O dano feito pela inveja
Eu fui eleita líder de igreja pouco tempo atrás e sou responsável pelo trabalho de algumas igrejas. Não demorou, e comecei a ver alguns resultados, e muitos membros da igreja expressaram seu apoio. Fiquei muito feliz e senti orgulho de mim mesma, como se conseguisse fazer trabalho real. Achava que, se a liderança superior visse o que eu tinha alcançado, ela pensaria que eu era uma boa líder, que tinha feito a escolha certa. Depois de uns meses, a igreja arranjou que a irmã Zhao trabalhasse comigo. Achei que ela precisaria da minha ajuda, mas fiquei surpresa quando ela pegou o jeito rapidamente. Ela fez algumas boas sugestões práticas nas nossas discussões, e eu a admirei e invejei ao mesmo tempo. Achei que ela tinha calibre ótimo e habilidades reais, que ela já era tão capaz na comunhão que conseguia resolver problemas. Os outros achariam que eu não estava à altura dela? Isso não me faria parecer inadequada? Como, então, eu poderia encarar nossos irmãos? No dia seguinte, levei a irmã Zhao para uma reunião de equipe, onde alguns levantaram perguntas relacionadas ao trabalho. Compartilhei minha opinião, mas a resposta dela foi mais completa e detalhada, e ela também encontrou princípios relevantes para comungar. Fiquei surpresa. Ela viu essas coisas na primeira vez em que se juntou a nós e teve uma resposta bastante abrangente. Eu tinha medo de como isso me faria parecer, se os outros pensariam que eu cumpria esse dever por mais tempo, mas não estava à altura da minha nova parceira, que eu não tinha feito progresso algum. Quanto mais eu refletia sobre isso, mais meu rosto ardia, e eu nem quis levantar a cabeça. Só queria encerrar a reunião.
Alguns dias depois, a irmã Zhao disse que a irmã Lin, uma líder de equipe, carecia de calibre e não conseguia fazer trabalho real, que ela devia ser demitida. Na verdade, eu já tinha visto esses problemas nela, mas achava que ela ainda era nova no dever, por isso eu quis esperar e observar. Pude ver que, já que a irmã Zhao sentia o mesmo, ela realmente devia ser demitida. Mas enquanto discutia isso com a irmã Zhao, lembrei-me de que, se eu demitisse a irmã Lin naquela hora e a líder descobrisse, ela pensaria que a irmã Zhao tivera essa percepção, que ela era rápida em fazer as mudanças necessárias. Então pareceria uma conquista dela. A líder poderia pensar que eu não sabia fazer trabalho real, que eu não mudava o dever das pessoas quando necessário. Pensando nisso, não tive pressa em demitir a irmã Lin e fiquei enrolando por uns dias. E uma vez a irmã Zhao sugeriu um plano para melhorar nossa eficiência, mas, depois de um teste, recebi o feedback dos irmãos, que os resultados não eram bons. Fiquei entusiasmada. Pensei que, já que estiveram testando o plano de trabalho dela, gastando tempo e não realizando nada, eles deixariam de admirá-la. Quando voltei a ver a irmã Zhao, eu fiz todo tipo de referência indireta ao seu plano fracassado, a quanto tempo tínhamos perdido sem qualquer resultado. Transtornada, ela só baixou a cabeça. Eu realmente gostei de vê-la assim e pensei que finalmente tinha recuperado a minha dignidade. Mas fiquei surpresa ao ver que aquilo não afetou muito a irmã Zhao. Ela viu suas falhas que haviam levado a esse fracasso e então melhorou sua eficiência e os resultados no trabalho. Não fiquei nada feliz ao vê-la progredir rapidamente. Pensei que ela só tinha começado e não estava familiarizada com parte do nosso trabalho, que ela precisaria da minha ajuda. Eu não me tornaria supérflua se ela aprendesse ainda mais? Até cheguei a suspeitar que a líder já tinha arranjado para ela me substituir. Fui ficando cada vez mais deprimida e comecei a pensar que eu carecia de calibre e habilidades, e até culpei Deus por não me conceder dons tão maravilhosos.
Durante um tempo, fui perdendo a motivação para o meu dever e me sentia sonolenta nas reuniões. Eu tinha desenvolvido um preconceito contra a irmã Zhao, acreditando que ela estava roubando o meu holofote. Antes de ela aparecer, os outros queriam ouvir minha comunhão, mas desde então, parecia que eu não conseguia acertar em nada. Se continuasse trabalhando com ela, eu nunca teria minha chance de brilhar. Eu tinha tanta inveja dela que não suportava nem vê-la, e quando descobria algum problema pessoal dela ou algo que ela não tinha feito muito bem, eu queria denegrir a imagem dela na frente das irmãs. Quando vi como a irmã Zhao baixou a cabeça e admitiu seus erros ao ser criticada, eu me senti um pouco culpada. Eu estava tentando explorar um ponto fraco. Mas também achei que estava dizendo a verdade. Depois que fiquei falando sobre os defeitos da irmã Zhao, as outras irmãs também desenvolveram preconceitos contra ela. Ela estava isolada, e o estado dela foi piorando cada vez mais. Ainda assim, não refleti sobre mim mesma. Em vez disso, tornei-me ainda pior e mais intensa.
Então, um mês depois, alguns irmãos foram presos pelo Partido Comunista. Havia questões de segurança quanto ao lugar em que os livros das palavras de Deus estavam guardados. A líder pediu que a irmã Zhao os transferisse. Eu pensei que eu estivera naquele dever por mais tempo, que eu estava mais familiarizada com tudo. Eu deveria cuidar disso. A líder achava que eu não estava à altura da irmã Zhao? Minha inveja e minha resistência foram crescendo, e eu até tive o pensamento tóxico de que não assumiria nenhuma responsabilidade nisso. A irmã Zhao não conhecia a situação, então eu veria como ela lidaria com isso sozinha. Parei de dar qualquer atenção ao trabalho da irmã Zhao, e quando ela pedia orientações para visitar outros membros da igreja, eu a ignorava ou respondia com poucas palavras. Ela viu que eu estava irritada e parou de fazer perguntas. Eu me senti culpada depois disso, como se não estivesse defendendo o trabalho da casa de Deus. Eu disse a mim mesma que não podia voltar a agir desse jeito, mas não consegui impedir quando o problema apareceu de novo. Eu ficava repetindo isso e nunca conseguia me controlar. Viver naquele estado era muito doloroso, mas eu não sabia como sair dele. Eu estava vivendo num estado de inveja. Eu sabia que a irmã Zhao não conhecia os membros da igreja nem a região, mas eu não tentava ajudá-la. Assim, o nosso trabalho de levar os livros para outro lugar atrasou, e isso também impactou o trabalho da igreja. Mas eu nunca refleti sobre mim mesma por causa disso.
Eu a invejava e queria competir com ela, e isso afetou o trabalho da casa de Deus. A ira de Deus tinha caído sobre mim. Certa noite, quando a irmã Zhao e eu participamos de uma reunião de equipe, percebi que a comunhão dela era muito detalhada e que ela tinha refletido muito sobre coisas em que eu nem tinha pensado – todos ficaram muito gratos. Fiquei com inveja e com raiva. Eu me perguntei por que ela tinha entrado em tantos detalhes, gerando a impressão de que ela tinha pensado em tudo e que eu era pior do que ela. Fui ficando cada vez mais irritada e não quis ouvir outra palavra dela. Eu a interrompi, dizendo: “Já terminou? Ainda preciso ir para outros lugares”. Relutante, ela concordou, mas eu fui embora, nem mesmo esperei por ela. Mas minha bicicleta elétrica parou de funcionar assim que alcancei a estrada e eu caí. Fiquei presa na bicicleta e não conseguia me levantar, mas, felizmente, um transeunte me ajudou a levantar. Mas quando cheguei em casa, percebi que não conseguia mexer minha mão direita. Eu sabia que era a disciplina de Deus, mas eu estava tão entorpecida que não refleti sobre mim mesma. Eu era tão rígida, tão rebelde. Algum tempo passou, e a minha mão não melhorou; além disso, a polícia estava me seguindo. Ela apareceu na minha porta para me prender, e eu consegui escapar, graças à proteção de Deus, mas tive que deixar de cumprir meu dever. Eu sabia que a vontade de Deus estava nesses acontecimentos. Eu não estava trabalhando em paz com a irmã Zhao e não tinha refletido sobre isso nem tinha mudado. Assim, a justiça de Deus caiu sobre mim. Mas eu estava tão negativa, era como se tivesse sido totalmente exposta, e eu não sabia como passar por isso. Em minha dor, fiz uma oração pedindo que Deus me iluminasse e orientasse para que eu pudesse refletir sobre mim mesma.
Um dia, li isto nas palavras de Deus: “Hoje, é porque são castigados, julgados e amaldiçoados que vocês recebem proteção. É porque sofreram muito que vocês são protegidos. Se não, há muito vocês teriam caído em depravação. Isso não é tornar as coisas difíceis para vocês intencionalmente — a natureza do homem é difícil de mudar, e deve ser dessa forma para que o caráter dele seja mudado. […] Sem o castigo e a maldição oportunos de hoje, seus últimos dias teriam chegado há muito tempo. Isso sem mencionar seu destino — ele não está ainda mais em risco? Sem esse castigo e julgamento oportunos, quem sabe quão arrogantes ficariam e quão depravados vocês se tornariam. Vocês não têm habilidade de controlar-se e refletir sobre si mesmos. Esse castigo e esse julgamento trouxeram vocês até o dia de hoje e preservaram sua existência. Não seria melhor para vocês se aceitassem o castigo e o julgamento de hoje? Que outras escolhas vocês têm?” (Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Vocês estão protegidos porque são castigados e julgados”). Li essa passagem várias vezes, e cada palavra entrou diretamente no meu coração. Eu estava lutando com a irmã Zhao por status, interrompendo o trabalho da casa de Deus. Se Deus não tivesse arranjado tantas situações para me punir, eu não teria parado, mas teria continuado lutando com ela. Isso só teria impactado ainda mais o trabalho da igreja. Deus estabeleceu aquelas situações para dar um basta nos meus malfeitos. Eram Seu cuidado e Sua salvação para mim. Era o amor de Deus. Não era Ele querendo me eliminar. Eu não deveria estar deprimida; devia refletir sobre mim mesma e me arrepender a Deus. Perceber isso foi esclarecedor, e parei de me sentir abatida. Vim para diante de Deus, orando: “Ó Deus, eu estava errada. Quero me arrepender de verdade. Por favor, guia-me para que eu entenda a mim mesma”.
Um dia, li algumas das palavras de Deus na passagem quatro de “Dê seu real coração a Deus e você poderá obter a verdade”. “As noções, imaginações, conhecimento e intenção e desejos pessoais que preenchem suas cabeças permanecem inalterados em sua forma original. Então, quando vocês ouvem que a casa de Deus cultivará uma variedade de talentos, assim que disser respeito a posição, honra ou reputação, o coração de todos salta em expectativa, e cada um de vocês sempre quer se destacar, ser famoso e reconhecido. Ninguém está disposto a ceder, em vez disso, todos desejam disputar — mesmo que disputar seja vergonhoso e proibido na casa de Deus. No entanto, sem disputa, vocês ainda não estão satisfeitos. Quando veem alguém se destacar, vocês sentem inveja, ódio, ficam ressentidos e acham que é injusto. ‘Por que eu não posso me destacar? Por que é sempre aquela pessoa que pode se destacar e nunca é a minha vez?’ Então, vocês sentem algum ressentimento. Vocês tentam reprimi-lo, mas não conseguem. Vocês oram a Deus e se sentem melhor por algum tempo, mas quando se deparam com esse tipo de situação novamente, vocês não conseguem vencê-la. Isso não demonstra uma estatura imatura? Quando uma pessoa cai em tais estados, isso não é uma armadilha? Esses são os grilhões da natureza corrupta de Satanás que amarram os humanos” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias). “Anticristos pensam no trabalho da casa de Deus, inclusive nos interesses da igreja, como inteiramente seus, como propriedade pessoal que deveria ser administrada completamente por eles, sem a interferência de nenhuma outra pessoa. E assim as únicas coisas em que pensam quando fazem a obra da casa de Deus são os próprios interesses, seu status e prestígio. Eles rejeitam qualquer pessoa que, aos seus olhos, seja uma ameaça ao seu status e reputação; eles os suprimem e põem no ostracismo. Até excluem e suprimem pessoas que são úteis e adequadas para o desempenho de certos deveres especiais. […] Os anticristos também inventam mentiras e exageram nos fatos entre os irmãos e irmãs, falando mal das pessoas para derrubá-las, encontrando desculpas para excluir e reprimi-las independentemente do trabalho que essas pessoas façam; assim, também as julgam, dizendo que são arrogantes e hipócritas, que gostam de se exibir, que cultivam ambições. Na verdade, todas essas pessoas têm pontos fortes, todas elas são pessoas que amam a verdade e merecem ser nutridas. Somente falhas menores são encontradas nelas, manifestações ocasionais de caráter corrupto; todas elas têm uma humanidade relativamente boa. Em geral, estão aptas a cumprir um dever, estão de acordo com os princípios daquelas que cumprem um dever. Aos olhos do anticristo, pensam: ‘De forma alguma aturarei isso. Você quer ter um papel dentro do meu domínio, quer competir comigo. Isso é impossível, nem pense nisso. Você é mais capaz do que eu, mais articulado do que eu, mais educado do que eu e mais popular do que eu. O que eu faria se você roubasse meu trovão? Você quer que eu trabalhe com você? Nem pense nisso!’. Eles estão considerando os interesses da casa de Deus? Não. Tudo em que estão pensando é em como preservar seu status; nesse caso, preferem prejudicar os interesses da casa de Deus a usar essas pessoas. Isso é exclusão” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles gostariam que os outros obedecessem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). As palavras de Deus me mostraram que os anticristos são incrivelmente malignos e cruéis por natureza. Eles prezam status e reputação e sempre querem estar no topo em qualquer grupo. Querem a admiração e adoração das pessoas onde quer que estejam, e se alguém os impede de se destacar ou ameaça seu status, eles atacam, rejeitam, julgam e degradam essa pessoa. Eles não se importam com o dano que podem causar ao trabalho da casa de Deus e não o defendem nem um pouco. Percebi que eu estava agindo igual a um anticristo. Quando fiz algum progresso nos primeiros dias como líder, eu achava que eu era um talento que merecia ser cultivado. Mas quando a irmã Zhao apareceu e eu vi que ela me ultrapassava em cada aspecto e que os outros gostavam muito dela, eu pensei que ela estava roubando a minha glória. Fiquei com inveja e comecei a competir com ela secretamente. Quando ela viu que uma líder de equipe não era apta, eu sabia que aquela líder devia ser substituída, mas eu quis proteger meu nome e status, então fiquei enrolando e adiando a demissão dela. Eu estava disposta a ver o trabalho da casa de Deus sofrer para não comprometer a minha reputação. Eu me deleitei no fracasso dela quando um de seus planos não deu certo e a culpei sutilmente e prejudiquei a imagem dela. Pior ainda, minha inveja aumentou quando uma líder lhe deu a responsabilidade de transportar os livros. Pensei que a líder a valorizava mais do que a mim, por isso fui petulante e ignorei essa parte do nosso trabalho. Quando ela se sentiu insegura e me consultou, eu a ignorei, colocando-a numa posição difícil, querendo que sua imagem sofresse. O resultado foi que alguns livros não foram transferidos a tempo. Refletindo sobre nossas interações, era como se eu estivesse embriagada com o meu desejo de nome e status, e eu tinha causado problemas entre nós a cada passo em prol da minha imagem. Eu não me importava com os danos que isso causava ao trabalho da casa de Deus. Eu até fazia drama sobre coisas irrelevantes, desrespeitando e rejeitando-a. Outras irmãs a excluíram por causa da minha influência. Eu recorri a táticas tão baixas só para proteger meu status, atacando e rejeitando-a secretamente. Fui insidiosa e maligna. Onde estava a minha humanidade? Eu era nada menos do que demoníaca. Eu estava numa luta constante com a irmã Zhao por nome e status; ignorava o trabalho da casa de Deus. Sem a justiça de Deus, sem o acidente da bicicleta e ter quase sido presa, o que resultou na suspensão do meu dever, eu não teria deixado de cometer o mal e não teria vindo para diante de Deus para refletir. Deus me elevou para que eu servisse como líder. Eu não só falhei em minhas responsabilidades, na execução da comissão de Deus, mas fiquei obcecada em conquistar admiração e ser valorizada pela líder, em me destacar. Coisas como “Pode existir apenas um macho alfa”, “Eu reino soberano em todo o universo”, eram venenos satânicos pelos quais eu vivia. Eu estava numa competição constante com a irmã Zhao, como se pudesse haver apenas um rei no pedaço. Eu até torcia para que ela se desse mal e fosse demitida. O que vi em mim mesma me assustou – que natureza cruel. Eu estava na senda de um anticristo. As toxinas de Satanás tinham me envenenado, me levando a desejar admiração, como se fosse o único jeito de viver com dignidade. Mas eu pude ver que, em nome de admiração, eu era capaz de ignorar os interesses da casa de Deus, de oprimir uma irmã. Viver desse jeito era repugnante para Deus e os outros. Eu não tinha um pingo de honra. Uma pessoa íntegra seria capaz de cooperar em harmonia, aceitar a verdade, defender os interesses da casa de Deus e cumprir o dever de um ser criado. Mas eu vivia segundo uma filosofia satânica e não conseguia nem distinguir entre o bem e o mal. Eu estava seguindo a todo vapor a senda errada, uma senda para a destruição! Eu me odiei muito quando percebi isso. Ao mesmo tempo, eu estava muito grata pela salvação de Deus e vi quanto eu tinha me rebelado contra Deus, mas Deus não me tratou com base na minha transgressão. Ele estabeleceu situações para despertar meu coração imbecil e entorpecido. Fui tomada de gratidão a Deus e quis usar essa chance para buscar a verdade e resolver minha corrupção.
Li esta passagem das palavras de Deus durante meus devocionais: “Seja qual for a direção que você busca ou o objetivo que busca, ou quão exigente você é consigo em relação a renunciar ao status, enquanto o status tiver lugar em seu coração e for capaz de controlar e influenciar sua vida e os objetivos que você busca, as mudanças em seu caráter serão altamente comprometidas e a definição última que Deus terá de você acabará sendo outra coisa. Além disso, essa busca de status afeta sua capacidade de ser uma criatura aceitável de Deus e, é claro, afeta sua capacidade de cumprir seu dever num padrão aceitável. Por que digo isso? Deus não odeia nada mais do que quando as pessoas buscam status, pois a busca de status é caráter corrupto; nasce da corrupção de Satanás e, aos olhos de Deus, não deveria existir. Deus não ordenou que ele fosse dado ao homem. Se você está sempre competindo e lutando por status, se você se deleita nele constantemente, se você sempre deseja conquistá-lo para si mesmo, isso não produzirá um pouco da natureza de se opor a Deus? Deus não ordenou status para as pessoas; Deus provê as pessoas com a verdade, o caminho e a vida e, no fim, faz com que elas se tornem uma criatura aceitável de Deus, uma criatura pequena e insignificante de Deus — não alguém que tem status e prestígio e é reverenciado por milhares de pessoas. E então, não importa sob qual perspectiva isso seja visto, a busca de status é um beco sem saída. Não importa quão sensata seja sua desculpa para buscar status, essa senda continua sendo errada e não é elogiada por Deus. Não importa quanto você tente ou quão grande seja o preço que você paga, se você desejar status, Deus não lhe dará; se não for dado por Deus, você falhará ao lutar para obtê-lo, e se você continuar lutando, haverá apenas um desfecho: a morte! Esse é o beco sem saída — você entende isso, não entende?” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 3)”). As palavras de Deus me ensinaram que buscar nome e status é o que Deus mais odeia e que é a senda totalmente errada. Qualquer um que esteja ciente de que está lutando por essas coisas e prejudicando o trabalho da igreja, mas se recusa a se arrepender, está fadado a ser condenado e punido por Deus. As palavras de Deus eram tão pungentes e me assustaram. Eu pude sentir o caráter irado e majestoso de Deus, que não tolera ofensa. Eu carecia de tanto em minhas habilidades e não sabia lidar com tantas coisas. Mas a irmã Zhao era melhor nesse aspecto e podia compensar aquilo que me faltava. Eu deveria ter aprendido com os pontos fortes dela para compensar minhas fraquezas, ter trabalhado ao lado dela para o bem do trabalho da igreja. Em vez disso, eu não entendi a vontade de Deus nem me concentrei em buscar a verdade para o meu dever. Eu só me comparava com ela, aproveitando os defeitos dela para oprimi-la. Isso foi nocivo para ela e criou obstáculos para o trabalho da casa de Deus. Deus me repreendeu e disciplinou vez por vez, mas eu continuei insistindo em lutar contra Ele, recusando-me a dar meia-volta. Eu só despertei quando Deus estabeleceu situações que suspenderam meu dever. Vi que eu era muito teimosa e não tinha um lugar para Deus em meu coração. Mas, ao mesmo tempo, pude sentir a misericórdia de Deus. Deus queria que eu fosse capaz de aceitar a verdade e me arrepender de verdade, ser alguém que teme a Deus e evita o mal. É isso que traz alegria para Deus. Percebi também que, mesmo que ganhasse a admiração de muitos, mas não tivesse a aprovação de Deus, Ele acabaria me expondo e me eliminando. Buscar nome e status, trabalhar por admiração, é a senda errada a seguir. Agora que sou crente, eu devo buscar a verdade, como Deus nos instrui. Percebendo isso, fiz uma oração, não queria mais ter inveja da irmã Zhao nem correr atrás de nome e status, queria me submeter aos arranjos de Deus, comer e beber as palavras de Deus e refletir sobre mim mesma em minha situação atual. Então, lentamente, comecei a entrar num estado melhor e minha mão curou aos poucos.
Fui eleita como líder novamente em janeiro de 2021, e não me vangloriei disso, como antes, pensando na admiração das pessoas por causa do meu status, mas senti que Deus estava me dando uma chance de me arrepender. Em silêncio, jurei que valorizaria esse dever, que nunca mais teria inveja e lutaria por status. Mas logo algo aconteceu que me expôs novamente. Um dia recebi uma carta de uma líder superior com a assinatura da irmã Zhao. Minha mente entrou em parafuso quando vi isso, e pensei que ela tinha sido promovida, enquanto eu continuava no mesmo lugar. Eu não estava à altura dela. Comecei a ficar bem chateada, mas, dessa vez, percebi que eu estava voltando a competir com ela, então vim para diante de Deus em oração, pedindo que Ele me afastasse do meu caráter corrupto de lutar por nome e ganho, para que eu fosse capaz de me submeter aos Seus arranjos e cumprir meu dever corretamente. Eu me acalmei depois de orar e me lembrei de como tinha trabalhado com ela antes, que, por ter tido inveja e competido com ela, eu a tinha machucado e que minha própria vida também tinha sofrido. Esse contato com a irmã Zhao era Deus me dando uma nova chance de me arrepender. Eu não podia continuar vivendo em minha corrupção, sendo manipulada por Satanás. Eu queria praticar a verdade, renunciar a mim mesma. Lembrei-me das palavras de Deus: “Quais são os seus princípios de conduta? Vocês deveriam se conduzir de acordo com suas estações, encontrar a estação certa para vocês e ficar firmes em suas estações. A título de exemplo, há pessoas que são boas em uma profissão e compreendem seus princípios, e deveriam fazer as verificações finais a esse respeito; há pessoas que podem fornecer ideias e percepções, permitindo que todos os outros desenvolvam suas ideias e desempenhem melhor esse dever — elas deveriam, então, fornecer ideias. Se puder encontrar a estação certa para você e trabalhar em harmonia com seus irmãos e irmãs, você estará cumprindo seu dever e se conduzindo de acordo com sua estação” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). Deus exige que permaneçamos no lugar de um ser criado, cumpramos nosso dever como pessoas honestas e contribuamos o que somos capazes de contribuir. É o único jeito de viver como uma pessoa real. Meu calibre havia sido determinado por Deus. Deus sabia o que eu podia fazer, portanto eu só devia dar o melhor de mim no meu dever, trabalhar bem com a minha irmã e defender com ela o trabalho da igreja. Isso basta para Deus. Quando ela era nova no trabalho da igreja, e havia muito que ela não sabia, eu devia tê-la ajudado, instruído no nosso trabalho, para que pudéssemos identificar e resolver os problemas rapidamente. Quando percebi isso, senti um grande alívio. Depois disso, quando ia discutir algum problema no trabalho com a irmã Zhao e ela fazia algumas sugestões boas, eu as aceitava com alegria e as implementava imediatamente. Quando parei de me comparar com ela e coloquei as palavras de Deus em prática, eu me senti muito mais à vontade no meu coração, e nosso relacionamento melhorou muito.
Essa experiência me mostrou como é doloroso ser governado por nome e status. Agora me sinto livre desses grilhões. Posso praticar a verdade e ter um pouco de semelhança humana. É tudo graças ao julgamento e castigo de Deus! Também experimentei como é libertador praticar a verdade. É um jeito maravilhoso de viver. Sou profundamente grata pela salvação de Deus.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.