É correto ter fé só para receber bênçãos?
Em fevereiro de 2019, aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. No início, não entendia muito sobre a obra de julgamento de Deus dos últimos dias, e quando aconteciam coisas que não correspondiam às minhas noções, eu culpava Deus e O entendia errado. Eu tinha a perspectiva errada sobre a fé e acreditava que, contanto que fizesse um esforço genuíno por Deus e cumprisse bem o meu dever, Ele não permitiria que eu sofresse. Embora não pedisse bênçãos diretamente a Deus, como fazem as pessoas religiosas, no fundo do coração, eu achava que, contanto que fizesse sacrifícios por Ele, Ele cuidaria de mim. Então experimentei algo revelador e finalmente vi as impurezas na minha fé. As palavras de Deus me guiaram a conhecer a mim mesmo e a mudar minha opinião errada sobre a busca.
Um ano após ganhar minha fé, meus pais ouviram alguns boatos e se opuseram a ela. Eu queria praticar livremente, por isso saí da casa deles, desisti dos estudos e comecei a compartilhar o evangelho. No início, eu estava muito animado no meu dever e trouxe algumas pessoas pra igreja. Também recebi um pouco de ajuda financeira dos irmãos, então não precisava trabalhar e podia cumprir meu dever em tempo integral. Fiquei muito animado e tive ainda mais energia para o meu dever. Às vezes, eu compartilhava o evangelho com vários grupos no mesmo dia e falava por mais de dez horas. Eram dias bem cansativos. Eu passava muito tempo sentado e tudo me doía: o quadril, a coluna, a cabeça. Mesmo assim, eu queria compartilhar o evangelho e gostava de ajudar os irmãos sempre que eles se deparavam com problemas. Depois de um tempo, recebi uma mensagem da líder, dizendo que algumas coisas tinham mudado, por isso os outros não podiam continuar me apoiando financeiramente. Eu tinha que procurar emprego pra arcar com as minhas despesas.
Isso me magoou muito, e comecei a me preocupar. O que eu faria agora? Eu sofreria? Se meus amigos e parentes descobrissem, eles zombariam de mim e diriam que eu tinha desistido da escola pra ficar numa pior? Comecei a me arrepender de ter desistido dos estudos. Eu teria ensino superior se tivesse ficado na escola, poderia ter um emprego bom e não teria que sofrer adversidades. Mas agora seria difícil encontrar emprego, e dias difíceis me esperavam. Comecei a culpar Deus no meu coração. A líder me perguntou o que eu estava pensando, e eu disse: “Isso vem de Deus. Não tenho pensamentos negativos. É tranquilo, pra mim, encontrar emprego”. Na verdade, eu estava discutindo com Deus sem parar. Eu larguei a escola, por que Deus não queria me abençoar? Alguns dias depois, comecei a procurar emprego, mas não consegui encontrar um cargo bom porque a minha formação não era muito boa. Comecei a me perguntar por que Deus me faria passar por essa experiência. Por que Ele estava me fazendo sofrer? Ele poderia estar me abandonando? Pensei que Ele devia estar me abandonando e era por isso que eu estava sofrendo. Eu estava deprimido e continuei me queixando de Deus no meu coração. Estava sem vontade de cumprir meu dever. Por um tempo, eu só queria ficar sozinho. Não queria conversar com ninguém nem orar e ler as palavras de Deus. Só conseguia pensar em como sobreviveria no futuro. Eu estava cumprindo meu dever, mas sem empenhar meu coração. Eu agia sem me envolver, estava sendo muito desleixado. Eu não queria comungar com possíveis alvos evangelísticos quando eles tinham noções, e assim minha eficácia caiu rapidamente. Depois de um tempo, minha líder me perguntou como eu estava e por que minha produtividade tinha diminuído. Eu lhe disse que estava difícil porque eu não tinha uma formação boa e, por isso, não conseguia encontrar um bom emprego pra me sustentar nem me concentrar no meu dever. Eu estava usando esse problema como defesa, achando que ela entenderia a minha luta.
Ela me ouviu e então me enviou algumas passagens das palavras de Deus que me impactaram. “Não importa como Deus opera e independentemente do tipo de ambiente em que você está, você é capaz de buscar a vida e de buscar a verdade, de buscar o conhecimento da obra de Deus e de ter um entendimento das Suas ações, e você é capaz de agir de acordo com a verdade. Fazer isso é o que é ter fé verdadeira, e fazer isso demonstra que você não perdeu a fé em Deus. Você só pode ter a fé verdadeira em Deus se for capaz de persistir em buscar a verdade por meio do refinamento, se você for capaz de verdadeiramente amar a Deus e não desenvolver dúvidas sobre Ele, se, não importa o que Ele faça, você ainda praticar a verdade para satisfazê-Lo, e se for capaz de buscar nas profundezas Sua vontade e de estar atento à Sua vontade. No passado, quando Deus disse que você reinaria como um rei, você O amou; quando Ele Se mostrou abertamente a você, você O buscou. Mas agora Deus está escondido, você não consegue vê-Lo, e os problemas vieram sobre você — então agora você perde a esperança em Deus? Assim, o tempo todo você deve buscar a vida e buscar satisfazer a vontade de Deus. Isso é chamado de fé genuína e isso é o tipo mais verdadeiro e belo de amor” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). “Na sua crença em Deus, Pedro procurou satisfazer Deus em tudo, e procurou obedecer a tudo o que viesse de Deus. Sem a mais ligeira queixa, ele pôde aceitar castigo e julgamento, bem como refinamento, tribulação e carência em sua vida, e nada disso conseguiu mudar seu amor a Deus. Não era esse o máximo amor a Deus? Não era esse o cumprimento do dever de uma criatura de Deus? Quer no castigo, no julgamento ou na tribulação; você é sempre capaz de alcançar a obediência até a morte, e isso é o que uma criatura de Deus deve alcançar, esta é a pureza do amor a Deus. Se o homem pode conseguir tanto assim, ele é uma criatura de Deus qualificada, e não há nada que melhor satisfaça o desejo do Criador” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O sucesso ou o fracasso dependem da senda que o homem percorre”). A experiência de Pedro me comoveu muito e me deixou envergonhado. Pedro tinha fé e submissão verdadeiras a Deus, e não importavam as adversidades que ele enfrentava, o que lhe faltava na vida, ele conseguia se submeter aos arranjos de Deus. Ele não se rebelou nem teve queixas, e continuou em sua busca de amar e satisfazer a Deus e de cumprir o dever de um ser criado. No meu caso, porém, minha fé em Deus só servia pra receber a graça e as bênçãos que Ele concedia. Quando as circunstâncias mudaram, quando tive que sofrer, minha fé em Deus mudou. Eu vi que eu não tinha fé genuína em Deus. Vi que não devia continuar deprimido, culpando Deus e não cumprindo o meu dever por causa de dificuldades na minha vida. Eu queria me submeter aos arranjos de Deus e confiar Nele pra passar por isso.
Depois de um tempo eu ainda não tinha encontrado um emprego, então decidi trabalhar como diarista. Encontrei emprego na área de construção, que era trabalho físico e não exigia formação profissional. Era apenas esforço físico, qualquer um poderia fazer isso, mas eu sabia que era um trabalho exaustivo. Depois de quatro dias, eu estava acabado. Perguntei-me se teria que fazer aquilo pelo resto da vida. Era trabalho pra pessoas incultas. Eu tinha formação, mas ainda assim fazia esse trabalho. Por que Deus permitia que eu vivesse sob circunstâncias tão difíceis? Perguntei-me se devia voltar pra escola e então procurar um emprego simples e fácil ou achar outro jeito de ganhar muito dinheiro. Nessa época, eu só queria dormir quando chegava em casa e me irritava se um irmão tentava entrar em contato comigo. Achava que eles não entendiam o que eu estava passando. Meu trabalho era exaustivo e eu precisava descansar, mas eles queriam que eu cumprisse o meu dever. Achei que estavam dificultando a minha vida. Uma vez, uma irmã me fez uma pergunta sobre o dever dela e eu disse: “Estou cansado. Não estou a fim de conversar”. Minha atitude em relação ao meu dever tinha mudado completamente, e eu não tinha a obra do Espírito Santo, também. Era como se Deus tivesse me abandonado. Eu não lia mais as palavras de Deus todos os dias e não conseguia orar a Deus em paz. Não queria ajudar os outros quando tinham problemas. Quando me diziam que eu não cumpria bem o meu dever, eu resistia muito — não queria aceitar isso. Quando a minha supervisora verificou meu trabalho e me perguntou por que eu não estava estudando possíveis alvos evangelísticos, eu me aborreci. Por que ela ficava dizendo que eu não cumpria bem o meu dever? Ela não sabia das minhas dificuldades, como meu trabalho me cansava? Eu achava que ninguém entendia a minha dificuldade. Queria que dissessem algo como: “Seu trabalho é cansativo, então tudo bem se você não consegue cumprir bem o seu dever”.
Quando a minha supervisora viu que eu não estava mudando, ela lidou comigo, e disse: “Irmão, você é um líder; precisa cumprir suas responsabilidades. Mas, recentemente, você tem sido desleixado no dever e não alcançou nada. Se isso continuar, você não poderá continuar nesse cargo. Além disso, você conhece esse dever. Você é capaz de cumpri-lo bem. Por que tem essa atitude em relação a ele?”. Eu me irritei muito quando ela me disse isso e desliguei o telefone. Achei que ela exigia demais de mim e não quis ouvir mais nada. Depois disso, fui conversar com a minha líder e lhe disse que não queria mais cumprir esse dever, que eu tinha feito o possível e que estavam exigindo demais de mim. Ela me ouviu, depois comungou a vontade de Deus comigo, dizendo que eu devia usar essa situação pra refletir e aprender uma lição, e que, mesmo que eu tivesse outro dever, se não buscasse a verdade, meus problemas não seriam resolvidos. Depois de comungar, ela viu que, com base nas minhas circunstâncias, eu não podia cumprir bem o meu dever, por isso me dispensou temporariamente pra que eu pudesse refletir sobre mim mesmo.
Mais tarde, li algumas passagens das palavras de Deus que foram muito úteis pra mim. As palavras de Deus dizem: “Qualquer que seja o pouquinho de sofrimento que um anticristo experimenta ou qualquer que seja o preço que ele paga na igreja, ele não sente que isso é parte do seu trabalho, que é o dever que um ser criado deve cumprir, mas acredita que é sua contribuição, da qual Deus deve se lembrar. Ele acha que, se Deus se lembrar da contribuição dele, Ele deverá entregar imediatamente, dando-lhe bênçãos, promessas e favores materiais especiais, e permitir que ele tenha certas vantagens e obtenha benefícios especiais. Somente então o anticristo ficará satisfeito. Qual é o entendimento que um anticristo tem de seu dever? Ele não acredita que esse dever é uma obrigação que os seres criados devem cumprir ou que é uma responsabilidade que aqueles que seguem a Deus são obrigados a cumprir. Em vez disso, acha que o cumprimento do dever é uma moeda de troca numa transação com Deus, algo que pode ser trocado pelas recompensas Dele, e um jeito de satisfazer suas ambições e desejos pessoais e de obter bênçãos por sua crença em Deus. Acha que ter a graça e as bênçãos de Deus deveria ser uma precondição para cumprir o seu dever e que isso dá às pessoas fé verdadeira em Deus, que as pessoas só podem ficar à vontade no cumprimento dos seus deveres se Deus garantir que elas fiquem livres de preocupações. Ele acha, também, que Deus deveria prover cada conveniência e tratamento preferencial para aqueles que cumprem seus deveres, e que as pessoas deveriam desfrutar de todos os benefícios fornecidos pela casa de Deus durante o cumprimento dos seus deveres. Isso é o que as pessoas deveriam receber — em seu coração, é assim que os anticristos pensam. Esses modos de pensar são exatamente a perspectiva e a máxima dos anticristos, e eles representam sua atitude em relação ao seu dever. Não importa como a casa de Deus comungue em relação à verdade sobre o cumprimento do dever, as coisas que os anticristos abrigam em seu coração nunca mudarão. Eles manterão para sempre seu ponto de vista em relação ao cumprimento do seu dever. Portanto, o reconhecimento e o entendimento de um anticristo em relação ao dever são definitivamente contrários aos princípios da verdade, e o ponto de vista de um anticristo é igual ao dos incrédulos; eles são verdadeiramente incrédulos. Eles não acreditam na existência de Deus e não acreditam que as palavras de Deus são a verdade, o caminho verdadeiro. Acreditam que só fama, fortuna e status são reais e que tudo que buscam e desfrutam só pode ser obtido por meio de esforço e luta humanos e por meio do preço que pagam. Em que isso é diferente do ponto de vista que afirma: ‘As pessoas devem criar felicidade com as próprias mãos’? Não existe diferença. Eles não acreditam que, no fim, as pessoas ganham a verdade e a vida quando se despendem por Deus e pagam o preço para cumprir bem os seus deveres. Tampouco acreditam que as pessoas que cumprem seu dever satisfatoriamente, de acordo com as exigências de Deus, podem ganhar o elogio e as bênçãos do Criador. Isso mostra que eles não acreditam na promessa de Deus para a humanidade nem nas bênçãos de Deus. Não acreditam no fato da soberania de Deus sobre tudo, de modo que não possuem fé verdadeira. Eles só acreditam que: ‘Eu cumpro o meu dever, por isso deveria desfrutar de tratamento especial da parte da casa de Deus e de bênçãos materiais. A casa de Deus deveria prover todo privilégio e direito material. Isso seria realista’. Esses são a mentalidade e o ponto de vista de um anticristo” (A Palavra, vol. 3: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 4)”). “Não importa como são provados, a fidelidade dos que têm Deus no coração permanece imutável; mas aqueles que não têm Deus no coração, quando a obra de Deus não é vantajosa para sua carne, mudam sua visão de Deus e até se afastam de Deus. Assim são os que não resistirão firmemente no final, que buscam somente as bênçãos de Deus e não têm desejo de se despender por Deus e se dedicar a Ele. Essas pessoas torpes serão expulsas quando a obra de Deus chegar ao fim e são indignas de qualquer compaixão. Os que não têm humanidade são incapazes de amar verdadeiramente a Deus. Quando o ambiente é protegido e seguro ou quando há lucros a serem feitos, eles são totalmente obedientes a Deus, mas quando o que desejam é ameaçado ou definitivamente recusado, eles imediatamente se revoltam. Podem de um dia para o outro se transformar de pessoas sorridentes e de ‘bom coração’ em assassinos repulsivos e ferozes, que subitamente tratam o benfeitor de ontem como inimigo mortal, sem mais nem menos. Se esses demônios não forem expulsos, esses demônios que matariam sem piscar os olhos, eles não se tornarão um perigo oculto?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a prática do homem”). Os anticristos sempre querem receber graça e bênçãos de Deus por seus deveres e só cumprirão um dever se tiverem garantia de que se beneficiarão como isso. Eu percebi que tinha atitude igual em relação ao meu dever. Primeiro, eu dava tudo de mim, e essa motivação dependia de eu ser abençoado. Eu trabalhava muito por Deus porque os irmãos me ajudavam financeiramente. Era isso que me motivava. Mas quando pararam de me ajudar e eu precisei trabalhar e sofrer adversidade, eu achei que não estava ganhando nada com o meu dever, então o meu sofrimento não tinha valor. Eu me enchi de queixas contra Deus e abandonei meu dever. Até pensei em voltar pra escola pra achar um bom emprego no futuro. Eu era muito materialista, só queria ser compensado pelo dever e tinha exigências transacionais. Eu era tão egoísta e maligno! Eu percebi que eu era controlado por ideias como “Cada um por si e o demônio pega quem fica por último”. Achava que tudo que eu fazia devia me beneficiar, caso contrário não me interessava. Esse tipo de raciocínio estava profundamente enraizado em mim. Depois de me converter, eu estava disposto a desistir dos estudos e sair de casa pra seguir Deus e cumprir um dever, mas estava manchado com esse tipo de motivo impuro. Eu esperava que Deus me protegeria e me abençoaria mais. Eu era tão egoísta. Meu caráter era igual ao de um anticristo — muito maligno. Então percebi que “Cada um por si e o demônio pega quem fica por último” é um pensamento satânico pra corromper e inculcar as pessoas. Eu vivia desse jeito, sendo egoísta e desprezível; eu carecia de consciência e razão, e era incapaz de cumprir bem o meu dever, de entender a verdade e ganhar a salvação de Deus. Eu temia que, já que não estava cumprindo um dever e tinha sido separado, eu não poderia ser salvo por Deus. Eu estava péssimo. Pensando na minha atitude em relação a Deus e ao dever, eu me enchi de remorso. Os irmãos tinham me ajudado e alertado muitas vezes, mas eu fui rígido e rebelde demais, e não quis me voltar pra Deus. E, também, eu desenvolvi preconceitos contra eles e até abri mão da minha comissão e traí a Deus. Eu fui tão rebelde! Perder meu dever era a justiça de Deus. Eu estava disposto a aceitar isso e me submeter, a orar e me arrepender.
Mais tarde, a líder me enviou algumas passagens das palavras de Deus que me ajudaram a entender a obra e a vontade de Deus. “Experimentar a obra de Deus não é questão de desfrutar da graça, mas, antes, de sofrer por causa de seu amor por Ele. Como você desfruta da graça de Deus, deve também desfrutar de Seu castigo — você deve experimentar tudo isso. Você pode experimentar a iluminação de Deus em você e também pode experimentar como Ele lida com você e o julga. Dessa maneira, sua experiência será abrangente. Deus executou Sua obra de julgamento e de castigo em você. A palavra de Deus lidou com você, mas não somente isso; ela também o esclareceu e iluminou. Quando você está negativo e fraco, Deus Se preocupa com você. Todo esse trabalho é para que você saiba que tudo a respeito do homem está dentro das orquestrações de Deus. Você pode pensar que crer em Deus é uma questão de sofrer ou de fazer todo tipo de coisas para Ele; você pode pensar que o propósito de crer em Deus é para que a sua carne esteja em paz, ou para que tudo corra bem em sua vida, ou para que você possa estar confortável e tranquilo em todas as coisas. No entanto, nenhuma dessas coisas é um propósito que as pessoas deveriam vincular a sua crença em Deus. Se você acredita com esses propósitos, então sua perspectiva está incorreta, e é simplesmente impossível que você seja aperfeiçoado. As ações de Deus, o justo caráter de Deus, Sua sabedoria, Suas palavras, Sua maravilha e insondabilidade são todas coisas que as pessoas devem entender. Tendo esse entendimento, você deveria usá-lo para tirar de seu coração todas as exigências, esperanças e noções pessoais. Somente ao eliminar essas coisas é que você pode cumprir as condições exigidas por Deus, e é somente ao fazer isso que você pode ter vida e satisfazer Deus. O propósito de crer em Deus é satisfazê-Lo e viver o caráter que Ele requer de tal modo que Suas ações e Sua glória possam se manifestar através deste grupo de pessoas indignas. Essa é a correta perspectiva para crer em Deus e também é a meta que você deveria buscar” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). “Você deve sofrer dificuldades pela verdade, deve se entregar à verdade, deve suportar humilhação pela verdade e, para ganhar mais da verdade, você deve passar por mais sofrimento. É isso que você deve fazer. Você não deve jogar a verdade fora em favor de uma vida familiar pacífica nem deve perder a dignidade e integridade da sua vida por causa de um prazer momentâneo. Você deve buscar tudo que é belo e bom e buscar uma senda na vida que seja mais significativa. Se você levar uma vida tão vulgar e não buscar quaisquer objetivos, você não desperdiça a vida? O que você pode ganhar com uma vida assim? Você deve abandonar todos os prazeres da carne em favor da verdade e não deveria jogar fora todas as verdades em favor de um pouco de prazer. Pessoas assim não têm integridade nem dignidade; sua existência não faz sentido!” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). Depois de ler as palavras de Deus, eu entendi o que é fé verdadeira. Fé verdadeira é satisfazer Deus, buscar salvação e viver uma vida humana verdadeira. Não é só pra desfrutar da graça e bênçãos de Deus. O propósito de Deus em Sua obra é livrar-se das impurezas na fé das pessoas, purificar e transformar nossos caracteres corruptos, pra que possamos alcançar submissão e amor por Deus. Todos amam qualquer tipo de graça e bênçãos de Deus e não gostam de sofrimento nem de buscar a verdade. Deus arranja essas situações que não se conformam às noções das pessoas pra que possamos renunciar aos nossos desejos de conforto e seguir Deus com sinceridade. Mas na minha fé, eu sempre quis desfrutar da graça e das bênçãos de Deus. Não estava disposto a sofrer, buscando a verdade e obedecendo a Deus. Esse tipo de perspectiva sobre a fé é igual à das pessoas religiosas — é usar Deus. Deus se enoja com o tipo de fé que eu tinha. Pensei em alguns irmãos que trabalhavam e cumpriam um dever ao mesmo tempo, mas sempre iam bem nos deveres. Por que eu não conseguia fazer isso? Porque o meu desejo de bênçãos era grande demais; eu cobiçava conforto. Eu só conseguia cumprir bem o meu dever quando a vida estava fácil. Em tempos difíceis, eu não estava disposto a dar tudo de mim. Eu não tinha consciência nem razão. Eu era igual àqueles incrédulos que só trabalham pelo salário. Quando era recompensado, eu estava disposto a dar tudo de mim, caso contrário eu era desonesto e só me virava. Eu queria agir sem me envolver pra que as pessoas vissem que eu estava cumprindo um dever, e só. Eu era tão vil e maligno! Eu me odiei quando pensei dessa forma. Os outros não exigiam demais de mim; era eu que me importava demais com a carne, com ser abençoado. Eu não tinha determinação pra fazer sacrifícios e sofrer por Deus. Também me arrependi de ter esse tipo de atitude transacional na minha fé. Se Deus não me salvar, isso é a justiça Dele, pois sou corrupto demais.
Uma vez, nos meus devocionais, li uma passagem das palavras de Deus que me comoveu muito. “Mesmo que Deus use vários métodos para despertar o coração das pessoas, ainda há uma longa estrada a percorrer antes que isso possa ser realizado. Eu não quero ver ninguém sentindo como se Deus o tivesse deixado ao relento, como se Deus o tivesse abandonado ou lhe dado as costas. Tudo que quero ver é todos na estrada para buscar a verdade e procurar entender Deus, avançando corajosamente com uma determinação inabalável, sem receios ou fardos. Não importa que erros você tenha cometido, não importa o quanto você tenha se desviado ou quão seriamente tenha transgredido, não permita que esses se tornem fardos ou excesso de bagagem que você tenha que levar consigo em sua busca para entender Deus. Continue marchando adiante. Em todos os momentos, Deus mantém a salvação do homem em Seu coração; isso nunca muda. Essa é a parte mais preciosa da essência de Deus” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único VI”). Deus não estava me expondo pra me rejeitar e expulsar, era pra que eu visse a minha corrupção e como a minha busca por bênçãos manchava a minha fé e então renunciasse a mim mesmo e buscasse a verdade e, no fim, alcançasse mudança de caráter. Eu não devia ser fraco e negativo por causa da minha corrupção; devia buscar a verdade e tratar do meu caráter corrupto. Muito comovido, orei a Deus: “Deus, fui profundamente corrompido por Satanás. Tu não me abandonaste, e estabeleceste uma situação para que eu ganhasse autoconsciência. Isso é a Tua salvação para mim. Quero transformar meu caráter corrupto, praticar a verdade para satisfazer-Te e cumprir bem o meu dever”.
Os dias foram passando, e eu ainda não tinha um dever pra cumprir. Quando vi como os outros estavam investindo o coração no dever, eu os invejei e me arrependi ainda mais de ter sido tão indiferente em relação à chance que Deus tinha me dado, de não ter valorizado isso. Então, uma noite, recebi uma mensagem da líder, que dizia: “Irmão, você pode entrar na internet agora para ajudar alguém a compartilhar o evangelho? Ele encontrou umas dificuldades”. Eu entrei na internet pra ajudá-lo assim que vi a mensagem dela. Depois disso, a líder me disse que eu poderia voltar a cumprir o meu dever. Fiquei muito feliz e agradeci a Deus. Quando voltei do trabalho, eu estava muito cansado, mas senti que meu dever era muito importante, que eu não devia ceder à carne e não me importar com a comissão de Deus. Eu ia renunciar à minha carne pra cumprir o meu dever. Lembro que, um dia, eu tinha acabado de terminar meu dever quando a líder me contatou, querendo que eu organizasse uma reunião. Quando ouvi isso, pensei: “Estou exausto. Isso não pode esperar até amanhã?”. Mas logo percebi que as minhas necessidades carnais estavam me dominando de novo. Fiz uma oração, renunciei a mim mesmo e concordei em fazer isso. Fiquei morto, depois de cumprir meu dever, mas estava calmo e em paz. Depois de um tempo, meus resultados melhoraram no meu dever, e a igreja me designou pra treinar os outros. Agora, não invento mais desculpas pro meu conforto carnal, e quando algo importante precisa ser feito, eu não trabalho nesse dia; fico em casa para o meu dever. Sinto que esse é um jeito maravilhoso de fazer as coisas. Passar por esse tipo de situação me deu um entendimento do meu caráter corrupto e eu mudei minha perspectiva errada sobre a minha busca de bênçãos na fé. Devo isso inteiramente ao julgamento e o castigo das palavras de Deus. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.