Por meio da doença, meu motivo de ser abençoado foi revelado
Deus Todo-Poderoso diz: “Em sua crença em Deus, o que as pessoas buscam é obter bênçãos para o futuro; esse é o objetivo delas em sua fé. Todas as pessoas têm essa intenção e essa esperança, mas a corrupção na natureza delas deve ser resolvida por meio de provações. Em quaisquer aspectos que você não esteja purificado, esses são os aspectos nos quais você deve ser refinado — esse é o arranjo de Deus. Deus cria um ambiente para você, forçando-o a ser refinado ali para que você possa conhecer a sua própria corrupção. No fim, você chega a um ponto no qual preferiria morrer e desistir de seus esquemas e desejos, e se submeter à soberania e ao arranjo de Deus. Portanto, se não têm vários anos de refinamento, se não suportam certa quantidade de sofrimento, as pessoas não serão capazes de se livrar do cativeiro da corrupção da carne em seus pensamentos e em seu coração. Em quaisquer aspectos que você ainda esteja sujeito ao cativeiro de Satanás, em quaisquer aspectos que você ainda tenha desejos próprios e exigências próprias, esses são os aspectos nos quais você deve sofrer. Só por meio do sofrimento as lições podem ser aprendidas, lições essas que significam ser capaz de ganhar a verdade e entender a vontade de Deus. De fato, muitas verdades são entendidas por meio de vivenciar provações dolorosas. Ninguém pode entender a vontade de Deus, reconhecer a onipotência e a sabedoria de Deus nem apreciar o caráter justo de Deus quando está em um ambiente confortável e tranquilo ou quando as circunstâncias são favoráveis. Isso seria impossível!” (Extraído de ‘Como se deve satisfazer a Deus em meio a provações’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). A leitura desta passagem me lembra de uma experiência de passar por uma doença. Foi uma época de muitas dores e lágrimas, mas acabei entendendo algumas verdades. Eu parei de tanto buscar as bênçãos em minha fé e aprendi algumas lições com esse sofrimento. Senti que isso também era uma bênção de Deus.
Em 2010, aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Naquela época, eu ainda estava no ensino médio. As palavras de Deus me mostraram que o homem foi criado por Ele e que acreditar em Deus e O adorar é a senda correta, a senda com o maior valor e significado. Eu comecei a frequentar as reuniões da igreja, e nunca perdi nenhuma, mesmo quando estava chovendo. Também fiz o meu melhor para pregar o evangelho a meus amigos e parentes. Eu me sentia realizado e em paz todos os dias.
Um ano depois, fui ao hospital para fazer exames de rotina, e descobri que tinha hepatite B. O médico disse que era uma doença difícil de curar, e que, se piorasse, poderia se tornar um câncer. Com a notícia repentina dessa doença, fiquei completamente sem chão. Meu rosto ficou pálido e minhas mãos tremiam. De repente, meu futuro parecia muito incerto. No caminho para casa, eu me senti muito mal, e não conseguia parar de chorar. Eu ficava me perguntando: “Como foi que peguei essa doença? Por que não posso ser saudável como todo mundo?”. Eu pensava que, por crer em Deus, Ele me protegeria das doenças. Seria maravilhoso poder cumprir meu dever na casa de Deus em paz! Mas agora eu estava doente, e não sabia se iria melhorar. E se piorasse, eu poderia até perder a vida. Esses pensamentos me deixaram muito chateado, por isso, muitas vezes me coloquei diante de Deus para orar. Eu pedi a Deus fé e força, para me guiar e iluminar para entender Sua vontade, e para me mostrar como superar essa situação.
Quando meus irmãos e irmãs descobriram, eles vieram me apoiar e ler uma passagem das palavras de Deus: “Quando ocorre uma doença, isso se deve ao amor de Deus, e certamente Suas bondosas intenções estão abrigadas nela. Embora seu corpo possa passar por um pouco de sofrimento, não se entregue a nenhuma ideia de Satanás. Louve a Deus em meio à enfermidade e desfrute de Deus em meio ao seu louvor. Não desanime diante da enfermidade, continue buscando de novo e de novo e nunca desista, e Deus iluminará você com Sua luz. Como era a fé de Jó? Deus Todo-Poderoso é um médico onipotente! Permanecer em enfermidade é estar doente, mas permanecer no espírito é estar bem. Enquanto você ainda tiver um sopro de vida, Deus não o deixará morrer” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 6”). Após ler essa passagem, eu soube em meu coração que piorar ou melhorar estava nas mãos de Deus — Ele governa tudo! Todas as minhas preocupações e aflições eram totalmente desnecessárias. Agora que tinha essa doença, eu tinha de confiar e olhar verdadeiramente para Deus. Melhorando ou não, não poderia culpar Deus, mas devia me submeter ao Seu governo. A partir de então, orei muito a Deus a respeito da minha doença e também fui me tratar. Seis meses depois, fui ao hospital para mais exames de rotina. O médico disse que minha condição estava melhorando e que estava sob controle, por isso, eu não precisava mais de tratamento. Quando ouvi isso, fiquei emocionado e comecei a dizer: “Graças a Deus! Graças a Deus!”. Eu não sabia o que dizer a Deus, mas sabia que isso era resultado de Suas bênçãos e bondade!
Eu entrei na faculdade em 2012, mas fui denunciado por pregar o evangelho no campus, por isso fui expulso. Foi uma época muito difícil para mim. Afinal, foram precisos 12 anos de muito estudo para chegar lá. Mas pensei em Deus encarnado expressando a verdade e operando para salvar o homem, e me lembrei que só podemos ser salvos se crermos em Deus e buscarmos a verdade. Os grandes desastres chegariam em breve, por isso, eu estava com medo de ser atingido por eles, se não cumprisse meu dever e praticasse boas ações. Eu pensei comigo mesmo: “Esqueça a faculdade. Faça seu melhor para buscar a verdade e cumprir seu dever na igreja”. Poucos dias depois, saí de casa e comecei a cumprir meu dever na igreja. Qualquer que fosse a função que eu recebesse, eu a fazia com alegria, sem reclamar. Mesmo enfrentando a repressão violenta e as prisões do PC Chinês, e quase sendo pego duas vezes pela polícia, não fiquei com medo, e continuei pregando o evangelho e dando testemunho de Deus. Eu sentia que Deus só me protegeria se eu continuasse cumprindo meu dever e que essa era a única maneira de ter um bom destino.
Em fevereiro de 2015, fui transferido para fora da cidade para cumprir meu dever. Um dia, o líder me pediu para ir ao hospital para um exame de rotina, como precaução, para não infectar os outros. Quando ouvi isso, pensei: “Já se passaram quase cinco anos desde meu último exame. Minha doença pode ter piorado durante esse tempo. Se eu puder infectar alguém, ou ela tiver se transformado em um câncer, não poderei mais cumprir meu dever”. Esse pensamento me deixou muito triste; Eu estava com muito medo, e não seria capaz de aceitar um resultado ruim. Eu fui ao hospital no dia seguinte, mas fiquei muito nervoso quando cheguei lá. Pensei: “Seu eu estiver com câncer ou transmitindo a doença, será que os médicos deste hospital poderão me curar? O que que farei se não puderem?”. Naquele momento, orei a Deus e disse que obedeceria independentemente do que acontecesse. Então o médico disse que eu tinha uma arritmia. Fiquei muito ansioso novamente, pensando: “Isso é sinal de que estou piorando? Se não, por que eu teria arritmia?”. Observando o rosto preocupado do médico, percebi que as coisas não pareciam boas para mim. O médico não me explicou muito mais, apenas colheu um pouco de sangue para um exame e me disse para esperar em casa.
O dia para receber o resultado do exame se aproximava, por isso, minha ansiedade voltou. Eu tinha medo de receber más notícias e não ser capaz de suportá-las. Eu só queria ficar bem de novo. Uma semana depois, fui ao hospital para receber meus resultados. O médico disse que meu sangue estava fervilhando com hepatite B e que ela estava na fase aguda. Ele disse que a doença era muito infecciosa e que eu precisava de tratamento urgente. Pensei comigo mesmo: “Acabou. Serei capaz de cumprir meu dever agora? Serei capaz de assistir às reuniões e viver a vida da igreja?”. No caminho para casa, eu só pensava na minha doença. Estava difícil pedalar minha bicicleta. Entrei na internet para pesquisar os tratamentos, e li que a hepatite aguda pode colocar as pessoas em coma e que elas morrem em poucos dias. Fiquei apavorado e pensei: “Isso vai acontecer comigo? Se eu morrer dessa forma, não será o fim da minha fé? Todos os outros irmãos e irmãs são muito saudáveis. Por que sou o único que está doente? Por que tenho de ser tão diferente de todas as outras pessoas?”. Fiquei com muita inveja dos outros. Eles não eram incomodados por doenças e podiam cumprir seus deveres em paz. Eles realizavam boas ações e seriam salvos por Deus. Mas lá estava eu, doente e sem saber se algum dia poderia cumprir meu dever novamente. Caso não pudesse, será que eu seria abandonado e acabaria atingido pelos desastres? Fui expulso da faculdade por causa da minha fé e desisti do meu futuro no mundo. Eu nunca tive uma namorada e saí de casa para cumprir minhas obrigações. Se Deus iria me abandonar e me eliminar de qualquer jeito, isso não significava que todos os sacrifícios que fiz pela minha fé foram em vão? Se eu voltasse para casa, o PC Chinês me prenderia. Sem dúvida, eu seria capturado e jogado na prisão… Esses pensamentos me deixaram cada vez mais chateado e desanimado. “Deus, Tu estás usando esta doença para me expor e me eliminar?”, eu me perguntei. Não pude evitar as lágrimas. Eu estava me sentindo muito fraco, sem nenhum interesse em cumprir meu dever ou fazer qualquer outra coisa. Eu não queria comer nada. Eu me sentia totalmente exausto. Sofrendo, me coloquei diante de Deus para orar: “Deus Todo-Poderoso, eu me sinto muito fraco e estou sofrendo. Não consigo parar de pensar no meu futuro. Sinto que não tenho mais um destino. Querido Deus, sei que Tu permitiste que essa doença me acometesse. Por favor, ilumina-me e orienta-me para compreender a Tua vontade”.
Então, uma passagem das palavras de Deus me veio à mente: “Para todas as pessoas, o refinamento é excruciante e muito difícil de aceitar — mas é durante o refinamento que Deus deixa claro Seu caráter justo para o homem, torna públicas Suas exigências para o homem e oferece mais esclarecimento e mais tratamento e poda reais; por meio da comparação entre os fatos e a verdade, Ele proporciona ao homem um conhecimento maior de si mesmo e da verdade, e proporciona ao homem um entendimento maior da vontade de Deus, permitindo, assim, que o homem tenha um amor a Deus mais verdadeiro e mais puro. Tais são os objetivos de Deus ao executar o refinamento. Toda a obra que Deus faz no homem tem seus objetivos e significados próprios; Deus não faz uma obra sem sentido nem uma obra que não beneficie o homem. O refinamento não significa remover pessoas da frente de Deus e não significa destruí-las no inferno. Antes, significa mudar o caráter do homem durante o refinamento, mudar suas intenções, seus pontos de vista antigos, mudar seu amor a Deus e mudar sua vida inteira” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Só ao experimentar o refinamento o homem pode possuir o amor verdadeiro”). Ponderando sobre essas palavras, compreendi que a boa vontade de Deus existia nessa doença. Ele estava usando esse ambiente para expor minha corrupção e me ajudar a conhecer a mim mesmo e a aprender uma lição. Pensei em como Deus permitiu que aquelas provações acontecessem com Jó. Embora Jó tenha sofrido com as dores físicas, Deus não tinha a intenção de tirar sua vida, mas queria aperfeiçoar a sua fé e permitir que Jó O conhecesse melhor. O fato de Deus permitir que eu adoecesse não era para me expor e eliminar, mas para limpar as impurezas da minha fé e fazer com que eu O amasse e Lhe obedecesse de verdade. Eu não podia culpar a Deus, e tive de examinar as motivações equivocadas da minha fé, e como eu estava desobedecendo a Deus e resistindo a Ele. Depois que entendi a vontade de Deus, fiquei muito mais otimista. Fiz outra oração a Deus, me acalmei e refleti um pouco mais.
Em minha busca, li estas palavras de Deus: “Quantos creem em Mim apenas para que Eu possa curá-los. Quantos creem em Mim apenas para que Eu possa usar Meus poderes para expulsar espíritos impuros de seu corpo e quantos creem em Mim simplesmente para que possam receber paz e alegria de Mim. Quantos creem em Mim apenas para exigir de Mim maior riqueza material. Quantos creem em Mim apenas para passar esta vida em paz e estar sãos e salvos no mundo por vir. Quantos creem em Mim para evitar o sofrimento do inferno e receber as bênçãos do céu. Quantos creem em Mim apenas em busca de conforto temporário, mas não buscam ganhar nada no mundo por vir. Quando Eu fiz descer Minha fúria sobre o homem e tomei toda a alegria e paz que ele outrora possuía, o homem se tornou duvidoso. Quando Eu dei ao homem o sofrimento do inferno e recuperei as bênçãos do céu, a vergonha do homem se transformou em raiva. Quando o homem Me pediu para curá-lo, Eu não lhe dei atenção e senti repulsa por ele; o homem apartou-se de Mim para buscar, ao contrário, a senda do curandeirismo e da feitiçaria. Quando Eu tirei tudo que o homem tinha exigido de Mim, todos desapareceram sem deixar vestígios. Assim, Eu digo que o homem tem fé em Mim porque Eu concedo graça demais e há muitíssimo mais a ganhar” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O que você sabe sobre a fé?”). “O relacionamento do homem com Deus é meramente de um interesse próprio nu e cru. É um relacionamento entre um receptor e um doador de bênçãos. Para colocar de forma mais clara, é semelhante ao relacionamento entre empregado e empregador. O empregado trabalha apenas para receber as recompensas concedidas pelo empregador. Não há afeto em tal relacionamento, apenas transação. Não há amar nem ser amado, apenas caridade e misericórdia. Não há entendimento, apenas indignação suprimida e engano. Não há intimidade, apenas um abismo intransponível” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Apêndice 3: O homem só pode ser salvo em meio ao gerenciamento de Deus”). Após ler as palavras de Deus, percebi que, em minha fé, eu não tratava Deus como Deus. Eu pensava Nele como um fornecedor de bênçãos. Foi por isso que, quando fiquei doente, logo pensei no que aconteceria comigo, se eu melhoraria ou não, e pesquisei na internet se a doença poderia ser curada. Perdi todo o interesse em cumprir meu dever. Quando piorou, culpei a Deus, acusando-O de ser injusto, por não me proteger e por permitir que eu ficasse doente. Eu até me arrependi de desistir de meus estudos, minha família e minha juventude por causa do meu dever. Refletindo sobre mim mesmo, eu me perguntei: “Como pude abrir mão de tudo para cumprir meu dever ao longo desses anos de fé?”. Percebi que o motivo de tudo isso era minha perspectiva equivocada. Eu pensava que, se fizesse sacrifícios por Deus e cumprisse bem o meu dever, Ele me abençoaria, curaria minhas doenças e me manteria a salvo do perigo. Então, eu escaparia dos desastres e não morreria. Eu sobreviveria e meu destino final seria bom. Essa era a razão para eu estar disposto a sofrer e pagar um preço tão alto pela minha fé. Minha motivação para crer em Deus e cumprir meu dever era receber bênçãos. Quando minha doença se agravou, minhas esperanças de ser abençoado foram frustradas, por isso, minha decisão de buscar a verdade e a motivação para cumprir meu dever desapareceram. Eu cheguei a discutir com Deus em meu coração. Percebi que, em minha fé, eu só buscava bênçãos. Quando fiquei doente, pensei apenas em minhas perspectivas de futuro e considerei meus próprios interesses. Eu não busquei a vontade de Deus de nenhuma maneira, mas cheguei a ponto de culpá-Lo, entendê-Lo mal e traí-Lo. Eu era muito egoísta e desprezível! Todos esses meus pensamentos realmente magoaram e desapontaram a Deus. Os fatos me mostraram que minha fé não servia para cumprir o dever de um ser criado, ou para buscar a verdade. Ela servia apenas para que eu tivesse uma vida tranquila e um bom destino final. Eu queria sofrer por Deus em troca de recompensas e bênçãos futuras. Eu não estava usando a Deus e tentando enganá-Lo? Paulo trabalhou e sofreu por muitos anos, e, no fim, acabou martirizado. Contudo, ele não trabalhou para cumprir o dever de um ser criado. Ele fez tudo para ser recompensado e coroado. Eu, enfim, percebi que estava trilhando a mesma senda de Paulo. Deus é santo e justo. Como Ele poderia permitir que alguém como eu, que só queria barganhar e tentar enganá-Lo, entrasse em Seu reino? Pensando nisso, finalmente entendi que essa doença que eu estava enfrentando estava expondo minha motivação de ganhar bênçãos. Sem isso, eu ainda estaria inconsciente de todos as motivações e manchas da minha fé, e de que estava trilhando a senda de Paulo, condenada por Deus. Com isso em mente, não fiquei mais tão triste por causa da doença, mas, em vez disso, agradeci a Deus por me expor e me salvar dessa maneira. Aparentemente, era uma doença, uma coisa ruim, mas o verdadeiro amor e a salvação de Deus por mim estavam escondidos nela. Deus estava me levando pela senda certa, para limpar todas as impurezas da minha fé.
Enquanto contemplava tudo isso, pensei: “Deus encarnou-Se e está expressando a verdade para limpar e salvar o homem. Ele abnegadamente nos dá vida e não pede nada em troca”. Senti como é lindo e bom o coração de Deus. Então eu pensei em mim, desfrutando da graça e das bênçãos de Deus, sendo tão regado e sustentado pelas palavras de Deus, mas sem pensar nem um pouco em retribuir o amor de Deus, tentando barganhar com Ele em meu dever, e, ao ficar doente, ainda culpei e interpretei mal a Deus. Esse pensamento me deixou muito envergonhado. Eu me odiei por ser tão egoísta e desprezível! Deus estava constantemente examinando meus pensamentos mais íntimos, enquanto Satanás observava meu comportamento. Eu não podia ser motivo de chacota de Satanás. Eu tinha de ficar ao lado de Deus, submeter-me aos Seus arranjos e aprender bem as lições. Eu então fiz uma oração. Eu disse: “Deus, quero abandonar meu desejo de bênçãos e não pensar mais no meu futuro. Quer eu melhore ou não, desejo obedecer a Ti e dar testemunho para que Tu envergonhes Satanás”. Depois da oração, fiquei mais calmo e não pensei mais tanto em mim. Então li uma passagem das palavras de Deus: “Deus permite que vivamos, então deveríamos cumprir bem os nossos deveres. Cada dia que vivemos é um dia de dever que devemos cumprir. Deveríamos ver a comissão de Deus como nossa tarefa principal e cumprir nossos deveres como se fossem a questão maior na vida. Embora possamos não buscar a realização perfeita dos nossos deveres, agimos de acordo com nossa consciência, tornando Satanás incapaz de levantar acusações contra nós e, sem culpa de consciência, podemos vir a satisfazer a Deus e não ter nenhum arrependimento. Essa é a atitude com que aquele que crê em Deus deveria ver seu dever” (Extraído de ‘Os cinco estados necessários para estar na trilha certa em sua fé’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Eu não sabia se melhoraria ou não, mas o que eu podia fazer era cumprir o dever que Deus me deu. Depois disso, pude cumprir meu dever de todo o coração, sem que a minha doença me impedisse.
Voltei ao hospital mais tarde para ver como estava minha doença. O médico disse que eu estava bem e que minha função hepática estava normal. Meu sangue estava altamente infectado, mas o resto estava bem. Ele fez questão de me dizer para não me preocupar e que eu só precisava de um tratamento normal. Quando o médico disse isso, não pude deixar de agradecer a Deus em meu coração! Senti que Deus tinha misericórdia de mim. Eu era muito egoísta e mesquinho, e buscava apenas obter lucro, querendo algo de Deus em troca do cumprimento do meu dever, enganando-O e enojando-O, mas Ele ignorou minha rebeldia. Ele continuou usando Suas palavras para me iluminar e guiar para experimentar Sua obra, para que eu enxergasse os motivos e os pontos de vista equivocados que eu tinha em minha fé. Eu senti de verdade como é grande o amor de Deus! Depois disso, coloquei todo o meu empenho no cumprimento do meu dever. Pensei que tinha aprendido alguma lição por passar por essa doença. Minha estatura também aumentou um pouco. Por isso, fiquei surpreso ao ser exposto mais uma vez quando Deus providenciou uma provação para mim.
Um mês depois, minha líder me pediu para ir ao hospital para mais uma rodada de exames. Ela disse que se minha doença fosse altamente contagiosa, eu teria de morar sozinho, longe dos outros. Ouvir o que ela disse foi realmente perturbador, e senti um grande aperto no peito. Comecei a pensar muitas coisas: “Se eu tiver de me afastar dos outros, não poderei ir às reuniões ou participar da vida de igreja. O que farei se um dia ficar muito mal e ninguém estiver por perto para me ajudar? Quando os grandes desastres vierem, os irmãos e irmãs podem se reunir para comungar, ajudar e apoiar uns aos outros. Mas eu estarei completamente sozinho. Conseguirei me manter firme?”. Quanto mais eu pensava nisso, mais deprimido ficava. A líder compartilhou comigo e me disse para aprender a me submeter ao governo de Deus. Ela disse que, nesta situação, eu devia buscar mais a vontade de Deus, e, como Jó, louvá-Lo nos momentos de bênção e de calamidade. As palavras dela me comoveram, e me recordei do que havia acontecido da última vez. Percebi que isso tinha sido permitido por Deus e que o que devia fazer primeiramente e acima de tudo era me submeter. Então, assisti a um vídeo de leitura das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Jó não falava de barganhas com Deus e não fazia pedidos ou exigências a Deus. Seu louvor ao nome de Deus era por causa do grande poder e autoridade de Deus em governar todas as coisas, e não dependia de se ele recebesse bênçãos ou fosse atingido por um desastre. Ele acreditava que, independentemente de Deus abençoar as pessoas ou trazer desastre sobre elas, o poder e a autoridade de Deus não mudarão e, portanto, independentemente das circunstâncias de uma pessoa, o nome de Deus deve ser louvado. O fato de o homem ser abençoado por Deus é por causa da soberania de Deus, e quando o desastre acontece ao homem, também é por causa da soberania de Deus. O poder e a autoridade de Deus governam e arranjam tudo concernente ao homem; os caprichos da sorte do homem são a manifestação do poder e autoridade de Deus e, independentemente do ponto de vista da pessoa, o nome de Deus deve ser louvado. Foi isso que Jó experimentou e conheceu durante os anos de sua vida. Todos os pensamentos e ações de Jó alcançaram os ouvidos de Deus e chegaram diante de Deus e foram vistos como importantes por Deus. Deus apreciou esse conhecimento de Jó e valorizou Jó por ter tal coração. Esse coração aguardava a ordem de Deus sempre, e em todos os lugares e, não importava a hora ou o lugar, recebia de bom grado o que quer que acontecesse com ele. Jó não fez exigências a Deus. O que ele exigia de si mesmo era esperar, aceitar, encarar e obedecer a todos os arranjos que vieram de Deus; Jó acreditava que esse era seu dever, e era exatamente o que era desejado por Deus” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “A obra de Deus, o caráter de Deus e o Próprio Deus II”). Enquanto assistia ao vídeo, fiquei muito envergonhado. A exaltação de Jó ao nome de Deus não eram palavras vazias. Seu louvor vinha do fundo de seu coração. Jó conhecia a autoridade de Deus, Sua onipotência e soberania, por isso, ele temia a Deus em seu coração e era capaz de tratá-Lo verdadeiramente como Deus. É por isso que ele não reclamou ou fez qualquer exigência não importando o que Deus tivesse orquestrado ou arranjado para ele. Jó não tentou barganhar com Deus. Ele simplesmente obedeceu diante da bênção ou calamidade. Ele considerava a obediência a Deus mais importante do que sua própria vida. Eu pensei em mim: Por que tentei barganhar com Deus continuamente, buscando bênçãos com obstinação? Porque eu não temia a Deus e Ele não tinha um lugar em meu coração. Eu dava muita importância ao meu futuro e à obtenção de bênçãos, e é por isso que não me submeti a Deus quando fiquei doente. Eu desfrutei de algumas bênçãos pela graça de Deus, e foi o governo de Deus que trouxe essa doença sobre mim. Deus me deu tudo que eu tinha, portanto, se Ele tirasse tudo, ainda seria obra da sua justiça! Como eu, sendo inferior a uma formiga, poderia discutir com Deus? Então, decidi que estaria disposto a me submeter às orquestrações e arranjos de Deus. Se eu tivesse de ficar isolado dos outros, que fosse. Onde quer que Deus me colocasse, mesmo que acontecesse uma calamidade, eu não reclamaria. Onde quer que eu estivesse, cumpriria meu dever de retribuir o amor de Deus. Mais tarde, fui ao hospital para fazer meus exames. Fiquei um pouco nervoso no caminho até lá. Continuei orando a Deus em meu coração e contemplando Suas palavras. Andar com minha bicicleta até o hospital pareceu muito fácil. Quando cheguei, o médico disse: “Parabéns! No mês passado, havia 1,7 bilhão de cópias do vírus por mililitro de seu sangue. Agora, são apenas 560 mil e você não está transmitindo tanto a doença”. Ele também disse como foi bom ver essa redução em apenas um mês. Ao ouvir isso, fiquei muito grato a Deus. Ele estava bem ao meu lado, governando e organizando todas as coisas. É tão maravilhoso e prático!
Depois de passar por essa doença, meu desejo por bênçãos e minhas motivações desprezíveis ficaram muito claros. Eu compreendi melhor meus pontos de vistas equivocados e meus caracteres corruptos. Também obtive uma apreciação prática da soberania de Deus. Tudo porque eu experimentei o julgamento e o castigo. Agora não me preocupo mais com a cura da minha hepatite. Eu só quero me submeter aos arranjos e orquestrações de Deus e cumprir bem o meu dever em meio a essa situação. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.