Guiada pelas palavras de Deus, superei a repressão das forças das trevas

27 de Outubro de 2019

Por Wang Li, Província de Zhejiang

Eu acreditava no Senhor Jesus junto com minha mãe desde pequena; nos dias em que seguia o Senhor Jesus, muitas vezes fiquei comovida com o Seu amor. Senti que Ele nos amou tanto que foi crucificado e derramou até a última gota do Seu sangue para nos redimir. Naquela época, os irmãos e as irmãs de nossa igreja eram todos amorosos e solidários, mas infelizmente nossa fé no Senhor se deparou com a perseguição e a repressão pelas mãos do governo do Partido Comunista Chinês (PCC). O governo do PCC define o protestantismo e o catolicismo como “xie jiaos” e rotula as reuniões realizadas pelas igrejas domésticas como “reuniões ilegais”. A polícia costumava invadir nossos locais de reuniões com frequência, dizendo que tínhamos que primeiro ter a aprovação do governo e obter uma permissão antes de poder realizar reuniões, caso contrário seríamos presos, multados ou mandados para a prisão. Certa vez, minha mãe e outros cinco ou seis irmãos foram presos e interrogados durante um dia inteiro. No final, a investigação policial confirmou que todos eram apenas cristãos comuns, e foram soltos. Contudo, a partir de então, tivemos que nos encontrar em segredo para evitar os ataques do governo; apesar de tudo isso, nossa fé nunca enfraqueceu. No final de 1998, um parente meu pregou para mim que o Senhor Jesus havia retornado como Deus Todo-Poderoso que havia se tornado carne nos últimos dias. Esse parente também leu para mim muitas das palavras de Deus Todo-Poderoso, que me deixaram totalmente emocionada. Fiquei certa de que as palavras de Deus Todo-Poderoso são as declarações às igrejas por meio do Espírito Santo e que Deus Todo-Poderoso é o Senhor Jesus retornado. Pensar que eu poderia realmente me reunir com o Senhor durante a minha vida me deixou mais comovida do que sou capaz de descrever e chorei lágrimas de alegria. A partir de então, devorei avidamente as palavras de Deus todos os dias e, a partir delas, compreendi muitas verdades e muitos mistérios — meu espírito ressecado ganhou rega e sustento. Aproveitando o prazer e o conforto trazidos a nós pela grande obra do Espírito Santo, eu e meu marido mergulhamos na felicidade e alegria de estar reunidos com o Senhor. Muitas vezes aprendíamos a cantar hinos e dançávamos em louvor a Deus com outros irmãos e irmãs e frequentemente nos reuníamos para ter comunhão baseada nas palavras de Deus. Meu espírito se sentiu renovado e revigorado, e eu senti como se já pudesse ver diante de meus olhos a bela cena do reino se manifestando na terra e todos em júbilo. Contudo, não havia como prever que, enquanto seguíamos a Deus e trilhávamos a senda correta na vida com uma fé crescente, o governo do PCC começaria a nos perseguir cruelmente.

No dia 28 de outubro de 2002, várias outras irmãs e eu estávamos realizando uma reunião. Durante a reunião, outra irmã e eu saímos para realizar uma tarefa, mas antes de chegarmos muito longe, ouvi-a dizer atrás de mim: “Por que você está me prendendo?” Antes que eu tivesse a chance de reagir, um policial à paisana se aproximou e me segurou, dizendo: “Você vem comigo para a delegacia!” antes de me escoltar para uma viatura. Fomos levadas para a delegacia e, assim que saí do carro, vi que as outras seis irmãs que estavam no encontro também tinham sido presas e trazidas. A polícia ordenou que tirássemos a roupa e nos submetêssemos a uma revista. Eles encontraram dois pagers comigo, identificando-me como líder da igreja e, como tal, me classificaram como alta prioridade para o interrogatório. Um policial gritou comigo: “Quando você começou a acreditar em Deus Todo-Poderoso? Quem pregou para você? Com quem você se encontrou? Qual é a sua posição na igreja?” Ser interrogada com tanta agressividade por ele me deixou muito nervosa, e eu não tinha ideia de como lidar com isso. Tudo o que eu podia fazer era orar silenciosamente a Deus, pedindo que Ele me protegesse para que eu não O traísse. Depois de orar, lentamente me recompus e decidi ficar em silêncio. Vendo que eu não estava falando, o policial ficou com raiva e me bateu violentamente na cabeça. Instantaneamente fiquei tonta e atordoada, e meus ouvidos começaram a zumbir. Então trouxeram uma das irmãs e ordenaram que identificássemos uma à outra. Vendo que não faríamos o que eles disseram, eles ficaram furiosos e ordenaram que eu tirasse meus sapatos forrados de algodão e ficasse descalça no chão gelado de cimento. Eles também me fizeram ficar com as costas contra a parede e me chutariam com força se minha postura vacilasse um pouco. Já era outono naquela época; a temperatura estava caindo e chovia levemente. Eu estava com tanto frio que meu corpo inteiro tremia e meus dentes batiam incessantemente. O policial andava de um lado para o outro e, batendo na mesa, me ameaçava: “Estamos seguindo você há muito tempo. Temos muitas maneiras de fazer você falar hoje e, se você não falar, deixaremos você congelar até a morte ou a mataremos de fome ou bateremos em você até a morte! Vamos ver quanto tempo você dura!” Eu fiquei com um pouco de medo quando o ouvi dizer isso e então clamei a Deus em meu coração: “Ó Deus! Eu não quero ser um Judas nem Te trair. Por favor, protege-me e concede-me a coragem e a fé de que preciso para combater Satanás, de modo que consiga dar testemunho de Ti”. Depois de orar, pensei nas palavras de Deus que diziam: “Seu caráter é o símbolo de autoridade, o símbolo de tudo que é justo, o símbolo de tudo que é bom e belo. Mais que isso, é um símbolo Daquele que não pode ser[a] vencido nem invadido pelas trevas nem por qualquer força inimiga, e é, também, um símbolo Daquele que não pode ser ofendido (nem Ele tolerará ser ofendido)[b] por qualquer ser criado(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “É muito importante entender o caráter de Deus”). “Sim”, pensei. “Deus possui autoridade e poder e Sua autoridade e poder não podem ser derrubados por nenhuma força inimiga ou escuridão. Por mais cruéis que sejam os lacaios do PCC, eles estão todos nas mãos de Deus e, enquanto eu confiar em Deus e cooperar com Ele, certamente eu os vencerei”. Com a clara orientação fornecida pelas palavras de Deus, de repente encontrei minha fé e coragem e não senti mais tanto frio. Depois de ficar lá por mais de três horas, a polícia me escoltou de volta a uma viatura e me levou a uma casa de detenção.

Na tarde do dia seguinte à minha chegada à casa de detenção, dois policiais, um homem e uma mulher, vieram me interrogar. No sotaque da minha cidade natal, eles me chamaram pelo meu nome e tentaram passar a impressão de que estavam do meu lado. O homem se apresentou como chefe da Seção de Religião do Departamento de Segurança Pública e disse: “Os policiais da delegacia já reuniram informações sobre você. O que você fez não é realmente grande coisa e arranjamos uma viagem especial para levá-la de volta para casa. Se você nos contar tudo quando chegarmos lá, ficará bem”. Eu não sabia que tipo de carta eles tinham na manga, mas, quando o ouvi dizer isso, um raio de esperança entrou no meu coração. Pensei comigo mesma: “Os moradores locais de onde eu sou são pessoas boas; então talvez eles me deixem ir, mesmo que eu não lhes conte nada”. Ao contrário das minhas expectativas, no entanto, quando estávamos voltando para a minha cidade natal, a polícia expôs sua verdadeira natureza bestial e tentou me forçar a entregar as chaves da minha casa. Eu sabia que eles queriam vasculhar minha casa e pensei em todos os livros das palavras de Deus e nas listas de nomes de irmãos e irmãs que eu tinha lá. E assim, eu fiz uma oração sincera a Deus: “Ó Deus Todo-Poderoso! Por favor, protege os livros das palavras de Deus e as listas que tenho em casa para que não caiam nas mãos de Satanás…” Eu me recusei a entregar minhas chaves. A polícia me levou para o meu prédio e me manteve trancada dentro do carro enquanto meu apartamento era invadido. Sentada no carro, orei sem cessar a Deus, e cada segundo que passava era um tormento. Depois de um longo tempo, a polícia voltou e disse com raiva: “Você é realmente estúpida, sabia disso? Não existe um único livro em sua moradia e você faz todo esse esforço para ajudar as pessoas da igreja”. Quando os ouvi dizer isso, meu coração ansioso finalmente começou a relaxar e agradeci a Deus por Sua proteção do fundo do meu coração. Foi só mais tarde que soube que a polícia nunca encontrou nenhum livro em minha casa e que levou mais de 4.000 yuans em dinheiro, um celular e todas as minhas fotos e as da minha família. Felizmente minha irmã mais nova estava lá quando a polícia chegou e, assim que esta saiu, ela correu para entregar todos os livros das palavras de Deus e materiais de fé deixados ali para a igreja. No dia seguinte, a polícia voltou a revistar o local, mas saiu de mãos vazias mais uma vez.

Ao cair da noite, a polícia me levou à delegacia local e começou a me fazer as mesmas perguntas que tinham feito antes. Vendo que eu ainda não estava falando, chamaram uma pastora da Igreja das Três Autonomias para tentar me persuadir. “Se você não é cristã na Igreja das Três Autonomias, então você está seguindo o caminho errado”, disse ela. Eu a ignorei e me limitei a orar silenciosamente a Deus para proteger meu coração. Quanto mais ela falava, mais ultrajantes suas alegações iam se tornando, até que ela começou a difamar e blasfemar contra Deus sem motivo. Cheia de indignação, eu retruquei: “Pastora, você arbitrariamente condena Deus Todo-Poderoso, mas o Livro do Apocalipse não afirma muito claramente ‘aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso(Apocalipse 1:8)? Você não tem medo de ofender o Espírito Santo deliberadamente condenando Deus assim? O Senhor Jesus disse certa vez, ‘Se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro(Mateus 12:32). Você não tem medo?” A pastora ficou sem palavras e só lhe restou sair depois de tal repreensão. No meu coração, agradeci a Deus por me levar a triunfar sobre esse obstáculo. Quando viu que sua jogada não funcionou, a polícia me pediu para escrever algo em um pedaço de papel. Não consegui imaginar por que eles estavam pedindo que eu fizesse aquilo e então orei silenciosamente a Deus; então percebi que este era um dos esquemas astuciosos de Satanás e recusei-me a escrever, dizendo que não sabia escrever. Mais tarde, descobri em uma conversa entre os dois policiais que eles haviam me pedido para escrever algo para que pudessem verificar minha caligrafia e assim confirmar que os cadernos que encontraram no local da reunião haviam sido escritos por mim e então usar isso para apresentar queixa contra mim. Isso me mostrou que aqueles policiais não passavam de cães e lacaios treinados pelo governo do PCC, que eram capazes de se esforçar ao máximo e se envolver em qualquer método secreto concebível para perseguir os fiéis — eles são realmente muito insidiosos, astutos, perversos e odiosos! Depois de ver claramente os rostos vis dos cães treinado, que perseguem aqueles que acreditam em Deus, silenciosamente tomei uma decisão: nunca dobrarei o joelho ou me curvarei a Satanás!

Eles me interrogaram sem parar por horas até cerca da meia-noite, mas o chefe da Seção de Religião não conseguiu extrair nada de mim. De repente, ele pareceu se transformar em uma fera devoradora e gritou com raiva para mim: “Diacho, eu deveria bater o ponto às 23:00h. Mas você é uma dor de cabeça tão grande que tive que ficar aqui e, se eu não a fizer sofrer por isso, você não entenderá completamente a situação!” Enquanto ele dizia isso, ele puxou minha mão direita sobre a mesa e pressionou-a firmemente. Então pegou uma vara grossa com cerca de cinco ou seis centímetros de diâmetro e bateu com força no meu pulso. Após o primeiro golpe, as principais veias do meu pulso começaram a inchar e, em seguida, todos os músculos ao redor começaram a inchar também. Eu gritei de dor e tentei puxar minha mão para trás, mas ele a segurou com força. Enquanto me golpeava, ele gritou: “Isto é por se recusar a escrever! Isto é por se recusar a falar! Vou bater em você com tanta força que você nunca escreverá outra palavra!” Ele continuou batendo no meu pulso por cinco ou seis minutos antes de finalmente parar. Naquela época, minha mão havia inchado como uma toranja e, quando ele me soltou, rapidamente retirei minha mão para atrás das costas. Mas o policial maligno veio por trás, agarrou minhas mãos e começou a espancá-las freneticamente enquanto estavam pendentes no ar e dizia: “Você usa essas mãos para fazer coisas para o seu Deus, certo? Vou quebrá-las, aleijá-las, e veremos como você conseguirá fazer qualquer coisa! Então veremos se aqueles que acreditam em Deus Todo-Poderoso ainda vão te querer!” Ouvi-lo dizer isso me deixou cheia de ódio por essa gangue de policiais malignos. Eles se comportam de maneira tão perversa e agem contrariamente ao Céu; eles apenas permitem que as pessoas sejam escravas do governo do PCC e trabalhem até o osso para ele, mas não permitem que as pessoas acreditem em Deus ou adorem o Criador. Em uma tentativa de me forçar a trair a Deus, esse policial não teve nenhum receio em me atormentar com tortura cruel — eles são realmente uma horda de bestas e demônios em forma humana e são muito perversos e reacionários! O policial me bateu três vezes daquela maneira; minhas mãos e braços foram espancados até ficarem pretos, e roxos e meus pulsos e as costas de minhas mãos estavam tão inchados que pareciam prestes a explodir — a dor era insuportável. No momento em que eu sofria de extrema dor, alguns versos de um hino das palavras de Deus vieram à mente: “Assim, durante estes últimos dias, vocês devem dar testemunho de Deus. Não importa quão grande seja o sofrimento de vocês, devem caminhar até o fim e até mesmo até seu último suspiro, ainda assim vocês devem ser fieis a Deus e ficar à mercê de Deus; só isso é realmente amar a Deus e apenas isso é o testemunho forte e retumbante(Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Busque amar a Deus, não importa quão grande seja seu sofrimento”). As palavras de Deus animaram meu coração e pensei: “Isso mesmo. Deus trabalha incansavelmente dia e noite para nos salvar. Ele cuida de nós e fica conosco sempre e mostra amor e misericórdia sem limites por nós. Agora, quando Satanás está tentando me coagir a trair a Deus e entregar meus irmãos e irmãs, Deus espera fervorosamente que eu dê testemunho firme e retumbante Dele. Como eu poderia decepcioná-Lo ou machucá-Lo?” Pensando nisso, eu segurei minhas lágrimas e disse a mim mesma que era forte, não fraca ou covarde. O governo do PCC não estava me perseguindo e me prejudicando tão cruelmente porque me odiava pessoalmente, mas por causa de sua essência que resiste a Deus e que odeia Deus. Seu objetivo ao me tratar dessa maneira era me fazer trair e rejeitar a Deus e fazer com que eu aceite seu controle e minha escravização para sempre. No entanto, eu sabia que nunca poderia ceder a isso, mas tinha de ficar firme ao lado de Deus e envergonhar Satanás. Eu cantei esse hino repetidamente em minha mente e senti meu espírito gradativamente se fortalecer. Após me espancar, aquele policial perverso ordenou que vários policiais me vigiassem, e eles acabaram me mantendo acordada a noite toda. Quando eu começava a fechar os olhos, eles gritavam comigo ou me davam um chute. Mas motivada pelo amor de Deus como eu era, não cedi a eles.

No dia seguinte, o chefe da Seção de Religião veio me interrogar novamente. Vendo que eu ainda não estava falando, ele pegou uma vara e bateu com força nas minhas coxas. Depois de várias pancadas, minhas pernas começaram a inchar a ponto de eu sentir minhas calças apertando em volta das minhas pernas inchadas. Outro policial maligno ficou de um lado me provocando, dizendo: “Se o Deus em que você acredita é tão grande, por que Ele não vem ajudá-la agora que estamos torturando você?” Ele também disse várias outras coisas que caluniam e blasfemam contra Deus. Eu estava sofrendo e zangada e, em meu coração, respondi às suas blasfêmias pensando: “Vocês, legião de demônios, Deus lhes dará a retribuição de acordo com suas más ações! Agora é a hora em que Deus os expõe e reúne os fatos de suas ações perversas!” Pensei então nestas palavras de Deus: “Milhares de anos de ódio estão concentrados no coração, milênios de pecaminosidade estão gravados no coração — como isso poderia não inspirar aversão? Vingue-Se Deus, elimine completamente Seu inimigo, não permita que ele continue a correr desenfreado, não permita mais que ele cause tantos problemas quanto deseje! Agora é a hora: desde muito o homem tem reunido toda a sua força, tem dedicado todos os seus esforços, tem pago cada preço para isto, para arrancar a face hedionda desse demônio e para permitir que as pessoas, que foram cegadas e suportaram todo tipo de sofrimento e dificuldade, se ergam de sua dor e deem as costas para esse velho diabo maligno(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (8)”). Pelas palavras de Deus, percebi Sua vontade urgente e Seu ardente chamado e entendi que o governo do PCC está condenado a ser destruído por Deus. Embora eu estivesse sendo submetida à cruel perseguição do governo do PCC naquela época, a sabedoria de Deus é exercida com base nos ardilosos planos de Satanás, e Deus estava usando o que estava acontecendo comigo para que eu pudesse ver claramente sua essência demoníaca e para que eu pudesse discernir o bem do mal. Assim, o verdadeiro amor e o verdadeiro ódio puderam surgir dentro de mim; eu seria capaz de abandonar e rejeitar o governo do PCC de uma vez por todas e voltar meu coração para Deus, para que eu pudesse dar testemunho de Deus e envergonhar Satanás. Depois de entender a vontade de Deus, um tremendo sentimento de força surgiu dentro de mim e resolvi jurar lealdade a Deus e abandonar Satanás. Embora eu estivesse constantemente sendo submetida a tortura cruel e embora meu corpo inteiro estivesse sem energia e minhas pernas estivessem doendo de modo insuportável, confiando na força que Deus me deu, eu ainda me sentia capaz de não dizer nada (depois descobri que minhas pernas tinham sido espancadas até ficarem pretas e roxas, e ainda hoje um dos músculos da minha perna direita permanece atrofiado). Por fim, o chefe da Seção de Religião não pôde fazer nada além de sair exasperado.

No terceiro dia, os policiais malignos me interrogaram e me espancaram mais uma vez, parando apenas depois de terem praguejado vezes suficientes e estarem cansados de me bater. Depois disso, uma policial se aproximou de mim e, fingindo preocupação, disse: “Já nos foram trazidas aqui algumas pessoas que acreditavam em Deus Todo-Poderoso. Elas não nos disseram nada e foram condenadas a dez anos de prisão. Como ficar quieta ajuda você de alguma maneira a sair disso tudo? Você poderia desperdiçar dez anos inteiros neste lugar e então, quando sair, seu Deus não vai mais querer você e será tarde demais para se arrepender…” Ela disse várias outras coisas para tentar me enganar pela conversa, mas eu continuei orando em silêncio, pedindo a Deus que protegesse meu coração para que eu não fosse vítima dos ardilosos planos de Satanás. Depois de orar, parte de um hino veio à minha mente: “Eu mesmo estou disposto a buscar a Deus e a segui-Lo. Agora, nem se Deus quiser me abandonar, eu ainda O seguirei. Se Ele me quiser ou não, eu ainda O amarei e, no fim, devo ganhá-Lo. Eu ofereço meu coração a Deus e, independentemente do que Ele fizer, eu O seguirei por toda a minha vida. Não importa o que aconteça, preciso amar a Deus e devo ganhá-Lo; não descansarei até que O tenha ganhado(Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Estou determinado a amar a Deus”). “Sim”, pensei. “Agora acredito em Deus e sigo a Deus, porque é o que quero fazer. Não importa se Deus me quer ou não — mesmo assim, seguirei a Deus até o fim!” As palavras de Deus trouxeram clareza à minha mente e percebi que Satanás estava fazendo todo o possível para semear discórdia entre mim e Deus, para que eu ficasse desanimada, negasse a Deus e finalmente traísse a Deus como Judas. Nesse momento, a única maneira de derrotar Satanás e me tornar testemunha da vitória de Deus sobre Satanás era manter a fé Nele e permanecer leal a Ele. “Se eu for enviada para a prisão ou não e seja qual for o meu fim, tudo está nas mãos de Deus”, pensei comigo mesma. “Como quer que Deus decida arranjar e orquestrar minha vida, não tenho nada a dizer sobre esse assunto e confio profundamente que tudo que Deus faz é para me salvar. Embora eu possa ter de passar sem o conforto da carne na prisão, o que eu ganho é satisfação espiritual. Além disso, ir para a prisão em nome de Deus seria minha honra, enquanto que, se eu traísse a Deus por desejar conforto físico, perderia toda a dignidade e integridade e minha consciência nunca mais teria paz”. Por essa razão, eu decidi silenciosamente: mesmo que eu seja enviada para a prisão, continuarei leal a Deus até o fim; dedico meu verdadeiro amor a Deus para que Satanás seja humilhado e derrotado de uma vez por todas! A polícia perversa tentou fazer o jogo de policial bom, policial mau e me sujeitou a torturas cruéis por três dias e três noites, mas não obteve pistas de mim. Sem mais opções, tudo o que podia fazer era me levar, machucada e ferida como eu estava, e me trancar na casa de detenção. Enquanto me trancavam, um dos policiais disse maliciosamente: “Vamos deixar você recuperar o fôlego e depois a interrogaremos novamente!”

Cinco dias depois, a polícia maligna veio me interrogar mais uma vez, só que dessa vez eles se revezaram para me desgastar. Eles ordenaram que eu me sentasse em uma cadeira fria de metal e depois algemaram minha mão direita nela. Eles fixaram uma barra de metal na frente do meu peito para me impedir de me mover, e meus pés pendiam acima do chão. Eles fizeram isso para que eu não conseguisse mover um músculo e, em pouco tempo, minhas mãos e meus pés ficaram dormentes. A polícia perversa me disse: “Toda pessoa acorrentada a esta cadeira acaba nos dizendo tudo o que sabe. Se você não falar em um dia, ficará presa por dois dias. Se você não começar a falar em dois dias, serão três dias. Eu não estou pedindo muito de você. Eu só quero que você me diga quem são os líderes da sua igreja”. Graças a Deus por me dar força, pois o tempo todo eu me apeguei apenas a um pensamento: nunca entregarei ninguém! Eles me interrogaram repetidamente, não me deram nada para comer nem para beber e não me deixaram usar o banheiro. Naquela noite, para me impedir de adormecer, eles me mantiveram algemada à cadeira por uma mão, mas me fizeram ficar de pé ao lado dela enquanto continuavam a me interrogar. Eu estava exausta e com fome, e meu corpo inteiro ficou dormente. Eu simplesmente não conseguia ficar em pé sozinha e só conseguia me manter em pé encostada na cadeira. Mas, no instante em que eu ia me apoiar na cadeira ou pensava em adormecer, um policial balançava uma longa vara de bambu na frente do meu rosto e me batia com ela, e eles não me deixaram fechar os olhos uma vez sequer a noite toda. Isso durou dois dias e fiquei tão fraca que todo o meu corpo ficou mole e fraco. Eu não tinha ideia de quanto tempo eles continuariam me fazer passar por isso; eu tinha medo de não aguentar, trair a Deus e me tornar um Judas, e então clamei a Deus repetidamente: “Ó Deus! Minha carne é tão fraca e minha estatura é tão pequena. Por favor, impede que eu me torne um Judas”. No momento em que eu estava clamando urgentemente a Deus, um dos policiais perversos pegou um livro das palavras de Deus e leu: “Para com aqueles que não Me ofereceram sequer um pingo de lealdade durante tempos de adversidade, Eu não terei mais misericórdia, pois Minha misericórdia vai só até esse ponto. Não tenho apreço algum, além disso, por quem quer que já tenha Me traído, muito menos gosto de Me associar com quem trai os interesses de seus amigos. Esse é Meu caráter, seja quem for a pessoa. Eu devo lhes dizer isto: qualquer um que partir Meu coração não receberá clemência de Mim pela segunda vez, e qualquer um que tiver sido fiel a Mim ficará para sempre no Meu coração(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Prepare boas ações suficientes para o seu destino”). A luz encheu meu coração — Deus não estava me mostrando o caminho? Vi que Deus realmente estava cheio de expectativa e preocupação por mim e, para me manter firme, ele usou esse policial maligno aqui neste ninho de demônios para ler as palavras de Deus para mim. Por essa via, Deus estava claramente me dizendo que Ele ama e abençoa aqueles que permanecem leais a Ele em meio à adversidade, e que Ele odeia e rejeita aqueles que são fracos o suficiente para traí-Lo. Como eu poderia deixar de corresponder às expectativas de Deus em vista do Seu amor e da Sua misericórdia? Quando terminou de ler, o policial maligno perguntou: “É isso que seu Deus quer que você faça? Ou seja, que fique calada?” Eu não respondi e, surpreendentemente, o policial pensou que eu não o tinha ouvido; então ele leu a passagem várias vezes e me fez a mesma pergunta repetidamente. Vi como Deus é sábio e todo-poderoso: quanto mais o policial maligno lia as palavras de Deus, mais cada palavra ficava gravada em meu coração e, da mesma forma, mais forte minha fé ficava. Eu resolvi que, por mais que esses demônios tentassem extrair uma confissão de mim, eu nunca me tornaria um Judas!

No terceiro dia, a polícia maligna me fez subir e descer as escadas, passando de uma sala de interrogatório para outra, a fim de consumir toda a energia que me restava. Esse tormento continuou até meu corpo ficar completamente exausto e minhas pernas tremerem e ficar incrivelmente difícil levantá-las para subir as escadas. Por causa da fé e força que as palavras de Deus me deram, no entanto, ainda me recusei a abrir a boca. Eles me interrogaram até o anoitecer, mas ainda não tinham nada para mostrar, e então me ameaçaram, dizendo: “Mesmo que você não diga uma palavra, ainda podemos condená-la. Vamos dar um jeito em você!” Ouvi-los dizer isso despertou algum medo em mim e pensei: “De que outra forma eles podem me torturar? Estou completamente exausta e não posso continuar por muito mais tempo…” Então clamei a Deus, dizendo: “Ó Deus! Por favor, me ajuda. Tenho muito medo de não aguentar mais. Por favor, protege-me e guia-me para que eu saiba como cooperar Contigo”. Eu senti a força aumentar dentro de mim depois dessa oração e não senti mais tanta dor. E, assim, no meu momento mais doloroso e difícil, através da oração contínua, Deus me concedeu fé e força para continuar.

No início da manhã do quarto dia, vendo que três dias seguidos de interrogatório não tinham dado nenhum resultado, a polícia maligna tirou minhas algemas e me jogou no chão com raiva. Então mandaram que eu me ajoelhasse e não me levantasse. Aproveitando o fato de já estar de joelhos, comecei uma oração silenciosa a Deus: “Ó Deus! Eu sei que Tua proteção me permitiu superar esses últimos dias de tortura, interrogatório e tentativas de extrair uma confissão e não tenho palavras para agradecer por Teu amor e Tua misericórdia. Ó Deus! Embora eu não tenha ideia de como a polícia maligna me torturará a seguir, não importa o que aconteça, eu nunca Te trairei, nem jamais entregarei meus irmãos e minhas irmãs. Peço que Tu continues me concedendo fé e força e me mantenhas firme”. Quando terminei minha oração, senti uma grande onda de força crescer dentro de mim e fiquei muito consciente de que estava sendo mantida no amor de Deus. Não importava como aqueles demônios me atormentassem, eu sabia que Deus me guiaria para superar tudo. Depois de algum tempo, a polícia perversa talvez tenha adivinhado que eu estava orando a Deus e, resmungando de raiva, gritou e berrou xingamentos contra mim. Um deles pegou um jornal, enrolou-o em uma espécie de cone e brutalmente bateu contra minha têmpora. Tudo ficou preto, e eu caí no chão inconsciente. Eles jogaram água gelada em cima de mim para me acordar e, através da névoa que toldava a minha mente, ouvi um dos policiais malignos me ameaçando. “Se você não nos contar tudo o que sabe, vou bater em você até você morrer ou até você ficar aleijada! Ninguém nunca saberá se eu te espancar até a morte e nenhum de seus irmãos ou suas irmãs se atreveria vir aqui”. Eu também ouvi outro dizer: “Esqueça. Se você continuar batendo nela assim, ela realmente morrerá. Ela é um caso perdido. Não conseguiremos nada com ela”. Eu não pude deixar de suspirar aliviada quando ouvi isso, pois sabia que era Deus mostrando entendimento pela minha fraqueza e que Ele mais uma vez havia aberto uma saída para mim. No entanto, a polícia maligna ainda não estava disposta a admitir a derrota e assim trouxeram minha irmã mais nova e meu filho, que não eram crentes em Deus, para tentar me convencer a falar. Quando minha irmã viu meus olhos roxos e minhas mãos inchadas e machucadas, ela não só não tentou fazer com que eu falasse o que a polícia queria, mas também chorou e disse: “Li, acredito que você é incapaz de fazer qualquer coisa ruim. Permaneça forte”. Vendo minha irmã me encorajando, o policial virou-se para meu filho e disse: “É melhor conversar com sua mãe e fazê-la cooperar conosco, e então ela pode ir para casa e cuidar de você”. Meu filho olhou para mim e não respondeu ao policial. Quando ele estava prestes a sair, caminhou até mim e disse de repente: “Mãe, não se preocupe comigo. Você se cuida e eu cuido de mim”. Vendo como meu filho era maduro e sensível, fiquei indescritivelmente comovida, e apenas acenei vigorosamente com a cabeça e chorei enquanto eles escoltavam ele e minha irmã para fora da sala. Esse evento me permitiu experimentar o amor e o cuidado de Deus por mim mais uma vez. Deus estava demonstrando compreensão pela minha fraqueza, pois, nos últimos dias, a pessoa com quem mais me preocupei foi meu filho. Eu tinha medo de que, sem mim lá, ele não fosse capaz de se virar sozinho. O que me preocupava ainda mais era que, sendo tão jovem, quando chegasse à delegacia para me ver, ele passaria por uma lavagem cerebral para me odiar por acreditar em Deus. Para minha surpresa, no entanto, ele não só não foi envolvido pelas conversas caluniosas e venenosas da polícia maligna, mas, em vez disso, ele me confortou. Vi então como Deus é verdadeiramente maravilhoso e onipotente! O coração e o espírito do homem são realmente orquestrados por Deus. Depois que meu filho e minha irmã foram embora, a polícia maligna me ameaçou mais uma vez, dizendo: “Se você ainda não falar, acredite ou não, nós a torturaremos por mais alguns dias e noites. E mesmo que você não fale, ainda podemos condená-la de três a cinco anos de prisão…” Tendo experimentado muitos feitos de Deus, fiquei cheia de fé Nele e, por isso, eu disse, decidida e determinada: “O pior que pode acontecer é que eu morra nas suas mãos! Você pode torturar minha carne, mas nunca poderá influenciar meu coração. Mesmo que meu corpo morra, Deus ainda terá minha alma”. Vendo que eu permanecia inflexível, nada restou à polícia perversa senão terminar o interrogatório e me levar de volta à minha cela. Testemunhar a triste figura feita por Satanás em sua derrota total me trouxe uma alegria sem igual e eu realmente entendi que apenas Deus é o Soberano de todas as coisas e que nossas vidas e mortes estão inteiramente em Suas mãos. Embora eu não recebesse comida ou água por dias e meu corpo estivesse devastado, o amor de Deus estava comigo sempre. Suas palavras eram uma fonte constante de fé e força, permitindo-me derrotar tenazmente as tentativas de Satanás de extrair uma confissão de mim pela polícia, revezando-se para me desgastar. Isso me permitiu apreciar verdadeiramente como a força vital de Deus é grande e transcendente — a força que Deus nos dá é inesgotável e não está sujeita às limitações da carne.

Vários dias depois, o governo do PCC inventou a acusação de perturbação da ordem pública e, depois de me condenar a três anos de reeducação pelo trabalho, a polícia me levou a um campo de trabalho. Levei uma vida desumana lá, trabalhando sem parar desde o amanhecer até o anoitecer. Como minhas mãos haviam sido mutiladas por todos aqueles espancamentos, os músculos das costas das minhas mãos ficaram tão tensos nos primeiros seis meses da minha sentença que nem tive forças para lavar minhas roupas. Sempre que chovia, meus braços doíam e inchavam porque meu sangue não conseguia circular adequadamente pelos vasos sanguíneos. Apesar disso, os guardas da prisão me forçaram a exceder minha quota diária todos os dias, caso contrário, minha sentença seria aumentada. Além disso, eles impuseram um horário muito rigoroso para nós que acreditávamos em Deus; sempre tinha alguém nos observando enquanto tomávamos nossas refeições, enquanto nos lavávamos e até quando íamos ao banheiro… A dor no meu corpo, sobrecarregado com o trabalho, além do tormento psicológico, tudo me fez sofrer de forma indescritível. Senti que três anos naquele lugar seriam demais para mim e que eu não conseguiria continuar. Em muitas ocasiões, pensei em suicídio como uma maneira de acabar com meu sofrimento. Com muita dor, fiz uma oração a Deus: “Ó Deus, Tu sabes como minha carne é fraca. Estou sofrendo muito agora e realmente não aguento mais. Eu quero mesmo morrer. Por favor, me ilumina e me guia, me dá força de vontade e a fé que preciso para continuar…” Deus mostrou bondade comigo, pois me fez pensar em um hino das palavras de Deus: “Deus Se tornou carne desta vez para fazer tal obra, para concluir a obra que Ele ainda há de terminar, para levar esta era ao fim, para julgar esta era, para salvar os pecadores mais profundos do mundo do mar de aflição e os transformar completamente. Muitas são as noites de insônia que Deus suporta em prol da obra da humanidade. Das alturas às mais baixas profundezas, Ele desceu ao inferno vivo no qual o homem vive para passar Seus dias com o homem, e Ele nunca Se queixou da mesquinharia entre os homens, nunca censurou o homem por sua desobediência, mas resiste à maior humilhação quando realiza pessoalmente Sua obra. […] Para que toda a humanidade possa encontrar descanso mais cedo, Ele suportou a humilhação e sofreu injustiça para vir à terra e entrou pessoalmente no ‘inferno’ e no ‘Hades’, na cova do tigre, para salvar o homem(Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Cada estágio da obra de Deus é para a vida do homem”). Ao contemplar essas palavras, meu coração foi inspirado e renovado pelo amor de Deus. Pensei em como, para salvar a humanidade, que é tão profundamente corrupta, Deus Se tornou carne e desceu dos lugares mais altos aos lugares mais baixos, correndo um grande risco ao vir à China — o covil do diabo — para realizar Sua obra. Ele sofreu grande humilhação e dor, perseguição e adversidade e, no entanto, Deus está sempre Se despendendo em silêncio, sem queixa e sem arrependimento, pelo bem da humanidade. Deus realiza todo esse trabalho apenas para ganhar um grupo de pessoas que levam em consideração Sua vontade, que voltam seu rosto para a justiça e nunca se rendem e nunca desistem. Eu me encontrava nessa situação porque Deus queria usá-la para fortalecer minha vontade e aperfeiçoar minha fé e minha obediência a Ele; Ele havia permitido que essa situação acontecesse comigo para me fazer entender e entrar na verdade. A pequena quantidade de sofrimento pela qual eu estava sofrendo não é digna de menção quando comparada com a dor e humilhação que Deus sofreu. Se eu não pudesse suportar uma quantidade tão pequena de sofrimento na prisão, não estaria me provando indigna dos esforços ingentes que Deus havia realizado por minha causa? Além disso, a orientação de Deus me permitiu superar todas as torturas cruéis que a polícia maligna reservara para mim quando fui presa. Há muito Deus havia me permitido ver Seus feitos maravilhosos em ação, então eu não deveria ter uma fé ainda mais firme e continuar a dar belo testemunho Dele? Pensando nisso, minha força voltou e eu decidi imitar a Cristo: não importava o quanto a situação fosse dolorosa ou difícil, eu continuaria vivendo obstinadamente. Depois disso, sempre que eu achava que minha vida no campo de trabalho estava ficando demais para mim, eu cantava esse hino e cada vez que fazia isso, as palavras de Deus me davam inesgotável fé e força, e eu me inspirava a prosseguir. Naquela época, várias outras irmãs da igreja também eram mantidas presas no campo de trabalho. Confiando na sabedoria que Deus nos concedeu, sempre que tínhamos a oportunidade, escrevíamos palavras de Deus em notas e as repassávamos umas às outras ou compartilhávamos algumas palavras umas com as outras quando o acaso permitia — nós nos apoiamos e encorajamos mutuamente. Apesar de estarmos todas presas naquele covil de demônios do governo do PCC, trancadas dentro daqueles muros altos e completamente isoladas do mundo exterior, foi justamente por isso que passamos a valorizar cada uma das palavras de Deus muito mais e valorizar ainda mais a inspiração que Deus deu a cada uma de nós, e foi por isso que nossos corações se uniram daquela maneira tão estreita.

No dia 29 de outubro de 2005, minha sentença foi cumprida na íntegra e finalmente fui solta. No entanto, apesar de estar fora da prisão, ainda não conseguia recuperar minha liberdade. A polícia estava sempre enviando pessoas para monitorar meus movimentos e ordenou que eu comparecesse mensalmente na delegacia. Embora eu estivesse em minha própria casa, parecia que eu estava presa dentro de uma prisão invisível e precisava estar constantemente em guarda contra os informantes do PCC. Mesmo estando em casa, ainda precisava ser incrivelmente cuidadosa ao ler as palavras de Deus, com medo de que a polícia viesse a qualquer momento. Além disso, por estar sendo monitorada tão de perto, não tinha como ver meus irmãos e minhas irmãs ou participar da vida da igreja. Isso era doloroso para mim, e cada dia parecia um ano. Acabei não aguentando viver uma vida sob monitoramento e repressão, ser forçada a deixar a igreja e todos os meus irmãos e minhas irmãs; então deixei minha cidade natal e encontrei um emprego em outro lugar. Finalmente pude retomar o contato com a igreja e voltei a participar da vida da igreja.

Depois de experimentar a perseguição pelas mãos do governo do PCC, vi completa e claramente sua essência demoníaca e hipócrita que engana o público, a fim de ganhar elogios para si mesmo e tive certeza de que não passa de uma gangue de demônios que blasfema contra o Céu e se opõe a Deus. O governo do PCC é realmente a personificação de Satanás, a encarnação do próprio diabo; meu ódio contra ele é profundo e juro continuar sendo seu inimigo mortal. Durante toda essa adversidade, também apreciei de verdade a onipotência e a soberania de Deus e Seus feitos maravilhosos, experimentei a autoridade e o poder das palavras de Deus e realmente senti o amor de Deus e Sua grande salvação: quando estive em perigo, foi Deus quem esteve sempre ao meu lado, esclarecendo-me e iluminando-me através de Suas palavras, concedendo-me fé e força, guiando-me para superar uma tortura cruel após outra e me conduzindo por três longos e escuros anos em cativeiro. Confrontada com a vasta salvação de Deus, a gratidão toma conta de mim, minha fé é redobrada e decidi isto: não importa quão grandes sejam as dificuldades que devo enfrentar no futuro, sempre confiarei na orientação e liderança das palavras de Deus para repelir todas as influências das trevas e seguirei firmemente a Deus até o fim!

Notas de rodapé:

a. O texto original diz: “é um símbolo de ser incapaz de ser”.

b. O texto original diz: “como também um símbolo de ser incapaz de ser ofendido (e de não tolerar ser ofendido)”.

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