Os altos e baixos da senda de um soldado na pregação do evangelho

23 de Abril de 2024

Por Ai Mu, Mianmar

Em 2021, logo depois de aceitar o evangelho de Deus dos últimos dias, comecei a pregar o evangelho. Uma vez, convidei mais de 20 companheiros para ouvirem um sermão. Por meio da leitura das palavras de Deus Todo-Poderoso e da comunicação de dar testemunho de Sua obra dos últimos dias, todos acabaram aceitando Deus Todo-Poderoso. Fiquei extremamente feliz e tive fé para continuar a pregar o Evangelho.

Pouco tempo depois de começar a pregar o Evangelho, o líder do meu pelotão começou a me perseguir. Ele disse que eu tinha exagerado na minha fé em Deus, e também disse isso na frente das tropas: “Eu estava pensando em prepará-lo para se tornar um líder de esquadrão, mas agora você crê em Deus e não me ouve — vai se arrepender! No futuro, mesmos que seus pais morram, não lhe darei licença”. Depois de ouvir as palavras do líder do pelotão, alguns companheiros também me ridicularizaram: “Todos creem em Buda; ao crer em Deus, você está insultando nossa fé”. Confrontado com o ridículo e a humilhação de tantas pessoas, comecei a fraquejar um pouco e logo me retirei. Encontrei um lugar tranquilo, ajoelhei-me e orei a Deus: “Deus, o líder do pelotão me repreendeu e me humilhou, e meus companheiros me ridicularizaram. Estou muito fraco; que Tu me dês fé e força. Sei que estou sendo testado, e não posso deixar que isso me afete ou interfira no meu dever”. Logo depois, as linhas de frente entraram em batalha, e as tropas vigiavam as salas de perto. Uma noite, eu me preparava para regar os novos crentes, mas lembrei que ultimamente estávamos sendo mantidos sob rédea curta, e quem fosse pego saindo de fininho seria punido. Ele seria espancando e repreendido ou amarrado ao relento por uma noite. Fiquei preocupado, pois se o líder do pelotão soubesse que eu saía com frequência, certamente iria me repreender, bater e humilhar de novo. Pensando nisso, não me atrevi a sair e regar os recém-convertidos. Comentei o que estava pensando com Carter, que era meu parceiro. Carter disse: “Você se preocupa demais com sua reputação. Deus arranjou esse ambiente para nós, para ver como o vivenciamos e se conseguimos aprender alguma lição. Você deve orar mais a Deus e refletir mais sobre si mesmo. Se você é governado por sua vaidade e respeito próprio e desiste do dever porque não consegue lidar com o ridículo dos outros, que tipo de problema é esse? Se você não for regar todos os recém-convertidos da aldeia, não está sendo leviano e irresponsável em seu dever?”. Ele também me enviou uma passagem das palavras de Deus: “O modo como você vê as comissões de Deus é extremamente importante e isso é um assunto muito sério! Se você não consegue completar o que Deus confiou às pessoas, então você não está apto para viver em Sua presença e deveria ser punido. É perfeitamente natural e justificado que os humanos devem completar quaisquer comissões que Deus lhes confie. Essa é a responsabilidade suprema do homem, e é tão importante quanto sua própria vida. Se você não leva a sério as comissões de Deus, então você O está traindo da maneira mais grave. Nisso você é mais lamentável que Judas e você deveria ser amaldiçoado. As pessoas devem ganhar um entendimento completo de como tratar o que Deus lhes confia e, no mínimo, devem compreender que as comissões que Ele confia à humanidade são exaltações e favores especiais de Deus e que são as coisas mais gloriosas. Tudo o mais pode ser abandonado. Mesmo que alguém deva sacrificar a própria vida, ele ainda precisa cumprir a comissão de Deus(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como conhecer a natureza do homem”). Ao ler essa passagem das palavras de Deus, entendi que a atitude de se responsabilizar pelo cumprimento do dever era muito importante. Deus me elevou e me deu a oportunidade de desempenhar meu dever, por isso, devo me apegar a meu dever e fazer o possível para cumpri-lo. Sou um ser criado, e comi e bebi muitas das palavras de Deus e entendi a vontade de Deus e Suas exigências, e agora basta enfrentar algumas dificuldades para que eu desista do dever. Eu traí a Deus. Pensei nas pessoas comuns daqui, que poderiam enfrentar uma guerra a qualquer momento, que viviam ansiosas todos os dias. Deus me colocou nesse ambiente para que eu pudesse pregar o evangelho a essas pessoas sem demora, e regar adequadamente esses novos crentes, para que eles sejam alicerçados sobre o verdadeiro caminho e alcancem a salvação, e recebam a proteção de Deus no caso de um desastre. Deus espera que eu seja leal, consiga ter fé e permaneça firme no meu testemunho, e não quer me ver vacilar no desempenho do meu dever, mas eu não suportei ser humilhado, e tratei meu dever com leviandade e não assumi a responsabilidade. Essa é uma traição a Deus, mais grave do que a de Judas, e eu mereço ser amaldiçoado. Ao ler as palavras de Deus, entendi que não importa a situação, não importa o quanto eu sofra ou seja humilhado, e mesmo que isso custe a minha vida, devo concluir tudo o que Deus me confiou. Essa é a responsabilidade e o dever que eu devo cumprir. Depois disso, fiz uma parceria com dois dos meus irmãos para pregar o evangelho e regar os recém-convertidos. 27 pessoas se converteram em um mês, e, depois, foram entregues aos cuidados da igreja. Fiquei muito grato pela orientação de Deus e senti paz no coração.

Passado um tempo, nossas tropas foram transferidas e fui realocado para outro lugar. Alguns recém-convertidos não sabiam que o líder do pelotão perseguia os crentes em Deus, por isso tentaram pregar o evangelho para ele, e o líder do pelotão começou a investigar quem estava pregando o evangelho aos aldeões. Fiquei com medo: “Minha pregação do evangelho para os aldeões seria exposta? O líder da tropa me deteria e me mandaria para a prisão? Eu certamente sofreria e seria humilhado. Seria melhor esperar um pouco até termos um pouco mais de liberdade para retomar a pregação do evangelho. Dessa forma, eu não seria pego; não quero ser humilhado de novo”. Por isso, por três dias eu não saí para pregar o evangelho. Mesmo participando de reuniões on-line todas as noites, eu me sentia vazio por dentro. Não me sentia tão à vontade como antes, quando estava cumprindo meu dever.

Um dia, uma de minhas irmãs soube do meu estado e me enviou uma passagem das palavras de Deus: “Vocês acreditam que possuem a máxima sinceridade e lealdade a Mim. Vocês pensam que são tão bondosos, tão compassivos e que devotaram tanto a Mim. Vocês acham que fizeram o suficiente por Mim. Mas vocês já compararam tais crenças com as próprias ações? Digo que vocês são muito arrogantes, muito gananciosos, muito superficiais. Os truques com os quais vocês Me enganam são muito engenhosos e vocês têm muitas intenções e métodos desprezíveis. Sua lealdade é escassa demais, sua seriedade é irrisória demais e a sua consciência é ainda mais deficiente. […] Ao cumprir o seu dever, você pensa nos próprios interesses, na própria segurança pessoal, nos membros de sua família. O que você já fez que tenha sido para Mim? Quando você sequer pensou em Mim? Quando já se devotou, a qualquer custo, a Mim e à Minha obra? Onde está a prova da sua compatibilidade Comigo? Onde está a realidade da sua lealdade a Mim? Onde está a realidade da sua obediência a Mim?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Você deve buscar o caminho da compatibilidade com Cristo”). Li as palavras de Deus e depois refleti sobre mim mesmo. Antes, eu achava que estava me dedicando e me despendendo o suficiente para Deus. Depois que passei a crer em Deus, eu estava sempre pregando o evangelho, e fazia isso mesmo que estivesse na linha de frente. Certa vez, voltei da rega dos recém-convertidos, e meu comandante pensou que eu era o inimigo e estava se preparando para atirar em mim. Felizmente, um dos irmãos percebeu imediatamente que era eu e não puxou o gatilho. Eu acreditava que pregando o evangelho e me despendendo por Deus dessa forma, e sofrendo muito enquanto ganhava algumas pessoas, já mostrava que eu era fiel a Deus, e que Ele deveria estar satisfeito. Mas, na verdade, eu não era nada leal. Ao cumprir meu dever, a primeira coisa em que eu pensava era em minha própria reputação e interesses. Tinha medo de que o líder do pelotão me batesse, repreendesse e humilhasse, caso me pegasse saindo para pregar o evangelho; tinha medo de perder a reputação. Então, parei de cumprir meu dever e não preguei mais o evangelho nem reguei recém-convertidos. O líder do pelotão investigou quem estava pregando o evangelho aos aldeões, e tive medo que ele descobrisse que era eu e que eles me detivessem e mandassem para a prisão, então deixei de cumprir meu dever mais uma vez. Ao me deparar com essas circunstâncias várias vezes, eu só pensava em minha reputação. Sempre que algo envolvia minha reputação ou alguma humilhação, eu deixava meu dever de lado e parava de desempenhá-lo. Percebi que, embora eu estivesse disposto a me despender por Deus, sempre que meus interesses estavam envolvidos, eu escolhia me preservar e não defendia o trabalho da igreja de forma alguma. Eu não era responsável no desempenho do meu dever e não tinha consciência nem razão. Agora, finalmente reconheço que eu não era leal, que não era sincero o suficiente para com Deus e que era muito egoísta e desprezível!

Naquela época, li uma passagem das palavras de Deus que me inspirou muito: “Espalhar o evangelho é responsabilidade e obrigação de todos. A qualquer tempo, independentemente do que ouvimos ou do que vemos, ou do tipo de tratamento que encontramos, devemos sempre defender essa responsabilidade de propagar o evangelho. Em circunstância alguma podemos desistir desse dever por causa de negatividade ou fraqueza. O dever de propagar o evangelho não é navegação em águas calmas, mas está repleto de perigo. Quando propagarem o evangelho, vocês não enfrentarão anjos, alienígenas ou robôs. Vocês enfrentarão somente humanidade maligna e corrupta, demônios vivos, bestas — eles todos são humanos que estão sobrevivendo neste espaço maligno, neste mundo maligno, que foram profundamente corrompidos por Satanás, e resistem a Deus. Portanto, no processo de propagar o evangelho, há certamente todo tipo de perigo, sem falar de difamação mesquinha, escárnio e equívocos, que são ocorrências normais. Se realmente considerar a propagação do evangelho uma responsabilidade, uma obrigação e seu dever, então você será capaz de ver essas coisas corretamente e até lidar com elas corretamente. Você não desistirá de sua responsabilidade e obrigação, nem se desviará de sua intenção original de propagar o evangelho e testificar para Deus por causa dessas coisas, e nunca deixará essa responsabilidade de lado, pois esse é seu dever. Como esse dever deve ser entendido? São o valor e a obrigação principal da vida humana. Espalhar as boas novas da obra de Deus nos últimos dias e o evangelho da obra de Deus é o valor da vida humana(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Divulgar o evangelho é o dever a que todos os crentes estão moralmente obrigados”). Depois de ler as palavras de Deus, eu entendi que a pregação do evangelho não é fácil. Por estarmos lidando com uma humanidade corrupta, certamente encontraremos vários perigos ao pregar o evangelho, como ser espancado e repreendido, humilhado, ridicularizado e caluniado — isso é inevitável. A pregação do evangelho é inevitável para todos os que creem em Deus. Não importa a perseguição que lhes aconteça, nem o quanto os outros os humilhem ou ridicularizem, não se pode abrir mão do dever, e quando chegar o momento crítico, a pessoa só poderá ser lembrada por Deus se desempenhar bem seus deveres. O dever e a responsabilidade que Deus me deu são da maior importância, e eu deveria largar minha vaidade e respeito próprio e continuar pregando o evangelho, dando testemunho de Deus, e trazendo mais pessoas diante de Deus para cumprir minha responsabilidade. Essa é a melhor maneira de dar testemunho de Deus e humilhar Satanás. Não importa o quanto o líder do pelotão me repreenda ou humilhe, não importa o quanto meus companheiros me ridicularizem, e mesmo que eles me amarrem em uma árvore e me enforquem, ainda tenho que pregar o evangelho e dar testemunho de Deus.

Passado um tempo, nossas tropas foram transferidas mais uma vez para outro lugar, e não tinha como eu sair e pregar o evangelho, então, eu pregava o evangelho on-line com vários dos irmãos do exército. Criei um grupo no meu celular e adicionei esses irmãos ao grupo. De repente, o líder do pelotão pegou meu celular quando eu não estava prestando atenção e me disse: “Se você provar por escrito que não crê em Deus, eu devolverei seu celular”. Eu disse: “Não fiz nada de errado, então por que o senhor confiscou meu telefone?”. O líder do pelotão disse: “Você levou sua fé em Deus longe demais. A fé do povo de Wa é no Partido — crer em Deus é ilegal!”. Depois de dizer isso, ele pegou uma pá e me bateu. No dia seguinte, o líder do pelotão descobriu o histórico de bate-papo entre os irmãos e eu no meu celular, e também encontrou as palavras de Deus, e os filmes e vídeos da igreja. Ele relatou o fato a seus superiores no quartel-general. O comandante me perguntou: “Onde você aceitou Deus Todo-Poderoso? Qual é sua posição na igreja? Para quem você pregou o evangelho? Quantos crentes há em nossas tropas?”. Quando me perguntaram, fiquei assustado e meu corpo tremeu um pouco. Pensei: “Se eu disser a verdade, estarei traindo a Deus como Judas, mas se eu não disser, o comandante e outros vão perguntar a esses irmãos quem lhes anunciou o evangelho, e se disserem que fui eu, minha sina com certeza será pior ainda”. Eu orava a Deus sem cessar em meu coração, pedindo a Ele que me guiasse e me desse forças para permanecer firme em meu testemunho, de modo que não importava o quanto eu fosse humilhado ou sofresse, não trairia meus irmãos nem faria o que Judas fez. E então, eu disse: “Minha crença em Deus Todo-Poderoso significa reunir-me e adorar a Deus”. Depois disso, não respondi a nenhuma de suas perguntas.

No fim, eles me mandaram de volta e me colocaram em confinamento. Eles me acorrentaram junto com três outras pessoas pelos pés. Quando comíamos, dormíamos e íamos ao banheiro, fazíamos isso os quatro juntos, e também era difícil de andar. Fraquejei um pouco: “Fui colocado em um confinamento, algemado e acorrentado. Se os companheiros incrédulos me vissem, o que pensariam? Será que eles também diriam que eu tinha levado minha fé em Deus longe demais?”. Quando pensei nessas coisas, fiquei envergonhado e senti que minha reputação estava arruinada. Eu estava à beira de um colapso mental. Eu queria que Deus me ajudasse a me libertar daquele ambiente e não queria mais ser humilhado daquela forma. Tive que usar algemas quando ia comer, e outros soldados me ridicularizaram: “Por que você não pede a seu Deus que tire suas algemas?”. Eu comi de cabeça baixa, sem ousar olhar para cima, e orei em silêncio no coração: “Deus, estou sofrendo. Minha estatura é muito pequena. Guia-me e me dá-me fé e força para que eu possa enfrentar a humilhação dos outros”. Depois de orar, eu me senti mais forte, e recordei um hino chamado “Uma escolha sem arrependimento”:

1 Quando as detenções e a perseguição de Satanás aos cristãos se tornarem cada vez mais brutais, quando a cidade estiver cheia de horror sombrio, e eu fugir para onde eu puder, quando os direitos humanos forem despojados arbitrariamente, quando minha única companhia for uma longa noite de dor, hei de não vacilar em minha fé em Deus, nem trair o Criador, o único Deus verdadeiro. Deus Todo-Poderoso e verdadeiro, meu coração pertence a Ti. O encarceramento só pode controlar meu corpo. Não pode impedir meus passos de Te seguir. Sofrimento doloroso, uma estrada acidentada, com a orientação de Tuas palavras, meu coração não tem medo, com a companhia de Teu amor, meu coração está saciado.

2 Quando a tortura devastadora dos diabos de Satanás se tornar cada vez mais severa, quando a dor lancinante me atingir muitas vezes, quando a agonia da carne estiver prestes a atingir seu limite, no momento final, quando minha vida estiver prestes a ser tirada, jamais cederei ao grande dragão vermelho, nunca serei um Judas, uma marca de vergonha para Deus. Deus Todo-Poderoso e verdadeiro, serei leal a Ti até a morte. Satanás só pode torturar e destruir meu corpo. Ele não pode destruir a fé e o amor que tenho por Ti. A vida e a morte estarão para sempre sob Teu domínio. Abandonarei tudo para testemunhar de Ti. Se eu puder testemunhar de Ti e envergonhar Satanás, morrerei sem reclamar.

Quão honrado sou por seguir a Cristo e buscar o amor de Deus nesta vida! De coração e alma, devo retribuir o amor de Deus; estou disposto a abandonar tudo para testemunhar de Deus. Enquanto eu viver, entregar todo o meu ser a Deus é uma escolha da qual jamais me arrependerei.

Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos

Essa música me deu fé. Independentemente de como os outros me tratassem, eu não poderia trair a Deus. Seguir a Deus é uma escolha da qual não me arrependerei em toda a minha vida. Tenho que largar minha reputação e arriscar tudo para permanecer firme em meu testemunho de Deus.

No passado, sempre achei que ser perseguido como crente em Deus era algo humilhante, mas, depois, lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus que inverteu meu ponto de vista. Deus Todo-Poderoso diz: “Você é um ser criado — você deveria, é claro, adorar a Deus e buscar uma vida com significado. Se você não adorar a Deus, mas viver dentro de sua carne imunda, então você não é só um animal com vestes humanas? Já que você é um ser humano, você deveria se despender por Deus e aguentar todo sofrimento! Você deveria aceitar o pequeno sofrimento a que é submetido hoje com alegria e certeza e viver uma vida significativa, como Jó e Pedro. Neste mundo, o homem veste a roupa do diabo, come a comida do diabo e trabalha e serve debaixo do polegar do diabo, ficando completamente pisoteado em sua imundice. Se você não compreender o significado da vida ou obtiver o verdadeiro caminho, então que significado há em viver assim? Vocês são pessoas que buscam o caminho correto, aquelas que buscam melhoria. Vocês são as pessoas que se levantam na nação do grande dragão vermelho, aqueles a quem Deus chama de justos. Não é essa a vida mais significativa?(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Prática (2)”). A partir das palavras de Deus, passei a entender que os diabos que prendiam e perseguiam os cristãos eram inimigos de Deus, e que os governos das ditaduras não permitiam que as pessoas cressem em Deus e O seguissem, só permitiam que elas adorassem Buda e o presidente e acreditassem no Partido Unido do Estado de Wa. Eles faziam com que as pessoas confiassem em si mesmas para criar um bom futuro, e mudar sua sina estudando e ganhando dinheiro. Pregar o evangelho de Deus em um lugar como esse resultará em perseguição e obstáculos. Aqui, aqueles que creem em Deus e pregam o evangelho serão perseguidos, ridicularizados, espancados e repreendidos, e até presos. Mas isso é perseguição por causa da justiça — esse sofrimento é significativo. Se, ao ser submetido à tortura, ridicularizado e humilhado, eu sinto que perdi a reputação e não consigo olhar ninguém nos olhos, então meu ponto de vista sobre as coisas está errado. Sou um ser criado, e crer em Deus e adorá-lo é algo perfeitamente natural e justificado. Pregar o evangelho e dar testemunho de Deus é a missão e a responsabilidade que nos foram dadas pelo Criador, e é também o que há de mais reto em toda a humanidade. Estar sujeito à perseguição na pregação do evangelho não é algo humilhante — isso é ser perseguido por causa da justiça. É como Jó e Pedro. Quando Jó enfrentou provações, a propriedade de sua família foi roubada por bandidos, seus filhos morreram e seu corpo foi tomado de úlceras. Os incrédulos o ridicularizaram, dizendo que o Deus em quem ele cria era falso, e até sua esposa lhe disse para abandonar a Deus e morrer, mas ele orava a Deus o tempo todo, exaltando Seu nome e permaneceu firme em seu testemunho Dele. Pedro também foi perseguido por pregar o evangelho e, no final, foi pregado na cruz de cabeça para baixo, mas ele não considerava isso humilhante. Muito pelo contrário, ele achava que ele fazia parte da humanidade corrupta e que não era digno de ser pregado na cruz como o Senhor Jesus, por isso, ele escolheu ser crucificado de cabeça para baixo, dando testemunho de Deus em alto e bom som. Suas vidas foram as mais significativas; ser chamado de reto por Deus é a maior honra. Também compreendi a vontade de Deus. Eu me preocupava demais com minha reputação e não ousava cumprir meus deveres por medo de ser humilhado. Ao arranjar esse tipo de ambiente para mim, Deus estava permitindo que eu reconhecesse e resolvesse meu próprio caráter corrupto e um ponto de vista errôneo sobre as coisas dentro desses ambientes. Isso foi para me aperfeiçoar e me salvar, e também me mostrou que o governo do povo de Wa era um demônio que odiava a verdade e resistia a Deus, e que, por mais que eles me perseguissem e impedissem, eu não poderia ceder a eles. Deus está no comando deste mundo e da humanidade, e minha sina está em Suas mãos. O governo de nenhum país pode mudar minha sina ou meu futuro. Não preciso me preocupar. Não importa o quanto seja difícil, sempre seguirei a Deus e permanecerei firme em meu testemunho Dele. Quando reconheci isso, senti que crer em Deus e todo o sofrimento valiam a pena. Eu não tinha mais medo de que outras pessoas me ridicularizassem e humilhassem, e quando ia buscar comida, não sentia vergonha de olhar para os outros. Eu orava a Deus com frequência e sentia que Ele me fazia companhia, e a cada dia eu ficava mais feliz que o dia anterior.

Depois de 15 dias de confinamento, fui diagnosticado com COVID-19, então eles me transferiram para o quartel-general da brigada para ficar em quarentena. Quando eu estava a caminho do quartel-general, eles me trataram ainda pior do que um assassino. Colocaram três algemas nos meus pés. O líder do pelotão e os outros me ridicularizaram: “Você não crê em Deus? Então como pôde pegar COVID-19? Você diz que existe um Deus, mas na verdade não existe nenhum Deus no mundo”. Quando ouvi essas palavras, não me senti tão fraco. Não importava o quanto o líder do pelotão e os outros me ridicularizassem, e não importava como as outras pessoas me vissem, eu estava disposto a me submeter. Depois, o líder do pelotão disse que me mandaria para a prisão na seção de segurança. O medo brotou no meu coração, porque a seção de segurança era muito rigorosa, e eu também tinha medo de ser humilhado na prisão. Além disso, se eu ficasse na prisão, não poderia voltar para casa. Durante aquele tempo, fiquei trancado em um quarto. Fiquei sem celular e não podia ler as palavras de Deus. Havia um violão lá, e tudo o que eu podia fazer era tocar violão e cantar hinos. Eu queria muito ler as palavras de Deus e orei a Ele, implorando que me desse uma saída. Vários dias depois, peguei emprestado o celular do irmão Ivan e assisti a um filme chamado “Minha história, nossa história”. Os irmãos do filme foram presos pelo Partido Comunista Chinês por crerem em Deus e pregarem o evangelho. Eles foram brutalmente torturados e atormentados, e muitas pessoas os humilharam. Eles foram condenados à prisão e ficaram presos por vários anos; alguns por mais de 10 anos. Eles não tinham nenhuma liberdade e eram sobrecarregados de trabalho todos os dias, mas na prisão eles ainda podiam orar a Deus e transmitir as palavras de Deus uns aos outros. Eles tinham uma atitude de submissão a Deus e sabiam que estavam seguindo a senda correta na vida. Todos eles tiveram fé e permaneceram firmes em seu testemunho de Deus. Fiquei especialmente emocionado quando os ouvi lendo as palavras de Deus. Eu realmente os admirava. Eles sofreram tanto e ainda assim conseguiram se manter firmes na fé, seguir a Deus e nunca desistir. Mas, quando sofri humilhação, espancamento e repreensão dos outros, não consegui suportar. Eu tinha medo de ser preso, e bastou sofrer um pouco para que eu perdesse a força de vontade, desejando que Deus me ajudasse a ser liberto daquele tipo de ambiente. Eu me sentia em dívida com Deus, e tinha esperança de que Ele me desse mais uma chance. Não importavam quantos anos eu ficasse preso nem quão grande fosse a humilhação, eu me submeteria e enfrentaria. Depois de ficar em quarentena por mais de 10 dias, chegou a hora dos que voltaram da linha de frente tirarem um mês de folga programada. O que eu não esperava era que o exército também me permitisse tirar folga. Um companheiro incrédulo disse: “Vejam, Ayden cometeu um erro e está em reeducação pelo trabalho, só que suas férias chegaram ainda mais cedo que as nossas”. Fiquei muito grato a Deus. Achei que ficaria preso por vários anos e não esperava poder sair de férias e voltar para casa. Vi os feitos maravilhosos de Deus e vi Sua onipotência e governo. Antes que eu partisse, o comandante me disse para não pregar o evangelho quando eu voltasse para casa. Pensei: “Quando eu pregava o evangelho no exército, você me controlava e me batia. Agora que estou voltando para casa, tenho uma oportunidade tão boa de dar testemunho de Deus — como poderia perdê-la? Vou investir toda a minha energia na pregação do evangelho; não vou deixar que nada do que você disser me afete”. Quando cheguei em casa, comecei a reunir meus irmãos para ir a uma aldeia e pregar o evangelho. Naquela época, seis pessoas tinham aceitado a obra de Deus dos últimos dias. Mais de 10 dias depois que voltei ao exército, o líder do pelotão me transferiu para uma posição de guarda em um posto de controle. Fiquei muito grato a Deus. Antes, eu ficava muito ocupado no exército e não tinha muito tempo para pregar o evangelho. Depois que alcancei essa posição, não ficava mais tão ocupado e tinha mais tempo para pregar o evangelho. Mesmo que a perseguição do exército nunca tenha parado, eu ainda persistia em pregar o evangelho e dar testemunho de Deus, e trazia mais pessoas perante Deus para obter Sua salvação.

No decorrer da pregação do evangelho, embora eu tenha sofrido um pouco, sendo submetido a humilhações, espancamentos e repreensões, e também colocado em confinamento, percebi minha corrupção e minha deficiência, mas também o amor de Deus. Quaisquer que fossem as circunstâncias que eu enfrentasse, todas as vezes as palavras de Deus estavam lá para me guiar, para me fazer largar a vaidade e a reputação e ter fé e força para continuar. Aprendi por experiência própria que sofrer e ser perseguido em nome da pregação do evangelho é algo significativo. Seguir a Deus, despender-se por Ele e cumprir o dever é a vida mais significativa que alguém pode ter.

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