A senda para ter uma aparência honesta

20 de Janeiro de 2022

Por Daisy, Coreia do Sul

No início de 2021, fui eleita como líder de equipe responsável pelo trabalho de rega de várias equipes. Na hora, pensei que ser eleita para essa posição significava que eu tinha algum calibre e capacidade, que eu estava à frente da maioria dos irmãos no meu entendimento da verdade e na entrada na vida. Achei que precisava me equipar com a verdade e cumprir bem o meu dever com todo o meu coração, para que todos vissem que eu era capaz de fazer esse trabalho.

No início, eu não estava familiarizada com o trabalho, então, quando surgiam coisas que eu não entendia direito, eu perguntava ao líder ou aos irmãos com os quais eu trabalhava sobre elas. Eu achava que, já que era nova nesse trabalho, todos entenderiam que haveria algumas coisas que eu não sabia, e que buscar mais me ajudaria a crescer mais rápido. Dessa maneira, todos teriam uma boa impressão minha e pensariam que eu buscava a verdade com sinceridade. Mas, mais tarde, fiquei me deparando com muitos problemas e hesitava em ficar perguntando. A essa altura, eu já estava nesse dever havia um bom tempo, então o que os outros pensariam de mim se eu fizesse tantas perguntas o tempo todo? Achariam que o meu calibre não era muito bom, que eu não conseguia nem resolver problemas simples e que eu não era capaz nesse trabalho como líder de equipe? Então, quando encontrava outros problemas que eu não entendia direito, eu não podia parar de pensar se valia a pena fazer essas perguntas, se era sensato perguntar. Eu temia que o meu raciocínio parecesse simplista. Para problemas que não pareciam ser complicados, eu não perguntava; em vez disso, tentava resolver sozinha. Como resultado, os problemas foram se acumulando e muitos não foram resolvidos a tempo. Isso me deixou cada vez mais ansiosa, pensando que todos achariam que eu não era uma boa escolha para líder de equipe. Durante as reuniões, sobretudo quando meu líder estava presente, quando eu comungava sobre as palavras de Deus, eu me preocupava o tempo todo: “Minha comunhão é prática? Meu entendimento é puro?”. Depois da minha comunhão, eu observava as reações de todos, e se alguém elaborasse em cima do que eu tinha dito, isso significava que a minha comunhão era marcante e continha esclarecimento, e, também, mostrava que eu tinha um entendimento puro das palavras de Deus e conseguia dar conta do trabalho. Mas se ninguém reagia quando eu terminava, eu ficava muito chateada. Depois de um tempo, meu dever começou a me deixar exausta. Para toda palavra que eu dizia e para toda opinião que eu expressava, eu sempre ficava pensando demais antes, e não conseguia relaxar. Eu queria cumprir bem o meu dever, mas estava sempre tensa e não estava crescendo nem aprendendo nada.

Vim para diante de Deus em busca e oração e li uma passagem das Suas palavras: “As próprias pessoas são seres criados. Seres criados podem alcançar onipotência? Eles podem alcançar perfeição e infalibilidade? Podem alcançar proficiência em tudo, vir a entender tudo, perceber todas as coisas e ser capazes de tudo? Não podem. No entanto, há caracteres corruptos e uma fraqueza fatal nos humanos. Assim que aprendem uma habilidade ou profissão, as pessoas sentem que são capazes, que são pessoas com status e valor, e que são profissionais. Não importa quão comuns sejam, todas elas querem se disfarçar de alguma figura famosa ou indivíduo excepcional, transformar-se em alguma celebridade menor e levar as pessoas a crer que são perfeitas e impecáveis, sem um único defeito; aos olhos dos outros, querem se tornar famosas, fortes ou alguma figura grande e querem se tornar poderosas, capazes de realizar qualquer coisa, sem nada que não possam fazer. Sentem que, se buscassem a ajuda de outros, elas pareceriam incapazes, fracas e inferiores e que as pessoas as menosprezariam. Por essa razão, sempre querem manter uma fachada. Algumas pessoas, quando lhes pedem que façam alguma coisa, dizem que sabem como fazer, quando, na verdade, não sabem. Mais tarde, em segredo, pesquisam o assunto e tentam aprender a fazer, mas depois de estudá-lo por diversos dias, ainda não compreendem como fazê-lo. Quando lhes perguntam se já acabaram, elas dizem: ‘Já, já!’. Mas, em seu coração, elas pensam: ‘Ainda não consegui, não faço ideia, não sei o que fazer! Não devo dar com a língua nos dentes, devo continuar fingindo, não posso permitir que as pessoas vejam minhas falhas e deficiências, não posso permitir que me menosprezem!’. Que tipo de problema é esse? Esse é o inferno vivo de tentar preservar a dignidade a todo custo. Que tipo de caráter é esse? A arrogância de tais pessoas não conhece limites, perderam todo o senso. Não querem ser iguais a todas as outras, não querem ser pessoas normais ou ordinárias, mas indivíduos sobre-humanos e excepcionais ou figurões. Esse é um problema muito grande! No que diz respeito à fraqueza, deficiência, ignorância, tolice ou falta de entendimento da humanidade normal, elas as disfarçarão, não permitirão que outras pessoas as vejam e então continuarão a se disfarçar. […] Tais pessoas não vivem com a cabeça nas nuvens? Não estão sonhando? Elas não sabem quem elas mesmas são, tampouco sabem como viver a humanidade normal. Jamais agiram como seres humanos práticos. Se você passa seus dias com a cabeça nas nuvens, agindo superficialmente, não fazendo nada com os pés no chão, sempre vivendo segundo sua imaginação, isso é um problema. A senda na vida que você escolhe não é correta(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “As cinco condições que devem ser satisfeitas para se iniciar a trilha certa da crença em Deus”). Quando refleti sobre isso, entendi um pouco o meu estado. Eu pensava que eu era grande coisa, achava que ter sido eleita líder da equipe significava que eu tinha certo calibre e capacidade de trabalho. Quando me vi desse jeito, comecei a me preocupar com o que os outros pensavam de mim e quis provar que estava à altura da tarefa o quanto antes. Então, quando surgiram mais problemas e dificuldades no meu dever, eu não consegui articulá-los, e ficava preocupada que as pessoas perceberiam quem eu era, diriam que eu carecia de calibre e não estava à altura do trabalho. Comecei a forjar a minha aparência, ficava quieta quando surgiam problemas e resolvia as coisas por conta própria. Isso levou a muitos problemas no meu dever que acabaram não sendo resolvidos, o que atrasou o nosso trabalho e impactou o meu estado. Perdi a clareza de raciocínio e comecei a ficar confusa com coisas que antes eu entendia. Eu ficava até questionando a minha comunhão nas reuniões, temendo que todos me menosprezariam se eu não fosse boa. Eu me sentia constrangida toda vez. Eu entendi que tudo isso era culpa minha. Eu era arrogante e insensata demais, e não conseguia encarar as minhas falhas e fraquezas. Ficava sempre fingindo para que os outros tivessem uma opinião melhor de mim. Na verdade, esse dever era uma chance que a igreja tinha me dado para eu me treinar, e não significava, de jeito nenhum, que eu entendia a verdade ou que conseguia fazer bem o trabalho. Eu só tinha um pouco de capacidade de compreensão, mas havia muitas coisas que eu não entendia e com as quais eu não tinha experiência pessoal. Eu não tinha nada de especial, absolutamente, mas eu pensava bem demais sobre mim mesma, fingia ser elevada, alguém que entende a verdade. Eu me superestimava demais! Eu devia apenas manter os pés no chão e fazer o meu dever, e perguntar aos outros quando eu não entendia algo, o que era a coisa realista e razoável a fazer.

Li uma passagem das palavras de Deus que ofereciam algumas abordagens práticas. Deus diz: “Você deve buscar a verdade para resolver qualquer problema que surge, não importa o que seja, e de forma alguma deve se disfarçar ou mostrar um rosto falso aos outros. Seus defeitos, suas deficiências, suas falhas, seus caracteres corruptos — seja completamente aberto em relação a todos eles e comunique todos eles. Não os guarde no interior. Aprender a se abrir é o primeiro passo em direção à entrada na vida e é o primeiro obstáculo, que é o mais difícil de superar. Uma vez que você o superou, entrar na verdade é fácil. O que significa dar esse passo? Significa que você está abrindo seu coração e mostrando tudo que tem, bom ou mau, positivo ou negativo, desnudando-se para que os outros e Deus o vejam; não escondendo nada de Deus, não ocultando nada, não disfarçando nada, livre de enganação e truques, e sendo igualmente aberto e honesto com as outras pessoas. Dessa forma, você vive na luz, e não somente Deus o escrutinizará, mas as outras pessoas também serão capazes de ver que você age com princípios e alguma medida de transparência. Você não precisa utilizar nenhum método para proteger reputação, imagem e status, nem precisa encobrir ou disfarçar os seus erros. Não precisa se empenhar nesses esforços inúteis. Se puder abrir mão dessas coisas, você ficará muito relaxado, viverá sem grilhões ou dor, e viverá inteiramente na luz(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Refletir sobre isso me ajudou a entender que, a fim de ficar tranquila e sem ansiedade no meu dever, o primeiro passo era aprender a me abrir sobre as minhas falhas e parar de manter as aparências. Eu tinha que praticar a verdade e ser uma pessoa honesta. Eu era apenas uma pessoa corrupta que mal entendia a verdade, portanto claro que havia muitas questões que eu não entendia direito. Isso era perfeitamente normal. Não havia necessidade de fingir e encobrir qualquer coisa em prol da minha imagem. Se eu tivesse dúvidas, eu deveria renunciar ao meu orgulho e buscar abertamente orientação e comunhão sobre elas; esse era o único jeito de eu ficar tranquila no meu dever. Com essa compreensão, meu coração se iluminou e eu comecei a me concentrar em praticar dessa maneira. Quando não tinha certeza em relação a algo, eu perguntava proativamente, e quando compartilhava minha opinião, eu dizia o que pensava e só comungava sobre o que sabia. Ao praticar desse jeito, aos poucos comecei a entender algumas das coisas que nunca tinha entendido antes e fui capaz de descobrir e corrigir erros no meu dever. Obtive também uma compreensão melhor das minhas fraquezas. Eu tinha finalmente entendido que ser vista pelo que sou é algo bom, que ajuda a entender as verdades princípios e a descobrir as minhas falhas. A essa altura, me senti muito mais livre e, mais tarde, fui capaz de cumprir meu dever normalmente.

Não demorou, e os grupos pelos quais eu era responsável estavam indo muito bem na vida de igreja, e os irmãos queriam comungar comigo sobre seus problemas. Mas, sem perceber, eu voltei a me concentrar naquilo que as pessoas pensavam de mim. Uma vez, numa reunião de obreiros, minha líder mencionou alguns problemas que tinham ocorrido na nossa igreja e nos perguntou o que achávamos. Eu pensei: “Tantos irmãos estão aqui, e se eu tiver algumas percepções singulares, isso mostrará como eu sou capaz”. Mas depois de pensar bastante, eu ainda não conseguia entender. Então a líder me perguntou o que eu achava. Fiquei gaguejando e então dei alguma sugestão vaga. Logo depois, duas outras irmãs compartilharam seus pensamentos, e suas sugestões eram opostas à minha. O que disseram foi bem-pensado, e a líder concordou com elas. Fiquei chateada na hora, pensando que não só tinha falhado em passar uma boa impressão, mas que tinha passado vergonha. O que a líder pensaria de mim? Ela pensaria que eu não tinha percepção alguma sobre uma coisa tão simples, que eu não tinha crescido nem um pouco? Nos dias seguintes, surgiram alguns problemas em cada um dos grupos pelos quais eu era responsável. Eu não os entendi, e deveria ter procurado ajuda imediatamente. Mas então pensei: se eu fizesse todas essas perguntas, não ia parecer que eu não era capaz para o trabalho? Isso não arruinaria a boa imagem que eu tinha construído? Por outro lado, eu sabia que problemas não resolvidos impediriam o nosso trabalho, então improvisei uma estratégia: eu dividiria as minhas perguntas e perguntaria a pessoas diferentes, assim os problemas seriam resolvidos, mas eu não pareceria estar fazendo perguntas demais, como alguém que não sabia de nada. Ao manter as aparências desse jeito, meu estado foi piorando cada vez mais. Meus pensamentos ficaram mais confusos, e eu comecei a ter dificuldades em muitas coisas. Então refleti e vi que, já que eu não tinha percepção sobre algumas coisas que tinha feito antes, isso devia ser um problema com o meu estado. Então vim para diante de Deus e orei: “Deus, é evidente que tenho problemas, mas não ouso ser honesta e me abrir sobre as minhas falhas. Sempre quero agir com grandeza. Por que é tão difícil perguntar quando não entendo alguma coisa? É como se os meus lábios estivessem selados. Cumprir meu dever desse jeito é exaustivo. Por favor, guia-me para que eu conheça minha corrupção e mude”.

Depois, li algumas passagens das palavras de Deus que expuseram meu estado perfeitamente. Deus Todo-Poderoso diz: “Os seres humanos corruptos são bons em se disfarçar. Não importa o que façam ou que corrupção exibam, eles sempre têm de se disfarçar. Se algo dá errado ou eles cometem um erro, eles querem jogar a culpa nos outros. Querem que o mérito pelas coisas boas venha para si e que a culpa pelas coisas ruins vá para os outros. Não existe muito disfarce desse tipo na vida real? Existe demais. Cometer erros ou se disfarçar: qual desses tem a ver com o caráter? Disfarçar-se é uma questão de caráter; isso envolve um caráter arrogante, maldade e traição; isso é particularmente desdenhado por Deus. […] Se você não tentar colocar uma fachada nem se justificar, se conseguir admitir seus erros, todos dirão que você é honesto e sábio. E o que o torna sábio? Todos cometem erros. Todos têm falhas e defeitos. E, na verdade, todos têm o mesmo caráter corrupto. Não se ache mais nobre, perfeito e bondoso do que os outros; isso é ser totalmente insensato. Uma vez que os caracteres corruptos das pessoas e a essência e face verdadeira da corrupção delas estiverem claros para você, você não tentará encobrir os próprios erros e não usará os erros de outras pessoas contra elas — você será capaz de encarar ambos corretamente. Somente então você se tornará perceptivo e não fará coisas tolas, o que fará de você uma pessoa sábia. Aqueles que não são sábios são pessoas tolas e sempre ficam pensando em seus erros pequenos, enquanto esgueiram-se pelos bastidores. Isso é repugnante de se testemunhar. Na verdade, o que você está fazendo é imediatamente evidente para as outras pessoas, mas você continua fazendo uma falsa exibição descaradamente. Para os outros, isso tem a aparência de uma palhaçada. Isso não é tolice? É, realmente. As pessoas tolas não têm nenhuma sabedoria. Não importam quantos sermões ouçam, mesmo assim elas não entendem a verdade nem veem nada como realmente é. Elas nunca descem do pedestal, achando que são diferentes de todos os outros e que são mais respeitáveis; isso é arrogância e hipocrisia, isso é tolice. Os tolos não têm entendimento espiritual, têm? As questões nas quais você é tolo e insensato são as questões nas quais você não tem entendimento espiritual e não consegue entender facilmente a verdade. Essa é a realidade da questão(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). “Que tipo de caráter é esse quando as pessoas sempre exibem uma fachada, sempre se camuflam, sempre agem com superioridade para que os outros as tenham em alta estima e não consigam ver suas falhas ou deficiências, quando sempre tentam apresentar seu melhor lado às pessoas? Isso é arrogância, falsidade, hipocrisia, é o caráter de Satanás, é algo maligno. Veja os membros do regime satânico: não importa o quanto lutem, briguem ou matem no escuro, ninguém tem permissão para os denunciar nem os expor. Eles temem que as pessoas vejam seu rosto demoníaco, e eles fazem tudo o que podem para o encobrir. Em público, fazem o máximo que podem para caiar a si mesmos, dizendo quanto amam as pessoas, quão maravilhosos, gloriosos e infalíveis eles são. Essa é a natureza de Satanás. A característica mais proeminente da natureza de Satanás é a artimanha e a enganação. E qual é o objetivo dessas artimanhas e enganação? Ludibriar as pessoas, impedi-las de ver a essência dele e como ele realmente é, e assim alcançar o objetivo de prolongar seu governo. As pessoas comuns talvez careçam desse poder e status, mas também desejam fazer com que os outros mantenham uma opinião favorável sobre elas, que as pessoas as tenham em alta estima e as elevem a um alto status em seu coração. Isso é um caráter corrupto, e se as pessoas não entendem a verdade, elas são incapazes de reconhecer isso. Os caracteres corruptos são os mais difíceis de todos de se reconhecer: reconhecer suas falhas e deficiências é fácil, mas reconhecer o próprio caráter corrupto não é. As pessoas que não conhecem a si mesmas nunca falam sobre seus estados corruptos — sempre acham que elas estão bem. E sem perceber, elas começam a se exibir: ‘Ao longo de todos os meus anos de fé, eu passei por muita perseguição e sofri muita adversidade. Vocês sabem como superei tudo isso?’. Esse é um caráter arrogante? Qual é a motivação por trás de se exibir? (Fazer com que as pessoas as tenham em alta estima.) Qual é o motivo de fazer com que as pessoas as admirem? (Receber status na mente de tais pessoas.) Quando você recebe status na mente de outra pessoa, quando ela está em sua companhia, ela o trata com respeito e é especialmente educada ao conversar com você. Ela sempre o admira, sempre lhe dá preferência em todas as coisas, ela cede a você, e o bajula e lhe obedece. Em todas as coisas, ela o busca e deixa que você tome as decisões. E você extrai um senso de prazer disso — você se acha mais forte e melhor do que todos os outros. Todos gostam dessa sensação. Essa é a sensação de ter status no coração de alguém; as pessoas desejam se entregar a isso. É por isso que as pessoas competem por status, e todas desejam receber status no coração dos outros, ser estimadas e adoradas pelos outros. Se não conseguissem extrair tanto prazer disso, elas não buscariam status(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). Refletindo sobre as palavras de Deus, pude ver que, entre apresentar uma fachada falsa e cometer erros, apresentar uma fachada falsa é o mais severo dos dois. Ninguém é perfeito, portanto ter problemas e cometer erros no seu dever é totalmente normal. Mas o que está por trás de uma fachada falsa são os caracteres satânicos da arrogância, astúcia e maldade. Sempre esconder suas imperfeições e fraquezas, e permitir que as pessoas vejam apenas seu lado bom para que admirem você é algo que Deus odeia ainda mais. Uma pessoa realmente sábia consegue encarar suas fraquezas, equipar-se com a verdade e compensar aquilo que lhe falta. Desse jeito, ela pode crescer. Mas os tolos e ignorantes que carecem de autoconsciência nunca conseguem aceitar suas falhas, e até forjam aparências, o que significa que alguns problemas nunca são resolvidos e eles nunca crescem na vida. Lembrando-me do meu comportamento, eu entendi que eu tinha sido um dos tolos arrogantes expostos por Deus. Quando comecei a ter alguns resultados no meu dever, eu achei que eu não era tão ruim, e que era apta para o trabalho de líder de equipe. Além disso, eu era capaz de resolver problemas. Por esses motivos, eu me elevei bastante e passei a ter uma opinião elevada de mim mesma. Por consequência, quando me deparava com coisas com que não sabia lidar, eu era cautelosa e indecisa, temia dizer a coisa errada e arruinar minha boa imagem. Então decidi expressar menos opiniões e fazer menos perguntas. Mesmo quando buscava ajuda, eu escolhia perguntas mais difíceis para mostrar as minhas habilidades, para que ninguém visse as minhas fraquezas. Eu até fazia jogos mentais, dividindo as perguntas entre as pessoas, para que elas não enxergassem como eu realmente era. Eu era arrogante e astuta e carecia de autoconsciência. Eu fingia de várias maneiras para que as pessoas me admirassem. Eu era tão tola, odiosa para Deus, e repugnante para as outras pessoas. Eu escondia minhas falhas para proteger meu nome e status, e como resultado os problemas no meu dever permaneciam sem solução. Eu estava atrasando o trabalho da igreja. O que eu tinha na cabeça? Eu era tão desprezível e maligna. Eu podia garantir minha posição a curto prazo fingindo, mas Deus observa tudo, e, mais cedo ou mais tarde, eu seria exposta e banida por Deus por enganá-Lo e por atrasar o trabalho da igreja. Ocorreu-me que os anticristos prezam o status em especial e não poupam nem os interesses da igreja, para o bem de seu próprio status. Qual era a diferença entre o meu caráter e minhas perspectivas acerca da busca e os de um anticristo? O status me beneficiava? Ele me impedia de admitir e encarar minhas falhas, e eu tinha perdido a razão. Eu não queria buscar quando me deparava com problemas, e, em vez disso, passava a fingir e me tornava cada vez mais astuta. Como resultado, eu acabaria na senda de um anticristo, e seria desprezada e banida por Deus. Isso prejudicaria o trabalho da igreja e me destruiria. A essa altura, eu entendi como seria perigoso continuar desse jeito. Era um alerta de que eu não podia mais continuar cumprindo o meu dever desse jeito.

Li mais das palavras de Deus com uma senda de prática, e isso me libertou ainda mais. Deus diz: “Algumas pessoas são promovidas e nutridas pela igreja e recebem uma boa chance de serem treinadas. Isso é algo bom. Pode-se dizer que elas foram elevadas e agraciadas por Deus. Como, então, elas deveriam cumprir seu dever? O primeiro princípio que deveriam seguir é entender a verdade. Quando não entendem a verdade, elas devem buscar a verdade, e se elas ainda não entenderem depois de buscarem, elas podem encontrar alguém que entenda a verdade para comungar e com quem buscar, o que tornará a resolução do problema mais rápida e oportuna. Se você se concentrar apenas em passar mais tempo lendo as palavras de Deus sozinho e em passar mais tempo ponderando essas palavras, a fim de alcançar entendimento da verdade e resolver o problema, isso é lento demais; como diz o ditado, ‘a água distante não saciará uma sede urgente’. Se, quando se trata da verdade, você deseja progredir rapidamente, então deve aprender a trabalhar em harmonia com os outros, a fazer mais perguntas e a fazer mais busca. Só então a sua vida crescerá rapidamente, e você será capaz de resolver problemas em tempo oportuno, sem qualquer atraso em qualquer dos dois. Visto que você acabou de ser promovido e ainda está em período de teste, e não compreende realmente a verdade nem possui a verdade realidade — porque ainda lhe falta essa estatura — não pensa que a sua promoção significa que você possui a verdade realidade; não é o caso. É apenas porque você tem um senso de fardo em relação ao trabalho e possui o calibre de um líder que você é selecionado para a promoção e nutrição. Você deveria ter esse senso(A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (5)”). Refleti sobre isso e vi que a igreja promove e cultiva pessoas para lhes dar uma oportunidade de praticar. Não significa, de modo algum, que elas entendem a verdade, conseguem resolver problemas ou que são aptas para o uso de Deus. Em toda a sua prática, elas encontrarão todo tipo de problema real, e se continuarem buscando e comungando, aos poucos começarão a entender diferentes aspectos dos princípios. A essa altura, elas poderão resolver problemas e cumprir bem o seu dever. Eu sabia que devia encarar minhas falhas e saber quem eu era, buscar mais verdade, discutir e comungar mais com os outros quando surgissem problemas e dar tudo que eu tenho. Então, mesmo que algum dia ficasse claro que o meu calibre era, de fato, insuficiente, que eu não estava à altura desse trabalho, pelo menos minha consciência estaria limpa. Senti um grande alívio depois de refletir sobre isso. Eu não podia continuar mantendo as aparências; ao contrário, devia ser honesta e encarar de frente as minhas falhas e fraquezas.

Depois disso, nas nossas discussões de equipe, eu compartilhei honestamente as minhas opiniões. No início, hesitei um pouco, pois temia dizer a coisa errada e parecer que eu tinha entendimento superficial e calibre pobre. Principalmente quando havia problemas que eu não entendia direito, as opiniões que eu compartilhava não eram muito claras, e depois que eu terminava de falar, meu coração começava a palpitar, pensando que todos perceberiam como eu realmente sou. Mas então eu me lembrava de que esse era meu nível de fato e que não faria mal se eu fosse menosprezada. O que importa é ser uma pessoa honesta diante de Deus, e é meu dever expressar meus pensamentos e participar das discussões. É a única maneira de ter paz na vida. Depois disso, quando surgia uma questão no meu dever, eu pedia a opinião dos outros. De vez em quando, eu ainda temia ser menosprezada, mas quando entendi que esconder as minhas falhar para proteger o meu orgulho poderia prejudicar o trabalho da igreja, eu fiz um esforço para me afastar desse impulso e procurar ajuda. Quando fiz isso, comecei a entender coisas que não tinha entendido antes e fiquei mais calma, mais em paz. Às vezes, os irmãos tinham um entendimento mais correto do que eu, e eu imaginava se todos pensavam que eu não prestava para nada. Mas eu podia ver que essa não era a forma correta de olhar para as coisas. Eu devia aprender com os pontos fortes dos outros para compensar as minhas fraquezas. Isso não é um dom? Não fiquei aflita quando pensei sobre isso desse jeito, e, aos poucos, comecei a me sentir cada vez mais livre. Sou grata pela orientação de Deus que me permitiu experimentar como ser honesta traz liberdade, e agora tenho mais fé para colocar as palavras de Deus em prática.

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