As razões ocultas de temer responsabilidade
Eu era responsável pelo trabalho de rega na igreja. Quando mais pessoas aceitaram a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias, nossa igreja se dividiu em três igrejas diferentes, e fui encarregada de uma delas. Depois da divisão, descobri que muitos recém-convertidos que não estavam se reunindo regularmente foram designados para a minha igreja. Eu pensei que, já que nos faltavam regadores, apoiar todas essas pessoas que não se reuniam corretamente exigiria muito tempo e energia. Se eles desistissem porque não foram bem regados, os irmãos poderiam dizer que eu era incapaz e que tinha calibre baixo. Isso seria muito vergonhoso. Depois eu poderia ser podada e tratada ou responsabilizada pela saída deles. Se eu não fosse a encarregada, mas só um membro da equipe de rega, eu não teria de assumir essa responsabilidade. Achei que era muita pressão, como se estivesse atada a um grande fardo, e senti um peso no coração. A líder queria que cultivássemos mais pessoas para resolver a falta de regadores. Mas quando vi quantos recém-convertidos não estavam se reunindo corretamente, a dificuldade me consumiu. Achei que eu não seria capaz de treinar as pessoas a tempo e fiquei desanimada. Depois disso, fiquei passiva demais no trabalho. Eu não estava treinando nem regando aqueles que deveria estar treinando e regando, o que prejudicou nosso trabalho. Sentindo-me muito transtornada e culpada, eu orei a Deus: “Deus, falta-me estatura. Quando vi quantos problemas e dificuldades existem nessa nova igreja, eu quis abandoná-la. Sei que essa não é Tua vontade. Por favor, guia-me a refletir sobre mim mesma e a mudar meu estado incorreto, para que eu possa assumir esse trabalho”.
Em meus devocionais, li uma passagem das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Algumas pessoas têm medo de assumir responsabilidade durante o cumprimento do seu dever. Se a igreja lhes der um trabalho a fazer, elas considerarão primeiro se o trabalho exige que elas assumam responsabilidade, e, se assim for, elas não aceitarão o trabalho. Suas condições para cumprir um dever são, em primeiro lugar, que ele deve ser um trabalho lento; em segundo lugar, que não deve ser corrido nem cansativo; e, em terceiro lugar, que, não importa o que façam, elas não assumam nenhuma responsabilidade. Esse é o único tipo de dever que elas assumem. Que tipo de pessoa é esse? Essa não é uma pessoa escorregadia e enganosa? Ela não quer assumir nem o mínimo de responsabilidade. Quando as folhas caem das árvores, elas têm medo de que o céu esteja caindo. Que dever uma pessoa desse tipo pode cumprir? Que utilidade ela poderia ter para a casa de Deus? O trabalho da casa de Deus tem a ver com o trabalho de combater Satanás e com a disseminação do evangelho do reino. Que dever não envolve responsabilidades? Vocês diriam que ser líder envolve responsabilidade? Suas responsabilidades não são ainda maiores, e não deve ele assumir responsabilidades ainda mais? Você espalha o evangelho, testifica, produz vídeos e coisas do tipo. Na verdade, o trabalho que você faz, não importa o que seja, envolve responsabilidades, contanto que diga respeito aos princípios da verdade. Se o cumprimento do seu dever não se basear em princípios, isso afetará o trabalho da casa de Deus, e se você tem medo de assumir responsabilidade, você não pode cumprir nenhum dever. Alguém que teme assumir responsabilidade ao cumprir seu dever é covarde, ou existe algum problema com o seu caráter? Você deve ser capaz de saber a diferença. Fato é que não se trata de uma questão de covardia. Se essa pessoa estivesse correndo atrás de riqueza, ou se estivesse fazendo algo em interesse próprio, como poderia ser tão corajosa? Ela assumiria qualquer risco. Mas quando faz coisas para a igreja, para a casa de Deus, ela não assume risco algum. Tais pessoas são egoístas e vis, as mais traiçoeiras de todas. Qualquer um que não assume responsabilidade ao cumprir seu dever não é nem um pouco sincero para com Deus, sem falar da sua lealdade. Que tipo de pessoa se atreve a assumir responsabilidade? Que tipo de pessoa tem a coragem de suportar um fardo pesado? Alguém que assume a liderança e avança corajosamente no momento crucial no trabalho da casa de Deus, que não tem medo de suportar uma responsabilidade pesada e suportar grandes dificuldades quando vê o trabalho que é mais importante e crucial. É alguém leal a Deus, um bom soldado de Cristo. Será que todos os que temem assumir responsabilidades no dever agem assim por não entender a verdade? Não; trata-se de um problema na sua humanidade. Eles não têm senso nem de justiça nem de responsabilidade. São pessoas egoístas e vis, não são crentes verdadeiras em Deus. Não aceitam nem um pouco a verdade e, por esses motivos, não podem ser salvas. Os crentes em Deus devem pagar um grande preço para ganhar a verdade, e vão encontrar muitos obstáculos para praticá-la. Eles devem renunciar algumas coisas e abandonar seus interesses carnais, e devem suportar algum sofrimento. Só então, eles serão capazes de colocar a verdade em prática. Então, alguém que teme assumir responsabilidades pode praticar a verdade? Certamente não, e podemos falar menos ainda em ganhar a verdade. Ele tem medo de praticar a verdade, de sofrer uma perda em seus interesses; ele tem medo de ser humilhado, de ser depreciado e de ser julgado. Não se atreve a praticar a verdade, portanto, não pode ganhá-la, e ainda que acredite em Deus por muitos anos, não pode alcançar a salvação Dele” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: parte 1”). Ver o que as palavras de Deus revelavam foi desagradável para mim. Deus diz que aqueles que temem assumir responsabilidade em seu dever são os mais egoístas, vis e enganosos. Eles não conseguem praticar a verdade e jamais alcançarão salvação. Eu estava agindo desse jeito. Quando vi que havia muitos recém-convertidos que se reuniam irregularmente e poucos candidatos para treinar, eu não pensei em como considerar a vontade de Deus, que é cultivar candidatos viáveis e fazer com que os recém-convertidos fossem regados adequadamente para que criassem raízes no caminho verdadeiro mais cedo. Eu os tratei como um fardo. Pensei em quanto tempo e energia seriam necessários para apoiá-los e que os outros me menosprezariam se eu não o fizesse bem. Eu seria podada e tratada e responsabilizada se fosse sério. Parecia ser um trabalho oneroso que poderia produzir resultado nenhum e eu resisti. Embora me forçasse a fazê-lo, eu fui passiva. Já que eu fui irresponsável, não treinei as pessoas que deviam ter sido treinadas, enquanto alguns deixaram de vir regularmente. O evangelho de Deus dos últimos dias está se expandindo rapidamente agora e mais pessoas estão se voltando para Deus. Regar e apoiar bem os recém-convertidos é o desejo urgente de Deus, mas eu só pensava em meus interesses, não na vontade de Deus. Eu também não considerava a vida dos recém-convertidos. Eu era tão egoísta e tão decepcionante para Deus! E nas outras igrejas novas, percebi que os outros conseguiam defender o trabalho da igreja sem pensar em seus ganhos ou perdas pessoais. Faziam de tudo para regar os recém-convertidos por mais difícil que fosse. Eram crentes verdadeiros que se dedicavam aos deveres. Eu me senti envergonhada e humilhada. Eu precisava parar de considerar meus interesses e defender o trabalho da igreja. Eu precisava assumir essa responsabilidade e dar tudo de mim para garantir que os recém-convertidos fossem regados bem. Depois disso, comecei a cooperar de forma proativa e a me esforçar na rega de algumas pessoas que podiam ser cultivadas. Quando elas entenderam a vontade de Deus, também se tornaram ativas no dever. Trabalhamos juntos para fazer nosso trabalho e apoiar os recém-convertidos. Pouco depois, muitos novatos se reuniam regularmente. Fiquei muito feliz e agradeci a Deus.
Mas não demorou e deparei-me com a mesma situação. Um dia, a líder me disse: “A Igreja de Shuiyuan acabou de ser fundada. Vários recém-convertidos não estão se reunindo corretamente e faltam bons regadores. O trabalho está progredindo lentamente. Vamos colocar essa igreja nas suas mãos”. Quando a líder disse isso, percebi que a vontade de Deus estava por trás dessa situação. Da última vez em que uma igreja foi dividida, tive medo de assumir responsabilidade, o que atrasou o trabalho da igreja. Dessa vez, eu devia me submeter e cumprir o meu dever corretamente. Mas vacilei quando dei outra olhada no estado em que a Igreja de Shuiyuan se encontrava. A igreja pela qual eu era responsável estava começando a melhorar e ainda faltava fazer muito trabalho. Assumir outra igreja exigiria muito tempo e energia. Se eu não conseguisse apoiar Shuiyuan e nem cuidar do trabalho na minha igreja na época, o que os outros pensariam de mim? Administrar apenas uma igreja não seria tão estressante e eu poderia concentrar meus esforços em fazer bem o meu trabalho. Assim todos me veriam com outros olhos e eu poderia até ser promovida. Diante disso, achei que lidar com a Igreja de Shuiyuan seria demais. Qualquer que fosse o caso, não me beneficiaria, e eu não quis aceitá-la. Mas se eu recusasse e ninguém a assumisse, isso impactaria o trabalho da igreja. Eu fiquei dividida. A líder viu em que estado eu estava e compartilhou uma passagem das palavras de Deus comigo: “Se você é muito bom em certo tipo de trabalho profissional, e o tem feito por pouco tempo a mais do que os outros, então tarefas mais difíceis deveriam ser atribuídas a você. Você deveria receber isso de Deus e obedecer. Não seja exigente nem reclame, dizendo: ‘Por que as pessoas sempre dificultam a minha vida? Dão todas as tarefas fáceis a outras pessoas, e me dão as difíceis. Elas não estão tentando dificultar a minha vida?’. O que você quer dizer com ‘tentando dificultar a sua vida’? Arranjos de trabalho são feitos sob medida para cada indivíduo — aqueles que são capazes deveriam trabalhar mais. Você aprendeu muito, e Deus lhe deu muito, portanto é correto que você receba um fardo maior. Isso não foi feito para dificultar a sua vida; o fardo que lhe foi dado é perfeito para você: esse é o seu dever, então não tente escolher, nem dizer não, nem sair dele. Por que você acha difícil? Na verdade, se você pusesse seu coração nele, você seria totalmente capaz de realizá-lo. O fato de você achar difícil e que está sendo tratado injustamente, como se estivessem deliberadamente dificultando a sua vida, é a efusão de um caráter corrupto, isso é recusar-se a cumprir o seu dever e não receber de Deus; é não praticar a verdade. Quando escolhe seu dever, cumprindo aquele que é confortável e fácil, aquele que o faz parecer bom, isso é o caráter corrupto de Satanás. Se você é incapaz de aceitar o seu dever nem de submissão, isso prova que você ainda é rebelde em relação a Deus, que você está retaliando, rejeitando, evitando — o que é um caráter corrupto” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Essa passagem me comoveu. A líder não estava tentando dificultar a vida para mim ao mandar que eu assumisse outra igreja. Eu vinha fazendo o trabalho de rega havia algum tempo, por isso eu deveria ser capaz de dar conta se eu fizesse um sacrifício um pouco maior. Eu estava sendo egoísta demais, só pensava em meus interesses e não estava disposta a me sacrificar mais. Eu também temia passar uma impressão ruim se não fizesse um trabalho bom, por isso não quis assumi-lo, e simplesmente o rejeitei. Eu não era nem um pouco obediente. O fato de a igreja me confiar algo tão importante como a rega dos recém-convertidos era a graça e elevação de Deus. Eu devia me submeter a isso incondicionalmente e fazer o meu melhor. É isso que alguém com consciência e razão faria. Se eu confiasse em Deus e cooperasse com Ele, eu sabia que Deus me guiaria a fazer bem o meu trabalho. Então orei a Deus no coração, disposta a renunciar às minhas preocupações e a assumir essa responsabilidade.
Mais tarde, refleti e busquei um pouco. Por que eu sempre queria rejeitar deveres e nunca queria assumir um fardo? Li algo nas palavras de Deus. “Não importa o que estejam fazendo, os anticristos consideram primeiro os próprios interesses e só agem depois de pensarem em tudo; não obedecem verdadeira, nem sincera, nem absolutamente à verdade sem fazer concessões, mas o fazem seletiva e condicionalmente. Qual é essa condição? É que seu status e reputação devem ser protegidos e não devem sofrer nenhuma perda. Só quando essa condição é satisfeita é que eles decidem e escolhem o que fazer. Isto é, os anticristos levam em alta consideração como tratar os princípios da verdade, as comissões de Deus e o trabalho da casa de Deus, ou como lidar com as coisas com que se deparam. Eles não consideram como cumprir a vontade de Deus, como não prejudicar os interesses da casa de Deus, como satisfazer a Deus ou como beneficiar os irmãos e irmãs; essas não são as coisas que eles consideram. O que os anticristos consideram? Se seu status e sua reputação serão afetados e se seu prestígio diminuirá. Se fazer algo de acordo com os princípios da verdade beneficia o trabalho da igreja e os irmãos e irmãs, mas causaria dano a sua reputação e faria muitas pessoas perceberem sua verdadeira estatura e saber que tipo de natureza e essência eles têm, eles definitivamente não agiriam de acordo com os princípios da verdade. Se fazer trabalho prático fará com que mais pessoas os tenham em alta estima, os venerem e admirem, ou capacite suas palavras a ter autoridade e a fazer com que mais pessoas se submetam a eles, eles escolherão fazer isso dessa forma; caso contrário, eles jamais preferirão descartar seus interesses em consideração aos interesses da casa de Deus, ou dos irmãos e irmãs. Essas são a natureza e a essência dos anticristos. Isso não é egoísta e vil?” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). “Até que as pessoas tenham experimentado a obra de Deus e compreendido a verdade, é a natureza de Satanás que assume o controle e as domina por dentro. O que, especificamente, essa natureza acarreta? Por exemplo, por que você é egoísta? Por que protege a própria posição? Por que você tem emoções tão fortes? Por que aprecia aquelas coisas injustas? Por que gosta daqueles males? Qual é a base para sua afeição por tais coisas? De onde vêm essas coisas? Por que você fica tão feliz em aceitá-las? A esta altura, vocês todos vieram a entender que a razão principal por trás de todas essas coisas é que o veneno de Satanás está dentro do homem. Então, qual é o veneno de Satanás? Como isso pode ser expresso? Por exemplo, se você pergunta: ‘Como as pessoas deveriam viver? Para que deveriam viver?’ as pessoas responderão: ‘É cada um por si e o diabo pega quem fica por último’. Esse simples provérbio expressa a raiz exata do problema. A filosofia e a lógica de Satanás se tornaram a vida das pessoas. Não importa o que as pessoas busquem, elas o fazem para si mesmas — e assim só vivem para si mesmas. ‘É cada um por si e o diabo pega quem fica por último’ — essa é a filosofia de vida do homem e representa também a natureza humana. Essas palavras já se tornaram a natureza da humanidade corrupta, o retrato verdadeiro da natureza satânica da humanidade corrupta, e essa natureza satânica já se tornou a base para a existência da humanidade corrupta; durante vários milênios, a humanidade corrupta tem vivido segundo esse veneno de Satanás, até o dia atual” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como trilhar a senda de Pedro”). Encontrei a resposta nas palavras de Deus. A razão principal pela qual eu não queria assumir um fardo pesado era que eu vivia segundo o caráter de um anticristo, sendo egoísta e enganosa. Eu vinculava cada coisa que eu fazia aos meus interesses, com a precondição de não interferir nos meus interesses pessoais. Eu não estava considerando a vontade de Deus nem defendendo o trabalho da igreja. Quando vi que muitos recém-convertidos na minha igreja nova não se reuniam regularmente, eu temi que meu sucesso no dever fosse impactado, o que prejudicaria minha reputação. Quando a líder pediu que eu supervisionasse a Igreja de Shuiyuan, eu sabia que, se os recém-convertidos não fossem regados logo, eles poderiam ser prejudicados por pastores religiosos e desistir. Mas eu não quis aceitar o trabalho de rega lá. Fiquei pesando os prós e contras para mim mesma, pensando apenas em como terminar o trabalho pelo qual eu já era responsável. Desse jeito, não seria tão estressante e eu não teria de sofrer muito. Se eu realizasse algo no final, eu receberia a aprovação dos outros e deixaria uma impressão boa. Eu estava vivendo segundo o veneno satânico “cada um por si e o demônio pega quem fica por último”. Quando confrontada com qualquer coisa, eu pensava primeiro se seria bom para minha reputação. Se meus interesses fossem prejudicados, mesmo sendo bom para o trabalho da igreja, eu preferia não fazê-lo. Eu resistia e recusava, não era genuína nem submissa a Deus. Aqueles que tinham acabado de aceitar a obra de Deus dos últimos dias ainda não conheciam a verdade. Eram suscetíveis à interferência dos pastores, que podiam enganá-los e afugentá-los, por isso a igreja me designou para os regar e apoiar. Confrontada com uma tarefa tão importante, eu não assumi a responsabilidade nem cumpri meu dever, temendo que minha reputação sofresse se eu não fizesse um trabalho bom. É o tipo de caráter de um anticristo: egoísta, desprezível e interesseiro. Eu me enchi de remorso e culpa. Senti que devia muito a Deus e quis me arrepender diante Dele.
Depois disso, li mais das palavras de Deus. “Qual é o critério pelo qual os feitos de uma pessoa são julgados como sendo bons ou maus? Depende de se, em seus pensamentos, expressões e ações, vocês tiverem o testemunho de pôr a verdade em prática ou não e de viverem a realidade da verdade. Se não tiver essa realidade ou não a viver, então você é, sem dúvida, um malfeitor. Como Deus vê os malfeitores? Seus pensamentos e atos externos não dão testemunho de Deus, tampouco envergonham nem derrotam Satanás; em vez disso, envergonham a Deus e estão repletos de marcas que fazem Deus ficar envergonhado. Você não está testificando de Deus, não está se despendendo por Deus, nem está cumprindo sua responsabilidade e suas obrigações para com Deus; em vez disso, está agindo para o próprio bem. O que significa ‘para o próprio bem’? Para ser exato, significa para o bem de Satanás. Por isso, no fim, Deus dirá: ‘Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. Aos olhos de Deus, você não fez boas ações; mas, ao contrário, seu comportamento se tornou maligno. Isso não só não ganhará a aprovação de Deus — isso será condenado. O que alguém com tal crença em Deus busca ganhar? Tal crença não seria em vão no final?” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus são muito claras. Deus não olha para o quanto sofremos, mas para o que está em nosso coração e o que revelamos quando cumprimos nosso dever, e se temos um testemunho de praticar a verdade. Se o motivo de uma pessoa em seu dever não é satisfazer a Deus, se ela não pratica a verdade, então, por mais que ela dê, Deus vê isso como cometer o mal e se opor a Ele. Lembrando-me do que minha mentalidade revelava naquele período, eu sempre pensava e planejava em torno de meus interesses e queria me esquivar do dever. Embora o aceitasse com relutância, eu não estava sendo responsável. Não treinei aqueles que eu devia ter treinado, e alguns recém-convertidos não estavam se reunindo regularmente porque eu não os reguei a tempo. Meus motivos e comportamentos enojavam a Deus. Aos olhos de Deus, eu estava cometendo o mal e resistindo a Ele. Eu tinha sido crente por anos e desfrutado de tanto sustento da verdade de Deus, mas nunca pensei em retribuir o amor de Deus. Quando o trabalho da igreja mais precisou de apoio, eu não quis assumir um fardo pesado. Eu não estava cumprindo meu dever nem satisfazendo a Deus. Eu não tinha nenhuma consciência nem humanidade. Em silêncio, eu orei: “Ó Deus, eu tenho buscado nome e status em meu dever sem proteger o trabalho da igreja. Sou tão egoísta. Não tenho cumprido bem o dever e estou muito endividada para Contigo. Deus, obrigada por me dar outra chance. Quero me arrepender, assumir esse fardo e dar o máximo em meu dever para compensar minhas transgressões passadas”.
Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus que me deu uma senda de prática. Deus diz: “Para todos que cumprem seu dever, por mais profundo ou raso que seja seu entendimento da verdade, a maneira mais simples de prática para entrar na realidade da verdade é pensar nos interesses da casa de Deus em tudo e abrir mão de desejos egoístas, intenções individuais, motivos, orgulho e status. Coloque os interesses da casa de Deus em primeiro lugar — isso é o mínimo que se deve fazer. Se uma pessoa que cumpre seu dever não consegue fazer nem mesmo isso, então como se pode dizer que ela está cumprindo seu dever? Isso não é cumprir o dever da pessoa. Você deve considerar primeiro os interesses da casa de Deus, considerar a vontade de Deus e considerar o trabalho da igreja e colocar essas coisas acima de tudo; só depois disso você pode pensar sobre a estabilidade de seu status ou sobre como os outros o veem. Vocês não acham que isso fica um pouco mais fácil quando o dividem nesses passos e fazem algumas concessões? Se praticar assim por algum tempo, você vai achar que satisfazer a Deus não é difícil. Além disso, você deve ser capaz de cumprir suas responsabilidades, executar seus deveres e obrigações, deixar de lado seus desejos egoístas, deixar de lado seus próprios motivos e intenções, ter consideração pela vontade de Deus e colocar em primeiro lugar os interesses da casa de Deus, o trabalho da igreja e o dever que você deve cumprir. Após experimentar isso por algum tempo, você sentirá que essa é uma boa maneira de se comportar. É viver franca e honestamente, sem ser uma pessoa baixa ou inútil, é viver justa e honradamente em vez de ser desprezível ou má. Você achará que é assim que uma pessoa deve viver e agir. Aos poucos, o desejo em seu coração de satisfazer seus próprios interesses diminuirá” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus me mostraram uma senda de prática. Eu devia renunciar a meus interesses e colocar os interesses da igreja em primeiro lugar quando algo surgisse. Eu queria fazer o que diz a palavra de Deus: deixar de considerar se meus interesses sofreriam ou não, e deixar de considerar o que os outros pensariam de mim. Eu devia cumprir minhas responsabilidades e assumir o trabalho. Também percebi que eu nunca queria fazer um trabalho desafiador, temendo que eu fosse menosprezada ou tratada se não o fizesse bem. Eu não entendia as boas intenções de Deus de salvar o homem. Receber um trabalho mais difícil era a graça de Deus. Deus estava usando esse desafio para que eu aprendesse a confiar Nele e a buscar a verdade para resolver problemas. Ao longo do meu dever, assumir um fardo grande e ser podada e tratada ou exposta diante de dificuldades era algo bom. Essas coisas me dão a chance de ver melhor minhas falhas e deficiências para que eu possa me concentrar mais em buscar e me equipar com a verdade para compensar meus pontos fracos. Isso é benéfico para o meu entendimento da verdade e meu progresso na vida. É o amor de Deus.
Quando entendi a vontade de Deus, minha atitude em relação ao dever mudou. Vi que, para administrar o trabalho de duas igrejas, eu não podia confiar em minhas habilidades. O que eu podia fazer era limitado, por isso eu devia me concentrar em treinar pessoas. Uma vez que mais irmãos conhecessem a vontade de Deus, eles poderiam assumir deveres, e isso facilitaria o trabalho. Então eu poderia concentrar minha energia em tarefas críticas. Assim, eu discuti e confirmei as pessoas a serem treinadas com a equipe de rega, depois trabalhei para organizar reuniões e comunicar as palavras de Deus para resolver seus problemas e dificuldades reais. Fiquei surpresa quando alguns irmãos ganharam um entendimento da obra de Deus, ganharam fé e quiseram cumprir um dever. Quando trabalhamos juntos, eu me tornei mais eficiente em meu dever, e alguns projetos foram realizados em pouco tempo. Eles também ganharam alguma prática e tiveram mais energia em seu dever. Após algum tempo de rega e apoio, muitos dos recém-convertidos ganharam algum entendimento da obra de Deus, estabeleceram um fundamento no caminho verdadeiro e participavam ativamente das reuniões. Fiquei muito comovida quando vi tudo isso. Depois de renunciar aos meus interesses, de assumir um fardo e fazer o meu melhor, num piscar de olhos eu fiz algum progresso e estava realizando muito mais no meu dever. Agora, não tenho mais medo de assumir responsabilidade e quero praticar a verdade e cumprir meu dever para satisfazer a Deus.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.