Seu dever não é sua carreira
No ano passado, eu era responsável pelo trabalho de duas igrejas. Às vezes, as pessoas precisavam ser transferidas das nossas igrejas para cumprir dever em outro lugar. No início, eu cooperava de boa vontade e providenciava as pessoas imediatamente. Mas, depois de um tempo, percebi que ficava mais difícil fazer todo o trabalho quando pessoas boas eram transferidas. Temia que meu desempenho sofresse e que os líderes me dispensassem por não obter resultados em meu trabalho, e que meu status e minha dignidade ficassem em perigo. Mais tarde, minha disposição de fornecer pessoas diminuiu.
Não faz muito tempo, percebi que uma recém-convertida, a irmã Rama, tinha bom calibre e era esforçada em sua busca. Ela lia as palavras de Deus com frequência e assistia aos vídeos da igreja e sempre fazia perguntas sobre praticar a verdade e entrar na verdade realidade. Eu pensei em como a nossa igreja precisava de um regador e que eu deveria cultivá-la para isso imediatamente. Dessa forma, eu não só estaria regando recém-convertidos, isso também mostraria que eu estava obtendo resultados em meu dever, e os líderes veriam que eu era muito capaz — todos sairiam ganhando. Por essa razão, eu providenciei muita ajuda a ela para que ela entendesse mais verdades e fosse capaz de assumir o trabalho de rega. Eu não esperava que, um dia, uma líder me disse que outra igreja precisava de alguém para assumir o trabalho de rega e queria que a irmã Ranna assumisse aquele dever. Quando ouvi isso, fiquei furiosa e resisti muito, pensando que a outra igreja não era a única que precisava de pessoal. Alguns dias depois, a líder mencionou de novo a ideia de transferir a irmã Ranna, dizendo que ela tinha bom calibre e poderia ser treinada para uma responsabilidade maior. Quanto mais ouvia, mais eu resistia, e pensei: “Você quer levá-la sem mais nem menos? Se nossa igreja continuar a sofrer, eu serei dispensada”. Ao perceber isso, parti para o ataque, dizendo: “Pensei em mantê-la aqui para cultivá-la para uma posição de liderança”. Na verdade, eu sabia que havia muitos recém-convertidos na outra igreja e que sua necessidade de rega era maior. Eu não ousava dizer que não a deixaria ir, mas estava cheia de raiva represada e me sentia horrível, simplesmente não queria aceitar. Pouco antes, a líder já tinha transferido dois líderes de grupo das nossas duas igrejas, e eu estivera sempre cultivando pessoas novas e preenchendo vagas o tempo todo, e, acima de tudo, candidatos bons não eram fáceis de achar. Se eu não obtivesse bons resultados em meu trabalho, eu nunca teria a chance de me destacar, de mostrar o que eu conseguia fazer. Sentia que não conseguia cumprir esse dever e me senti cada vez pior. Eu me senti tão injustiçada e não consegui segurar as lágrimas. Ao me ver assim, a líder comungou comigo sobre a vontade e os princípios da igreja para arranjar deveres, aquilo só entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Mais tarde, ela disse que, agindo assim, eu estava impedindo o trabalho da igreja, mas eu não consegui aceitar nada disso. Pensei: “Mas não estou fazendo isso em consideração do trabalho da nossa igreja? Se você acha que estou obstruindo o caminho, então faça você. É só me dispensar e não causarei mais problemas”. Não me senti bem ao pensar desse jeito, então orei a Deus, dizendo: “Deus, não consigo me submeter ao que está acontecendo agora. Sinto-me tão injustiçada. Deus, por favor, guia-me para que eu possa entender o que há de errado comigo”.
Depois da oração, refleti sobre por que, quando a líder precisava fazer mudanças normais, outras pessoas não se importavam, mas eu tinha um problema com isso. Eu tinha de lutar contra isso detê-lo. Eu resistia tanto a isso internamente. E não foram apenas uma ou duas vezes que agi desse jeito. Por que era tão difícil submeter-me? Então me lembrei destas palavras de Deus: “Um dever não é operação sua, carreira sua ou trabalho seu; é obra de Deus. A obra de Deus requer a sua cooperação, o que dá origem ao seu dever. A parte da obra de Deus com a qual o homem deve cooperar é o seu dever. O dever é a porção da obra de Deus — não é sua carreira, não são seus assuntos domésticos, nem seus assuntos particulares na vida. Se o seu dever é lidar com assuntos externos ou internos, se envolve trabalho mental ou físico, esse é o dever que você deve cumprir, e é o trabalho da igreja, ele forma uma parte do plano de gerenciamento de Deus e é a comissão que Deus deu a você. Não é seu negócio pessoal. Então, como você deveria tratar o seu dever? No mínimo, você não deve cumprir seu dever como lhe agradar, não deve agir descuidadamente” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só buscando os princípios da verdade pode-se realizar bem o dever”). “O que realmente é o dever? É uma comissão confiada às pessoas por Deus, é parte do trabalho da casa de Deus e é uma responsabilidade e obrigação que deveria ser assumida por cada um do povo escolhido de Deus. O dever é sua carreira? É uma questão familiar pessoal? É sensato dizer que, uma vez que você recebe um dever, esse dever se torna seu assunto pessoal? Não é esse o caso — de forma alguma. Como, então, você deveria cumprir o seu dever? Agindo de acordo com as exigências, palavras e padrões de Deus, e baseando seu comportamento nas verdades princípios, e não em desejos humanos subjetivos. Algumas pessoas dizem: ‘Quando me dão um dever, ele não é assunto meu? Meu dever é responsabilidade minha, e aquilo com que fui encarregado não é assunto meu? Se eu tratar meu dever como assunto meu, isso não significa que eu o cumprirei corretamente? Eu o cumpriria bem se não o tratasse como assunto meu?’. Essas palavras estão corretas ou erradas? Estão erradas; são contrárias à verdade. O dever não é seu assunto pessoal, é assunto de Deus, é parte da obra de Deus, e você deve fazer o que Deus exige; só se você cumprir seu dever com um coração obediente a Deus, você poderá estar à altura do padrão. Se você sempre cumprir seu dever de acordo com suas próprias noções e imaginações e de acordo com suas próprias inclinações, então você jamais estará à altura do padrão. Sempre só cumprir seu dever como você deseja não é cumprir o seu dever, porque o que você está fazendo não está dentro do escopo do gerenciamento de Deus, não é o trabalho da casa de Deus; em vez disso, você está administrando seu próprio negócio, cumprindo as próprias tarefas, e então isso não é lembrado por Deus” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só buscando os princípios da verdade pode-se realizar bem o dever”). Refleti sobre as palavras de Deus e percebi que um dever não é uma carreira e que é a comissão de Deus para as pessoas. Por isso, deve ser executado de acordo com as exigências de Deus. Eu não devia fazer só o que eu queria, com base em meus desejos e planos pessoais. Se fizesse isso, poderia até parecer que estava trabalhando muito, mas isso não seria cumprir um dever; seria administrar meu próprio negócio e resistir a Deus. Lembrando-me de meu comportamento, sempre que pediam que eu fornecesse pessoas, eu temia que, se abrisse mão dos membros da igreja que eram mais eficientes no cumprimento de seus deveres, nossas igrejas não obteriam bons resultados e que eu perderia minha posição. A fim de proteger meu status e reputação, eu não queria fornecer pessoas. Em teoria, eu sabia que meu dever me tinha sido dado por Deus e que essa era minha responsabilidade, mas, na prática, eu o tratava como meu negócio, meu emprego. Já que eu tinha recebido esse emprego, eu achava que era meu negócio, por isso a última palavra era minha. Eu estava disposta a fornecer pessoas, contanto que não impactasse os resultados do meu trabalho, mas quando isso acontecia, eu resistia muito e não deixava ninguém partir. Então, quando descobri que a irmã Ranna seria transferida, fiquei de coração partido e não quis deixá-la partir. Eu me senti injustiçada, e fiquei com muita raiva e quis até largar o meu dever. Isso era cumprir um dever? Eu estava claramente interrompendo e obstruindo o trabalho da igreja. Eu não estava considerando o quadro geral ao cumprir o meu dever nem estava defendendo os interesses da igreja, em vez disso, estava tramando para mim mesma, usando meu dever como chance de trabalhar para meu status e minha reputação. Eu não estava administrando minha própria operação? Não importava quanto trabalho eu fizesse, Deus jamais comemoraria tal comportamento. Eu deveria cooperar com entusiasmo sempre que uma igreja precisasse de alguém. Não podia pensar apenas em meus interesses pessoais.
Numa reunião no dia seguinte, uma líder mencionou que é tarefa dos líderes de igreja regar os irmãos e, ao mesmo tempo, cultivar pessoas para que todos possam cumprir um dever apropriado. Ao ouvir isso, foi como se eu tivesse despertado de um sonho. Ela estava certa. Regar os irmãos e ajudá-los a encontrar o dever certo fazia parte do meu trabalho. Mas quando outra igreja precisava de alguém, por fora, eu não ousava recusar, mas no meu coração eu lutava contra isso, inventando todo tipo de desculpa para não transferi-los. Isso não era cumprir meu dever. Eu não estava cumprindo minhas responsabilidades naquela função e até culpava a líder por me colocar numa situação difícil. Eu também não refleti sobre mim mesma, em vez disso, só fiquei no caminho do trabalho da igreja. Esse tipo de comportamento não era me meter intencionalmente no caminho das coisas, como a irmã tinha dito? Lembrei-me de que, quando assumi o dever, eu só queria cumprir minha parte humilde no trabalho evangelístico Deus. Mas agora eu tinha me tornado um obstáculo, uma pedra de tropeço. Diante disso, senti algum remorso e disse a mim mesma que, na próxima vez, eu devia praticar a verdade, que não podia me importar só comigo mesma de um jeito tão egoísta e desprezível.
Alguns dias depois, a líder enviou uma mensagem pedindo que eu transferisse alguns membros da equipe para outra igreja. Permaneci totalmente calma quando li a mensagem e vi que essa circunstância veio para mim como uma chance de praticar a verdade. Mas quando avaliei os membros da equipe, senti certa hesitação e me perguntei se realmente devia abrir mão das duas melhores irmãs na equipe ou se, talvez, podia transferir dois membros que não eram tão bons. Ao pensar isso, percebi que estava sendo egoísta e cometendo o mesmo erro de novo. Então li uma passagem das palavras de Deus: “O coração de pessoas que são enganosas e malignas transborda de ambições, planos e esquemas pessoais. É fácil deixar de lado essas coisas? (Não.) O que você deveria fazer se ainda deseja desempenhar seu dever apropriadamente, mas não consegue deixar de lado essas coisas? Existe uma senda aqui: a natureza daquilo que você está fazendo deve ser clara para você. Se algo diz respeito aos interesses da casa de Deus, e é de grande importância, você não deve adiar, nem cometer erros, nem prejudicar os interesses da casa de Deus, nem perturbar o trabalho da casa de Deus. Esse é o princípio que você deve seguir ao desempenhar seu dever. Se você quiser evitar prejudicar os interesses da casa de Deus, primeiro deixe de lado seus desejos e ambições; seus interesses devem ser um pouco comprometidos, devem ser deixados de lado, e você preferiria sofrer um pouco de adversidade a ofender o caráter de Deus, o que seria um caminho sem volta. Se você estragar o trabalho da igreja a fim de satisfazer suas ambições e vaidade patéticas, qual será a consequência última para você? Você será substituído, e talvez seja expulso. Você terá provocado o caráter de Deus, e pode não ter mais chances de ser salvo. Existe um limite para o número de chances que Deus dá às pessoas. Quantas chances as pessoas recebem para ser testadas por Deus? Isso é determinado de acordo com a essência delas. Se você aproveita ao máximo as oportunidades que recebe, se você é capaz de se despojar de seu orgulho e vaidade, e priorizar fazer bem o trabalho da igreja, então você tem a mentalidade correta” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só buscando os princípios da verdade pode-se realizar bem o dever”). Ao ler isso, percebi que, no mínimo, eu não devia afetar nem impedir o trabalho da igreja, mesmo que minha dignidade pessoal e benefício sofressem. No passado, eu sempre temia que, se os melhores membros da igreja fossem transferidos, o trabalho da nossa igreja sofreria e eu seria dispensada. Mas quem seria dispensado por defender os interesses da igreja e por se importar com a vontade de Deus? Ninguém. Por outro lado, uma pessoa egoísta e desprezível, que se recusa a abrir mão de bons membros da igreja, impactando o trabalho da igreja e seus interesses — essa sim seria dispensada e expulsa. E mesmo que me agarrasse àquelas irmãs, isso não significava necessariamente que nossas igrejas se sairiam bem. Se meus motivos estivessem errados e se eu protegesse minha reputação e posição, então eu não ganharia a obra do Espírito Santo, como, então, eu poderia obter bons resultados em meu dever sem a orientação de Deus? Esses pensamentos me deixaram um pouco mais tranquila e eu disse a Deus em meu coração: “Deus, quero praticar a verdade e Te satisfazer e parar de proteger meu status e reputação”. Depois disso, ofereci os dois membros da equipe com o melhor desempenho à outra igreja. Quando coloquei isso em prática, fiquei em paz. Era bom ser esse tipo de pessoa.
Depois dessa experiência, pensei que tinha mudado um pouco, mas, para a minha surpresa, pouco tempo depois, fui completamente desnudada de novo. Um dia, uma líder disse que ela queria que eu fornecesse mais pessoal de rega, pois tínhamos muitos recém-convertidos bilíngues nas nossas igrejas. Se esse era o caso, eu deveria abrir mão de quase todos os membros bilíngues de bom calibre. Àquela altura, comecei a me preocupar de novo com minha dignidade e posição. Se aquelas pessoas partissem, eu temia que o trabalho evangelístico das nossas igrejas seria impactado. Naquela noite, a líder me enviou uma mensagem para conferir a situação. Senti muita resistência dentro de mim. A cada nome que ela citava, eu respondia com respostas curtas: “Claro”, “Tudo bem”. Quando ela pediu detalhes, eu não quis dizer nada. Pensei: “Para começar, eu não quis abrir mão dessas pessoas, mas você fica fazendo perguntas. Você está drenando nossas igrejas de pessoas que conseguem cumprir um dever. Como devo fazer meu trabalho?”. Eu resisti muito e não consegui me submeter.
Mais tarde, numa reunião, vi um vídeo de uma leitura das palavras de Deus que me ajudou a entender minha corrupção. Deus Todo-Poderoso diz: “A essência do egoísmo e da vileza dos anticristos é óbvia; suas manifestações desse tipo são particularmente proeminentes. A igreja lhes confia algum trabalho, e se ele traz renome e benefícios e permite que mostrem a cara, eles se interessam muito e estão dispostos a aceitá-lo. Se é um trabalho ingrato ou envolve ofender pessoas, ou não lhes permite mostrar a cara, ou se não é benéfico para seu status e reputação, eles não têm interesse e não o aceitarão, como se esse trabalho nada tivesse a ver com eles e não fosse o trabalho que eles deveriam fazer. Quando encontram dificuldades, não há chance de eles buscarem a verdade para resolvê-las, muito menos tentam ver o quadro geral ou consideram o trabalho da igreja. Por exemplo, dentro do escopo do trabalho da casa de Deus, com base nas necessidades do trabalho geral, pode haver algumas transferências de pessoal. Se algumas pessoas fossem transferidas de uma igreja, qual seria o modo sensato de os líderes tratarem o assunto? Qual é o problema se eles se preocupam somente com os interesses de sua igreja, e não com os interesses gerais, e se eles se recusam totalmente a transferir pessoas? Por que, como líderes de igreja, eles não são capazes de se submeter aos arranjos gerais da casa de Deus? Tal pessoa considera a vontade de Deus? Ela está atenta ao quadro geral do trabalho? Se ela não pensa no trabalho da casa de Deus como um todo, mas somente nos interesses de sua própria igreja, ela não é muito egoísta e desprezível? Os líderes de igreja deveriam se submeter incondicionalmente à soberania e aos arranjos de Deus, e aos arranjos e à coordenação centralizada da casa de Deus. Isso é o que está de acordo com as verdades princípios. Quando exigido pelo trabalho da casa de Deus, não importa quem seja, todos devem se submeter à coordenação e aos arranjos da casa de Deus, e de forma alguma devem ser controlados por nenhum líder ou obreiro individual, como se pertencessem a ele ou estivessem sujeitos às suas decisões. A obediência dos escolhidos de Deus aos arranjos centralizados da casa de Deus é perfeitamente natural e justificada, e não deve ser desafiada por ninguém. A não ser que um líder ou obreiro individual faça uma transferência irracional que não esteja de acordo com os princípios — caso em que ela pode ser desobedecida —, todos os escolhidos de Deus devem obedecer, e nenhum líder ou obreiro tem o direito ou qualquer razão para tentar controlar qualquer pessoa. Vocês diriam que existe algum trabalho que não é o trabalho da casa de Deus? Existe algum trabalho que não envolve a expansão do evangelho do reino de Deus? Tudo é o trabalho da casa de Deus, cada trabalho é equivalente, e não existe ‘seu’ e ‘meu’. […] Os escolhidos de Deus deveriam ser alocados centralmente pela casa de Deus. Isso nada tem a ver com qualquer líder, chefe de equipe ou indivíduo. Todos devem agir de acordo com os princípios; essa é a regra da casa de Deus. Quando os anticristos não agem de acordo com os princípios da casa de Deus, quando tramam constantemente para o bem de seu status e interesses, e obrigam os irmãos e irmãs de calibre bom a servi-los, para consolidar seu poder e status, isso não é egoísta e vil? Por fora, parece que, ao manter pessoas de calibre bom ao seu lado e não permitir que elas sejam transferidas pela casa de Deus, eles estão pensando no trabalho da igreja, mas, na verdade, só estão pensando em seu status e poder, e não no trabalho da igreja. Eles temem fazer mal o trabalho da igreja, ser substituídos e perder seu status. Quando os anticristos não pensam no trabalho mais amplo da casa de Deus, só pensam em seu status, protegem seu status sem remorso pelos custos aos interesses da casa de Deus, e defendem seu status e interesses, prejudicando o trabalho da igreja, isso é egoísta e vil. Quando confrontado com esse tipo de situação, no mínimo, você deve pensar com sua consciência: ‘Todas essas pessoas são da casa de Deus, não são propriedade pessoal minha. Eu também sou um membro da casa de Deus. Que direito tenho eu de impedir que a casa de Deus transfira pessoas? Devo considerar os interesses gerais da casa de Deus em vez de me concentrar apenas no trabalho dentro do escopo das minhas responsabilidades’. Tais são os pensamentos que devem ser encontrados em pessoas que possuem consciência e senso, e tal é o senso que aqueles que acreditam em Deus devem possuir. A casa de Deus se envolve no trabalho do todo, e as igrejas estão envolvidas no trabalho das partes. Portanto, quando a casa de Deus precisa de algo especial da igreja, o mais importante é que os líderes e obreiros obedeçam aos arranjos da casa de Deus. Falsos líderes e anticristos não possuem tal senso e consciência. Eles são todos egoístas, só pensam em si mesmos, e não pensam no trabalho da igreja. Eles só consideram os benefícios diante de seus olhos, não consideram o trabalho mais amplo da casa de Deus, e por isso são totalmente incapazes de obedecer aos arranjos da casa de Deus. São extremamente egoístas e vis! Na casa de Deus, até são ousados a ponto de serem obstrutivos e até ousam ser teimosos; essas são as pessoas que mais carecem de humanidade, são pessoas malignas. Esse é o tipo de pessoa que são os anticristos. Eles sempre tratam o trabalho da igreja, e os irmãos e irmãs, e até mesmo todos os bens da casa de Deus que estão dentro de seu escopo de responsabilidade como propriedade privada. Cabe a eles decidir como essas coisas são distribuídas, transferidas e usadas, e a casa de Deus não tem permissão para interferir. Uma vez que elas estão nas mãos deles, é como se eles estivessem possuídos por Satanás, ninguém pode tocar em nada. Eles são o figurão, o chefão, e quem quer que vá para o território deles tem que obedecer às ordens e aos arranjos deles, e fazer o que lhe é dito. Essa é a manifestação do egoísmo e da vileza dentro do caráter do anticristo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Quatro: Resumindo a qualidade dos anticristos e a essência de seu caráter (parte 1)”). As palavras de Deus revelaram meu estado. Meu desejo de ficar com os irmãos sob meu controle e não os entregar a outras igrejas era egoísta e desprezível, e eu estava exibindo o caráter de um anticristo. Durante todo aquele tempo, eu sentia muita resistência e me recusava sempre que a líder queria transferir alguém das nossas igrejas. Eu até a ataquei, tive surtos de raiva e me senti injustiçada. Eu não concordei até a líder comungar comigo para me ajudar a mudar meu raciocínio e me disse algumas coisas legais. Eu era como o chefão exposto por Deus, querendo controlar as transferências das igrejas pelas quais eu era responsável. Quando pessoas eram requisitadas, elas poderiam ir se eu permitisse, mas sem a minha permissão ninguém poderia tocá-las. Ninguém podia proceder sem meu consentimento. Eu estava mantendo as igrejas sob meu controle, mantendo tudo sob meu comando. Cristo não estava no controle das igrejas — eu estava. Era como se os recém-convertidos que tinham sido cultivados pertencessem a mim. Eu queria usar o que eles alcançavam em seu dever para consolidar minha posição. Isso era tão descarado da minha parte! Eu não estava na senda de um anticristo contrária a Deus? Essa situação também me lembrou dos pastores e presbíteros no mundo religioso. Eles sabem que a Igreja de Deus Todo-Poderoso dá testemunho de que o Senhor retornou e expressou muitas verdades, mas eles temem que suas congregações seguirão Deus Todo-Poderoso quando enxergarem essas verdades e que perderão seu status, reputação e sustento, por isso fazem de tudo dentro de seu poder para afastar os crentes do caminho verdadeiro. Alegam que as ovelhas são suas e não permitem que elas ouçam a voz de Deus e O sigam. Tratam os crentes como sua propriedade privada, controlando-os e lutando por eles contra Deus. Esses pastores e presbíteros são os servos malignos, os anticristos expostos nos últimos dias. Em que minhas ações eram diferentes em sua essência das ações daqueles pastores e presbíteros? Eu estava controlando os outros para proteger minha dignidade e posição. Eu sabia que, se não me arrependesse, eu seria condenada e punida por Deus juntamente com os anticristos. As pessoas escolhidas de Deus pertencem a Deus, não a um ser humano. Quando outras igrejas precisam de alguém para um dever, ele pode ser transferido. Eu não tinha o direito de prender ninguém nas igrejas que eu administrava. Quando líderes arranjam o trabalho e transferem pessoas, é por respeito que pedem minha opinião e em prol de uma cooperação mais harmoniosa. Na verdade, até seria justificável transferir alguém diretamente, sem meu consentimento. Eu não tinha o direito de manter as pessoas sob meu controle. Eu sabia que não podia continuar vivendo de forma tão egoísta. Era Deus que me permitia respirar, por que, então, eu estava lutando por mim mesma? Posso não ser capaz de fazer uma grande contribuição para a igreja, mas, no mínimo, não devo interferir. Eu devia fazer mais para beneficiar o trabalho da igreja. Depois disso, sempre que necessário, eu ajudava proativamente com as transferências e parei de pensar em minha reputação e posição.
Mais tarde, uma irmã que eu tinha transferido para outra igreja me mandou uma mensagem, dizendo que ela e os outros irmãos aprenderam muito com seu trabalho de espalhar o evangelho ali. Fiquei muito feliz e envergonhada ao mesmo tempo. Fiquei feliz porque eles podiam fazer sua parte para espalhar o evangelho do reino. Mas o que me deixou envergonhada foi que, se eu tivesse fornecido pessoas sem obstruir o caminho, elas poderiam ter sido treinadas mais cedo. Então orei a Deus, não querendo mais viver segundo meu caráter corrupto, mas, em vez disso, fornecer bons candidatos, fazer minha parte no trabalho evangelístico e cumprir o meu dever.
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.