Reflexões após resistir à supervisão
Em 2021, eu era responsável pelo trabalho de rega na igreja. Naquele tempo, nosso líder nos perguntava com frequência como nosso trabalho progredia para supervisionar e se atualizar sobre o nosso trabalho. O líder também me perguntava se havia algum problema no trabalho. No início, eu respondia ativamente, mas, depois de um tempo, comecei a ficar impaciente. Eu pensei: “É um incômodo tão grande ter que atualizar o líder sobre nosso progresso e é um desperdício de tempo. Isso não afetará meu desempenho no trabalho? Se meu desempenho for ruim, o líder não me dispensará?”. Quando percebi isso, resisti muito à supervisão do líder no nosso trabalho.
Uma vez, o líder me enviou uma carta perguntando como estava indo o trabalho. Ele perguntou quantas pessoas tinham aceitado o evangelho naquele mês, quantos membros não se reuniam regularmente e por que, quais noções religiosas eles cultivavam e como nós as resolvíamos por meio da comunhão. Confrontada com todas essas perguntas, eu me senti incomodada. Havia muito conteúdo a cobrir, e eu teria que discutir e revisar tudo com os obreiros de rega. Isso atrasaria demais o nosso trabalho, e eu resisti: “Você está pedindo tantos detalhes com essas perguntas — quanto isso nos atrasará? Se não produzirmos resultados em nosso trabalho de rega, você dirá que não faço trabalho prático e que não sou competente?”. Quando percebi que minhas irmãs parceiras também estavam tendo receios, eu pensei: “Se elas também acham que isso causará um atraso, talvez possamos fazer uma sugestão juntas, e assim o líder deixará de fazer perguntas tão detalhadas ao acompanhar o nosso trabalho. Assim, as inadequações no meu trabalho não serão expostas tanto assim”. Então eu disse, em tom de brincadeira: “O líder deve estar muito preocupado conosco, fazendo tantas perguntas detalhadas”. Eu mal terminei de falar e uma irmã concordou: “Até parece um interrogatório!”. Assim que a ouvi concordar comigo, respondi, rindo: “Já estamos muito ocupadas. Ter que responder a perguntas tão detalhadas é um incômodo muito grande. Isso não influenciará os resultados do nosso trabalho de rega?”. As outras irmãs assentiram. Secretamente, regozijei: “Parece que não sou a única que se opõe a isso. Podemos juntar nossas sugestões para o líder, assim ele deixará de pedir atualizações sobre o nosso trabalho”. Com a minha incitação, sempre que o líder vinha para acompanhar nosso trabalho, minhas parceiras faziam cara feia e, mesmo quando respondiam, elas só faziam algum comentário superficial. Não apresentavam relatos detalhados dos problemas no nosso trabalho, e, como resultado, o líder não conseguia entender os problemas que estávamos tendo, e o trabalho de rega não melhorou.
Em outra ocasião, o líder percebeu que não estávamos nos concentrando em cultivar regadores e nos enviou uma carta comungando a importância desse aspecto do trabalho e nos deu algumas sendas de prática. Ele também apontou que não estávamos assumindo responsabilidade por esse projeto, que estávamos procrastinando e éramos ineficientes. Como resultado, os recém-convertidos não estavam sendo treinados, e isso influenciava diretamente o trabalho de rega. Ele pediu que nos concentrássemos nisso, e que treinássemos novos regadores o quanto antes. Eu resisti um pouco quando vi a carta: “Ele está exigindo demais. Esses recém-convertidos estão só começando em seus deveres — não é fácil cultivá-los! Você tem muita experiência em cultivar pessoas; você não pode impor seus padrões a nós!”. Mas então pensei: “Se eu reclamar diretamente, ele não pensará que não sou uma obreira competente? Isso não pode ser! Preciso mostrar-lhe que toda a nossa equipe é incapaz de cumprir essas exigências, assim, ele não terá escolha senão recuar e eu não serei responsabilizada sozinha”. Então, franzi a testa e, num tom apreensivo, eu disse: “As exigências do líder são um tanto exageradas. Não temos a experiência dele”. As outras irmãs assentiram na hora e concordaram. Uma delas disse: “O líder tem calibre bom e é altamente eficiente em seu trabalho; como podemos nos comparar com ele?”. Outra irmã disse: “O líder está exigindo demais de nós. Como podemos completar esse trabalho?”. Fiquei muito feliz quando vi que todas concordavam comigo. O líder não teria escolha senão recuar. Afinal de contas, ele não podia dispensar a equipe inteira! No dia seguinte, respondi à carta do líder e descrevi os problemas que estávamos tendo no trabalho para passar-lhe uma ideia da nossa situação atual. No fim, acrescentei uma linha, dizendo: “Por ora, essa é a nossa melhor produtividade. Seria difícil aumentá-la ainda mais”, e não deixei de destacar a palavra “nossa” na carta para que o líder soubesse que essa era a nossa opinião coletiva. Desse jeito, o líder não exigiria um padrão tão alto de nós. No entanto, para a minha surpresa, na reunião seguinte, o líder lidou comigo e me expôs, dizendo que eu não suportava um fardo no meu dever, que não estava motivada a melhorar, que espalhava ideias negativas entre os irmãos e irmãs, que formava panelinhas e provocava os outros a resistir ao líder comigo. Ele também disse que eu enrolava quando se tratava de cultivar recém-convertidos, que interrompia o trabalho da igreja e não exercia nenhum papel no trabalho da equipe. Depois disso, fui dispensada.
Depois de dispensada, eu me senti muito culpada e chateada. Eu sabia que tinha criado problemas, cometido o mal e ofendido a Deus. Eu não tinha buscado a verdade quando problemas surgiram e até tinha espalhado noções que levaram todos a viver num estado de negatividade e passividade. Realmente, eu tinha obstruído o trabalho da igreja. Mais tarde, ao refletir, deparei-me com esta passagem das palavras de Deus: “Porque, em seu coração, os anticristos sempre duvidam da essência divina de Cristo e sempre têm um caráter desobediente, quando Cristo lhes confia coisas que devem fazer, eles sempre as escrutinizam e discutem, e pedem que as pessoas determinem se são certas ou erradas. Isso é um problema grave, não é? (É.) Eles não abordam essas coisas a partir da perspectiva da obediência à verdade; em vez disso, eles as abordam em oposição a Deus. Esse é o caráter dos anticristos. Quando ouvem as ordens e os arranjos de trabalho de Cristo, eles não os aceitam nem lhes obedecem, mas começam a discutir. E o que é que eles discutem? Eles discutem se as palavras e as ordens de Cristo são certas ou erradas, e examinam se elas devem ser executadas ou não. A sua atitude é uma atitude de realmente querer executar essas coisas? Não — eles querem encorajar mais pessoas a serem iguais a eles, a não fazerem essas coisas. E não as fazer é praticar a verdade da obediência? Obviamente não. O que, então, eles estão fazendo? (Rebelando-se.) Eles não só estão se rebelando pessoalmente contra Deus, eles estão também buscando a rebeldia coletiva. Essa é a natureza de suas ações, não é? Rebeldia coletiva: tornar todos iguais a eles, levar todos a pensarem igual a eles, a falarem igual a eles, a decidirem igual a eles, a se oporem coletivamente à decisão e às ordens de Cristo. Esse é o modus operandi dos anticristos. A crença dos anticristos é: ‘Não é um crime se todos fizerem isso’, e assim eles encorajam os outros a se rebelarem contra Deus, pensando que, este sendo o caso, a casa de Deus não poderá fazer nada a eles. Isso não é estupidez? A capacidade dos anticristos de lutar contra Deus é extremamente limitada, eles estão sozinhos. Assim, eles tentam recrutar pessoas para se oporem coletivamente a Deus, pensando em seu coração que ‘eu enganarei um grupo de pessoas e o levarei a pensar e a agir igual a mim. Juntos, rejeitaremos as palavras de Cristo, impediremos as palavras de Deus e evitaremos que elas sejam realizadas. E quando alguém vier verificar meu trabalho, eu direi que todos decidiram fazê-lo desse jeito — e então veremos como Tu lidarás com isso. Eu não o farei por Ti, não executarei isso — e então veremos o que Tu farás comigo!’. […] Essas coisas que se manifestam nos anticristos não são odiosas? (São extremamente odiosas.) E o que as torna odiosas? Esses anticristos desejam se apoderar do poder na casa de Deus, as palavras de Cristo não são executadas onde eles estão, eles não as executarão. É claro, outro tipo de situação também poderia estar envolvido quando as pessoas são incapazes de obedecer às palavras de Cristo: algumas pessoas têm calibre ruim, elas não conseguem entender as palavras de Deus quando as ouvem e não sabem como executá-las; mesmo que você lhes ensine a fazer isso, elas não conseguem. Essa é uma questão diferente. O tema que estamos comungando neste momento é a essência dos anticristos, que não diz respeito a se as pessoas são capazes de fazer coisas nem a como é o seu calibre; diz respeito ao caráter e à essência dos anticristos. Eles são completamente contra Cristo, contra os arranjos de trabalho da casa de Deus e contra os princípios da verdade. Eles não têm obediência, apenas oposição. É isso que é um anticristo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Dez: parte 4”). Depois de ler as palavras de Deus, percebi que o que eu fiz era uma ofensa muito séria. Afetou-me especialmente a exposição de Deus de como os anticristos têm um caráter rebelde, não aceitam nem estão dispostos a se submeter às exigências de Deus e aos arranjos de trabalho da casa de Deus, estão cheios de resistência e protesto e até enganam os outros a resistirem com eles. Lembrando-me do que tinha acontecido, eu também tinha revelado esse tipo de comportamento. Quando o líder quis verificar o progresso do nosso trabalho em detalhe, eu me aborreci e temi que isso me atrasaria em meu dever e influenciaria a produtividade do meu trabalho, por isso não consegui aceitar e espalhei ideias preconceituosas sobre o líder e instiguei as outras irmãs a se levantarem e se rebelarem contra ele comigo. Quando o líder apontou que nosso progresso era lento demais e não estávamos obtendo resultados e compartilhou como melhorar nossa eficiência, eu resisti, discuti e não quis me submeter. Achei que o líder estava exigindo um padrão alto demais e não entendia os problemas reais. Quando o líder comungou maneiras de melhorar nossa eficiência, eu não quis ouvir. Para fazer com que o líder recuasse e baixasse os padrões para nós e para garantir que ele soubesse que os resultados ruins do nosso trabalho não eram só culpa minha, eu espalhei a ideia entre os outros de que as exigências do líder eram altas demais, instigando-os a crer que o líder estava exigindo demais de nós e incitando-os a resistir comigo para que eu não fosse a única a ser responsabilizada. Eu era muito intrigante e falava com motivos ocultos e traição satânica. Eu só pensava em como usar os outros para alcançar meus motivos. O líder perguntou os detalhes do nosso trabalho para descobrir e corrigir de modo oportuno os problemas que estávamos tendo, para nos ajudar a melhorar nossa eficiência e treinar recém-convertidos para que cumprissem seu dever o quanto antes. Ele só estava trabalhando de acordo com as exigências de Deus e os arranjos da igreja, mas eu não quis me submeter e resisti. Isso não era um desacordo com meu líder, era resistência ao trabalho da igreja e às exigências de Deus. Eu estava agindo em oposição completa a Deus. Eu enganava e instigava a todos a ficarem do meu lado, para termos as mesmas crenças e história na oposição aos arranjos da igreja. Eu tinha revelado o caráter de um anticristo e estava agindo como lacaio de Satanás. Eu falava de modo negativo para enganar os irmãos, levando-os a perder sua motivação de melhorar, a se contentar com seu nível atual e a agir superficialmente em seu trabalho. Como resultado, o trabalho de rega falhou em produzir resultados. Essa obstrução e perturbação do treinamento de recém-convertidos eram um ato do mal! Quando percebi isso, fiquei com medo. Se continuasse assim, eu só cometeria mais males e, no fim, me tornaria um anticristo e seria exposta e expulsa. Ser dispensada pela igreja era um sinal da justiça e da proteção de Deus. Vim para diante de Deus em oração: “Amado Deus, minha dispensa foi um sinal da Tua justiça. Por meio da exposição e do julgamento das Tuas palavras, reconheci meu caráter de anticristo. Tu estavas me protegendo e salvando por meio dessa dispensa, e eu Te agradeço!”.
Depois disso, encontrei duas outras passagens das palavras de Deus que revelavam esse tipo de caráter corrupto: “Com frequência, os anticristos espalham teorias para enganar as pessoas. Não importa que trabalho os anticristos estejam executando, eles sempre têm que ter a última palavra. Eles estão em completa violação dos princípios da verdade. Assim, a julgar pelo que se manifesta nos anticristos, qual é o caráter dos anticristos? Eles amam coisas positivas, amam a verdade? Eles têm obediência verdadeira a Deus? (Não.) Sua essência é de estarem fartos da verdade e de odiarem a verdade. E mais, eles são tão arrogantes que perderam toda a razão e carecem do mínimo de senso e consciência; eles não são aptos a serem chamados de pessoas. Tudo que se pode dizer é que eles são da mesma laia de Satanás — são demônios. Todos que não aceitam a verdade são demônios, e disso não há dúvida” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Dez: parte 4”). “No coração dos anticristos, qual é a sua atitude em relação a praticar a verdade e obedecer a Cristo? Uma palavra: oposição. Eles ficam se opondo. E qual é o caráter contido nessa oposição? O que a gera? A desobediência é o que a gera. Em termos de caráter, isso é estar farto da verdade, é ter desobediência em seu coração, é quando eles não querem obedecer. E assim, o que os anticristos pensam, em seu coração, quando a casa de Deus exige que líderes e obreiros aprendam a trabalhar juntos em harmonia, em vez de uma pessoa dar todas as ordens, que eles aprendam a discutir as coisas? ‘É trabalho demais discutir tudo com as pessoas! Eu posso tomar as decisões sobre essas coisas. Trabalhar com os outros, discutir com eles, fazer as coisas de acordo com os princípios — isso é tão estúpido e vergonhoso!’. Os anticristos acham que entendem a verdade, que tudo está claro para eles, que eles têm suas percepções e seus jeitos de fazer as coisas, e assim eles são incapazes de trabalhar com os outros, eles não discutem nada com as pessoas, fazem tudo do jeito deles e não ouvem mais ninguém! Embora a boca dos anticristos diga que eles estão dispostos a obedecer e que estão dispostos a trabalhar com os outros, não importa quão boas suas respostas pareçam ser por fora, quão agradáveis suas palavras pareçam ser, eles são incapazes de mudar seu estado rebelde, são incapazes de mudar seus caracteres satânicos. Por dentro, porém, eles são ferozmente rebeldes — em que medida? Se explicado na linguagem do conhecimento, esse é um fenômeno que ocorre quando duas coisas de naturezas diferentes se juntam: rejeição, que podemos interpretar como ‘resistência’. Este é exatamente o caráter dos anticristos: oposição ao Alto. Eles gostam de se opor ao Alto e não obedecem a ninguém” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Dez: parte 4”). As palavras de Deus perfuraram meu coração como uma faca. Deus diz que a natureza e a substância dos anticristos odeiam a verdade e resistem a Deus. Percebi que meu caráter era igual ao de um anticristo. A supervisão do líder me aborrecia, e eu resistia a ela, achando que ela atrasaria meu trabalho e que ele estava querendo demais de nós ao exigir que aumentássemos nossa produtividade, por isso eu não queria me submeter e reclamava e protestava sempre. Na verdade, eu deveria ter acolhido o líder que apontava problemas no nosso trabalho e ter refletido sobre por que nós falhávamos em obter resultados no nosso trabalho, se foi por sermos despreocupados demais no dever, ou se carecíamos de percepção e éramos incapazes de usar a verdade para resolver os problemas dos irmãos. Depois de identificar o problema, eu deveria ter me apressado para corrigi-lo e melhorar. Mas eu não aceitava a verdade nem refletia, nem culpava a mim mesma nem me sentia culpada por não cumprir bem o meu dever. Para não ser dispensada, eu fiz um esforço enorme para incitar os outros a resistirem ao líder comigo. Era algo positivo e uma exigência de Deus que o líder acompanhasse e supervisionasse o trabalho, mas eu resistia e protestava. Por fora, eu estava confrontando o líder, mas, em essência, eu estava farta da verdade e odiava coisas positivas. Eu tinha interrompido e perturbado o trabalho da igreja. Ao ver como eu estava farta da verdade e até me rebelava contra Deus, eu fiquei horrorizada com meu caráter satânico. Lembrei-me de certos anticristos que tinham sido expulsos da igreja. Quando as pessoas os criticavam, ajudavam, podavam e tratavam, eles nunca aceitavam a verdade nem refletiam sobre si mesmos. Se as pessoas supervisionavam seu trabalho ou faziam sugestões, eles se irritavam e viam essas pessoas como seus inimigos. Protestavam e resistiam teimosamente e em alta voz até o fim. Mesmo quando cometiam males que causavam danos sérios ao trabalho da igreja, eles não se arrependiam e, no fim, foram expulsos da igreja. Tudo isso se devia ao seu caráter de anticristo, que estava farto da verdade e a odiava. O caráter que eu revelava não era igual ao dos anticristos? Se eu não me arrependesse, no fim eu seria exposta e expulsa.
Mais tarde, também ponderei sobre a razão pela qual eu instigara os outros a resistirem ao líder. Qual era a causa principal por trás de tudo isso? Durante minha busca, eu me deparei com esta passagem das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Até que as pessoas tenham experimentado a obra de Deus e compreendido a verdade, é a natureza de Satanás que assume o controle e as domina por dentro. O que, especificamente, essa natureza acarreta? Por exemplo, por que você é egoísta? Por que protege a própria posição? Por que você tem emoções tão fortes? Por que aprecia aquelas coisas injustas? Por que gosta daqueles males? Qual é a base para sua afeição por tais coisas? De onde vêm essas coisas? Por que você fica tão feliz em aceitá-las? A esta altura, vocês todos vieram a entender que a razão principal por trás de todas essas coisas é que o veneno de Satanás está dentro do homem. Então, qual é o veneno de Satanás? Como ele pode ser expressado? Por exemplo, se você pergunta: ‘Como as pessoas deveriam viver? Para que deveriam viver?’ as pessoas responderão: ‘É cada um por si e o diabo pega quem fica por último’. Esse simples provérbio expressa a raiz exata do problema. A filosofia e a lógica de Satanás se tornaram a vida das pessoas. Não importa o que as pessoas busquem, elas o fazem para si mesmas — e assim só vivem para si mesmas. ‘É cada um por si e o diabo pega quem fica por último’ — essa é a filosofia de vida do homem e representa também a natureza humana. Essas palavras já se tornaram a natureza da humanidade corrupta, o retrato verdadeiro da natureza satânica da humanidade corrupta, e essa natureza satânica já se tornou a base para a existência da humanidade corrupta; durante vários milênios, a humanidade corrupta tem vivido segundo esse veneno de Satanás, até o dia atual. Tudo que Satanás faz é em prol de seu apetite, ambições e objetivos; ele deseja ultrapassar Deus, libertar-se de Deus e assumir o controle sobre todas as coisas criadas por Deus. Hoje, tal é a extensão de quanto as pessoas foram corrompidas por Satanás: todas elas têm naturezas satânicas, todas elas tentam negar e se opor a Deus, elas querem controlar o próprio destino e tentam se opor aos arranjos e às orquestrações de Deus — seus apetites e ambições são exatamente iguais aos de Satanás. Portanto, a natureza do homem é a natureza de Satanás” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como trilhar a senda de Pedro”). Depois de ler as palavras de Deus, percebi que minha capacidade de cometer um ato tão grave de resistência a Deus não era só uma manifestação do meu caráter corrupto, mas se devia à minha natureza e ao meu caráter satânicos. Como resultado, eu era capaz de resistir a Deus a qualquer hora. Vi como eu tinha sido profundamente corrompida por Satanás. Eu vivia segundo a filosofia satânica de “cada um por si e o demônio pega quem fica por último” e tinha me tornado incrivelmente egoísta e enganosa. Tudo que fazia e dizia servia para me proteger e preservar meus interesses. Quando, ao supervisionar, o líder descobriu problemas no meu trabalho, visto que eu temia que o líder dissesse que eu era incompetente e me dispensasse, eu conspirei e tramei, semeando insatisfação sobre o líder e convencendo e incitando os outros a ficarem do meu lado em oposição unificada para protestar contra a supervisão do líder e informá-lo de que eu não era a única que trabalhava de modo ineficaz, que isso era um problema compartilhado por todos. A fim de manter meu status, eu desenvolvi um esquema elaborado para enfrentar o líder e me proteger. Isso causou danos sérios ao trabalho da igreja. Quanto mais eu refletia, mais eu via como eu era egoísta, desprezível e descarada. Para ser capaz de fazer algo tão sinistro — era evidente que eu carecia de humanidade! Senti remorso profundo e orei a Deus: “Amado Deus! Cometi o mal e perturbei o trabalho da igreja. Estou pronta para me arrepender, aceitar a supervisão e a orientação do meu líder e cumprir meu dever como um ser criado com sinceridade”.
Depois disso, li algumas passagens das palavras de Deus que me mostraram a atitude correta em relação à supervisão e à orientação do líder. Deus Todo-Poderoso diz: “Embora, hoje, muitas pessoas desempenhem um dever, só existem umas poucas que buscam a verdade. Raramente as pessoas buscam a verdade e entram na realidade da verdade enquanto desempenham seu dever; para a maioria, ainda não há princípios para como fazem as coisas, ainda não são pessoas que realmente obedecem a Deus; sua boca só diz que elas amam a verdade, que estão dispostas a buscar a verdade e que estão dispostas a lutar pela verdade, mas ainda não se sabe até quando sua determinação perdurará. As pessoas que não buscam a verdade são propensas a extravasar um caráter corrupto em qualquer lugar e a qualquer hora. As pessoas que não buscam a verdade carecem de qualquer senso de responsabilidade em relação ao dever, muitas vezes são desleixadas e superficiais, agem como querem e são até incapazes de aceitar poda e tratamento. Assim que se tornam fracas e negativas, as pessoas que não buscam a verdade são propensas a desistir — isso acontece com frequência, nada é mais comum do que isso; é assim que todos que não buscam a verdade se comportam. E assim, quando as pessoas ainda não ganharam a verdade, elas são suspeitas e não são dignas de confiança. O que significa dizer que não são dignas de confiança? Significa que, quando elas se deparam com dificuldades ou contratempos, estão propensas a cair e a se tornar negativas e fracas. Alguém que costuma ser negativo e fraco é alguém que é confiável? Com certeza não. Mas pessoas que entendem a verdade são diferentes. Pessoas que realmente entendem a verdade estão fadadas a ter um coração que teme a Deus e um coração que obedece a Deus, e só pessoas com um coração que teme a Deus são pessoas confiáveis; pessoas que não têm um coração que teme a Deus não são confiáveis. Como as pessoas sem um coração que teme a Deus deveriam ser abordadas? Elas deveriam, é claro, receber assistência e apoio amorosos. Deveriam ser verificadas com frequência maior enquanto desempenham o dever e receber mais ajuda e orientação; só assim é possível garantir que elas cumpram o dever com eficiência. E qual é o objetivo de fazer isso? O objetivo principal é defender o trabalho da casa de Deus. Em segundo lugar, isso serve para identificar problemas prontamente, para prover-lhes, apoiá-los e lidar com eles e podá-los prontamente, corrigindo seus desvios e compensando suas falhas e deficiências. Isso é benéfico para as pessoas; não há nada de malicioso nisso. Supervisionar pessoas, ficar de olho nelas, conhecê-las — tudo isso é para ajudá-las a entrar na trilha certa da fé em Deus, capacitá-las a cumprir o dever como Deus exige e de acordo com os princípios, para que elas não causem nenhuma perturbação nem interrupção, para que não desperdicem tempo. O objetivo de fazer isso nasce inteiramente da responsabilidade para com elas e para com a obra da casa de Deus; não há malícia nisso” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros). “A casa de Deus supervisiona, observa e verifica aqueles que cumprem um dever. Vocês são capazes de aceitar esse princípio da casa de Deus? (Sim.) É uma coisa maravilhosa se você consegue permitir que a casa de Deus supervisione, observe e verifique você. Isso ajuda você no cumprimento do seu dever, em vir a desempenhar seu dever de modo satisfatório e em satisfazer a vontade de Deus. Isso beneficia e ajuda as pessoas, sem qualquer desvantagem. Uma vez que alguém entendeu os princípios em relação a isso, ele deve ou não continuar tendo sentimentos de resistência ou defesa contra a supervisão de líderes, obreiros e do povo escolhido de Deus? Às vezes, você pode ser verificado e observado, e o seu trabalho pode ser monitorado, mas isso não é algo que deve ser levado para o lado pessoal. Por quê? Porque as tarefas que agora são suas, o dever que você cumpre e qualquer trabalho que você faz não são assuntos privados nem um emprego pessoal de nenhuma pessoa; eles dizem respeito ao trabalho da casa de Deus e estão relacionados a uma parte desse trabalho. Portanto, quando alguém passa um pouco de tempo monitorando ou observando você, ou faz perguntas detalhadas, tentando ter uma conversa franca com você e descobrir como anda seu estado durante esse tempo, e mesmo quando a atitude dele é um pouco mais dura e ele lida com você e poda você um pouco e o disciplina e repreende, tudo isso acontece porque ele tem uma atitude conscienciosa e responsável em relação ao trabalho da casa de Deus. Você não deve ter pensamentos nem sentimentos negativos em relação a isso. O que significa o fato de você conseguir aceitar supervisão, observação e interrogatório dos outros? Significa que, em seu coração, você aceita o escrutínio de Deus. Se você não aceita sua supervisão, observação e interrogatório — se você resiste a tudo isso — você é capaz de aceitar o escrutínio de Deus? O escrutínio de Deus é mais detalhado, aprofundado e correto do que a investigação das pessoas; o que Deus pede é mais específico, exato e aprofundado do que isso. Portanto, se você não consegue aceitar ser monitorado pelos escolhidos de Deus, suas alegações de que você consegue aceitar o escrutínio de Deus não são palavras vazias? Para você ser capaz de aceitar o escrutínio e a inspeção de Deus, você deve primeiro ser capaz de aceitar o monitoramento feito pela casa de Deus, pelos líderes e obreiros e pelos irmãos e irmãs” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros). Por meio das palavras de Deus, percebi que, visto que caracteres satânicos e corruptos existem dentro de nós, muitas vezes agimos teimosamente em nosso trabalho. Além disso, por causa da nossa natureza imunda e indolente, costumamos ser superficiais em nossos deveres e não procuramos produzir bons resultados. Também violamos os princípios de muitas maneiras, por isso precisamos de líderes e obreiros que supervisionem e verifiquem para garantir que o trabalho da igreja avance sem problemas. É isso que Deus exige dos líderes e obreiros e é um aspecto importante do trabalho deles. Portanto, eu deveria me submeter e aceitar a supervisão e a orientação dos líderes e obreiros. Além disso, eu abrigava uma noção incorreta, achando que a supervisão e as verificações do líder atrasariam meu dever e influenciariam o desempenho do meu trabalho. Na verdade, os líderes verificam os detalhes do nosso trabalho para encontrar problemas, ajudar-nos a resolver e corrigir nossos problemas. Isso melhora o desempenho do nosso trabalho — não atrasa nosso progresso. Por exemplo, uma vez, quando o líder estava verificando nosso trabalho, ele percebeu que não estávamos regando os recém-convertidos com amor e paciência e que exigíamos demais deles. Isso fez com que alguns deles caíssem em negatividade e não cumprissem seus deveres. Foi só por meio da comunhão do líder que conseguimos reconhecer os problemas no nosso trabalho. Depois disso, comungamos com os recém-convertidos usando as palavras de Deus para tratar dos problemas deles, informando-os sobre o significado do cumprimento do seu dever, e atribuímos trabalho aos recém-convertidos com base em sua estatura real. Depois disso, seu estado melhorou, e eles conseguiram cumprir seu dever normalmente. Vi que a supervisão e a orientação do líder não só não teriam uma influência negativa sobre o nosso trabalho, mas me permitiriam obter uma compreensão melhor dos princípios em meu dever. Tudo isso era um benefício de aceitar a supervisão e a orientação do líder no nosso trabalho. Entendi que aceitar a supervisão do líder é uma atitude de responsabilidade em relação ao trabalho da igreja e é um princípio de prática que se deve ter no seu dever.
Algum tempo depois, o líder me designou a continuar regando os recém-convertidos, e eu me senti muito grata a Deus. Depois disso, quando o líder verificava nosso trabalho e nos orientava, eu não resistia mais tanto e era capaz de registrar os problemas encontrados pelo líder e de discutir e resumir os problemas nos nossos deveres com minhas parceiras. À medida que obtínhamos uma clareza maior sobre os problemas no nosso trabalho, conseguimos reverter aos poucos também o desempenho no nosso trabalho. Senti genuinamente que, só se aceitarmos a supervisão e a orientação dos líderes em nossos deveres, tivermos uma atitude de aceitação em relação à verdade e executarmos o trabalho de acordo com os princípios, podemos produzir resultados bons em nossos deveres. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.