Provando da doçura de praticar a verdade
Em março de 2021, minha líder arranjou que eu assumisse o trabalho evangelístico de uma igreja. Quando soube disso, pensei: “O trabalho evangelístico nessa igreja sempre foi medíocre. Vários supervisores já tentaram, mas o trabalho nunca foi bem-feito. A líder quer que eu, uma amadora que nunca foi responsável por trabalho evangelístico, o assuma. Isso não deixará as coisas ainda piores? Se eu aceitar esse trabalho e não for bem, isso mostrará que eu não sou hábil no trabalho, e os outros também dirão que careço de autoconsciência e autoconhecimento. Provavelmente é melhor não aceitar o trabalho”. Pensando assim, recusei os arranjos da líder.
Mais tarde, minha líder comungou comigo, dizendo que não havia candidatos aptos e que ela esperava que eu considerasse a vontade de Deus e assumisse esse fardo. Quando a ouvi dizer isso, percebi que recusar esse dever não era a vontade de Deus. Lembrei-me da palavra de Deus: “Vocês dizem que têm consideração pelo fardo de Deus e que defenderão o testemunho da igreja, mas quem dentre vocês realmente foi atencioso com o fardo de Deus? Perguntem a si mesmos: Você é alguém que demonstrou consideração pelo fardo de Deus? […] Você pode permitir que Minhas intenções sejam cumpridas em você? Você ofereceu seu coração nos momentos mais cruciais? Você é alguém que faz a Minha vontade? Faça a si mesmo essas perguntas e pense sobre elas com frequência” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 13”). Confrontada com as perguntas de Deus, eu senti vergonha. Estávamos tendo dificuldades com o trabalho evangelístico e, nesse momento crítico, eu deveria considerar a vontade de Deus. Mas eu temia ser revelada e menosprezada, por isso recusei o dever e me esquivei da responsabilidade. Fui tão egoísta e inútil! Lembrei-me de que Deus também disse: “Na estrada para Jerusalém, Jesus estava em agonia, como se uma faca fosse torcida no Seu coração, mas Ele não tinha a menor intenção de faltar à Sua palavra; havia sempre uma força poderosa que O compelia adiante para onde seria crucificado. Finalmente, Ele foi pregado na cruz e assumiu a semelhança da carne pecaminosa, completando a obra da redenção da humanidade. Ele Se livrou dos grilhões da morte e do Hades. Diante Dele, a mortalidade, o inferno e o Hades perderam seu poder e foram derrotados por Ele. Ele viveu trinta e três anos, ao longo dos quais sempre fez o máximo para satisfazer a vontade de Deus de acordo com a obra de Deus daquela época, nunca considerando Seu ganho ou perda pessoal, e sempre pensando na vontade de Deus Pai. Assim, depois que Ele foi batizado, Deus disse: ‘Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo’. Em razão de Seu serviço diante de Deus, que estava em harmonia com a vontade de Deus, Deus pôs sobre Seus ombros o pesado fardo de redimir toda a humanidade e O fez realizá-lo — e Ele foi qualificado e autorizado para completar essa tarefa importante. Ao longo de Sua vida, Ele suportou um sofrimento imensurável por Deus e foi tentado por Satanás inúmeras vezes, mas nunca ficou desalentado. Deus deu-Lhe uma tarefa tão enorme porque confiava Nele e O amava, por isso Deus disse pessoalmente: ‘Este é o Meu Filho amado, em quem Me comprazo’” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Como servir em harmonia com a vontade de Deus”). “Se, como Jesus, vocês forem capazes de dedicar todo cuidado ao fardo de Deus e dar as costas à carne de vocês, Deus lhes confiará Suas tarefas importantes, para que vocês satisfaçam as condições exigidas para servir a Deus. Somente sob tais circunstâncias vocês se arriscarão a dizer que estão fazendo a vontade de Deus e completando Sua comissão, e somente então se arriscarão a dizer que estão servindo verdadeiramente a Deus” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Como servir em harmonia com a vontade de Deus”). Quando contemplei as palavras de Deus, fiquei comovida. O Senhor Jesus veio encarnado para operar na terra, fazendo tudo que podia pela vontade do Pai. Ao enfrentar a dor da crucificação, embora se sentisse fraco, Ele não quis fugir nem recuar. Ele nunca considerou Seus ganhos e perdas pessoais e, no fim, completou a obra de redenção para toda a humanidade. Como uma pessoa corrompida por Satanás, poder participar no trabalho evangelístico era uma honra. Recusar esse dever por causa de meu medo de ser revelada partiria o coração de Deus! Pensando nisso, me senti muito inspirada. Meu papel era aceitar esse dever sem hesitar e fazer tudo da melhor forma possível, e confiei que Deus me guiaria. Assim, aceitei o arranjo da líder e comecei a supervisionar o trabalho evangelístico. Na época, eu não sabia como fazer bem aquele trabalho, por isso, vinha para diante de Deus para orar e clamar a Ele. Para fazer bem um trabalho, é preciso que várias pessoas boas cooperem, então encontrei alguns irmãos que conseguiam assumir um fardo e tinham um calibre bom para esse trabalho, e nossa líder também nos orientava no nosso trabalho. Além disso, nossos irmãos de outras igrejas também compartilharam como faziam o trabalho evangelístico. Em setembro, o trabalho evangelístico da igreja que eu supervisionava já era quase dez vezes mais eficiente! Minha líder também me elogiou: “O trabalho evangelístico na igreja que você supervisiona tem sido bastante eficaz”. Outro supervisor disse: “Você já não deve mais se ver como amadora”. Ouvi-los dizer essas coisas foi muito satisfatório. Finalmente, eu tinha a aprovação dos meus irmãos como supervisora qualificada. No futuro, contanto que fosse constante em meu dever e garantisse que o trabalho evangelístico era eficaz, eu não teria que temer transferência nem dispensa.
Logo, a líder arranjou pessoas para reforçar nossa equipe evangelística. Quando soube disso, fui tomada de surpresa e senti alguma resistência. “A líder transfere tantas pessoas. Isso não significa que nosso trabalho evangelístico terá que se tornar várias vezes mais eficiente? Isso é muito difícil para mim. Esses irmãos pregaram bem o evangelho em suas igrejas anteriores. Se seus resultados evangelísticos não forem bons na igreja pela qual eu sou responsável, isso não passará a impressão de que não sou hábil no trabalho e sou inferior aos outros? Se a eficácia do nosso trabalho não melhorar, posso ser dispensada, meus irmãos conhecerão meu tamanho verdadeiro, a líder ficará decepcionada comigo, e eu nunca serei promovida nem cultivada de novo! Neste momento, estou familiarizada com a situação na igreja. Sei que posso fazer um bom trabalho, progredimos um pouco a cada mês, e meu status como supervisora está seguro. Mas agora, com tantas pessoas novas, e se as coisas não derem certo no futuro? Seria melhor manter a situação de agora. Se eu não aceitar esses arranjos, estarei obstruindo o trabalho evangelístico, e a líder certamente me dispensará. Mas aceitar esses arranjos não me deixa muito satisfeita.” Sentada à frente do computador, olhei para a lista de pessoas que seriam enviadas e me senti muito frustrada. Lembrei-me do que tinha dito à líder antes: “O trabalho evangelístico seria mais eficiente se tivéssemos mais pessoas na igreja”, e me arrependi disso. A líder deve ter ouvido o que eu disse, antes de enviar mais pessoal. Se não produzirmos resultados, será que ela me responsabilizará? Com isso em mente, demorei a arranjar trabalho para esse novo pessoal. A líder viu meu estado e apontou que eu estava protegendo a mim mesma. Ela também me enviou uma passagem da palavra de Deus: “Se você acha que consegue cumprir certo dever, mas, ao mesmo tempo, também teme cometer um erro e ser expulso, e assim você é tímido, estagna e não consegue progredir, isso é uma atitude submissa? Por exemplo, se seus irmãos e irmãs o escolhem como seu líder, você pode se sentir obrigado a cumprir esse dever porque foi escolhido, mas você não vê esse dever com uma atitude proativa. Por que você não é proativo? Porque você tem pensamentos sobre ele, e acha que: ‘Ser líder não é uma coisa boa, de jeito nenhum. É como viver no fio da navalha ou pisar em gelo fino. Se eu fizer um bom trabalho, não haverá recompensa especial, mas se eu fizer um trabalho ruim, serei tratado e podado. E receber tratamento não é nem o pior de tudo. E se eu for substituído ou expulso? Se isso acontecesse, não estaria tudo acabado para mim?’. A essa altura, você começa a ficar indeciso. Que atitude é essa? Isso é ser resguardado e entender errado. Essa não é a atitude que as pessoas deveriam ter em relação ao seu dever. É uma atitude desmoralizada e negativa. […] Como, então, você pode realmente resolver esse problema? Você deve buscar a verdade ativamente e adotar uma atitude de submissão e cooperação. Isso pode resolver completamente o problema. Timidez, medo e preocupação são inúteis. Existe alguma relação entre você ser revelado e expulso e ser um líder? Se você não for um líder, seu caráter corrupto desaparecerá? Mais cedo ou mais tarde, você deve resolver o problema do seu caráter corrupto. Além disso, se você não for um líder, você não terá mais oportunidades de praticar e progredirá lentamente na vida, com poucas chances de ser aperfeiçoado. Embora haja um pouco mais de sofrimento em ser um líder ou um obreiro, há também muitas recompensas, e se você consegue trilhar a senda de buscar a verdade, você pode ser aperfeiçoado. Que grande bênção é isso! Então você deve se submeter e cooperar ativamente. Esse é o seu dever, sua responsabilidade. Seja qual for o caminho à frente, você deve ter um coração de obediência. Essa é a atitude com a qual você deve abordar o seu dever” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Qual o desempenho adequado do dever?”). A palavra de Deus revelou meu estado. Quando o número de obreiros evangelísticos aumentou, minha primeira preocupação foi meu futuro e destino. Temia que, depois de a líder adicionar tantas pessoas de uma só vez, se o trabalho evangelístico não se tornasse mais eficiente, eu fosse revelada e dispensada, todos os meus irmãos conheceriam meu tamanho verdadeiro, a líder veria quem eu era e nunca mais me promoveria nem me cultivaria. Isso me deixou com medo, então fiquei defensiva, tive equívocos, e quis escapar desse ambiente. Nas palavras de Deus, encontrei uma senda de prática. Eu sempre deveria obedecer aos arranjos de Deus em meu dever. Essa era a minha responsabilidade e a atitude que eu deveria ter em relação a ele. Depois de contemplar as palavras de Deus, aos poucos eu me acalmei. Fiz uma oração de obediência a Deus e pedi que Ele me guiasse nesse ambiente. Depois de orar, lembrei-me de uma linha da palavra de Deus: “A autoridade de Deus e o fato da Sua soberania sobre o destino humano independem da vontade humana, não mudam de acordo com as preferências e escolhas do homem” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único III”). As palavras de Deus eram um lembrete oportuno. O momento exato em que o evangelho se espalha em certo lugar está totalmente sob a soberania de Deus. O fato de tantas pessoas na minha área terem aceitado a obra de Deus dos últimos dias nos últimos seis meses era prova de que o Espírito Santo estava operando intensamente entre elas. Deus queria ganhar mais pessoas entre elas e era a vontade de Deus que estava operando aqui. Em vista disso, pedir que mais irmãos trabalhassem juntos para espalhar o evangelho de Deus ainda mais era uma tendência inevitável e um arranjo muito sensato. O evangelho do reino certamente se espalhava nessa região. Com isso em mente, tive alguma confiança no coração. Eu não podia permitir que minha atitude defensiva e meus equívocos impedissem o trabalho evangelístico. Devia me submeter aos arranjos de Deus, lidar corretamente com o trabalho e cumprir o meu dever. Assim, na manhã seguinte, atribuí deveres a todos os novos irmãos.
Mais tarde, refleti sobre por que eu sempre tinha medo de assumir responsabilidade e me preocupava tanto com meu status e reputação. Depois de ler as palavras de Deus, consegui me entender um pouco. As palavras de Deus dizem: “Os anticristos são uma espécie astuta, não são? Em tudo que fazem, eles conspiram e calculam oito ou dez ou até mais vezes. Sua cabeça está cheia de pensamentos sobre como fazer com que tenham uma posição mais estável na multidão, como ter uma reputação melhor e um prestígio mais alto, como agradar ao Alto, como fazer com que os irmãos e irmãs os apoiem, amem e respeitem, e eles fazem o que for necessário para obter esses desfechos. Que senda eles estão trilhando? Para eles, os interesses da casa de Deus, os interesses da igreja e o trabalho da casa de Deus não são sua consideração principal, muito menos são coisas com as quais eles se preocupam. O que eles pensam? ‘Essas coisas nada têm a ver comigo. É cada um por si e que o demônio leve quem ficar por último; as pessoas devem viver para si mesmas e para seu status e reputação. Esse é o objetivo mais elevado que existe. Se alguém não sabe como deve viver para si mesmo e como se proteger, ele é um idiota. Se pedissem que eu praticasse de acordo com os princípios da verdade e me submetesse a Deus e aos arranjos da Sua casa, isso dependeria de se haveria ou não algum benefício para mim e se haveria alguma vantagem em agir assim. Se não me submeter aos arranjos da casa de Deus traz a possibilidade de eu ser expulso ou de perder uma oportunidade de ganhar bênçãos, eu me submeterei’. Assim, a fim de proteger seu status e reputação, muitas vezes os anticristos decidem fazer algumas concessões. Poder-se-ia dizer que, em nome de status, os anticristos são capazes de suportar qualquer tipo de sofrimento e, em nome de uma boa reputação, eles são capazes de pagar qualquer tipo de preço. O ditado ‘Um grande homem sabe quando ceder e quando resistir’ soa verdadeiro para eles. Essa é a lógica de Satanás, não é? Essa é a filosofia de Satanás para viver no mundo e é, também, o princípio de sobrevivência de Satanás. É totalmente repugnante!” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 2)”). Deus revela que os anticristos são especialmente astutos. Não importa o que façam, eles têm planos em seu coração. Sempre contemplam se o que fazem é bom para o seu status e prestígio e como podem ganhar mais status e reputação numa multidão. Mas o trabalho da casa de Deus não pesa no coração dos anticristos. Eles nunca pensam nele. Meu comportamento não era igual ao de um anticristo? Quando a líder me nomeou supervisora, minha primeira preocupação foi que eu não era boa nesse dever, que era difícil demais e que, se não o fizesse bem, eu seria revelada como pessoa sem calibre nem habilidade de trabalho, e como seria vergonhoso ser dispensada por isso. Assim achei que não devia aceitar um dever tão ingrato. Quando a líder cedeu mais pessoal à nossa igreja, achei que isso significaria mais pressão, que eu teria uma responsabilidade maior e que, se o trabalho não fosse tão eficaz quanto o esperado após a transferência, meu tamanho real seria revelado e eu acabaria perdendo minha posição, o que seria muito vergonhoso. A fim de preservar meu status e prestígio, preferi atrasar o trabalho da igreja a aumentar o número de pessoal. Eu era tão egoísta e desprezível! O não estava agindo igual a um anticristo? Quando refleti sobre isso, comecei a ter medo daquilo que eu revelava em meu comportamento, especialmente quando vi Deus revelar que, por fora, anticristos podem parecer obedientes, mas, na verdade, é só para proteger seu status e prestígio. Eles obedecem como concessão para enganar outras pessoas. Pensei em como, quando a líder ofereceu mais obreiros evangelísticos à nossa igreja, eu tive esse mesmo pensamento em mim. Eu sabia que era um assunto decidido, Assim, se eu não aceitasse o arranjo, impediria o trabalho evangelístico. No melhor dos casos, danificaria minha imagem no coração dos outros, e se as coisas dessem errado, eu poderia ser transferida ou dispensada. Por essas razões, eu devia obedecer. O que eu mostrava e fazia não era igual aos anticristos revelados por Deus? Eu podia sofrer qualquer coisa pelo bem de status e prestígio e achava que “um grande homem sabe quando ceder e quando avançar”. Esse tipo de obediência era repugnante e odioso para Deus.
Depois disso, li outra passagem da palavra de Deus. “Se alguém diz que ama a verdade e busca a verdade, mas, em essência, o objetivo que ele busca é, distinguir-se, exibir-se, fazer com que as pessoas o admirem, realizar os próprios interesses, e ele cumpre seu dever não para obedecer ou satisfazer a Deus, mas para alcançar prestígio e status, então sua busca é ilegítima. Assim sendo, quando se trata do trabalho da igreja, as suas ações são um obstáculo ou o ajudam a avançar? Elas são claramente um obstáculo; elas não o avançam. Algumas pessoas levantam a bandeira de fazer o trabalho da igreja, mas buscam seu prestígio e status pessoais, administram uma operação própria, criam seu grupinho, seu próprio reino pequeno — esse tipo de pessoa está cumprindo seu dever? Todo trabalho que eles fazem interrompe, perturba e prejudica o trabalho da igreja. Qual é a consequência da sua busca por status e prestígio? Em primeiro lugar, isso afeta como o povo escolhido de Deus come e bebe a palavra de Deus e como entende a verdade, isso impede sua entrada na vida, o impede de entrar na trilha certa da fé em Deus e o leva para a senda errada — o que prejudica os escolhidos e os leva à ruína. E o que isso acaba por fazer ao trabalho da igreja? É desmantelamento, interrupção e depreciação. Essa é a consequência produzida pela busca das pessoas por fama e status. Quando cumprem o seu dever dessa forma, isso não pode ser definido como trilhar a senda de um anticristo? Quando Deus pede que as pessoas deixem de lado status e prestígio, não é que Ele esteja privando as pessoas do direito de escolha; pelo contrário, é porque, enquanto buscam prestígio e status, as pessoas interrompem e prejudicam o trabalho da igreja e a entrada do povo escolhido de Deus na vida, e podem até influenciar como os outros comem e bebem as palavras de Deus, compreendem a verdade, e assim alcançam a salvação de Deus. Esse fato é indiscutível. Quando as pessoas buscam seu prestígio e status, é certo que elas não buscarão a verdade e que não cumprirão seu dever fielmente. Só falarão e agirão em prol de prestígio e status, e todo trabalho que fazem, sem a menor exceção, é com esse fim. Comportar-se e agir dessa forma é, sem qualquer dúvida, trilhar a senda dos anticristos; é uma interrupção e perturbação da obra de Deus, e todas as suas várias consequências estão impedindo a propagação do evangelho do reino e o fluxo livre da vontade de Deus dentro da igreja. Assim, pode-se dizer com certeza que a senda trilhada pelos que buscam status e prestígio é a senda de resistência a Deus. É resistência intencional a Ele, é contradizê-Lo — é cooperar com Satanás em resistir a Deus e em colocar-se em oposição a Ele. Essa é a natureza da busca das pessoas por status e prestígio. O problema com a busca das pessoas por seus interesses é que os objetivos que elas buscam são os objetivos de Satanás — são objetivos perversos e injustos. Quando as pessoas buscam interesses pessoais tais como prestígio e status, elas involuntariamente se tornam uma ferramenta de Satanás, se tornam um canal para Satanás e, além disso, se tornam uma personificação de Satanás. Elas exercem um papel negativo na igreja; no que diz respeito ao trabalho da igreja, à vida normal de igreja e à busca normal do povo escolhido de Deus, o efeito que elas têm é perturbar e prejudicar; elas têm um efeito adverso e negativo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 1)”). Quando a líder aumentou o número do pessoal evangelístico, eu sabia claramente que não tínhamos pessoas suficientes e que certamente não estávamos espalhando o evangelho tão rápido com tão pouca gente. Mas quanto ao meu trabalho na época, eu estava familiarizada com ele. Eu progredi um pouco após um tempo, era eficiente em meu dever e meus irmãos me tinham em alta estima. Para não perder meu status na época, eu preferia uma expansão do trabalho evangelístico mais lenta a aumentar o número de obreiros evangelísticos. Eu não estava obstruindo o trabalho da igreja? Eu era tão egoísta e desprezível! Pensando nisso, fiquei com muito medo e me arrependi do que tinha feito. Eu queria me arrepender e mudar e não queria continuar buscando desse jeito. Mais tarde, li na palavra de Deus como Noé tratou a comissão de Deus e eu me senti encorajada. As palavras de Deus dizem: “Depois de aceitar essa comissão, lendo as entrelinhas das palavras de Deus, a julgar por tudo que Deus tinha dito, Noé sabia que essa não era uma questão simples, não era uma tarefa fácil. […] Embora Noé tivesse percebido e entendido a grande dificuldade daquilo que Deus tinha confiado a ele e quão grandes seriam os suplícios que ele enfrentaria, ele não tinha intenção alguma de recusar, e, em vez disso, sentia uma gratidão profunda a Deus Jeová. Por que Noé estava grato? Porque, inesperadamente, Deus tinha confiado a ele algo tão significativo e tinha lhe dito e explicado pessoalmente cada detalhe. E o que era ainda mais importante, Deus também tinha contado a Noé toda a história, do início ao fim, de por que a arca deveria ser construída. Isso era um assunto do próprio plano de administração de Deus, era assunto próprio de Deus e, já que Deus tinha lhe falado sobre esse assunto, Noé sentiu sua importância. Em suma, a julgar por esses vários sinais, a julgar pelo tom da fala de Deus e pelos vários aspectos daquilo que Deus comunicou a Noé, Noé pôde sentir a importância de Deus lhe confiar a construção da arca, ele pôde apreciar isso em seu coração, e não ousou tratar levianamente nem ousou ignorar qualquer detalhe” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Três: Como Noé e Abraão ouviram as palavras de Deus e Lhe obedeceram (parte 2)”). “Confrontado com todo tipo de dificuldade, adversidade e desafio, Noé não recuou. Quando algumas de suas tarefas de engenharia mais difíceis falhavam frequentemente e sofriam danos, embora Noé se sentisse perturbado e angustiado no seu coração, quando pensava nas palavras de Deus, quando se lembrava de cada palavra que Deus lhe ordenara e de como Deus o elevara, muitas vezes ele se sentia extremamente motivado: ‘Não posso desistir, não posso negar o que Deus me ordenou e confiou a fazer; essa é a comissão de Deus, e uma vez que a aceitei, uma vez que ouvi as palavras ditas por Deus e a voz de Deus, e uma vez que aceitei isso de Deus, devo obedecer absolutamente, que é algo que deve ser alcançado por um ser humano’. Assim, independentemente do tipo de dificuldade que enfrentava, independentemente do tipo de zombaria ou vilipêndio que encontrava, não importando quão exausto e fraco seu corpo ficava, ele não abandonou o que lhe tinha sido confiado por Deus e se lembrou constantemente de cada palavra daquilo que Deus tinha dito e ordenado. Não importava como o seu ambiente mudava, não importava quão grande era a dificuldade que ele enfrentava, ele confiava que nada disso duraria para sempre, que somente as palavras de Deus jamais passariam e que apenas aquilo que Deus ordenara que fosse feito devia ser cumprido. Noé tinha em si verdadeira fé em Deus, e a obediência que devia ter, e ele continuou a construir a arca que Deus tinha pedido que ele construísse. Dia após dia, ano após ano, Noé envelhecia, mas a sua fé não diminuía, e não houve mudança em sua atitude e determinação de realizar a comissão de Deus. Embora houvesse momentos em que o seu corpo se sentia cansado e fraco e ele adoecia e ficava fraco no coração, a sua determinação e perseverança em completar a comissão de Deus e obedecer às palavras de Deus não diminuíram. Durante os anos em que construiu a arca, Noé praticou ouvir e obedecer às palavras que Deus tinha dito e praticou uma das verdades importantes de uma criatura de Deus e a conclusão da comissão de Deus da parte de uma pessoa comum” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Três: Como Noé e Abraão ouviram as palavras de Deus e Lhe obedeceram (parte 2)”). Contemplei as palavras de Deus e vi que Noé estava cheio de gratidão pela comissão de Deus. Ele agradeceu a Deus por Sua exaltação e confiança. Noé sabia que a construção da arca era um projeto enorme, que levaria muito tempo e que ele enfrentaria dificuldades incalculáveis no futuro. Mesmo assim, Noé não hesitou em aceitar a comissão de Deus, não foi negligente nem por um único momento. Ele simplesmente começou a preparar os vários materiais e itens necessários para a arca. Nesse período, ele teve que enfrentar todos os tipos de dificuldades, os equívocos de sua família e a calúnia de seus parentes e amigos. A pressão emocional que ele enfrentou foi enorme, e o processo deve ter sido muito difícil, mas, por mais dificuldades que enfrentasse, Noé nunca desistiu, e com fé e obediência genuína a Deus, ele continuou a construir a arca. Deus diz: “Noé praticou ouvir e obedecer às palavras que Deus tinha dito e praticou uma das verdades importantes de uma criatura de Deus e a conclusão da comissão de Deus da parte de uma pessoa comum”. A atitude de Noé em relação à comissão de Deus me envergonhou e inspirou. Eu tinha comido e bebido muito mais da palavra de Deus do que Noé, mas quando a expansão do trabalho evangelístico de Deus exigiu minha cooperação, eu só quis proteger meu status e prestígio e não considerei a vontade de Deus. Eu fui egoísta e desprezível, e eu devia tanto a Deus! Espalhar o evangelho do reino é o desejo urgente de Deus, e por mais dificuldades que enfrentemos, Deus nos conduzirá e guiará. Além disso, há tantos irmãos com os quais podemos nos comunicar. Nosso líderes também nos oferecem comunhão e orientação. Refleti com cuidado e percebi que minhas dificuldades não eram nada comparadas às de Noé. Eu sabia que devia imitar Noé cumprindo bem o meu dever com fé e obediência a Deus e confiando em Deus para expandir o trabalho evangelístico localmente. Mais tarde, encontrei irmãos que supervisionavam o trabalho evangelístico em outras igrejas e discuti com eles como aumentar a eficácia desse trabalho. Eles me deram alguns conselhos e ideias e, passo a passo, eu coloquei essas sugestões em prática.
Depois de algum tempo, recebemos muitas pessoas que investigavam o caminho verdadeiro. Todos os dias muitas pessoas aceitavam a obra de Deus dos últimos dias. No entanto, ainda nos faltavam obreiros de rega. Se esses recém-convertidos não conseguissem estabelecer um fundamento por falta de rega, eles poderiam ser perturbados pelas forças malignas de anticristos. Eu me senti muito culpada e sabia que devia muito a esses recém-convertidos. Na hora, eu não soube o que fazer. Fiquei tão ansiosa que comecei a soluçar, mas justamente quando me senti impotente, lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus. As palavras de Deus dizem: “Quando coisas acontecem, todos deveriam orar mais juntos e ter um coração de reverência a Deus. Jamais as pessoas devem confiar nas próprias ideias para agir arbitrariamente. Contanto que as pessoas sejam de uma só mente e de um só coração ao orar a Deus e buscar a verdade, elas serão capazes de obter o esclarecimento e a iluminação da obra do Espírito Santo, e serão capazes de ganhar as bênçãos de Deus. O que o Senhor Jesus disse? (‘Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por Meu Pai, que está nos céus. Pois onde se acham dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio deles’ [Mateus 18:19-20].) Que problema isso ilustra? Isso mostra que o homem não pode se afastar de Deus, que o homem deve confiar em Deus, que o homem não pode agir sozinho, e que seguir o próprio caminho não é aceitável. O que significa quando dizemos que o homem não pode agir sozinho? Significa que vocês devem colaborar em harmonia, fazer as coisas de uma só mente e de um só coração, e ter um objetivo comum. Em termos coloquiais, pode-se dizer que ‘um feixe de gravetos não pode ser quebrado’. Como, então, vocês podem se tornar iguais a um feixe de gravetos? Vocês devem estar de acordo, e então o Espírito Santo operará” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). A palavra de Deus me deu a senda e direção. Assim, discuti essa dificuldade com os supervisores de cada grupo e buscamos soluções juntos. Era um fardo que todos nós compartilhávamos e nos voluntariamos a enviar alguns irmãos dos nossos grupos para regar os recém-convertidos, o que aliviou o problema nas igrejas. No fim de dezembro, o resultado do nosso trabalho evangelístico foi dez vezes melhor do que seis meses atrás. Na época, meus irmãos ficaram tão animados que choraram, e eu também fiquei muito animada. Agradeci a Deus do fundo do meu coração pela orientação Dele! A obra de Deus é feita pelo Próprio Deus, e as pessoas só cooperam. Também me senti muito culpada e envergonhada porque meu desejo de preservar status e prestígio quase impediu o trabalho evangelístico.
Depois de um tempo, vi que minha irmã parceira, que supervisionava o trabalho da igreja, estava um pouco ocupada demais. Eu quis aliviar um pouco o fardo dela, e, feliz, ela concordou. Mas quando comecei a fazer o trabalho, descobri que ele era muito mais complicado do que eu tinha imaginado. Faltava-me experiência, e eu não era boa em usar a verdade para resolver problemas. Fiquei preocupada com o que os outros pensariam de mim se eu não fizesse um bom trabalho. Eles achariam que eu não tinha nenhuma realidade da verdade e que eu não valia nada? Assim, como supervisora, eu não teria como me estabelecer entre eles. Quanto mais pensava nisso, mais sentia que era arriscado demais e que eu não devia assumir isso. Eu me arrependi de pensar de forma tão simples e quis encontrar uma desculpa para que minha parceira fizesse o trabalho de acompanhamento. Foi quando me lembrei da minha experiência de fracasso um tempo atrás. Percebi que estava defendendo minha reputação de novo e me lembrei de uma passagem da palavra de Deus. “Para todos que cumprem seu dever, por mais profundo ou raso que seja seu entendimento da verdade, a maneira mais simples de prática para entrar na realidade da verdade é pensar nos interesses da casa de Deus em tudo e abrir mão de desejos egoístas, intenções individuais, motivos, orgulho e status. Coloque os interesses da casa de Deus em primeiro lugar — isso é o mínimo que se deve fazer. Se uma pessoa que cumpre seu dever não consegue fazer nem mesmo isso, então como se pode dizer que ela está cumprindo seu dever? Isso não é cumprir o dever da pessoa” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). A palavra de Deus foi um lembrete oportuno de que eu devia renunciar ao meu status e colocar o trabalho da igreja em primeiro lugar. Tanto trabalho precisava ser feito na igreja, e minha parceira estava ocupada demais, mas eu ainda tinha algum tempo e energia, portanto, deveria compartilhar o fardo. Se tentasse fazer com que minha parceira assumisse o trabalho para preservar minha reputação, eu só seria egoísta e desprezível. Então desisti da ideia. Quis dar tudo de mim para fazer bem esse trabalho.
O fato de eu estar livre das garras de status e prestígio, de poder considerar o fardo de Deus com um coração sincero e de cumprir meu dever da melhor forma possível deve-se inteiramente aos resultados alcançados pelas palavras de Deus. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.