Lições aprendidas com a vanglória
Em maio de 2021, todas as igrejas sob minha responsabilidade realizaram eleições. Nas reuniões, os irmãos levantaram muitas questões referentes às eleições, e eu resolvi todas elas confiando em Deus. Todas as eleições transcorrem sem problemas. Fiquei muito satisfeita comigo mesma por ter dado conta sozinha dessas eleições. Eu achava que eu tinha um calibre ótimo e algumas habilidades.
E durante uma reunião, a irmã com que trabalho disse que uma líder de igreja chamada Li estava gerando discórdia e lançando uma igreja em caos. Eles não tinham certeza da essência dela e não ousavam demiti-la casualmente. Eu também não sabia que tipo de pessoa ela era, então orei a Deus e pedi Seu esclarecimento e orientação. Então, outra irmã disse que Li não tinha permitido que a irmã Liu, que nós tínhamos designado como parceira de Li, cumprisse um dever, e Li disse que não sabia o que a irmã Liu deveria fazer. Ao ouvir isso, pensei que Li tinha sido informada claramente que a irmã Liu deveria assumir o trabalho da igreja com ela. Como ela podia dizer que não sabia? Ela não tinha envolvido a irmã Liu no trabalho. Isso não significava que ela não queria dividir seu poder? E lembrei-me de que, uma vez, uma irmã foi para aquela igreja para realizar um projeto. Li se recusou a cooperar e, em vez disso, a usou apenas como testa-de-ferro. Então refleti sobre como Deus diz que anticristos tendem a estabelecer seus próprios impérios, e quanto mais eu refletia sobre isso, mais eu via que era assim que Li estava se comportando. Então compartilhei comunhão com essas duas irmãs, referindo-me às palavras de Deus, sobre os motivos e as táticas de Li e sobre sua natureza e consequências. Eu também disse que Li devia ser discernida e identificada como um anticristo e comunguei sobre algumas verdades relacionadas. Isso lhes deu discernimento sobre Li. No início, senti que era tudo esclarecimento e orientação de Deus, mas, mais tarde, concluí que eu tinha solucionado um problema tão complicado e oferecido às minhas irmãs uma senda adiante. Sem meu entendimento da verdade, Deus não teria sido capaz de me esclarecer. Ao chegar em casa, eu, sentindo-me extasiada, contei a uma outra irmã como eu tinha confiado em Deus para reconhecer que Li era um anticristo e como eu tinha ensinado às outras alguns pontos-chave para discernir anticristos. Vi que ela me ouvia atentamente e pensei que eu poderia resolver qualquer problema por meio da comunhão, por mais difícil que fosse. Eu realmente devia ter discernimento e um calibre muito bom. Comecei a ter orgulho de mim mesma, achando que eu era melhor do que os outros, que era perceptiva. Com frequência, eu me gabava de mim mesma. Mais tarde, ela me procurava sempre que havia algo relacionado a discernimento e ela se sentia insegura, e eu me sentia ainda mais segura em meu entendimento da verdade, que eu era um talento indispensável. Eu estava nas nuvens. Mais tarde, fui chamada para gerenciar outra eleição. Numa reunião, a irmã Luo fez uma pergunta sobre um problema e ninguém conseguia identificar sua raiz nem resolvê-lo. Então a comunhão de outra irmã me fez perceber algo, e eu comunguei com base naquela percepção para fazer com que a irmã Luo refletisse sobre si mesma, e, no fim, o problema foi resolvido. Achei que eu tinha uma percepção que ninguém mais tinha. Eu consegui usar a comunhão para resolver um problema que ninguém conseguia resolver, portanto, eu realmente devia ter calibre. Quando o processo eleitoral começou, algumas irmãs levantaram outras perguntas, e nenhum dos candidatos soube respondê-las. Achei que nenhum deles sabia resolver problemas, portanto, cabia a mim mostrar-lhes como isso era feito. Comecei falando sobre os problemas daquelas irmãs um por um e dizendo-lhes o que deviam fazer. Uma irmã disse, admirada: “Nenhuma de nós viu tudo isso nem soube o que fazer. Como você fez isso?” Fiquei feliz ao ouvir isso e, satisfeita comigo mesma, disse: “Tenho mais experiência, por isso consigo identificar essas coisas”. Depois disso, quando os irmãos levantavam alguma questão, eu agia como se quisesse que os candidatos tentassem resolvê-la, mas quando via que não conseguiam encontrar as palavras certas de Deus, eu achava que eles não estavam à altura da tarefa. Eu queria mostrar-lhes como eu conseguia resolver as coisas usando as palavras de Deus. Em comunhões posteriores, eu só me concentrava naquilo que queria dizer e não pedia que os outros se manifestassem. Aos poucos, todos os candidatos pararam falar. Aquilo se tornou seu palco pessoal. Então percebi que algo estava errado, que os candidatos deveriam ser o centro das atenções para que as pessoas vissem se eles tinham discernimento e calibre, se conseguiam lidar com problemas reais, e então decidissem em quem votar. Mas se os candidatos continuassem calados, ninguém poderia ver se eles conseguiam comungar sobre a verdade para resolver problemas. Como, então, conseguiriam votar? Isso não transformaria a eleição num fracasso? Comecei a buscar o que tinha levado a isso e pedi feedback aos outros. Alguns candidatos disseram que eu só estivera me exibindo quanta verdade eu entendia, levando-os a crer que eles não estavam à altura e que estavam relutantes em dizer qualquer coisa. Quando eles disseram isso, refleti sobre como eu não conseguia impedir de me exibir e me gabar e me senti um pouco culpada. Parei de abrir a boca o tempo todo, temendo negar a opinião dos outros e constrangê-los e interferir na eleição.
Depois da reunião, busquei imediatamente a verdade relacionada ao meu problema e vi isto nas palavras de Deus: “As pessoas que não entendem a verdade são propensas a pensar muito bem de si mesmas — e quando começam a pensar muito bem de si mesmas, é fácil trazê-las de volta para o chão da realidade? (Não.) As pessoas normais, com um pouco de bom senso, não pensam bem de si mesmas sem ter motivo. Quando ainda têm coisas a alcançar, não têm nada a oferecer às pessoas, e ninguém no grupo lhes dá atenção, elas não pensam muito bem de si mesmas. Elas podem ser um pouco arrogantes e narcisistas, ou podem achar que são um pouco talentosas, e melhores do que os outros, mas não são propensas a pensar muito bem de si mesmas; são mais pé no chão do que a maioria das pessoas. Sob quais circunstâncias as pessoas pensam muito bem de si mesmas? Quando outras pessoas as elogiam por alguma conquista insignificante. Elas pensam que são melhores do que os outros, que os outros são comuns e pouco notáveis, que elas têm status e não estão na mesma classe, no mesmo nível que os outros, que são superiores a eles. E, dessa forma, elas se acham muito importantes. E acham que está justificado ter toda essa opinião sobre si mesmas. Como elas se julgam? O que acreditam é: ‘Eu tenho força, calibre e inteligência, e estou disposto a buscar a verdade. E obtive uma conquista, também — eu fiz o meu nome; minha reputação e meu valor são mais altos do que os dos outros, por isso devo me destacar da multidão, devo ser alguém que todos admiram, e por isso é correto eu pensar muito bem de mim mesmo’. Isso é o que elas pensam em sua mente, e no final se torna algo natural — algo esperado — que elas pensem muito bem de si mesmas. Elas acreditam que isso é lógico. Se não pensam bem de si mesmas, sentem-se desequilibradas, como se não fossem dignas de sua identidade e da aprovação dos outros; e por isso é natural que pensem bem de si mesmas” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). As palavras de Deus nos mostram que no instante em que pessoas corruptas realizam algo, elas ficam extasiadas, pensando que são melhores do que todos, que elas têm status e são superiores. Elas se exibem e se gabam — é muito superficial. Vi que eu era desse jeito. Eu tinha realizado algumas coisas, tinha algum discernimento sobre anticristos, por isso achava que era maravilhosa, que tinha percepção e calibre, que era um talento indispensável. Quando vi que os candidatos não conseguiam resolver alguns problemas na eleição, eu os menosprezei. Eu não estava ouvindo o esclarecimento do Espírito Santo na comunhão deles. Não conseguia manter a boca fechada, exibindo minha capacidade de entender a verdade e resolver problemas, o que perturbou o processo eleitoral. Meu papel era liderar a eleição, portanto, eu deveria ter orientado os outros a expressar suas ideias, para que pudessem entender uns aos outros e então escolher um bom líder com base nos princípios. Esse era o meu dever. Mas eu me tornei tão arrogante que perdi toda razão, exibindo-me e apresentando meu próprio show. Como isso era cumprir o meu dever? Eu não estava simplesmente estragando a eleição? Eu me achava tanto, eu tinha alguns sucessos e já andava nas nuvens, achando que era melhor do que todos os outros.
Mais tarde, vi uma passagem das palavras de Deus que realmente abriu meus olhos. “Como alguém que é utilizado por Deus, todo homem é digno de trabalhar para Deus, isto é, todos têm a oportunidade de serem utilizados pelo Espírito Santo. No entanto, há uma coisa que vocês devem perceber: quando o homem faz o trabalho comissionado por Deus, ele recebeu a oportunidade de ser utilizado por Deus, mas o que é dito e conhecido pelo homem não é inteiramente a estatura do homem. Tudo o que vocês podem fazer é conhecer melhor as próprias deficiências durante o decurso de seu trabalho e vir a ter uma iluminação maior do Espírito Santo. Dessa maneira, vocês serão capacitados para obter uma entrada melhor no decurso do trabalho de vocês. Se o homem considera a orientação que vem de Deus como a própria entrada e como algo que é inerente dentro de si, então, não há potencial para o crescimento da estatura do homem. A iluminação que o Espírito Santo opera no homem acontece quando ele está em um estado normal; nesses momentos, as pessoas frequentemente confundem a iluminação que recebem como sua própria estatura real, porque a modo como o Espírito Santo ilumina é excepcionalmente normal e Ele faz uso do que é inerente dentro do homem. Quando as pessoas trabalham e falam, ou quando estão orando ou fazendo suas devoções espirituais, uma verdade de repente fica clara para elas. Na realidade, porém, o que o homem vê é apenas a iluminação pelo Espírito Santo (naturalmente, essa iluminação está conectada à cooperação do homem) e não representa a verdadeira estatura do homem. Depois de um período de experiência no qual o homem se depara com algumas dificuldades e provações, a verdadeira estatura do homem se torna aparente sob tais circunstâncias. Só então o homem descobrirá que sua estatura não é tão grande, e o egoísmo, as considerações pessoais e a ganância do homem emergem todos. Somente depois de vários ciclos de experiência como essa, muitos daqueles que estão despertos dentro de seu espírito perceberão que o que eles experimentaram no passado não era sua realidade individual, mas uma iluminação momentânea do Espírito Santo, e que o homem apenas recebeu essa luz” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (2)”). As palavras de Deus me mostraram que realizar algumas coisas num dever não significa que eu entendo a verdade nem que tenho uma estatura maravilhosa. Quaisquer realizações vêm do esclarecimento e da orientação do Espírito Santo, não porque eu entendo a verdade. Lembrando-me de Li, o anticristo, no início, eu também não via todo o Quadro nem sabia como lidar com ela. Foi o comentário de uma irmã que me pôs a pensar, depois o Espírito me esclareceu. Foi assim que eu tive discernimento e vi que ela era um anticristo. Não era minha estatura nem a percepção que eu tinha dela. E, no início, eu também não sabia o que estava acontecendo com a irmã Luo, foi só quando a comunhão de outra irmã me esclareceu que entendi o estado real dela e resolvi seus problemas. Isso também veio do Espírito Santo. Tudo era a orientação de Deus. Sem a observação daquela irmã, sem o esclarecimento do Espírito Santo, eu não teria visto nem entendido nada. Mas, descaradamente, eu reivindiquei todo o mérito pelo trabalho feito, achando que eu tinha discernimento e um ótimo entendimento da verdade. Eu era tão pomposa, sério. Eu não entendia a obra do Espírito Santo nem tinham uma visão clara da minha própria estatura. Eu estava equivocada, achando que, já que eu conseguia fazer algum trabalho, eu tinha a realidade da verdade. Eu era convencida e vivia num estado de autocongratulação. Eu estava reivindicando todo o mérito pela obra do Espírito Santo, pela comunhão e pelos comentários dos irmãos. Eu sempre achava que estava indo bem, tornando-me cada vez mais arrogante e descarada. Eu não conseguia parar de me gabar para que os irmãos me admirassem. Eu estava numa senda contrária a Deus, ofendendo o caráter Dele sem fazer ideia. Eu era tão patética e ignorante. Depois disso, baixei o tom. Nas reuniões, quando tinha alguma percepção e uma senda de prática para compartilhar, eu agradecia pela orientação de Deus. Parei de achar que era tudo coisa minha e deixei de me gabar.
Mas logo depois, já que eu não tinha um entendimento real da minha natureza corrupta, voltei a me gabar quando surgia a situação certa. Durante uma reunião dos obreiros, a irmã Zhang disse que, numa igreja, um líder chamado Chen não estava expulsando alguns incrédulos e malfeitores e que eram parentes de Chen. A irmã não tinha certeza sobre Chen e não sabia como lidar com isso. Isso me lembrou de que Deus disse que anticristos tendem a praticar o nepotismo e vi que era isso o que Chen estava fazendo. Então usei as palavras de Deus para comungar com os irmãos sobre a essência da conduta de Chen. Todos concordaram e, animados, disseram que essa havia sido uma reunião ótima que lhes ajudou a entender a verdade para resolver o problema. Na hora, isso me subiu à cabeça. Também pensei que, na última vez, eu tinha identificado corretamente que Li era um anticristo, que ela tinha essa essência. Dessa vez, eu tinha reconhecido os problemas de Chen, por isso achava que realmente entendia a verdade. Pensei que, se eu visitasse cada igreja e compartilhasse alguma comunhão, os irmãos poderiam ganhar algum discernimento. Depois dessa conclusão, voltei a andar nas nuvens. Numa reunião no dia seguinte, comecei a falar sobre o discernimento que eu tivera sobre as pessoas recentemente e sobre como é importante ter um bom líder na igreja, sobre como só se os líderes fizerem trabalho prático é possível se livrar daquelas pessoas que perturbam as coisas. Àquela altura, percebi que falar desse jeito poderia levar os outros a pensar que eu estava me gabando do meu discernimento, que eu conseguia fazer trabalho real. Então me apressei a dizer que o discernimento desse anticristo era a orientação de Deus. Então um irmão disse: “Isso realmente foi a orientação de Deus e não trabalho seu”. Não fiquei muito feliz ao ouvir isso e não concordei completamente com ele. Pensei: como isso não era trabalho meu? É claro que era a orientação de Deus, mas eu também contribuí. Se assim não fosse, por que eu era a única a ver os problemas de Chen? Eu era a única com um fardo, com calibre, por isso Deus me esclareceu. Depois daquela reunião, senti tanta dor no estômago que não consegui comer nada e tive febre alta naquela noite. Percebi que era a disciplina de Deus. Eu tinha começado a me gabar, apreciando a mim mesma de novo nesses últimos dias. Rapidamente vim para diante de Deus para refletir sobre mim mesma.
Então li isto em Suas palavras: “Durante o cumprimento do seu dever, vocês são capazes de sentir a orientação de Deus e o esclarecimento do Espírito Santo? (Sim.) Se vocês são capazes de perceber a obra do Espírito Santo e ainda se têm em alta estima e acreditam que possuem a realidade, o que está acontecendo aqui? (Quando o desempenho no nosso dever deu alguns frutos, aos poucos começamos a pensar que metade do mérito pertence a Deus e a outra metade pertence a nós. Exageramos nossa cooperação em medida ilimitada, acreditando que nada é mais importante do que a nossa cooperação e que o esclarecimento de Deus não teria sido possível sem ela.) Então, por que Deus esclareceu você? Deus pode esclarecer também outras pessoas? (Sim.) Quando Deus esclarece alguém, isso é a graça de Deus. E o que é esse pouquinho de cooperação da sua parte? É algo pelo que você merece mérito — ou é seu dever, sua responsabilidade? (É dever e responsabilidade.) Quando você reconhece que é dever e responsabilidade, esse é o estado de espírito correto, e você não pensará em ficar com o mérito. Se o que você acredita é sempre: ‘Esse é o meu capital. O esclarecimento de Deus teria sido possível sem a minha cooperação? Isso precisa da cooperação das pessoas; a cooperação das pessoas representa a maior parte disso’, isso está errado. Como você poderia ter cooperado se o Espírito Santo não o tivesse esclarecido, e se Deus não tivesse feito nada, e se ninguém lhe tivesse comunicado os princípios da verdade? Você não saberia o que Deus exige; você nem mesmo conheceria a senda de prática. Mesmo que quisesse obedecer a Deus e cooperar na obra de Deus, você não saberia como fazê-lo. Essa sua ‘cooperação’ não passa de palavras vazias? Sem cooperação verdadeira, você só está agindo de acordo com suas próprias ideias — nesse caso, o dever que você desempenha poderia estar à altura do padrão? (Não.) Não, o que indica um problema. Que problema isso indica? Não importa que dever uma pessoa desempenhe, alcançar resultados para satisfazer a Deus e ganhar Sua aprovação e desempenhar seu dever à altura dos padrões depende das ações de Deus. Se você executar suas responsabilidades, se fizer seu dever, mas Deus não agir e Deus não lhe disser o que fazer, então você não conhecerá sua senda, nem sua direção, nem seus objetivos. O que afinal resulta disso? Seria desperdício de esforço, você não ganharia nada. Assim, fazer seu dever à altura do padrão e ser capaz de permanecer firme dentro da casa de Deus, fornecendo edificação para os irmãos e irmãs e ganhando a aprovação de Deus depende totalmente de Deus! As pessoas só podem fazer aquelas coisas que são pessoalmente capazes de fazer, que devem fazer e que estão dentro de suas capacidades inerentes — nada mais. Portanto, os resultados obtidos em última análise de seu dever são determinados pela orientação das palavras de Deus e pelo esclarecimento do Espírito Santo, que lhe permitem entender a senda, os objetivos, a direção e os princípios providenciados por Deus” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). “Quando você é ganho por Deus, você não só possui a obra do Espírito Santo; principalmente, você é capaz de viver as exigências do Deus prático. Meramente ter a obra do Espírito Santo não significa que você tem vida. O ponto crucial é você ser capaz de agir conforme o que o Deus prático exige de você, o que está relacionado a você ser ou não capaz de ser ganho por Deus. Essas coisas são o significado maior da obra do Deus prático na carne” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Você deveria saber que o Deus prático é o Próprio Deus”). Depois de ler isso, fiquei com muita vergonha. Pude ver que tudo que alcançamos num dever se deve à orientação de Deus. Sem Seu esclarecimento, sem as verdades que Ele expressa, não importa o quanto trabalhemos, jamais conseguimos fazer nada. Além disso, resolver quaisquer problemas que surjam no trabalho é o dever de um líder, é sua responsabilidade. Não fazer isso é um fracasso, e fazê-lo nada mais é do que fazer o seu trabalho. Não é nada do que possamos nos gabar. Mas, equivocada, eu achava que tudo isso era realização minha, por isso eu me exibia e me gabava. Eu era tão insensata. Minha capacidade de discernir um anticristo não se devia inteiramente às palavras de Deus? Se Deus não expressasse palavras, revelando a essência e os comportamentos deles, por mais que eu trabalhasse ou quebrasse a cabeça, eu nunca conseguiria identificá-los. Percebi que eu não tinha nada do que me gabar. Foram a orientação e as palavras de Deus que me ensinaram uma senda de prática e os princípios, para que eu soubesse o que eu deveria fazer. Caso contrário, eu nunca teria entendido a verdade e nunca teria realizado nada. Mas eu era cega e tola e não seguia as palavras de Deus, em vez disso, tentava roubar a glória de Deus, gabando-me para obter a adoração dos irmãos. Pior ainda, quando um irmão disse que era a orientação de Deus e não trabalho meu, eu me aborreci, achando que meu trabalho era tão importante. Eu era tão arrogante e insensata! A senda que eu estava seguindo era a senda de uma anticristo contrária a Deus. Equivocadamente, acreditei também que eu ganhava a obra do Espírito Santo porque eu entendia a verdade, mas agora sei que ter a obra do Espírito não significa ter a verdade nem a vida, mas a chave é se uma pessoa consegue praticar as palavras de Deus. Só experimentar e viver segundo as palavras de Deus é realmente entender a verdade e ter sua realidade. Eu tinha parabenizado a mim mesma por tanto tempo, sempre achando que, se eu não cooperasse, o Espírito Santo não operaria em mim, que metade do mérito pertence a mim. Descaradamente, eu estava roubando a glória de Deus. Como uma pessoa tão arrogante e insensata como eu poderia possuir a realidade da verdade? Eu sempre pensei que eu conseguia discernir anticristos, mas eu não tinha nenhuma consciência da minha própria senda de me tornar um deles. Eu era tão arrogante e ignorante. Então vim para diante de Deus e orei: “Ó Deus, eu não conheço a mim mesma e tenho roubado a Tua glória. Estou numa senda contrária a Ti. Por favor, Deus, salva-me”.
Depois dessa oração, li esta passagem das palavras de Deus: “A palavra ‘glória’ não se aplica a pessoas, mas somente a Deus, ao Criador; ela não tem nenhuma relação com as pessoas. As pessoas podem fazer um esforço e ser cooperativas, mas isso ainda está sob a orientação da obra do Espírito Santo; o que poderiam fazer sem a obra do Espírito Santo? O mesmo vale para a palavra ‘testemunho’: seja o verbo ‘testemunhar’, seja o substantivo ‘testemunho’, nenhum dos dois tem qualquer conexão com os humanos criados. Somente o Criador é digno do testemunho das pessoas e de ser testemunhado; isso é determinado pelo status, pela identidade e essência de Deus, e é devido a Ele por causa de tudo que é feito por Deus e por causa de todos os sacrifícios que Ele fez. Aquilo de que as pessoas são capazes é limitado demais e não passa do produto de serem guiadas pelo esclarecimento do Espírito Santo. A natureza das pessoas é tal que, quando elas entendem um pouco da verdade e são capazes de fazer algum trabalho, elas ficam insolentes. Sem o julgamento e o castigo de Deus, ninguém é capaz de obedecer e testificar de Deus. Visto que foram predestinadas por Deus a ter alguns dons ou pontos fortes, ou a aprender alguma profissão ou habilidade, ou a ser um pouco espertas, as pessoas se tornam presunçosas e constantemente tentam receber uma parte da glória e do testemunho de Deus — o que é irracional, não é? É totalmente irracional; é o caso de ultrapassar os limites e ver-se como algo diferente do que realmente é. A humildade humana não se deve ao fato de os humanos terem humilhado a si mesmos. Os humanos sempre foram humildes e baixos. A humildade de Deus se deve ao fato de Ele humilhar a si mesmo. Dizer que uma pessoa é humilde é equivalente a elevar essa pessoa, quando, na verdade, o homem é baixo. As pessoas sempre querem competir com Deus. Isso as coloca no papel de Satanás; essa é a natureza de Satanás. Elas são verdadeiramente descendentes de Satanás” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 1)”). Essa leitura foi muito esclarecedora. Deus é o Criador que fez todos nós. Deus se tornou carne e deu tudo, só para nos salvar do poder de Satanás. Ele fez uma obra tão grande, mas Ele nunca se exibiu nem um pouco. E Ele não acha que fez algo tão incrível ou louvável assim, ao contrário, Ele tem sido humilde e oculto, fazendo Sua obra em silêncio. A essência de Deus é tão amável, tão benevolente. Só Deus merece gloria, merece nosso louvor e adoração eternos. Eu sou só um ser criado, um ser humano corrupto. Deus me concedeu alguns dons, alguma capacidade de entender Suas palavras para que eu possa entender a verdade para ter alguma percepção. Foi a graça de Deus. Eu ganhei tanto de Deus, mas nunca dei testemunho Dele nem Lhe dei a glória. Em vez disso, fui insuportavelmente arrogante, pensando que eu era o cara, e quis roubar a glória de Deus para trazer os irmãos para diante de mim. Eu era muito descarada. Mas então percebi que Satanás tinha infundido em mim um caráter satânico e que eu não possuía nenhuma verdade. Quaisquer realizações minhas se deviam à orientação de Deus, portanto, toda gloria devia ser dada a Ele, e eu devia cumprir meu dever a partir do lugar de um ser criado.
Depois disso, eu me perguntei: por que eu era tão insensata? Li algumas passagens das palavras de Deus que me ajudaram a entender isso. Deus Todo-Poderoso diz: “A arrogância é a raiz do caráter corrupto do homem. Quanto mais arrogantes, mais sujeitas as pessoas ficam a resistir a Deus. O quanto esse problema é sério? As pessoas com caráter arrogante não só consideram todas as outras inferiores a elas, como também, o pior de tudo, são até condescendentes para com Deus. Embora algumas pessoas, externamente, pareçam acreditar em Deus e segui-Lo, elas não O tratam como Deus de modo algum. Sempre sentem que possuem a verdade e pensam que elas são tudo no mundo. Essa é a essência e a raiz do caráter arrogante, e ele vem de Satanás. Portanto, o problema da arrogância precisa ser resolvido. Sentir que um é melhor que os outros — esse é um caso trivial. A questão crítica é que o caráter arrogante de uma pessoa a impede de se submeter a Deus, Seu governo e Seus arranjos; tal pessoa se sente sempre inclinada a competir com Deus pelo poder sobre os outros. Esse tipo de pessoa não reverencia a Deus nem um pouco, sem falar de amar a Deus ou submeter-se a Ele. Pessoas que são arrogantes e convencidas, sobretudo aquelas que são tão arrogantes que perderam o senso, não podem se submeter a Deus em sua crença Nele, nem exaltar e dar testemunho por si mesmas. Tais pessoas resistem o máximo a Deus. Se desejam chegar aonde reverenciam a Deus, então primeiro as pessoas precisam resolver seu caráter arrogante. Quanto mais completamente resolver seu caráter arrogante, mais reverência você terá por Deus, e só então poderá se submeter a Ele e ser capaz de obter a verdade e conhecê-Lo” (A comunhão de Deus). “Seria melhor que vocês dedicassem mais esforços à verdade do conhecimento próprio. Por que vocês não encontraram favor com Deus? Por que para Ele o caráter de vocês é abominável? Por que o discurso de vocês desperta Sua aversão? Assim que demonstram um pouco de lealdade, vocês cantam os próprios louvores e exigem uma recompensa por uma pequena contribuição; vocês menosprezam os outros enquanto mostram uma módica obediência, e se tornam desdenhosos de Deus ao realizarem alguma tarefa insignificante. Por terem recebido a Deus, vocês pedem dinheiro, dons e elogios. Seu coração dói quando você doa uma moeda ou duas; e quando doa dez, você almeja bênçãos e ser tratado com distinção. Uma humanidade como a de vocês é positivamente ofensiva de se falar ou ouvir falar. Existe alguma coisa louvável em suas palavras e ações? Aqueles que cumprem o seu dever e aqueles que não o cumprem; aqueles que lideram e aqueles que seguem; aqueles que recebem Deus e aqueles que não O recebem; aqueles que doam e aqueles que não doam; aqueles que pregam e aqueles que recebem a palavra, e assim por diante: todos esses homens louvam a si mesmos. Vocês não acham isso ridículo? Sabendo muito bem que acreditam em Deus, vocês, no entanto, não podem ser compatíveis com Deus. Sabendo muito bem que estão totalmente sem mérito, vocês insistem em se vangloriar mesmo assim. Vocês não percebem que sua sensatez se deteriorou a ponto de não terem mais autocontrole?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que são incompatíveis com Cristo certamente são oponentes de Deus”). As palavras de Deus expõem a raiz da vanglória das pessoas. Ela provém principalmente de uma natureza arrogante, da falta de autoconhecimento. Quando eu realizava um pouco no meu trabalho, eu sentia orgulho de mim mesma e me gabava sem qualquer autoconhecimento. Consegui fazer algumas coisas e me perdi totalmente, não pensei em Deus nem um pouco. Achei que todas as minhas realizações eram obra minha e descaradamente reivindiquei todo o mérito pela obra de Deus para que os outros me adulassem. Eu acreditava que possuía a realidade da verdade e tive a ideia extravagante de visitor cada igreja para que todos pudessem aprender algumas verdades de mim. Vi que eu tinha me tornado incrivelmente arrogante. Eu não conhecia a mim mesma nem a minha essência nem sabia quem eu sou, mas me via como uma fonte de verdade. Eu não estava tentando assumir o lugar de Deus em minhas ações e palavras, agindo como o Próprio Deus? Quanto mais refletia sobre mim mesma, mais fiquei com medo daquilo que revelava em mim mesma. Isso ofendia a Deus seriamente. Esse é um estado muito perigoso. Eu nunca considerei vanglória um problema sério no passado, mas agora vejo que é uma maneira de enganar e controlar as pessoas, que é a senda de um anticristo. Sem a disciplina imediata de Deus, não sei até onde minha arrogância teria ido. Então teria sido tarde demais para me arrepender do mal que cometi. Depois de perceber isso, senti algum medo e repulsa por minha natureza arrogante. Também implorei a Deus, pedindo que Ele me guiasse a me arrepender de verdade e me comportar com consciência.
Mais tarde, li isto nas palavras de Deus: “Aos olhos de Deus, você será sempre uma criatura pequena, e independentemente de quão boas sejam suas habilidades e competências, independentemente de quantos dons você tenha, você está, em sua totalidade, sob o domínio do Criador. […] Como uma das criaturas, o homem deve guardar sua própria posição, e se comportar conscienciosamente. Obedientemente protege aquilo que lhe é confiado pelo Criador. Não aja indevidamente, nem faça coisas além de sua capacidade ou que são abomináveis para Deus. Não tente ser grande nem se tornar um super-homem nem estar acima dos outros, nem busque tornar-se Deus. É isso que as pessoas não devem desejar ser. Querer se tornar grande ou um super-homem é absurdo. Querer se tornar Deus é ainda mais vergonhoso; é repugnante e desprezível. O que é louvável, e o que as criaturas devem valorizar acima de tudo, é se tornar uma criatura verdadeira; esse é o único objetivo que todas as pessoas devem perseguir” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único I”). As palavras de Deus me deram uma senda de prática. Sou apenas uma pessoa comum, e não importa quais dons Deus me conceda ou o que eu alcance em meu dever, sempre serei apenas um ser criado diante de Deus. Meu status e identidade jamais mudarão. Eu não devo ter nenhum desejo nem ambição, só devo conhecer meu lugar e cumprir o meu dever. Essa percepção me trouxe bastante alívio, e eu soube como proceder.
Nas nossas reuniões depois disso, quando eu resolvia os problemas das pessoas, quando eu alcançava algumas coisas, eu não atribuía isso à minha própria capacidade e dava toda a glória a Deus. Uma vez, enquanto discutia o trabalho com uma irmã, eu lhe fiz uma sugestão específica e vi que ela me ouvia atentamente. Eu me perguntei se ela me admirava, se pensava que eu entendia a verdade e conseguia resolver problemas. Mas então percebi que eu era capaz de compartilhar uma senda de prática graças ao esclarecimento de Deus. Era também o meu dever como líder e não era nada do qual pudesse me gabar. Toda a glória deve ser dada a Deus. Depois disso, ajustei minha mentalidade e me concentrei em comungar com ela para tratar do problema dela, tentando cumprir bem o meu dever. Ao fazer isso, eu me senti muito melhor. Ter esse entendimento e essa mudança se deve totalmente ao julgamento e castigo das palavras de Deus. Glória a Deus Todo-Poderoso!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.