65. A razão pela qual eu estava tão ocupado
Sou um líder de equipe de rega na igreja. Eu achava que qualquer um que quisesse ser um líder de equipe qualificado e competente precisava assumir tudo pessoalmente, e eu não esperava nada menos de mim mesmo. Assim que eu percebia que algo precisava ser feito na nossa equipe, não importava se era algo grande ou pequeno, eu tomava a iniciativa para fazê-lo pessoalmente, incluindo alguns assuntos gerais. Eu até assumia trabalhos que meus irmãos poderiam fazer, dizendo generosamente: “Eu farei isso, você não precisa fazer isso”. Sempre que isso acontecia, eu sentia um orgulho inexplicável e que eu era um líder de equipe muito afetuoso e responsável. Com o tempo, meus irmãos começaram a me procurar sempre que tinham qualquer tipo de problema. Meu supervisor também me elogiava por fazer horas extras no desempenho do meu dever e por ser capaz de suportar adversidade e pagar um preço. Era muito gratificante ouvir isso, pois fazia com que eu me sentisse um líder de equipe muito competente.
Mais tarde, um número cada vez maior de novos crentes aceitou a obra de Deus nos últimos dias, e eu tive muito mais recém-convertidos para regar do que antes. Além de me reunir com recém-convertidos todos os dias, eu também os treinava, ensinando-lhes a liderar reuniões, a espalhar o evangelho etc. Minha agenda já estava cheia, mas, além disso, os irmãos na minha equipe queriam minha aprovação até para arranjar reuniões para os recém-convertidos. Com tanto a fazer, muitas vezes, eu ficava preso a essas coisas triviais, que interrompiam minha agenda e me deixavam ocupado demais para cuidar dos meus devocionais. Embora estivesse muito ocupado todos os dias e nunca ocioso, eu não estava acompanhando muito as tarefas prioritárias. Frequentemente, isso me deixava ansioso, mas eu não sabia o que fazer em relação a isso. Uma vez, a irmã que era minha parceira me perguntou: “Você sempre diz que está ocupado, mas o que você realmente faz todos os dias?”. Confrontado com a pergunta da minha irmã, eu só fiquei magoado por ela não ter empatia comigo. Mais tarde, quando os irmãos encontraram problemas na rega de recém-convertidos e vieram conversar comigo, eu fiquei resmungando: “Esse é um princípio básico que os regadores precisam dominar. Por que estão me procurando para resolver problemas tão simples — não podem aprender a fazer isso sozinhos? Será que não querem se esforçar?”. Eu não quis mais continuar cuidando desses assuntos e achei que meus irmãos deveriam lidar com eles por conta própria. Mas então pensei: “Eu sou o líder de equipe. Se eu não cuidar desses problemas e deixar que os irmãos lidem sozinhos com eles, isso não minará meu valor como líder? Alguém poderá dizer que eu não cumpri minhas responsabilidades e me esquivei dos meus deveres? Se a líder descobrir, ela poderá dizer que sou incompetente? Não importa — se for algo que eu possa fazer pessoalmente, eu farei”. Assim, na maioria das vezes, eu continuei fazendo todo o trabalho da equipe sozinho, desde tarefas importantes como arranjar reuniões e resolver os problemas dos recém-convertidos até tarefas insignificantes como ajudar os irmãos a repassar mensagens e encontrar pessoas para cuidar de assuntos gerais. Eu corria para fazer essas coisas, embora eu realmente não quisesse, para que ninguém duvidasse de mim como líder de equipe. Não tenho palavras para descrever quão esgotado eu me sentia às vezes, lidando com tantas coisas diferentes ao mesmo tempo. Tudo que eu podia fazer era consolar a mim mesmo, pensando: “Afinal de contas, eu sou um líder de equipe. Líderes de equipe devem estar dispostos a trabalhar muito”. E, sem mais nem menos, continuei lidando sozinho com todos os assuntos, grandes e pequenos, vivendo num estado perpetuamente ocupado. Embora sair correndo todos os dias me rendesse a admiração e aprovação de alguns dos meus irmãos, não havia paz nem alegria no meu coração. Eu sempre achava que eu estava criando uma confusão no meu dever, e eu não tinha tempo para fazer muitas tarefas críticas porque eu estava sobrecarregado com assuntos banais.
Uma vez, mencionei minhas dificuldades à líder, e foi só depois de ela se comunicar comigo que eu ganhei alguns princípios de prática. Ela me perguntou: “Você não está assumindo trabalho demais? Se você não permitir que os irmãos façam o trabalho deles e assumir tudo sozinho, você está condenado a estar sempre ocupado. Você pode deixá-los praticar fazendo algumas tarefas menos importantes. Mesmo que não as façam bem, isso não terá um impacto grande sobre o trabalho da igreja. Se realmente é um trabalho que ninguém mais possa fazer, então você deve fazê-lo pessoalmente. Mas se outras pessoas conseguem fazê-lo e você não deixa que elas tentem nem lhes dá uma chance de praticar e você assume tudo sozinho, você não está subestimando-as e tentando se exibir? Isso é uma manifestação de corrupção”. Sua comunhão acertou em cheio no que dizia respeito ao meu estado. Eu costumava achar que fazer mais mostrava que eu assumia um fardo, mas eu nunca refleti sobre se minhas ações eram baseadas nos princípios ou se eram adulteradas. Quando refleti sobre isso, meu motivo secreto para assumir tudo em meu dever era me exibir, em vez de levar um fardo. Em alguns casos, não era que os outros não conseguissem fazer uma tarefa ou não tivessem tempo para ela, antes, era porque eu achava que quanto mais eu fizesse, mais todos me aprovariam e diriam que eu era um líder de equipe competente e responsável que levava um fardo no dever. Eu considerava desempenhar meu dever como um meio de ganhar a admiração dos outros. Eu me mantinha “ocupado” e “levava um fardo” para mostrar meu valor como líder de equipe e ganhar um lugar no coração dos outros. Por ter as intenções erradas no meu dever e sempre querer proteger meu status, grande parte do trabalho da equipe caía sobre mim, e meus irmãos ficavam sem oportunidade de praticar. E já que havia um limite ao que eu conseguia fazer, algumas tarefas-chave acabaram se atrasando, prejudicando assim o trabalho da igreja e a vida dos meus irmãos.
Mais tarde, após ler as palavras de Deus, eu ganhei algum entendimento dos meus problemas. Deus Todo-Poderoso diz: “Algumas pessoas dão testemunho de si mesmas usando a linguagem e falam algumas palavras que se exibem, enquanto outras pessoas usam comportamentos. Quais são as manifestações de uma pessoa que usa comportamentos para dar testemunho de si mesma? Superficialmente, ela se envolve em alguns comportamentos que estão de acordo com as noções das pessoas, que atraem a atenção dessas pessoas e que são vistos por elas como bastante nobres e em conformidade com os padrões morais. Esses comportamentos fazem com que as pessoas pensem que ela é honrada, que tem integridade, que realmente ama a Deus, é muito piedosa e realmente possui um coração temente a Deus, e que é uma pessoa que busca a verdade. Geralmente, ela exibe alguns bons comportamentos externos para desorientar as pessoas — isso também não cheira a exaltação e testemunho de si mesmo? Normalmente, as pessoas se exaltam e dão testemunho de si mesmas por meio de palavras, usando um discurso claro para expressar como são diferentes das massas e como têm opiniões mais sábias do que as outras, a fim de fazer com que as pessoas as tenham em alta conta e as admirem. No entanto, há alguns métodos que não envolvem discurso explícito, nos quais as pessoas usam práticas externas para atestar que são melhores do que as outras. Esses tipos de práticas são bem planejados, trazem consigo um motivo e uma certa intenção e são bastante intencionais. Eles foram preparados e processados de modo que o que as pessoas veem são alguns comportamentos e práticas que estão de acordo com as noções do homem, que são nobres, piedosos e se conformam à decência de um santo, e que até amam a Deus, temem a Deus e estão alinhados com a verdade. Isso alcança o mesmo objetivo de se exaltar e dar testemunho de si mesmo e fazer com que as pessoas as tenham em alta conta e as adorem. Vocês já se depararam ou viram algo assim? Vocês possuem essas manifestações? Essas coisas e esse tópico que estou discutindo estão separados da vida real? Na verdade, não estão. […] Algumas pessoas tomam café para aumentar sua energia à noite, preparando-se para ficar acordadas até tarde desempenhando seus deveres. Os irmãos se preocupam com a saúde delas e lhes preparam canja de galinha. Quando terminam a sopa, essas pessoas dizem: ‘Graças a deus! Eu desfrutei da graça de deus. Eu não mereço isso. Agora que terminei essa canja de galinha, preciso ser mais eficiente no desempenho de meus deveres!’. Na verdade, elas continuam a desempenhar seus deveres como sempre, sem aumentar sua eficiência de forma alguma. Elas não estão fingindo? Estão fingindo, e esse tipo de comportamento também é secretamente se exaltar e dar testemunho de si mesmo; o resultado que elas alcançam é fazer com que as pessoas as aprovem, pensem bem delas e se tornem suas seguidoras obstinadas. Se as pessoas têm esse tipo de mentalidade, elas não se esqueceram de Deus? Elas deixaram de ter Deus no coração, então em quem pensam dia e noite? Em seu ‘bom líder’, em seu ‘amado’. Alguns anticristos são muito amorosos com a maioria das pessoas na superfície e empregam técnicas quando falam para que elas vejam que eles são amorosos e estejam dispostas a se aproximar deles. Eles sorriem para qualquer pessoa que se aproxime deles e se envolva com eles, e falam com essas pessoas em um tom muito suave. Mesmo que vejam que alguns irmãos não tiveram princípios em suas ações e, portanto, prejudicaram os interesses da igreja, eles não os podam nem um pouco, apenas os exortam e os confortam, e os persuadem enquanto cumprem seus deveres — eles persuadem continuamente as pessoas até que tenham trazido todos para diante deles. Aos poucos, as pessoas são movidas por esses anticristos; todos aprovam muito seu coração amoroso e os chamam de pessoas que amam a Deus. Por fim, todos os adoram e buscam a comunhão deles em todos os assuntos, contando a esses anticristos todos os seus pensamentos e sentimentos mais íntimos, a ponto de nem mesmo orarem mais a Deus e não buscarem mais a verdade nas palavras de Deus. Essas pessoas não foram desorientadas por esses anticristos? Esse é outro meio que os anticristos usam para desorientar as pessoas. Quando vocês se envolvem nesses comportamentos e práticas ou abrigam essas intenções, vocês estão cientes de que há um problema nisso? E quando toma consciência disso, você consegue mudar o curso de suas ações? Se você puder refletir sobre si mesmo e sentir remorso verdadeiro quando se conscientizar e examinar que seu comportamento, suas práticas ou intenções são problemáticos, isso prova que você reverteu seu curso” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item quatro: Eles se exaltam e dão testemunho de si mesmos”). A partir da revelação das palavras de Deus, eu vi que, por fora, as pessoas adotam “bons” comportamentos que se conformam às noções do homem a fim de ganhar o apreço e a admiração dos outros, mas, em essência, esses comportamentos são simplesmente um jeito de exaltar-se e dar testemunho de si mesmas em segredo, o que é muito hipócrita e pode facilmente desorientar as pessoas. Quando pensei nisso, vi que eu era esse tipo de pessoa. Por fora, eu parecia estar ocupado desempenhando meu dever todos os dias, suportando adversidade, pagando um preço e assumindo tudo sozinho — eu parecia ser um líder de equipe qualificado e competente. Mas por trás de tudo isso, eu abrigava minha intenção secreta e desprezível, que era ganhar a admiração das pessoas. Eu refleti sobre como os irmãos me procuravam para me perguntar sobre todos os tipos de assuntos, grandes e pequenos, no cumprimento de seus deveres e como eles confiavam em mim para resolver tudo. Fato era que eles poderiam ter discutido e resolvido alguns desses problemas sem meu envolvimento. Mas a ideia de como todos confiavam em mim e me admiravam me levava a ignorar as prioridades do trabalho e fazer tudo sozinho, mesmo quando eu não tinha tempo, só para proteger meu status e orgulho. Às vezes, se eu pulava uma refeição para liderar uma reunião para os recém-convertidos, as irmãs me urgiam a comer. Mas, em segredo, eu ficava satisfeito quando elas viam como eu estava ocupado demais com meus deveres até para comer. Achei que elas certamente me admiravam e pensavam que eu de fato conseguia suportar adversidades e pagar um preço e que eu era um líder de equipe competente. Por estar “ocupado”, eu também desfrutava de todos os tipos de “privilégios” e ganhava a simpatia dos outros, que eu usava para encobrir alguns dos meus desvios e inadequações. Por exemplo, se eu não escrevia um artigo testemunhal de experiência de vida, eu justificava isso dizendo a mim mesmo que eu estava ocupado demais. Quando algumas das tarefas da equipe, pelas quais eu era responsável, não eram feitas a tempo, eu me refestelava dizendo que estava ocupado demais. E quando os desvios e erros apareciam em meu dever e eu não estava obtendo resultados bons na rega dos recém-convertidos, eu dava a mesma desculpa aos irmãos para que eles fossem tolerantes comigo. E assim eu me ocupava o dia todo, mostrando às pessoas que eu era um bom líder de equipe com uma agenda lotada. Eu não só era apreciado pela minha supervisora, alguns irmãos também me admiravam e dependiam de mim. Ainda assim, ao mesmo tempo, eu estava encobrindo os desvios e erros no meu trabalho. Minhas intenções eram realmente desprezíveis! Eu refleti sobre por que os irmãos gostavam de me procurar sempre que encontravam problemas e confiavam em mim para fazer tudo — era principalmente porque eu tentava assumir tudo sozinho. Meus irmãos me admiravam, eu tinha um lugar em seu coração, e sempre que eles encontravam problemas, eles não oravam nem dependiam de Deus, nem buscavam as verdades princípios, em vez disso, perguntavam a mim. Ao me manter tão ocupado, eu realmente estava apenas agindo com teimosia, exibindo-me em segredo, ganhando o coração das pessoas e mantendo-as afastadas de Deus.
Naquele momento, eu me lembrei de uma passagem das palavras de Deus que eu tinha lido certa vez. “Algumas pessoas parecem bastante entusiasmadas em sua crença em Deus. Elas amam participar da igreja e se preocupar com os assuntos dela, e estão sempre à frente. E, no entanto, inesperadamente, decepcionam a todos quando se tornam líderes. Não se concentram em resolver os problemas práticos do povo escolhido de Deus; em vez disso, fazem o máximo para agir em prol da própria reputação e do próprio status. Adoram se exibir para fazer com que os outros as estimem, e estão sempre falando sobre como se despendem e sofrem por Deus, mas não se esforçam em buscar a verdade e sua entrada na vida. Isso não é o que se espera delas. Embora se ocupem com seu trabalho, se exibam em todas as ocasiões, preguem algumas palavras e doutrinas, ganhem a estima e a adoração de algumas pessoas, desorientem o coração das pessoas e consolidem seu status, qual é o resultado no final? Independentemente de essas pessoas usarem pequenos favores para subornar os outros, ou ostentarem seus dons e habilidades, ou usarem vários métodos para desorientar as pessoas e, assim, conquistarem sua boa opinião, não importa o método que usem para conquistar o coração das pessoas e ocupar uma posição nele, o que elas perderam? Perderam a oportunidade de ganhar a verdade enquanto cumpriam seus deveres de líder. Ao mesmo tempo, por causa de suas várias manifestações, elas também acumularam atos malignos que levarão a seu desfecho. Independentemente de estarem usando pequenos favores para subornar e enredar as pessoas, ou se exibindo, ou utilizando fachadas para desorientar as pessoas, e independentemente de quantos benefícios e quanta satisfação pareçam obter externamente ao fazer isso, olhando agora, essa senda é correta? É a senda de buscar a verdade? É uma senda que pode levar à salvação de alguém? É claro que não é. Independentemente de quão inteligentes sejam esses métodos e truques, elas não podem enganar a Deus e, em última análise, são todas condenadas e odiadas por Deus, porque esses comportamentos escondem a ambição do homem e uma atitude e uma essência de antagonismo em relação a Deus. Em Seu coração, Deus absolutamente nunca reconheceria essas pessoas como aquelas que estão desempenhando seus deveres e, em vez disso, as definiria como malfeitores. Que veredicto Deus profere ao lidar com os malfeitores? ‘Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade.’ Quando Deus diz ‘Apartai-vos de Mim’, para onde Ele quer que essas pessoas vão? Ele as está entregando a Satanás, aos lugares habitados por multidões de satanases. Qual é a consequência final para elas? Elas são atormentadas até a morte por espíritos malignos, ou seja, são devoradas por Satanás. Deus não quer essas pessoas, o que significa que Ele não as salvará; elas não são Suas ovelhas, muito menos Seus seguidores, portanto, não estão entre os que Ele salvará. É assim que essas pessoas são definidas por Deus. Então, qual é a natureza de tentar conquistar o coração dos outros? É andar na senda de um anticristo; é o comportamento e a essência de um anticristo. Ainda mais grave é a essência de competir contra Deus por Seu povo escolhido; tais pessoas são inimigas de Deus. É assim que os anticristos são definidos e categorizados, e isso é totalmente correto” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item um: Eles tentam conquistar o coração das pessoas”). As palavras de Deus revelavam exatamente meu problema. Desde que me tornei líder de equipe, tentei assumir tudo sozinho. Por fora, eu era um líder de equipe compreensivo e atencioso que ativamente ajudava os irmãos com o que fosse necessário, mas minha intenção e meu objetivo reais eram fazer as coisas que serviam a meu status e reputação, ganhar o coração das pessoas e sua admiração. Isso era um tipo de fraude e trapaça! Eu era igual aos funcionários sob o grande dragão vermelho, que enganam o povo comum fazendo um pouco de trabalho só para passar uma boa impressão sob o disfarce de “servir ao povo”, para que ele os reverencie e cante seus louvores. Eu era igual — por fora, eu estava ocupado desempenhando meu dever, mas secretamente eu queria que as pessoas pensassem que eu trabalhava muito e queria que elas me admirassem e adorassem. Já que eu assumia tudo sozinho, ninguém mais recebia uma chance de praticar em seu dever. Mesmo assim, eles me admiravam a ponto de, quando encontravam qualquer problema, não buscarem Deus, mas confiarem em mim para resolvê-lo. Eles não tinham lugar para Deus em seu coração. Eu não desempenhava o dever adequadamente de modo algum! Claramente, eu estava cometendo o mal e trilhando a senda de um anticristo! Orei a Deus e pedi que Ele me guiasse a buscar as verdades princípios para resolver meus problemas e parar de agir com base em meu caráter corrupto.
Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus: “Ao desempenhar seu dever, não se exige que você assuma tudo sozinho, nem se exige que você se mate de trabalhar, nem que seja ‘a única flor a florescer’, nem que tenha comportamento independente; ao contrário, exige-se que você aprenda a cooperar com os outros em harmonia e a fazer tudo que puder, cumprir suas responsabilidades, aplicar toda a sua energia. É isso que significa desempenhar seu dever. Desempenhar seu dever é mostrar todo o poder e toda a luz que você tem para alcançar um resultado. Isso basta. Não tente sempre exibir-se, dizer sempre coisas altivas, fazer as coisas por conta própria. Você deveria aprender a trabalhar com os outros, e deveria concentrar-se mais em ouvir as sugestões dos outros e em descobrir os pontos fortes deles. Dessa forma, a cooperação em harmonia fica fácil. Se sempre tenta se exibir e ter a última palavra, você não está cooperando em harmonia. O que está fazendo? Está causando uma perturbação e minando os outros. Causar uma perturbação e minar os outros é desempenhar o papel de Satanás; não é o desempenho do dever. Se você sempre fizer coisas que causam perturbação e minam os outros, não importa quanto esforço você despenda ou quanto cuidado tenha, Deus não Se lembrará. Você pode ter pouca força, mas se é capaz de trabalhar com outros, e se é capaz de aceitar sugestões corretas, e se tem as motivações certas e pode proteger o trabalho da casa de Deus, você é uma pessoa certa. Às vezes, com uma única frase, você pode resolver um problema e beneficiar a todos; às vezes, depois de você comunicar uma única declaração da verdade, todos têm uma senda para praticar e são capazes de trabalhar juntos em harmonia, e todos se esforçam por um objetivo comum e compartilham os mesmos pontos de vista e opiniões, e assim o trabalho é particularmente eficaz. Embora ninguém possa se lembrar de que você desempenhou esse papel e você possa achar que não fez muito esforço, Deus verá que você é uma pessoa que pratica a verdade, uma pessoa que age de acordo com os princípios. Deus Se lembrará de você ter feito isso. Isso se chama desempenhar lealmente o dever” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). As palavras de Deus me mostraram claramente meus problemas e eu encontrei algumas sendas de prática. Se eu quisesse desempenhar meu dever corretamente, eu tinha de aprender a coordenar em harmonia com os outros e me concentrar em permitir que eles usassem seus pontos fortes. Há limites para o que uma pessoa pode fazer sozinha — ninguém é capaz de fazer todo o trabalho por conta própria. Só podemos alcançar bons resultados em nosso dever quando todos nós somos de um só coração e de uma só mente e quando todos os nossos pontos fortes são aproveitados. Só quando as pessoas têm as intenções certas, ou seja, quando protegem o trabalho da igreja, elas estão desempenhando o dever alinhados com as intenções de Deus. Isso é muito mais eficiente do que uma pessoa assumir todo o trabalho. No passado, eu não só me esgotava ao correr por aí e tentando ser a única estrela brilhante, eu também criava uma confusão nos meus deveres. Os pontos fortes dos irmãos não eram aproveitados e muito trabalho importante se atrasava. Ao comparar a revelação das palavras de Deus com meu comportamento, eu finalmente entendi por que Deus diz que sempre exibir-se em seu dever e não cooperar em harmonia com os outros interrompe o trabalho da igreja.
Depois disso, eu coloquei as palavras de Deus conscientemente em prática. Eu dividi o trabalho de maneira lógica: principalmente, assumi a responsabilidade de acompanhar as tarefas-chave, e atribuí os outros trabalhos a irmãos aptos com base em sua área de especialização. Quando os outros encontravam problemas que não conseguiam resolver, todos nós buscávamos os princípios juntos. Quando os irmãos entendiam os princípios, eles tinham uma direção e uma senda para desempenhar seus deveres. Agora que eu tenho colocado as palavras de Deus em prática por algum tempo, vejo que os irmãos assumem um fardo maior no dever do que antes. Eles são capazes de tomar a iniciativa e buscar os princípios para resolver alguns problemas e conseguem completar algumas tarefas independentemente confiando em Deus. Às vezes, quando encontro dificuldades nas tarefas pelas quais eu sou responsável, eu também busco a ajuda dos irmãos e ganho muito com isso. Nossa equipe tem obtido resultados cada vez melhores em nosso trabalho ao cooperar dessa forma. Os irmãos são capazes de praticar em medidas diferentes e têm feito algum progresso. Estou muito mais relaxado e em paz. Aos poucos, comecei a encontrar tempo para refletir sobre os problemas no trabalho e voltei a escrever artigos testemunhais experienciais. Não pareço estar mais tão ocupado como antes, mas está sendo mais fácil identificar desvios e problemas no trabalho e eu tenho me tornado mais eficiente em meu dever.