Perseverar na adversidade

23 de Abril de 2024

Por Anna, Mianmar

Em maio de 2022, membros de várias vilas aceitaram a obra de Deus Todo-Poderoso nos últimos dias. Mas logo depois disso, muitos recém-convertidos pararam de vir às reuniões. Depois de investigar, descobrimos que soldados armados estavam fazendo patrulhas noturnas e prendiam todos os que faziam reuniões. Em outras áreas, alguns irmãos e irmãs já haviam sido multados, presos e encarcerados por causa de sua fé. Os recém-convertidos dessas vilas estavam tão assustados que não ousavam participar de reuniões. Foi então que meu líder designou Isa e a mim para apoiar os recém-convertidos. Nessa época, Isa e eu regávamos os recém-convertidos separadamente.

Uma noite, antes de eu voltar para casa, a Isa me chamou de repente e disse que a nossa irmã anfitriã estava com medo de ser multada ou presa e pediu que nos mudássemos. Eu pensei: “Onde podemos encontrar uma família anfitriã a essa hora?”. Mais tarde, acabamos tentando a irmã Yana, mas a Yana e o filho estavam com medo de ser presos e não se atreveram a nos hospedar, por isso ficamos sem teto no meio da noite. Eu me senti muito triste e injustiçada. Estava chovendo nessa noite, Isa e eu não sabíamos aonde ir e queríamos sair daquele lugar, mas ainda havia muitos recém-convertidos que precisavam de rega e apoio. Se fôssemos embora e os recém-convertidos não recebessem rega, seria pouco provável que ficassem firmes por conta própria e nós estaríamos evitando a nossa responsabilidade. Percebendo isso, decidi ficar e ver se mais alguém estaria disposto a nos hospedar. Mais tarde, um recém-convertido se dispôs a nos receber em casa, mas só poderíamos ficar lá uma noite. Na hora, chorei, pensando: “Só posso ficar lá uma noite e depois ficarei sem teto. Quero trabalhar, mas há grandes obstáculos; não conhecemos bem a área, e, se o governo descobrir que estamos pregando o evangelho, seremos presas e perseguidas”. Fiquei desanimada e quis desistir. Quando minha supervisora soube que eu queria ir embora, ela disse: “Os recém-convertidos não entendem a verdade e vivem com timidez e medo — precisam de rega e apoio. Não podemos desistir dos novatos; veja se você pode dar um jeito de ficar. Temos que aprender a confiar em Deus, Ele preparará um lugar para você”. Esse conselho me fez perceber que eu deveria confiar mais em Deus durante esse período difícil. Então, orei a Deus, pedindo que Ele abrisse um caminho para nós. Depois disso, enquanto lia algumas mensagens em nosso bate-papo em grupo, me deparei com esta passagem das palavras de Deus: “Desde o momento em que Deus confiou a construção da arca a Noé, em momento algum Noé pensou: ‘Quando é que Deus destruirá o mundo? Quando Ele me dará o sinal de que fará isso?’. Em vez de ponderar sobre tais questões, Noé fez um grande esforço para gravar em sua memória cada coisa que Deus lhe dissera e então executar cada uma. Depois de aceitar o que Deus tinha confiado a ele, Noé se pôs a executar e realizar a construção da arca de que Deus falara como se fosse a coisa mais importante da vida dele, sem nem pensar em adiar nada. Dias se passaram, anos se passaram, dia após dia, ano após ano. Deus nunca pressionou Noé, mas durante todo esse tempo Noé perseverou na tarefa importante que Deus lhe confiara. Cada palavra e frase que Deus tinha professado estava inscrita no coração de Noé como palavras gravadas numa tábua de pedra. Sem dar atenção às mudanças no mundo exterior, à zombaria das pessoas em sua volta, às adversidades envolvidas ou às dificuldades que encontrou, ele perseverou o tempo todo naquilo que Deus lhe confiara, jamais desesperando nem pensando em desistir. As palavras de Deus estavam inscritas no coração de Noé e tinham se tornado sua realidade cotidiana. Noé localizou e armazenou cada um dos materiais necessários para a construção da arca, o formato e as especificações da arca ordenadas por Deus aos poucos ganharam forma com cada batida cuidadosa do martelo e cinzel de Noé. Em chuva e vento, e não importando como as pessoas gozassem dele ou o caluniassem, a vida de Noé procedeu dessa maneira, ano após ano. Secretamente, Deus observou cada ação de Noé, sem jamais dirigir outra palavra a ele, e Seu coração se comoveu com Noé. Noé, porém, não sabia nem sentia isso; do início ao fim, ele simplesmente construiu a arca e reuniu cada espécie de criatura viva, em lealdade inabalável às palavras de Deus. No coração de Noé, não existia instrução mais alta que ele deveria seguir e executar: as palavras de Deus eram sua orientação e objetivo vitalícios. Assim, não importava o que Deus lhe dissesse, não importava o que Deus exigisse dele e ordenasse que ele fizesse, Noé o aceitou completamente e o gravou na memória; ele considerou isso a coisa mais importante de sua vida, e lidou com isso nesse sentido. Ele não só não esqueceu, ele não só o gravou na mente, mas também realizou no dia a dia, usando sua vida para aceitar e executar a comissão de Deus. E dessa maneira, prancha após prancha, a arca foi construída. Cada gesto de Noé, cada um de seus dias era dedicado às palavras e aos mandamentos de Deus. Pode não ter parecido que Noé estava realizando um empreendimento muito importante, mas, aos olhos de Deus, tudo que Noé fazia, cada passo que tomava para alcançar algo, cada trabalho executado por sua mão — todos eram preciosos, merecedores de comemoração e dignos de imitação por essa humanidade. De modo inabalável, Noé aderiu ao que Deus tinha confiado a ele. Ele era inabalável em sua crença de que cada palavra professada por Deus era verdade; ele não tinha dúvida disso. E, como resultado, a arca foi completada, e cada espécie de criatura viva foi capaz de viver nela(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Dois: Como Noé e Abraão ouviram as palavras de Deus e Lhe obedeceram (parte 1)”). Noé ouviu as palavras de Deus, e guardou as palavras e a comissão de Deus no coração; ele considerou a construção da arca o aspecto mais importante de sua vida, e a conclusão da arca, sua maior responsabilidade. Durante dias e dias, anos e anos, e apesar de sofrimento, fadiga, dificuldades, clima implacável, calúnia, ridicularização e abandono dos outros, ele perseverou em sua missão dada por Deus e nunca pensou em desistir. Ele fez isso porque tinha um coração que teme a Deus, portanto cada palavra de Deus estava gravada em seu coração. Comparando o comportamento de Noé com o meu, eu sempre quis que meu dever fosse tranquilo e eu nunca encontrasse dificuldades. Quando surgiam dificuldades no meu dever, eu não tinha onde ficar e corria o risco de ser presa, eu sempre queria me retrair e era avessa a sofrer e pagar um preço. Eu vi que eu não ligava para a vontade de Deus e não queria realmente satisfazer a Deus. A experiência de Noé foi bastante motivadora para mim e fez eu me sentir envergonhada. Eu não estava mais disposta a ceder à minha carne e decidi ficar para apoiar os recém-convertidos. Se ninguém me hospedasse, eu iria dormir nos campos, mas perseveraria em divulgar o evangelho e regar os recém-convertidos.

Mais tarde, Isa e eu contatamos um recém-convertido chamado Nevin e perguntamos se poderíamos ficar numa cabana no terreno dele. Nevin e seus pais consentiram. Eu sabia que Deus havia aberto um caminho para nós. Depois disso, chamei todos os recém-convertidos da vila para uma reunião e lhes comuniquei: “Quando Deus faz Sua obra para salvar as pessoas, Satanás sempre causa perturbações. Deus permite a perturbação e a perseguição de Satanás a fim de aperfeiçoar a fé e o amor do homem, e para revelar e expulsar pessoas e testar sua fé. Se nós, crentes, quisermos buscar a verdade e a vida, não podemos nos esquivar do sofrimento. Devido à perseguição, não podemos fazer reuniões em casa, por isso tivemos de nos reunir nas montanhas. Apesar da dificuldade dessas condições, o sofrimento pelo qual passamos foi significativo. Se esperarmos até o colapso do regime satânico e o fim da perseguição para acreditar em Deus, a obra de Deus já terá sido concluída, e perderemos nossa chance de salvação. Por que devemos divulgar o evangelho? Porque estes são os últimos dias e esta é a última etapa da obra de Deus de salvar a humanidade. Se perdermos este momento, nunca seremos salvos. No futuro, as calamidades serão cada vez mais graves e insuportáveis”. Nessa ocasião, comunicamos muita coisa, e, depois disso, alguns recém-convertidos disseram: “Não podemos nos proteger dessas calamidades, e ninguém, nem mesmo o governo, pode nos salvar. Somente Deus pode nos salvar, portanto devemos acreditar em Deus e participar das reuniões”. Alguns recém-convertidos disseram: “Não podemos ter medo de ser presos ou multados pelo governo, tudo está nas mãos de Deus, e devemos continuar nos reunindo”. Depois disso, comunicamos a verdade da encarnação e da obra de julgamento. Depois de regados por mais dez dias, todos eles puderam participar das reuniões regularmente.

Depois de mais uns dez dias, a polícia ordenou outra patrulha noturna. Nevin tinha medo de ser implicado e não queria que ficássemos mais em sua cabana. Não pude deixar de reclamar quando me deparei com essa situação. Tínhamos tantos recém-convertidos para regar e apoiar, havia tantas dificuldades em nosso trabalho, e não tínhamos nem mesmo um lugar para ficar. Fiquei muito infeliz, e não tinha vontade de resolver os problemas dos recém-convertidos. Mais tarde, uma irmã me enviou uma passagem das palavras de Deus: “Porque, quando uma pessoa aceita o que Deus lhe confia, Deus tem um padrão para julgar se as ações da pessoa são boas ou más e se a pessoa se submeteu, e se a pessoa satisfez a vontade de Deus, e se o que ela faz está à altura desse padrão. Deus Se importa é com o coração da pessoa, e não com seus gestos aparentes. Não é que Deus abençoe alguém desde que este faça alguma coisa, sem importar como faz. Isso é um equívoco das pessoas acerca de Deus. Deus não olha apenas para o resultado final das coisas, mas coloca mais ênfase em como é o coração da pessoa e qual é a atitude da pessoa durante o desenvolvimento das coisas, e olha se há submissão, consideração e desejo de satisfazer a Deus em seu coração(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus I”). Depois de ler as palavras de Deus, refleti sobre mim mesma: quando comecei a apoiar os recém-convertidos, pensei que estava cumprindo meu dever, que tudo deveria correr bem, e que os recém-convertidos me entenderiam, acolheriam e protegeriam. Quando me deparei com a perseguição, ninguém me hospedou, e vários problemas surgiram em nosso trabalho, eu só reclamava da situação difícil em que me encontrava, e de que os recém-convertidos não ansiavam pela verdade. Eu achava o trabalho muito difícil e queria voltar para casa. Quando se tratava de sofrer e pagar um preço, eu simplesmente não queria me submeter. Só considerava os interesses da minha carne e não me importava nem um pouco com a vontade de Deus. Ao pensar nisso, fiquei muito envergonhada. Mais tarde, uma irmã me enviou este lembrete: “Por que você não foi capaz de se submeter quando se tratava de sofrer e pagar um preço? Por que você sempre considerou apenas os interesses da sua carne? Que caráter corrupto causou isso?”. Eu refleti continuamente sobre as perguntas da irmã.

Mais tarde, me deparei com uma passagem das palavras de Deus: “Agora, as coisas que acontecem com você e que não estão de acordo com suas noções podem afetar o desempenho do seu dever? Por exemplo, às vezes, o trabalho torna-se árduo e as pessoas precisam suportar algumas dificuldades e pagar um pequeno preço para desempenhar bem seus deveres; algumas pessoas então desenvolvem noções em suas mentes, fazendo surgir resistência nelas, e elas podem se tornar negativas e negligentes em seu trabalho. Às vezes, o trabalho é árduo e os deveres das pessoas tornam-se mais fáceis de desempenhar, e algumas pessoas então se sentem felizes e pensam: ‘Seria ótimo se o desempenho de meu dever fosse sempre fácil assim’. Que tipo de pessoas elas são? São indivíduos preguiçosos e gananciosos pelos confortos da carne. Essas pessoas são leais no desempenho de seus deveres? (Não.) Essas pessoas afirmam estar dispostas a se submeter a Deus, mas sua submissão vem com condições — as coisas precisam se ajustar a suas noções e não fazer com que sofram qualquer dificuldade para que se submetam. Se encontrarem adversidade e precisarem suportar dificuldades, reclamam muito e até se rebelam contra Deus e se opõem a Ele. Que tipo de pessoas elas são? São pessoas que não amam a verdade. Quando as ações de Deus estão de acordo com suas noções e desejos, e elas não têm de suportar dificuldades ou pagar um preço, elas são capazes de se submeter. Mas se a obra de Deus não estiver alinhada a suas noções ou preferências, e exigir que elas suportem dificuldade e paguem um preço, elas não são capazes de se submeter. Ainda que não se oponham abertamente a isso, no coração elas são resistentes e aborrecidas. Elas se veem enfrentando grandes dificuldades e abrigam reclamações no coração. Que tipo de problema é esse? Isso mostra que elas não amam a verdade(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Por meio das palavras de Deus, aprendi que algumas pessoas querem que tudo corra bem em seu dever. Assim que encontram dificuldades e precisam sofrer ou pagar um preço, elas resistem e reclamam. Essas pessoas são preguiçosas, cobiçam os confortos da carne, não são leais em seus deveres, não dão a mínima para a vontade de Deus e não amam a verdade. Percebi que eu era exatamente igual. Eu só queria um dever fácil e que o trabalho fosse tranquilo. Não estava disposta a sofrer ou pagar um preço. Quando enfrentei perseguição, quando os recém-convertidos não ousavam nos receber ou se reunir por medo de ser presos e não apenas minha carne sofreu por não ter um lugar para ficar, mas também tive que pagar um preço maior para encontrar os recém-convertidos e comunicar as palavras de Deus e ajudá-los, eu me queixei de que era difícil estar sob perseguição, que os recém-convertidos eram tímidos, e só quis abandonar meu dever e ir embora. Assim que me deparei com dificuldades, comecei a pensar nos interesses de minha carne e não tinha o mínimo de lealdade e submissão. Deus permitiu que essa situação acontecesse e queria que eu buscasse a verdade e aprendesse lições com essa experiência, mas eu não valorizei a entrada na vida, sempre cobicei os confortos da carne e vi meu dever em termos das minhas preferências. Eu simplesmente não era uma pessoa que amava a verdade. Houve outra passagem que teve um impacto profundo em mim. Deus diz: “Hoje, você não crê nas palavras que digo e não presta atenção nelas; quando chegar o dia de difundir essa obra e você perceber a totalidade dela, você se lamentará e, naquele tempo, você ficará perplexo. Há bênçãos, mas você não sabe como desfrutá-las, e há a verdade, mas você não a busca. Acaso você não está trazendo desprezo sobre si mesmo? Hoje, embora o próximo passo da obra de Deus ainda esteja por começar, nada há de excepcional no que se refere às demandas feitas a você e ao que se espera que você viva. Há tanta obra e tantas verdades; elas não são dignas de serem conhecidas por você? O castigo e o julgamento de Deus são incapazes de despertar seu espírito? O castigo e o julgamento de Deus são incapazes de fazer com que você se odeie? Você se contenta com viver sob a influência de Satanás, em paz e alegria e com um pouco de conforto carnal? Será que você não é a mais baixa de todas as pessoas? Ninguém é mais tolo do que aquelas que contemplaram a salvação, mas não buscam ganhá-la; são pessoas que se empanturram com a carne e se deliciam com Satanás. Você espera que sua fé em Deus não envolva quaisquer desafios ou tribulações nem a menor dificuldade. Você sempre busca coisas sem valor e não dá valor à vida; em vez disso, coloca seus pensamentos extravagantes acima da verdade. Você é tão inútil! Você vive como um porco — que diferença há entre você, porcos e cães? Os que não buscam a verdade e, em vez disso, amam a carne não são todos bestas? Os mortos sem espírito não são todos cadáveres ambulantes? […] Eu lhe concedo vida humana real, mas você não busca. Você não é nada diferente de um porco ou de um cão? Porcos não buscam a vida do homem, não buscam ser purificados e não entendem o que é vida. Todo dia, depois de comer sua porção, eles simplesmente dormem. Dei a você o caminho verdadeiro, mas você não o ganhou: você está de mãos vazias. Você está disposto a continuar nessa vida, na vida de um porco? Qual é o significado de tais pessoas estarem vivas? Sua vida é desprezível e ignóbil, você vive no meio da imundície e licenciosidade e não busca nenhum objetivo; acaso sua vida não é a mais ignóbil de todas? Você se atreveria a levantar os olhos para Deus? Se você continuar a experimentar desse modo, o que adquirirá além de nada? O caminho verdadeiro foi dado a você, mas ganhá-lo ou não depende, em última análise, da sua busca pessoal(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). Com as palavras de Deus, percebi que Deus expressa Suas palavras, rega e supre as pessoas e nos dá a chance de cumprir nossos deveres esperando que buscaremos e alcançaremos a verdade nos deveres, alcançaremos mudança de caráter e seremos salvos. Essas são a exaltação e a graça de Deus. Aqueles que amam a verdade valorizam essas oportunidades. No decorrer de seus deveres, eles buscam e alcançam a verdade. Já eu não amava a verdade e, quando encontrava dificuldades no dever, eu resistia e reclamava da minha situação. Sentia que tudo era muito cansativo e difícil, não estava disposta a sofrer ou pagar um preço e só queria me afastar. Já que eu era muito preguiçosa e não estava disposta a buscar a verdade, mesmo que eu seguisse Deus até o fim, nunca obteria a verdade ou alcançaria mudança de caráter e, por fim, seria expulsa e punida. Eu tinha que parar de ceder à minha carne, tinha que me rebelar contra ela e cumprir bem meu dever. Percebi que esses recém-convertidos eram tímidos e temerosos porque tinham acabado de entrar na fé, ainda não tinham se enraizado no caminho verdadeiro e não entendiam a verdade. Se eu não pagasse um preço e não passasse por um pouco de sofrimento para regá-los e apoiá-los, esses recém-convertidos provavelmente não conseguiriam ficar firmes por conta própria e eu seria marcada por uma transgressão. Não importava se teríamos ou não uma família anfitriã e se passaríamos por algum sofrimento, eu estava disposta a perseverar no dever e cumprir minha responsabilidade. Naquele dia, a mãe de Nevin veio até mim no campo e me disse: “Os milicianos estão começando as patrulhas noturnas agora, estamos preocupados que você vai se deparar com eles já que você é uma pessoa de fora que entra e sai da vila”. Em comunhão com ela, eu disse: “Quando Deus estava preparado para destruir Sodoma, os sodomitas queriam ferir os dois anjos que Deus enviou para lá. Ló sobreviveu porque hospedou os dois anjos em casa. Deus está, agora, na última etapa de Sua obra de salvação da humanidade. Essas pessoas que perseguem os crentes são tão más quanto os sodomitas. É normal ficarmos preocupados, mas devemos ter fé. Sermos encontradas ou não pelos milicianos está nas mãos de Deus. Devemos orar mais a Deus, Ele protegerá Sua obra. Se vocês não nos hospedarem e tivermos que partir, não poderemos regar vocês. Se nos hospedar enquanto divulgamos o evangelho aqui, essa será sua boa ação, e Deus se lembrará disso”. Depois da minha comunhão, ela ficou com menos medo, e até bem feliz. Depois disso, passou a cuidar bem de nós e eu pude ficar e ter comunhão com os recém-convertidos e fazer reuniões dia e noite. Depois de entender algumas verdades, os recém-convertidos convidaram amigos e familiares para ouvir o evangelho. Em apenas dois meses, 120 moradores aceitaram a obra de Deus nos últimos dias. Fiquei muito feliz ao ver todos esses recém-convertidos participando das reuniões. Apesar do fato de ter sido um processo difícil e de eu ter sofrido um pouco, fiquei em paz sabendo que havia cumprido meu dever. Tendo testemunhado a orientação de Deus, ganhei fé.

Mais tarde, nossa supervisora nos designou para apoiar os recém-convertidos em outra vila. Primeiro, fomos à casa de um recém-convertido, o irmão John. John era relativamente proativo em seus deveres e conseguia reunir os recém-convertidos em reuniões, mas depois parou de participar das reuniões por medo de ser preso. Queríamos primeiro apoiar John e depois passar por ele para apoiar outros recém-convertidos, mas John não queria falar conosco. Sua esposa disse: “Durante uma reunião na nossa vila, disseram-nos para não ouvirmos sermões nem acreditarmos em Deus. A milícia faz patrulhas noturnas e prende quem for pego ouvindo. Eles nos proibiram de ouvir os sermões, estamos com medo de ser presos; e também estamos muito ocupados e não temos tempo para ouvir”. Depois de dizer isso, ela apenas começou a nos ignorar. Como essa recém-convertida não nos deixava falar e nos evitava, eu vi que as dificuldades só aumentavam. Ir e voltar da vila era uma jornada longa e cansativa, por isso parei de apoiar os recém-convertidos e continuei fazendo outros trabalhos. Depois de um tempo, meu supervisor me lembrou de novo que os recém-convertidos estariam ocupados durante o dia e que eu poderia ir à noite. Pensei comigo: “Eles estão nos evitando e não querem nos ouvir; mesmo que eu vá, não saberei o que fazer. É uma longa jornada para chegar lá e será ainda mais difícil à noite”. Portanto, eu não queria ir. Então percebi que estava me esquivando da minha responsabilidade para com os recém-convertidos ao adiar continuamente a ida. Pensei na revelação de Deus sobre como agem os falsos líderes. As palavras de Deus dizem: “Digamos que há um trabalho que deve ser completado em um mês por uma pessoa. Se ela levar seis meses para fazer esse trabalho, cinco desses meses não serão uma perda? Deixe-Me dar um exemplo quanto a divulgar o evangelho. Algumas pessoas estão dispostas a investigar o caminho verdadeiro e só precisam de um mês para se converter, e, depois disso, elas entram para a igreja e continuam a receber rega e sustento. Só são precisos seis meses para estabelecer um fundamento. Mas se a atitude da pessoa que espalha o evangelho for de indiferença e superficialidade, e os líderes e obreiros não tiverem nenhum senso de responsabilidade, e acabar levando meio ano para converter a pessoa, esse meio ano não constitui uma perda para a vida dela? Se enfrentar um desastre grande e não tiver fundamento no caminho verdadeiro, ela estará em perigo, e você não deverá algo a ela? Tal perda não é medida em dinheiro ou bens materiais. Você a atrasou em entender a verdade por meio ano, você a atrasou em estabelecer um fundamento e em cumprir o dever por meio ano. Quem assumirá a responsabilidade por isso? Os líderes e obreiros são capazes de assumir a responsabilidade por isso? Ninguém é capaz de assumir a responsabilidade por atrasar a vida de alguém. Já que ninguém é capaz de assumir essa responsabilidade, o que é apropriado que líderes e obreiros façam? Quatro palavras: dar tudo de si. Dar tudo de si para fazer o quê? Para cumprir suas responsabilidades, fazer tudo o que puder ver com seus olhos, pensar no seu coração e realizar com seu calibre. Isso é dar tudo de si, isso é ser leal e responsável, e essa é a responsabilidade que os líderes e os obreiros devem cumprir(A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (4)”). Por meio das palavras de Deus, aprendi que não importa o trabalho que se faça, se poderia ter sido feito em um mês, mas acabou levando seis meses para ser concluído, isso é uma perda muito grande. Por exemplo, no caso da divulgação do evangelho, se alguém estiver disposto a investigar o caminho verdadeiro, ele pode ser trazido à fé em um mês e entrar em tempo hábil na casa de Deus se o propagador do evangelho cumprir sua responsabilidade. Isso permitirá que ele entenda a verdade mais cedo e se enraíze no caminho verdadeiro. Se não pagarmos um preço em nosso dever, se tivermos uma atitude descuidada e superficial e levarmos seis meses para trazer essa pessoa para a fé, isso será uma grande perda para sua vida. Se acontecerem calamidades, e essas pessoas ainda não tiverem aceitado a obra de Deus, e não tiverem recebido a rega e o suprimento da verdade e morrerem, ninguém pode assumir a responsabilidade por essas mortes. Portanto, isso exige que não procrastinemos nossos deveres, e devemos nos esforçar ao máximo para cumprir nossas responsabilidades, para ficarmos de consciência limpa. Ao apoiar os recém-convertidos e divulgar o evangelho, eu não estava disposta a pagar um preço e não queria sofrer. Quando fui designada para apoiar os recém-convertidos e pregar o evangelho naquela vila, e enfrentei dificuldades e uma longa jornada, cedi à minha carne e desejei não ir, procrastinando dia após dia. Esses recém-convertidos eram tímidos, assustados e não ousavam participar de reuniões devido à perseguição do governo; eles precisavam urgentemente de rega e apoio para que pudessem entender a verdade e se libertar de suas restrições. Se a obra de Deus chegasse ao fim e essas pessoas não tivessem se libertado das forças das trevas e não se reunissem e ouvissem as palavras de Deus, elas não entenderiam a verdade, não alcançariam a salvação de Deus e seriam consumidas pelas calamidades. Além disso, havia muitos naquela vila que ainda não tinham ouvido a voz de Deus. Se outros se entregassem à carne, como eu fiz, desistindo de pregar o evangelho diante das dificuldades, essas pessoas não ouviriam a voz de Deus e não receberiam a salvação de Deus. Tive de parar de procrastinar e deixar de lado minhas preocupações. Não importava a situação que surgisse, eu tinha que passar por ela e cumprir minhas responsabilidades.

Mais tarde, lembrei-me de outra passagem das palavras de Deus: “Como um ser criado, como um daqueles que seguem a Deus, independentemente de idade, gênero ou senioridade, pregar o evangelho é uma missão e um dever que todos devem aceitar. Se essa missão chegar até você e exigir que você se despenda, pague um preço ou até mesmo sacrifique sua vida, o que você deve fazer? Você deve se sentir obrigado a aceitá-la. Essa é a verdade, é o que você deve entender. Isso não é uma simples doutrina — é a verdade. Por que digo que é a verdade? Porque não importa como os tempos mudem, como as décadas passem ou como os lugares e espaços mudem, pregar o evangelho e dar testemunho de Deus será sempre algo positivo. Seu significado e seu valor nunca mudarão: jamais serão influenciados por mudanças no tempo ou na localização geográfica. Pregar o evangelho e dar testemunho de Deus é eterno e, como um ser criado, você deve aceitar e praticar isso. Essa é a verdade eterna(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Um: Eles tentam conquistar as pessoas”). As palavras de Deus me tocaram profundamente. Foi com a graça de Deus que consegui ouvir Sua voz. Espalhar o evangelho e regar os recém-convertidos era meu dever, e eu tinha que completar esse trabalho. Quando eu precisasse sofrer e pagar um preço, deveria aceitar incondicionalmente. Não importava quais dificuldades ou situações eu enfrentasse, eu tinha de me submeter e cumprir meu dever. Tendo percebido isso, fui sozinha para a vila. Estava anoitecendo quando parti e havia começado a chover. Enquanto caminhava pela estrada, orei a Deus. Mais tarde, encontrei uma senhora idosa enquanto caminhava. Eu lhe disse que estava indo para a vila dela e, assim, caminhamos uma atrás do outra. Depois que cheguei à vila, não vi mais a senhora. Estava escuro. Eu não conhecia as estradas de lá e não sabia para onde ir, então fiquei sentada na beira da estrada. Eu estava muito ansiosa, preocupada por não saber o que dizer se eu encontrasse um patrulheiro noturno, por isso, clamei sem parar a Deus em meu coração. Nesse momento, uma mulher voltou do trabalho no campo e, ao me ver sentada sozinha, perguntou-me: “O que está fazendo aí sentada? Você pode vir para casa comigo”. Eu a segui até sua casa, e, quando lhe falei do evangelho, ela o aceitou. Mais tarde, ela levou outras pessoas para ouvir. Quando as pessoas souberam que eu estava pregando o evangelho, algumas me procuraram pessoalmente e pediram que eu fosse à casa delas pregar o evangelho. Dei testemunho da obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias e elas realmente gostaram de ouvir sobre isso. Alguns disseram: “Deus Todo-Poderoso é o Senhor Jesus retornado, Eles são um só Deus. Devemos continuar ouvindo as palavras de Deus Todo-Poderoso”. Outros disseram: “Mesmo que o governo nos persiga, continuaremos ouvindo”. Alguns dos recém-convertidos eram muito entusiasmados nas reuniões, vinham de manhã e à noite, e realmente tinham sede e desejo de se reunir e ouvir os sermões. Fiquei bastante surpresa. No passado, eu sempre cedia à minha carne e não estava disposta a sofrer e pagar um preço, mas quando retifiquei meu estado e me dispus a cooperar, vi que o que Deus faz está além da nossa imaginação. Nossa capacidade de expandir a divulgação do evangelho por meio daquela mulher foi um sinal de que Deus está realizando Sua obra. Isso me permitiu ver a autoridade de Deus e endureceu minha determinação de continuar a divulgar o evangelho. Depois de cerca de um mês, havíamos espalhado o evangelho por toda a vila. Dos recém-convertidos que antes tinham medo de ser presos, a maioria começou a se reunir novamente. Mais de oitenta moradores estavam se reunindo normalmente e conseguimos iniciar uma igreja. Graças a Deus!

Por meio dessa experiência, aprendi que a atitude de cada um em seu dever é muito importante. Quando nos submetemos e nos preocupamos com a vontade de Deus, vemos que não importa quanto nosso trabalho seja árduo, desde que cooperemos com sinceridade, a orientação de Deus fica evidente. Apesar de revelar corrupção, ficar negativa e fraca, e querer desistir, com a orientação e o suprimento das palavras de Deus, não desisti de divulgar o evangelho e não tive arrependimentos. Tudo isso foi feito com a proteção de Deus. Por meio dessa experiência, ganhei fé e fiz progresso na vida. Graças a Deus!

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