O amor de Deus fortaleceu meu coração
Na minha família, todos sempre se deram muito bem. Meu marido é um homem muito atencioso e afetuoso, e meu filho é muito sensível e sempre trata os mais velhos com respeito. Além disso, sempre fomos bastante afluentes. Em teoria, eu deveria ter sido muito feliz, mas a realidade não se desenrolou dessa maneira. Não importava quão bem meu marido e meu filho me tratassem e não importava quão abastados fôssemos, nada daquilo podia me deixar feliz. Eu nunca conseguia dormir de noite, pois desenvolvi uma artrite e também sofria de uma grave insônia, o que provocou uma redução da circulação sanguínea no meu cérebro e uma fraqueza generalizada em meus membros. O tormento dessas doenças em combinação com a pressão constante de administrar um negócio me causaram um sofrimento indizível. Tentei superar de muitas maneiras diferentes, mas nada parecia funcionar.
Em março de 1999, uma amiga espalhou o evangelho de Deus Todo-Poderoso a mim. Através da leitura diária da palavra de Deus, da participação consistente em reuniões e da comunhão com meus irmãos e irmãs, vim a entender algumas verdades, tomei conhecimento de muitos mistérios até então desconhecidos a mim e me tornei firme em minha crença de que Deus Todo-Poderoso é o Senhor Jesus retornado. Tudo isso me deixou extremamente animada e, faminta, eu devorava a palavra de Deus todos os dias. Também me empenhei na vida da igreja, muitas vezes me reunindo, orando, cantando hinos e dançando em louvor a Deus com meus irmãos e irmãs. Tive uma sensação de paz e felicidade em meu coração, e meu ânimo e minha perspectiva melhoravam a cada dia que se passava. Aos poucos, mas de forma inequívoca, eu também comecei a me recuperar das minhas diversas doenças. Com frequência, eu oferecia minhas graças e meu louvor a Deus por esses desenvolvimentos positivos em minha vida e queria espalhar o evangelho de Deus Todo-Poderoso a um número ainda maior de pessoas, para que todas elas pudessem alcançar a salvação de Deus. Não demorou, e a igreja me encarregou de seu trabalho de espalhar o evangelho. Eu me lancei nesse trabalho com fervor ardente, mas então aconteceu algo que eu nunca tinha imaginado…
No fim da tarde de 15 de dezembro de 2012, quando eu tinha acabado de encerrar uma reunião com quatro irmãs e estava prestes a sair, ouvimos um estrondo quando a porta da frente foi arrombada e sete ou oito policiais à paisana invadiram a sala, gritando: “Ninguém se mexe, mãos ao alto!” Sem apresentar nenhuma identificação, eles nos revistaram à força, confiscando minha carteira de identidade e um recibo de uma transação de 70.000 RMB dos fundos da igreja. Eles ficaram muito animados assim que viram o recibo e, então, nos empurraram e arrastaram até uma viatura e nos levaram para a delegacia. Na delegacia, confiscaram nossos celulares, nossos leitores MP5 e 200 RMB em dinheiro, que estavam em nossas bolsas. Na época, eles suspeitavam que uma das irmãs e eu éramos líderes na igreja, por isso, naquela noite, nós duas fomos transferidas para a Unidade de Investigação Criminal do Departamento Municipal de Segurança Pública.
Quando chegamos, os policiais nos separaram e nos interrogaram individualmente. Eles me algemaram a um banco de metal e, então, um oficial me interrogou duramente: “Qual é a história desses 70.000 RMB? Quem enviou o dinheiro? Onde ele está agora? Quem é o líder de sua igreja?” Eu orava a Deus em meu coração continuamente: “Amado Deus! Esse policial está tentando me obrigar a denunciar os líderes da igreja e a entregar o dinheiro da igreja. De forma alguma posso me tornar um Judas e trair a Ti. Ó Deus! Estou disposta a colocar-me em Tuas mãos. Imploro que me concedas fé, coragem e sabedoria. Não importa como a polícia tente extorquir informações de mim, estou disposta a ser testemunha de Ti”. Então, declarei resolutamente a eles: “Eu não sei!” Isso enfureceu o policial; ele pegou um chinelo do chão e começou a me bater cruelmente na cabeça enquanto me repreendia raivosamente: “Vá em frente e tente ficar calada. Vá em frente e tente crer em Deus Todo-Poderoso! Veremos por quanto tempo continuará crendo!” Meu rosto sofria com a dor do espancamento e rapidamente começou a inchar, e eu tive uma dor de cabeça latejante. Quatro ou cinco policiais se revezaram me espancando para me obrigar a dizer-lhes onde o dinheiro da igreja era guardado. Alguns deles chutaram minhas pernas, alguns agarraram meus cabelos, puxando-os e balançando-os para frente e para trás, e outros me esbofeteavam na boca. Minha boca começou a sangrar, mas eles simplesmente limparam o sangue e continuaram a me bater. Também me batiam aleatoriamente com um bastão de eletrochoque e, enquanto me batiam, gritavam: “Vai falar ou não? Confesse!” Quando viram que eu continuava me recusando a falar, eles me eletrocutaram na virilha e no peito — a dor foi excruciante. Meu coração estava martelando, comecei a ter dificuldades de respirar e, tremendo, me enrolei como uma bola. Senti como se a morte estivesse se aproximando de mim, um passo por vez. Apesar de cerrar minha boca e não dizer uma única palavra, eu me sentia extremamente fraca em meu coração e pensei que não seria capaz de resistir por muito mais tempo. Em meio ao meu sofrimento, nunca parei de orar a Deus: “Ó Deus! Apesar de ter resolvido satisfazer a Ti, minha carne é fraca e impotente. Oro que Tu me imbuas de força para que eu possa ser testemunha de Ti”. Naquele momento, lembrei-me repentinamente de como, antes de o Senhor Jesus ser pregado na cruz, Ele foi severamente espancado pelos soldados romanos: ele foi espancado e estraçalhado até se tornar uma massa sangrenta, todo o Seu corpo ficou coberto de feridas…, mesmo assim não professou uma única palavra. Deus é santo e sem culpa, mesmo assim sofreu humilhação e tormenta imensas e se dispôs a ser crucificado a fim de remir a humanidade. Pensei comigo mesma: “Se Deus pôde oferecer seu corpo para salvar a humanidade corrupta, eu também devo me submeter ao sofrimento para retribuir o amor de Deus”. Encorajada pelo amor de Deus, minha confiança foi restaurada, e eu fiz um juramento a Deus: “Amado Deus, qualquer que seja o sofrimento que Tu suportas, eu devo fazer o mesmo. Devo beber do mesmo cálice de sofrimento como Tu. Oferecerei a minha vida para ser testemunha de Ti!”
Após essa tortura ter continuado por grande parte da noite, eu tinha sido espancada ao ponto de não restar um pingo de força em meu corpo. Eu estava tão cansada que mal conseguia manter meus olhos abertos, mas assim que começava a fechar meus olhos, eles jogavam água em mim. Eu estava tremendo de frio. Quando esse bando de animais selvagens me viu naquele estado, eles rosnaram cruelmente: “Ainda não quer abrir a boca? Neste lugar, podemos torturar você até a morte e ninguém jamais saberá!” Eu os ignorei. Então, um daqueles policiais malignos pegou uma casca de semente de girassol e a enfiou em minha unha; a dor foi insuportável, e eu não conseguia fazer com que meu dedo parasse de tremer. Então jogaram água em meu rosto e a derramaram em minha nuca. A água gelada me deixou tremendo de frio; eu estava em completa agonia. Naquela noite, orei continuamente a Deus, temendo que, se O deixasse, eu seria incapaz de continuar vivendo. Deus estava sempre ao meu lado e Suas palavras me forneciam encorajamento constante: “Quando as pessoas estão preparadas para sacrificar a própria vida, tudo se torna insignificante” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Interpretações dos mistérios das ‘Palavras de Deus para todo o universo’, Capítulo 36”). “A fé é como uma ponte de um tronco só: aqueles que se agarram abjetamente à vida terão dificuldade para cruzá-la, mas aqueles que estão prontos para se sacrificar podem atravessá-la de pé firme e sem preocupação” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 6”). As palavras de Deus me deram força inesgotável. Pensei comigo mesma: “É isso memso, Deus governa soberano sobre tudo, e todas as coisas estão em Suas mãos. Mesmo que a polícia maligna me torture até a morte, meu espírito está sob o controle de Deus”. Com o apoio de Deus, eu deixei de ter medo de Satanás e estava ainda menos disposta a ser uma traidora e viver uma vida sem sentido de satisfazer a carne. Assim, fiz um juramento a Deus em oração: “Amado Deus! Mesmo que esses demônios estejam atormentando minha carne, ainda assim estou disposta a satisfazer a Ti e a colocar-me inteiramente em Tuas mãos. Mesmo que isso signifique minha morte, serei testemunha de Ti e jamais me ajoelharei diante de Satanás!” Com a orientação das palavras de Deus, eu me enchi de fé e confiança. Apesar de os policiais torturarem e atormentarem minha carne e já terem me levado ao limite da minha resistência, com o amparo de Deus e antes que eu percebesse, minha dor diminuiu muito.
Na manhã seguinte, os policiais malignos continuaram a me interrogar e também me ameaçaram, dizendo: “Se você não falar hoje, nós entregaremos você à unidade de polícia especial — eles têm 18 métodos de tortura diferentes que te aguardam lá”. Quando ouvi que me entregariam à unidade de polícia especial, eu não pude deixar de ficar com medo, pensando comigo mesma: “A polícia especial é certamente muito mais radical do que esses caras; como sobreviverei a 18 formas de tortura diferentes?” Quando eu estava prestes a entrar em modo de pânico, lembrei-me de uma passagem da palavra de Deus: “O que é um vencedor? Os bons soldados de Cristo devem ser corajosos e confiar em Mim para ser espiritualmente fortes; eles devem lutar para se tornar guerreiros e batalhar contra Satanás até a morte” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 12”). As palavras de Deus acalmaram rapidamente meu coração frenético e apavorado. Elas me ajudaram a perceber que isso era uma batalha espiritual e que o momento em que Deus queria que eu desse testemunho tinha chegado. Com o apoio de Deus, eu não tinha nada a temer. Não importava que tática insana os policiais malignos usassem, eu tinha que confiar em Deus para ser uma boa soldada de Cristo e lutar contra Satanás até a morte, sem jamais me render.
Naquela tarde, dois oficiais responsáveis por assuntos religiosos do Departamento Municipal de Segurança Pública vieram me interrogar: “Quem é o líder de sua igreja?”, perguntaram. “Não sei”, respondi. Quando viram que eu me recusava a falar, eles alternaram entre táticas suaves e duras. Um deles enterrou seu punho em meu ombro com muita força, enquanto o outro começou a cuspir teorias absurdas que negavam a existência de Deus na tentativa de me persuadir: “Todas as coisas no universo são resultado de processos naturais. Você precisa ser mais prática: crer em Deus não vai ajudar a resolver nenhum dos problemas em sua vida; você só pode resolvê-los confiando em si mesma e trabalhando arduamente. Nós podemos ajudar a encontrar empregos para você e seu filho…” Eu simplesmente continuei a comungar com Deus dentro do meu coração e então me lembrei de uma passagem de Sua palavra: “Vocês precisam estar atentos e em espera o tempo todo e precisam orar mais perante Mim. Vocês precisam reconhecer os diversos complôs e esquemas astutos de Satanás, reconhecer os espíritos, conhecer as pessoas e ser capazes de discernir todos os tipos de pessoas, acontecimentos e coisas” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 17”). As palavras de Deus me iluminaram imediatamente, permitindo-me enxergar o esquema conivente de Satanás. Pensei comigo mesma: “O policial maligno está tentando me enganar com suas teorias absurdas e me subornar com favores insignificantes — não devo cair nos truques de Satanás e, sobretudo, não devo trair a Deus e me tornar um Judas”. A iluminação de Deus me permitiu enxergar as intenções sinistras dos policiais malignos. Assim, não importava quais táticas suaves e duras usassem contra mim, eu simplesmente os ignorava. Naquela noite, ouvi que outra pessoa viria para me interrogar e que eles estavam alegando que eu tinha antecedentes criminais. Eu não sabia o que esperar ou o que aconteceria, assim, tudo que podia fazer era clamar a Deus em meu coração e pedir orientação. Eu sabia que, independentemente do tipo de perseguição e dificuldades que enfrentasse, eu não podia trair a Deus. Pouco tempo depois, quando eu estava no banheiro, de repente, comecei a ter palpitações cardíacas; fiquei tonta e desmaiei no chão. Quando os policiais ouviram algo suspeito, vieram correndo imediatamente e se reuniram em minha volta. Ouvi alguém dizer sinistramente: “Levem ela para o crematório, incinerem ela e acabem logo com isso”. No entanto, temendo que eu pudesse morrer e que eles então fossem responsabilizados por minha morte, eles acabaram ligando para a emergência e chamaram uma ambulância para me levar ao hospital para me examinar. Acabaram descobrindo que eu tinha sofrido um ataque cardíaco no passado e apresentava uma isquemia miocárdica residiual. Já que o interrogatório precisou ser cancelado, eles me levaram para uma casa de detenção. Quando vi a expressão frustrada nos rostos dos policiais malignos, eu me enchi de alegria —Deus tinha aberto uma saída para mim para que, por ora, eu não tivesse que passar por outros interrogatórios. Ser capaz de evitar aquele perigo me permitiu testemunhar os feitos de Deus; eu dei graças e louvores a Deus do fundo do meu coração.
Ao longo dos próximos dez dias ou mais, sabendo que o governo do Partido Comunista Chinês não desistiria antes de arrancar de mim a localização do dinheiro da igreja, eu orei a Deus todos os dias, pedindo que Ele protegesse minha boca e meu coração para que, não importando o que acontecesse, eu permanecesse firme ao lado de Deus e de forma alguma traísse a Ele e abandonasse o caminho verdadeiro. Certo dia, após a oração, Deus me iluminou, permitindo que eu lembrasse um hino de Suas palavras: “Não importa o que Deus peça de você, você só precisa trabalhar para isso com toda a sua força, e Eu espero que você seja capaz de vir para diante de Deus e de dar para Ele toda a sua devoção no fim. Enquanto puder ver o sorriso gratificado de Deus sentado em Seu trono, mesmo que esse momento seja a hora determinada da sua morte, você deve ser capaz de rir e sorrir ao fechar seus olhos. Você deve, durante seu tempo na terra, cumprir seu dever final para Deus. No passado, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo em nome de Deus; mas, no fim, você deve satisfazer a Deus e esgotar toda a sua energia para o bem Dele” (Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Um ser criado deve estar à mercê de Deus”). Eu cantei e contemplei o hino sem parar em meu coração e, através das palavras de Deus, vim a entender as exigências e expectativas de Deus para comigo. Pensei em como, dentre todas as criaturas no universo que vivem sob o governo de Deus e dentre todas as pessoas na terra que seguem a Deus, apenas um número extremamente pequeno é capaz de ficar diante de Satanás e dar testemunho de Deus. O fato de eu ter a sorte de enfrentar esse tipo de situação era Deus me elevando de maneira excepcional, e isso demonstava Seu favor para comigo. Estas palavras de Deus em especial foram profundamente encorajadoras para mim: “No passado, Pedro foi crucificado de cabeça para baixo em nome de Deus; mas, no fim, você deve satisfazer a Deus e esgotar toda a sua energia para o bem Dele.” Eu não consegui suprimir uma oração a Deus: “Ó Deus Todo-Poderoso! No passado, Pedro foi capaz de ser pregado na cruz de cabeça para baixo por Ti, dando testemunho de seu amor por Ti diante de Satanás. E, agora, minha prisão pelo partido dominante na China contém Tuas boas intenções. Mesmo que minha estatura seja muito pequena e eu jamais possa me comparar a Pedro, é minha grande honra ter a oportunidade de ser testemunha de Ti. Estou disposta a entregar a Ti a minha vida e a morrer para dar testemunho de Ti para que Tu possas ganhar algum conforto através de mim”.
Na manhã de 30 de dezembro, o Departamento Municipal de Segurança Pública enviou alguns oficiais para me interrogar. Assim que entrei na sala de interrogatório, um policial maligno me obrigou a tirar minhas calças e minha jaqueta forradas de algodão e me disse: “Agora temos sua irmãzinha e seu filho em custódia. Sabemos que toda a sua família é crente. Fomos até o local de trabalho do seu marido e descobrimos que você começou a acreditar em Deus Todo-Poderoso em 2008…” Suas palavras exploravam minha maior fraqueza e deixaram meu estado de espírito devastado; eu nunca imaginei que prenderiam também meu filho e minha irmã. Repentinamente tomada de emoção, comecei a me preocupar com seu bem-estar e, involuntariamente, meu coração se afastou de Deus. Continuei me perguntando sem parar: “Eles estão sendo espancados? Meu filho suportará tal tratamento?…” Naquele momento, lembrei-me de uma passagem da palavra de Deus: “A medida que um indivíduo deva sofrer e a distância que ele deva trilhar em sua senda são ordenadas por Deus e que, na verdade, ninguém pode ajudar ninguém” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A senda… (6)”). As palavras de Deus me arrancaram imediatamente de meu estado emocional e me permitiram perceber que a senda de fé de cada pessoa é predeterminada por Deus. Cada um deve ser testemunha de Deus diante de Satanás — Ser testemunha de Deus diante de Satanás não seria uma grande bênção para eles? Quando pensei nisso, parei de me preocupar com eles; senti-me disposta a entregá-los a Deus e deixar que Deus governasse e fizesse os Seus arranjos. Naquele momento, outro policial citou os nomes de algumas outras irmãs e perguntou se eu os reconhecia. Quando disse que não reconhecia nenhum dos nomes, ele saltou de sua cadeira, me arrastou furiosamente para um banco de metal junto à janela, me algemou a ele e, apressadamente, abriu a janela, de modo que o ar gelado lá de fora começou a soprar em mim. Então jogou água fria em mim enquanto me xingava com palavras repugnantes antes de me esbofetear com um chinelo dezenas de vezes a fio. Ele me espancou tanto que comecei a ver estrelas, meus ouvidos zumbiam, e sangue escorria da minha boca.
Naquela noite, alguns policiais me transferiram para a sala mais fria; as janelas estavam totalmente cobertas de gelo. Removeram à força todas as minhas roupas e me fizeram sentar totalmente nua no banco de metal junto à janela. Algemaram minhas mãos atrás das costas ao encosto do banco, de modo que eu não conseguisse me mexer um centímetro sequer. Um dos policiais perversos me disse em voz gélida e sinistra: “Não alteramos nossas táticas de investigação com base no sexo”. Ele abriu a janela enquanto dizia isso, e um vento gelado me envolveu; era como se meu corpo estivesse sendo cortado por mil facas. Tremendo de frio, eu disse, batendo os dentes: “Não posso ser exposta a esse tipo de frio, tenho artrite reumatoide pós-parto”. Ele respondeu selvagemente: “Ah, isso dará um jeito em sua artrite com certeza! Além disso, ficará com diabete e doença renal ao longo do processo! Não importa quantos médicos consulte, você jamais se recuperará!” Depois ordenou que alguém trouxesse um balde de água fria e me obrigou a colocar meus pés nele. Então ordenou: “Ai de você se derramar uma única gota de água desse balde”. Ele jogou mais água fria em minhas costas e usou um pedaço de papelão para jogar vento nas minhas costas. A temperatura estava a 15 graus centígrados abaixo de zero; aquela água gelada me congelou tanto que, instintivamente, tirei meus pés do balde, mas um oficial imediatamente os colocou de volta e me proibiu de mexê-los novamente. Eu estava com tanto frio que todo meu corpo se enrijeceu, e eu não conseguia parar de tremer. Era como se meu sangue tivesse se congelado em minhas veias. Eles ficaram entusiasmados ao me ver naquele estado e caíram numa gargalhada horrível enquanto zombavam de mim, dizendo: “Você está ‘dançando’ no ritmo perfeito!” Eu odiava infinitamente essa gangue de demônios e animais subumanos; de repente, lembrei-me de um vídeo que retratava demônios do inferno que atormentavam as pessoas por mera diversão e extraíam prazer do sofrimento de outros. Eles eram desprovidos de sentimentos e humanidade, conhecendo apenas violência e tormento. Esses policiais malignos eram iguaizinhos aos demônios do inferno — na verdade, eram ainda piores. Ao longo de um dia e uma noite, eles tinham me esbofeteado inúmeras vezes, tentando obrigar-me a revelar informações sobre o dinheiro da igreja. Quando meu rosto inchou por causa de seu espancamento, eles aplicaram gelo para diminuir o inchaço e então continuaram o espancamento. Sem a proteção de Deus, eu já teria morrido muito antes. Quando aqueles oficiais malignos viram que eu continuava me recusando a falar, eles começaram a eletrocutar minhas coxas e minha virilha com um bastão de eletrochoques. Sempre que me eletrocutavam, todo meu corpo sofria convulsões e espasmos por causa da dor. Já que eles tinham me algemado ao banco de metal, eu não conseguia desviar, assim, era obrigada a suportar qualquer golpe, chute e humilhação cruel que distribuíam. Palavras não conseguem descrever a agonia intensa que eu estava experimentando, mesmo assim, durante o tempo todo, os policiais só riam de maneira hilariante. Foi ainda mais horripilante quando um policial mais novo usou um par de hashis para pinçar meu mamilo e torcê-lo com toda força que tinha. Doeu tanto que gritei a plenos pulmões. Também colocaram uma garrafa de água gelada entre minhas pernas junto à minha virilha e então injetaram água com pó de wasabi em meu nariz. Toda a minha cavidade nasal estava ardendo, e o calor lancinante parecia subir diretamente para o meu cérebro. Outro policial perverso tomou uma longa tragada de seu cigarro e soprou a fumaça direto no meu nariz, provocando uma assustadora crise de tosse. Antes de eu ter uma chance de recuperar o fôlego, outro policial posicionou um banco de madeira e colocou minhas pernas nele, de modo que as solas dos meus pés ficaram expostas. Então, pegou uma vara de aço e bateu nas solas de meus pés dezenas de vezes. A dor era tão excruciante que pensei que meus pés seriam arrancados; gritei de dor repetidas vezes. Não demorou, e as solas dos meus pés incharam e ficaram vermelhas. Os policiais perversos me torturaram implacavelmente. Meu coração estava martelando, e pensei que eu estava à beira da morte. Então me deram um tipo de remédio chinês tradicional de ação rápida para o coração, e assim que comecei a me recuperar, eles começaram a me espancar de novo e a me ameaçar, dizendo: “Se você não falar, nós congelaremos e espancaremos você até a morte! Afinal de contas, ninguém ficará sabendo! Se você não confessar hoje, nós podemos ficar por aqui mais alguns dias e ver quem aguenta mais. Traremos seu marido e seu filho para que vejam como você está agora, e se, mesmo assim, você não falar, garantiremos que ambos sejam demitidos de seu emprego!” Até me atacaram com sarcasmo, dizendo: “Você não crê em Deus? Por que seu Deus não vem e resgata você? Suponho que, no fim das contas, seu Deus não é tão grande assim!” Eu desprezava aquela gangue de animais hostis, malignos e selvagens de todo coração e alma. Era extremamente difícil resistir à sua tortura cruel e mais difícil ainda suportar sua difamação de Deus. Então clamei desesperadamente a Deus, suplicando que Ele me protegesse, me imbuísse de fé, força e vontade para suportar o sofrimento, para que eu pudesse permanecer firme. Naquele momento, as palavras de Deus apareceram em minha mente: “Durante estes últimos dias, vocês devem dar testemunho de Deus. Não importa quão grande seja o sofrimento de vocês, devem caminhar até o fim e até mesmo até seu último suspiro, ainda assim vocês devem ser fieis a Deus e ficar à mercê de Deus; só isso é realmente amar a Deus e apenas isso é o testemunho forte e retumbante” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Somente experimentando provações dolorosas é que você pode conhecer a amabilidade de Deus”). Pensei comigo mesma: “É verdade! A vontade de Deus é que eu dê testemunho Dele diante de Satanás, então devo suportar toda essa dor e humilhação para satisfazer a Deus. Mesmo que me reste um único suspiro, devo permanecer fiel a Deus, pois é nisso que consiste um testemunho forte e retumbante e é isso que envergonhará o velho diabo”. Com a orientação da palavra de Deus, tive um senso renovado de fé e confiança no meu coração. Eu estava disposta a romper as forças das trevas; mesmo que isso significasse minha morte, eu devia satisfazer a Deus dessa vez. Então, um hino da igreja me veio à mente: “Darei meu amor e lealdade a Deus e completarei minha missão para glorificar a Deus. Estou determinado a permanecer firme no testemunho de Deus e jamais ceder a Satanás. Ah, minha cabeça pode quebrar, e sangue pode fluir, mas a coragem do povo de Deus não se perderá. As exortações de Deus repousam no coração, decido humilhar Satanás, o diabo. Dor e dificuldades são predestinadas por Deus, suportarei humilhação para ser fiel a Ele. Nunca mais farei Deus chorar ou Se preocupar” (Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Desejo ver o dia da glória de Deus”). “É isso mesmo!”, pensei comigo mesma. “Eu não devo ceder à minha carne. Enquanto eu tiver a oportunidade de humilhar Satanás e trazer conforto ao coração de Deus, estarei disposta a oferecer minha vida a Deus”. Assim que me tornei resoluta em minhas intenções, não importava o quanto aqueles demônios me torturassem ou tentassem me enganar com seus esquemas coniventes, eu confiei em Deus em meu coração do início ao fim. As palavras de Deus me iluminaram e guiaram internamente, dando-me fé e força e permitindo que eu superasse a fraqueza da minha carne. Os policiais malignos continuaram a me torturar com o frio: esfregaram cubos de gelo em todo meu corpo, deixando-me com tanto frio e tremendo que me senti como se estivesse trancada numa caverna de gelo. Meus dentes batiam audivelmente, e minha pele ficou azul e roxa. Por volta das duas da manhã, após ser torturada ao ponto de desejar a morte, eu não pude deixar de me enfraquecer mais uma vez. Sem saber por quanto tempo eu teria que suportar aquele sofrimento, eu só pude suplicar a Deus sem parar em meu coração: “Amado Deus, minha carne é fraca demais, e não aguento isso por mais tempo. Por favor, salva-me!” Graças a Deus por responder à minha oração; justamente quando eu não aguentava mais, os policiais malignos decidiram encerrar seu interrogatório, pois ele não estava redendo nenhum resultado.
Em algum momento após as duas da tarde de 31 de dezembro, os policiais malignos me arrastaram de volta para a minha cela. Eu estava machucada e surrada da cabeça aos pés. Minhas mãos estavam inchadas como bexigas; estavam completamente azuis e roxas. Minha cabeça tinha inchado e estava um terço maior do que seu tamanho normal, apresentava uma cor azul-esverdeada, era dura ao toque e estava totalmente dormente. Vários pontos em meu corpo apresentavam marcas de queimadura por causa dos eletrochoques. Havia mais de vinte prisioneiras na cela na época, e quando elas viram como eu tinha sido torturada por aqueles demônios, todas elas choraram. Algumas nem ousaram olhar para mim, e uma jovem membra do Partido Comunista disse: “Quando for solta, sairei do partido”. Uma representante legal me perguntou: “Em qual delegacia trabalham as pessoas que espancaram você? Quais são seus nomes? Diga-me, eu publicarei tudo em sites estrangeiros e exporei eles. Dizem que a China é um lugar humano, mas onde está a humanidade nisso? Isso é pura selvageria!” Minha luta provocou a fúria de muitas prisioneiras, e elas exclamaram com raiva: “Nunca imaginei que o Partido Comunista pudesse ser tão cruel — não posso acreditar que cometeram atos tão traiçoeiros. Crer em Deus é uma coisa boa, impede que as pessoas cometam crimes. Não dizem que a China tem liberdade de religião? Isso certamente não é liberdade de religião! Na China, se você tem dinheiro e poder, você pode ter tudo. Os criminosos verdadeiros ainda estão à solta, e ninguém ousa prendê-los. Condenados à morte são libertos assim que subornam os oficiais do governo. Não existe justiça ou igualdade neste país!…” Naquele momento, não pude deixar de me lembrar desta passagem das palavras de Deus: “Agora é a hora: desde muito o homem tem reunido toda a sua força, tem dedicado todos os seus esforços, tem pago cada preço para isto, para arrancar a face hedionda desse demônio e para permitir que as pessoas, que foram cegadas e suportaram todo tipo de sofrimento e dificuldade, se ergam de sua dor e deem as costas para esse velho diabo maligno” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (8)”). “Vocês realmente odeiam o grande dragão vermelho? Vocês o odeiam verdadeira e sinceramente? Por que perguntei tantas vezes a vocês? Por que continuo a perguntar-lhes isso sempre de novo? Que imagem vocês têm do grande dragão vermelho em seu coração? Ela realmente foi removida? Vocês verdadeiramente não o consideram ser seu pai? Todas as pessoas devem perceber o que pretendo com as Minhas perguntas. Não é para provocar a ira das pessoas nem para incitar o homem à rebelião nem para que o homem encontre a sua própria saída, mas é para permitir que todas as pessoas se libertem do cativeiro do grande dragão vermelho” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Palavras de Deus para todo o universo, Capítulo 28”). As palavras de Deus foram um grande consolo para mim. Eu nunca tinha imaginado que a essência cruel, maligna e demoníaca do governo do Partido Comunista Chinês poderia ser exposta através da tortura cruel que sofri, que isso permitiria que incrédulos vissem o governo do Partido Comunista Chinês como ele realmente é e se unissem para destestar e abandonar aquele velho diabo. Isso era verdadeiramente a obra da sabedoria e onipotência de Deus. No passado, eu tinha visto o Partido Comunista Chinês como o grande sol vermelho, como salvador do povo, mas, após cair vítima da perseguição e do tormento desumano do governo do Partido Comunista Chinês, minha visão dele mudou totalmente. Vi seu total desrespeito à vida humana, como ele abusa selvagemente dos escolhidos de Deus, como vai contra o céu e que é um espírito maligno que comete crimes monstruosos — é uma reencarnação do diabo e um demônio que resiste a Deus. Deus é o Senhor da criação, e os humanos são seres criados. É natural e correto crer em Deus, mesmo assim, o governo do Partido Comunista Chinês fabrica acusações falsas para prender e atormentar arbitrariamente os seguidores de Deus, esperando desesperadamente erradicar até o último seguidor de Deus. Ao fazer isso, ele expôs completamente a natureza diabólica de seus modos que odeiam e hostilizam a Deus. Com o governo do Partido Comunista Chinês servindo como contraste, a essência do amor e da bondade de Deus se tornaram ainda mais aparentes para mim. Deus tornou-se carne duas vezes e, em ambos os casos, sofreu imensa perseguição e dificuldades, além de perseguição pelo diabo. No entanto, o tempo todo, Deus suportou em silêncio todos os ataques e sofrimentos, realizando Sua obra para salvar a humanidade. O amor de Deus pela humanidade é realmente grande! Naquele momento, desprezei aquele bando de demônios com todo o meu coração e alma e me arrependi verdadeiramente por, no passado, não ter buscado a verdade com seriedade ou cumprido meu dever para retribuir o amor de Deus. Pensei comigo mesma que, se, algum dia, eu saísse viva daquele lugar, eu me dedicaria ainda mais ao cumprimento dos meus deveres e permitiria que Deus ganhasse meu coração.
Mais tarde, os policiais malignos me interrogaram mais quatro vezes. Eles não conseguiram arrancar nada de mim, assim simplesmente inventaram uma acusação de “perturbação da ordem pública” e me soltaram com uma fiança de um ano, fixada em 5.000 RMB, enquanto se aguardava o julgamento. Finalmente, fui libertada em 22 de janeiro de 2013, após minha família pagar a fiança. Depois de voltar para casa, sempre que via gelo nas janelas, meu coração disparava. Minha visão estava significativamente reduzida, minha artrite também piorou e desenvolvi uma condição renal. Eu sempre estava com frio, tendia a ataques de pânico e tinha dormência em ambas as mãos, meu rosto tinha perdido uma camada de pele e, muitas vezes, eu sentia uma dor insuportável nas coxas internas ao ponto de despertar do meu sono. Tudo isso era evidência da tortura daqueles diabos.
Após passar pela perseguição cruel e desumana do governo do Partido Comunista Chinês, apesar de ter sofrido todos os tipos de tortura da carne, eu me aproximei mais de Deus em meu relacionamento com Ele, ganhei um entendimento mais prático da sabedoria, onipotência, amor e salvação de Deus e fortaleci minha determinação de seguir Deus Todo-Poderoso. Resolvi seguir a Deus pelo resto da minha vida e buscar tornar-me uma pessoa que ama a Deus. Através da perseguição cruel do governo do Partido Comunista Chinês, eu experimentei pessoalmente o amor, cuidado e proteção de Deus. Se a palavra de Deus não tivesse me guiado a cada passo do caminho, dando-me força e fé, eu jamais teria sido capaz de suportar toda a tormenta e tortura desumana que sofri. Através da minha experiência dessa situação singular, vim a ver plenamente que o governo do Partido Comunista Chinês é, na verdade, o diabo Satanás que resiste e hostiliza a Deus. Em sua tentativa de transformar a China num país ateísta e de controlar o mundo inteiro, ele não para diante de nada e faz de tudo em seu poder para expulsar Deus deste mundo. Ele caça, prende e persegue freneticamente aqueles que seguem a Deus com o objetivo de erradicar todos os seguidores de Deus, prendendo todos em sua rede, e, assim, abolir totalmente a obra de Deus. O governo do Partido Comunista Chinês é, de fato, incrivelmente maligno! Nada mais é do que uma besta demoníaca que engole as pessoas de uma só vez — é uma força perversa e satânica das trevas que desafia o céu, impede a justiça e capacita o mal. Na China, o governo do Partido Comunista Chinês deixa à solta os malfeitores que oprimem e abusam das boas pessoas comuns, dando-lhes até uma participação em seu poder legal e político. Fraterniza e vagabundeia com os gângsteres e bandidos envolvidos em prostituição, jogos e tráfico de drogas; até ajuda a proteger os interesses deles. São apenas os seguidores de Deus, que seguem a senda correta na vida, que o governo do Partido Comunista Chinês vê como seus inimigos, os oprimindo e prendendo arbitrariamente e perseguindo ao ponto de muitas famílias de crentes serem separadas, seus entes queridos se espalharem em todas as direções e serem impedidos de voltar para casa. Muitos deles são incapazes de se estabelecer, obrigados a levar uma vida de perambulação longe de casa. Ainda outros são sujeitos a uma tortura cruel e são espancados ao ponto de paralisia ou morte por causa de sua crença em Deus… Está abundantemente claro que o governo do Partido Comunista Chinês é o algoz selvagemente desumano do homem, o diabo, Satanás. No fim, ele não escapará da punição justa de Deus pelos pecados monstruosos que cometeu. Pois, muito tempo atrás, Deus Todo-Poderoso disse: “O ninho dos demônios certamente será despedaçado por Deus, e vocês estarão ao lado de Deus — vocês pertencem a Deus e não pertencem a esse império de escravos. Há muito tempo Deus tem abominado essa sociedade obscura até os ossos. Ele range os dentes, ansioso para fincar os pés nessa velha serpente perversa e odiosa, de modo que nunca mais volte a se erguer e nunca mais volte a abusar do homem; Ele não perdoará suas ações do passado, Ele não tolerará o fato de que ela enganou o homem e Ele acertará as contas de cada um de seus pecados ao longo das eras. Deus não permitirá nem um pouco que o líder de todo o mal[1] escape, Ele o destruirá completamente” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (8)”). A justiça de Deus é digna de louvor e elogio, e Ele banirá e destruirá o reino de Satanás. O reino de Deus será estabelecido aqui na terra, e a glória de Deus certamente permeará todo o universo!
Nota de rodapé:
1. “Líder de todo o mal” se refere ao velho diabo. Essa frase expressa aversão extrema.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.