Minha história de trabalho com um novo crente

13 de Março de 2024

Por Ouzhen, Mianmar

Em abril de 2020, fui selecionada para servir como diaconisa da igreja. No início, fiquei muito nervosa e com receio de não me sair bem, mas graças à ajuda e ao apoio dos meus irmãos e irmãs, aos poucos fui entendendo uns princípios e pude fazer um pouco do trabalho. Mais tarde, fui selecionada como líder de igreja e supervisionei ainda mais trabalho. Às vezes, meu líder superior me elogiava muito. Por exemplo, ele dizia que não precisava se preocupar quando me atribuía trabalho enquanto tinha que supervisionar outros que recebiam a mesma tarefa. Isso me fez pensar que eu estava me saindo muito bem. Mais tarde, um irmão chamado Christopher, que eu tinha regado, foi escolhido como líder de igreja. O Christopher tinha calibre médio, mas gostava de espalhar o evangelho e obtinha bons resultados. Fiquei contente por ele ter sido selecionado, pois isso refletia a minha habilidade, uma vez que eu o tinha regado e cultivado.

Em junho de 2022, fui a uma vila para ver como estava o trabalho evangelístico. Christopher não pôde comparecer devido a questões de segurança, e, por isso, fez parceria comigo pela internet. Ele me fazia perguntas sobre a da vila, e isso nos ajudava a identificar problemas e corrigi-los a tempo. Só que, na época, eu achei que, como ele era novo na fé e tinha acabado de se tornar líder, ele seria incapaz de fazer o trabalho. Eu já era líder havia dois anos e tinha aprendido alguns princípios; além disso, eu mesma tinha regado o Christopher, por isso não queria fazer parceria com ele e não queria que ele participasse do trabalho que eu supervisionava. Um dia, o Christopher me mandou uma mensagem: “Quais são seus planos para a vila daqui para a frente? Vamos conversar quando você tiver tempo”. Ao ver essa mensagem, fiquei um pouco resistente: “Só passaram alguns dias e você já está perguntando sobre o progresso do meu trabalho? Não é assim tão rápido. Afinal, esse não é meu único projeto”. Não quis mais discutir essa questão com ele, então apenas respondi: “Acabei de chegar e ainda não comecei a planejar”. Ele respondeu: “Então é melhor começar a planejar o quanto antes”. Quando vi a mensagem dele, pensei: “Será que esse projeto progredirá bem se eu deixar alguém com menos calibre do que eu e menos experiência atuar como meu parceiro?”. Não fiquei contente com nada disso. Mais tarde, quando o Christopher vinha checar meu progresso no trabalho, eu só queria ignorá-lo. Quase não falava de trabalho com ele, achava inútil falar com ele, e, no fim, eu teria que fazer tudo por conta própria. Por isso, eu mesma organizava todo o trabalho na vila. Uma vez, Christopher me mandou uma mensagem que dizia assim: “Há alguns recém-convertidos numa vila vizinha que não divulgam o evangelho por medo de ser presos. Eles estavam muito motivados, mas recentemente pararam de ir às reuniões. Você poderia lhes dar um pouco de apoio”. Quando vi a mensagem dele, pensei: “Não preciso que me diga isso. É óbvio que eles precisam do meu apoio, mas agora não tenho tempo. Além disso, a vila fica muito longe; não é assim tão fácil, se levantar e ir. No fim das contas, sou eu que vou acabar indo para lá, não você. Até porque você não faz nada, na verdade, então nem vale a pena discutir com você. Eu tenho as minhas ideias, meus planos para esses projetos; e vou proceder de acordo com o meu calendário; não preciso que me oriente e me controle”. Então, respondi assim: “Ainda não tive tempo de ir. Os recém-convertidos trabalham de dia, e os horários ainda não se alinharam”. Christopher deu uma resposta de uma linha só: “Ah, então está bem”. A essa altura, achei que ele estava a se sentindo constrangido por mim. Com qualquer outro, ele teria questionado mais pormenores do trabalho, mas não se atreveu a fazer isso depois da minha resposta. Depois disso, parei de falar de trabalho com o Christopher, e, quando ele tentava marcar uma reunião comigo, eu sempre dizia: “Estou ocupada com outro trabalho. A gente se fala depois, quando eu tiver tempo”. Mesmo quando tinha tempo livre, eu não o procurava, e ia fazer outro trabalho. Com o tempo, os irmãos das três equipes que eu supervisionava já não conseguiam fazer parcerias harmoniosas, e trabalhavam sozinhos e raramente conversavam uns com os outros. A atmosfera durante as nossas reuniões era menos animada do que em outras igrejas, e obtivemos resultados ruins no nosso trabalho evangelístico. Na época, eu reparava, um pouco, que era tudo porque eu não tinha feito parceria com o Christopher, e que Deus estava me mostrando as coisas, com isso, mas eu só arranjava desculpas. Eu não evitava fazer parceria com ele, dizia eu, apenas tinha outro trabalho para fazer e não tinha muito tempo para falar com ele. Depois disso, continuei a trabalhar por minha conta. Uma vez, Christopher me convidou para uma reunião com os supervisores das três equipes para fazer um resumo e comunicar os problemas que tínhamos no dever. Referindo-se às palavras de Deus, o Christopher disse: “As palavras de Deus dizem que, quando nos deparamos com problemas no dever, deveríamos fazer uma pausa para resumi-los e identificar os desvios. Atualmente, as parcerias não estão em harmonia, cada um trabalha por si, não estamos de acordo, e não apoiamos realmente os irmãos e as irmãs, o que levou a uma parada no progresso do trabalho. De agora em diante, deveríamos nos comunicar e discutir mais e trabalhar juntos por um trabalho bem-feito”. Ele e os outros comunicaram, também, métodos bons de prática que outras igrejas tinham adotado, mas eu não estava a fim de ouvir e continuei praticando do meu jeito. Como resultado, o trabalho que supervisionei não produziu resultado nenhum por três meses. Mais tarde, cinco funcionários da vila onde eu morava vieram me interrogar, tentaram revistar meu celular e me alertaram, disseram que, se me pegassem espalhando o evangelho na vila, me mandariam para o governo distrital e deixariam que eles lidassem comigo. Fiquei um pouco chocada com o que aconteceu e pensei: “Por que é que isso aconteceu? Nestes últimos meses, andei tendo resultados ruins no dever e raramente falava do trabalho com o Christopher — será que Deus está usando esta situação para me lembrar de tirar lições desses reveses? Se não refletir e retificar meus problemas, talvez eu fique sem cumprir este dever por muito mais tempo”.

Um dia, no final de agosto, reuni-me pela internet com uns colegas de trabalho para discutir se eu deveria sair da vila. Um líder de equipe perguntou: “Faz três meses que você não tem resultados nessa vila; por que você acha que isso está acontecendo?”. Respondi que não tinha certeza. O líder de equipe disse, então: “Não deveria refletir um pouco sobre essa questão? Os irmãos vêm dizendo que você age de forma arbitrária e não faz parceria com os outros. Não está disponível quando eles a procuram para discutir o trabalho. Pedimos que você fosse a essa vila para motivar os irmãos e promover o trabalho evangelístico, mas você não tem feito o que devia fazer”. Outro líder de equipe disse: “Se você não fez o que lhe foi atribuído, então deveria voltar!”. Senti meu rosto ficar vermelho, e cada uma daquelas palavras foi como um soco no estômago. Nesse momento, só quis rastejar para um canto. Eu me senti tão injustiçada: eu não me recusava de todo a cooperar, e não era só culpa minha que não estávamos tendo resultados. O governo estava nos perseguindo o tempo todo, e eu era encarregada de outros projetos, também. Como é que podiam dizer que eu não tinha feito o que era para eu fazer? O líder de equipe perguntou se eu tinha alguma ideia, mas eu não sabia o que dizer, por isso apenas respondi assim: “Vou embora, então”. E, em seguida, encerrei a chamada. Depois de desligar, desabei na cama e caí no choro. As palavras dos líderes de equipe não me saíam da cabeça: “o que é que você ainda está fazendo aí se não fez o que era para fazer?”, e “se você não fez o que lhe foi atribuído, então deveria voltar!”. Quanto mais pensava, mais deprimida eu ficava. Nos dias seguintes, orei o tempo todo a Deus, e meu líder fez comunhão comigo e me apoiou. Isso me deixou acalmar meus pensamentos e refletir sobre o meu estado nesse momento. Eu pensei: “Ultimamente, tenho feito tudo sozinha. Desprezei o Christopher e não quis discutir o trabalho com ele. Quando ele tentava falar comigo sobre trabalho, eu dizia sempre que estava ocupada. Na realidade, eu não queria que ele participasse do meu trabalho. Eu estava obviamente imersa no meu caráter corrupto, atrasando o trabalho, mas quando era podada e tratada, eu discutia e não tinha nem um mínimo de razão”. Lembrei que os irmãos diziam que eu agia arbitrariamente no dever e não discutia o trabalho com os outros — isso era um problema muito sério, então procurei uma passagem relevante das palavras de Deus para ler. Deus Todo-Poderoso diz: “Por fora, pode parecer que alguns anticristos têm assistentes ou parceiros, mas quando algo acontece, de fato, por mais que os outros estejam certos, os anticristos nunca ouvem o que eles têm a dizer. Eles nem mesmo levam em conta, muitos menos discutem ou comungam. Não dão atenção alguma, como se os outros nem existissem. Quando os anticristos ouvem o que os outros têm a dizer, estão apenas agindo sem se envolver ou fazendo um show para os outros testemunharem. É a decisão final do anticristo que deve ser obedecida; as palavras de todos os demais são um desperdício, elas não contam. Por exemplo, quando duas pessoas são responsáveis por algo, e uma delas tem a essência de um anticristo, o que essa pessoa exibe? Não importa o que seja, ela e apenas ela é a pessoa que faz as coisas acontecerem, que faz as perguntas, que resolve as coisas, e que arranja uma solução. E, na maioria das vezes, mantém seu parceiro completamente no escuro. O que é seu parceiro aos seus olhos? Não é seu substituto, mas simplesmente decoração de vitrine. Aos olhos do anticristo, os parceiros simplesmente não são parceiros. Sempre que há um problema, o anticristo pensa sobre ele, e, uma vez que tenha tomado uma decisão sobre o curso de ação, ele informa todos os demais de que é assim que isso será feito, e ninguém pode questionar. Qual é a essência de sua cooperação com outros? Fundamentalmente, é ter a última palavra, nunca discutir problemas com mais ninguém, assumir responsabilidade exclusiva pelo trabalho e transformar seus parceiros em decoração de vitrine. Ele sempre age sozinho e nunca coopera com ninguém. Ele nunca discute nem se comunica sobre seu trabalho com mais ninguém, muitas vezes toma decisões sozinho e lida com os problemas sozinho, e, em muitas coisas, as outras pessoas só descobrem mais tarde como as coisas foram concluídas ou tratadas. Outras pessoas lhe dizem: ‘Todos os problemas devem ser discutidos conosco. Quando foi que você lidou com aquela pessoa? Como a tratou? Como é que não ficamos sabendo disso?’. Ele não fornece uma explicação nem presta atenção; para ele, seus parceiros não têm a menor utilidade, e são apenas decoração ou elemento de vitrine. Quando algo acontece, ele pensa sobre isso, toma uma decisão, e age como acha apropriado. Não importa quantas pessoas haja ao redor dele, é como se essas pessoas não estivessem ali. Para o anticristo, elas poderiam muito bem nem existir. Dessa forma, alguma coisa real resulta de sua cooperação com os outros? De forma alguma, ele só age sem se envolver e exerce um papel. Os outros lhe dizem: ‘Por que você não comunga com todos os outros quando se depara com um problema?’. Ele responde: ‘E o que eles sabem? Eu sou o líder da equipe, cabe a mim decidir’. Os outros dizem: ‘E por que você não comungou com seu parceiro?’. Ele responde: ‘Eu o informei; ele não deu opinião’. Ele usa o fato de outras pessoas não terem opinião ou não serem capazes de refletir por conta própria como desculpa para ofuscar o fato de que ele está agindo como sua própria lei. E depois disso não ocorre a menor introspecção. Para esse tipo de pessoa, seria impossível aceitar a verdade. Esse é um problema com a natureza do anticristo(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: Eles gostariam que os outros obedecessem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Deus expõe que os anticristos agem arbitrariamente, não cooperam com os outros, tomam decisões sozinhos, têm sempre a última palavra, não discutem o trabalho com seus parceiros, e simplesmente seguem em frente depois de decidir tudo sozinhos. Não adotam sugestões boas dadas pelas pessoas e as menosprezam, muitas vezes, pois acham as ideias deles brilhantes. Aos olhos dos anticristos, os parceiros são pouco mais do que ruído de fundo ou adereços num cenário. Eu vi que estava agindo como um anticristo: desde que comecei a trabalhar em parceria com o Christopher, desprezei-o por seu fraco calibre, suas habilidades de trabalho inferiores e sua relativa falta de experiência. Eu não queria que ele participasse do meu projeto. Pensava que tinha sido chefe por mais tempo que ele, que compreendia mais do que ele, e podia organizar o trabalho sozinha; achava que ele não podia dar boas sugestões, e então não fazia sentido discutir com ele. Quando ele perguntou sobre meus planos para o trabalho, fiquei resistente e achei que estava se fazendo passar por meu superior ao perguntar logo sobre o meu progresso, por isso eu o ignorei. Quando alguns irmãos não se atreveram a cumprir o dever com medo de ser presos e o Christopher perguntou se eu lhes dei apoio, ele estava apenas cumprindo uma responsabilidade, e mesmo assim eu pensei, com arrogância: “Quem ele pensava que era para me dar ordens quando ele mesmo não conseguiu resolver o problema?”. Mais tarde, quando nos reunimos para resumir as questões, os irmãos partilharam algumas sendas de prática, mas eu não as adotei. Como agi de forma arbitrária, não me associei aos outros, nem aceitei suas sugestões, falhei diversas vezes em obter resultados no meu dever. Sempre cumpri meu dever de acordo com convicções próprias, fazia o que me parecia correto, não estabelecia nenhum tipo de parceria com os outros, e isso resultou em atrasos no trabalho. Eu estava cometendo o mal! Refletindo sobre isso, pude aceitar a orientação e o tratamento dos líderes de equipe. Meu comportamento já tinha influenciado negativamente o trabalho da igreja. Se eles não tivessem me tratado e podado daquela maneira, eu não teria refletido sobre mim mesma, nem reconhecido a gravidade do meu problema. A poda e o tratamento são formas do amor de Deus!

Depois disso, vim a Deus em oração e busca, para saber por que eu não conseguia ser parceira dos outros no dever e sempre tinha que ter a última palavra. Mais tarde, encontrei uma passagem das palavras de Deus que realmente falava do meu estado. Deus Todo-Poderoso diz: “Vocês podem ter cumprido seus deveres por vários anos, mas não houve nenhum progresso discernível em sua entrada na vida, vocês só entendem algumas doutrinas superficiais e não têm conhecimento verdadeiro do caráter e da essência de Deus, nenhuma conquista que mereça ser mencionada — se essa for a sua estatura hoje, o que estarão propensos a fazer? Que extravasões de corrupção terão? (Arrogância e presunção.) Sua arrogância e presunção se intensificarão ou permanecerão inalteradas? (Elas se intensificarão.) Por que se intensificarão? (Porque acreditaremos que somos altamente qualificados.) E com base em que as pessoas julgam o nível de suas qualificações? Em quantos anos têm cumprido certo dever, em quanta experiência ganharam, não é? E sendo esse o caso, vocês não passarão a pensar gradativamente em termos de senioridade? Por exemplo, certo irmão tem acreditado em Deus por muitos anos e cumpriu um dever por muito tempo, portanto, é o mais qualificado a falar; certa irmã está aqui há pouco tempo e, embora tenha um pouco de calibre, ela não é experiente no cumprimento desse dever e não tem acreditado em Deus há muito tempo, portanto, é a menos qualificada a falar. A pessoa mais qualificada a falar pensa: ‘Já que tenho senioridade, isso significa que o desempenho do meu dever está à altura do padrão e minha busca alcançou seu pico, e não há nada que eu deva buscar ou em que deva entrar. Tenho cumprido bem esse dever, basicamente completei esse trabalho, Deus deveria estar satisfeito’. E dessa forma, ela começa a ficar complacente. Isso indica que ela entrou na verdade realidade? Ela parou de fazer qualquer progresso. Ela ainda não ganhou a verdade nem a vida e ainda assim se acha altamente qualificada e fala em termos de senioridade, esperando pela recompensa de Deus. Isso não é a extravasão de um caráter arrogante? Quando as pessoas não são ‘altamente qualificadas’, elas sabem ser cautelosas, elas se lembram de que não devem cometer erros; assim que se acham altamente qualificadas, elas ficam arrogantes, começam a ter uma opinião elevada de si mesmas e são propensas a ser complacentes. Em momentos assim, não é provável que peçam a Deus recompensas e uma coroa como fez Paulo? (Sim.) Qual é a relação entre o homem e Deus? Essa não é uma relação entre o Criador e seres criados. Não é nada mais do que um relacionamento transacional. E quando esse é o caso, as pessoas não têm relacionamento com Deus, e provavelmente Deus lhes ocultará Sua face — o que é um sinal perigoso(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só com o temor de Deus é possível trilhar a senda da salvação”). Deus expõe como, se alguém não busca a verdade e não conhece a si mesmo, ele pensará que tem capital e experiência depois de cumprir um dever por algum tempo e começará a afirmar sua senioridade, menosprezando os outros, inchado de arrogância, sem buscar as verdades princípios e sem se associar com os outros ao cumprir o dever, agindo arbitrariamente, fazendo as coisas como lhe apetece e trilhando uma estrada de resistência a Deus. Desde que entrei na fé, sempre cumpri um dever e fui líder durante dois anos. Eu achava que estava na fé havia muito tempo, que tinha boas habilidades e certa experiência de trabalho, por isso fiquei arrogante. Tinha todo o gosto em cultivar os outros e verificar seu trabalho, mas fiquei descontente quando o Christopher se tornou meu parceiro e começou a participar do meu trabalho. Fiquei pensando que era eu que o tinha regado e cultivado, que seu calibre era inferior ao meu, e que ele estava começando, e não tinha muita experiência, por isso eu não queria que ele fizesse parte do meu trabalho. Quando ele me perguntou se eu tinha apoiado os recém-convertidos e qual era o meu horário de trabalho, perdi a paciência e respondi apenas superficialmente. Eu achava desnecessário falar com ele, e, mesmo que falasse, ele não dava nenhuma sugestão válida. Eu achava que podia ficar sem ele, e, por isso, não conversei com, nem me associei a ele, e cuidei de muitas decisões e preparativos sozinha. Eu o via como um mero adereço. Deus exige que aprendamos a colaborar com os outros nos nossos deveres; isso é um princípio fundamental para cumprir nossos deveres, mas eu ignorei a exigência de Deus e os princípios da casa de Deus. Sempre pensei que estava bem sozinha, que podia fazer o trabalho sozinha e que não precisava me associar a mais ninguém. Achava que podia dar conta de tudo e não precisava de ninguém para supervisionar o meu trabalho. Como eu era arrogante e convencida! Meu caráter arrogante me levou a não ter consideração pelos outros e a não ter espaço para Deus no meu coração. Eu não tinha um coração que teme a Deus e estava trilhando uma senda de antagonismo em relação a Deus. Quando cheguei à vila, eu estava cheia de fé e queria cumprir meu dever para satisfazer a Deus. Nunca pensei que as coisas fossem acontecer como aconteceram. Como pude ser tão arrogante e insensível? Eu não tinha a menor consciência da senda equivocada que eu estava trilhando. Se continuasse assim, eu me tornaria um anticristo que interrompia a obra de Deus e, por fim, seria exposta e expulsa por Deus, e então minha vida de fé acabaria. Percebendo tudo isso, senti um pouco de medo e, em silêncio, orei a Deus: “Oh, Deus, eu interrompi o trabalho da igreja. Agora reconheço a minha corrupção e a gravidade dos meus problemas. Quero me arrepender, e não quero resistir a Ti com meu caráter corrupto”.

Refleti, também, sobre o que tinha feito de errado na tendência a me concentrar no calibre e na experiência profissional das pessoas nas nossas interações. Qual era o aspecto mais importante do meu dever? Enquanto me debatia com essas perguntas, deparei-me com outra passagem das palavras de Deus. As palavras de Deus dizem: “Na casa de Deus, seja o que for que você faça, você não está trabalhando em seu empreendimento próprio; é o trabalho da casa de Deus, é a obra de Deus. Você precisa manter constantemente esse saber e essa consciência em mente e dizer: ‘Esse não é um assunto meu; estou fazendo o meu dever e cumprindo a minha responsabilidade. Estou fazendo o trabalho da igreja. Essa é uma tarefa que Deus confiou a mim e a estou fazendo para Ele. Esse é meu dever, não um assunto particular meu’. Essa é a primeira coisa que as pessoas deveriam entender. Se tratar um dever como se fosse seu assunto pessoal, e não buscar as verdades princípios quando agir, e executá-lo de acordo com seus próprios motivos, opiniões e intenções, muito provavelmente, você cometerá erros. Então, como você deverá agir se fizer uma distinção muito clara entre o seu dever e os seus assuntos pessoais e estiver ciente de que se trata de um dever? (Busque o que Deus exige e busque princípios.) É isso mesmo. Se algo lhe acontecer e você não entender a verdade e tiver alguma ideia, mas as coisas ainda não estiverem claras para você, então você precisa encontrar um irmão ou uma irmã que entenda a verdade para ter comunhão; isso é buscar a verdade e, acima de tudo, essa é a atitude que você deveria ter em relação ao seu dever. Você não deveria decidir as coisas com base no que pensa ser apropriado e então bater o martelo e dizer que o caso está encerrado — isso facilmente resulta em problemas. […] Deus não está preocupado com o que acontece com você a cada dia, com quanto trabalho você faz, com quanto esforço você faz — o que Ele olha é qual é sua atitude em relação a essas coisas. E a que estão relacionadas a atitude com a qual você faz essas coisas e a maneira com que você as faz? Estão relacionadas a se você busca ou não a verdade e também à sua entrada na vida. Deus olha para sua entrada na vida, para a senda que você trilha. Se você trilhar a senda de buscar a verdade e tiver entrada na vida, você será capaz de cooperar em harmonia com outros ao cumprir os seus deveres e cumprirá facilmente seus deveres de modo adequado(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Qual o desempenho adequado do dever?”). As palavras de Deus são muito claras. Cumprir nosso dever na casa de Deus não significa fazer só o que queremos sem o envolvimento de outras pessoas. Nosso dever faz parte do trabalho da casa de Deus, e, se agimos arbitrariamente e não cooperamos, corremos o risco de interromper e perturbar o trabalho. Também aprendi que Deus não mede as pessoas com base em quanto tempo elas estão na fé, em quanto trabalho elas fizeram, ou na experiência que têm no seu dever, mas sim com base em sua atitude em relação à verdade, sua orientação no dever e se percorrem a trilha da busca da verdade. Se eu não buscasse a verdade, não aceitasse sugestões boas dos outros e tivesse sempre que ter a última palavra, eu não obteria bons resultados no meu dever. Sempre considerei meu suposto calibre, o fato de ter sido líder por algum tempo e ter experiência como capital. Achava que, com essas qualificações, cumpriria bem meu dever. Na verdade, ter essa experiência e calibre não significava que eu tinha verdades princípios; eles eram apenas ferramentas que eu podia usar no dever. Percebi que tomei a experiência e o calibre como a verdade princípio e achei que entendia a verdade e agia de acordo com os princípios. Fiquei cada vez mais arrogante, menosprezava os irmãos e fazia tudo o que queria. Como resultado, após três meses de trabalho, não produzi nenhum resultado. Percebi que para cumprir bem o dever, não importa há quanto tempo você é crente, quanto contribuiu antes, ou quanta experiência tem. O que importa é buscar a verdade, agir de acordo com os princípios e fazer parceria harmoniosa com os outros.

Mais tarde, li outras duas passagens das palavras de Deus que me deram uma senda mais nítida de como fazer parcerias harmoniosas com os outros. As palavras de Deus dizem: “A cooperação harmoniosa envolve muitas coisas. No mínimo, uma dessas muitas coisas é permitir que os outros falem e façam sugestões diferentes. Se você é genuinamente sensato, não importa que tipo de trabalho você faça, você deve primeiro aprender a buscar as verdades princípios, e deveria, também, tomar a iniciativa de pedir as opiniões dos outros. Contanto que consiga levar toda sugestão a sério, e depois trabalhar junto para resolver os problemas, você alcançará, em essência, uma cooperação harmoniosa. Desse jeito, você se deparará com um número muito menor de dificuldades em seu dever. Não importa que problemas surjam, será fácil resolvê-los e lidar com eles. Esse é o efeito da cooperação harmoniosa. Às vezes, há disputas por questões banais, mas contanto que não afetem o trabalho, elas não serão um problema. No entanto, em questões cruciais e questões maiores que envolvam o trabalho da igreja, você deve chegar a um consenso e buscar a verdade para resolvê-las. […] Você deve abrir mão de títulos de liderança, abrir mão da vaidade imunda do status, tratar-se como uma pessoa comum, permanecer à mesma altura dos outros, e ter uma atitude responsável em relação ao seu dever. Se você sempre trata seu dever como título e status oficial, ou como um tipo de láurea, e imagina que os outros existem para servir à sua posição, isso é preocupante, e Deus odiará você e se enojará de você. Se você acredita que você é igual aos outros, que você só recebeu um pouco mais de comissão e responsabilidade de Deus, se você puder aprender a se colocar de igual para igual com eles, e até conseguir se rebaixar para perguntar o que as outras pessoas pensam, e se você conseguir ouvir com sinceridade, cuidado e atenção o que eles disserem, você trabalhará em harmonia com os outros. Que efeito essa cooperação harmoniosa alcançará? O efeito é enorme. Você ganhará coisas que nunca teve antes, que são a luz da verdade e as realidades da vida; você descobrirá as virtudes dos outros e aprenderá com os pontos fortes deles. E há mais uma coisa: você vê as outras pessoas como estúpidas, imbecis, tolas e inferiores a você, mas quando você ouvir as opiniões delas ou quando as outras pessoas se abrirem com você, sem querer, você descobrirá que ninguém é tão ordinário quanto você pensa, que todos podem oferecer pensamentos e ideias diferentes, e que todos têm algo a lhe ensinar. Se você aprende a cooperar harmoniosamente, além de somente ajudá-lo a aprender com os pontos fortes dos outros, isso pode revelar sua arrogância e sua hipocrisia e evitar que você imagine que é inteligente. Quando deixar de se achar mais esperto e melhor do que todos os outros, você deixará de viver nesse estado narcisista e de autovalorização. E isso o protegerá, não é mesmo? Essa é a lição que você deve aprender trabalhando com os outros, e esses são os benefícios disso(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: Eles gostariam que os outros obedecessem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). “Vocês acham que alguém é perfeito? Não importa quão fortes as pessoas sejam ou quão capazes e talentosas, elas ainda assim não são perfeitas. As pessoas devem reconhecer isso, é um fato, essa é também a atitude que as pessoas devem ter para abordar corretamente seus méritos e pontos fortes ou falhas; essa é a racionalidade que as pessoas deveriam possuir. Com tal racionalidade, você pode lidar adequadamente com seus próprios pontos fortes e fraquezas, assim também com os de outros, e isso irá capacitá-lo a trabalhar junto a eles harmoniosamente. Se você entendeu esse aspecto da verdade e pode entrar nesse aspecto da verdade realidade, então você pode se relacionar harmoniosamente com seus irmãos e irmãs, valendo-se dos pontos fortes deles para compensar quaisquer fraquezas que você tenha. Dessa forma, não importa que dever você esteja cumprindo ou o que esteja fazendo, você sempre ficará melhor no que faz e terá a bênção de Deus(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). A partir das palavras de Deus, percebi que, na parceria, devemos nos colocar no mesmo nível que os outros e aprender a ouvi-los atentamente e perguntar ativamente sobre o que não entendemos. Praticando dessa forma, podemos descobrir os pontos fortes dos irmãos e as áreas em que eles são mais fortes do que nós. Assim, não os menosprezaremos e não pensaremos só em nós, de modo arbitrário, no nosso comportamento. Também deveríamos ter uma compreensão mais clara de nós mesmos e parar de nos enaltecer. Temos que aprender a identificar os pontos fortes dos outros e ter uma atitude correta em relação a suas fraquezas. Pensando bem, apesar de ter atuado como líder por dois anos, eu não tinha talento para espalhar o evangelho e precisava de apoio ao verificar o trabalho evangelístico. Quanto ao Christopher, ele não estava na fé havia muito tempo, mas sempre espalhou o evangelho, obteve ótimos resultados e converteu muitas pessoas. Ele tinha mais experiência na divulgação do evangelho, e, por isso, eu deveria ter procurado ativamente a ajuda dele. Além disso, o Christopher era muito responsável no dever, carregava um fardo no trabalho, ele me procurava ativamente para resumir nosso trabalho e implementava práticas boas de outras igrejas. Tudo isso eram pontos fortes com que eu podia aprender. Eu era arrogante demais e não conseguia reconhecer os pontos fortes do Christopher, e até o desprezava. Não aceitava suas sugestões e não o deixava participar do meu trabalho. Eu não era nada e, no entanto, era muito segura de mim mesma — que vergonha. Eu não tinha a menor autoconsciência. Se eu tivesse sido capaz de cooperar bem com o Christopher antes, o trabalho não teria atrasado. Relembrando tudo, fiquei muito arrependida. Minhas transgressões passadas eram irremediáveis, mas eu estava disposta a cumprir bem meu dever no futuro. Eu ia conversar e me comunicar com os outros quando enfrentasse problemas, dar prioridade aos interesses da igreja, aprender a fazer parceria com os outros e deixar de seguir a senda de antes.

Mais tarde, deixei a vila. Foram-me atribuídos projetos diferentes, e recebi um novo parceiro. Dessa vez, minha parceira era a Irmã Mina. Fiquei feliz por fazer uma parceria harmoniosa com ela, para cumprirmos bem nossas tarefas. Mais tarde, comecei a reparar, aos poucos, que, embora Mina fosse mais velha, ela não estava na fé e não cumpria o dever há tanto tempo quanto eu. Ainda lhe faltava experiência para supervisionar e controlar o trabalho. Às vezes, eu ouvia os irmãos e falarem de certos problemas dela, também. Meu caráter arrogante começou a reaparecer. Comecei a pensar que eu era a protagonista no trabalho, e que era para a Irmã Mina só praticar. Uma vez, quando tínhamos que escrever uma proposta de trabalho, nosso líder nos disse, especificamente, que devíamos discutir o trabalho juntos, mas eu pensei comigo: “Essa não é uma tarefa difícil; eu podia facilmente cuidar dela sozinha, e não há necessidade de trabalharmos as duas nela. É claro que consigo fazer tudo sozinha”. Depois da reunião, eu quis avançar com o trabalho sozinha, mas a Mina me ligou na hora, e eu sabia que ela ia querer discutir. Mas, como eu não estava a fim, não atendi o telefone. Depois, me senti um pouco culpada. Pensei que a minha arrogância e a minha má vontade para colaborar com o Christopher tinham impedido o trabalho anteriormente; se eu continuasse assim, isso iria certamente afetar o nosso trabalho. Por isso, orei a Deus, dizendo: “Oh, Deus, a Mina me procurou proativamente para falar de trabalho, mas eu fui arrogante e não quis fazer parceria com ela. Deus, não quero continuar a agir de forma arbitrária e a perturbar o trabalho da igreja. Por favor, guia-me para eu parar de viver segundo meu caráter arrogante, para que eu possa fazer uma parceria harmoniosa com Mina”. Então me lembrei de uma passagem das palavras de Deus: “Vocês devem alcançar cooperação harmoniosa para o propósito da obra de Deus, para o benefício da igreja e a fim de incentivar seus irmãos e irmãs a avançarem. Vocês devem se coordenar uns com os outros, cada um corrigindo o outro e alcançando um resultado de trabalho melhor, a fim de cuidar da vontade de Deus. Isso é que é cooperação verdadeira, e apenas aqueles que se engajarem nela ganharão entrada verdadeira(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Sirva como serviram os israelitas”). As palavras de Deus me tocaram profundamente. Para cumprir bem meu dever, eu tinha que aprender a me associar à Mina de forma harmoniosa e parar de viver segundo meu caráter arrogante e de agir arbitrariamente. Então, liguei para a Mina e discuti nossos arranjos de trabalho para o futuro. A Mina partilhou comigo suas ideias, e eu as achei muito boas, então acabei pondo tudo em prática. Em pouco tempo, tínhamos elaborado um plano muito mais rápido do que eu tinha sido capaz de fazer sozinha. Fiquei muito contente. Não foi um grande feito, mas eu me senti ótima por renunciar a mim mesma e praticar de acordo com as palavras de Deus. Depois disso, aprendi a fazer parcerias com outros irmãos e irmãs, e constatei que obtínhamos resultados melhores no trabalho a cada mês que passava. Dei graças a Deus no meu coração!

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