sejam usados. Quando não estamos na senda certa, o Espírito Santo não opera em nós, e, não importa quão hábeis sejamos, é tudo em vão. Sem a orientação de Deus, os dons e pontos fortes das pessoas são inúteis. Quando comecei com a produção de vídeos, eu tinha a atitude certa e me concentrava em buscar os princípios, por isso Deus me esclarecia. Não importava se eu estava desenvolvendo habilidades ou aprendendo princípios, Ele abria meus olhos. Só agora percebi que tudo era a bênção de Deus. Mas eu não reconhecia a obra do Espírito Santo. Eu tinha obtido alguns resultados e achava que era especial. Eu usava meu calibre e perspicácia como capital, menosprezando os outros, e me recusava a ouvir suas sugestões. Isso fez com que o Espírito Santo me abandonasse — caí em trevas e não realizei nada em meu dever. Antes, eu achava que era talentosa, mas então vi que eu nunca tinha sido melhor do que os outros. Eu fui capaz de fazer alguns vídeos graças ao esclarecimento e à orientação do Espírito Santo. Agora, sem a obra do Espírito Santo, eu não conseguia produzir nada. Eu nem conseguia ter ideias. Finalmente vi como eu era miserável e patética.
Li esta passagem das palavras de Deus durante a minha reflexão: “A arrogância é a raiz do caráter corrupto do homem. Quanto mais arrogantes, mais irracionais as pessoas são, e quanto mais irracionais, mais sujeitas as pessoas ficam a resistir a Deus. Quanto esse problema é sério? As pessoas com caráter arrogante não só consideram todas as outras inferiores a elas, como também, o pior de tudo, são até condescendentes para com Deus, e elas não têm temor de Deus dentro do coração. Embora as pessoas pareçam acreditar em Deus e segui-Lo, elas não O tratam como Deus de modo algum. Sempre sentem que possuem a verdade e pensam que elas são tudo no mundo. Essa é a essência e a raiz do caráter arrogante, e ele vem de Satanás. Portanto, o problema da arrogância precisa ser resolvido. Sentir que um é melhor que os outros — esse é um caso trivial. A questão crítica é que o caráter arrogante de uma pessoa a impede de se submeter a Deus, Seu governo e Seus arranjos; tal pessoa se sente sempre inclinada a competir com Deus pelo poder sobre os outros. Esse tipo de pessoa não reverencia a Deus nem um pouco, sem falar de amar a Deus ou submeter-se a Ele. Pessoas que são arrogantes e convencidas, sobretudo aquelas que são tão arrogantes que perderam o senso, não podem se submeter a Deus em sua crença Nele, nem exaltar e dar testemunho por si mesmas. Tais pessoas resistem mais a Deus e não têm nenhum temor de Deus” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Comparei meu comportamento com as palavras de Deus. Eu fui dominada pelo orgulho após ser promovida repetidas vezes. Eu achava que era um talento que a igreja não podia ficar sem. Quando a supervisora me colocou no controle da produção de vídeos dos irmãos, eu fiquei ainda mais arrogante e achei que era melhor do que todos. Quando o líder do grupo me deu um retorno sobre minhas ideias, eu me recusei a aceitá-lo. Até achei que, quando discordou de mim, ele estava me menosprezando, prejudicando a minha imagem, por isso eu o julguei pelas costas, levando os outros a criticá-lo e lidar com ele. Então ele se sentiu constrangido e não ousou mais apontar os meus problemas. Eu era minha própria lei, e ninguém ousava discordar de mim. Eu era tão arrogante que menosprezava todos. Eu era autocrática e pomposa, não ouvia as sugestões de ninguém. Isso fez com que nos afastássemos dos princípios em nossos vídeos; não conseguimos fazer nada por mais de um mês. Isso era um obstáculo sério para o trabalho de vídeos da igreja. Não era um lapso pequeno; era cometer o mal e resistir a Deus! Àquela altura, percebi que meu caráter arrogante era a raiz da minha resistência a Deus. Todos os anticristos que são excluídos da igreja são arrogantes a ponto de perder a razão, e eles não ouvem ninguém. Eles interrompem o trabalho da igreja e se recusam a se arrepender. No fim, eles são excluídos. Nunca imaginei que eu viveria num caráter arrogante, cegamente imperiosa, e interromperia um trabalho importante da igreja. Sem saber, eu estava na senda de um anticristo. Por alguns dias, fiquei num estado de terror, com a sensação constante de que, por ter cometido um mal tão grande, eu certamente seria excluída. Eu estava muito abatida. Meu pai leu uma passagem das palavras de Deus para mim que me comoveu muito. As palavras de Deus dizem: “Eu não quero ver ninguém sentindo como se Deus o tivesse deixado ao relento, como se Deus o tivesse abandonado ou lhe dado as costas. Tudo que quero ver é todos na estrada para buscar a verdade e procurar entender Deus, avançando corajosamente com uma determinação inabalável, sem receios ou fardos. Não importa que erros você tenha cometido, não importa o quanto você tenha se desviado ou quão seriamente tenha transgredido, não permita que esses se tornem fardos ou excesso de bagagem que você tenha que levar consigo em sua busca para entender Deus. Continue marchando adiante. Em todos os momentos, Deus mantém a salvação do homem em Seu coração; isso nunca muda. Essa é a parte mais preciosa da essência de Deus” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). Ao ouvir as palavras sinceras de conforto de Deus, que transbordam de compaixão, não consegui segurar mais as lágrimas. Eu vinha vivendo num caráter arrogante e interrompendo o trabalho de vídeos, mas as pessoas à minha volta liam as palavras de Deus para mim, ajudando-me a entender Sua vontade e encontrar uma senda de prática. Isso era graças ao amor de Deus. Mas eu não entendia o que Deus queria nem sabia como me voltar para Ele. Eu entendia Deus errado e O culpava. Eu não tinha consciência. Eu senti culpa e repreensão própria quando pensei no mal que tinha cometido, mas não quis continuar sendo constrangida pelas minhas transgressões e viver em negatividade e equívoco, por isso orei a Deus, pronta para buscar a verdade, me arrepender e mudar. Seis meses depois, para a minha surpresa, a líder me disse que eu poderia voltar a produzir vídeos. Eu estava tão grata. Jurei a mim mesma que cumpriria bem o meu dever para recompensar as minhas transgressões passadas. Dessa vez, eu não era mais tão arrogante ou teimosa em meu dever como antes. Eu discutia as coisas com os outros, buscava os princípios da verdade e, quando alguém tinha uma opinião diferente, eu negava a mim mesma e ouvia suas sugestões. Tive um sucesso cada vez maior em minha produção de vídeos.
Mas as coisas boas não duram. Quando vi que estava melhorando em meu trabalho, inadvertidamente, minha arrogância reapareceu. Na época, eu fazia parceria com uma irmã na produção de vídeos, mas achava o raciocínio dela antiquado demais, por isso eu descartava as sugestões dela e a ignorava. Mais tarde, ela mencionou que achava que eu não estava cooperando com ela, assim, finalmente permiti que ela contribuísse, mas quando vi que ela não trabalhava bem, eu fui muito desdenhosa. Eu disse o que ela devia fazer num tom duro, e ela se sentiu constrangida. Em outra ocasião, quando a líder do grupo fez uma sugestão para um vídeo que eu produzia, eu pensei: “Seu entendimento dos princípios não é melhor do que o meu, e seu calibre também não é melhor do que o meu. Preciso mesmo que você me questione?”. Eu a refutei sem pensar duas vezes. Vendo que eu não era nem um pouco receptiva, a líder do grupo usou sua experiência para me guiar a entender meu caráter corrupto, mas eu resisti muito e não quis aceitar isso. Outro líder de grupo comungou comigo e me repreendeu por meu comportamento recente de ser autocrática e por rejeitar as sugestões dos outros. Eu não consegui aceitar: “Você só quer me forçar a aceitar suas ideias. Minhas ideias eram boas; por que, então, devo negar a mim mesma e aceitar suas sugestões?”. Fechei a cara e não disse nada, gerando uma atmosfera constrangedora, e assim a reunião foi encerrada às pressas. Eu era tão arrogante e rígida, e não estava disposta a aceitar as sugestões dos outros, por isso não alcancei nada em meu dever e fui dispensada de novo. Fiquei muito deprimida quando voltei para casa. Eu me perguntei: “Por que voltei aos meus hábitos antigos? Eu não quis ser tão arrogante, mas não consegui impedir. Parece que é minha natureza, minha essência, e que não consigo mudar isso”. Eu desisti de mim mesma.
Então, um dia, minha mãe, que estivera fora da cidade por causa de um dever, voltou e comungou comigo e perguntou sobre minha autorreflexão. Ela me ouviu, balançou a cabeça e disse: “Você só está reconhecendo sua natureza arrogante e que você está cometendo o mal e resistindo a Deus, mas isso significa que você realmente se conhece e se arrepende? Como é possível que você tenha aprendido sobre si mesma durante todos esses anos, mas sua arrogância não mudou? É porque seu autoconhecimento é superficial demais, por isso você não consegue alcançar nenhuma mudança de caráter! Você precisa integrar as palavras de Deus e refletir sobre si mesma a partir de sua raiz. Você refletiu sobre a senda de fé em que você está? Durante mais de uma década de fé, a quem você já se submeteu? Quem você respeitou? Você tem sido combativa a cada passo, querendo confrontar todos e se exibir. Sem falar de suas duas dispensas e quando você serviu como líder de igreja, você sempre se elevou e fez com que os outros a admirassem. E dois anos atrás, quando estava fazendo vídeos, você menosprezou o líder de grupo e o enfrentou abertamente. Como resultado, o grupo não realizou nada durante mais de dois meses. Você refletiu sobre si mesma? Os outros lhe deram feedback tantas vezes — alguma vez você o aceitou?”. Todas as perguntas da minha mãe entraram direto no meu coração — foram mordazes. Eu sabia que era tudo verdade, mas não soube responder na hora. Então, decepcionada, ela disse: “Você foi dispensada há tanto tempo, por que não refletiu sobre si mesma de verdade? Você não aceitou a verdade. Não há paz onde você assume um dever. Isso é um problema sério! Com base em seu comportamento ao longo de todos esses anos como crente, em sua natureza arrogante, no mal que cometeu e na sua falta de aceitação da verdade e de autorreflexão, é muito provável que você seja excluída”. Quando ela mencionou minha exclusão, eu comecei a chorar. Senti uma dor indizível: “Eu realmente serei excluída? A minha senda de fé realmente está chegando ao fim? Eu serei separada da igreja para sempre? Tenho seguido Deus por tantos anos e sofrido bastante, como posso ser excluída sem mais nem menos?”. Eu me senti injustiçada e atormentada. Minha mãe continuou comungando comigo, mas não consegui ouvi-la. Por uns dias, fiquei chorando sem parar. Pensar que a igreja me excluiria era tão doloroso. Passei meus dias igual a um cadáver ambulante, incapaz de encontrar energia para nada.
Uma vez, meu pai voltou de uma reunião, e eu lhe perguntei: “Eu estou prestes a ser excluída?”. Ele respondeu duramente: “O que importa agora é como você aborda isso. Se for excluída, você continuará seguindo a Deus? Se você sentir remorso, comece a se arrepender e a buscar a verdade, então a exclusão será uma salvação para você. Se desistir de si por ser excluída, você será totalmente excluída e expulsa. Está pensando em jogar a toalha? Você não quer buscar a verdade, se arrepender de verdade e salvar seu fim?”. As palavras do meu pai me despertaram. Ele estava certo. Mesmo que fosse excluída, eu não continuaria sendo um ser criado? Ninguém me privaria do direito de ler as palavras de Deus e buscar a verdade. Eu devia me arrepender diante de Deus. Eu me curvei diante de Deus e orei: “Deus! Cheguei a esse ponto hoje inteiramente por culpa minha e por não buscar a verdade”. Mais tarde, contemplei: “Depois de todos esses anos de fé, por que nunca busquei a verdade, mas permaneci sem noção até estar prestes a ser excluída? Se eu tivesse me esforçado um pouco para buscar a verdade, as coisas não teriam chegado a isso!”. Eu me enchi de remorso e dor. Então me lembrei do povo de Nínive, que se arrependeu de verdade e ganhou a misericórdia de Deus. Rapidamente abri meu livro das palavras de Deus e li isto: “Esse ‘mau caminho’ não se refere a um punhado de atos malignos, mas à origem maligna da qual o comportamento das pessoas brota. ‘Converter-se do seu mau caminho’ significa que aqueles em questão nunca mais cometerão essas ações. Em outras palavras, eles nunca mais se comportarão dessa forma maligna; o método, a fonte, o propósito, o intento e o princípio de suas ações, todos mudaram; eles nunca mais usarão aqueles métodos e princípios para trazer prazer e felicidade a seu coração. O ‘abandonar’ em ‘abandonar a violência em suas mãos’ significa largar ou deixar de lado, romper completamente com o passado e nunca voltar atrás. Quando as pessoas de Nínive abandonaram a violência em suas mãos, isso provou e representou o seu verdadeiro arrependimento. Deus observa a aparência externa das pessoas, bem como o coração delas. Quando Deus observou o verdadeiro arrependimento no coração dos ninivitas sem questionar e também observou que eles haviam deixado seus caminhos maus e abandonado a violência em suas mãos, Ele mudou o Seu coração” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único II”). Eu também fiquei comovida. O povo de Nínive se arrependeu e ganhou a misericórdia de Deus. Seu arrependimento não foi uma confissão de seus pecados da boca pra fora nem se concentrou em comportamento externo. Também não foi apenas um arrependimento momentâneo. Foi uma transformação em como eles faziam as coisas, do seu ponto de partida e motivações. Eles realmente renunciaram às suas buscas antigas. Eles não só mudaram seu comportamento; o mais importante foi que se arrependeram de verdade. Esse tipo de arrependimento é o único jeito de ganhar o perdão e a misericórdia de Deus. Então, refletindo sobre mim mesma, eu sempre dissera que eu era arrogante, mas nunca tentei domar meu caráter arrogante. Eu sabia que estava cometendo o mal e trabalhando contra Deus, mas nunca dei um fim ao meu comportamento maligno. Eu estava prestes a ser excluída, não só por ter feito uma ou duas coisas ruins, mas porque eu era impenitente e corria desenfreada pela estrada do mal. Eu nunca colocava a verdade em prática nem me arrependia diante de Deus. Eu sabia que meu caráter arrogante era sério e que eu tinha cometido muitas transgressões, mas nunca me esforcei em buscar a verdade para resolvê-lo. Como eu podia me arrepender se eu nunca resolvia meu caráter arrogante? Se eu não mostrasse arrependimento genuíno, meu autoconhecimento não seria apenas uma fachada enganosa? Eu devia ser igual ao povo de Nínive. Devia refletir sobre mim mesma a partir da raiz, dos motivos, hábitos e intenções por trás das minhas ações e me arrepender diante de Deus.
Pensei em como minha mãe tinha me exposto uns dias antes e como eu tinha sido dispensada duas vezes. Eu me perdi em pensamentos. “Por que eu via que eu tinha um caráter arrogante, mas, assim que algo acontecia, eu voltava a confiar em meu caráter arrogante e a resistir a Deus?”. Depois disso, em meus devocionais, eu li isto nas palavras de Deus: “Isso é porque, até todas as pessoas terem aceitado a verdade e a salvação de Deus, todas as ideias que elas aceitam derivam de Satanás. Todos os pensamentos, pontos de vista e culturas tradicionais que surgem de Satanás — o que essas coisas trazem para as pessoas? Trazem sedução, corrupção, escravidão, grilhões, fazendo com que os pensamentos da humanidade sejam estreitos e extremos, e que suas opiniões sobre as coisas sejam unilaterais e preconceituosas, até mesmo absurdas e ilógicas. Essa é precisamente a consequência da corrupção de Satanás sobre a humanidade” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 1)”). “Se, em seu coração, você realmente entender a verdade, você saberá como praticar a verdade e obedecer a Deus e naturalmente embarcará na senda de buscar a verdade. Se a senda que você trilha for a correta e estiver alinhada com a vontade de Deus, então a obra do Espírito Santo não o abandonará — nesse caso você correrá menos risco de trair a Deus. Sem a verdade, é fácil praticar o mal, e você o praticará a despeito de si mesmo. Por exemplo, se você tem um caráter arrogante e presunçoso, então ser ordenado a abster-se de se opor a Deus não faz diferença nenhuma, você não pode impedir, está fora de seu controle. Não faria isso de propósito; você o faria sob o domínio de sua natureza arrogante e vaidosa. Sua arrogância e vaidade fariam com que você desprezasse a Deus e O visse como um ser sem importância; fariam você se exaltar, e se colocar sempre na vitrine; levariam você a desprezar os outros, não deixariam ninguém em seu coração além de você mesmo; roubariam o lugar de Deus em seu coração e, no fim, levariam você a se sentar no lugar de Deus e a exigir que as pessoas se submetessem a você e a fazer com que você venerasse seus próprios pensamentos, ideias e noções como a verdade. Tanto mal é feito pelas pessoas sob o domínio da natureza arrogante e vaidosa delas! Para resolver o problema de cometer o mal, elas precisam primeiramente resolver a sua natureza. Sem uma mudança no caráter, não seria possível trazer uma resolução fundamental para esse problema” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). Ao ponderar as palavras de Deus, percebi que, antes de eu ganhar a verdade, todos os meus pensamentos e perspectivas vinham de Satanás. Desde a infância, a partir de tudo que eu aprendia na escola, do que meus anciãos me ensinavam e das influências da sociedade, eu achava que precisava ser o centro de tudo. “Eu reino soberano” e “Só eu domino” se tornaram minhas buscas e as palavras segundo as quais eu vivia. Eu tratava essas filosofias satânicas como coisas positivas. Não importava o grupo em que estava, eu queria estar no controle, ter a última palavra, queria liderar os outros e fazer com que todos me ouvissem. Quando vi que o líder do grupo não me ouvia e ficava me dando sugestões, eu me irritei e o julguei na frente dos irmãos. Para fazer com que todos me ouvissem, eu usei meu calibre alto e qualificações para oprimi-los. Todos os irmãos se sentiam tão constrangidos que não ousavam expressar suas opiniões e me obedeciam igual a fantoches. Como resultado, meu dever estava uma bagunça. Eu obrigava os outros a fazer o que eu queria e a me ouvir. Eu não estava revelando apenas um pouco de um caráter arrogante; eu era arrogante ao extremo. Deus jamais manteria esse tipo de pessoa satânica em Sua casa. Se a igreja me excluísse, isso seria inteiramente a justiça de Deus! Eu agradeci a Deus e não me queixei. Eu sabia que tinha cometido muitas transgressões que jamais poderia recompensar, e me enchi de remorso.
Mais tarde, pensei em como minha mãe tinha me lembrado de não refletir só sobre essas duas dispensas, mas também sobre a senda que eu tinha trilhado ao longo de meus anos de fé. Encontrei algumas palavras relevantes de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Os anticristos nascem não gostando de viver segundo as regras, ou de viver uma vida comum, ou de permanecer em sua posição em silêncio, ou de viver honestamente como uma pessoa comum. Eles não se contentam em ser uma pessoa desse tipo. Portanto, não importa o que expressem por fora, em seu íntimo, eles nunca estão satisfeitos; precisam fazer algo. Fazer o quê? Coisas que a pessoa mediana jamais imaginaria. Eles gostam de se destacar dessa forma e, a fim de fazê-lo, eles passariam voluntariamente por um pouco de adversidade e pagariam um preço. ‘Novos funcionários querem impressionar’ é o que diz o ditado: eles precisam fazer um pequeno milagre ou criar um legado de algum tipo para provar que não são um zé-ninguém. Qual é o problema mais sério disso? Embora estejam trabalhando na igreja e embora estejam trabalhando sob o pretexto de cumprir seu dever, eles nunca buscaram junto a Deus como as coisas deveriam ser feitas e nunca investigaram seriamente o que a casa de Deus decreta, quais são os princípios da verdade, o que fazer para beneficiar o trabalho da casa de Deus, o que pode ser feito para beneficiar os irmãos e irmãs, e não insultar a Deus, mas testificar Dele, e garantir um progresso tranquilo do trabalho da igreja, de modo que ele prossiga sem problemas e sem quaisquer lapsos. Eles nunca fazem perguntas sobre essas coisas nem as investigam. Eles não têm essas coisas em seu coração; seu coração não abriga essas coisas. O que, então, eles investigam? O que seu coração abriga? O que ele abriga é como exibir os talentos deles na igreja, como mostrar que eles são diferentes de todos os outros, como exibir suas habilidades de liderança, como mostrar às pessoas que eles são pilares da igreja, que a igreja depende deles, que é só porque existem pessoas como eles que todo projeto do trabalho da igreja consegue progredir tranquilamente. A julgar pela expressão dos anticristos e por seu ímpeto e motivação para fazer as coisas, em que posição eles se colocam? Numa posição acima de todo o resto. […] Qual é o objetivo deles? Não é fazer um bom trabalho cumprindo o dever deles como um ser criado e não é considerar o fardo de Deus. Ao contrário, é controlar tudo enquanto servem na igreja e servem aos irmãos e irmãs. Por que dizemos que eles querem controlar tudo? Porque, quando agem, eles tentam primeiro construir um lugar para si mesmos, fazer o próprio nome, fazer com que sejam muito respeitados, com o poder de dar ordens e o poder de tomar decisões. Se conseguem fazer isso, eles podem substituir Deus e transformá-Lo numa figura de proa. Dentro de sua esfera de influência, eles tentam transformar o Deus encarnado numa marionete; é isso que significa colocar-se acima de todo o resto. Não é isso que os anticristos fazem? Esse é o comportamento dos anticristos” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 10)”). As palavras de Deus revelavam meu estado exato. Eu tinha sido crente por mais de uma década, mas nunca tinha me contentado em ser comum. Para onde quer que fosse e qualquer que fosse o dever que cumpria, eu sempre queria ser a melhor dos melhores. Em meus primeiros anos como crente, eu regava recém-convertidos na igreja. Para me provar, eu trabalhava muito para me equipar com a verdade de visões para resolver os problemas dos recém-convertidos. Não importava se chovia ou não, quão longo era o caminho, eu nunca me queixava. Depois de me tornar líder de igreja, eu procurei me destacar da multidão. Então, quando produzi vídeos, num esforço de me destacar, eu passei noites em claro, investi esforço em princípios e habilidades e acabei sendo promovida e elogiada pelos líderes e pelos outros, e assim fiquei me achando ainda mais. Achei que era um talento indispensável para a igreja e até achei descaradamente que eu era um pilar do grupo. Eu era autoritária e autocrática demais no grupo. Depois de dispensada, eu só admiti que era arrogante e que tinha cometido o mal, mas não refleti sobre meu comportamento nem sobre a senda que eu trilhava. Os mesmos problemas reapareceram quando voltei a fazer vídeos. Por que eu sempre era tão arrogante e não me submetia a ninguém? Por que eu nunca ouvia as ideias dos outros? Por que eu sempre queria ter a última palavra e obrigar todos a me ouvir? Era porque eu era arrogante demais e não queria ser uma pessoa comum. Eu queria estar acima dos outros, que os outros me ouvissem. Em que esse meu caráter era diferente do caráter do anticristo de “colocar-se acima de todo o resto” que Deus revela? Àquela altura, vi que, embora eu tivesse sido crente por todos esses anos, meu caráter satânico não tinha mudado e que eu tinha o caráter forte de um anticristo. Quando ouvi que a igreja me excluiria, eu me senti injustiçada, como se Deus não devesse me rejeitar porque eu tinha sido crente por todos esses anos. Na verdade, eu não era alguém que buscava a verdade. O que eu buscava eram nome e ganho — eu tinha escolhido a senda errada. É por isso que, mesmo após mais de uma década, eu ainda não tinha ganhado nenhuma verdade. Isso era culpa de quem? Era culpa minha, por não buscar a verdade! Além disso, em vista de minhas transgressões e meus feitos malignos ao longo dos anos, ser excluída pela igreja foi a justiça de Deus! Eu estava vivendo segundo meu caráter arrogante. Eu não só interrompi seriamente o nosso trabalho, mas também constrangi e prejudiquei os outros. Eu não tinha nenhuma humanidade! Com base em minha essência, meu caráter e todo o mal que tinha cometido, eu deveria ser excluída. Àquela altura, não considerei se a igreja deveria me excluir ou não. Eu tinha que fazer uma escolha, buscar a verdade e resolver meu caráter corrupto.
Mais tarde, a igreja arranjou que eu me reunisse com algumas outras pessoas que tinham sido isoladas para refletir. Encontrei palavras de Deus para expor e dissecar minha corrupção e meu comportamento maligno para mostrar-lhes que eu estava na senda de um anticristo, que eu era igual a Satanás e que excluir-me seria a justiça de Deus. Eu também lhes disse: “Devemos nos arrepender de verdade. Não importa qual seja nosso desfecho, devemos seguir a Deus e cumprir nosso dever”. Depois disso, deixei de ser tão arrogante. Em minhas interações com os outros, eu não queria mais ter a última palavra. Quando apareciam problemas, eu buscava as sugestões dos outros. Eu me lembrava com frequência de que devia negar a mim mesma e ver os pontos fortes dos outros, e, sem perceber, eu me tornei muito mais humilde. Depois de alguns meses, a igreja considerou meu comportamento e determinou que eu tinha um caráter sério de anticristo, mas não a essência de um anticristo, por isso não fui excluída. Mais tarde, quando viu que eu tinha algum autoconhecimento e arrependimento, a igreja arranjou um dever para mim. Eu fui tomada de emoções quando ouvi isso, e meus olhos se encheram de lágrimas. Lembrei-me destas palavras de Deus: “O caráter de Deus é vital e vividamente aparente e Ele muda Seus pensamentos e atitudes de acordo com a maneira como as coisas se desenvolvem. A transformação de Sua atitude para com os ninivitas diz à humanidade que Ele tem Seus pensamentos e ideias próprios; Ele não é um robô ou uma imagem de barro, mas o Próprio Deus vivo. Ele podia ficar bravo com as pessoas de Nínive, assim como Ele podia perdoar o passado delas por causa de suas atitudes. Ele podia decidir trazer infortúnio aos ninivitas e Ele podia também mudar a Sua decisão por causa do arrependimento deles. As pessoas gostam de aplicar regras rigidamente e usar tais regras para delimitar e definir Deus, assim como gostam de usar fórmulas para tentar entender o caráter de Deus. Portanto, no que concerne ao domínio do pensamento humano, Deus não pensa nem tem quaisquer ideias essenciais. Mas, na realidade, os pensamentos de Deus estão em um estado de transformação constante de acordo com as mudanças nas coisas e nos ambientes. Enquanto esses pensamentos estiverem se transformando, diferentes aspectos da essência de Deus são revelados. Durante esse processo de transformação, no momento preciso em que Deus tem uma mudança de coração, o que Ele mostra à humanidade é a existência real de Sua vida e que o Seu caráter justo é cheio de vitalidade dinâmica. Ao mesmo tempo, Deus usa as próprias revelações verdadeiras para provar à humanidade a verdade da existência de Sua ira, de Sua misericórdia, de Sua benignidade e de Sua tolerância” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único II”). O caráter justo de Deus é tão dinâmico e cheio de vitalidade. Seja ira, majestade, misericórdia ou amor, tudo é genuíno. Deus expressa Seu caráter aos poucos, com base na atitude do homem em relação a Deus e à verdade. Quando eu estava em minha senda pessoal, Deus estabeleceu situações repetidas vezes para me expor, golpear e disciplinar, mas eu nunca me arrependi, nunca refleti sobre mim mesma e permaneci intransigente. Só quando cheguei a ponto de ser excluída eu finalmente despertei e comecei a refletir sobre mim mesma. Quando tive algum entendimento e nojo de mim mesma, me dispus a renunciar às minhas buscas equivocadas e a voltar para Deus, Deus teve misericórdia de mim e me deu outra chance de me arrepender. Não importa se era a ira, maldição, misericórdia ou tolerância de Deus, tudo era a manifestação real de Seu caráter justo. O caráter de Deus se expressa com base em minha atitude em relação a Deus e à verdade. Também experimentei que o caráter de Deus é cheio de vitalidade dinâmica. Deus sempre esteve do meu lado, observando cada um de meus atos e palavras. Não importava que pensamentos eu tinha, como eu agia, Deus teve uma opinião. Se eu não tivesse enfrentado a exclusão na época, meu coração entorpecido e rígido ainda não teria dado meia-volta, e eu não teria refletido sobre mim mesma. Sem o castigo e a disciplina dura de Deus, eu só teria ficado mais arrogante, resistido mais a Deus e, finalmente, teria sido punida. Essa experiência causou uma mudança em minha vida como crente. Vi as intenções sinceras de Deus e senti o amor e a salvação de Deus.
No verão passado, a igreja arranjou que eu trabalhasse com vídeos de novo. Uma vez, fiquei presa a uma ideia sobre um vídeo, e, nesse momento, uma irmã me procurou. Quando soube da minha dificuldade, ela compartilhou sua opinião. Eu a ouvi e achei que o que ela dizia não era nem de longe o que eu queria e a desdenhei um pouco. Eu pensei: “Eu ainda não tive uma ideia nem após pensar por tanto tempo, e você nem cumpriu esse dever; como, então, você poderia ter sugestões boas?”. Eu não quis ouvi-la. Naquele momento, percebi que meu caráter arrogante estava se manifestando de novo, então orei a Deus no meu coração e me lembrei de uma passagem das palavras de Deus que eu tinha lido havia pouco: “A senda para tornar-se aperfeiçoado é alcançada por meio de sua obediência à obra do Espírito Santo. Você não sabe por meio de que tipo de pessoa Deus operará para aperfeiçoar você, nem por meio de que pessoa, ocorrência ou coisa Ele permitirá a você ganhar ou ver as coisas. Se você conseguir andar nessa trilha correta, isso mostra que há uma grande esperança de você ser aperfeiçoado por Deus. Se você não conseguir, isso demonstra que seu futuro é sombrio, desprovido de luz” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que obedecem a Deus com um coração sincero certamente serão ganhos por Deus”). Vi que eu carecia de razão. Achei que a irmã não poderia fazer sugestões boas sem experiência nesse dever. Isso era meu julgamento pessoal e não estava alinhado com as palavras de Deus. Eu achava que eu tinha um cérebro, que tinha dons, mas se Deus não me orientasse, por mais que eu tentasse, eu jamais teria uma ideia. Refleti sobre meus fracassos anteriores e não ousei confiar novamente em mim mesma. Talvez o Espírito Santo guiasse ou esclarecesse essa irmã, por isso eu não podia ser arrogante nem delimitá-la. Comecei a negar a mim mesma e ouvi as sugestões da irmã com atenção, e, sem eu perceber, a nossa conversa me inspirou, e meu raciocínio ficou mais claro. Eu agradeci a Deus! Quando mais experimentava isso, mais sentia que eu tinha sido arrogante demais. Vi que eu tinha sido profundamente corrompida por Satanás e que minha natureza arrogante estava profundamente enraizada, e me odiei ainda mais, mas eu sabia que não podia resolver minha natureza arrogante de um dia para o outro, e que ela devia ser resolvida por meio do julgamento e da poda repetida de Deus. Eu orei a Deus com frequência, pedindo Seu castigo e disciplina, e jurei que, por mais que eu sofresse, eu continuaria buscando a verdade, cumprindo meu dever e confortando o coração de Deus.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.