Como a astúcia me prejudicou
Uma vez, quando revisamos o nosso trabalho, um líder de igreja mencionou que o nosso trabalho evangelístico não tinha ido bem no início do mês e pediu que eu compartilhasse as razões. Até então, eu não tinha percebido que a nossa produtividade tinha diminuído recentemente. Depois da reunião, corri analisar isso e descobri que a nossa produtividade tinha caído pela metade desde o mês anterior. Fiquei meio angustiada. Se isso continuasse, se continuássemos tão ruins, eu seria dispensada? Então comecei a procurar a razão pra que pudéssemos recuperar nossa produtividade. Falei com cada irmão, um por um; perguntei sobre os problemas e as dificuldades no dever. Nas reuniões, eu comungava especificamente esses problemas e pedia que os irmãos que estavam indo bem compartilhassem suas experiências. Ao longo dos dias seguintes, melhoramos bastante e eu finalmente consegui acalmar meu coração. Se continuasse assim, teríamos resultados um pouco melhores do que no mês anterior. Se eu continuasse assim, não cometesse nenhum mal nem causasse interrupção, eu poderia ficar na igreja e não seria expulsa. Depois disso, minha tensão diminuiu. No fim do mês, eu vi que os resultados do nosso trabalho eram iguais aos do mês anterior. Achei que, se fôssemos bem nesse mês, teríamos que melhorar no mês seguinte pra passar a impressão de que eu estava progredindo, o que significava que eu devia me esforçar ainda mais. Por que você se pressionou tanto? Já que tínhamos ido bem nesse mês, eu não seria dispensada nem expulsa. Relaxei completamente quando pensei assim e meu fardo diminuiu. Comecei a agir sem me envolver e fiquei complacente, e parei de acompanhar nosso trabalho de perto. Quando os irmãos mencionavam dificuldades, eu não comungava pra resolvê-las. Às vezes, não fazia nada quando descobria que alguns estavam violando os princípios no dever, achando que só algumas pessoas tinham esses problemas e que tudo ficaria bem se isso não impactasse a nossa eficácia geral. Às vezes, as pessoas ficavam preguiçosas no dever e não tinham senso de urgência. Eu percebi que era um problema que devia ser tratado, mas, sabendo que os nossos resultados do mês eram bons, achei que relaxar era normal, por isso fiz que não vi. Quando vivia nesse estado, eu sentia uma escuridão espiritual. Eu não estava recebendo esclarecimento das palavras de Deus nem encontrando problemas no meu trabalho, e até ficava com sono e cochilava quando revisávamos nosso trabalho. Só comecei a entrar em pânico quando vi que a nossa produtividade estava caindo, então corri investigar com os irmãos onde estávamos errando.
Durante uma reunião, uma vez, uma irmã mencionou que algumas pessoas temiam ser dispensadas quando não iam bem no dever, então se esforçavam mais. Assim que obtinham alguns resultados, elas cobiçavam conforto e não tinham um fardo grande. Ela disse que isso era ser astuto, que era um sinal de astúcia. Isso gerou alguns sentimentos em mim. Eu tive que refletir sobre mim mesma: quando a nossa produtividade diminuía, eu juntava energia porque temia ser redesignada ou dispensada. Queria obter resultados melhores. Quando obtinha resultados melhores ou eles não mudavam, eu cobiçava conforto e não sentia urgência no meu dever. Achava que isso bastava pra obter resultados consistentes todos os meses e não ser dispensada. Isso não era ser astuta e escorregadia? Eu percebi que eu me comportava assim sempre que encontrava esse tipo de situação. Eu sempre agia desse jeito. A essa altura, fiquei com medo.
Nos meus devocionais, eu li isto nas palavras de Deus. “Atualmente, não existem muitas oportunidades de cumprir um dever, portanto você deve agarrá-lo quando puder. É precisamente quando é confrontado com um dever que você deve se empenhar; é quando você deve se sacrificar, despender-se por Deus, e é quando é requerido que você pague o preço. Não retenha nada, não abrigue esquemas, não deixe nenhuma margem nem se permita uma saída. Se deixar alguma margem, se for calculista ou malicioso e traiçoeiro, então você está fadado a fazer um trabalho ruim. Digamos que você diga: ‘Ninguém me viu agir de modo escorregadio. Que legal!’. Que tipo de pensamento é esse? Você acha que conseguiu tapar os olhos das pessoas e de Deus também? Na verdade, porém, Deus sabe o que você fez, ou não? Ele sabe. Na verdade, qualquer um que interagir com você por um tempo conhecerá sua corrupção e vileza, e embora possa não dizer isso diretamente, ele fará uma avaliação sua no coração, pelas suas costas. Houve muitas pessoas que foram expostas e expulsas porque tantos outros vieram a entendê-las. Quando todos enxergaram a essência delas, eles revelaram tais pessoas pelo que elas eram e as expulsaram. Portanto, não importa se busquem a verdade ou não, as pessoas devem cumprir bem o seu dever, fazer o melhor que puderem; devem empregar sua consciência ao fazer coisas práticas. Você pode ter defeitos, mas se você consegue se dar bem cumprindo o seu dever, não chegará ao ponto de ser expulso. Se você acha sempre que está bem, que certamente não será expulso, e você ainda não reflete nem tenta conhecer a si mesmo, e ignora suas tarefas corretas, é sempre descuidado e superficial, então, quando o povo escolhido de Deus perder a tolerância com você, ele o exporá por quem você é, e, muito provavelmente, você será expulso. Isso acontece porque todos o enxergaram e você perdeu sua dignidade e integridade. Se ninguém confia em você, Deus pode confiar em você? Deus vê o íntimo do coração do homem: Ele jamais poderia confiar em tal pessoa” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus dizem que a atitude que as pessoas devem ter em relação ao dever é investir o coração nele e pagar um preço, dar tudo de si. Se conseguem obter resultados bons pagando um preço um pouco maior, mas elas se contêm, se contentam em alcançar só um pouco no dever, isso é enganar Deus, é ser astuto. E eu pude ver que, quanto ao meu comportamento no dever, eu me contentava em alcançar só um pouco pra garantir que não seria dispensada. Eu não conseguia resolver os problemas e as dificuldades dos irmãos, e agia sem me envolver quando revisava o nosso trabalho, e quando via pessoas violando os princípios no dever e sendo preguiçosas, eu não via problema, contanto que não impactasse o nosso desempenho geral. Eu fingia que não via. Claro que investir meu coração e pagar um preço um pouco mais alto poderia melhorar nossos resultados, mas eu não queria me cansar nem me estressar, por isso trapaceava. No meu dever, eu cultivava esperteza mesquinha, tramava e enganava Deus. Isso era muito astuto! Quando queremos que alguém assuma algo, sempre queremos encontrar uma pessoa honesta e confiável. Podemos confiar nela e ficar de cabeça tranquila. Mas quando confiamos algo a uma pessoa que cultiva esperteza mesquinha e trapaceia, ela não só não cumpre a tarefa, como também a arruína quando faz um trabalho ruim. Esse tipo de pessoa não tem consciência nem razão, nem os padrões básicos de conduta. Nem de longe é digno de confiança ou de assumir qualquer coisa. Eu vi que eu era bem assim. Aceitei uma comissão, mas não dei tudo de mim. Eu brincava com Deus e era maliciosa. Parecia que eu estava obtendo uns resultados no meu dever, e os outros não percebiam nenhum problema, mas Deus vê tudo, e, se eu continuasse sendo desleixada por muito tempo, eu acabaria sendo exposta e expulsa. Isso me lembrou de algumas palavras de Deus: “O Senhor Jesus disse, certa vez: ‘Pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado’ (Mateus 13:12). Qual é o significado dessas palavras? O que elas significam é que, se você nem sequer cumprir ou se dedicar ao seu dever ou trabalho, Deus tirará o que outrora foi seu. O que significa ‘tirar’? Como isso faz sentir, para um humano? Pode ser que você falhe em obter o que seu calibre e seus dons poderiam ter lhe permitido obter, e você não sente nada, e é como um incrédulo. É assim que é ter tudo tirado por Deus. Se, em seu dever, você for negligente, não pagar um preço e não for sincero, Deus tirará o que outrora era seu, Ele retirará o direito de cumprir seu dever, Ele não lhe concederá esse direito” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente sendo honesto é que se pode viver como um ser humano verdadeiro”). Deus é justo. Eu estava sendo maliciosa e desleixada no meu dever, não fazia o que devia fazer, o que era capaz de fazer, então Deus me privou daquilo que eu tinha antes — eu não conseguia encontrar problemas como antes, eu estava sempre com sono no meu dever, e a minha produtividade caiu. Isso era Deus revelando o caráter Dele pra mim. Vim pra diante de Deus em oração, pronta pra me arrepender e pedir que Ele me guiasse pra eu me conhecer melhor.
Então, numa reunião, eu li uma passagem das palavras de Deus que me impactou muito. As palavras de Deus dizem: “Deus ama pessoas honestas, mas Ele odeia pessoas enganadoras e astutas. Se você agir como uma pessoa traiçoeira e tentar enganar, será que Deus não odiará você? Será que a casa de Deus simplesmente permitirá que você se safe? Mais cedo ou mais tarde, você será responsabilizado. Deus gosta de pessoas honestas e não gosta de pessoas traiçoeiras. Todos devem entender isso claramente e deixar de ser confusos e de fazer coisas tolas. A ignorância momentânea é compreensível, mas a recusa de aceitar a verdade é uma recusa obstinada de mudar. Pessoas honestas conseguem assumir responsabilidade. Não consideram os seus próprios ganhos e perdas, mas protegem o trabalho e os interesses da casa de Deus. Têm um coração bondoso e honesto que é como uma tigela de água clara que permite ver o fundo com um único olhar. Há também transparência nas suas ações. Uma pessoa enganosa sempre trapaceia, sempre disfarça as coisas, encobre-se e se disfarça tão bem que ninguém consegue perceber como realmente ela é. As pessoas não conseguem perceber seus pensamentos íntimos, mas Deus consegue ver as coisas mais profundas no seu coração. Se Deus ver que você não é uma pessoa honesta, que é astuto, que nunca aceita a verdade, que está sempre tentando enganá-Lo e que não entrega seu coração a Ele, então Deus não o amará, Ele odiará e abandonará você. Todos os que prosperam entre os incrédulos — pessoas eloquentes e espertas —, que tipo de pessoa é esse? Isso está claro para vocês? Qual é a essência dessas pessoas? Pode-se dizer que todas elas são extraordinariamente sagazes, são extremamente astutas e escorregadias, são o verdadeiro diabo Satanás. Deus poderia salvar alguém assim? Deus odeia os demônios mais que tudo — pessoas que são astutas e sorrateiras. De forma alguma Deus salvará tais pessoas, então, não importa o que façam, não sejam esse tipo de pessoa. […] Qual é a atitude de Deus em relação às pessoas que são astutas e sorrateiras? Ele as despreza, Ele as deixa de lado e não lhes dá atenção, Ele as considera como pertencendo à classe dos animais. Aos olhos de Deus, tais pessoas estão meramente usando pele humana; em essência, são da mesma espécie que o diabo Satanás, são cadáveres ambulantes, e Deus nunca as salvaria. Qual, então, é o estado dessas pessoas hoje? Há escuridão em seu coração, elas carecem de fé verdadeira, e elas nunca são esclarecidas nem iluminadas quando algo acontece com elas; confrontadas com desastre e tribulações, elas oram a Deus, mas Deus está ausente, elas não têm dependência verdadeira em seu coração. Para que sejam abençoadas, elas apresentam um espetáculo, mas não conseguem evitar, pois não têm consciência nem senso; elas não poderiam ser boas nem se quisessem, não conseguiriam se deter nem se quisessem parar de fazer coisas más, elas têm que fazer essas coisas. Elas poderiam ser capazes de conhecer a si mesmas depois de ser mandadas embora e expulsas? Embora saibam que mereceram, sua boca jamais admitirá, e embora aparentem ser capazes de cumprir algum dever, ainda assim elas tentam trapacear, e são pouco produtivas. Então, o que vocês dizem: essas pessoas são capazes de se arrepender de verdade? De forma alguma. Visto que não possuem consciência nem senso, elas não amam a verdade. Deus não salva tais pessoas sorrateiras e malignas. Que esperança há em acreditar em Deus para uma pessoa assim? Sua crença é desprovida de significado, e ela não está destinada a ganhar nada. Se, através da sua fé em Deus, as pessoas não buscarem a verdade, não importa há quantos anos são crentes; no final, nada ganharão” (A Palavra, vol. 4: Responsabilidades de líderes e obreiros). Ver que Deus mencionava “pessoas enganadoras e astutas”, “extraordinariamente sagazes”, “pertencendo à classe dos animais”, “Deus nunca as salvaria” e “destinada a ganhar nada” foi muito pungente para mim. Era como se Deus definisse minha abordagem desleixada e astuta do meu dever. Eu sempre achei que você não devia ser franco demais, que devia calcular e ter um às na manga. Eu vivia segundo a filosofia satânica de que eu devo aproveitar e não ser aproveitada, ponderar se eu me beneficiaria antes de fazer qualquer coisa e esperar receber o maior retorno pelo menor esforço. Era isso que tornava uma pessoa esperta. Eu continuei aplicando essa filosofia de vida depois de ganhar a minha fé. Achava que não devia ser direta demais no meu dever nem investir toda a minha energia, que isso seria tolice. Se eu acabasse não sendo abençoada, seria uma perda enorme pra mim e eu não podia suportar uma perda no balanço final. Eu queria me despender só um pouco, mas receber grandes bênçãos, achando que isso era esperteza. Eu investia algum esforço no meu dever aos trancos e barrancos, sentia a atmosfera e calculava. Quando a produtividade era alta, eu aproveitava uns dias de descanso. Mesmo quando via alguns problemas no trabalho, se eles não impactassem a nossa eficácia e eu não fosse dispensada nem expulsa, eu não tinha senso de urgência e só me deixava levar. Quando íamos mal e eu teria que arcar com as consequências, eu trabalhava muito, identificava as razões e resolvia os problemas. Assim que obtínhamos alguns resultados, a minha ansiedade acalmava, e eu começava a desfrutar de conforto e descansava um pouco. Eu era tão astuta! Como isso era cumprir um dever ou ser devota a Deus? Eu achava que era esperta e brincava com Deus, mas Deus vê tudo. De jeito nenhum Deus salvará pessoas que sempre são astutas no dever. Deus gosta de pessoas honestas — pessoas honestas abrem seu coração para Deus. São sinceras no dever. Cumprem suas responsabilidades e dão tudo que têm e não deixam uma saída nem consideram se serão abençoadas. Deus abençoará esse tipo de pessoa. Como pessoa responsável pelo trabalho evangelístico, minha astúcia, meu desleixo e minha falta de interesse em progredir fizeram o estado negativo dos outros não ser resolvido a tempo, e sua produtividade diminuiu. Isso não só prejudicou os irmãos, como também impediu o trabalho evangelístico. Senti tanto remorso e repreensão própria quando refleti sobre isso. Orei a Deus em arrependimento e jurei diante Dele que investiria toda a minha energia no meu dever a partir de então e deixaria de ser astuta e desleixada.
Então li uma passagem das palavras de Deus nos meus devocionais que me ajudou a entender o significado de cumprir um dever. As palavras de Deus dizem: “Apesar do dever que o homem realiza, existe alguma coisa mais apropriada? Essa é a coisa mais linda e justa entre os homens. Seres criados deveriam cumprir seu dever para receber a aprovação do Criador. Seres criados vivem sob o domínio do Criador e aceitam tudo que é fornecido por Deus e tudo que vem de Deus, portanto, deveriam cumprir suas responsabilidades e obrigações. Isso é ordenado pelo Céu e reconhecido pela Terra; é o decreto de Deus. Isso mostra que, para as pessoas, o cumprimento do dever de um ser criado é mais justo, mais lindo e mais nobre do que qualquer outra coisa feita durante a vida no mundo do homem; nada em meio à humanidade é mais significativo ou digno e nada traz maior significado e valor para a vida de ser criado do que cumprir o dever de um ser criado. Na terra, somente o grupo de pessoas que verdadeira e sinceramente cumprem o dever de um ser criado é aquele que obedece ao Criador. Esse grupo não segue as tendências do mundo exterior; obedece à liderança e à orientação de Deus, só ouve as palavras do Criador, aceita as verdades expressadas pelo Criador, vive segundo as palavras do Criador. Esse é o testemunho mais verdadeiro, mais retumbante e é o melhor testemunho de fé em Deus. Um ser criado ser capaz de cumprir o dever de ser criado, ser capaz de satisfazer o Criador, é a coisa mais maravilhosa em meio à humanidade e é algo que deve ser celebrado pela humanidade. Qualquer coisa confiada pelo Criador aos seres criados deve ser aceita por eles incondicionalmente; para a humanidade, isso é algo abençoado e glorioso, e para todos aqueles que cumprem o dever de um ser criado, nada é mais maravilhoso ou digno de comemoração — é algo positivo. […] Uma coisa tão linda e maravilhosa é distorcida pela laia dos anticristos e transformada em uma transação, na qual solicitam coroas e recompensas da mão do Criador. Tal transação transforma algo sumamente lindo e justo em algo sumamente feio e maligno. Não é isso que fazem os anticristos? Julgando a partir disso, os anticristos são malignos? Eles são de fato muito malignos! Isso é meramente uma manifestação de um aspecto de sua maldade” (A Palavra, vol. 3: Expondo os anticristos, Item Nove: Eles só cumprem seu dever para se distinguir e alimentar seus próprios interesses e ambições; eles nunca levam em consideração os interesses da casa de Deus e até traem esses interesses em troca de glória pessoal (parte 7)). As palavras reveladoras de Deus tiveram um impacto forte sobre mim. Em silêncio, Deus dá tudo de Si pra salvar a humanidade corrupta, nutrindo-nos com tudo que precisamos e dando-nos uma chance de cumprir um dever, para que, ao longo dele, possamos buscar a verdade e resolver nossos caracteres corruptos, submeter-nos a Deus, ser devotos a Ele e ganhar Sua salvação. Cumprir um dever na casa de Deus é nossa responsabilidade, nosso dever, e é Deus nos dando uma chance de ganhar a verdade e ser salvos. Essa é a tarefa mais maravilhosa e honesta que uma pessoa pode assumir. Mas os anticristos tomam essa coisa linda e justa e a distorcem e transformam em algo transacional. Agarram-se à esperança de ser abençoados na fé e no dever. Não podem ter fé verdadeira nem sofrer e pagar um preço. São incrédulos e oportunistas clássicos. Em vista de como eu tinha agido no meu dever, eu não era igual a eles? Eu não refletia sobre a vontade de Deus no meu dever; eu sempre retinha algo. Eu queria receber muito em troca do pouco que dava, brincava com Deus e era calculista. Eu não estava transformando meu dever em algo transacional? Eu não era uma crente. Eu sempre pensava que, contanto que tivesse sucesso no meu dever, pudesse ficar na igreja e não fosse dispensada, eu poderia ser salva. Mas finalmente eu vi que essas eram noções e imaginações minhas, que não estavam alinhadas com as palavras de Deus. Deus nunca disse que realizar um pouco no seu dever, não cometer o mal ou não ser dispensado e expulso significa que você será salvo. Deus determina se as pessoas podem ser salvas com base em se elas buscam a verdade, se entram na verdade em seu dever e se elas resolvem seus caracteres corruptos. Não existem outros atalhos. Deus quer que as pessoas sejam genuínas. Se as pessoas são sempre astutas e desleixadas no dever, mesmo que alcancem algumas coisas, Deus odeia esse tipo de caráter. Elas acabarão sendo expostas e expulsas por Deus. Lembrei-me de algo que o Senhor Jesus disse: “Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da Minha boca” (Apocalipse 3:16). Eu não estava pensando em progresso no meu dever, eu estava no automático. Esse tipo de atitude não era ser quente nem frio, mas só morno? Deus não me cuspiria da Sua boca? Saber que o caráter de Deus não tolera ofensa me deu medo. Eu fiz uma oração: “Deus, quero me arrepender. A partir de agora, darei tudo de mim no meu trabalho, e, por favor, disciplina-me se eu for superficial”.
Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus que me deu uma senda de prática. “Quando as pessoas cumprem seu dever, elas estão, na verdade, fazendo o que deveriam. Se você o fizer diante de Deus, se cumprir seu dever e se submeter a Deus com uma atitude de honestidade e de coração, essa atitude não será muito mais correta? Como, então, você deve aplicar essa atitude ao seu dia a dia? Você deve fazer de ‘adorar a Deus de coração e com honestidade’ a sua realidade. Sempre que você quiser ser desleixado e simplesmente agir sem se envolver, sempre que quiser agir de modo ardiloso e ser preguiçoso, e sempre que ficar distraído ou preferir ficar se divertindo, você deve refletir bem sobre isso: ‘Quando me comporto dessa maneira, estou sendo inconfiável? É isso que significa colocar meu coração no cumprimento do meu dever? Estou sendo desleal ao fazer isso? Quando faço isso, estou falhando em estar à altura da comissão que Deus confiou a mim?’. É assim que você deve refletir sobre si mesmo. Se você consegue vir a saber que é sempre descuidado e superficial em seu dever, e desleal, e que você magoou Deus, o que você deve fazer? Você deve dizer: ‘No mesmo instante, senti que havia algo errado aqui, mas não tratei como problema; simplesmente passei por cima, sem cuidado. Só percebi agora que fui descuidado e superficial, que não cumpri minha responsabilidade. Eu realmente sou desprovido de consciência e razão!’. Você encontrou o problema e veio a se conhecer um pouco — agora, então, você deve dar meia-volta! Sua atitude em relação ao cumprimento do seu dever estava errada. Você foi descuidado com ele, como se fosse um trabalho extra, e você não investiu seu coração nele. Se voltar a ser descuidado e superficial desse jeito, você deve orar a Deus e pedir que Ele o discipline e castigue. É preciso ter esse tipo de vontade no cumprimento do seu dever. Somente então é possível arrepender-se de verdade. Você só pode dar meia-volta quando sua consciência está limpa e sua atitude em relação ao cumprimento do dever é transformada. E quando se arrepende, você deve também refletir com frequência sobre se você realmente investiu todo o seu coração, toda a sua mente e toda a sua força no cumprimento do seu dever; então, usando as palavras de Deus como medida e aplicando-as a si mesmo, você descobrirá quais problemas ainda existem no cumprimento do seu dever. Ao resolver problemas constantemente desse jeito, de acordo com a palavra de Deus, você não está aplicando o cumprimento do seu dever à realidade com todo o seu coração, toda a sua mente e toda a sua força? Aquele que cumpre seu dever desse jeito não veio a cumpri-lo com todo o seu coração, toda a sua mente e toda a sua força?” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só na leitura frequente das palavras de Deus e na contemplação da verdade existe um caminho adiante”). As palavras de Deus me deram uma senda de prática clara. Eu devo usar meu coração e ser honesta no meu dever, estar disposta a pagar um preço, ser atenciosa e responsável, e investir toda a minha energia para cumprir bem o meu dever e satisfazer a Deus. Além disso, quando eu quiser ser desleixada e preguiçosa, devo orar, renunciar à carne e pedir a disciplina e o castigo de Deus. Dessa forma, não seguirei a carne.
Depois disso, segui as palavras de Deus. Pensei em como cumprir bem o meu dever e ser mais produtiva. Eu sabia que todos os irmãos na equipe tinham suas fraquezas e seus pontos fortes. Pensei em como arranjar o trabalho de todos pra permitir que seus pontos fortes florescessem e oferecer-lhes ajuda real nas áreas em que eram deficientes. Além disso, antes, eu achava que era supervisora, que, contanto que desse conta do trabalho e os outros se saíssem bem nos deveres, isso significaria que eu estava indo bem e que eu poderia aproveitar algum tempo livre. Agora estabeleci o objetivo de cumprir meu dever da melhor forma possível. Minha agenda estava lotada todos os dias, eu ficava mais ocupada do que antes, e, às vezes, eu me cansava muito, mas me sentia em paz e à vontade. E, para a minha surpresa, no mês seguinte, a nossa produtividade aumentou bastante. Fiquei muito animada. Pude ver que Deus quer que sejamos genuínos. Quando mudei minha perspectiva e cooperei com Deus, pude ver as Suas bênçãos. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.