Desatando os nós do coração
Aconteceu na primavera passada, quando eu estava em dever evangelístico na igreja. Na época, a irmã Wang foi eleita diaconisa de evangelismo, por isso, conversávamos sempre sobre nossos deveres. Depois de um tempo, vi que ela era uma pessoa direta que dizia o que pensava. Sempre que via qualquer problema comigo, ela dizia na cara num tom meio que grosseiro. Quando se atualizava sobre nosso trabalho e era colocada a par dele, às vezes, ela apontava problemas em meu trabalho bem na frente dos outros irmãos. Sentia que aquilo me colocava numa situação constrangedora. No início, eu conseguia cerrar os dentes e aceitar suas repreensões, e percebia que isso se devia ao fardo que ela assumia em seu dever. Mas quando continuou acontecendo, eu não aguentei mais e pensei: “Eu coloco meu coração no meu dever. Por que você só enxerga meus erros?”. Numa reunião de trabalho, quando perguntou sobre alguém com quem estava compartilhando o evangelho, respondi: “Fui e comunguei algumas vezes com ela, mas desde que ela desenvolveu muitas noções e não é muito receptiva, parei de vê-la”. A irmã Wang me repreendeu na frente de todo mundo: “Você não está delimitando-a com base em sua própria imaginação? Você não investiu trabalho, como, então, pode saber que ela não aceitará o evangelho? Enquanto ela se conformar aos princípios de pregar o evangelho, você deve ir imediatamente para compartilhar testemunho com ela. Como você pode fazer bem o seu dever se é tão descuidada e irresponsável?” Quando vi sua cara feia e ouvi sua voz severa, senti que não aguentava mais. Eu me senti tão humilhada diante de todos os irmãos ali olhando para mim e sabia que eu estava errada, mas ela realmente teve que me criticar na frente de todos os outros? Eles não pensariam que eu era irresponsável, que não estava assumindo um fardo? Eles tinham me admirado bastante, mas só por ter deixado escapar uma pessoa, ela fez pouco de mim, desonrando-me totalmente. Eu não sabia como olhar nos olhos dos outros irmãos depois disso. Num esforço de salvar alguma reputação, eu disse algumas coisas para me defender, mas a irmã Wang não mediu palavras: “Irmã, é minha obrigação apontar deficiências suas. Descobri que você tende a inventar desculpas quando surgem problemas, que você não está disposta a aceitar ajuda nem feedback. Como isso pode ser cumprir o seu dever?” Isso me deixou ainda mais aborrecida, e pensei: “Você é tão arrogante! Como pode não ter consideração pelos sentimentos de outras pessoas? Você está deliberadamente denegrindo minha imagem, fazendo pouco de mim na frente de todos. Agora, não só todo mundo acredita que eu sou irresponsável em meu dever, mas também que tenho reputação de ficar inventando desculpas. O que os outros pensarão de mim? Quem confiará em mim e terá uma boa impressão de mim depois disso?” Meu rosto estava ardendo e me senti irritada e injustiçada. Lancei um olhar ressentido contra a irmã Wang, e embora não dissesse nada, me senti muito ofendida e irritada por ela. Não quis vê-la nem ouvir uma só palavra dela.
Depois disso, comecei a ficar irritada com a irmã Wang. Não queria ver seu rosto nem ouvir nada do que tinha a dizer. Sempre que tentava discutir um assunto comigo, eu simplesmente fazia cara feia e ficava quieta. Quando não tinha como evitar, relutante, eu dava alguma resposta superficial. Eu resistia e recalcitrava quando ela apontava algum problema em meu dever — eu era silenciosamente desafiadora. Às vezes, nas reuniões com outros, eu fazia um esforço de expor a corrupção da irmã Wang sob o pretexto de comungar sobre minhas experiências, para que todos a vissem como arrogante e a menosprezassem. Eu esperava que todos se juntariam contra ela para criticá-la e lidar com ela, para que soubesse como era ser humilhada o tempo todo, por ousar me ofender e denegrir tanto a minha imagem na frente de todo mundo! Como resultado disso, alguns irmãos realmente desenvolveram preconceitos contra a irmã Wang e não queriam mais procurá-la quando encontravam dificuldades em seu dever. Começaram a evitá-la um pouco. Quando vi isso, eu me senti um pouco agitada e culpada. Senti que, embora fosse direta, ela era realmente conscienciosa em seu dever e que, ao puxar todos os outros para o meu lado para que a banissem e evitassem, eu não estava fazendo nenhum favor ao nosso trabalho. Mas quando lembrei o modo como tinha me repreendido abertamente, fiquei obcecada e não consegui largar aquele bloqueio no meu coração. Mais tarde, quando vi que eu a estava expulsando, a irmã Wang parou de comungar comigo e, quando conversávamos, ela sempre tentava tentando ler meus pensamentos. Era muito embaraçoso. Isso pesou na minha consciência, e eu me perguntei se estava indo longe demais, se estava causando danos a ela daquele jeito. Mas então me lembrei de como fui humilhada na frente de todos e minha raiva se reacendeu. Continuei sem vontade de prestar-lhe a menor atenção. E assim, acabei vivendo em escuridão sem ter nada a dizer a Deus em oração e vendo meu desempenho cair cada vez mais em meu dever.
Certa vez, um líder escreveu à nossa equipe pedindo que fizéssemos uma avaliação da irmã Wang. Eu sabia em meu coração que a avaliação devia ser justa e objetiva, mas eu ainda guardava mágoas contra ela, então anotei todas as minhas queixas e preconceitos contra ela, dizendo que ela carecia de amor, que seus atos e palavras não edificavam as pessoas e que ela era ofensiva. Pensava que, depois de ler a avaliação, o líder teria uma conversa com ela, que ela provaria da humilhação ou que, talvez, seria demitida, e isso me pouparia de ter de interagir com ela. Mas depois de escrever a avaliação, tive essa sensação persistente de inquietação — minha consciência me acusava. Lembrei-me de todos os tipos de coisas que a irmã Wang tinha feito em seu dever e de que ela realmente conseguia fazer trabalho prático e ser séria e responsável em seu dever. O trabalho evangelístico da igreja passou a ter um sucesso muito maior desde que ela se tornou diaconisa, mas eu tinha ignorado todas essas coisas em minha avaliação. Isso não era justo com ela! Quanto mais pensava nisso, pior me sentia, então vim para diante de Deus em oração: “Ó Deus, meu coração está tomado de dor e escuridão. Sei que o que estou fazendo é errado, mas não consigo tratar a irmã Wang corretamente. Qual é a lição que devo aprender? Deus, por favor, esclarece-me e guia-me para que eu conheça minhas próprias falhas e corrupção, para que eu possa sair desse estado errado”.
Li isto nas palavras de Deus depois da minha oração: “Em seu cotidiano, em quais e em quantas situações vocês são tementes a Deus, e em quais coisas vocês não são? Vocês são capazes de odiar pessoas? Quando você odeia alguém, você é capaz de tomar atitudes graves contra essa pessoa ou vingar-se dela? (Sim.) Bem, então vocês são bem assustadores! Vocês não são tementes a Deus. Você ser capaz de fazer tais coisas significa que seu caráter é bastante vil, num grau bem sério! […] Você é capaz de inventar várias maneiras de punir pessoas porque você não gosta delas ou porque elas não se dão bem com você? Alguma vez você já fez esse tipo de coisa? Quanto disso você fez? Você não menosprezava sempre as pessoas indiretamente, fazia comentários mordazes e era sarcástico em relação a elas? (Sim.) Em que estados vocês se encontravam quando faziam tais coisas? Na época, vocês estavam desabafando e se sentiram felizes; vocês tinham vencido. Depois, porém, vocês pensaram consigo: ‘Fiz uma coisa tão desprezível. Eu não temo a Deus e tratei aquela pessoa de forma tão injusta’. Lá no fundo, vocês se sentiram culpados? (Sim.) Embora vocês não temam a Deus, vocês têm, pelo menos, algum senso de consciência. Assim, vocês ainda são capazes de fazer esse tipo de coisa novamente no futuro? Você ainda pode pensar em atacar e buscar vingança contra as pessoas, dificultando sua vida e lhes mostrando quem é o chefe sempre que você as desdenhar e não conseguir conviver com elas ou sempre que elas não obedecerem a você nem o ouvirem? Você dirá: ‘Se você não fizer o que eu quero, encontrarei uma oportunidade para punir você sem que alguém fique sabendo disso. Ninguém descobrirá, mas eu farei com que você se submeta diante de mim; eu lhe mostrarei o meu poder. Depois disso, ninguém ousará mexer comigo!’? Diga-Me o seguinte: que tipo de humanidade possui uma pessoa que faz tal coisa? Em termos de sua humanidade, ela é maliciosa. Quando comparada à verdade, ela não reverencia a Deus” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os cinco estados necessários para estar na trilha certa em sua fé”). Essa leitura das palavras de Deus me comoveu muito. Lembrando aquele período, eu tinha desenvolvido preconceitos contra a irmã Wang porque ela havia apontado meus erros na frente dos outros de forma muito direta ao lidar comigo. Senti que ela havia me envergonhado, que a imagem que os outros tinham de mim seria arruinada. A partir de então, passei a ser irritável e resistente, não importava o que ela dissesse, e me enchi de queixas contra ela. Até dei vazão às minhas queixas e preconceitos nas reuniões. Usei o processo de avaliação para vingança pessoal em vez de avaliar imparcialmente suas qualidades e fraquezas. Simplesmente anotei todas as minhas queixas e preconceitos, esperando que o líder a demitisse ou pelo menos a podasse e lidasse com ela, afetando sua imagem. Dei vazão à minha raiva represada. Guardei mágoas contra ela e a ataquei para me vingar porque ela havia ferido minha dignidade. Queria mostrar-lhe meu poder para que não ousasse bater de frente comigo no futuro; Fiquei totalmente incontrolável. Estava revelando um caráter malicioso. Eu estava vivendo segundo meu caráter satânico, fazendo e dizendo o que queria sem um pingo de reverência por Deus. Percebi que, quando a irmã Wang estava trazendo à luz as minhas falhas e deficiências em meu dever, ela estava assumindo responsabilidade pelo trabalho da casa de Deus e que estava me ajudando, permitindo que eu me conhecesse. Eu, porém, me defendi e a excluí, não só a machucando e restringindo, mas também influenciando alguns outros irmãos para desdenharem o trabalho dela. Isso teve um impacto sério sobre o nosso trabalho evangelístico. Isso não significava que eu estava perturbando e impedindo o trabalho da casa de Deus? Eu era tão desprezível e maliciosa!
Mais tarde, li esta passagem das palavras de Deus. “As pessoas pensam assim: ‘Se você não vai ser gentil, então não serei justo! Se você for rude comigo, então também serei rude com você! Se você não me trata com dignidade, por que eu o trataria com dignidade?’. Que tipo de pensamento é esse? Não é uma maneira vingativa de pensar? Nas visões de uma pessoa comum, esse tipo de perspectiva não é viável? ‘Olho por olho e dente por dente’; ‘prove seu próprio remédio’ — entre os incrédulos, essas são todas as lógicas convincentes e se adaptam completamente às noções humanas. No entanto, como alguém que acredita em Deus — como alguém que busca entender a verdade e busca uma mudança de caráter —, você diria que tais palavras são certas ou erradas? O que você deve fazer para discerni-las? De onde vêm tais coisas? Elas vêm da natureza maliciosa de Satanás; contêm veneno e contêm a face verdadeira de Satanás em toda a sua malignidade e fealdade. Elas contêm a própria essência dessa natureza. Qual é a natureza das perspectivas, dos pensamentos, expressões, fala e até das ações que contêm a essência dessa natureza? Eles não são de Satanás? Esses aspectos de Satanás estão alinhados com a humanidade? Estão alinhados com a verdade ou com a realidade da verdade? São as ações que os seguidores de Deus devem realizar e os pensamentos e pontos de vista que deveriam possuir? (Não.)” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente resolver o seu caráter corrupto pode libertar você de um estado negativo”). “A exigência feita a vocês hoje — trabalhar juntos em harmonia — é semelhante ao serviço que Jeová exigiu dos israelitas: caso contrário, simplesmente parem de prestar serviço. […] Cada um de vocês, como pessoas que servem a Deus, deve ser capaz de defender os interesses da igreja em tudo que faz, em vez de simplesmente considerar seus próprios interesses. É inaceitável agirem sozinhos, boicotando uns aos outros. Pessoas que se comportam dessa maneira não são aptas para servir a Deus! Tais pessoas têm um caráter terrível; não resta nelas um pingo de humanidade. São cem por cento Satanás! São bestas! Mesmo agora, tais coisas ainda ocorrem entre vocês; vocês chegam até a atacar uns aos outros durante a comunhão, intencionalmente buscando pretextos e ficando todos vermelhos no rosto enquanto brigam por causa de algum assunto trivial, nenhuma pessoa estando disposta a tirar o foco de si mesmo, cada pessoa ocultando dos outros os seus pensamentos íntimos, observando intensamente a outra parte e sempre estando em guarda. Esse tipo de caráter condiz ao serviço a Deus?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Sirva como serviram os israelitas”). A revelação e o julgamento das palavras de Deus me mostraram por que eu era capaz de me comportar de modo vingativo — era porque, por meio da minha educação e socialização, Satanás tinha inculcado em mim todos os tipos de suas filosofias mundanas Como: “Cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “Olho por olho e dente por dente”, “Não atacarei a menos que eu seja atacado; se eu for atacado, certamente contra-atacarei”, “Prefiro trair a ser traído” etc. Eu via isso como coisas positivas e vivia minha vida segundo elas. Queria que tudo girasse em torno de mim, que outros me considerassem em seus atos e palavras para tornar tudo mais agradável para mim. Não queria que os outros fossem honestos, me dessem um feedback correto, e principalmente não queria que expusessem minha corrupção. No momento em que alguém se intrometia em meus interesses, eu ficava hostil, atacava e me vingava com segundas intenções. Meu caráter satânico me controlava, tornando-me arrogante, egoísta e maliciosa sem nenhuma semelhança humana. Isso é repugnante para Deus e repulsivo para outras pessoas. Deus exige que convivamos com os irmãos em harmonia, isso significa que, em meus atos e palavras, eu deveria manter um coração que teme a Deus, sustentando as palavras de Deus como o padrão da minha conduta em todas as coisas e colocando em primeiro lugar os interesses da casa de Deus, sem pensar em ganhos ou perdas para a minha reputação. Esse é o único jeito de cumprir bem o nosso dever com um só coração e uma só mente. Mas eu vivo segundo venenos satânicos e sempre quero proteger minha reputação. Eu sabia muito bem que estava cumprindo meu dever de qualquer jeito, mas não tolerava quando alguém afirmava isso. Entendi a ajuda e os lembretes da irmã Wang como algo que me envergonhava; não só me recusei a refletir sobre mim mesma, como também fiquei indignada com ela e me vinguei. Vi que eu carecia tanto de humanidade, que era tão insensata. Também vi minha natureza satânica de ser tão resistente, de estar cansada da verdade. Eu era, em essência, uma inimiga da verdade, inimiga de Deus! Se eu me recusasse a me arrepender, eu ofenderia o caráter de Deus, O enojaria e seria eliminada. Diante dessa percepção, eu me detestei totalmente e orei a Deus em arrependimento, disposta a me livrar dos meus preconceitos contra a irmã Wang, a aceitar ser podada e tratada por ela, a trabalhar em parceria com ela e executar nosso dever em harmonia.
Mais tarde, enquanto buscava e entrava nas verdades sobre trabalhar em harmonia com outros, assisti a um vídeo de leitura das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Amor e ódio são coisas que a humanidade normal deveria possuir, mas você deve diferenciar claramente entre aquilo que você ama e aquilo que você odeia. Em seu coração, você deve amar a Deus, amar a verdade, amar coisas positivas e amar seus irmãos e irmãs, enquanto deve odiar o diabo Satanás, odiar coisas negativas, odiar anticristos e odiar pessoas malignas. Se você abrigar ódio por seus irmãos e irmãs, você estará propenso a oprimi-los e se vingar deles; isso seria muito assustador. Algumas pessoas apenas têm pensamentos de ódio e ideias malignas. Após um tempo, se tais pessoas não conseguirem conviver com a pessoa que odeiam, elas começarão a se distanciar dela; no entanto, elas não permitem que isso afete seus deveres ou influencie seus relacionamentos interpessoais normais porque têm Deus em seu coração e O reverenciam. Não querem ofender Deus, e têm medo de fazê-lo. Embora possam abrigar certas opiniões sobre alguém, essas pessoas jamais colocam esses pensamentos em ação nem mesmo professam uma palavra sequer que seja imprópria, pois não querem ofender Deus. Que tipo de comportamento é esse? Isso é um exemplo de se comportar e lidar com as coisas com princípios e imparcialidade. Você pode ser incompatível com a personalidade de alguém e pode não gostar dele, mas quando trabalha com ele, você permanece imparcial e não desabafa suas frustrações em fazer seu dever, não sacrifica seu dever nem descarrega suas frustrações nos interesses da família de Deus. Você pode fazer as coisas de acordo com princípios; portanto, você tem uma reverência básica por Deus. Se você tiver um pouco mais do que isso, então, quando vir que alguém tem algumas falhas ou fraquezas — até se ele o ofendeu ou prejudicou seus interesses — você ainda é capaz de ajudá-lo. Fazê-lo seria ainda melhor; significaria que você é uma pessoa que possui humanidade, a realidade da verdade e reverência por Deus. Se você não consegue alcançar isso com sua estatura atual, mas consegue fazer as coisas, comportar-se e tratar as pessoas de acordo com princípios, então isso também conta como ser temente a Deus; isso é o mais fundamental” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os cinco estados necessários para estar na trilha certa em sua fé”). Deus exige que diferenciemos entre amor e ódio e tratemos os outros com base em princípios. Se o outro é uma pessoa perversa ou um anticristo, devemos expô-lo e rejeitá-lo sem misericórdia. Se o outro é uma pessoa que ama a verdade, mesmo que seja um pouco arrogante e tenha algumas falhas e deficiências, devemos corrigir nossos motivos e tratá-lo com amor e tolerância. No caso da irmã Wang, embora ela fosse muito franca e chamasse as coisas pelo nome, o que foi difícil suportar na época, ao refletir sobre isso agora, percebi que ela estava certa. Ela estava apontando uma falha minha que eu não tinha visto. Embora aquilo ferisse meu orgulho e me deixasse transtornada e magoada, Deus estava usando esse tipo de situação para tratar da minha vaidade. Ele estava me incentivando a ser mais genuína e prática em meu dever Por meio do tratamento da irmã Wang e de sua supervisão no meu dever. Isso permitiria que eu corrigisse minhas falhas em meu dever de modo oportuno. Na verdade, era uma bênção para mim! Sem lembretes ou ajuda dos outros, eu não faria nenhum progresso na minha entrada na vida ou no meu dever. A irmã Wang não tinha medo de me ofender, estava apenas apontando francamente as minhas falhas — isso era um senso de justiça e era feito por amor e apoio a mim. Ela também abordava seu dever com um senso de fardo e fazia trabalho prático. Mas eu a ataquei e me vinguei dela. Eu nem era mais humana!
Mais tarde, vi ainda outro vídeo de uma leitura das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Não se concentrem sempre nas falhas dos outros; reflitam frequentemente sobre si mesmos e sejam proativos, depois, em admitir ao outro o que fizeram que constitui interferência ou dano a ele. Aprendam a se abrir e comungar, e discutam juntos com frequência sobre como comungar de forma prática com base nas palavras de Deus. Quando o ambiente de sua vida é frequentemente como esse, os relacionamentos entre irmãos e irmãs se tornam normais — não complicados, indiferentes, frios ou cruéis como os relacionamentos dos incrédulos. Lentamente, vocês se despojarão de tais relacionamentos. Irmãos e irmãs se tornam mais próximos e mais íntimos uns com os outros; vocês são capazes de apoiar e amar uns aos outros; há boa vontade em seu coração, ou vocês têm uma mentalidade com que são capazes de ter tolerância e compaixão uns para com os outros, e apoiam e cuidam uns dos outros, em vez de um estado e de uma atitude em que lutam uns contra os outros, pisoteiam uns aos outros, são invejosos uns dos outros, se empenham em competição secreta, abrigam desprezo ou desdém oculto uns pelos outros ou em que ninguém obedece ao outro. […] Portanto, primeiro vocês devem aprender a conviver bem com seus irmãos e irmãs. Devem ser tolerantes e lenientes uns com os outros, ser capazes de ver o que há de excepcional no outro, quais são os pontos fortes de cada um — e devem aprender a aceitar as opiniões dos outros e recuar fundo dentro de si para se empenhar em autorreflexão e ganhar autoconhecimento” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O princípio mais fundamental para a prática da entrada na realidade da verdade”). As palavras de Deus me mostraram que, quando alguém me critica e me orienta, não importa seu tom ou atitude e se isso está alinhado com meu próprio raciocínio, eu deveria deixar meu ego de lado e aceitá-lo. Mesmo que seja algo que não faça sentido naquele momento, não deveria atacar para me vingar dele, mas deveria vir para diante de Deus para orar e buscar. Deveria confiar que, não importa o que me seja apresentado, aquilo é algo que Deus permite. É algo que necessito para a minha entrada na vida, para aprender uma lição, de modo que a primeira coisa que devo fazer é me submeter e refletir sobre mim mesma, ao mesmo tempo buscando palavras pertinentes de Deus para resolver meu problema. Em minhas interações com outros, deveria também levar mais em conta os seus pontos fortes, e, caso surja um conflito, deveria refletir primeiro sobre mim mesma e buscar a verdade. Devo reconhecer voluntariamente o meu erro e me abrir para outra pessoa sobre minha corrupção para que ela possa ver meu coração. Essa é uma precondição para alcançar cooperação harmoniosa e é um princípio em que devo entrar.
Mais tarde, procurei a irmã Wang e me abri com ela sobre a corrupção que eu tinha revelado e como a tinha tratado. Foi uma sensação muito libertadora, e as barreiras entre nós se dissolveram. Em nossa colaboração desde então, às vezes, ela diz algo de um jeito muito direto que fere meu ego e eu começo a sentir alguma resistência, mas então corro para orar a Deus e renuncio a mim mesma. Sei que isso foi permitido por Deus, por isso analiso meus próprios problemas e aceito a perspectiva dela. Ao colocar isso em prática, meus preconceitos contra ela desapareceram e sinto que nosso relacionamento se tornou muito mais descontraído. Cooperamos bem em nosso dever e, aos poucos, temos visto mais sucesso em nosso trabalho evangelístico. Essa experiência me ensinou que só aceitando o julgamento e castigo das palavras de Deus, que só baseando nosso comportamento nas palavras de Deus, podemos resolver nossas corrupções e viver uma humanidade normal. Dou graças a Deus Todo-Poderoso por Sua salvação para mim!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.