Tirando a máscara
Em junho passado, logo que comecei a cumprir o dever de líder. No ínício, já que eu falava francês e podia me comunicar diretamente com os novos membros, algumas irmãs com quem eu trabalhava vinham me pedir ajuda na tradução e quando tinham perguntas ou outras dificuldades. Na igreja dos recém-convertidos, não importava o grupo que eu visitava para comungar, todos ouviam com atenção e, quando eu terminava, sempre diziam que tinha sido muito útil. Pensava que, em comparação com as irmãs com quem trabalhava, minhas habilidades linguísticas eram melhores, e, em comparação com os recém-convertidos, eu conseguia comungar sobre verdades, o que significava que eu era uma parte insubstituível do grupo. Isso realmente satisfazia minha vaidade. Mas, como resultado, eu estava sempre tentando manter a boa impressão que tinham de mim. Sempre que um irmão fazia uma pergunta, mesmo não sabendo a resposta, eu fingia saber.
Lembro-me de uma vez quando visitei um grupo para comungar sobre a implementação de um projeto. Um irmão me fez uma pergunta, mas já que era a primeira vez que fazia esse trabalho, eu não tinha certeza sobre os princípios de prática e exigências específicos e não sabia como responder. Fiquei pensando: “Se eu disser que não sei, esse irmão me menosprezará? Pensará que tenho acreditado em Deus por muito mais tempo do que ele, mas não consigo nem responder a essa perguntinha, e por isso não entendo a verdade? Isso seria tão vergonhoso. Os outros irmãos ainda me aprovariam como líder? Aconteça o que acontecer, não posso deixar que todos saibam que não compreendo”. Com isso em mente, agi calmamente e citei algumas doutrinas de que me lembrava. Eu vi que ele não ficou satisfeito com minha resposta. Na verdade, eu me senti um pouco culpada — eu não estava enganando esse irmão? Mas para não passar vergonha, não lhe disse a verdade. Outra vez, um irmão me perguntou como devia organizar o tempo para ser mais eficiente em seus deveres. Ele disse que isso o estava incomodando muito e que precisava de ajuda. Eu não sabia como ajudá-lo na hora, porque tenho os mesmos problemas. Também não sou boa em gerenciar meu tempo e muitas vezes acho que não há bastante. Mas se ele soubesse que tenho o mesmo problema apesar de crer em Deus por todos esses anos, ele me menosprezaria? Pensaria que não entendo mais do que ele? A imagem que ele tem de mim não seria arruinada? Eu lhe contei sobre algumas teorias de administração de tempo e o levei a crer que eu também as uso na minha prática. Ele não disse nada depois disso, e eu não perguntei se ele tinha achado minha comunhão útil. Temia que ele faria perguntas mais detalhadas e que, se não conseguisse respondê-las, isso seria um vexame para mim. Assim, só dei uma maquiada no seu problema. Houve muitas vezes em que meu próprio estado não era tão bom. Trabalhando ao lado dos irmãos, revelei alguns caracteres corruptos, mas durante as reuniões eu evitava falar honestamente sobre eles. Eu só falava sobre algum entendimento literal das palavras de Deus e comungava algumas doutrinas vazias para levá-los a pensar que eu entendia a verdade e tinha mais fé e estatura do que eles. Uma vez, uma irmã que eu tinha regado antes me enviou uma mensagem dizendo que sentia falta das reuniões que costumávamos ter. Normalmente, em minhas interações com os irmãos, eu conseguia saber por meio de comunicação verbal e não verbal que eles me admiravam. Eu ficava feliz e gostava de sentir que era uma pessoa importante na igreja e até esperava que todos continuassem me admirando e apoiando. Às vezes, não me sentia muito à vontade quando pensava que estava sempre fingindo ser alguém digno de admiração. Eu estava trazendo as pessoas para diante de mim para que me adorassem? Mas isso passava pela minha mente só de vez em quando; eu não dava muita atenção a isso.
Certa manhã no início de outubro, minha irmã parceira e eu estávamos discutindo o trabalho com uma líder de grupo. Essa irmã fez com que a líder de grupo mencionasse os problemas e deficiências que estávamos enfrentando no cumprimento do nosso dever. Fiquei muito surpresa quando a líder de grupo me disse: “Eu realmente adoro vocês, irmãos e irmãs chineses, especialmente você. Muitas vezes penso que o que você diz é mais importante do que as palavras de Deus. Só quero ouvir você”. Ao ouvir isso, meu coração palpitou no peito e meu rosto começou a arder. Ela continuou, dizendo: “Sei que é errado adorar pessoas, mas já a conheço há um ano e não vi nenhuma de suas corrupções, dificuldades ou fraquezas. Isso me leva a pensar que você é praticamente perfeita, sem qualquer corrupção. Não posso deixar de admirá-la”. Aquilo me surpreendeu e assustou. Eu fiquei calada por alguns minutos até traduzir os comentários da líder de grupo para a minha irmã parceira, gaguejando o tempo todo. Então ela comungou com a líder de grupo sobre o estado em que ela estava. Eu só ajudei com a tradução, já que não sabia o que dizer. E a reunião terminou desajeitada daquele jeito.
Depois, senti uma fraqueza no corpo todo. Fiquei ouvindo o eco das palavras da irmã na minha cabeça, especialmente a parte sobre não ver minha corrupção, que eu parecia perfeita e que ela me adora e que ela acha minhas palavras mais importantes do que as de Deus. No início, sem um entendimento de mim mesma, me senti injustiçada e muito assustada. Pensei que o que ela disse era ridículo. Eu nunca pedi que ela tratasse minhas palavras como as de Deus. O fato de ela dizer isso não significava que a natureza do problema era muito sério? Eu não a trouxe para diante de mim e me tornei um anticristo? Naquela tarde, não consegui pensar em outra coisa, mas fiquei remoendo aquele momento na minha mente. Vim para Diante de Deus para orar e buscar: “Deus, me dói e me assusta pensar sobre o que aquela irmã disse hoje. Nunca imaginei que ela me via daquele jeito. Ó Deus, não sei como me meti nessa situação. Ainda não entendo a mim mesma. Por favor, lidera-me e guia-me para conhecer a mim mesma. Estou disposta a me arrepender e parar de fazer as coisas que odeias”. Numa manhã, li duas passagens das palavras de Deus. “Não importa qual é o ambiente ou onde estão cumprindo seu dever, os anticristos passam a impressão de não ser fracos, de ter amor máximo por Deus, de estar repletos de fé em Deus, de nunca ter sido negativos, escondendo dos outros a atitude verdadeira e a visão real que guardam no fundo de seu coração sobre a verdade e Deus. Na verdade, no fundo do coração, eles realmente acreditam ser onipotentes? Realmente acreditam que não têm fraquezas? Não. Então, sabendo que possuem fraquezas, rebeldia e um caráter corrupto, por que falam e se comportam dessa maneira na frente dos outros? Seu objetivo é óbvio: é simplesmente proteger seu status entre e diante de outros. Acreditam que, se, na frente dos outros, eles são abertamente negativos, dizem abertamente coisas que são fracas, revelam rebeldia e falam sobre conhecer a si mesmos, isso é algo que prejudica seu status e reputação, é uma perda. Portanto, prefeririam morrer antes de dizer que são fracos e negativos e que não são perfeitos, mas simplesmente uma pessoa comum. Acreditam que, se admitirem que têm um caráter corrupto, que são uma pessoa comum, um ser pequeno e insignificante, perderão seu status na mente das pessoas. E assim, apesar de tudo, não conseguem desistir desse status; em vez disso, fazem de tudo para obtê-lo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 10)”). “Que caráter é esse quando as pessoas sempre exibem uma fachada, sempre se camuflam, sempre fingem para que os outros as admirem e não consigam ver suas falhas ou deficiências, quando sempre tentam apresentar seu melhor e mais perfeito lado às pessoas? Isso é arrogância, falsidade, hipocrisia, é o caráter de Satanás, é algo maligno. […] Aqueles que não reconhecem essas coisas nunca mencionam as próprias falhas, deficiências e estados corruptos, e jamais falam sobre conhecer a si mesmos. O que eles dizem? ‘Eu acredito em Deus há muitos anos. Vocês não sabem o que estou pensando quando faço algo, o que eu levo em consideração, o que sou apto a fazer!’ Isso é um caráter arrogante? Qual é a característica principal de um caráter arrogante? Qual é o objetivo que querem alcançar? (Fazer com que as pessoas os admirem.) O propósito de fazer com que as pessoas os admirem é dar-lhes status na mente das pessoas. Quando você tem status na mente de alguém, quando este está em sua companhia, ele o trata com respeito e é especialmente educado ao conversar com você, sempre é respeitoso com você, sempre lhe dá preferência em todas as coisas, ele bajula você e nunca diz nada que o magoe, e discute sobre tudo com você. Tudo isso não é, na verdade, benéfico para você? Isso é exatamente o que as pessoas desejam. […] Quando elas enganam as pessoas, quando fingem, se camuflam, exibem uma fachada e se embelezam, seu objetivo é fazer com que os outros pensem que são perfeitas a fim de desfrutar os benefícios do status. Se você não acredita nisso, reflita sobre isso com cuidado; por que você sempre quer que as pessoas o admirem? O que, exatamente, o status que você busca tão vigorosamente lhe trará? É bom para você, ele lhe traz benefícios e coisas que você pode desfrutar” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). Deus revelou que os caracteres dos anticristos são especialmente arrogantes e malignos. Eles se disfarçam a qualquer custo a fim de manter seu status e imagem entre os outros. Nunca permitem que os outros vejam sua corrupção, fraqueza ou negatividade, mas sempre desejam status na mente das pessoas e se deleitam com os benefícios do status. Vi que meu caráter era igual ao dos anticristos como Deus expôs. Desde que me tornei uma líder da igreja dos recém-convertidos, eu me disfarçava a cada passa para proteger meu status e imagem e amava a sensação de ser respeitada e adorada. Os irmãos me faziam perguntas na esperança de que eu os ajudasse, mas eu só fingia conhecer a resposta. Eu cuspia algumas doutrinas vazias só para enrolá-los. Às vezes, meu caráter corrupto se revelava quando trabalhava com os irmãos, mas durante a comunhão eu sempre evitava falar sobre meu estado verdadeiro, temendo que todos me menosprezariam e se perguntariam como eu ainda podia ser tão corrupta quanto eles depois de tantos anos de fé. Eu nunca me abria com os irmãos sobre meu estado verdadeiro nem dizia o que realmente estava sentindo. Eu só declamava umas doutrinas para enganar as pessoas, sem me importar se aquilo realmente os ajudava com seus problemas ou se minha comunhão os beneficiava. Eu só queria manter meu próprio status e a admiração de todos. Eu era desprezível e maligna. Se sempre me disfarço para que os irmãos não vejam minhas corrupções e deficiências, com o passar do tempo, é muito provável que me admirarão. Lembrei-me do ano em que regava os recém-convertidos, quando os irmãos não sabiam nada sobre Deus, mas acabavam me admirando e adorando. Até viam minhas palavras como mais importantes do que as de Deus. Eu não os estava trazendo para diante de mim? Eu não estava cumprindo meu dever, eu estava praticando o mal! Eu sempre me disfarçava e buscava a admiração dos outros. Mas quando uma irmã estava na minha frente e me disse que me admirava e adorava, não senti nenhuma alegria nem prazer. Na verdade, senti pânico e angústia, como se tivesse provocado um desastre. Vendo que eu sempre buscava fama e status, disfarçando-me para fazer com que os outros me admirassem e desfrutando dos benefícios do status, percebi que eu não estava na senda certa, mas numa senda contra Deus. Finalmente entendi que a irmã dizendo essas coisas era um lembrete de Deus, um alerta. Deus estava me protegendo. Caso contrário eu teria continuado a fingir e trabalhar por status, o que é muito perigoso.
Mais tarde, li as palavras de Deus: “Algumas pessoas não buscam a verdade e, uma vez que tenham recebido uma oportunidade de ser líderes, elas agem, através de vários meios, fazendo esforço e pagando um preço, para adquirir status. No final, podem ganhar status, enganar as pessoas e conquistar seu coração, para que mais pessoas as adorem e as admirem. Depois de adquirirem poder pleno e terem satisfeito seu desejo de status, qual é o resultado final? Não importa que favores pequenos essa pessoa use para subornar as pessoas, quanto exiba seus dons e habilidades ou quais métodos use para enganar as pessoas a terem uma boa impressão dela, e não importa que meios ela use para conquistar o coração das pessoas e ocupar um lugar nele, o que ela perdeu? Ela perdeu uma oportunidade de ganhar a verdade durante o cumprimento dos deveres de liderança. Ao mesmo tempo, por causa das várias maneiras com que se comportou, ela também acumulou atos malignos que provocarão seu desfecho final. Quando olham para isso agora, vocês diriam que usar pequenos favores, ou se exibir, ou enganar as pessoas com ilusões é uma boa senda para seguir, a despeito dos muitos benefícios e de quanta satisfação uma pessoa que implemente esses meios possa parecer obter externamente? É uma senda de buscar a verdade? É uma senda que pode trazer a salvação? É óbvio que não. Esses métodos e truques, por mais brilhantemente que possam ter sido concebidos, não podem enganar a Deus e, no fim das contas, todos eles são condenados e odiados por Deus, porque, por trás de tais comportamentos, se escondem a ambição pessoal e um tipo de atitude e essência de querer colocar-se contra Ele. No fundo, Deus jamais e de forma alguma reconheceria tal pessoa como alguém que está cumprindo seu dever; em vez disso, a definiria como um malfeitor. Qual é a conclusão de Deus ao lidar com malfeitores? ‘Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade!’ Quando Deus disse: ‘Apartai-vos de Mim’, ele estava mandando as pessoas para Satanás, para onde Satanás reside, e Ele não as queria mais. Não as querer significava que Ele não as salvaria. Se você não faz parte do rebanho de Deus, sem falar de não ser um de Seus seguidores, você não está entre aqueles que Ele salvará. É assim que tal pessoa é definida” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles tentam conquistar as pessoas”). Fiquei aterrorizada quando li isso. Eu podia sentir que o caráter de Deus não tolera ofensa. Eu estava sempre fingindo para enganar e despistar as pessoas para ganhar popularidade. Em essência, eu queria substituir Deus no coração das pessoas, que me tratassem como Deus. Eu estava competindo com Deus, algo que O ofende profundamente. Lembrando-me daquele ano interagindo com os irmãos, eu fingia todos os dias. Ninguém podia realmente entender que tipo de pessoa eu era, supondo que eu entendia a verdade, tinha estatura e estava livre de corrupções. Eles me adoravam cegamente. Ao enganar e ludibriar as pessoas, eu estava cometendo o mal e resistindo a Deus. Isso me lembra dos fariseus, que serviam a Deus, mas nunca O exaltavam ou testificavam Dele. Falavam muito no templo e se exibiam recitando alguma doutrina e conhecimento das Escrituras. Deliberadamente se posicionavam na rua para orar e ampliavam seus filactérios e alongavam as borlas de suas roupas. Pareciam devotos e tinham um comportamento bom e eram altamente respeitados pelo povo, que os admirava e adorava. Mas Deus, condenando-os como malfeitores e laia da serpente, os acusou com sete ais. Deus é de caráter justo e santo e não tolera qualquer ofensa contra Seu caráter. Ele odeia e condena os hipócritas que desejam popularidade como os fariseus. De forma alguma Ele salva pessoas assim. Tudo que eu fazia na época era igual aos fariseus. Eu participava de muitas reuniões e completava algum trabalho enquanto cumpria meu dever, mas minha intenção não era satisfazer a Deus, mas proteger meu próprios status e imagem entre as pessoas. Eu sempre fingia que compreendia a verdade e entendia bem as coisas. Até evitava falar sobre minhas fraquezas e corrupções para que os outros me admirassem e adorassem, e o resultado foi que eu trouxe as pessoas para diante de mim. Se eu tivesse continuado a me disfarçar e a seguir a mesma senda dos fariseus, eu teria sido rejeitada e eliminada por Deus. Ao ver que Deus condena e elimina esses tipos de pessoas, fiquei muito assustada. Eu me culpei e me enchi de remorso. Deus me elevou a uma posição de liderança, esperando que eu regasse e apoiasse os recém-convertidos, guiando os irmãos para entenderem rapidamente a verdade e estabelecerem um fundamento no caminho verdadeiro. Mas não fiz meu trabalho corretamente, não cumpri meus deveres de liderança. Só me agarrei ao meu status. Eu não estava ajudando os irmãos em sua entrada na vida, mas estava enganando e prejudicando eles. Eu era desprezível demais, carecia de qualquer consciência ou razão. Quanto mais refletia sobre isso, mais arrependida me sentia. Ajoelhei-me diante de Deus e orei a Ele: “Ó Deus, no cumprimento do meu dever, não busquei a verdade, mas segui a senda errada, buscando fama e status. Eu Te levei a me detestar e odiar. Deus, não quero continuar assim. Quero me arrepender e mudar. Oro por Tua liderança e orientação”.
Mais tarde, vi outra passagem das palavras de Deus: “Primeiro, você deve entender o que é um verdadeiro ser criado: um verdadeiro ser criado não é sobre-humano, mas uma pessoa que vive de forma direta e humilde na terra e não é nem um pouco extraordinária. O que significa não ser extraordinário? Significa que, não importa quão alto você seja ou quão alto possa pular, permanece o fato de que sua altura não mudará, e que você não tem nenhuma capacidade extraordinária. Se você sempre deseja superar os outros, ser classificado acima dos outros, então isso é gerado por seu caráter arrogante e satânico, e é sua ilusão. Você não pode, na verdade, alcançar isso, e é impossível para você fazê-lo. Deus não lhe deu tal talento ou habilidade, nem Ele lhe deu tal essência. Não se esqueça de que você é um membro normal e comum da humanidade, de maneira alguma diferente dos outros, embora sua aparência, família e a década de seu nascimento possam ser diferentes, e possa haver algumas diferenças em seus talentos e dons. Mas não se esqueça disto: não importa quão diferente você seja, é apenas nesses pequenos modos, e seu caráter corrupto é igual ao de outras pessoas, e os princípios, objetivos e orientações aos quais você deve aderir no desempenho do seu dever são idênticos aos dos outros. É apenas em seus pontos fortes e dons que as pessoas diferem” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). “Como uma das criaturas, o homem deve guardar sua própria posição, e se comportar conscienciosamente. Obedientemente protege aquilo que lhe é confiado pelo Criador. Não aja indevidamente, nem faça coisas além de sua capacidade ou que são abomináveis para Deus. Não tente ser grande nem se tornar um super-homem nem estar acima dos outros, nem busque tornar-se Deus. É isso que as pessoas não devem desejar ser. Querer se tornar grande ou um super-homem é absurdo. Querer se tornar Deus é ainda mais vergonhoso; é repugnante e desprezível. O que é louvável, e o que as criaturas devem valorizar acima de tudo, é se tornar uma criatura verdadeira; esse é o único objetivo que todas as pessoas devem perseguir” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único I”). Essas passagens me mostraram que eu sou apenas um ser criado comum, igual a todos os outros. Deus espera que eu consiga ficar em meu lugar e de agir com cuidado no cumprimento do meu dever. Deus me deu certas qualidades e habilidades linguísticas. Eu deveria agradecer a Deus por elas e usá-las para cumprir o meu dever. Mas eu usei essas coisas como capital para me dar bem. Eu era claramente uma pessoa corrupta cheia do caráter corrupto de Satanás. Mas eu tentava de tudo para esconder minhas corrupções e deficiências, disfarçando-me como uma pessoa perfeita para que os outros me admirassem e adorassem. Percebi que o que estava buscando era hipócrita e vergonhoso. Era repugnante para o homem e vil para Deus. Eu sempre me disfarçava, escondendo minhas corrupções, mas mesmo que os outros não vissem, essas corrupções ainda faziam parte de mim, eu não estava enganando a mim mesma e aos outros? Sem jamais me abrir para buscar a verdade, esses caracteres corruptos jamais podiam ser resolvidos. Eu não só sofria em minha própria vida, mas também enganava os outros. Eu não estava dando um tiro no próprio pé? Fingimento e enganação não são uma senda boa.
Numa reunião, lemos algumas passagens das palavras de Deus e eu encontrei a senda para praticar. “‘Compartilhar e comunicar experiências’ significa dar voz a cada pensamento em seu coração, a seu estado de ser, às suas experiências, ao seu conhecimento das palavras de Deus e ao caráter corrupto dentro de você e então permitir que os outros os discernem, aceitam as partes positivas e reconhecem o que é negativo. Só isso é compartilhar e só isso é verdadeiramente comunicar” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). “Para livrar-se do controle do status sobre você, você deve primeiro expurgá-lo de suas intenções, de seus pensamentos e do seu coração. Como isso é alcançado? Antes, quando você não tinha status, você ignorava aqueles que não lhe agradavam. Agora que você tem status, quando vir tais pessoas, você deve gastar um tempo a mais comungando com elas — você deve ser o oposto. Você deve gastar mais tempo abrindo seu coração para as pessoas, desnudando-se, comunicando seus problemas e fraquezas, como você desobedeceu a Deus e como, depois, você emergiu disso e foi capaz de cumprir a vontade de Deus. Por exemplo, você acha que, uma vez que alcançou um status, você deve ter um jeito autoritário de se apresentar e falar em determinado tom. Quando percebe que isso é um modo equivocado de pensar, você deve abandoná-lo; não trilhe essa senda. Quando tem pensamentos desse tipo, você deve sair desse estado e não permitir que fique preso nele. Uma vez que ficar preso nele e aqueles pensamentos e opiniões tomarem forma dentro de você, você se disfarçará e se embrulhará, fazendo-o de forma incrivelmente apertada até que, por fim, as pessoas não conseguem mais sentir seu coração e sua mente, e você estará falando com os outros como que por trás de uma máscara. Eles não serão capazes de ver seu coração. Você deve aprender a permitir que os outros vejam seu coração; aprenda a se abrir com eles e a se aproximar deles — você simplesmente toma a abordagem oposta. Esse não é o princípio? Essa não é a senda para praticar? Comece com seus pensamentos e sua percepção: no momento em que deseja se esconder, você deve orar assim: ‘Ó Deus! Quero me disfarçar de novo e estou prestes a me envolver em esquemas e enganações mais uma vez. Sou um diabo! Eu Te faço detestar-me! Atualmente, estou tão enojado comigo mesmo. Por favor, disciplina-me, repreende-me e pune-me’. Você deve orar e trazer sua atitude à luz. Isso envolve como você pratica” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Para resolver seu caráter corrupto, deve-se ter uma senda específica de prática”). As palavras de Deus me esclareceram ainda mais. Livrar-se do jugo da fama e status significa praticar a verdade e ser uma pessoa honesta. Devemos revelar nosso coração e nos abrir sobre nossas corrupções e deficiências aos irmãos para mostrar a todos nosso ser verdadeiro. Quando outros fazem perguntas, devemos responder da melhor maneira possível e ser honestos quando não entendemos algo, para que possamos buscar a verdade juntos. Quando colocamos isso mais em prática, podemos aos poucos nos livrar do jugo de fama e status. Na época, pensei que deveria me abrir aos outros e revelar para eles como eu tinha me disfarçado. Mas eu estava num dilema sobre o que aconteceria se eu me abrisse assim: “Se eu lhes contar sobre meu caráter verdadeiro, o que todos pensarão? Eles me menosprezarão?” Isso me deixou cada vez mais nervosa. Percebi que estava tentando fingir de novo, então orei a Deus no meu coração. Refleti sobre como sempre usava me preocupar com como os outros me viam e nunca considerava o que Deus exigia de mim. Decidi que tentaria parar de salvar minha reputação e proteger meu status. Eu devia praticar a verdade e ser uma pessoa honesta, e me abrir para todos e expor minhas próprias corrupções para que soubessem que eu sou uma pessoa corrupta, indigna de tal admiração. Me senti bem mais calma depois de pensar sobre isso desse jeito, e comunguei sobre como, a fim de proteger minha reputação e status, eu tinha escondido minhas próprias corrupções e deficiências. Também compartilhei o que tinha aprendido sobre os perigos de buscar status, para que os irmãos pudessem aprender com meus fracassos. Depois de comungar, eu me senti em paz e libertada, e os outros disseram que tinham se beneficiado disso. Também senti a paz e alegria de praticar a verdade e de ser uma pessoa honesta. Agora quando estou com os irmãos, eu abro meu coração para comungar com eles e falar sobre como situações diferentes expuseram minhas corrupções, como eu percebi que as tinha e como busquei a verdade. Quando não conheço a maneira de praticar na hora, eu o digo honestamente, sem considerar o que eles possam pensar de mim. Quando cumpro o dever com meus irmãos, eu me abro conscientemente sobre coisas que me confundem ou que são difíceis para mim. Também os informo sobre coisas que não entendo ou não sei fazer e os encorajo a oferecer sugestões e se manifestar para que todos possamos aprender uns com os outros. Aos poucos, os irmãos se tornaram capazes de assumir um fardo em seu dever e começaram a refletir sobre as corrupções que revelavam e a ler as palavras de Deus para aprender sobre si mesmos. Vendo tudo isso, agradeci a Deus do fundo do meu coração. Com essa experiência, senti profundamente que a parte mais importante de ser um ser criado é ser uma pessoa firme, que cumpre seu dever da melhor maneira possível, e ser honesto com Deus e os outros. Só assim os outros podem se beneficiar e ser edificados com aquilo que vivemos.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.