Por que não consegui enfrentar as dificuldades em meu dever
Em novembro de 2021, fui eleita líder de igreja. No início, pensei que desempenhar esse dever me permitiria praticar usar a verdade para resolver problemas, o que aceleraria meu crescimento na vida. Embora houvesse muita coisa que me faltava, eu estava disposta a aceitar e obedecer. Após um período de treinamento real, percebi que os líderes de igreja estavam encarregados de muitas tarefas. Não somente os líderes tinham que cuidar da vida de igreja, bem como do trabalho de rega e evangelístico, como também estavam envolvidos em tarefas como trabalho de texto e a limpeza da igreja. Durante a primeira semana, quase todos os dias eu me comunicava e resolvia os estados dos irmãos em vários locais de reunião enquanto arranjava e implementava todas as tarefas. Eu estava com trabalho até o pescoço. À noite, quando voltava para casa, ainda tinha que lidar com algumas cartas, e achava essa tarefa muito cansativa. Quando eu teria um descanso? Eu não estava apenas fisicamente exausta, mas também havia todos os tipos de dificuldades e problemas no trabalho, e eu tinha que suportar esse estresse no trabalho. Na época, a irmã com quem eu trabalhava estava envolvida em assuntos familiares, portanto, havia muito trabalho com o qual ela não podia me ajudar. Muitas vezes eu não conseguia cuidar de tudo sozinha, e, aos poucos, todos os divulgadores evangelísticos, regadores e irmãos encarregados do trabalho de texto disseram que raramente viam os líderes e não conseguiam se comunicar sobre o trabalho. Todos estavam insatisfeitos comigo. Pensei em todas as minhas tarefas diversas que eu tinha que fazer; tudo exigia muito tempo e energia. Por isso, eu sentia muita inveja dos irmãos que realizavam uma única tarefa e que não precisavam se exaurir e se preocupar tanto quanto eu. Pensando nisso, fiquei menos proativa no meu dever do que havia sido no início, e, às vezes, quando os líderes de nível superior pediam um relato da implementação do trabalho, eu não respondia proativamente.
Um dia, o líder de nível superior me enviou uma carta dizendo que precisava de um técnico para determinada tarefa, alguém com conhecimentos básicos de informática e julgamento estético. Por dentro, eu estava ansiosa para entrar em ação e pensei comigo: “Já fiz vídeos antes e tenho alguns conhecimentos de informática. Além disso, executar uma única tarefa me permitiria focar em uma profissão. Eu poderia aprender coisas novas, e isso não seria tão cansativo ou preocupante quanto ser líder”. Então, pensei em escrever aos líderes de nível superior e dizer a eles que meu calibre e minha capacidade de trabalho eram pobres, e que eu não estava apta a desempenhar deveres de liderança. Nessa época, eu sabia que o meu estado não estava bom. Lembrei que, quando tive dificuldades ao fazer vídeos, não paguei um preço adequado e não estudei as habilidades profissionais. Quando vi que havia outro dever sem muitas exigências profissionais, solicitei ao líder que mudasse meu dever. Depois que fui transferida, a nova tarefa não apresentou grandes dificuldades no início, e, quando vi os resultados, fiquei entusiasmada com o meu trabalho. No entanto, ele se tornou mais exigente mais tarde, e comecei a encontrar mais dificuldades. Eu não estava disposta a pagar um preço e superar essas dificuldades, e quis mudar para um dever diferente de novo. No final, fui transferida devido aos resultados fracos no meu dever. Agora que eu estava desempenhando deveres de liderança, como é que eu ainda queria mudar de dever quando enfrentava dificuldades? Esse tipo de estado já afetava o desempenho do meu dever, eu tinha que buscar a verdade para resolvê-lo o quanto antes.
Na manhã seguinte, durante a minha devoção espiritual, eu li uma passagem das palavras de Deus que se alinhava com o meu estado. Deus Todo-Poderoso diz: “Muitas pessoas não entendem a verdade nem a buscam. Como é que elas tratam o desempenho de um dever? Elas o tratam como um tipo de trabalho, um tipo de hobby ou um investimento de seu interesse. Não o tratam como uma missão ou uma tarefa dada por Deus, ou uma responsabilidade que deveriam cumprir. Muito menos buscam entender a verdade ou as intenções de Deus ao desempenhar seus deveres, para que possam desempenhar bem seus deveres e completar a comissão de Deus. Portanto, no processo de desempenhar seus deveres, basta enfrentarem um pouco de dificuldade para que algumas pessoas fiquem relutantes e queiram fugir. Quando se deparam com algumas dificuldades ou enfrentam alguns contratempos, elas recuam e querem fugir novamente. Elas não buscam a verdade; só pensam em fugir. Como as tartarugas, se algo dá errado, elas simplesmente se escondem em sua carapaça e esperam até que o problema passe para sair novamente. Existem muitas pessoas assim. Em particular, existem algumas pessoas que, quando solicitadas a assumir a responsabilidade por determinado trabalho, não consideram como podem oferecer sua lealdade ou como desempenhar bem esse dever e realizar bem esse trabalho. Em vez disso, elas pensam em como se esquivar da responsabilidade, como evitar ser podadas, como evitar assumir qualquer responsabilidade e como sair ilesas quando ocorrerem problemas ou erros. Elas consideram primeiro a própria rota de fuga e como satisfazer as próprias preferências e interesses, e não como desempenhar bem os deveres e oferecer sua lealdade. Pessoas como essas podem ganhar a verdade? Elas não se esforçam em relação à verdade e não a colocam em prática quando se trata de desempenhar os deveres. Para elas, a grama do vizinho é sempre mais verde. Hoje, querem fazer isto, amanhã querem fazer aquilo, e acham que os deveres de todos os outros são melhores e mais fáceis do que os delas. E, no entanto, não se esforçam em relação à verdade. Não pensam nos problemas que existem com suas ideias e não buscam a verdade para resolver os problemas. Sua mente está sempre concentrada em quando os próprios sonhos serão realizados, quem está sob os holofotes, quem está recebendo reconhecimento do alto, quem faz o trabalho sem ser podado e é promovido. Sua mente está cheia dessas coisas. Será que as pessoas que estão sempre pensando nessas coisas conseguem desempenhar adequadamente seus deveres? Elas nunca conseguem fazer isso. Então, que tipo de pessoa desempenha o dever dessa maneira? São pessoas que buscam a verdade? Em primeiro lugar, uma coisa é certa: pessoas como essas não buscam a verdade. Elas buscam desfrutar de algumas bênçãos, ficar famosas e ser o centro das atenções na casa de Deus, exatamente como faziam quando estavam vivendo na sociedade. Em termos de essência, que tipo de pessoas são essas? Elas são descrentes” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Ao ler as palavras de Deus, fiquei comovida. O que Deus expunha era exatamente meu estado. Assim que encontrava dificuldades ao desempenhar meu dever, eu queria recuar e evitá-las, sempre esperando poder mudar para um dever mais fácil. No passado, quando eu encontrava dificuldades ao produzir vídeos, eu não confiava em Deus para estudar habilidades técnicas e superá-las. Em vez disso, eu recuava diante das dificuldades, achando que esse dever era muito exigente, que exigia muito tempo e energia para estudar habilidades profissionais. Eu estaria melhor desempenhando um dever com menos exigências profissionais ou técnicas; dessa forma, eu não teria que sofrer nem me esgotar tanto. Por uma questão de conforto carnal, me inscrevi em outro dever. No entanto, quando tive dificuldades no dever novo, também não quis sofrer nem pagar um preço, e pensei de novo em mudar meu dever. Como não busquei a verdade para resolver esse estado, continuei reagindo às dificuldades da mesma forma, achando que esse dever era difícil demais e querendo escolher um mais fácil. Eu vi que Deus expôs que pessoas assim não buscam a verdade e nunca se esforçam, não oram a Deus nem buscam a verdade para resolver as dificuldades. Elas nunca levaram a sério nenhum de seus deveres, apenas os usam como um meio de evitar o desfecho da morte. Deus diz que essas pessoas são descrentes. Ao ver a palavra “descrentes”, eu me senti angustiada e humilhada, e pensei: “A igreja me cultivou por tanto tempo, mas tenho medo de sofrer no meu dever e recuo diante das dificuldades. Não levei a cabo nenhum dos meus deveres e não produzi nenhum resultado real. Estou realmente muito em dívida com Deus! Se eu continuar a não desempenhar meu dever com os pés no chão e não levar a verdade a sério ou não investir nenhum esforço nela, serei revelada e eliminada no fim”. Na realidade, ao me cultivar como líder, a igreja estava me dando uma chance de ser treinada. Embora eu encontre muitos problemas e dificuldades e o trabalho seja agitado e cansativo, se eu puder orar e buscar a Deus ao enfrentar problemas e dificuldades, ganharei algo e alcançarei algum crescimento na vida. Essa é a exaltação de Deus! Quando entendi isso, eu me dispus a me rebelar contra a minha carne e a buscar mais a verdade quando enfrentasse dificuldades, e fui mais consciente do que antes ao desempenhar meu dever.
Três meses depois, fui eleita líder distrital. Como eu tinha acabado de assumir esse dever, havia muitos problemas que eu não sabia resolver, mas achei que, como tinha acabado de começar o treinamento, não saber o que fazer era normal, então estava disposta a me esforçar. No entanto, depois de dois meses, vi que os resultados do trabalho de rega que eu supervisionava estavam piorando. Meu coração ficou fraco, achei que esse dever era muito difícil e pensei: “Quase nunca perdi uma reunião com os regadores, e sempre perguntei como, exatamente, estava a rega de cada recém-chegado e arranjei que as pessoas dessem apoio aos mais fracos. Por que os resultados não estão melhorando?”. Eu estava muito negativa e também pensei: “Não consigo resolver esses problemas reais; é melhor mudar para um dever de tarefa única. Com um dever de tarefa única, terei apenas que me ater à minha parte do trabalho e não precisarei me preocupar com toda a operação. Dessa forma, não será tão cansativo ou difícil”. Quando esses pensamentos surgiram, comecei a me irritar ao desempenhar meu dever. Quando vi todas as cartas que eu tinha que responder todos os dias, comecei a resmungar e pensei: “Como é possível responder a tantas cartas?”. Eu não estava disposta a investir esforço e a refletir minuciosamente sobre essas cartas, e apenas passei os olhos rapidamente em algumas delas, outras eu descartava como complicadas demais e as deixava de lado, sem dar atenção a elas. Na época, não descobri nem revisei os problemas e desvios no trabalho de rega em tempo hábil, o que atrasou o trabalho. Um dia, os líderes de nível superior me enviaram uma carta, dizendo que havia muitos problemas com o trabalho que estávamos supervisionando e que o trabalho não estava produzindo resultados. Resisti a isso, no meu coração, e pensei: “Por que há tantos problemas no trabalho? Por que nunca consigo resolvê-los? Além disso, tenho que ser podada quando cometo erros. Não consigo fazer esse trabalho!”. Percebi que o meu estado estava incorreto e orei a Deus: “Deus, assim que encontro dificuldades, começo a ficar estressada, um sentimento de resistência surge dentro de mim, e não quero continuar desempenhando meu dever. Deus, por favor, guia-me a buscar a verdade e resolver esse problema”.
Durante a busca, lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus. Assim, eu o procurei para ler. Deus Todo-Poderoso diz: “Quando as pessoas precisam implementar um trabalho específico que Cristo comunicou e assumir projetos específicos, elas podem encontrar dificuldades. Gritar chavões e pregar doutrinas é fácil, mas a implementação concreta não é tão simples. No mínimo, as pessoas precisam se esforçar, pagar um preço e dedicar tempo para de fato realizar essas tarefas. Isso envolve, por um lado, encontrar pessoas adequadas e, por outro, estudar a profissão envolvida, pesquisar o conhecimento comum e as teorias relacionadas a vários aspectos profissionais, e os métodos e abordagens específicos de operação. Além disso, as pessoas podem se deparar com alguns problemas desafiadores. Geralmente, as pessoas normais se sentem um pouco intimidadas ao ficar sabendo dessas dificuldades e sentem certa pressão, mas aqueles que são leais e submissos a Deus, quando enfrentam dificuldades e se sentem pressionados, oram silenciosamente no coração, pedindo que Deus os oriente, aumente sua fé, os esclareça e ajude, e pedem também proteção contra cometer erros, para que possam cumprir sua lealdade e se esforçar ao máximo para alcançar consciência limpa. Entretanto, pessoas como os anticristos não são assim. Quando ouvem Cristo falando sobre arranjos específicos no trabalho que eles precisam implementar e que o trabalho tem algumas dificuldades, eles começam a resistir internamente e não se dispõem a prosseguir. Como é essa falta de vontade? Eles dizem: ‘Por que as coisas boas nunca acontecem comigo? Por que sempre recebo problemas e demandas? Sou considerado ocioso ou um escravo que precisa receber ordens? Não sou tão fácil de manipular! Tu dizes isso tão levianamente, por que não tentas fazer isso tu mesmo?’. Isso é submissão? Essa é uma atitude de aceitação? O que eles estão fazendo? (Resistindo, se opondo.) […] Será que, quando enfrentam dificuldades, precisam passar por adversidade física e não podem mais viver com conforto, eles ficam resistentes? Isso é submissão incondicional, sem reclamações? Eles ficam relutantes diante da menor dificuldade. A qualquer coisa que não queiram fazer, qualquer trabalho que considerem difícil, indesejável, humilhante ou menosprezado pelos outros, eles resistem ferozmente, fazem objeções e se recusam, não demonstrando o mínimo de submissão. A primeira reação dos anticristos quando se deparam com as palavras e as ordens de Cristo ou com os princípios que Ele comunica — assim que isso lhes causa dificuldades ou exige que sofram ou paguem um preço — é resistência e recusa, eles sentem repulsa no coração. Entretanto, quando se trata de coisas que estão dispostos a fazer ou que os beneficiam, sua atitude não é a mesma. Os anticristos desejam desfrutar de conforto e se destacar, mas será que ficam satisfeitos e dispostos a aceitar quando enfrentam o sofrimento da carne, a necessidade de pagar um preço ou até mesmo o risco de ofender outras pessoas? Será que, então, eles conseguem alcançar submissão absoluta? Nem um pouco; sua atitude é de total desobediência e recalcitrância. Quando pessoas como os anticristos são confrontadas com coisas que não querem fazer, coisas que não estão alinhadas com suas preferências, gostos ou interesses próprios, sua atitude em relação às palavras de Cristo se transforma em recusa e resistência absolutas, sem nenhum traço de submissão” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item dez: Eles desprezam a verdade, violam descaradamente os princípios e ignoram os arranjos da casa de Deus (parte 4)”). Por meio da exposição das palavras de Deus, percebi que todos passam por dificuldades e estresse ao desempenhar seus deveres, que aqueles que buscam a verdade são capazes de aceitar isso de Deus e, em meio às dificuldades, são capazes de orar a Deus, buscar a verdade para resolver os problemas e desempenhar bem seus deveres. Mas os anticristos cobiçam os confortos da carne e se satisfazem desempenhando deveres fáceis que lhes dão destaque. Quando se deparam com deveres que são desafiadores e exigem sofrimento carnal e esforço, eles não só não resolvem as dificuldades, como também resistem e se opõem. Eu vi que o meu comportamento era igual ao dos anticristos. Eu só queria cobiçar os confortos da carne e não estava disposta a pagar um preço no dever. Quando o trabalho de rega sob a minha responsabilidade não produziu resultados e eu me deparei com dificuldades, achei que desempenhar esse dever era difícil e quis mudar para outro dever para que a minha carne pudesse relaxar um pouco. Quando vi que precisava responder muitas cartas todos os dias, resisti e resmunguei, simplesmente deixei as cartas de lado e não dei atenção a elas. Consequentemente, os desvios no trabalho não foram prontamente revertidos nem resolvidos, o que afetou os resultados do trabalho de rega. Nos deveres de liderança, a minha tarefa principal era supervisionar o trabalho de rega e fazer com que mais recém-chegados fincassem raízes no caminho verdadeiro. No entanto, eu negligenciei esse trabalho e não lhe dei muita bola, não me esforcei para resolver os problemas existentes e acabei fazendo o trabalho ficar paralisado. Desempenhando o dever dessa maneira, eu realmente não era digna da confiança de ninguém; eu não tinha humanidade alguma!
Mais tarde, refleti: “Por que sempre escolho trabalhos fáceis e me esquivo dos difíceis no meu dever, recuo diante das dificuldades e cedo diante de adversidade?”. Li as palavras de Deus: “Ao desempenhar um dever, as pessoas sempre escolhem o trabalho leve, trabalho que não cansa e que não envolve o enfrentamento dos elementos ao ar livre. Isso é escolher os trabalhos fáceis e evitar os difíceis, é uma manifestação de cobiçar os confortos da carne. Que mais? (Sempre queixar-se quando o seu dever é um pouco duro, um pouco cansativo, quando envolve pagar um preço.) (Preocupar-se com comida e roupas e os prazeres da carne.) Tudo isso são manifestações de cobiçar os confortos da carne. Quando tal pessoa vê que uma tarefa é trabalhosa ou arriscada demais, ela a empurra para outra pessoa; ela mesma só faz trabalho folgado, e inventa desculpas, dizendo que ela é de calibre baixo, que carece da capacidade de trabalho e não pode assumir essa tarefa — quando, na verdade, é porque ela cobiça os confortos da carne. […] Há também os casos em que as pessoas sempre se queixam de dificuldades no desempenho de seus deveres, quando não querem se esforçar, quando, assim que têm um pouco de tempo livre, descansam, conversam ociosamente ou participam de atividades de lazer e entretenimento. E quando o trabalho se intensifica e isso interrompe o ritmo e a rotina de sua vida, elas ficam infelizes e insatisfeitas com isso. Elas resmungam e reclamam e se tornam perfunctórias no desempenho dos deveres. Isso é cobiçar os confortos da carne, ou não é? […] Pessoas que se refestelam nos confortos da carne são adequadas para desempenhar um dever? Assim que alguém menciona o tema do desempenho do dever ou fala sobre pagar um preço e sofrer adversidades, elas continuam balançando a cabeça. Elas têm muitos problemas, estão cheias de reclamações e estão cheias de negatividade. Tais pessoas são inúteis, não estão qualificadas para desempenhar seu dever e deveriam ser eliminadas” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (2)”). “Hoje, você não crê nas palavras que digo e não presta atenção nelas; quando chegar o dia de difundir essa obra e você perceber a totalidade dela, você se lamentará e, naquele tempo, você ficará perplexo. Há bênçãos, mas você não sabe como desfrutá-las, e há a verdade, mas você não a busca. Acaso você não está trazendo desprezo sobre si mesmo? Hoje, embora o próximo passo da obra de Deus ainda esteja por começar, nada há de adicional no que se refere às demandas feitas a você e ao que se espera que você viva. Há tanta obra e tantas verdades; elas não são dignas de serem conhecidas por você? O castigo e o julgamento de Deus são incapazes de despertar seu espírito? O castigo e o julgamento de Deus são incapazes de fazer com que você se odeie? Você se contenta com viver sob a influência de Satanás, em paz e alegria e com um pouco de conforto carnal? Será que você não é a mais baixa de todas as pessoas? Ninguém é mais tolo do que aquelas que contemplaram a salvação, mas não buscam ganhá-la; são pessoas que se empanturram com a carne e se deliciam com Satanás. Você espera que sua fé em Deus não envolva quaisquer desafios ou tribulações nem a menor dificuldade. Você sempre busca coisas sem valor e não dá valor à vida; em vez disso, coloca seus pensamentos extravagantes acima da verdade. Você é tão inútil! Você vive como um porco — que diferença há entre você, porcos e cães? Os que não buscam a verdade e, em vez disso, amam a carne não são todos bestas? Os mortos sem espírito não são todos cadáveres ambulantes? Quantas palavras foram ditas no meio de vocês? Apenas uma pequena obra foi feita no meio de vocês? Quantas coisas Eu providenciei entre vocês? Então, por que você não as ganhou? Do que você pode se queixar? Não é o caso que você não ganhou nada porque está amando demais a carne? […] Um covarde como você que sempre busca a carne — você tem um coração, tem um espírito? Você não é uma besta? Eu lhe dou o caminho verdadeiro sem pedir nada em troca, mas você não busca. Você é mesmo alguém que crê em Deus? Eu lhe concedo vida humana real, mas você não busca. Você não é nada diferente de um porco ou de um cão? Porcos não buscam a vida do homem, não buscam ser purificados e não entendem o que é vida. Todo dia, depois de comer sua porção, eles simplesmente dormem. Dei a você o caminho verdadeiro, mas você não o ganhou: você está de mãos vazias. Você está disposto a continuar nessa vida, na vida de um porco? Qual é o significado de tais pessoas estarem vivas? Sua vida é desprezível e ignóbil, você vive no meio da imundície e licenciosidade e não busca nenhum objetivo; acaso sua vida não é a mais ignóbil de todas? Você se atreveria a levantar os olhos para Deus? Se você continuar a experimentar desse modo, o que adquirirá além de nada? O caminho verdadeiro foi dado a você, mas ganhá-lo ou não depende, em última análise, da sua busca pessoal” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). Tendo lido as palavras de Deus, eu entendi que, ao desempenhar meu dever, eu recuava diante de dificuldades e cedia diante de adversidades, e a causa principal disso era que eu não estava disposta a sofrer, que eu cobiçava os confortos da carne e que eu não estava disposta a sofrer e a pagar um preço para buscar ganhar a verdade. Por estar buscando com um ponto de vista incorreto, assim que encontrava dificuldades no dever e a minha carne tinha que sofrer, eu me sentia extremamente reprimida e cheia de queixas e até queria me esquivar de meu dever. Lembrei-me dos tempos de estudante, quando via meus colegas de turma estudando muito e tentando entrar em boas universidades e se destacar no futuro, assim que eu pensava no sofrimento do estudo extenuante, eu recuava. Por causa disso, acabei não tendo a mesma instrução elevada que eles. No passado, eu costumava pensar que meus valores de vida eram apenas diferentes dos das outras pessoas, e nunca desejei muito status ou reputação. Agora, finalmente, eu via que não era que eu não gostava de fama, ganho e status, mas que eu vivia segundo a lei de sobrevivência de Satanás “A vida é curta demais; seja bom com você mesmo”. Eu me preocupava demais com a minha carne. Agora, embora acreditasse em Deus, essa lei satânica de sobrevivência ainda estava profundamente arraigada em mim. Assim que encontrava dificuldades no trabalho, eu reclamava, queria fazer um trabalho mais fácil. Eu era responsável pelo trabalho de rega, que tinha a ver com a entrada na vida dos recém-chegados. Se os recém-chegados não são bem regados e não obtêm um fundamento no caminho verdadeiro, é fácil que se afastem, mas eu não estava disposta a pagar um preço nem a buscar a verdade para resolver várias dificuldades no meu dever. Em vez disso, eu me esquivava da adversidade, sem considerar a intenção de Deus e sem levar em conta o trabalho da igreja; eu era extremamente egoísta e desprezível. Na realidade, qualquer dever na casa de Deus requer um pouco de esforço para desempenhá-lo bem. Por exemplo, os irmãos que espalham o evangelho têm que se esforçar para se equipar com as verdades relacionadas a espalhar o evangelho, e, ao mesmo tempo, suportar o ridículo e o abuso de receptores potenciais do evangelho e até enfrentar o perigo de ser presos e perder a vida a qualquer momento. Além disso, os deveres técnicos só podem ser bem executados se a pessoa dedicar tempo e energia para estudar as habilidades profissionais. Quando os irmãos que buscam a verdade enfrentam essas dificuldades, eles são capazes de buscar a verdade e aprender lições e, com o tempo, ficam melhores em seus deveres e sentem que todo o seu sofrimento vale a pena. No passado, eu não tinha esse tipo de busca ou determinação. Minha atitude em relação ao meu dever era a de um desleixado; eu queria ficar enrolando em tudo que fazia, não levava nada a cabo e não concluía nenhuma das minhas tarefas. Se eu continuasse a buscar os confortos da carne e não buscasse a verdade de forma adequada e se eu não sofresse nem pagasse um preço para desempenhar bem o meu dever, eu não faria um bom trabalho em nenhum dever; eu realmente me tornaria um lixo inútil que deveria ser eliminado.
Mais tarde, li mais palavras de Deus: “O homem deve buscar viver uma vida com sentido e não deveria se contentar com suas circunstâncias atuais. Para viver a imagem de Pedro, ele precisa possuir o conhecimento e as experiências de Pedro. O homem deve buscar coisas que são mais elevadas e mais profundas. Ele deve buscar um amor mais profundo e mais puro por Deus e uma vida que tenha valor e sentido. Somente isso é vida; somente então o homem será igual a Pedro. Você deve concentrar-se em ser proativo para com sua entrada no lado positivo e não deve permitir de modo passivo que você retroceda em função de algum alívio momentâneo enquanto ignora verdades mais profundas, mais específicas e mais práticas. Seu amor tem de ser prático e você deve encontrar maneiras de libertar-se dessa vida depravada e despreocupada, que não se diferencia da vida de um animal. Você deve viver uma vida com sentido, uma vida de valor, e não deve enganar a si mesmo nem tratar sua vida como um brinquedo com que se brinque. Para quem aspira amar a Deus não existem verdades inalcançáveis nem justiça pela qual não possa se manter firme. Como você deve viver sua vida? Como deve amar a Deus e usar esse amor para satisfazer Suas intenções? Não existe assunto mais importante do que esse para a sua vida. Acima de tudo, você deve ter tais aspirações e perseverança, e não pode ser como aqueles que não têm espinha dorsal, que são fracotes. Você deve aprender a experimentar uma vida com sentido e experimentar verdades com sentido, e não deve tratar a si mesmo de modo superficial dessa maneira. Sua vida passará sem que você se dê conta; depois, você terá outra oportunidade de amar a Deus? O homem pode amar a Deus depois que estiver morto? Você deve ter as mesmas aspirações e a mesma consciência que Pedro; sua vida deve ter sentido e você não dever brincar consigo mesmo. Como um ser humano e como uma pessoa que busca a Deus, você deve ser capaz de considerar cuidadosamente como trata a sua vida, como deve se oferecer a Deus, como deve ter uma fé em Deus mais significativa e, já que você ama a Deus, você deveria amá-Lo de modo mais puro, mais belo e melhor” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). As palavras de Deus me mostraram que Deus espera que as pessoas tratem a busca da verdade como uma parte importante de sua vida. Se eu perdesse a chance de ganhar a verdade por causa dos confortos temporários da carne, isso não seria tolice? Quando a obra de Deus terminar, se não tivermos ganhado a verdade nem mudado nosso caráter, só nos arrependeremos pelo resto da vida. No período em que desempenhei funções de liderança, embora houvesse muita coisa que me faltava e embora o trabalho envolvesse muitas dificuldades e estresse, ganhei muito mais do que se estivesse desempenhando deveres de uma única tarefa. Isso não apenas elevou minhas capacidades de trabalho, também passei a entender algumas verdades princípios. Vi que as dificuldades e o estresse — que tudo isso era uma bênção de Deus. Decidi que não ia querer ficar me esquivando e evitando meu dever por causa de considerações carnais. Quando enfrentasse dificuldades, eu oraria e confiaria mais em Deus e buscaria a verdade para resolvê-las. Logo depois, comecei a buscar e ponderar o motivo pelo qual o trabalho de rega não estava produzindo resultados. Ao refletir e revisar, vi que era principalmente porque eu era muito passiva em meu dever e não me concentrava em revisar os desvios. Quando os recém-chegados tinham problemas, eu não os resolvia, alegando que não estava qualificada para isso, fazendo com que muitos problemas se acumulassem sem nenhuma senda de resolução. Depois disso, quando comecei a pagar um preço no trabalho, os resultados do trabalho de rega tiveram uma melhora constante. Experimentei em primeira mão a doce sensação de não viver em meio a dificuldades e praticar de acordo com as palavras de Deus e tive ainda mais fé para experimentar essa situação.
Mais tarde, fui encarregada de ainda mais trabalho, e, além disso, eu não estava familiarizada com o trabalho e deixava a desejar quanto a comunicar a verdade e resolver problemas. Achei bastante extenuante, mas eu estava disposta a me rebelar contra minha carne e me esforçar ao máximo pelo dever. Depois de um ou dois meses nesse trabalho, os resultados não foram muito bons, e me senti um pouco desanimada, achando que desempenhar esse dever era muito difícil e que meus deveres anteriores haviam sido mais tranquilos. Percebi que meu estado estava incorreto, então orei a Deus e busquei a verdade para resolver o problema. Li as palavras de Deus: “Aqueles que realmente creem em Deus são todos indivíduos que fazem bem seu trabalho, todos eles estão dispostos a desempenhar seus deveres, são capazes de assumir uma parte do trabalho e fazê-la bem, de acordo com seu calibre e os regulamentos da casa de Deus. Evidentemente, no início, pode ser desafiador se adaptar a essa vida. Você pode se sentir física e mentalmente esgotado. Contudo, se você realmente tiver a determinação de cooperar e a vontade de se tornar uma pessoa normal e boa, e de alcançar salvação, então você deve pagar um certo preço e permitir que Deus o discipline. Quando tiver o ímpeto de ser obstinado, você deve se rebelar contra isso e largá-lo, reduzindo gradualmente sua obstinação e seus desejos egoístas. […] Você não pode dizer: ‘Isso é pressão demais, então não o farei. Estou apenas buscando diversão, comodidade, felicidade e conforto ao desempenhar meu dever e trabalhar na casa de Deus’. Isso não vai funcionar; esse não é um pensamento que um adulto normal deveria ter e a casa de Deus não é um lugar para você desfrutar de conforto. Toda pessoa enfrenta uma certa dose de pressão e risco na vida e no trabalho. Em qualquer tarefa, especialmente ao desempenhar seu dever na casa de Deus, você deveria lutar por ótimos resultados. Em maior grau, esse é o ensino e a exigência de Deus. Em menor grau, é a atitude, o ponto de vista, o padrão e o princípio que toda pessoa deveria adotar em seu comportamento e suas ações” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “Como buscar a verdade (5)”). As palavras de Deus me mostraram que, como um adulto com razão normal, eu deveria ser capaz de assumir trabalho. Mesmo que, às vezes, surjam dificuldades no trabalho que exigem algum sofrimento, isso é algo que devo experimentar no curso de buscar salvação. Até os não crentes precisam sofrer muito pelo ganha-pão. Quanto a nós, crentes, o sofrimento que suportamos ao desempenhar nossos deveres é significativo e benéfico para nossa vida. Quando entendi isso, eu me dispus a me submeter e experimentar. Depois disso, quando havia muitas dificuldades no dever, às vezes eu ainda me sentia um pouco desanimada, mas não queria renunciar ao dever por causa disso. Em vez disso, fui capaz de buscar a intenção de Deus em meio às dificuldades, fazer o meu melhor para cumprir os padrões e ver corretamente as dificuldades e o estresse no dever. Agradeço a Deus de coração!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.