Há grande felicidade na honestidade

29 de Julho de 2019

Por Gan’en, Província de Anhui

Na minha vida, eu sempre tive como lema a frase: “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não sermos prejudicados” na interação social. Nunca confio facilmente nas pessoas. Sempre senti que nas situações em que não sabemos quais são as verdadeiras intenções de alguém, não devemos nos abrir cedo demais. Assim, é suficiente manter uma atitude pacífica — desse modo protegemos a nós mesmos e seremos considerados por nossos colegas como uma “boa pessoa”.

Mesmo depois de aceitar o trabalho de Deus nos últimos dias, tive o máximo de cuidado nas minhas relações com os outros. Quando eu vi o que Deus pede que sejamos inocentes, sinceros e honestos, só fui franco sobre coisas que eram de pouco ou nenhum interesse pessoal para mim. Eu quase nunca partilhava esses aspectos do meu caráter que eu considerava verdadeiramente deturpados, por medo de que meus irmãos e irmãs me desdenhassem. Quando meu líder me chamou a atenção por fazer meu trabalho desinteressadamente, eu estava cheio de receio e desconfiança e pensei comigo mesmo: “Por que meu líder está sempre me mencionando e comentando os detalhes da minha situação na frente de todos meus irmãos e irmãs? Não é óbvio que isso vai me deixar desconfortável e envergonhado na frente de todos? Talvez meu líder não goste muito de mim, então ele está decidido a pegar no meu pé”. Foi especialmente doloroso e insuportável ver outros irmãos e irmãs sendo promovidos enquanto eu permaneci na mesma posição. Achei que não estava sendo promovido porque não valia a pena eu ser treinado. Meu coração estava cheio de equívocos e dúvidas; senti que eu não tinha futuro, que não havia mais sentido em continuar por este caminho. Por eu sempre estar em posição defensiva e desconfiado dos outros, cada vez mais eu ficava sem entender Deus e me senti cada vez menos ligado a Ele. Minha condição foi se tornando cada vez mais anormal e finalmente perdi contato com a obra do Espírito Santo e caí na escuridão.

Nas profundezas do sofrimento, perdido e sem direção, me deparei com esta passagem da palavra de Deus: “Se for muito enganador, você terá um coração defensivo e pensamentos de suspeita em relação a todos os assuntos e a todas as pessoas, e por isso sua fé em Mim será edificada sobre um fundamento de suspeição. Eu jamais poderia reconhecer tal fé. Sem ter fé genuína, vocês se distanciarão ainda mais do amor real. E, se está propenso a duvidar de Deus e especular sobre Ele a bel-prazer, você, sem dúvida, é a mais enganadora de todas as pessoas(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Como conhecer o Deus na Terra”). Ao examinar as palavras de Deus, de repente refleti sobre minhas ações na vida cotidiana. No começo, pensei: “Eu não estava vivendo com ‘um coração defensivo e pensamentos de suspeita em relação a todos os assuntos e a todas as pessoas’?” Como tal, não seria eu um homem astuto aos olhos de Deus? Naquele momento, as palavras “homem astuto” cortaram meu coração como uma lâmina afiada, causando-me um sofrimento insuportável. Sempre pensei que, enquanto eu vivesse seguindo o ditado “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não sermos prejudicados”, eu seria considerado uma boa pessoa entre meus colegas, então vivi de acordo com essas palavras em meus relacionamentos com outras pessoas e ao fazer negócios. Nunca, em toda a vida, suspeitei que viver por esta máxima me transformaria em um homem astuto. Isto significava que “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não sermos prejudicados”, a máxima que tanto defendi, não estava de acordo com a verdade e estava em contradição direta com a palavra de Deus. Fiquei chocado ao descobrir que a filosofia de vida que eu tinha acolhido defender desde que me lembro foi derrubada e negada pela palavra de Deus, aparentemente da noite para o dia. No entanto, diante das circunstâncias, não tive escolha nenhuma, a não ser aceitar os fatos. Acalmei-me, pensei e reavaliei essa máxima pela qual vivi por tantos anos. Ao longo do tempo, graças à iluminação de Deus, finalmente obtive uma nova compreensão e visão sobre a frase. Na superfície, “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não ser prejudicados” parece ser uma ideia bastante sensata e em consonância com a concepção que a maioria das pessoas tem sobre o certo e o errado. Não parece haver nada de errado com a ideia à primeira vista, porque ela apenas afirma que devemos tomar cuidado com outras pessoas, mas não nos incita a fazer mal a elas. Além disso, viver por essa máxima impede-nos de cair em armadilhas e, ao mesmo tempo permite-nos aprender a ser boas pessoas. No entanto, quando examinamos essa frase minuciosamente, fica claro que ela é realmente um método particularmente sinistro, pelo qual Satanás corrompe a humanidade. Essa frase nos diz secretamente que não podemos confiar em ninguém, que qualquer um é capaz de nos fazer mal, então em nossas relações com os outros, que nunca demos tudo de nós. Assim, nos protegemos de outras pessoas, você suspeita de mim e nenhum de nós realmente confia um no outro. Isso nos leva a mal-entendidos, inimizades e intrigas, que fazem com que a humanidade se torne cada vez mais deturpada, traiçoeira, astuta e dissimulada. Pior ainda, este axioma de Satanás nos leva a estar em posição de guarda, desconfiados e descrentes nos encontros com nosso amoroso e bondoso Deus. Começamos a pensar que Deus também é traiçoeiro, astuto e cheio de truques — que Ele não trabalha visando o que é melhor para nós. Como resultado, não importa o quanto Deus nos ama e é atencioso para conosco, somos relutantes em depositar nossa fé Nele, e fica ainda menos provável apreciarmos até onde Ele vai por nós. Em vez disso, com um coração desleal questionamos tudo o que Ele faz e impingimos nossos equívocos, dúvidas, deslealdade e resistência contra Ele. Deste modo, Satanás realiza seu objetivo de corromper e envenenar a humanidade e faz com que nos afastemos de Deus e O traiamos. No entanto, eu não conseguia enxergar e perceber o plano maligno de Satanás. Considerei sua falácia uma filosofia de vida concreta que merecia ser respeitada e acolhida, e como consequência disso tornei-me cada vez mais ardiloso, questionador e ficando na defensiva. Em vez de permanecer do lado de Deus e abordar as coisas do ponto de vista positivo, qualquer situação em que me encontrava, sempre usava meu próprio pensamento falso. Eu mal entendi a Deus e questionei Sua intenção. Finalmente, à medida que o mal-entendido entre Deus e eu tornou-se cada vez mais acentuado, perdi contato com a obra do Espírito Santo e caí na escuridão. Como agora ficou evidente, a frase, “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não ser prejudicados” nada mais é do que uma falácia idealizada por Satanás para corromper e enganar a humanidade. Viver por essa pretensa máxima só levará as pessoas a tornarem-se mais espertas, maliciosas, e questionarem injustamente e precaverem-se contra os outros, ao mesmo tempo que entenderão mal a Deus e se afastarão Dele. Uma vida direcionada assim só vai ganhar o desgosto de Deus e levar quem vive assim a perder o contato com a obra do Espírito Santo e cair na escuridão. No final, os adeptos dessa máxima vão se tornar vítimas de sua própria traição — seu futuro brilhante será extinto. Neste ponto, eu finalmente tinha percebido que a frase, “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não ser prejudicados” não era uma filosofia de vida legítima, mas uma vil trama de Satanás para ludibriar e atormentar a humanidade. Esta frase era capaz de corromper os homens, fazendo-os perder sua humanidade e afastar-se de Deus ou traí-Lo. Viver segundo essa frase só poderia fazer com que se desafiasse a Deus e assim fosse detestado, rejeitado e peneirado por Deus.

Mais tarde, vi a seguinte passagem da palavra de Deus: “Deus tem a substância da fidelidade, então Sua palavra é sempre digna de confiança; além disso, Suas ações são irrepreensíveis e inquestionáveis. É por isso que Deus gosta daqueles que são absolutamente honestos com Ele. Ser honesto significa entregar seu coração a Deus, ser genuíno com Ele em todas as coisas, ser aberto com Ele em todas as coisas, nunca esconder os fatos, nunca tentar enganar quem está acima e abaixo de você e não fazer as coisas apenas para conseguir o favor de Deus. Resumindo, ser honesto é ser puro em suas ações e palavras e não enganar nem a Deus nem aos homens. […] Se você tiver muitas confidências que reluta em compartilhar, se estiver muito indisposto a desnudar seus segredos — suas dificuldades — diante dos outros de forma a buscar o caminho da luz, então digo que você é alguém que não alcançará a salvação facilmente e que não emergirá facilmente das trevas. Se buscar o caminho da verdade o agrada, então você é alguém que habita sempre na luz. Se você fica muito contente em ser um servidor na casa de Deus, trabalhando diligente e conscienciosamente no anonimato, sempre dando e nunca tirando, então digo que você é um santo leal, porque não busca recompensa e está simplesmente sendo honesto. Se você estiver disposto a ser sincero, se estiver disposto a despender tudo de si, se for capaz de sacrificar sua vida por Deus e ser firme em seu testemunho, se você for honesto a ponto de somente saber satisfazer a Deus sem considerar a si mesmo ou tomar para si mesmo, então digo que tais são pessoas nutridas na luz e que viverão para sempre no reino(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Três admoestações”). Com a palavra de Deus, percebi que Deus ama e abençoa as pessoas honestas. Somente sendo honestas as pessoas conseguem viver da maneira certa, em harmonia com a intenção de Deus. Assim, apenas os honestos se qualificam para receber a salvação de Deus. Eu também passei a entender como agir como uma pessoa honesta: As pessoas honestas falam de modo simples, aberto e sem enganar—sem meias palavras. Os honestos nunca enganam os outros, não agem superficialmente e nunca enganam a Deus ou mentem para Ele. O coração das pessoas honestas é honesto e sem deslealdade ou perversão. Nem no falar nem no agir elas não têm más ou segundas intenções; elas não agem visando seu próprio lucro ou para satisfazer a sua carne, mas sim por serem pessoas verdadeiras. O coração das pessoas honestas é magnânimo, sua alma é honesta e elas estão dispostas a entregar o coração e a vida a Deus. Elas não pedem nada em troca, mas somente se esforçam para cumprir os desejos de Deus. Apenas aqueles que possuem estas características podem ser chamados de pessoas honestas, pessoas que vivem na luz.

Uma vez que entendi os princípios associados a ser uma pessoa honesta, comecei a tentar colocar esses princípios em prática. Nas minhas relações com as pessoas, conscientemente tentava não “ficar esperto ou alerta”, criticar ou “adivinhar” e ficar “armado”. Quando consegui, senti-me particularmente livre e liberto; pareceu-me muito mais tranquilo viver desse jeito. Quando eu demonstrava deturpação ao cumprir meus deveres, eu procurava proativamente minha irmã parceira para expor meu entendimento em comunhão e ela fazia a mesma coisa. Durante este processo, não apenas não desenvolvemos preconceitos em relação um ao outro, mas nos tornamos ainda mais harmoniosos em nossa coordenação. Quando citei a palavra de Deus ao expor minha deturpação durante as reuniões, meus irmãos e irmãs não pensavam mal de mim como eu tinha imaginado originalmente, mas em vez disso eles ouviam meu relato como um exemplo da salvação amorosa de Deus. Quando, no cumprimento dos meus deveres, eu trabalhava não pela minha própria reputação e status, mas para cumprir os desejos de Deus, eu sentia o Espírito Santo trabalhando através de mim e me concedendo orientação para que eu pudesse enxergar a intenção de Deus em cumprir os meus deveres. Como resultado, eu era muito eficaz no cumprimento dos meus deveres. Ao orar, conscientemente tentei compartilhar os meus pensamentos mais íntimos com Deus e falar da alma. Descobri que quando eu fazia isso, eu me aproximava cada vez mais de Deus e sentia que Ele é muito amoroso. Naturalmente, todos os mal-entendidos antigos que eu tinha com Deus foram dissolvidos no processo. Por meio deste processo de praticar a honestidade, eu vivenciei o fato de que ser honesto permite-nos viver na luz e receber a bênção de Deus. Ser uma pessoa honesta é verdadeiramente significativo e valioso!

Ao vivenciar os benefícios de ser uma pessoa honesta, ficou ainda mais claro para mim que o ditado de “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não ser prejudicados” corrompe e atormenta a humanidade. Quem escolher viver seguindo esse ditado, sempre viverá na escuridão, na deturpação e no tormento. Somente sendo pessoas honestas é que poderemos viver na luz, ser fortalecidos e recebermos o elogio de Deus. De agora em diante, faço voto de começar de novo e abandonar completamente esse ditado de Satanás, “Não devemos ter no coração a intenção de prejudicar os outros, mas devemos vigiar para não ser prejudicados”. De agora em diante a honestidade será o padrão pelo qual viverei e me esforçarei para agradar a Deus com a minha honestidade.

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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