Mentir só traz dor

04 de Fevereiro de 2022

Por Kenneth, Coreia do Sul

Um dia em maio de 2021, estávamos nos preparando para gravar um vídeo do irmão Luka cantando um solo, e eu trabalhava na iluminação do palco. No princípio, eu fui muito cuidadoso, e não houve problema algum com as primeiras tomadas, então comecei a relaxar um pouco. Estávamos quase terminando a filmagem quando o diretor disse que queria tentar mais uma tomada de novo de maneiras diferentes. Eu não estava prestando atenção, então, quando começamos a filmar, eu ainda estava de olho em outro monitor e só me dei conta quando Luka já tinha saído da área iluminada. Eu me apressei a ajustar os holofotes, mas não fui rápido o bastante, fazendo com que a cabeça do Luka saísse da luz e depois voltasse novamente. Essa tomada não servia. Normalmente, quando temos um problema no palco, espera-se que peçamos ao diretor que faça uma nova tomada imediatamente, mas eu fiquei segurando o walkie-talkie com medo de falar. As palavras estavam agarradas na garganta e eu fiquei num dilema. Pensei em que não era só o diretor que estava ali, mas muitos outros irmãos também. Se eu lhes dissesse que eu tinha cometido um erro tão rudimentar, o que todos eles pensariam de mim? Diriam que eu tinha sido negligente no dever? Isso seria tão vergonhoso! Mas se eu não estaria cumprindo meu dever se não dissesse nada. Isso teria um impacto direto sobre a qualidade do vídeo, se essa gravação fosse usada na edição. Enquanto eu lutava com a decisão de falar ou não, ouvi o diretor dizer: “Essa foi boa. Vamos gravar a próxima cena”. Vi que o irmão que fazia a filmagem já tinha trocado sua posição e estava esperando, então comecei a me justificar, pensando: “A filmagem já está toda pronta. Se eu disser algo agora, todos terão que trocar seus equipamentos de volta e será um transtorno grande. Eu deveria simplesmente não dizer nada. Foi só a primeira de duas tomadas e, talvez, nem seja usada. Além disso, se as pessoas não olharem com atenção, elas nem vão percebê-lo”. Fiquei remoendo o pensamento, mas, no fim, decidi ficar calado. Depois da gravação, eu me senti atormentado pela culpa, pensando: “Eu não estava sendo conscientemente enganoso? Eu posso enganar as pessoas, mas será que consigo enganar a Deus?”. Então, encontrei o diretor e lhe contei meu erro. Ele disse: “Nós já terminamos a filmagem, e todo mundo já empacotou tudo. De que adianta me contar isso agora? Por que não me falou na hora? Se tivesse falado, não teria demorado para filmar mais uma vez”. Quando vi a decepção na cara do diretor, eu me senti pior ainda e quis bater em mim mesmo. Por que foi tão difícil para mim admitir que eu estava errado na frente de todos? Por que era necessário tanto esforço para ser honesto? Sofrendo, fiz uma oração a Deus: “Deus, eu cometi um erro enquanto cumpria meu dever e não tive coragem de admiti-lo na frente de todo mundo, porque tive medo de que me criticassem e me menosprezassem. Agora, a culpa me consome. Por favor, guia-me para que eu conheça a mim mesmo”.

Depois disso, vi uma passagem das palavras de Deus que diz: “Digamos que você tivesse que escolher entre duas estradas. Uma é a estrada de ser uma pessoa honesta, de dizer a verdade e dizer o que está em seu coração, de compartilhar seu coração com os outros, ou de admitir seus erros e contar os fatos como são, de mostrar aos outros sua feiura corrupta e envergonhar a sua pessoa. A outra é a estrada de dar a sua vida em martírio por Deus e entrar no reino dos céus quando você morrer. Qual você escolhe? Alguns podem dizer: ‘Eu escolho dar minha vida por Deus. Estou disposto a morrer por Ele; após a morte, terei minha recompensa e entrarei no reino dos céus’. Desistir de sua vida por Deus pode ser alcançado por um único esforço vigoroso, por aqueles com determinação. Mas praticar a verdade e ser uma pessoa honesta pode ser alcançado nesse esforço único? Não pode, nem mesmo com dois esforços. Se tiver a determinação ao fazer alguma coisa, você consegue fazê-la bem com um único esforço; mas um único caso de dizer a verdade sem uma mentira não o torna uma pessoa honesta de uma vez por todas. Ser uma pessoa honesta envolve mudar seu caráter, e isso exige dez ou vinte anos de experiência. Você deve se livrar de seu caráter enganoso de mentiras e duplicidade antes de poder satisfazer o padrão básico de ser uma pessoa honesta. Isso não é difícil para todas as pessoas? É um desafio enorme. Deus quer, agora, aperfeiçoar e ganhar um grupo de pessoas, e todos os que buscam a verdade devem aceitar o julgamento e o castigo, as provações e o refinamento, cujo propósito é resolver seus caracteres enganosos e fazer deles pessoas honestas, pessoas que se submetem a Deus. Isso não é algo que pode ser alcançado com um esforço único; isso exige fé verdadeira, e é preciso sofrer muitas provações e muito refinamento antes de elas poderem alcançar isso. Se, agora, Deus lhe pedisse que você fosse uma pessoa honesta e dissesse a verdade, algo que envolva os fatos, e seu futuro e seu destino, cujas consequências possam não ser vantajosas para você, com os outros não mais o tendo em alta estima, e você ache que sua reputação foi destruída — em tais circunstâncias, você conseguiria ser franco e dizer a verdade? Conseguiria ser honesto? Essa é a coisa mais difícil de fazer, muito mais difícil do que desistir de sua vida. Você poderia dizer: ‘Fazer-me dizer a verdade não funcionará. Prefiro morrer por Deus a dizer a verdade. Não quero nem um pouco ser uma pessoa honesta. Prefiro morrer a ter todos me menosprezando e pensando que sou uma pessoa comum’. Isso revela que a coisa que as pessoas mais prezam é o quê? O que elas mais prezam é seu status e reputação — coisas que são controladas por seus caracteres satânicos corruptos. A vida é secundária. Se a situação as obrigasse a isso, elas reuniriam todas as suas forças para dar sua vida, mas de status e reputação não é fácil desistir. Para as pessoas que acreditam em Deus, dar a vida não é de importância máxima; Deus exige que as pessoas aceitem a verdade e sejam realmente pessoas honestas que digam o que quer que esteja em seu coração, abrindo-se e desnudando-se a todos. É fácil fazer isso? (Não, não é.) Deus não pede, na verdade, que você abra mão de sua vida. Sua vida não lhe foi dada por Deus? De que serviria sua vida para Deus? Deus não a quer. Ele quer que você fale honestamente, que diga quem você é e o que você pensa no coração. Você consegue dizer essas coisas? Aqui, a tarefa se torna difícil, e você talvez diga: ‘Faze-me trabalhar duro, e eu terei a força para fazê-lo. Faze-me sacrificar todos os meus bens, e eu poderia fazê-lo. Eu poderia facilmente abandonar meus pais e meus filhos, meu casamento e minha carreira. Mas dizer o que está no meu coração, falar honestamente — essa é a única coisa que não consigo fazer’. Qual é a razão pela qual você não consegue fazer isso? É que, uma vez que você o faça, qualquer um que o conheça ou esteja familiarizado com você o verá de maneira diferente. Eles não o admirarão mais. Você terá passado vergonha e terá sido totalmente humilhado, e sua integridade e sua dignidade não existirão mais. Seu status elevado e seu prestígio no coração dos outros não existirão mais. É por isso que em tais circunstâncias, não importa o que aconteça, você não falará a verdade. Quando as pessoas se deparam com isso, há uma batalha em seu coração, e quando essa batalha termina, alguns acabam superando suas dificuldades, enquanto outros não, permanecendo controlados por seus caracteres satânicos corruptos e pelo próprio status, sua reputação e sua suposta dignidade. Isso é uma dificuldade, não é? Apenas falar honestamente e dizer a verdade não é algum grande feito, no entanto, muitos heróis corajosos, muitas pessoas que juraram dedicar a vida e a despendê-la por Deus, e tantas outras que disseram coisas grandiosas a Deus acham impossível fazer isso(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). As palavras de Deus descreveram o meu estado verdadeiro. Eu coloquei importância demais em status e reputação. Eu não consegui dizer uma única palavra para admitir meu erro porque temia ficar mal diante de todo mundo. Tive medo de que eles dissessem que eu não estava fazendo bem o meu trabalho, se eu era capaz de cometer um erro tão simples. Que vergonha. Para proteger minha imagem e status, eu encobri o erro, achando que, se eu não dissesse nada, ninguém saberia e não me criticariam por isso. Então, meu orgulho e minha imagem permaneceriam intactos. Embora me sentisse culpado e incomodado, ainda encontrei uma desculpa para me consolar: “Foi só uma tomada; provavelmente, nem vão usá-la”. Eu não estava mentindo para mim mesmo assim como para os outros? Ao pensar assim, senti muito remorso e arrependimento por enganar os irmãos só para livrar minha cara e manter o status. Então orei a Deus: “Ó Deus, eu não assumi meu erro porque eu queria evitar a vergonha e manter meu status. Sei que isso está em descordo com a Tua vontade, mas parecia que eu tinha sido desviado pelo diabo e não consegui escapar de meu caráter corrupto. Deus, por favor, guia-me para que eu possa me livrar das cordas e laços de meu caráter corrupto”.

Então li algumas passagens da palavra de Deus que me deram alguns caminhos para a prática. Deus diz: “Somente pessoas honestas podem ter uma parte no reino dos céus. Se você não tentar ser uma pessoa honesta, e se não experimentar e praticar na direção de buscar a verdade, se não expuser sua feiura, e se não se desnudar, você nunca poderá receber a obra do Espírito Santo e ganhar a aprovação de Deus. Não importa o que faça ou o dever que desempenhe, você deve ter uma atitude honesta. Sem uma atitude honesta, não poderá cumprir bem seu dever. Se você sempre cumpre seu dever de modo superficial e descuidado, e não consegue fazer algo bem, você deveria refletir sobre si mesmo, entender a si mesmo e se abrir para se analisar. Então deveria buscar as verdades princípios e se esforçar para fazer melhor da próxima vez, em vez de ser descuidado e superficial. Se você não tentar satisfazer a Deus com um coração honesto e sempre procurar satisfazer sua carne ou seu orgulho, você será capaz de fazer um bom trabalho? Será capaz de cumprir bem seu dever? Com certeza não(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). “Se, tendo cometido um erro, você puder tratar isso corretamente e permitir que todos os outros falem sobre isso, permitindo que comentem e discirnam sobre isso, e se você puder se abrir sobre isso e analisar, qual será a opinião de todos sobre você? Eles dirão que você é uma pessoa honesta, pois seu coração está aberto para Deus. Por meio de suas ações e comportamento, eles serão capazes de ver seu coração. Mas se você tentar se disfarçar e enganar a todos, as pessoas terão uma opinião ruim sobre você e dirão que você é uma pessoa tola e insensata. Se você não tentar colocar uma fachada nem se justificar, se conseguir admitir seus erros, todos dirão que você é honesto e sábio. E o que o torna sábio? Todos cometem erros. Todos têm falhas e defeitos. E, na verdade, todos têm o mesmo caráter corrupto. Não se ache mais nobre, perfeito e bondoso do que os outros; isso é ser totalmente insensato. Uma vez que os caracteres corruptos das pessoas e a essência e face verdadeira da corrupção delas estiverem claros para você, você não tentará encobrir os próprios erros e não usará os erros de outras pessoas contra elas — você será capaz de encarar ambos corretamente. Somente então você se tornará perceptivo e não fará coisas tolas, o que fará de você uma pessoa sábia(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). Aprendi com a palavra de Deus que todos cometem erros no curso de seu dever. É normal. Não deveríamos esconder essas coisas, mas falar francamente, tomar a iniciativa de assumir nossos erros e de abrir-nos com os outros sobre nossas corrupções e deficiências. Não deveríamos nos preocupar com não passar vergonha e manter o status, mas, em vez disso, ser pessoas honestas como Deus exige. Essa é a única maneira de viver uma vida de caráter e dignidade e obter a aprovação e as bênçãos de Deus. Mas eu me importava demais com o que as pessoas pensavam de mim enquanto eu cumpria meu dever, sempre querendo manter meus status e imagem. Por isso, sempre quis encobrir quaisquer erros que cometia e tinha medo de que os outros descobrissem. Não tinha a coragem para confessar, mesmo quando me sentia culpado. Não dei a mínima consideração ao dano que isso poderia causar ao trabalho da igreja. Eu não estava protegendo o trabalho da igreja enquanto cumpria meu dever e não era honesto nem de longe. Como podia cumprir o meu dever adequadamente se eu continuasse desse jeito? Eu me senti tremendamente culpado ao perceber isso e quis corrigir o estado no qual eu desempenhava meus deveres.

Depois disso, quando cometia um erro ocasional na filmagem e tinha conflitos sobre dizer ou não alguma coisa, eu estava ciente de que estava só tentando proteger meu status e imagem aos olhos dos outros novamente. Eu orava a Deus e pedia que Ele me guiasse a praticar a verdade e a ser uma pessoa honesta, para que eu pudesse admitir meu erro diante de todos. Quando fiz isso, percebi que os irmãos não me culpavam e conseguiam lidar com meu erro apropriadamente. Eu me senti muito mais firme e senti a paz e a alegria que resultam da prática da verdade.

Um dia, estávamos trabalhando em outro vídeo solo. Antes de começar a gravar, o diretor perguntou se as luzes estavam prontas. Pensei que já as havia verificado, por isso disse, confiante: “Está tudo certo! Podemos começar!”. Mas depois de uma tomada, de repente, percebi que tinha esquecido de acender algumas luzes. Entrei em pânico. Eu queria dizer algo, mas hesitei, pensando: “Já garanti a todos com toda a confiança que tudo estava pronto antes da filmagem, então, se eu admitir que cometi um erro agora, o que eles pensarão de mim? Será que perderão a confiança em mim? Esquecer de ligar as luzes é um erro de iniciante. Como eu poderia mostrar a cara se admitisse isso? Será que os irmãos pensarão que eu sou inútil por ter errado numa tarefa tão simples?”. Havia emoções conflitantes lutando dentro de mim, e era como se eu estivesse deitado numa cama de pregos. Eu queria assumir o meu erro, mas já tínhamos gravado várias tomadas. Se eu dissesse que havia um problema de iluminação agora, será que todos me criticariam por eu ter esperado até agora para dizer algo em vez de me manifestar imediatamente? Depois de quebrar a cabeça, eu imaginei uma solução: eu poderia esperar até que tivéssemos terminado as gravações, então falar a sós com o irmão que editaria o vídeo e pedir que ajustasse a iluminação. Assim, eu não teria que admitir meu erro na frente de todos. Essa solução não afetaria a qualidade do vídeo e me livraria de passar vergonha e eu manteria meu status ao mesmo tempo. Então, depois que terminamos de gravar, fui até o irmão da edição e minimizei o problema, dizendo: “Tive um problema com a iluminação na primeira tomada, mas fiz uma comparação cuidadosa com as outras e a diferença não é tão óbvia. É uma pequena diferença na claridade. Seria maravilhoso se você pudesse ajustar isso”. Ele acreditou em mim e disse que me ajudaria a ajustá-la. Eu me senti péssimo assim que as palavras saíram da minha boca porque, na verdade, fazia uma grande diferença se as luzes estavam acesas ou não, mas eu tinha dito que a diferença era pouca. Eu não estava olhando nos olhos de meu irmão e mentindo? No fim, esse irmão demorou mais de três horas para corrigir a iluminação naquela tomada. Na manhã seguinte, a primeira coisa que aconteceu foi o diretor me enviar uma mensagem, perguntando: “Você não notou que havia um problema tão grande com a iluminação ontem?”. Eu não esperava que o diretor descobrisse isso tão rápido e, por um momento, não soube o que dizer, então encontrei umas desculpas para me justificar. Ele disse: “Isso já aconteceu antes, e você descobriu um erro na hora, mas não disse nada. Isso está atrasando o nosso trabalho. Você precisa refletir sobre o que você fez”. Eu me senti tão culpado quando ele disse isso. Eu me odiei por ter sido controlado e preso por meu caráter corrupto e por não ter praticado a verdade de novo. Eu me ajoelhei e orei: “Deus, eu dou importância demais à reputação e status. Dessa vez, eu não só não me manifestei quanto ao meu erro, como fiz o melhor que pude para escondê-lo. Sou tão desonesto! Deus, eu quero me arrepender. Por favor, guia-me e salva-me”.

Então li esta passagem da palavra de Deus: “A humanidade dos anticristos é desonesta, o que significa que eles não são nem um pouco verdadeiros. Tudo o que eles dizem e fazem é adulterado por e contém seus objetivos e intenções, e escondidos em tudo isso estão seus truques e conspirações não ditos e indizíveis. Assim, as palavras e as ações dos anticristos estão contaminadas demais e cheias demais de falsidade. Seja lá como falam, é impossível saber quais de suas palavras são verdadeiras e quais são falsas, quais são certas e quais são erradas. Por serem desonestos, sua mente é extremamente complicada, cheia de esquemas traiçoeiros e repleta de truques. Nada do que dizem é direto. Eles não dizem que um é um, dois é dois, sim é sim, e não é não. Em vez disso, em todos os assuntos, eles fazem rodeios e pensam nas coisas várias vezes em sua mente, avaliando as consequências, pesando méritos e desvantagens de todos os ângulos. Então manipulam as coisas com sua linguagem de tal forma que tudo o que dizem parece bastante desajeitado. As pessoas honestas nunca entendem o que eles dizem e são facilmente enganadas e trapaceadas por eles, e quem quer que fale e se comunique com tais pessoas acha a experiência cansativa e laboriosa. Nunca dizem que um é um e dois é dois, nunca dizem o que estão pensando e nunca descrevem as coisas como são. Tudo o que dizem é insondável, e os objetivos e intenções de suas ações são muito complicados. Se seu disfarce é descoberto — se outras pessoas os enxergam por completo e os apanham —, eles rapidamente inventam outra mentira para contornar a situação. Esse tipo de pessoa mente com frequência, e, depois de mentir, precisa contar mais mentiras para sustentar a mentira. Ele engana os outros para esconder suas intenções e inventa todos os tipos de pretextos e desculpas para apoiar suas mentiras, de modo que fica muito difícil para as pessoas saberem o que é verdade e o que não é, e as pessoas não sabem quando ele está sendo verdadeiro, muito menos quando está contando uma mentira. Quando mente, ele não enrubesce nem vacila, como se estivesse falando a verdade. Isso não significa que mentir se tornou a natureza dele? Por exemplo, alguns anticristos parecem, por fora, ser bons para os outros, preocupar-se com eles, e ser calorosos em seu discurso, o que é agradável e comovente de ouvir. Entretanto, mesmo quando falam desse jeito, ninguém sabe dizer se eles estão sendo sinceros, e isso sempre exige esperar até que as coisas aconteçam, alguns dias depois, para revelar se eles estavam sendo sinceros. Os anticristos sempre falam com certas intenções, e ninguém consegue descobrir do que, exatamente, eles estão atrás. Tais pessoas são mentirosos habituais que não pensam nas consequências de nenhuma de suas mentiras. Contanto que suas mentiras as beneficiem e forem capazes de enganar os outros, contanto que isso possa alcançar seus objetivos, elas não ligam para quais serão as consequências. Assim que forem expostas, elas continuarão a esconder, mentir, enganar. O princípio e o método pelo qual essas pessoas interagem com os outros é enganar as pessoas com mentiras. Elas têm duas caras e falam para agradar ao seu público; eles desempenham qualquer papel que a situação exige. Elas são bajuladoras e escorregadias, sua boca está cheia de mentiras, e elas não são confiáveis. Quem quer que esteja em contato com elas por um tempo é enganado ou fica perturbado e não pode receber provisão, ajuda nem edificação. Não importa se as palavras da boca de tais pessoas são desagradáveis ou simpáticas, ou razoáveis ou absurdas, ou se estão em acordo ou desacordo com a humanidade, ou se são grosseiras ou civilizadas, todas elas são essencialmente falsidades, inverdades, mentiras(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Quatro: Resumindo a qualidade dos anticristos e a essência de seu caráter (parte 1)”). A palavra de Deus expõe a natureza enganosa e desonesta dos anticristos. Eles são desonestos em suas ações e palavras. Você não os ouvirá dizer uma única palavra verdadeira. Para impedir que sejam expostos, eles ficam mentindo descaradamente para esconder seus motivos desprezíveis. Os anticristos são incrivelmente malignos. Eu senti que as palavras de Deus me convocaram. Eu causei um erro porque fui descuidado na verificação durante a filmagem e não o admiti porque temia ser menosprezados pelos irmãos. Quebrei a cabeça para encontrar um jeito de encobri-lo. Conversei em privado com o irmão editor para que ele o consertasse o problema e criasse uma ilusão, mentindo para ele deliberadamente que não era uma questão óbvia, para que ele pensasse que não era nada de mais. Eu fui muito desonesto. Meu caráter não era tão maligno quanto o de um anticristo? Deus gosta de pessoas honestas, mas eu sou desonesto demais. Como poderia Deus não desprezar isso e não Se sentir enojado? Lembrei-me de que o Senhor Jesus disse: “Seja o vosso falar: Sim, sim; não, não; pois o que passa daí, vem do maligno(Mateus 5:37). “Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira(João 8:44). Deus diz que as mentiras vêm do maligno, do diabo, e que aqueles que sempre mentem são diabos. Com as minhas mentiras constantes, e depois mais mentiras para encobrir as primeiras, eu não era igual a Satanás? O que eu dizia tinha um elemento demoníaco, era enganoso e uma interrupção ao trabalho da igreja. Esse erro que cometi na gravação poderia ter sido resolvido com uma admissão honesta, e evitado muito trabalho desnecessário. Mas, para não passar vergonha e manter meu status, depois de ruminar isso na minha mente, eu não consegui dizer uma palavra honesta. Menti repetidamente para encobrir o erro, enganando meus irmãos, e acabei fazendo o irmão da edição passar mais de três horas consertando meus erros. Eu não dava a mínima atenção ao trabalho dos outros nem a que tipo de consequências pudesse haver se as tomadas defeituosas fossem usadas no vídeo final. Eu fui tão egoísta e desprezível! Vi que eu tinha dado rédea solta ao meu caráter corrupto e que tudo o que eu fiz estava prejudicando os outros e a mim mesmo. Isso enojava as pessoas e repugnava a Deus. Eu me enchi de remorso e culpa. Então orei a Deus, dizendo que eu queria parar de me preocupar com proteger minha reputação e manter o status, e ser uma pessoa simples, aberta e honesta.

Vi que a palavra de Deus diz: “Você deve buscar a verdade para resolver qualquer problema que surge, não importa o que seja, e de forma alguma deve se disfarçar ou mostrar um rosto falso aos outros. Seus defeitos, suas deficiências, suas falhas, seus caracteres corruptos — seja completamente aberto em relação a todos eles e comunique todos eles. Não os guarde no interior. Aprender a se abrir é o primeiro passo em direção à entrada na vida e é o primeiro obstáculo, que é o mais difícil de superar. Uma vez que você o superou, entrar na verdade é fácil. O que significa dar esse passo? Significa que você está abrindo seu coração e mostrando tudo que tem, bom ou mau, positivo ou negativo, desnudando-se para que os outros e Deus o vejam; não escondendo nada de Deus, não ocultando nada, não disfarçando nada, livre de enganação e truques, e sendo igualmente aberto e honesto com as outras pessoas. Dessa forma, você vive na luz, e não somente Deus o escrutinizará, mas as outras pessoas também serão capazes de ver que você age com princípios e alguma medida de transparência. Você não precisa utilizar nenhum método para proteger reputação, imagem e status, nem precisa encobrir ou disfarçar os seus erros. Não precisa se empenhar nesses esforços inúteis. Se puder abrir mão dessas coisas, você ficará muito relaxado, viverá sem grilhões ou dor, e viverá inteiramente na luz(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Encontrei as sendas para praticar a verdade nas palavras de Deus: preciso aprender a me abrir, a abrir meu coração a Deus, e não ser insincero, desonesto e enganoso para proteger minha imagem. Eu preciso me abrir com meus irmãos sobre a minha corrupção, deficiências, erros, e minhas segundas intenções. Esse é o passo mais crítico para entrar na verdade. Alcançar isso é o único jeito de ser liberto, aos poucos, dos laços e do controle do caráter corrupto que se tem e viver em semelhança humana verdadeira. Eu não posso continuar agindo em função de tentar manter a reputação e o meu status. Preciso aceitar o escrutínio de Deus e a supervisão dos meus irmãos. Então, eu confessei aos outros todos os meus erros e a corrupção que tinha se revelado no processo. Também fiz algumas coisas para me punir, para me assegurar de que eu não me esqueceria. Essa experiência me tornou consciente de meu caráter desonesto, e eu jurei que mudaria.

Outro dia, durante uma gravação, desviei o olhar momentaneamente para ver um detalhe na tela de outra câmera, e o cantor saiu da área iluminada. Quando percebi, ele já tinha cantado vários versos. Tínhamos mais de dez segundos de gravação inutilizáveis por causa de um problema de iluminação. Pensei: “Como pude cometer o mesmo erro de novo. Tenho errado tanto recentemente. O que as pessoas pensariam se eu o admitisse? Diriam que eu não estava levando meu dever a sério?”. Justo quando eu me debatia sobre dizer algo, de repente, percebi que estava tentando proteger minha reputação e manter meu status, de novo. Lembrei do dano que isso tinha causado ao trabalho da igreja no passado, porque quis me proteger e não disse a verdade. Também me lembrei de como meus esforços para esconder meus erros tinham sido vergonhosos e de toda a dor e angústia que senti por ter mentido. Percebi que não podia enganar e ludibriar os outros, que eu devia renunciar a mim mesmo e praticar a verdade. Então parei de vacilar, e comuniquei o ocorrido ao diretor.

Depois disso, comecei conscientemente a praticar ser uma pessoa honesta ao cumprir meus deveres, admitindo proativamente os meus erros e não ficando obcecado com status e reputação. Consegui proteger de modo consciente o trabalho da igreja. Embora às vezes eu tivesse que enfrentar ser repreendido e exortado pelos irmãos, depois de admitir os erros, assim como a vergonha que acompanhava isso, praticar a verdade impedia que meus erros prejudicasse o trabalho da igreja. Isso me fez me sentir especialmente firme e em paz. Realmente experimentei como é doloroso mentir e enganar para proteger meu status e minha reputação. Praticar a verdade e ser uma pessoa honesta é o único jeito de ser uma pessoa de caráter e de dignidade e de viver abertamente na luz. Graças a Deus!

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