Deveríamos viver pelas virtudes tradicionais?

16 de Dezembro de 2022

Por XiaoXiang, França

Quando eu estava no ensino fundamental, havia um texto que me marcou profundamente, a história de Kong Rong, que abre mão de suas peras. Kong Rong deu as maiores peras aos seus irmãos mais velhos e mais novos, enquanto ele ficou com a menor, e ele foi elogiado por seu pai. A história estava no Clássico dos Três Caracteres. Na época, eu achava que seu caráter era excelente, e disse a mim mesma que devia ser uma criança igual. Então, desde a infância, se havia algo especialmente delicioso ou divertido, embora eu o quisesse, eu imitava Kong Rong, dava essas coisas às minhas irmãs mais velhas e mais novas e nunca brigava por elas. Minhas irmãs me amavam por isso, enquanto meus pais me elogiavam ainda mais e mandavam as outras crianças aprenderem comigo. Isso me levou a achar ainda mais que esse é o tipo de humanidade que as pessoas deviam possuir. Quando comecei a crer em Deus, eu convivi também com meus irmãos dessa forma. Em meu dever e na vida, eu nunca brigava por coisas. Em tudo, eu sempre colocava os outros em primeiro lugar. Por isso, eu era aceita por meus irmãos, e todos diziam que era fácil conviver comigo, que eu não era egoísta e considerava os outros. Eu tinha muito orgulho de mim mesma por me comportar assim e sempre achava que minha humanidade era boa. Mais tarde, após ser revelada por certos ambientes, finalmente ganhei algum entendimento das minhas opiniões falaciosas.

Em janeiro deste ano, devido a necessidades do trabalho evangelístico, precisávamos de muitos novos obreiros de rega e evangelismo, por isso tive que estar sempre procurando e treinando obreiros de rega. Às vezes, quando eu encontrava irmãos aptos para a rega, o pessoal evangelístico chegava a eles antes de mim. Isso me deixava muito infeliz, mas eu tinha vergonha demais para admitir isso, pois acreditava que todos pensariam que eu era egoísta. Assim, inventei um método. Enviei uma mensagem ao diácono de rega, dizendo-lhe que as pessoas aptas para o trabalho de rega estavam sendo levadas pelos obreiros evangelísticos. Isso fez com que o diácono de rega desenvolvesse preconceitos contra os obreiros evangelísticos e tornou impossível uma cooperação harmoniosa entre eles. Quando uma líder superior soube disso, ela lidou comigo severamente e me expôs por dizer coisas para semear discórdia e interromper o trabalho da igreja. Fiquei triste por ter sido podada e tratada, mas não refleti nem conheci a mim mesma.

Então, um dia, ouvi que uma irmã chamada Lyse tinha bom calibre e entendimento e, por isso, era muito apta para o trabalho de rega. Procurei a líder de igreja para pedir a transferência dessa irmã para regar recém-convertidos. Mas, mais tarde, houve uma necessidade urgente de pessoas para pregar o evangelho, e a líder de igreja enviou Lyse para espalhar o evangelho. Quando soube disso, fiquei muito magoada e quis falar com a líder de igreja sobre isso, mas pensei que, se fizesse isso, meus irmãos pensariam que eu era egoísta e que gostava de lutar por coisas. Eu disse a mim mesma: “Não, não posso fazer isso. Assim parecerei generosa e amável”. Então reprimi meu ressentimento, disse hipocritamente que estava feliz pela Lyse e que tanto o trabalho de rega como o trabalho evangelístico eram o trabalho da casa de Deus. Mais tarde, ouvi a líder de igreja dizer: “O irmão Jerome tem calibre bom e comunga bem a verdade para resolver problemas”. Quis pedir a esse irmão que regasse os recém-convertidos, mas a líder de igreja disse que ela já o tinha enviado para ser um obreiro evangelístico. Eu não aguentei mais. Na última vez, ela pediu que a irmã Lyse pregasse o evangelho. Por que ela designou a próxima pessoa também para o trabalho evangelístico? Precisávamos desesperadamente de pessoas no trabalho de rega. Então falei com a líder de igreja sobre a situação. Depois de me ouvir, ela disse: “Já que o trabalho de rega precisa mais dele, deixarei o irmão Jerome com você”. Mas eu percebi que, já que a líder de igreja já o tinha enviado para o trabalho evangelístico, se eu insistisse em ficar com ele, eu temia que eles dissessem que eu era egoísta e que insistia em ficar com as pessoas boas. Então, decidi deixá-lo pregando o evangelho. Isso mostraria que eu tinha humanidade boa, que não era egoísta e que considerava os outros. Enviei uma mensagem ao grupo dizendo que Jerome seria um bom obreiro evangelístico e enviei uma série de emojis celebratórios. Na verdade, era tudo fingimento. Eu estava de humor terrível e cheia de queixas. Como a líder podia pensar que só o trabalho evangelístico precisava de pessoal bom? Ela não via nossas dificuldades. Quanto mais pensava, mais prejudicada me sentia.

Alguns dias depois, enfrentei outro ambiente. A líder pediu um relatório sobre o pessoal recentemente cultivado. Vi que os obreiros evangelísticos estavam cultivando mais pessoas do que nós, os obreiros de rega, e não aguentei de novo. Insatisfação e queixas encheram a minha mente. Eu não esperava que eles estivessem cultivando tantas pessoas. Eu até deixei Lyse e Jerome para eles. Era injusto demais. Agora, havia mais obreiros evangelísticos do que regadores. Pensando no número enorme de recém-convertidos no futuro e nos poucos regadores que tínhamos, eu senti muita pressão e preconceito contra a minha líder. Achei que ela só pensava no trabalho evangelístico e que ninguém pensava na rega. Quanto mais pensava nisso, mais triste ficava, e tive que chorar sentada ali. Quando vi o diácono evangelístico e a líder de igreja falarem com entusiasmo sobre os nossos recém-convertidos no grupo, eu me senti excluída e fiquei tão frustrada que até quis sair do grupo. Ao meio-dia, naquele dia, eu estava tão péssima que não consegui comer. Deitei-me na cama, soluçando, e pensei que, se continuasse assim, eu estava fadada a ficar doente. Quando uma irmã que eu conhecia viu meu estado, ela disse que eu não falava abertamente e me disfarçava, para que os outros pensassem que eu era humilde e me admirassem. Depois do lembrete da minha irmã, finalmente comecei a refletir sobre mim mesma.

Na palavra de Deus, eu li: “Vocês sabem quem é realmente um fariseu? Existem fariseus ao seu redor? Por que essas pessoas são chamadas de ‘fariseus’? Como um fariseu é descrito? São pessoas que são hipócritas, completamente falsas e encenam tudo que fazem. Que tipo de encenação elas fazem? Elas fingem ser boas, gentis e positivas. É isso que essas pessoas são de fato? De forma alguma. Dado que são hipócritas, tudo que é manifestado e revelado nelas é falso; é tudo fingimentonão é a sua face verdadeira. Onde se esconde seu rosto verdadeiro? Ele se esconde no fundo do seu coração para jamais ser visto por outros. Tudo o que está do lado de fora é uma encenação, é tudo falso, mas só podem enganar pessoas; não podem enganar a Deus. […] Para os outros, essas pessoas parecem muito devotas e humildes, mas, na verdade, isso é falso; elas parecem tolerantes, pacientes e amorosas, mas, na verdade, é fingimento; elas dizem que amam a Deus, mas, na verdade, é uma encenação. Outros acham que essas pessoas são santas, mas, na verdade, são falsas. Onde pode ser encontrada uma pessoa verdadeiramente santa? A santidade humana é toda falsa. Tudo é fingimento, falsa aparência. Por fora, elas parecem leais a Deus, mas na verdade estão só representando para os outros verem. Quando ninguém está olhando, elas não são nem um pouco leais e tudo o que fazem é superficial. Aparentemente, elas se despendem por Deus e abriram mão da família e da carreira. Mas o que estão fazendo em segredo? Estão desenvolvendo sua própria empresa e administrando sua própria operação na igreja, lucrando da igreja e roubando ofertas secretamente sob o disfarce de trabalhar para Deus… Essas pessoas são os fariseus hipócritas modernos(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Seis indicadores de crescimento da vida”). “Se o que você busca é a verdade e o que você pratica é a verdade, e se a base de sua fala e de suas ações são as palavras de Deus, então os outros lucrarão e ganharão com sua fala e ações baseadas em princípios. Isso não beneficiaria a ambos? Se, ao viver constrangido pelo pensamento da cultura tradicional, você finge enquanto os outros fazem o mesmo e você oferece cortesias afetadas enquanto eles bajulam e adulam, cada um fingindo algo para o outro, então nenhum de vocês presta. Você e eles bajulam e adulam e se desdobram em cortesias o dia todo sem uma palavra de verdade, representando na vida só o bom comportamento promovido pela cultura tradicional. Embora tal comportamento seja convencional visto de fora, todo ele é hipocrisia, um comportamento que tapeia e engana os outros, um comportamento que engana as pessoas e as ilude, sem que uma palavra sincera seja ouvida. Se você fizer amizade com tal pessoa, você estará fadado a ser enganado e iludido no fim. Não há nada a ser ganho de seu bom comportamento que edificaria você. Tudo que ela pode lhe ensinar é falsidade e enganação: você a ilude, ela ilude você. No fim, o que você sentirá é uma degradação extrema de sua integridade e dignidade, que você simplesmente terá que suportar. Ainda terá que se apresentar com cortesia afetada, com civilidade culta, sem brigar com os outros nem exigir demais deles. Você ainda terá que ser paciente e tolerante, fingindo despreocupação e magnanimidade liberal com um sorriso radiante. Quantos anos de treinamento esforçado devem ser necessários para se alcançar tal condição? Se você exigisse de si mesmo viver assim diante dos outros, sua vida não o deixaria exausto? Fingir ter tanto amor, sabendo muito bem que não temtal hipocrisia não é coisa fácil! Você sentiria cada vez mais a exaustão de se comportar dessa forma como pessoa; você preferiria nascer como uma vaca ou um cavalo, como um porco ou um cachorro na sua próxima vida do que como um ser humano. Os humanos são falsos e malignos demais para você(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (3)”). Deus revelou que as pessoas vivem na hipocrisia com base em ideias culturais tradicionais, o que só traz dor, depressão e isolamento. Isso mexeu comigo, pois essas ideias tinham me prejudicado profundamente. Especialmente, quando li: “Fingir ter tanto amor, sabendo muito bem que não temtal hipocrisia não é coisa fácil!” eu senti muita vergonha. Essas palavras me descreviam. Obviamente, eu não era muito generosa, mas fingia ser generosa, e quando eu não considerava o trabalho da igreja, ainda assim fingia considerá-lo. Quando Lyse e Jerome foram convidados a pregar o evangelho, eu fiquei infeliz, mas me forcei a sorrir e até enviei uma mensagem dizendo que eu estava feliz por eles pregarem o evangelho. Eu era tão falsa e disfarçada. A palavra de Deus revela que os fariseus eram hipócritas que sempre se disfarçavam. Por fora, eles tinham boa humanidade e eram tolerantes, humildes e piedosos, mas, na verdade, eles usavam esse método para enganar e seduzir as pessoas, para proteger seu status e posição. Sua essência era odiar a verdade e a Deus, razão pela qual o Senhor Jesus os condenou como serpentes e os amaldiçoou. Quando contemplei essas coisas, eu fiquei com medo. Minha hipocrisia era igual à dos fariseus. Na questão das nomeações de pessoal, eu tinha mostrado que não lutaria com os outros e quis trocar isso por uma avaliação boa dos outros. Eu dizia que tudo que eu fazia era pelos interesses da igreja, mas, na verdade, o que eu considerava era a minha imagem. Eu temia que os obreiros evangelísticos dissessem que eu era egoísta, que tinha humanidade ruim e não considerava o trabalho da igreja, por isso eu tinha que me restringir. Embora, por fora, eu parecesse ser generosa e magnânima, eu estava sofrendo muito e guardava muito ressentimento e até nutria um preconceito contra a líder de igreja e o diácono evangelístico. Mas eu escondia esses pensamentos onde ninguém podia vê-los, para que meus irmãos pensassem que eu tinha humanidade boa e defendia o trabalho da igreja. Eu refleti sobre minhas intenções e o que eu tinha revelado e fiquei enojada com meu comportamento. Eu enganava e seduzia as pessoas com minhas boas obras externas, estabelecia minha imagem e tudo que eu dizia e fazia era repugnante e odioso para Deus.

Mais tarde, ouvi várias vezes a comunhão de Deus que analisa a cultura e as virtudes, e comecei a refletir. Que tipo de ideias culturais tradicionais me controlavam para que eu vivesse de modo tão hipócrita e doloroso? Li algumas das palavras de Deus. “Na cultura tradicional, existe a história de Kong Rong, que abre mão das peras maiores. O que vocês acham: alguém que não pode ser igual a Kong Rong não é uma pessoa boa? As pessoas costumavam pensar que qualquer um que conseguisse ser igual a Kong Rong era de caráter nobre e de integridade firme e abnegadamente altruístauma pessoa boa. O Kong Rong desse conto histórico é um modelo que todos têm seguido? O personagem tem certo lugar no coração das pessoas? (Sim.) Não é seu nome, são seus pensamentos e suas práticas, sua moralidade e seu comportamento que ocupam um lugar no coração das pessoas. As pessoas estimam tais práticas e as aprovam e, internamente, admiram a virtude de Kong Rong(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (10)”). “Os intelectuais são profundamente influenciados pela cultura tradicional. Eles não só a aceitameles aceitam muitos pensamentos e opiniões da cultura tradicional no fundo do seu coração, onde os tratam como coisas positivas. Eles até tratam alguns provérbios famosos como máximas. Ao fazerem essas coisas, eles se desviaram na vida. A cultura tradicional é representada nos ensinamentos do confucionismo, que contêm um corpo de ideologia e teorias que promovem principalmente moral e cultura tradicionais. Ao longo das dinastias, esses ensinamentos têm sido estimados pelas classes dominantes, que reverenciavam Confúcio e Mêncio como sábios. Os ensinamentos do confucionismo afirmam que, como pessoa, é preciso garantir que se defenda benevolência, justiça, cortesia, sabedoria e sinceridade, ou seja, que é preciso aprender a ser calmo e sereno primeiro quando as coisas acontecem, ser indulgente, dizer bem o que se tem a dizer, não competir nem lutar, e deve-se aprender a ser educado a fim de ganhar o respeito dos outrossó tal pessoa é exemplar em seu comportamento. Tal pessoa se posiciona acima do povo comum; para ela, todos os outros devem ser indultados e tolerados. O ‘efeito’ do conhecimento é enorme! Tais pessoas não parecem ser hipócritas? Com conhecimento suficiente, as pessoas se tornam hipócritas. A frase que descreve esse bando de acadêmicos cultos e refinados é ‘elegância erudita’. […] Eles pretendem sobretudo estudar e imitar o comportamento refinado que essas pessoas de boa família adotaram. Qual é o seu tom quando falam uns com os outros, quando discutem coisas? Eles usam expressões muito delicadas, e suas palavras são polidas e sutis e só expressam sua opinião pessoal. Eles não dirão que a opinião do outro é errada, mesmo quando sabem que éninguém machucaria outra pessoa desse jeito. E sua fala é toda meiga, é como algodão se esfregando em algodão: cordialidades indolores que enjoam aqueles que as ouvem e os deixam angustiados e irritados. Tais pessoas são muito pretensiosas. Elas aplicam sua pretensão até à menor das coisas, a embrulham lindamente, sem que ninguém diga o que é. Quando elas estão na frente de povo comum, que tipo de postura querem exibir? Que tipo de imagem querem projetar? Elas tentam fazer com que o povo comum as veja como cavalheiros humildes. Cavalheiros estão um nível acima de todos os outros; são pessoas que devem ser admiradas. As pessoas acham que as opiniões deles contam mais do que as de uma pessoa mediana, e que eles entendem melhor as coisas, por isso elas consultam tais intelectuais em todos os assuntos. Esse é o tipo de resultado que esses intelectuais desejam alcançar. Todos eles desejam ser reverenciados como sábios(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 1)”). A palavra de Deus descrevia com precisão meu problema. Por que eu via essas boas obras hipócritas como coisas positivas a serem imitadas? Era porque eu era influenciada pela ideia cultural tradicional de Kong Rong que dava suas peras. Eu tinha vivido segundo essa ideia desde a infância. A fim de levar as pessoas a pensarem que eu era uma criança boa, eu dava muitos dos meus brinquedos e lanches favoritos às minhas irmãs. Quando cresci, eu também era humilde e mostrava generosidade em todas as coisas. Embora o fizesse com relutância, eu achava que só agindo assim eu poderia mostrar que eu tinha humanidade boa e bons modos, e que esse era o único jeito de ganhar o respeito dos outros, por isso eu o suportava com relutância. Quando comecei a crer em Deus, eu ainda praticava essa noção tradicional como a verdade. Na questão dessas duas nomeações, eu tinha sido tolerante. Havia uma falta óbvia de regadores, mas eu vesti uma máscara de devoção altruísta e permiti que duas pessoas aptas para a rega pregassem o evangelho. Isso me fazia parecer muito nobre e generosa, mas, na verdade, eu estava tão negativa que chorei várias vezes em segredo por causa da falta de pessoal. Eu cultivei um preconceito contra a líder de igreja, e, no fim, o trabalho de rega foi afetado. Qual era o sentido de “dar” dessa forma? Em nome da minha boa imagem, eu adotei a postura nobre de Kong Rong e não me importei se isso afetaria o trabalho da igreja. Eu era uma hipócrita autêntica. Se eu realmente me importasse com o trabalho da igreja, eu teria avaliado nossa necessidade de pessoal segundo as exigências reais do trabalho de rega, mas, a fim de proteger minha imagem, eu não segui os princípios. Mesmo quando o trabalho de rega foi afetado pela falta de pessoal, eu ainda insisti em permitir que as pessoas fossem embora. Eu ganhei os elogios dos outros e atrasei o trabalho de rega. Não é surpresa que Deus diz que tais pessoas são hipócritas. Eu percebi que meu comportamento era muito falso.

Mais tarde, li algumas das palavras de Deus que mexeram comigo. Deus Todo-Poderoso diz: “Vocês devem saber claramente que qualquer tipo de afirmação sobre virtude não é a verdade, muito menos pode substituir a verdade. Não é nem mesmo uma coisa positiva. Pode-se dizer com certeza que essas afirmações sobre virtude são falácias heréticas com as quais Satanás ilude as pessoas. Elas não são, em si, a realidade da verdade que as pessoas devem possuir, não são as coisas positivas que a humanidade normal deve viver. Essas afirmações sobre virtude constituem falsificações, pretextos e truquessão comportamentos fabricados e de forma alguma têm sua origem na consciência e razão do homem nem em seu raciocínio normal. Portanto, todas as afirmações da cultura tradicional referentes à virtude são heresias e falácias ilógicas e absurdas. Com essas poucas comunhões, as afirmações que Satanás apresenta sobre a virtude foram, neste dia e em sua totalidade, condenadas à morte. Se não são nem mesmo coisas positivas, como é que as pessoas podem aceitá-las? Como as pessoas podem viver segundo essas ideias e opiniões? A razão é que essas afirmações sobre a virtude estão muito alinhadas com as noções e imaginações das pessoas. Elas evocam admiração e aprovação, de modo que as pessoas aceitam essas afirmações sobre a virtude em seu coração, e embora não consigam colocá-las em prática, internamente, elas as abraçam e adoram com gosto. E assim Satanás usa várias afirmações sobre a virtude para iludir as pessoas, para controlar seu coração e seu comportamento, pois, em seu coração, as pessoas adoram e têm uma crença cega em todos os tipos de afirmações sobre a virtude, e todas elas gostariam de usar essas afirmações para fingirem sentir maior dignidade, nobreza e bondade, alcançando assim seu objetivo de serem altamente respeitadas e elogiadas. Todas as várias afirmações sobre a virtude exigem, em suma, que as pessoas demonstrem algum tipo de comportamento ou qualidade humana na esfera da virtude. Esses comportamentos e qualidades humanas parecem bastante nobres e são venerados, de modo que todas as pessoas aspiram a eles em seu coração. Mas o que elas não consideraram é que essas afirmações sobre a virtude não são, de forma alguma, os princípios de comportamento que uma pessoa normal deve seguir; em vez disso, são uma variedade de comportamentos hipócritas que alguém pode fingir sentir. São desvios dos padrões da consciência e razão, abandonos da vontade da humanidade normal. Satanás usa afirmações falsas e fingidas sobre a virtude para iludir as pessoas, para levá-las a adorá-lo e os assim chamados sábios hipócritas, assim levando as pessoas a verem a humanidade normal e os critérios para o comportamento humano como coisas comuns, simples e até baixas. As pessoas desdenham essas coisas e acreditam que são totalmente desprezíveis. Isso é porque as afirmações sobre a virtude adotadas por Satanás são tão agradáveis ao olho e estão tão alinhadas com as noções e imaginações do homem. Fato, porém, é que nenhuma afirmação sobre a virtude, qualquer que seja, é um princípio que as pessoas deveriam seguir em seu comportamento ou em suas interações com o mundo. Pondere isso — não é assim? Em essência, afirmações sobre a virtude só são exigências de que as pessoas vivam superficialmente uma vida mais digna, mais nobre, capacitando-as a fazer com que outros as adorem ou elogiem e não as menosprezem. A essência dessas afirmações mostra que elas só são exigências de que as pessoas demonstrem virtude por meio de bom comportamento, encobrindo e restringindo assim as ambições e os desejos extravagantes da humanidade corrupta, encobrindo a natureza e essência maligna e hedionda do homem. Elas servem para aumentar a personalidade de uma pessoa por meio de um comportamento e práticas superficialmente bons, para melhorar a imagem que os outros têm dela e a estima do mundo mais amplo. Esses pontos mostram que afirmações sobre a virtude servem para encobrir os pensamentos e as opiniões internas do homem, seu semblante horrível e sua natureza e essência com comportamento e práticas superficiais. Essas coisas podem ser encobertas com sucesso? Tentar encobri-las não as deixa ainda mais aparentes? Mas Satanás não se importa com isso. Seu propósito é encobrir o semblante horrível da humanidade corrupta, é encobrir a verdade da corrupção do homem. Assim, Satanás faz com que as pessoas adotem as manifestações comportamentais de virtude para se disfarçarem, o que significa que ele usa as regras e os comportamentos da virtuosidade para maquilar lindamente a aparência do homem, melhorando as qualidades e a personalidade de uma pessoa para que os outros a estimem e elogiem. Basicamente, essas afirmações sobre a virtude determinam se uma pessoa é nobre ou baixa com base em seu comportamento(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (10)”). Foi só após entender as palavras de Deus que entendi que eu sempre tivera uma opinião falaciosa, que era que eu tratava as virtudes da cultura tradicional como padrão para medir se a humanidade de uma pessoa era boa ou ruim. Equivocadamente, via virtude como a verdade, achando que pessoas com virtude tinham humanidade boa. Na verdade, a virtude não é o princípio de vida que as pessoas devem seguir. É um ato de hipocrisia e, em essência, é um método que Satanás usa para enganar e corromper as pessoas. Satanás usa a cultura tradicional para instilar padrões morais nas pessoas, para que elas usem boas ações externas para se disfarçar e esconder sua corrupção interna como meio para ganhar a alta estima dos outros e, como resultado, as pessoas se tornam cada vez mais hipócritas e enganosas. Vi que eu era igual. Eu usava as virtudes da cultura tradicional como critério para minhas ações. Embora parecesse que eu não lutava por coisas e conseguia conviver com os outros, na verdade, eu estava me obrigando a fazer boas obras para levar as pessoas a dizerem que eu era boa e para manter minha imagem em seu coração. Mas eu dizia que considerava o trabalho da igreja. Eu era tão enganosa!

Mais tarde, li na palavra de Deus: “Uma pessoa que é inteligente e sábia devia analisar prontamente os vários comportamentos e exigências que surgem dos princípios da benevolência, justiça, cortesia, sabedoria e sinceridade da cultura tradicional. Veja qual deles você mais preza, aquele que você observa constantemente, aquele que é a base e a diretriz constantes para como você vê as pessoas e os eventos, para como você se comporta e age. Então, você deve comparar essas coisas que você observa com as palavras e as exigências de Deus e ver se essas coisas da cultura tradicional são contraditórias e se opõem às verdades que Deus expressa. Se você realmente encontrar um problema, você deverá analisar imediatamente onde foi, exatamente, que a cultura tradicional errou e é absurda. Quando você tiver esclarecido esses problemas, você saberá o que é verdade e o que é falácia. Você terá uma senda para a prática e você escolherá a senda que deve trilhar. Busque a verdade dessa forma, e você será capaz de corrigir seus caminhos(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade, “O que significa buscar a verdade (5)”). A palavra de Deus me mostrou que, se você não quiser viver segundo essas ideias tradicionais, você deve primeiro discernir e analisar essas coisas e descobrir se elas são erradas, por que são absurdas, como elas violam a verdade, e quais são as consequências de viver segundo elas. Só quando você vê essas coisas com clareza, você pode desistir delas e aceitar a verdade. Eu me perguntei: a “generosidade” de Kong Rong, que abre mão das peras, se conforma aos princípios da verdade? Esse “dar” é uma das exigências de Deus à humanidade normal? Aqueles que toleram tudo são realmente pessoas boas? Minha tolerância cega tinha causado uma séria falta de pessoal no trabalho de rega. Para mostrar generosidade e tolerância em todas as coisas, eu contei muitas mentiras hipócritas. Ter sido educada com essas ideias tradicionais, em vez de me transformar numa pessoa boa, tinha me tornado hipócrita e enganosa. Quando ganhei a alta estima dos outros, eu não fiquei feliz, em vez disso, me tornei cada vez mais deprimida e miserável. Esses eram os frutos amargos de adorar a cultura tradicional. Se Deus não tivesse revelado a essência da cultura tradicional, eu teria continuado cega pela vida inteira. Não pude parar de agradecer a Deus por expressar a verdade e analisar as ideias tradicionais, capacitando-me a despertar.

Depois disso, eu pensei: “Já que a virtude de Kong Rong de abrir mão das peras só era um bom comportamento externo e não significava que ele tinha boa humanidade, o que é humanidade verdadeiramente boa?”. Na palavra de Deus, eu li: “Tem que haver um padrão para se ter boa humanidade. Isso não envolve tomar a senda da moderação, não aderir a princípios, esforçar-se para não ofender ninguém, bajular em todo lugar para onde for, ser tranquilo e astuto com todos a quem encontrar e fazer com que todos falem bem de você. Esse não é o padrão. Então, qual é o padrão? É ter princípios e assumir responsabilidade no seu tratamento de Deus, da verdade, do cumprimento do seu dever, e de todos os tipos de pessoas, eventos e coisas. Isso é óbvio para todos; cada um tem clareza sobre isso em seu coração. Além disso, Deus sonda o coração das pessoas e conhece sua situação, cada uma delas; não importa quem seja, ninguém pode enganar a Deus. Algumas pessoas sempre se gabam de possuir boa humanidade, que nunca falam mal dos outros, nunca prejudicam os interesses de ninguém e alegam nunca terem cobiçado os bens de outras pessoas. Quando há conflito de interesses, elas preferem sofrer perda a se aproveitar dos outros, e todos os demais pensam que elas são boas pessoas. Contudo, ao cumprirem seus deveres na casa de Deus, elas são astutas e evasivas, sempre tramando para si mesmas. Elas nunca pensam nos interesses da casa de Deus, nunca tratam como urgentes as coisas que Deus trata como urgentes, nem pensam como Deus pensa e nunca conseguem colocar de lado seus próprios interesses com o intuito de cumprir seus deveres. Elas nunca renunciam aos seus próprios interesses. Até quando veem malfeitores cometendo o mal, elas não os expõem; elas não têm quaisquer princípios. Que tipo de humanidade é essa? Não é uma humanidade boa. Não dê atenção ao que tal pessoa diz; você deve ver o que ela vive, o que revela, e qual é a atitude dela quando cumpre os deveres, bem como qual é o estado interno dela e o que ela ama. Se seu amor por sua própria fama e fortuna excede sua lealdade a Deus, se seu amor por sua própria fama e fortuna excede os interesses da casa de Deus, ou se seu amor por sua própria fama e fortuna excede a consideração que demonstra por Deus, então tal pessoa possui humanidade? Isso não é alguém com humanidade. Seu comportamento pode ser visto por outros e por Deus. É muito difícil que tal pessoa ganhe a verdade(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Ao dar o coração a Deus, pode-se obter a verdade”). A palavra de Deus me mostrou que uma pessoa com humanidade boa ama a verdade e coisas positivas, é responsável em seus deveres, adere aos princípios da verdade e defende o trabalho da igreja. Aqueles que, por fora, não ofendem ninguém, toleram cegamente e sem princípios, e que preferem sofrer perda pessoal a se aproveitar dos outros, embora tenham bom caráter externamente, em seu dever, eles sempre buscam proteger seus interesses pessoais, nunca praticam a verdade e nunca consideram o trabalho da igreja. Tais pessoas não têm humanidade boa. Eu não queria mais viver segundo a cultura tradicional e ser uma boa pessoa falsa. Queria viver uma semelhança humana de acordo com as exigências de Deus.

Ao ler a palavra de Deus, encontrei uma senda de prática. “Você deve buscar a verdade para resolver qualquer problema que surge, não importa o que seja, e de forma alguma deve se disfarçar ou mostrar um rosto falso aos outros. Seus defeitos, suas deficiências, suas falhas, seus caracteres corruptosseja completamente aberto em relação a todos eles e comungue sobre todos eles. Não os guarde no interior. Aprender a se abrir é o primeiro passo em direção à entrada na vida e é o primeiro obstáculo, que é o mais difícil de superar. Uma vez que você o superou, entrar na verdade é fácil. O que significa dar esse passo? Significa que você está abrindo seu coração e mostrando tudo que tem, bom ou mau, positivo ou negativo, desnudando-se para que os outros e Deus o vejam; não escondendo nada de Deus, não ocultando nada, não disfarçando nada, livre de enganação e truques, e sendo igualmente aberto e honesto com as outras pessoas. Dessa forma, você vive na luz, e não somente Deus o escrutinizará; as outras pessoas também serão capazes de ver que você age com princípios e alguma medida de transparência. Você não precisa utilizar nenhum método para proteger reputação, imagem e status, nem precisa encobrir ou disfarçar os seus erros. Não precisa se empenhar nesses esforços inúteis. Se puder abrir mão dessas coisas, você ficará muito relaxado, viverá sem grilhões ou dor, e viverá inteiramente na luz(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só aqueles que realmente se submetem a Deus têm um coração que O teme”). A palavra de Deus me mostrou que eu não devia me disfarçar para passar uma imagem falsa. Em vez disso, devia ser uma pessoa honesta, simples e aberta, e devia me abrir e comunicar qualquer problema que tivesse para que meus irmãos pudessem me ajudar melhor. Quando eu não falava, quando suportava coisas cegamente e me disfarçava, todos acreditavam que não havia falta de regadores e achavam que o trabalho estava indo bem, mas, na verdade, eu estava sofrendo, e o trabalho da igreja estava sendo prejudicado. Assim, pratiquei conscientemente segundo a palavra de Deus e me comuniquei claramente com meus irmãos. Depois disso, todos providenciaram algum pessoal para o trabalho de rega. Isso me fez ver como é fácil e prazeroso praticar segundo as palavras de Deus. Quando vivemos segundo a cultura tradicional, nós só nos corrompemos cada vez mais, nos tornamos cada vez mais falsos e enganosos, e cada vez mais miseráveis. Só praticar a verdade nos permite viver uma semelhança humana, tornar-nos pessoas boas e experimentar paz e alegria reais! Graças a Deus!

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