As consequências de buscar conforto

04 de Fevereiro de 2022

Por Chloe, Espanha

Eu fazia vídeos na igreja. Durante o trabalho, descobri que a produção nos projetos mais difíceis exigia um grande esforço, pois o efeito em cada quadro precisava ser testado e modificado repetidamente, e havia falhas frequentes. Mas os projetos que eram relativamente simples exigiam menos esforço e a taxa de sucesso era maior. Pensei: “Projetos difíceis exigem muito tecnicamente, passo muito tempo pensando, procurando recursos para analisar e estudar, e o ciclo de produção é longo. Projetos mais simples não dão tanto trabalho. Eu só preciso dominar alguns métodos e habilidades simples, e o ciclo de produção também é mais curto, o que significa que podem ser completados mais rápido. Parece que produzir os mais simples me poupará muito trabalho”. Assim, em meus deveres depois disso, eu analisava quais projetos eram difíceis e quais eram simples e então decidia quais eu assumiria. Uma vez, escolhi um projeto simples e deixei os mais complicados para os meus irmãos. Quando vi como meus irmãos concordaram de imediato, eu me senti um pouco culpada: eu não estava recuando diante das dificuldades e me recusando a enfrentar um desafio? Mas então pensei: “Projetos difíceis exigem muito tempo e energia, consomem muito esforço mental, isso é exaustivo, portanto, é melhor para mim escolher projetos simples”. Uma vez, após completar um projeto, senti que havia como melhorar, mas eu não queria trabalhar demais para mudar algo. Percebi que meus irmãos não viam nenhum problema quando o verificaram, assim, não fiz nenhuma mudança e o passei adiante. Às vezes, quando tinha problemas na produção, eu só refletia sobre eles por um momento e então ia perguntar aos irmãos. Achava que isso não só resolvia o problema rapidamente, também não me esgotava, portanto, era um jeito fácil de completar minhas tarefas. Mas quando fazia isso, eu tinha uma sensação de culpa, pois, na verdade, essas perguntas eram muito simples, e eu as poderia ter resolvido com um esforço pequeno. Perguntar a meus irmãos atrasava seus deveres, mas eu não refletia sobre mim mesma. E então, esse tipo de truque se tornou a norma em como eu cumpria meus deveres.

Além de produzir vídeos, eu tinha que liderar meus irmãos no estudo e aprimorar as habilidades profissionais de todos, por isso, tinha que trabalhar mais do que o normal. Eu devia não só adquirir habilidades profissionais, mas devia encontrar recursos e preparar lições com base nas necessidades dos meus irmãos e nas suas deficiências. Parecia uma tarefa um tanto difícil e cansativa. Assim comecei a pensar em como eu poderia poupar tempo e não me cansar tanto e decidi mandar os tutoriais para os meus irmãos, para que pudessem assistir a eles sozinhos. Dessa forma, eu não teria que gastar tempo e esforço preparando as aulas. Eu acreditava que não existia um método melhor. Depois de um tempo, meus irmãos disseram que os tutoriais não resolveram seus problemas. Na época, senti pena deles, e, não tendo outra escolha, procurei alguns recursos para instruir todos de maneira simples e pensei que bastava ter organizado todos no estudo. Não demorou, e nossa líder de equipe disse que havia problemas num vídeo que tínhamos feito recentemente, o que atrasou o progresso no nosso trabalho. Quando ouvi isso, não refleti nem tentei entender a mim mesma e senti que esse dever não exigia só sofrer e pagar um preço, mas também responsabilidade quando as coisas davam errado, e que era muito trabalho para poucos resultados, por isso, quis ainda menos esse dever.

Um dia, minha líder me procurou e me expôs por improvisar e ser astuta em meus deveres e disse que, se as coisas não mudassem, eu seria dispensada. Quando ouvi minha líder dizer isso, embora admitisse que eu estava improvisando em meus deveres, eu não senti nenhum arrependimento. Quando pensei nas dificuldades e problemas que eu enfrentaria nos estudos futuros, eu não quis mais ser responsável por organizar o estudo de todos, o que tornaria as coisas mais fáceis para mim. No dia seguinte, procurei minha líder e disse: “Você poderia procurar outra pessoa para organizar os estudos da equipe? Não sou boa nisso”. Depois de ouvir isso, ela lidou comigo e disse: “Você realmente não sabe fazer isso bem? Você chegou a tentar? Você sempre foge do trabalho, improvisa e tenta ser astuta e tem uma humanidade ruim. Em vista desses comportamentos, você realmente não foi feita para isso. Por ora, faça seus devocionais e alguma autorreflexão e aguarde os arranjos da igreja”. Quando minha líder disse isso, foi como se meu coração tivesse sido esvaziado. Vi todos os irmãos e irmãs ocupados com seus deveres, mas eu tinha sido dispensada e tinha perdido deveres meu. Nem consigo expressar o quão triste estava. Nunca pensei que poderia perder meu dever. Mas então pensei: “Deus é soberano sobre todas as coisas. Minha demissão é a vinda do caráter justo de Deus. Devo obedecer e refletir e conhecer a mim mesma”. Nos dias seguintes, revivi muitas vezes a cena em que minha líder me demitiu como se fosse um filme. Quando pensei no que a líder disse, eu me senti péssima, especialmente o fato de ter dito que eu tinha humanidade ruim. Eu não sabia refletir nem conhecer a mim mesma, assim, na minha dor, orei a Deus pedindo que Ele me guiasse a entender a mim mesma.

Mais tarde, vi algumas das palavras de Deus: “Lidar com as coisas de forma tão irreverente e irresponsável é algo de dentro do caráter corrupto: é escória a que as pessoas costumam se referir. Em todas as questões elas o fazem, e fazem a ponto de dizer ‘é mais ou menos isso’ e ‘cheguei perto o suficiente’; essa é uma atitude de ‘talvez’, ‘possivelmente’ e ‘chegar quase lá’; fazem coisas superficialmente, se contentam em fazer o mínimo e ficam satisfeitos em se virar como podem; não veem sentido em levar as coisas a sério ou em se esforçar por precisão, e veem menos sentido em buscar as verdades princípios. Isso não é algo de dentro de um caráter corrupto? É uma manifestação de humanidade normal? Não é. Chamá-lo de arrogância é correto e chamá-lo de dissoluto também é inteiramente adequado — mas para capturá-lo perfeitamente, a única palavra que serve é ‘escória’. A maioria das pessoas tem escória dentro de si, só que em graus diferentes. Em todas as questões, elas desejam fazer as coisas de modo superficial e desleixado, e há um cheiro de enganação em tudo que fazem. Elas enganam os outros quando podem, tomam atalhos quando conseguem, economizam tempo quando podem. Elas pensam: ‘Contanto que eu possa evitar ser revelado e não cause problemas e não seja chamado a prestar contas, então posso seguir enrolando nisso. Fazer bem um trabalho não justifica o esforço’. Tais pessoas nada aprendem com maestria e não se aplicam nem sofrem nem pagam um preço em seus estudos. Elas querem apenas entender as linhas gerais de um assunto e depois se chamam de proficientes nisso, acreditam que aprenderam tudo que há para saber, e então confiam nisso para continuar enrolando. Essa não é uma atitude que as pessoas têm em relação a outras pessoas, outros eventos e coisas? É uma atitude boa? Não é. Em termos simples, isso é ‘enrolar’. Tal escória existe em toda a humanidade corrupta. Pessoas com escória em sua humanidade assumem a visão e a atitude de ‘enrolar’ em tudo que fazem. Essas pessoas são capazes de cumprir seu dever adequadamente? Não. São capazes de fazer as coisas com princípios? Isso é ainda mais improvável(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: Eles gostariam que os outros obedecessem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 2)”). “Como se pode saber a diferença entre pessoas nobres e vulgares? Apenas observe a atitude delas e as ações delas em relação aos deveres e observe como elas tratam as coisas e se comportam quando surgem problemas. As pessoas com caráter e dignidade são meticulosas, sérias e diligentes em suas ações e estão dispostas a fazer sacrifícios. As pessoas sem caráter e dignidade são inconstantes e desleixadas em suas ações, sempre estão tramando alguma cilada, sempre desejando simplesmente enrolar. Não importa que técnica estudem, elas não a aprendem de forma diligente, são incapazes de aprendê-la, e, por mais tempo que gastem estudando isso, elas continuam totalmente ignorantes. Essas são pessoas de caráter baixo(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: Eles gostariam que os outros obedecessem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 2)”). As palavras de Deus perfuraram meu coração, especialmente estas: “elas enganam os outros quando podem, tomam atalhos quando conseguem”, “sem caráter e dignidade” e “baixo caráter”. Cada palavra revelava minha humanidade e atitude em relação aos meus deveres. Percebi que era exatamente assim que eu cumpria meus deveres. Eu improvisava em tudo que fazia e só fazia coisas num padrão mediano. Eu sempre buscava maneiras de evitar sofrimento, de fazer as coisas de um jeito mais fácil e nunca pensava em como cumprir bem os meus deveres. Por conforto carnal e para evitar sofrimento, eu sempre escolhia fazer os projetos mais simples e mais fáceis. Depois de terminar, mesmo quando via problemas e espaço para melhorar, eu não estava disposta a fazer mudanças, só tentava dar um jeito. Quando nossa equipe precisava aprender habilidades profissionais, eu achava que era cansativo demais organizar estudos para os meus irmãos e irmãs. Assim, para o bem de meu conforto carnal, eu tentava truques e astúcia para fazer com que meus irmãos assistissem a tutoriais por conta própria, o que significava que suas habilidades nunca melhoravam, tornava seus deveres menos eficientes e atrasava o progresso do trabalho. Em todos os meus deveres, eu usava truques e enganação, nunca pensava no trabalho da igreja. Eu não tinha nenhuma humanidade! Eu era muito egoísta, desprezível e tinha caráter baixo. Ao refletir sobre essas coisas, eu senti remorso e culpa profundos. Depois disso, li na palavra de Deus: “Na superfície, algumas pessoas parecem não ter nenhum problema sério durante o tempo em que cumprem seus deveres. Não fazem nada abertamente maligno, não causam interrupções ou perturbações, nem trilham a senda dos anticristos. No cumprimento de seus deveres, não surgem erros maiores nem problemas de princípio, no entanto, sem que percebam, dentro de poucos anos, elas são expostas como pessoas que não aceitam nem um pouco a verdade, como não crentes. Por que é desse jeito? Os outros não conseguem ver um problema, mas Deus escrutiniza o íntimo do coração dessas pessoas, e Ele vê o problema. Elas sempre foram superficiais e impenitentes no cumprimento de seus deveres. À medida que o tempo passa, elas são naturalmente expostas. O que significa permanecer impenitente? Significa que, embora tenham cumprido seus deveres o tempo todo, elas sempre tiveram a atitude errada em relação a eles, uma atitude de desleixo e superficialidade, uma atitude descuidada, e nunca são conscienciosas, muito menos entregam todo o seu coração a seus deveres. Talvez façam algum esforço pequeno, mas estão apenas agindo sem se envolver. Não estão dando tudo que têm a seus deveres, e suas transgressões não têm fim. Aos olhos de Deus, elas nunca se arrependeram; elas sempre foram superficiais e descuidadas, e nunca houve nenhuma mudança nelas — isto é, elas não renunciam ao mal em suas mãos nem se arrependem para Ele. Deus não reconhece nelas uma atitude de arrependimento nem vê nelas uma reversão em sua atitude. Elas são persistentes em considerar seus deveres e as comissões de Deus com tal atitude e tal método. Durante todo o tempo, não ocorre mudança alguma nesse caráter teimoso e intransigente, e, além disso, elas nunca se sentiram endividadas com Deus, nunca lhes ocorreu que seu desleixo e sua superficialidade são uma transgressão, um malefício. Em seu coração, não há dívida, culpa nem autorrepreensão, muito menos autoacusação. E conforme passa bastante tempo, Deus vê que não existe cura para esse tipo de pessoa. Não importa o que Deus diga, não importa quantos sermões ela ouça nem quanto da verdade ela entenda, seu coração não se comove e sua atitude não é alterada nem revertida. Deus enxerga isso e diz: ‘Não existe esperança para essa pessoa. Nada do que digo toca seu coração e nada do que digo a muda. Não há como mudá-la. Essa pessoa é inapta a cumprir seu dever e é inapta a prestar serviço na Minha casa’. Por que Deus diz isso? É porque, quando cumpre seu dever e trabalha, ela é frequentemente descuidada e superficial. Não importa quanto ela é podada e tratada, e não importa quanta tolerância e paciência sejam estendidas para ela, nada disso tem efeito, não pode fazê-la se arrepender ou mudar. Não pode fazer com que ela cumpra bem o seu dever, não pode permitir que embarque na senda de buscar a verdade. Portanto, essa pessoa não tem conserto. Quando Deus determina que não há conserto para uma pessoa, Ele ainda assim se agarrará a essa pessoa? Ele não fará isso. Deus a largará(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). “O modo como você vê as comissões de Deus é extremamente importante e isso é um assunto muito sério! Se você não consegue completar o que Deus confiou às pessoas, então você não está apto para viver em Sua presença e deveria ser punido. É perfeitamente natural e justificado que os humanos devem completar quaisquer comissões que Deus lhes confie. Essa é a responsabilidade suprema do homem, e é tão importante quanto sua própria vida. Se você não leva a sério as comissões de Deus, então você O está traindo da maneira mais grave. Nisso você é mais lamentável que Judas e você deveria ser amaldiçoado(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como conhecer a natureza do homem”). Li a palavra de Deus várias vezes. Percebi que, no passado, a despeito de, por fora, parecer cumprir meus deveres em meu coração, eu estava traindo a Deus. Eu fugia de deveres difíceis, só considerava meus interesses carnais, não estava disposta a sofrer e a pagar um preço, e sempre improvisava com truques e astúcia. Mesmo quando podia fazer melhor o meu trabalho, eu não o fazia, porque sentia que, embora não fosse bem-feito, pelo menos estava feito, e isso bastava. Eu nunca levei o problema de eu sempre improvisar a sério e nunca refleti sobre mim mesma. Minha líder me expôs e alertou, mas não senti o menor arrependimento e continuei considerando meus interesses carnais. Quando pensava em como meu dever exigia trabalhar muito e pagar um preço, eu não queria mais o meu dever. Por que eu estava tão entorpecida e era tão teimosa? Deus me deu chance após chance para me arrepender e mudar, o que era a misericórdia de Deus para comigo, mas eu só considerava meus interesses carnais, não buscava a verdade nem refletia sobre mim mesma e continuava a me opor a Deus. Eu era tão rebelde! O dever é uma comissão e responsabilidade dadas por Deus, e deve-se fazer o máximo para cumpri-las. Mas eu fugia de deveres difíceis, improvisava para enganar a Deus e até tive a ousadia de pedir um dever mais fácil. Isso não era resistir e trair a Deus? O caráter justo de Deus não tolera ofensa, e Deus odiava tudo que eu tinha feito. Minha demissão mostrava a justiça de Deus. Quando percebi isso, senti um pouco de medo. Também me senti contrita por fazer coisas que partiram o coração de Deus. Eu não podia mais improvisar assim. Eu devia me arrepender e mudar.

Depois disso, espalhei o evangelho com meus irmãos. Já que eu não dominava os princípios e não era boa em falar com pessoas, o dever era muito difícil, e, de novo, eu não queria trabalhar muito nem pagar um preço. Mas lembrei-me da minha atitude negligente em relação ao meu dever anterior e percebi que ser capaz de pregar o evangelho agora era a grande misericórdia de Deus para mim. Eu não deveria mais fugir como antes quando enfrentava um problema. Quando percebi isso, eu me senti muito mais ativa em fazer progresso. Refleti sobre mim mesma: por que eu queria recuar e escapara assim que meu dever ficava difícil? Eu li nas palavras de Deus: “Hoje, você não crê nas palavras que digo e não presta atenção nelas; quando chegar o dia de difundir essa obra e você perceber a totalidade dela, você se lamentará e, naquele tempo, você ficará perplexo. Há bênçãos, mas você não sabe como desfrutá-las, e há a verdade, mas você não a busca. Acaso você não está trazendo desprezo sobre si mesmo? Hoje, embora o próximo passo da obra de Deus ainda esteja por começar, nada há de excepcional no que se refere às demandas feitas a você e ao que se espera que você viva. Há tanta obra e tantas verdades; elas não são dignas de serem conhecidas por você? O castigo e o julgamento de Deus são incapazes de despertar seu espírito? O castigo e o julgamento de Deus são incapazes de fazer com que você se odeie? Você se contenta com viver sob a influência de Satanás, em paz e alegria e com um pouco de conforto carnal? Será que você não é a mais baixa de todas as pessoas? Ninguém é mais tolo do que aquelas que contemplaram a salvação, mas não buscam ganhá-la; são pessoas que se empanturram com a carne e se deliciam com Satanás. Você espera que sua fé em Deus não envolva quaisquer desafios ou tribulações nem a menor dificuldade. Você sempre busca coisas sem valor e não dá valor à vida; em vez disso, coloca seus pensamentos extravagantes acima da verdade. Você é tão inútil! Você vive como um porco — que diferença há entre você, porcos e cães? Os que não buscam a verdade e, em vez disso, amam a carne não são todos bestas? Os mortos sem espírito não são todos cadáveres ambulantes? […] Eu lhe concedo vida humana real, mas você não busca. Você não é nada diferente de um porco ou de um cão? Porcos não buscam a vida do homem, não buscam ser purificados e não entendem o que é vida. Todo dia, depois de comer sua porção, eles simplesmente dormem. Dei a você o caminho verdadeiro, mas você não o ganhou: você está de mãos vazias. Você está disposto a continuar nessa vida, na vida de um porco? Qual é o significado de tais pessoas estarem vivas? Sua vida é desprezível e ignóbil, você vive no meio da imundície e licenciosidade e não busca nenhum objetivo; acaso sua vida não é a mais ignóbil de todas? Você se atreveria a levantar os olhos para Deus? Se você continuar a experimentar desse modo, o que adquirirá além de nada? O caminho verdadeiro foi dado a você, mas ganhá-lo ou não depende, em última análise, da sua busca pessoal(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). Cada uma das perguntas de Deus perfurou meu coração, era como se Deus estivesse me chamando para prestar contas face a face, e me senti muito endividada com Deus. O Deus encarnado expressou tanta verdade para nos regar e suprir para que pudéssemos ganhar a verdade, livrar-nos dos nossos caracteres corruptos e ter uma chance de sermos salvos. Essa é a maior bênção de Deus para a humanidade. Os verdadeiros sábios aproveitarão a chance fornecida pela obra de Deus e aproveitarão seu tempo para buscar a verdade, cumprir os deveres de um ser criado, buscar uma mudança em seu caráter de vida durante seus deveres, e finalmente entenderão a verdade e ser salvos por Deus. Mas os cegos e ignorantes buscam diversão carnal, eles só sobrevivem e não trabalham duro para buscar a verdade. Agem sem se envolver e se esforçam pouco em seus deveres, e não importa há quanto tempo acreditem, nunca entendem a verdade, não alcançam mudança em seu caráter de vida e, no fim, são expulsos por Deus. Refleti sobre meus comportamentos. Eu não era exatamente esse tipo de pessoa ignorante? Filosofias satânicas como “viva a vida no piloto automático” e “preguiça tem suas bênçãos” eram os princípios pelos quais eu vivia. Cada dia, eu me contentava com o status quo, trabalhava para sobreviver e buscava confortos carnais. Eu tinha acreditado em Deus por anos sem buscar a verdade e sem refletir sobre se eu tinha alcançado mudança de caráter nem se meu dever estava de acordo com a vontade de Deus. Meu prazer carnal era mais importante para mim do que ganhar a verdade, assim, eu fugia consistentemente de deveres difíceis, improvisava e recorria a truques e enganação, e me recusava a pagar um preço em tudo que fazia. Isso levou meus deveres a não só não alcançarem resultados, isso também atrasou e impactou o trabalho da igreja. Mesmo assim, não senti remorso nem culpa. Eu realmente estava entorpecida. Foi só então que percebi que, ao viver segundo essas falsas leis de Satanás, ao buscar somente conforto carnal, ao fazer nenhum esforço para buscar progresso, ao tornar-me cada vez mais corrupta e entorpecer cada vez mais a minha consciência, sem quaisquer objetivos na minha vida — eu não estava desperdiçando minha vida? Eu tinha perdido meu dever por culpa própria, eu era preguiçosa demais, eu era irresponsável com meu caráter e não era digna da confiança de ninguém, o que enojava meus irmãos e fazia com que Deus me odiasse. No passado, eu sentia que deveres com altas exigências e muitas tarefas equivaliam a sofrimento. Mas, na verdade, isso não era sofrer por meus deveres. Obviamente, minha natureza era preguiçosa e egoísta demais, eu me preocupava demais com a carne. Embora tivesse que me esforçar e pagar um preço quando me deparava com dificuldades em meus deveres, tudo isso eram coisas que eu podia suportar, pois Deus nunca ensina porcos a cantar. E Deus usou essas dificuldades para me mostrar meu caráter corrupto e minhas deficiências, para que eu conhecesse a mim mesma, buscasse a verdade para resolver problemas e mudasse meu caráter de vida. Ao mesmo tempo, Deus esperava que eu aprendesse a olhar para Ele diante dessas dificuldades e a ter uma fé sincera. No passado, eu era ignorante, cega e não entendia a vontade de Deus. Perdi muitas oportunidades para ganhar a verdade e ser aperfeiçoada por Deus, e eu permiti que todo esse tempo maravilhoso passasse em vão. Embora tivesse conforto carnal e não sofresse nem pagasse um preço alto, eu não possuía nenhuma verdade realidade e meus caracteres corruptos não foram resolvidos, não acumulei boas obras em meus deveres, atrasei o trabalho da igreja e Deus me odiava. Se eu continuasse vivendo desse jeito confuso, eu perderia completamente a salvação de Deus. Quando percebi tudo isso, eu senti um arrependimento profundo, odiei a mim mesma e não queria mais viver assim.

Um dia, durante meus devocionais, li duas passagens da palavra de Deus: “A busca de hoje é totalmente em prol de lançar os alicerces para a obra futura, de modo que você possa ser usado por Deus e possa dar testemunho Dele. Se fizer disso o alvo da sua busca, você conseguirá ganhar a presença do Espírito Santo. Quanto mais alto você determinar o alvo de sua busca, mais você pode ser aperfeiçoado. Quanto mais você persegue a verdade, mais o Espírito Santo opera. Quanto mais energia você aplicar na sua busca, mais você ganhará. O Espírito Santo aperfeiçoa pessoas de acordo com o estado interior delas. Algumas dizem que não estão dispostas a ser usadas por Deus ou aperfeiçoadas por Ele, que querem apenas que sua carne permaneça segura e que não sofram nenhum infortúnio. Algumas estão indispostas a entrar no reino, contudo estão dispostas a descer ao abismo sem fundo. Nesse caso, Deus também concederá esse desejo a você. Seja o que for que você busca, Deus o fará acontecer. Então, o que você está buscando atualmente? É ser aperfeiçoado? Suas ações e condutas atuais são em prol de ser aperfeiçoado por Deus e de ser ganho por Ele? Você deve avaliar-se dessa maneira constantemente no seu dia a dia. Se você aplicar todo o seu coração na busca de uma única meta, Deus certamente vai aperfeiçoá-lo. Tal é a senda do Espírito Santo. A senda na qual o Espírito Santo guia as pessoas é alcançada por meio da busca que fazem. Quanto mais você tiver sede de ser aperfeiçoado e ganho por Deus, mais o Espírito Santo operará dentro de você. Quanto menos você deixar de procurar e quanto mais negativo e regressivo você for, mais você privará o Espírito Santo de oportunidades para operar; com o passar do tempo, o Espírito Santo vai abandonar você. Você deseja ser aperfeiçoado por Deus? Deseja ser ganho por Deus? Deseja ser usado por Deus? Vocês deveriam procurar fazer tudo pelo bem de serem aperfeiçoados, ganhos e usados por Deus, para o universo e todas as coisas possam ver as ações de Deus manifestadas em vocês. Vocês são os mestres dentre todas as coisas, e, no meio de tudo o que há, vocês permitirão que Deus desfrute de testemunho e glória por meio de vocês — isso é prova de que vocês são a mais abençoada de todas as gerações!(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As pessoas cujo caráter mudou são as que entraram na realidade das palavras de Deus”). “Você deve sofrer dificuldades pela verdade, deve se entregar à verdade, deve suportar humilhação pela verdade e, para ganhar mais da verdade, você deve passar por mais sofrimento. É isso que você deveria fazer. Você não deve jogar a verdade fora em favor de uma vida familiar pacífica nem deve perder a dignidade e integridade da sua vida por causa de um prazer momentâneo. Você deveria buscar tudo que é belo e bom e buscar uma senda na vida que seja mais significativa. Se você levar uma vida tão vulgar e não buscar quaisquer objetivos, você não desperdiça a vida? O que você pode ganhar com uma vida assim? Você deveria abandonar todos os prazeres da carne em favor da verdade e não deveria jogar fora todas as verdades em favor de um pouco de prazer. Pessoas assim não têm integridade nem dignidade; sua existência não faz sentido!(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As experiências de Pedro: seu conhecimento de castigo e julgamento”). A palavra de Deus me fez entender que, para ganhar a verdade em nossos deveres, devemos renunciar à carne e praticar a verdade e finalmente seremos capazes de nos livrar dos nossos caracteres corruptos e ser aperfeiçoados por Deus. Essa é a maneira mais significativa e valiosa de viver. Abandonar a verdade por conforto carnal temporário, é viver sem integridade e sem dignidade, é perder a obra do Espírito Santo e finalmente ser abandonado e expulso por Deus e perder nossa chance de ser salvos. Também aprendi que, a fim de resolver o problema de desejar conforto carnal, devemos ter um coração que busca a verdade, refletir sobre nós mesmos quando coisas acontecem, concentrar nossos esforços em nossos deveres e, quando encontramos dificuldades, devemos ser capazes de deixar a carne de lado, renunciar a nós mesmos e proteger o trabalho da igreja. É assim que recebemos a orientação e obra do Espírito Santo. Quando percebi essas coisas, meu coração se iluminou e jurei que renunciaria à carne e me esforçaria ao máximo em meus deveres. Depois disso, refleti sobre como pregar bem o evangelho. Quando eu não entendia os princípios, eu buscava com meus irmãos e arrumava tempo para estudar com todos os outros. Mais, tarde, quando aqueles que examinam o caminho verdadeiro se tornaram mais numerosos, apareceram mais coisas para eu fazer. No entanto, eu já não senti mais que elas eram tão incômodas. Em vez disso, senti que eram coisas que eu devia fazer e que eram minha responsabilidade. Embora estivesse sempre ocupada, eu me senti enriquecida.

Inesperadamente, um dia minha líder me procurou e pediu que eu voltasse para o meu dever de produzir vídeos. Quando ouvi isso, fiquei muito animada. Além de ser grata a Deus, eu não soube o que dizer. Lembrei-me de como me importara com a carne, lidara com meus deveres levianamente e improvisara, e me senti em dívidas com Deus. Eu não podia compensar meus erros passados, só podia, depois disso, ser diligente e pagar um preço em meus deveres e, ao cumprir os meus deveres, retribuir o amor de Deus. Mais tarde, quando enfrentava dificuldades em meus deveres, eu orava a Deus e refletia sobre como resolvê-las. Uma vez, um dos meus projetos não ficou muito bom e a líder de equipe e a supervisora não sabiam como consertá-lo. Eu também estava presa na dificuldade e não sabia nem como começar a arrumá-lo. Pensei: “Se eu ficar tentando arrumar isso, gastando tempo trabalhando nisso, não sei se serei capaz de consertar isso, talvez outra pessoa deva fazer isso”. Percebi que esses pensamentos eram uma tentativa de fugir das dificuldades, então orei rapidamente a Deus. Lembrei-me das palavras de Deus: “Quando um dever acomete você, e ele é confiado a você, não pense em como evitar encarar dificuldades; se é difícil lidar com algo, não o deixe de lado e o ignore. Você deve encará-lo de frente. Você deve se lembrar em todos os momentos de que Deus está com as pessoas e que elas precisam apenas orar e buscar Dele se têm qualquer dificuldade, e que, com Deus, nada é difícil. Você deve ter essa fé(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). A palavra de Deus me deu uma senda de prática. Não importa quais problemas ou dificuldades encontremos, deveríamos confiar em Deus para buscar maneiras de resolvê-los. Não deveríamos evitar dificuldades ou recuar diante dos nossos deveres por causa de sofrimento carnal. Isso é traição de Deus e deslealdade ao nosso dever. Quando percebi isso, prometi a mim mesma que, dessa vez, eu confiaria em Deus e me esforçaria para consertar isso. Então me acalmei e tentei consertá-lo e, para a minha surpresa, o problema foi resolvido num piscar de olhos. Depois de assistir, todos acharam que estava bom e não tinham outras sugestões. Depois de praticar assim, meu coração ficou em paz e à vontade. Senti que só ao pagar um preço em seus deveres é possível ter dignidade humana. Graças a Deus!

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