Os danos causados por ser superficial

06 de Fevereiro de 2023

Por Xing Zi, Itália

Em outubro de 2021, comecei a praticar a rega de recém-convertidos. Depois de uma semana, percebi que eu precisava aprender muita coisa. Eu precisava me equipar com a verdade de visões e praticar também a comunhão da verdade para resolver os problemas deles, mas meu entendimento da verdade era superficial, e conversar não era meu ponto forte. Achei que era um dever muito difícil. Quando a líder de equipe quis que eu resolvesse rapidamente os problemas dos recém-convertidos, achei isso especialmente difícil. Todos os recém-convertidos tinham muitos problemas, assim, para resolvê-los, eu precisava procurar muitas verdades direcionadas e contemplar como comungar claramente. Isso exigia muito esforço. Por isso eu disse à líder de equipe que eu carecia de calibre e não conseguia fazê-lo bem. A líder de equipe se comunicou comigo e disse que eu precisava assumir um fardo no meu dever, e que não devia temer o sofrimento. Relutante, concordei após ouvir sua comunhão, mas, no meu coração, eu não queria pagar um preço. Nas reuniões, continuei me comunicando com os recém-convertidos como sempre, e, por não entender suas dificuldades, eu divagava na minha comunhão e não alcançava resultados, fazendo com que o número de recém-convertidos que participavam regularmente das reuniões começasse a cair. Quando a líder de equipe descobriu problemas, ela pediu que eu oferecesse apoio imediato, mas eu pensei: “A equipe evangelística já lhes ofereceu muita comunhão sobre a verdade de visões, portanto, se mesmo assim eles faltam às reuniões, o que eu posso alcançar? Além do mais, todos esses recém-convertidos não têm se reunido recentemente, então, comunicar-me com eles exigirá muito tempo, o que será cansativo”. Assim, eu só lhes enviei mensagens para mandar um “oi” e arquivei aqueles que não responderam e os esqueci. Os que tinham mais problemas, eu os coloquei no fim da lista para comungar ou os repassei para os obreiros evangelísticos para que eles os apoiassem. Não demorou, e alguns recém-convertidos pararam de se reunir porque seus problemas permaneceram sem solução por muito tempo. Eu me sentia culpada e chateada sempre que percebia que os recém-convertidos não se reuniam, que eu deveria pagar um preço mais alto para tratar de seus problemas. Mas quando pensava no transtorno que isso seria, eu deixava passar.

Lembro-me de uma recém-convertida, que tinha sido católica, que desenvolveu noções sobre a encarnação e a obra de Deus nos últimos dias e parou de se reunir. Por mais que lhe mandasse mensagens ou ligasse para ela, ela apenas me ignorava. Dois dias depois, ela me mandou esta mensagem: “Eu nasci numa família católica. Sou católica desde pequena, e agora já se passaram 64 anos. Eu só posso crer no Senhor Jesus — não posso mais acreditar em Deus Todo-Poderoso”. Eu respondi: “Deus Todo-Poderoso é o Senhor Jesus retornado. A única maneira de entrar no reino de Deus é aceitar a aparição e a obra do Senhor nos últimos dias”. Porém ela não respondeu. Eu a procurei mais algumas vezes, mas me ignorou. Então empurrei esse problema para cima da líder de equipe, e fiquei surpresa quando ela me enviou algumas passagens relevantes das palavras de Deus, pedindo que eu buscasse a verdade para resolver isso. Quando vi que eu precisava me equipar com muitas verdades e refletir sobre como comungar para alcançar resultados, tudo me pareceu tão oneroso. A recém-convertida não estava me respondendo, e, mesmo que eu gastasse tempo para me equipar, ainda assim ela poderia não ouvir a minha comunhão, por isso eu a deixei de lado e a ignorei. Havia uma recém-convertida que sempre estava muito ocupada no trabalho e nunca tinha tempo para participar das reuniões para as quais eu a convidava. No início, fiquei mandando palavras de Deus e hinos todos os dias, mas toda vez sua resposta era só um “Amém” e não aparecia nas reuniões. No fim, parei de enviar-lhe palavras de Deus. Achei que ela estava ocupada demais no trabalho e que essa era sua realidade, e por mais tempo que eu investisse, eu não conseguiria resolver esse problema. Eu sabia que devia planejar os horários das reuniões de acordo com suas dificuldades e encontrar passagens relevantes das palavras de Deus para conversar sobre suas noções e que esse era o único jeito de alcançar resultados. Achei que isso era complicado e cansativo demais, por isso não quis pagar esse preço. Mas se eu não compartilhasse essa comunhão e a líder descobrisse, ela lidaria comigo por não fazer trabalho real. Assim, eu tive que me forçar a comungar com a recém-convertida algumas vezes, e já que, mesmo assim, ela não passou a participar das reuniões, achei que ela não tinha sede da verdade e que isso não se devia a uma falta de esforço da minha parte. Assim, acabei ignorando-a. Eu sempre tinha sido superficial no dever, esquivava-me de todas as adversidades. Quando encontrava recém-convertidos com noções ou adversidades reais, eu não queria fazer o esforço de considerar uma solução para seus problemas e os repassava à líder de equipe. Depois de alguns meses, pouquíssimos recém-convertidos se reuniam normalmente. A líder de igreja lidou comigo quando descobriu esse problema. Ela disse que eu estava sendo superficial no dever e que eu precisava mudar imediatamente. Então jurei que eu renunciaria à carne e regaria bem os recém-convertidos. Mas quando era confrontada com recém-convertidos com muitos problemas, eu ainda não estava disposta a pagar um preço para resolver seus problemas. Em vez disso, eu só dizia que carecia de calibre e não era apta para esse dever. Continuei sendo superficial, não fiz reparações, e meu dever não produzia resultados, então a líder lidou duramente comigo: “Você é superficial demais em seu dever. Você nunca se informa sobre as adversidades dos recém-convertidos e mesmo quando descobre algo, não se esforça para o resolver. Como isso é cumprir um dever? Você só está prejudicando os recém-convertidos. Se não mudar, você será dispensada!”. Após ser tratada e alertada desse modo, eu me senti culpada e com medo. Comecei a refletir sobre mim mesma: por que eu não conseguia cumprir bem esse dever e sempre achava que ele era difícil demais?

Um dia, em meus devocionais, li esta passagem das palavras de Deus: “Algumas pessoas carecem de qualquer princípio quando cumprem seu dever, elas sempre seguem suas inclinações e agem arbitrariamente. Essas são a precipitação e a superficialidade, não são? Essas pessoas estão enganando a Deus, não estão? E vocês já consideraram quais são as consequências disso? Se vocês não prestarem atenção na vontade de Deus quando estiverem cumprindo seu dever, se não forem conscienciosos, se forem ineficientes em tudo que fazem, se forem totalmente incapazes de agir com todo o seu coração e com toda a sua força, vocês serão capazes de ganhar a aprovação de Deus? Muitas pessoas cumprem seu dever com bastante relutância e não conseguem sustentá-lo. Não suportam sofrer, nem um pouco, e sempre acham que fizeram um grande desserviço, nem buscam a verdade para resolver qualquer dificuldade. Vocês conseguem seguir a Deus até o fim cumprindo seu dever desse jeito? Tudo bem ser negligente e superficial em tudo que vocês fazem? Isso é aceitável, do ponto de vista da sua consciência? Até quando avaliado de acordo com os critérios do homem, isso é insatisfatórioentão pode ser considerado o cumprimento satisfatório do dever? Se você cumprir seu dever desse jeito, você nunca ganhará a verdade. Você é insatisfatório até para prestar serviço. Como, então, você poderia ganhar a aprovação de Deus? Muitas pessoas temem adversidade quando cumprem seu dever, são preguiçosas demais, cobiçam os confortos da carne, e nunca fazem nenhum esforço para aprender habilidades especializadas nem tentam contemplar as verdades das palavras de Deus; acham que ser superficial desse jeito lhes poupa trabalho: não precisam consultar nada nem fazer perguntas a ninguém, não precisam usar o cérebro nem pensarisso realmente lhes poupa muito esforço e não lhes custa nenhuma adversidade física, e ainda assim elas conseguem completar a tarefa. E se você lida com elas, elas ficam insolentes e inventam desculpas: ‘Eu não estava sendo preguiçoso nem me esquivando, a tarefa foi feitapor que você está sendo tão exigente? Isso não é procurar defeitos? Eu já estou indo bem cumprindo meu dever desse jeito, como você pode não estar satisfeito?’. Vocês acham que essas pessoas conseguem progredir mais? Elas são consistentemente superficiais quando cumprem seu dever, e ainda assim inventam um monte de desculpas, e, quando ocorrem problemas, elas não permitem que ninguém se manifeste. Que caráter é esse? Esse é o caráter de Satanás, não é? As pessoas conseguem cumprir seu dever satisfatoriamente quando seguem tal caráter? Conseguem satisfazer a Deus?(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só quem cumpre seu dever com todo o coração, mente e alma é amado por Deus”). Deus expõe muitas pessoas por serem preguiçosas demais em seu dever, por sempre cobiçarem confortos carnais, por falta de diligência e por se satisfazerem com a aparência de estar ocupadas. É impossível cumprir bem o dever desse jeito. Percebi que a razão pela qual eu não estava obtendo resultados no dever não era porque eu carecia de calibre, mas porque eu era preguiçosa e temia sofrer no dever. Achava que regar recém-convertidos significava que eu precisava conhecer muitas verdades, que eu precisava aprender a resolver os vários problemas deles e que isso o tornava um dever muito oneroso, por isso eu era superficial. A líder de equipe queria que eu resolvesse os problemas dos recém-convertidos o quanto antes, e eu poderia ter feito isso se tivesse me esforçado. Mas quando vi que isso exigia mais tempo e esforço da minha parte, eu o empurrei para cima da líder de equipe e dos obreiros evangelísticos. Eu via que os recém-convertidos não participavam das reuniões porque tinham noções ou enfrentavam dificuldades, mas eu não me importava. Eu não reagia quando os outros me apontavam sendas de solução. Às vezes, eu enviava aos recém-convertidos palavras de Deus ou hinos, mas, depois de alguns dias, não conseguia manter isso e simplesmente os ignorava. Vi que eu era muito preguiçosa, cobiçava os prazeres da carne e não era nem um pouco genuína no dever. Eu só estava sendo enganosa, à deriva na igreja. Eu era tão repugnante e odiosa para Deus!

Depois disso, li isto nas palavras de Deus. “Atualmente, não existem muitas oportunidades de cumprir um dever, portanto você deve agarrá-lo quando puder. É precisamente quando é confrontado com um dever que você deve se empenhar; é quando você deve se sacrificar, despender-se por Deus, e é quando é requerido que você pague o preço. Não retenha nada, não abrigue esquemas, não deixe nenhuma margem nem se permita uma saída. Se deixar alguma margem, se for calculista ou malicioso e traiçoeiro, então você está fadado a fazer um trabalho ruim. Digamos que você diga: ‘Ninguém me viu agir de modo escorregadio. Que legal!’. Que tipo de pensamento é esse? Você acha que conseguiu tapar os olhos das pessoas e de Deus também? Na verdade, porém, Deus sabe o que você fez, ou não? Ele sabe. Na verdade, qualquer um que interagir com você por um tempo conhecerá sua corrupção e sua vileza, e embora possa não dizer isso diretamente, ele fará uma avaliação sua no coração dele. Houve muitas pessoas que foram expostas e expulsas porque tantos outros vieram a entendê-las. Quando todos enxergaram a essência delas, eles revelaram tais pessoas pelo que elas eram e as expulsaram. Portanto, não importa se busquem a verdade ou não, as pessoas devem cumprir bem o seu dever, fazer o melhor que puderem; devem empregar sua consciência ao fazer coisas práticas. Você pode ter defeitos, mas se conseguir ser eficiente ao cumprir o seu dever, você não chegará ao ponto de ser expulso. Se você acha sempre que está bem, que certamente não será expulso, e você ainda não reflete nem tenta conhecer a si mesmo, e ignora suas tarefas corretas, é sempre descuidado e superficial, então, quando o povo escolhido de Deus perder a tolerância com você, ele o exporá por quem você é, e, muito provavelmente, você será expulso. Isso acontece porque todos o enxergaram e você perdeu sua dignidade e integridade. Se ninguém confia em você, Deus pode confiar em você? Deus vê o íntimo do coração do homem: Ele jamais poderia confiar em tal pessoa. […] Pessoas confiáveis são pessoas que têm humanidade, e pessoas que têm humanidade possuem senso e consciência, e, para elas, deveria ser muito fácil cumprir bem o dever, pois elas tratam o dever como sua obrigação. Pessoas sem senso nem consciência estão fadadas a cumprir mal o seu dever, e elas não têm nenhum senso de responsabilidade em relação ao seu dever, não importa qual seja. Os outros sempre têm que se preocupar com elas, supervisioná-las e verificar seu progresso; caso contrário, as coisas podem dar errado enquanto elas cumprem seu dever, as coisas podem dar errado enquanto elas cumprem uma tarefa, o que não valeria o esforço. Em suma, as pessoas sempre precisam refletir sobre si mesmas quando cumprem seus deveres: ‘Eu cumpri esse dever adequadamente? Eu me empenhei? Ou simplesmente dei um jeito?’. Se você é sempre negligente e superficial, você está em perigo. No mínimo, isso significa que você não tem nenhuma credibilidade e que as pessoas não podem confiar em você. Mais sério ainda, se você sempre age sem se envolver ao cumprir o seu dever, e se você sempre engana a Deus, você está em grande perigo! Quais são as consequências de ser intencionalmente enganoso? Todos podem ver que você está transgredindo intencionalmente, que você está vivendo de acordo com nada além do seu caráter corrupto, que você não é nada além de negligente e superficial, que você não pratica a verdadeo que faz de você uma pessoa desprovida de humanidade! Se isso sempre se manifesta em você, se você evita erros grandes, mas insiste nos erros menores, e é impenitente desde o início até o fim, então você é um dos perversos, é um incrédulo, e deveria ser removido. Tais consequências são hediondasvocê é completamente exposto e expulso como um incrédulo e uma pessoa perversa(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A entrada na vida começa com o desempenho do dever”). “O modo como você vê as comissões de Deus é extremamente importante e isso é um assunto muito sério! Se você não consegue completar o que Deus confiou às pessoas, então não está apto para viver em Sua presença e deveria ser punido. É ordenado pelo Céu e reconhecido pela terra que os humanos devem completar quaisquer comissões que Deus lhes confia; essa é a sua responsabilidade suprema, e é tão importante quanto a sua própria vida. Se você não leva a sério as comissões de Deus, então está traindo a Ele da maneira mais grave; nisso você é mais lamentável que Judas e você deveria ser amaldiçoado(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como conhecer a natureza do homem”). Confrontada com a revelação das palavras de Deus, pude sentir a repulsa e a ira de Deus para com os que são superficiais no dever. Eles carecem de razão, consciência, caráter e dignidade e são totalmente inconfiáveis. Se não se arrependem, eles são malfeitores, incrédulos, e deveriam ser expulsos. Regar recém-convertidos é um trabalho importante. Eles acabaram de aceitar a nova obra de Deus, por isso precisam de mais rega para criar raízes no caminho verdadeiro para que Satanás não os roube. Além do mais, ninguém que aceita a obra de Deus faz isso fácil ou tranquilamente, e muitas pessoas precisam pagar um preço para regá-los e ajudá-los. Só então eles podem ser trazidos para diante de Deus. Como regadora, regar os recém-convertidos era responsabilidade minha. Especialmente quando via recém-convertidos com dificuldades, eu devia ter um senso de urgência e buscar a verdade para resolver esses problemas. Em vez disso, eu fugia dos trabalhos difíceis e era escorregadia. Quando via recém-convertidos com dificuldades, eu sempre escolhia os problemas de resolução fácil e deixava os problemas difíceis de lado e os ignorava. Pior ainda, eu estava sendo traiçoeira e irresponsável no dever, fazendo com que alguns recém-convertidos não participassem das reuniões e até desistissem, mas eu fugia da responsabilidade, alegando que eles não tinham sede da verdade ou que eu carecia de calibre e não conseguia resolver seus problemas para enganar os outros e me exonerar por ser superficial. Eu não estava cumprindo meu dever igual a um incrédulo que trabalha para o seu chefe? Eu estava trapaceando, fazendo de qualquer jeito, sem qualquer consciência ou percepção. Depois de todos os meus anos de fé, eu ainda tentava enganar a Deus sem nem hesitar. Eu era tão astuta e enganosa! Eu não tinha nenhuma humanidade. Quando aceitei o evangelho de Deus dos últimos dias, eu estava ocupada no trabalho todos os dias, e meus pais obstruíam minha fé. Eu estava muito estressada e até pensava em desistir das reuniões. Mas os irmãos comunicaram-me a verdade vez após vez com paciência e fizeram reuniões de acordo com os meus horários. Às vezes, eu não conseguia participar porque estava muito ocupada no trabalho, então os irmãos percorriam grandes distâncias de bicicleta para comunicar-me a palavra de Deus, para me ajudar e apoiar. Só então fiquei sabendo da obra de Deus e vi que o único jeito de ser salva é buscando a verdade. Então eu me dispus a participar das reuniões e assumir um dever. A igreja sempre ressalta que regar recém-convertidos exige paciência e muita atenção às dificuldades deles, que devemos encorajá-los a participar das reuniões para que eles possam se enraizar no caminho verdadeiro o quanto antes. Eu vi que Deus tem muito amor e misericórdia por nós, e que Ele nos salva na maior medida possível. Ele é incrivelmente consciencioso em relação a cada pessoa que investiga o caminho verdadeiro. Ele não desiste enquanto há um pingo de esperança. Mas eu, eu era fria e não tinha senso de responsabilidade em relação aos recém-convertidos. Eu não me importava com sua vida, o que significava que seus problemas não eram resolvidos prontamente e que alguns não queriam mais participar das reuniões. Com base em meu comportamento, como isso era cumprir um dever? Eu estava cometendo o mal, tentando enganar a Deus! Eu me senti muito culpada quando percebi isso e me odiei por carecer tanto de humanidade.

Mais tarde, li esta passagem das palavras de Deus: “Você se contenta com viver sob a influência de Satanás, em paz e alegria e com um pouco de conforto carnal? Será que você não é a mais baixa de todas as pessoas? Ninguém é mais tolo do que aquelas que contemplaram a salvação, mas não buscam ganhá-la; são pessoas que se empanturram com a carne e se deliciam com Satanás. Você espera que sua fé em Deus não envolva quaisquer desafios ou tribulações nem a menor dificuldade. Você sempre busca coisas sem valor e não dá valor à vida; em vez disso, coloca seus pensamentos extravagantes acima da verdade. Você é tão inútil! Você vive como um porcoque diferença há entre você, porcos e cães? Os que não buscam a verdade e, em vez disso, amam a carne não são todos bestas? Os mortos sem espírito não são todos cadáveres ambulantes? Quantas palavras foram ditas no meio de vocês? Apenas uma pequena obra foi feita no meio de vocês? Quantas coisas Eu providenciei entre vocês? Então, por que você não as ganhou? Do que você pode se queixar? Não é o caso que você não ganhou nada porque está amando demais a carne? E não será porque seus pensamentos são exorbitantes? Não será porque você é estúpido demais? Se você é incapaz de ganhar essas bênçãos, você pode culpar Deus por não salvá-lo? […] Eu lhe dou o caminho verdadeiro sem pedir nada em troca, mas você não busca. Você é mesmo alguém que crê em Deus? Eu lhe concedo vida humana real, mas você não busca. No que você se diferencia de um porco ou de um cão? Porcos não buscam a vida do homem, não buscam ser purificados e não entendem o que é vida. Todo dia, depois de comer sua porção, eles simplesmente dormem. Dei a você o caminho verdadeiro, mas você não o ganhou: você está de mãos vazias. Você está disposto a continuar nessa vida, na vida de um porco? Qual é o significado de tais pessoas estarem vivas? Sua vida é desprezível e ignóbil, você vive no meio da imundície e licenciosidade e não busca nenhum objetivo; acaso sua vida não é a mais ignóbil de todas? Você se atreveria a levantar os olhos para Deus? Se você continuar a experimentar desse modo, o que adquirirá além de nada? O caminho verdadeiro foi dado a você, mas ganhá-lo ou não depende, em última análise, da sua busca pessoal(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). Ao ler todas as palavras de Deus que nos chamam para prestar contas, eu senti muita culpa e repreensão própria. Para purificar e transformar nossos caracteres corruptos, para nos dar uma chance de ser salvos, Deus nos nutriu com tantas verdades e comungou em grande detalhe cada aspecto da verdade, temendo que nós não a compreenderíamos. Deus pagou um preço tão alto por nós. Qualquer pessoa com humanidade se esforçaria para buscar a verdade e seria devota em seu dever. Mas eu carecia de qualquer consciência. Eu não estava buscando a verdade e só me importava com conforto físico e ainda vivia segundo as filosofias satânicas, como “viva a vida no piloto automático”, “aproveite o dia de prazer, pois a vida é curta”. Eu achava que devíamos nos tratar bem durante as poucas décadas que temos na terra e não nos extenuar demais. Devíamos levar uma vida feliz e sem preocupações. Eu estava cumprindo um dever sob a condição de não sofrer desconforto ou cansaço físicos. Eu só fazia o que era mais fácil. Sempre que tinha que quebrar a cabeça sobre algo, eu resistia e fugia, empurrava o problema para cima de outra pessoa ou o arquivava e ignorava. Eu não estava levando meu dever a sério, assim, alguns dos problemas dos recém-convertidos não foram resolvidos, e eles pararam de se reunir. Foi só então que eu vi que essas filosofias satânicas tinham me deixado cada vez mais depravada. Eu era igual a um porco, que deseja conforto e não busca a verdade, fazia uma bagunça no meu dever e nem me preocupava com ele. Eu negligenciava meus deveres, não ganhava as verdades que deveria ganhar e não cumpria minhas responsabilidades. Eu não era uma imprestável? Eu experimentei que cobiçar conforto carnal me prejudicava e arruinava minha chance de ser salva. Na verdade, encontrar dificuldades num dever é uma boa chance de confiar em Deus e buscar a verdade. As dificuldades que me forçavam a buscar a verdade e aprender a seguir os princípios em meu dever eram bons canais para buscar a verdade e a entrada na vida. Mas eu tratava essas coisas como um incômodo, um peso a ser jogado fora. Quando percebi isso, eu me arrependi de como eu tinha mimado minha carne e perdido tantas chances boas de aprender a verdade. Não queria mais ser superficial. Eu devia renunciar à carne e investir o coração no dever.

Um dia, li uma passagem das palavras de Deus que me ajudou a entender melhor as consequências da superficialidade no meu dever. As palavras de Deus dizem: “Digamos que há um trabalho que deve ser completado em um mês por uma pessoa. Se fazer esse trabalho leva seis meses, cinco desses meses não representarão uma perda? Quando se trata de espalhar o evangelho, algumas pessoas estão dispostas a considerar o caminho verdadeiro e só precisam de um mês para se converter, e, depois disso, elas entram para a igreja e continuam a receber rega e sustento. Só são precisos seis meses para que elas estabeleçam um fundamento. Mas se a atitude da pessoa que espalha o evangelho for de indiferença e superficialidade, e os líderes e obreiros não tiverem nenhum senso de responsabilidade, e acabar levando meio ano para converter a pessoa, esse meio ano não constitui uma perda para a vida dela? Se ela enfrentar um desastre grande e não tiver fundamento, ela estará em perigo, e você não deverá algo a ela? Tal perda não é medida em termos financeiros nem usando dinheiro. Você atrasou o entendimento dela da verdade por meio ano, você a atrasou no estabelecimento de um fundamento e no cumprimento do dever por meio ano. Quem assumirá a responsabilidade por isso? Os líderes e obreiros são capazes de assumir a responsabilidade por isso? Ninguém é capaz de assumir a responsabilidade pela vida de alguém(A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros). O que as palavras de Deus revelavam era muito angustiante e difícil. Eu era igual a um falso líder que não faz trabalho real, negligente em meus deveres e irresponsável, levava recém-convertidos a não se reunir e alguns até a abandonar a fé porque seus problemas não eram resolvidos. Regar recém-convertidos desse jeito não era prejudicá-los? Embora alguns não tivessem abandonado a fé, sua vida foi prejudicada porque eles se agarraram a noções e não se reuniram por muito tempo. Isso é um dano que não tenho como reparar. Se eu não tivesse me importado tanto com a carne, se tivesse sido capaz de pagar um preço e tratado os problemas de cada recém-convertido seriamente, alguns deles poderiam criar raízes no caminho verdadeiro e aprender a verdade mais cedo, viver uma vida da igreja, cumprir um dever, acumular boas obras mais cedo, e as coisas não teriam resultado nisso. Mas àquela altura, já era tarde demais para palavras. Quando pensei nesses recém-convertidos que não queriam participar das reuniões, eu me senti muito culpada e chateada, e em grande dívida com Deus. Isso era uma transgressão, uma mancha que eu tinha deixado em meu dever! Eu também me enchi de remorso e de medo. Senti que eu tinha causado problemas enormes. Em lágrimas, eu orei: “Deus, eu sempre cobiço tranquilidade e sou superficial em meu dever, o que Te enoja. Quero me arrepender diante de Ti e compensar minhas transgressões por meio de atos práticos. Por favor, escrutiniza meu coração, e, se eu continuar sendo superficial, por favor, castiga-me e disciplina-me”.

Então procurei os recém-convertidos que estavam negativos, fracos e faltando às reuniões e comecei a procurar palavras de Deus para resolver seus problemas. Também pedi princípios e abordagens às irmãs que eram boas regadoras. Então procurei a recém-convertida com noções religiosas que não estava se reunindo e lhe enviei várias mensagens, às quais ela não respondeu. Fiquei um pouco desanimada e quis esquecer tudo isso. Era ela que tinha parado de responder — isso era verdade. Eu também enviei uma mensagem à recém-convertida que estava ocupada com o trabalho, e quando vi que ela rejeitou o convite para a reunião, eu não quis pagar nenhum preço adicional para apoiá-la. Então me lembrei da minha oração a Deus e destas palavras Dele: “Quando as pessoas cumprem seu dever, elas estão, na verdade, fazendo o que deveriam. Se você o fizer diante de Deus, se cumprir seu dever e se submeter a Deus com uma atitude de honestidade e de coração, essa atitude não será muito mais correta? Como, então, você deve aplicar essa atitude ao seu dia a dia? Você deve fazer de ‘adorar a Deus de coração e com honestidade’ a sua realidade. Sempre que você quiser ser desleixado e simplesmente agir sem se envolver, sempre que quiser agir de modo ardiloso e ser preguiçoso, e sempre que ficar distraído ou preferir ficar se divertindo, você deve refletir bem sobre isso: ‘Quando me comporto dessa maneira, sou indigno de confiança? É isso que significa colocar meu coração no cumprimento do meu dever? Estou sendo desleal ao fazer isso? Quando faço isso, estou falhando em estar à altura da comissão que Deus confiou a mim?’. É assim que você deve refletir sobre si mesmo. Se você consegue vir a saber que é sempre descuidado e superficial em seu dever, e desleal, e que você magoou Deus, o que deveria fazer? Você deve dizer: ‘No mesmo instante, senti que havia algo errado aqui, mas não tratei como problema; simplesmente passei por cima, sem cuidado. Só percebi agora que fui descuidado e superficial, que não cumpri minha responsabilidade. Eu realmente sou desprovido de consciência e razão!’. Você encontrou o problema e veio a se conhecer um poucoagora, então, você deve dar meia-volta! Sua atitude em relação ao cumprimento do seu dever estava errada. Você foi descuidado com ele, como se fosse um trabalho extra, e você não investiu seu coração nele. Se voltar a ser descuidado e superficial desse jeito, você deve orar a Deus e pedir que Ele o discipline e castigue. É preciso ter esse tipo de vontade no cumprimento do seu dever. Somente então é possível arrepender-se de verdade. Você só pode dar meia-volta quando sua consciência está limpa e sua atitude em relação ao cumprimento do dever é transformada(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só na leitura frequente das palavras de Deus e na ruminação da verdade existe um caminho adiante”). As palavras de Deus me ajudaram a ver que cumprir bem o dever não é difícil, que devemos ser genuínos, aceitar o escrutínio de Deus, e fazer tudo que podemos para executar o que sabemos, o que podemos, não usar trapaçaria nem ser superficiais, e que precisamos desse tipo de atitude para cumprir bem o nosso dever. Então decidi que, dessa vez, eu não voltaria a decepcionar a Deus. Eu devia mostrar meu arrependimento a Deus, que eu estava trabalhando muito e sendo sincera, e mesmo que esses recém-convertidos não participassem das reuniões depois do meu apoio e ajuda, eu teria cumprido minha responsabilidade e estaria sem culpa.

Fui conversar com outra irmã para buscar uma senda de prática e também procurei aquela recém-convertida com noções religiosas para comungar com ela. Eu me abri com ela sobre minha senda de fé. Para a minha surpresa, ela respondeu às minhas mensagens. Na verdade, ela gostava das reuniões, mas tinha algumas noções e confusões não resolvidas. As palavras sinceras dessa recém-convertida mexeram comigo, e eu compartilhei uma comunhão direcionada às noções dela. No fim, ela concordou em participar das reuniões e, logo depois, assumiu um dever. Eu tive uma sensação indescritível quando vi as coisas terminarem assim. Senti alegria e remorso. Sem o esclarecimento das palavras de Deus, que me permitiram conhecer a mim mesma e corrigir minha atitude em relação ao meu dever, eu teria cometido outra transgressão. Depois disso, procurei a recém-convertida que estava ocupada com o trabalho. Antes, eu sempre tinha tentado pressioná-la a participar das reuniões sem considerar suas dificuldades. Dessa vez, comuniquei-lhe as palavras de Deus para ajudá-la em sua situação e adaptei os horários das reuniões para ela. Quando ela não tinha tempo para uma reunião, eu lia as palavras de Deus para ela quando ela estava com algum tempo livre e me comunicava com paciência. Então ela ficou disposta a abrir o coração comigo e a falar sobre as palavras de Deus que ela tinha lido. Feliz, ela também me disse que, de toda maneira, ela não desistiria de se reunir ou de comer e beber as palavras de Deus. Depois disso, ela nunca mais perdeu uma reunião, e, por mais ocupada que estivesse, ela dedicava tempo a ponderar as palavras de Deus. Mais tarde, apoiei outros recém-convertidos e os trouxe de volta para o rebanho. Quando corrigi minha atitude, confiei em Deus e investi um esforço verdadeiro, eu obtive resultados melhores no meu dever.

Eu sempre fui traiçoeira e superficial no dever. Embora não sofresse fisicamente, eu sempre vivia em adversidade. Eu não sentia a orientação de Deus, estava realizando cada vez menos no dever, carecia de qualquer esclarecimento, e sempre temia que Deus me abandonasse e expulsasse. Eu estava tão deprimida e sofria tanto. Quando investi o coração no meu dever, pude sentir a presença e a orientação de Deus. Também progredi no dever e ganhei um senso de paz e conforto. Experimentei como é importante a nossa atitude em relação ao nosso dever. Quando enfrentamos dificuldades, devemos pagar um preço e obedecer à vontade de Deus para ganhar o esclarecimento do Espírito Santo e fazer ganhos no nosso dever.

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