Afetos devem seguir os princípios
Quando criança, meus pais e professores me ensinaram a ser uma boa pessoa e a praticar gratidão, como diz o ditado: “Retribua uma gota de gentileza com uma fonte de recompensas”. Então, desde a infância, esse tem sido meu princípio para conviver com os outros. Especialmente quando os outros eram gentis comigo, eu tentava retribuir sua gentileza em dobro. Com o passar do tempo, recebi aprovação e elogios das pessoas à minha volta, e meus parentes e amigos achavam que eu era afetuosa e queriam interagir comigo. Depois de crer em Deus, continuei me dando bem com meus irmãos e irmãs. Achava que me conduzir desse jeito fazia de mim uma pessoa boa com consciência. Foi só por meio das circunstâncias que Deus arranjou para me expor e por meio da revelação da palavra de Deus que eu percebi que esses pensamentos da cultura tradicional não são a verdade nem o critério para como devemos agir e nos conduzir.
Em setembro de 2018, fui dispensada como líder por não fazer trabalho prático. Na época, eu estava muito negativa e fraca, mas a irmã Li, que supervisionava o trabalho administrativo, me enviou muitas passagens da palavra de Deus para me apoiar e ajudar, e isso me comoveu muito. A irmã Li não só não me menosprezou, como me encorajou e ajudou. Depois disso, a irmã Li arranjou que eu fizesse trabalho administrativo. Ela cuidou muito bem de mim e tomou a iniciativa de perguntar o que eu achava sobre questões no nosso dever. Quando vi que a irmã Li me prezava tanto, senti uma gratidão ainda maior por ela. Mais tarde, quando um líder de igreja investigou minhas avaliações, alguns irmãos disseram coisas que me interpretavam errado, e a irmã Li conhecia o incidente e esclareceu os fatos na hora. Por isso, fiquei ainda mais grata a ela, pois achei que ela me defendeu num momento crítico e salvou a minha imagem. Embora não lhe dissesse uma palavra de gratidão verbalmente, eu sempre quis ter a chance de expressar minha gratidão a ela.
Não demorou, e ela foi dispensada por não fazer trabalho prático, e eu fui selecionada como líder de grupo. Ao acompanhar o trabalho da irmã Li, descobri que, muitas vezes, ela se distraía e esquecia coisas em seu trabalho. Em tom gentil, eu lhe perguntei: “Irmã Li, por que você é tão desleixada no seu dever?”. Quando ouviu isso, em vez de refletir sobre si mesma, ela disse: “Sou velha e tenho memória ruim”. Depois, minha parceira viu que a irmã Li continuava desatenta no dever dela e falou com ela sobre isso várias vezes, mas ela não mudou nem um pouco. Eu também percebi isso e quis esperar a hora certa para apontar isso para ela. Mas então me lembrei de que, quando fui dispensada, eu estava num estado ruim, e ela me ajudou e me apoiou com muita delicadeza. Agora ela tinha acabado de ser dispensada, então, se eu apontasse os problemas dela, ela não me acharia cruel demais? Além disso, ela havia acabado de ser dispensada e estava num estado ruim; os erros dela eram desculpáveis. Eu devia ajudá-la com amor e apoiá-la e dar-lhe tempo para mudar as coisas. Depois disso, quando a irmã Li não fazia o trabalho corretamente, minha parceira e eu o fazíamos por ela. Eu temia que ela esquecesse algo, por isso a lembrava, comungava com ela e perguntava sobre o estado dela com frequência. Em várias discussões sobre o trabalho, as sugestões dela não estavam alinhadas com os princípios, e a maioria dos irmãos não aprovava, e ela insistia que seu ponto de vista estava certo e forçava os outros a aceitar, o que praticamente bloqueava as discussões. Eu queria muito lembrá-la, mas pensei também que ela havia acabado de ser dispensada e devia estar péssima. Se eu expusesse os problemas dela agora, isso não seria enfiar o dedo na ferida? Então deixei passar, esperando que ela percebesse sozinha, a tempo. Com isso em mente, não a lembrei mais e só tentei garantir que ela se envolvesse menos em discussões de trabalho. Mas em vez de refletir sobre si mesma, ela me atacou indiretamente, dizendo que eu não ouvia as opiniões dela. Quando finalmente vi que ela não tinha autoconhecimento, resignei-me e devolvi a acusação. Eu disse: “Irmã Li, você é arrogante e hipócrita demais. Você realmente deveria refletir sobre si mesma”. Eu vi que o rosto dela endureceu um pouco, e a voz baixou. De repente, fiquei triste. Eu tinha exagerado ao tratá-la assim? Depois de toda a ajuda que tinha recebido dela, eu estava sendo cruel demais? Então, comecei a culpar a mim mesma. Alguns dias depois, o supervisor viu que o trabalho da irmã Li estava sendo feito por mim e a minha parceira, e nos perguntou como a irmã Li estava indo no dever. A pergunta me deixou ansiosa. Se eu falasse honestamente sobre o estado da irmã Li, ela poderia ser transferida. Eu só fazia trabalho administrativo porque ela o tinha arranjado, ela me tratava bem, e me ajudou e apoiou num momento crucial. Se ela fosse dispensada comigo como líder de grupo, ela pensaria que eu era cruel e impiedosa demais? Para proteger o trabalho dela, depois de descrever o comportamento dela, eu fiz um esforço adicional para acrescentar: “Esses comportamentos se devem ao estado ruim dela após ter sido dispensada. Ela está tentando mudar conscientemente”. Mais tarde, para impedir que ela fosse dispensada, em várias reuniões eu comunguei para ajudá-la com o estado dela, infelizmente, continuou superficial, e sempre havia problemas no dever dela. Houve uma vez em que ela comprou itens desnecessários, sem consultar ninguém, e o preço era muito mais alto do que o normal. Fiquei muito irritada e quis lidar com ela, mas, por causa da nossa relação no passado, eu me controlei. Simplesmente a convenci a não fazer isso de novo e a ser mais cuidadosa no dever. Como ela concordou, eu não voltei a falar sobre isso. Na época, os irmãos ficavam me falando sobre problemas no trabalho dela. Eu queria repreendê-la e lidar com ela, mas quando a encarava, eu não conseguia abrir a boca. As palavras quase saíram algumas vezes, mas eu as engoli. Mais tarde, a supervisora veio investigar como a irmã Li estava indo no dever. Ela o avaliou com base nos princípios com os outros e determinou que a irmã Li era inapta a continuar no trabalho administrativo e me urgiu a dispensá-la. Mas a irmã Li tinha acabado de ser dispensada como a pessoa responsável. Se ela fosse removida desse outro dever, como ela suportaria o golpe? Ela conseguiria suportar? Nesse momento, me lembrei de todas as vezes em que ela me ajudou no passado. Nesses dias, quando pensava em encará-la, eu me sentia deprimida e arrasada. Durante várias noites, fiquei revirando na cama sem dormir. Fiquei triste como quando eu fui dispensada. Não conseguia parar de pensar: “Ela foi gentil comigo antes, mas agora devo dispensá-la pessoalmente e expor o comportamento dela. Ela pensará que sou uma pessoa ingrata e ficará ressentida?”. A fim de evitar minha condenação interior, quis pedir que a supervisora comungasse com a irmã Li, para eu poder ficar atrás dela, calada, ou até nem aparecer. Mas eu sabia que esses motivos eram desprezíveis e vergonhosos, por isso me senti presa nesse dilema. Entristecia, orei a Deus. Eu disse: “Deus, sei que é correto dispensar a irmã Li, mas por que isso é tão difícil para mim? Deus, qual é o meu problema? Por favor, guia-me a conhecer a mim mesma”.
Depois de orar, eu me perguntei: quando eu dispensava outras pessoas, não era tão difícil, por que, então, eu estava tão indecisa quanto à dispensa da irmã Li? Enquanto buscava, li estas palavras de Deus: “Algumas pessoas são extremamente sentimentais; todo dia, em tudo que dizem e em todas as maneiras em que se comportam em relação aos outros, elas estão vivendo segundo suas emoções. Elas sentem afeto por esta e aquela pessoa, e todo dia se sentem obrigadas a devolver favores e retornar bons sentimentos; em tudo o que fazem, elas vivem no reino da emoção. […] Você poderia dizer que as emoções são a falha fatal dessa pessoa. Tudo que elas fazem é governado pela emoção, ela é incapaz de praticar a verdade e de agir de acordo com os princípios e está frequentemente propensa a se rebelar contra Deus. As emoções são sua maior fraqueza, sua falha fatal, e são totalmente capazes de levá-las à ruína. Pessoas excessivamente emocionais são incapazes de colocar a verdade em prática e de obedecer a Deus. Elas se preocupam com a carne, são tolas e confusas. Tais pessoas são especialmente sentimentais por natureza, elas vivem segundo suas emoções” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como conhecer a natureza do homem”). “O que caracteriza as emoções? Certamente, nada positivo. É um foco nas relações físicas e na satisfação das preferências da carne. Favoritismo, inventar desculpas para os outros, bajular, mimar e se satisfazer, tudo isso faz parte das emoções. Por exemplo, a casa de Deus lhe pede que faça o trabalho de purificar a igreja, no seu coração, elas sabem muito bem que isso é errado, e ainda assim são incapazes de ser objetivas, muito menos são capazes de agir de acordo com os princípios. Quando as pessoas são sempre governadas pelas emoções, elas são capazes de praticar a verdade? Isso é extremamente difícil. A incapacidade de muitas pessoas de praticar a verdade se resume às emoções; elas consideram as emoções como especialmente importantes, colocam-nas em primeiro lugar. Elas são pessoas que amam a verdade? Certamente não. O que são as emoções, em essência? São uma espécie de caráter corrupto. As manifestações das emoções podem ser descritas com várias palavras: favoritismo, proteção excessiva, manutenção de relações físicas, parcialidade; é isso que são as emoções” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O que é a realidade da verdade?”). Foi só depois da leitura das palavras de Deus que eu percebi que a dispensa da irmã Li me causava tanta dor, vergonha e preocupação porque meu afeto por ela era forte demais e eu era sempre constrangida pelas emoções. Eu achava que, já que a irmã Li tinha me ajudado e sido gentil comigo uma vez, eu devia ser grata a ela. Quando vi que ela era superficial no dever, atrasava o trabalho e se recusava a mudar, eu sabia que devia podado e tratado ela, mas eu temia prejudicar o autorrespeito dela e deixá-la ressentida, então eu só conversei com ela gentilmente e parei aí. Ela tinha opiniões incorretas, mas insistia que as pessoas a ouvissem e lhe obedecessem, o que paralisou as discussões de trabalho várias vezes, causando perturbações sérias. Ao mesmo tempo, eu não conseguia expor nem lidar com ela. Quando a supervisora veio perguntar como a irmã Li estava indo no dever dela, eu temi que ela fosse dispensada, por isso menti e disse que ela estava tentando mudar, esperando confundir a supervisora e impedi-la de poder julgar corretamente. Quando vi que a irmã Li cumpria o dever sem princípios e desperdiçava ofertas, eu não a repreendi, e a protegi e acomodei cegamente. Agora, eu tinha que dispensá-la e expor o comportamento dela, e quis pedir que a supervisora fizesse isso. Minhas emoções eram fortes demais, e eu carecia de testemunho de praticar a verdade. A fim de proteger a irmã Li e impedir que ela se ressentisse de mim e me chamasse de ingrata, eu continuei a protegê-la e mimá-la, sem considerar o trabalho da casa de Deus. Eu vivia nas minhas emoções, me importava com a carne e protegia a minha relação pessoal. Até achava que isso era ajudá-la com amor; na verdade, eu estava empenhada em filosofia mundana. Eu queria que a irmã Li me aprovasse às custas de prejudicar os interesses da casa de Deus. Tudo que eu fazia era para mim mesma. Eu era tão maligna e desprezível! Senti um remorso profundo. Eu agia a partir das emoções, o que prejudicava o trabalho da casa de Deus e levava Deus a me odiar. Se eu continuasse agindo a partir das emoções e não praticasse a verdade, um dia eu seria expulsa.
Depois disso, eu me perguntei: “Por que eu fiz tantas coisas a partir das emoções que contrariaram os princípios da verdade?”. Na minha busca, li uma passagem da palavra de Deus: “As motivações são uma parte clara do estado das pessoas e uma das mais comuns; na maioria das questões, as pessoas têm pensamentos e motivações próprios. Quando tais pensamentos e motivações ocorrem, as pessoas os consideram legítimos, mas, na maioria das vezes, eles são para o próprio bem delas, para o seu orgulho e interesses, ou então para encobrir algo, ou para elas se satisfazerem de alguma forma. Em tais momentos, você deve examinar como surgiu a sua motivação, o que a produziu. Por exemplo, a casa de Deus pede que você faça o trabalho de purificação da igreja, e há um indivíduo que sempre foi descuidado e superficial no dever, procurando sempre maneiras de desleixar. Conforme os princípios, ela deveria ser afastada, mas você tem uma relação boa com ela. Então que tipos de pensamentos e motivações surgirão em você? (Agir de acordo com as minhas preferências.) E o que produz essas preferências? Visto que essa pessoa foi boa com você ou fez coisas por você, você tem uma boa impressão dela, e, por isso, nesse momento, você quer protegê-la e defendê-la. Isso não é efeito das emoções? Você se sente emocionado em relação a ela, e por isso adota a abordagem de ‘Embora as autoridades superiores tenham políticas, as localidades têm as suas contramedidas’. Você está fazendo jogo duplo. Por um lado, você lhe diz: ‘Você deve se esforçar um pouco mais quando faz as coisas. Deixe de ser descuidado e superficial, você tem que sofrer um pouco de adversidade; esse é o nosso dever’. Por outro lado, você responde ao Alto e diz: ‘Ela melhorou, é mais eficaz agora quando cumpre o dever’. Mas o que você realmente pensa é: ‘Isso é porque eu trabalhei nela. Se não o tivesse feito, ela continuaria sendo igual a como era’. Na sua mente, você está sempre pensando: ‘Ela foi legal comigo, ela não pode ser expurgada!’. Que estado é esse quando tais coisas estão no seu coração? Isso é prejudicar o trabalho da casa de Deus, desistindo dos princípios da verdade e protegendo as relações emocionais pessoais. E há obediência quando você faz isso? (Não.) Não há obediência; há resistência no seu coração. Quando você tem as suas ideias e faz julgamentos subjetivos sobre as coisas que acontecem com você e o trabalho que você deve fazer, há fatores emocionais misturados a isso. Você está fazendo as coisas com base nas emoções, e ainda assim acredita que está agindo imparcialmente, que está dando às pessoas a chance de se arrepender, e que está lhes dando assistência amorosa; assim você faz o que quer e não como Deus diz. Trabalhar dessa forma é não aderir totalmente aos princípios no trabalho, isso reduz a eficácia e prejudica o trabalho da igreja — e tudo isso é o resultado de agir de acordo com a emoção. Se não refletir sobre essas coisas, você será capaz de identificar o problema aqui? Nunca será. Talvez saiba que é errado agir dessa forma, que isso é uma falta de obediência, mas você repensa e diz a si mesmo: ‘Devo ajudar com amor, e depois de terem recebido ajuda e melhorarem, não haverá necessidade de expurgá-los. Deus não dá às pessoas a chance de se arrependerem? Deus ama as pessoas, por isso devo ajudá-las com amor, e devo fazer o que Deus exige’. Depois de pensar nessas coisas, você faz as coisas à sua maneira. Mais tarde, seu coração se sente calmo; você acha que está praticando a verdade. Durante esse processo, você praticou de acordo com a verdade ou agiu de acordo com as suas preferências e motivações? Suas ações estavam totalmente de acordo com as suas preferências e motivações. Durante todo o processo, você usou os tais de amor e bondade, bem como as emoções e filosofias interpessoais, para suavizar as coisas, e tentou ficar em cima do muro. Parecia que você estava ajudando essa pessoa com amor, mas no seu coração você estava, na verdade, sendo controlado pela emoção — e, temendo que o alto descobrisse, tentou conquistá-la com acordos, para que ninguém se ofendesse e o trabalho fosse feito — que é como os incrédulos tentam ficar em cima do muro” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A atitude que o homem deve ter para com Deus”). Só percebi isso após ler a palavra de Deus. Por que eu não expus a irmã Li, mesmo sabendo de seus problemas? Porque eu queria que ela me aprovasse. Na verdade, eu era controlada pela ideia de que devemos “retribuir uma gota de gentileza com uma fonte de recompensas”. Eu usava essa ideia como meu princípio para interagir com os outros. Eu acreditava que as pessoas deviam ser afetuosas e leais, de modo que, se fossem gentis comigo, eu deveria retribuir em dobro essa gentileza. Caso contrário, eu seria ingrata e seria condenada e deixada de lado pelos outros. Então, quando a irmã Li me ajudou e cuidou de mim, e quando ela me defendeu, eu achei que devia retribuir para ela. Quando vi que a irmã Li era sempre superficial no dever, eu violei os princípios e prejudiquei os interesses da casa de Deus para não expor nem lidar com ela. E mais sério ainda, continuei cegamente oferecendo amor e comunhão para ajudá-la, e menti e enganei para encobrir que ela estava improvisando e perturbando o trabalho da igreja. Eu fiz isso para levar as pessoas a pensarem que eu era uma pessoa boa, grata e gentil. Por meio da revelação da palavra de Deus, eu vi finalmente que essas ideias e pontos de vista só confundem e corrompem as pessoas. Eu vivia segundo essas coisas sem discernir certo do errado e agia sem princípios. Por fora, eu estava cumprindo meu dever, mas, na verdade, eu fazia as coisas segundo a minha vontade, sem obediência a Deus. Eu até obstruía o trabalho da igreja e resistia a Deus sem nem mesmo perceber! Se acreditamos em Deus, mas não praticamos a verdade e ainda vivemos segundo essas coisas, não importa quão bom seja o nosso comportamento ou quão bem convivamos com os outros, aos olhos de Deus, ainda somos pessoas que resistem a Deus. Só então ganhei discernimento desses pontos de vista satânicos absurdos e desprezíveis. Eu vi que todas essas coisas são de Satanás e contrariam a verdade. Todas elas são contaminadas por interesses e desejos humanos, e são feias e malignas. Não deveriam ser critérios segundo os quais agimos e nos comportamos.
Alguns dias depois, vi outra passagem da palavra de Deus e ganhei um entendimento da essência dessa questão. As palavras de Deus dizem: “Aquilo a que você é leal não é a palavra de Deus, não é a comissão de Deus para você nem Deus, é filosofia satânica para a vida e lógica satânica. Você acredita em Deus ao mesmo tempo em que trai descaradamente Deus e a palavra de Deus. Isso é um problema sério, não é? […] Isso não é apenas deixar de cumprir a palavra de Deus e os seus deveres, é tomar os esquemas e a filosofia de Satanás para viver como se fossem a verdade e segui-los e praticá-los. Você está obedecendo a Satanás e vivendo segundo uma filosofia satânica, não está? Fazer isso significa que você não é uma pessoa que obedece a Deus, muito menos é uma pessoa que obedece às palavras de Deus. Você é um patife. Pôr as palavras de Deus de lado e, em vez disso, tomar uma frase satânica e praticá-la como a verdade é trair a verdade e Deus! Você trabalha na casa de Deus, mas age segundo a lógica e a filosofia satânicas de vida, que tipo de pessoa você é? Isso é alguém que se rebela contra Deus e alguém que envergonha gravemente a Deus. Qual é a essência desse ato? É condenar abertamente a Deus e negar abertamente a verdade. Não é essa a essência dele? Além de não seguir a vontade de Deus, você está permitindo que as falácias de Satanás e as filosofias de vida satânicas corram soltas na igreja. Ao fazer isso, você se torna cúmplice de Satanás e ajuda as ações de Satanás na igreja. A essência desse problema é séria, não é?” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Um: O que é a verdade”). Era como se as palavras de Deus perfurassem meu coração, especialmente quando Ele disse: “um patife”, “trair a verdade”, “alguém que envergonha gravemente a Deus” e “cúmplice de Satanás”. Essas palavras perfuraram meu coração como espadas afiadas. Eu vivia segundo as ideias da cultura tradicional. Aos olhos de Deus, não eram só emoções que impediam a prática da verdade e a proteção dos interesses da casa de Deus, era ser infiel a Deus e ao meu dever. Era negar a verdade e era envergonhar e trair Deus. A natureza disso era muito séria! Quando percebi isso, fiquei muito angustiada e assustada. Eu não sabia que cumprir o meu dever com base em pensamentos satânicos era um problema sério! Levei muito tempo para me acalmar. Mais tarde, li outras duas passagens das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Em toda a humanidade, não há uma única raça em que a verdade detenha o domínio. Não importa quão elevadas, antigas ou misteriosas sejam as ideias ou a cultura tradicional que uma raça produziu, ou a educação que lhe foi transmitida, ou o conhecimento que possui, uma coisa é certa: nenhuma dessas coisas é a verdade nem tem qualquer relação com a verdade. Algumas pessoas dizem: ‘Alguns dos conceitos morais ou as noções para avaliar o certo e o errado, preto e branco, contidas nas noções tradicionais parecem muito próximos da verdade’. Por mais próximos que estejam da verdade, eles não são a verdade e não podem tornar-se a verdade; não há dúvida disso. São próximas apenas em palavras e expressões humanas, mas, na realidade, essas noções tradicionais são incompatíveis com as verdades das palavras de Deus. Embora possa haver alguma proximidade no sentido literal dessas palavras, elas não compartilham a mesma fonte. As palavras de Deus vêm do Criador, enquanto as palavras, ideias e visões da cultura tradicional vêm de Satanás e dos demônios. Algumas pessoas dizem: ‘As ideias, pontos de vista e provérbios famosos da cultura tradicional são universalmente reconhecidos como positivos; mesmo que sejam mentiras e falácias, poderão tornar-se a verdade se as pessoas os defenderem durante vários séculos, vários milênios?’. De modo algum. Tal ponto de vista é tão ridículo quanto dizer que os macacos evoluíram para os homens. A cultura tradicional nunca se tornará a verdade. Cultura é cultura, e por mais nobre que seja, continua sendo apenas algo relativamente positivo produzido pela humanidade corrupta. Mas ser positivo não é equivalente a ser a verdade, ser positivo não faz disso um critério; é meramente relativamente positivo, e nada mais. Então, agora está claro para nós se, no contexto dessa ‘positividade’, seu impacto sobre a humanidade é bom ou mau? Sem dúvida, isso tem um impacto ruim e negativo sobre a humanidade” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Um: O que é a verdade”). “Qual é o efeito final quando a humanidade é infectada, inculcada, paralisada e influenciada por essa cultura tradicional? A humanidade é corrompida, enganada e algemada por ela. As pessoas produzem certa doutrina ou espiritualidade, e depois a propagam e disseminam, a difundem por toda parte para que seja aceita pelos outros e, em última análise, ela cativa o coração das pessoas, e todos aprovam essa espiritualidade ou ideia, e todos são corrompidos por esse tipo de pensamento. Uma vez corrompidas até certo ponto, as pessoas já não conseguem distinguir entre o certo e o errado, já não querem tentar distinguir entre o que é justo e o que é maligno, já não estão dispostas a tentar distinguir entre o que é positivo e o que é negativo, e até chegou o dia em que nem sequer sabem dizer se são humanos ou não; muitos pervertidos nem sequer sabem se são homens ou mulheres. A que distância da destruição está essa espécie humana? […] Toda a humanidade foi enganada e corrompida pelas ideias e pela suposta espiritualidade de Satanás. E qual é a extensão desse engano e dessa corrupção? As pessoas aceitam as palavras de Satanás como a verdade, adoram e seguem Satanás e não entendem as palavras de Deus e as palavras do Criador. Não importa o que o Criador diga, quanto o Criador fale, ou com que abrangência ou praticidade isso é afirmado, as pessoas não entendem, o que ouvem é incompreensível para elas, elas estão entorpecidas e estúpidas, seus pensamentos e cérebros foram embaralhados. Como foram embaralhados? Foram lançados no caos por Satanás. Satanás corrompeu completamente as pessoas” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Um: O que é a verdade”). No passado, eu só sabia que “Cada um por si e o demônio pega quem fica por último”, “Eu reino soberano em todo o universo” e outras filosofias satânicas mundanas são contrárias à verdade e não são coisas que uma humanidade normal deveria possuir. Mas quanto à cultura tradicional que parecia estar alinhada com consciência e moral, como “Retribua uma gota de gentileza com uma fonte de recompensas”, “Quite dívidas de gratidão”, “O homem não é inanimado; como pode não ter emoções?” e outras morais tradicionais aparentemente civilizadas e nobres, eu não conseguia discerni-las. Achava que essas coisas eram repassadas de geração em geração, e que pessoas boas deviam seguir esses conceitos. Eu não exercia discernimento nesses pensamentos tradicionais e via todos eles como coisas positivas a serem buscadas e praticadas. Se eu me opunha a essas coisas, eu me sentia culpada e temia que as pessoas me condenariam e rejeitariam. Agora, por meio da revelação da palavra de Deus, vi finalmente que, sob o controle dessas ideias e opiniões, as pessoas só pensam em emoções, não em princípios, e não conseguem discernir o bem do mal. Contanto que os outros fossem gentis comigo, mesmo que fossem malignos ou perversos, e mesmo que ajudá-los fosse ajudar a cometer o mal, eu devia pagar a minha dívida e ajudá-los. Por fora, eu parecia ser conscienciosa; na verdade, era confusa e estúpida e tinha meus motivos e intenções. Eu fazia isso para proteger minha boa imagem e reputação, em nome dos meus interesses. Eu era muito egoísta, desprezível e hipócrita. Eu não era uma pessoa boa. Se eu me agarrasse a essas filosofias satânicas, elas só me tornariam ainda mais astuta, enganosa, egoísta e maligna. Eu vi que esses ditados e ideias tradicionais aparentemente nobres e legítimos são simplesmente balas de canhão disfarçadas de doce. Elas parecem nobres e alinhadas à moralidade e à ética humana; na verdade, são hostis à verdade, e são um meio que Satanás usa para corromper as pessoas. Eu percebi que tinha acreditado em Deus por muitos anos, mas, por não ter praticado a verdade e por ter vivido segundo essas ideias tradicionais, eu sempre pensava em consciência e sempre queria retribuir a gentileza das pessoas, eu não discernia o bem do mal. Eu era uma idiota tão confusa! Deus expressou tanta verdade nos últimos dias e revelou em detalhes concretos e práticos todos os aspectos da verdade que as pessoas devem praticar, na esperança de nós nos comportarmos de acordo com a verdade e a palavra de Deus e de glorificarmos e testificarmos de Deus. Mas eu cumpria meu dever só para manter meus relacionamentos carnais, não buscava a verdade, não protegia os interesses da casa de Deus, e me tornei alguém que envergonha e resiste a Deus. Quando reconheci isso, senti culpa e remorso por tudo que tinha feito. Vim para diante de Deus e orei. Eu disse: “Deus, eu vivo segundo venenos satânicos. Fiz muitas coisas que contrariam a verdade e resistem a Ti. Deus, quero me arrepender e agir de acordo com os princípios da verdade”.
Depois disso, eu me perguntei: já que viver segundo essas visões e ideias da cultura tradicional não significa que tenho uma boa humanidade, o que significa ter uma boa humanidade? Mais tarde, vi uma passagem da palavra de Deus que me deu um padrão correto para avaliar as coisas. As palavras de Deus dizem: “Tem que haver um padrão para se ter boa humanidade. Isso não envolve tomar a senda da moderação, não aderir a princípios, esforçar-se para não ofender ninguém, bajular em todo lugar para onde for, ser tranquilo e astuto com todos a quem encontrar e fazer com que todos falem bem de você. Esse não é o padrão. Então, qual é o padrão? Ele inclui tratar Deus, outras pessoas e eventos com um coração verdadeiro e ser capaz de assumir responsabilidade. Isso é óbvio para todos; cada um tem clareza sobre isso em seu coração. Além disso, Deus sonda o coração das pessoas e conhece sua situação, cada uma delas; não importa quem seja, ninguém pode enganar a Deus. Algumas pessoas sempre se gabam de possuir boa humanidade, que nunca falam mal dos outros, nunca prejudicam os interesses de ninguém e alegam nunca terem cobiçado os bens de outras pessoas. Quando há conflito de interesses, elas preferem sofrer perda a se aproveitar dos outros, e todos os demais pensam que elas são boas pessoas. Contudo, ao cumprirem seus deveres na casa de Deus, elas são astutas e evasivas, sempre tramando para si mesmas. Elas nunca pensam nos interesses da casa de Deus, nunca tratam como urgentes as coisas que Deus trata como urgentes, nem pensam como Deus pensa e nunca conseguem colocar de lado seus próprios interesses com o intuito de cumprir seus deveres. Elas nunca renunciam aos seus próprios interesses. Até quando veem malfeitores cometendo o mal, elas não os expõem; elas não têm quaisquer princípios. Que tipo de humanidade é essa? Não é uma humanidade boa. Não dê atenção ao que tal pessoa diz; você deve ver o que ela vive, o que revela, qual é sua atitude quando cumpre seus deveres e também qual é seu estado interior e o que ela ama. Se seu amor por sua própria fama e fortuna excede sua lealdade a Deus, se seu amor por sua própria fama e fortuna excede os interesses da casa de Deus, ou se seu amor por sua própria fama e fortuna excede a consideração que demonstra por Deus, então tal pessoa possui humanidade? Isso não é alguém com humanidade” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Ao dar o coração a Deus, pode-se obter a verdade”). Depois de ler a palavra de Deus, entendi que uma pessoa de humanidade boa não segue a senda da moderação para que ninguém se ofenda e todos a apoiem e aprovem. Em vez disso, ela ama a verdade, ama coisas positivas, é responsável, defende os princípios da verdade e protege o trabalho da casa de Deus. Pessoas como essa são pessoas boas de verdade. Se você só protege suas relações com as pessoas e seu status, sua reputação, e só tenta se dar bem com os outros, mas não é leal a Deus no seu dever e mantém suas relações com as pessoas mesmo prejudicando o trabalho da casa de deus, você é extremamente egoísta e desprezível. Não importa quão moralmente aceitável seja seu comportamento externo, ele engana as pessoas e é hostil à verdade. Refleti sobre como eu vivia segundo essas ideias tradicionais e me disfarçava como pessoa boa. Na verdade, eu só me tornava cada vez mais egoísta, enganosa e maligna por dentro. Tudo que eu fazia era para proteger status e reputação e para satisfazer meus desejos e ambições pessoais. Não havia nada de humano em mim. Tudo que eu vivia era demoníaco. No passado, quando eu julgava se alguém tinha humanidade, eu me baseava nas minhas noções. Elas não estavam de acordo com a verdade e não estavam alinhadas com os padrões de Deus para avaliar as pessoas.
Ao longo dos dias seguintes, eu contemplei como praticar de acordo com os princípios da verdade e a vontade de Deus. Na palavra de Deus, eu li: “Dessa maneira, esses relacionamentos não são estabelecidos na carne, e sim no fundamento do amor de Deus. Quase não há interações carnais, mas no espírito há comunhão, amor mútuo, conforto mútuo e provisão de um para o outro. Isso tudo é feito sobre o fundamento de um coração que satisfaz a Deus. Esses relacionamentos não são mantidos confiando-se em uma filosofia humana para viver, mas são formados muito naturalmente por carregar um fardo por Deus. Não requer esforço humano. Você só precisa praticar de acordo com os princípios da palavra de Deus. […] Um relacionamento normal entre as pessoas é estabelecido sobre o fundamento de entregar seu coração a Deus, e não por meio de esforço humano. Sem Deus no coração, os relacionamentos interpessoais são meramente relacionamentos da carne. Não são normais, mas, em vez disso, são um abandono à luxúria — são relacionamentos que Deus detesta, que odeia” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “É muito importante estabelecer um relacionamento normal com Deus”). Deus exige que tratemos as pessoas de acordo com os princípios da verdade, interajamos com nossos irmãos com base no amor de Deus e apoiemos e ajudemos uns aos outros na verdade e na vida, que não nos envolvamos em filosofias mundanas da carne. A irmã Li me ajudou no passado, e isso foi arranjo de Deus, e foi, ainda mais, o amor de Deus. Eu devia ter recebido isso de Deus. Mas eu atribuí tudo isso a uma pessoa e demonstrei gratidão a ela em tudo. Eu vi que a minha relação com a irmã Li se baseava na carne, que o que eu fazia não estava alinhado com a vontade de Deus e que eu não tinha princípios. Na verdade, quando os outros encontram fracassos ou contratempos e se tornam passivos e fracos, comungar as palavras de Deus para ajudar e apoiá-los está alinhado com os princípios e é algo que devemos fazer, mas aqueles que são sempre superficiais em seus deveres e são irresponsáveis ou até perturbam e interrompem o trabalho da igreja devem ser restringidos, expostos, tratados ou dispensados. Jamais devem ser encobertos ou protegidos pela emoção. Mesmo em afeto, devemos agir de acordo com os princípios. A irmã Li foi irresponsável e negligente em seus deveres depois de dispensada e não tinha entendimento verdadeiro dos problemas dela. Se eu tivesse analisado seu comportamento e a natureza do problema usando a comunhão da palavra de Deus para que ela pudesse refletir sobre si mesma, se arrepender e mudar, isso teria sido amor verdadeiro por ela. Eu a teria ajudado e o trabalho da casa de Deus. Quando percebi isso, de repente, me senti livre e não quis mais manter minha relação carnal.
Depois disso, usei a palavra de Deus para expor a atitude da irmã Li em relação ao seu dever e seus diversos comportamentos e a dispensei do dever. Depois dessa comunhão, eu me senti muito segura. A irmã Li não se ressentiu e conseguiu aceitar isso de Deus. Ela disse que, se não tivesse sido dispensada e exposta, ela nunca teria percebido que era capaz de provocar tanta perturbação e interrupção, e ela não se queixou sobre como foi tratada. Quando ela disse isso, eu senti de verdade que só podemos beneficiar e ajudar as pessoas se vivermos segundo a palavra de Deus, e me senti muito segura, também.
Em retrospectiva, vejo que essas coisas aparentemente civilizadas e nobres da cultura tradicional não são a verdade, por mais que as pessoas as promovam e admirem. São absurdas e malignas, e só podem prejudicar os outros e a nós mesmos. Só a verdade é o critério para agirmos e nos comportarmos. Agradeço a Deus por estabelecer esses ambientes para mudar meus pensamentos equivocados, e sou grata também pela salvação de Deus para mim!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.