Uma experiência mais profunda do amor de Deus mediante ingresso no covil de demônios
Apesar de ter sido criada sob o cuidado amoroso de meus pais desde que eu era criança, em meu coração, muitas vezes eu me sentia sozinha e sentia que não tinha ninguém em quem confiar. Eu sempre parecia dominada por alguma aflição inexplicável que eu não conseguia superar. Muitas vezes me perguntei: por que as pessoas estão vivas? Como devemos viver? Mas eu nunca consegui encontrar uma resposta. Em 1999, finalmente tive a sorte de aceitar a obra dos últimos dias de Deus Todo-Poderoso. O alimento e a provisão da palavra de Deus confortaram meu coração solitário e senti que finalmente tinha chegado em casa. Eu me senti especialmente resguardada e segura. Só então soube finalmente o que era ser feliz. Mais tarde, li na palavra de Deus que: “Sem Deus no coração, o mundo interior do homem é escuro, vazio e sem esperança. […] A posição e a vida de Deus não podem ser substituídas por homem nenhum. A humanidade não só exige uma sociedade justa na qual todos sejam bem alimentados, iguais e livres; aquilo de que a humanidade precisa é a salvação de Deus e Sua provisão de vida para todos” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Apêndice 2: Deus preside o destino de toda a humanidade”). Aqui, finalmente descobri que comer bem, vestir roupas chiques e se divertir não é o que as pessoas precisam para viver. O que as pessoas precisam é da salvação de Deus e do suprimento de vida de Deus. Somente com essas coisas o vazio no espírito das pessoas pode ser resolvido. As perguntas que tinham me incomodado por tanto tempo foram finalmente respondidas: Deus cuida de todos os seres vivos na criação — as pessoas devem viver confiando em Deus e devem viver para Deus, pois somente vivendo dessa maneira é que a vida das pessoas é significativa. Ao ler mais da palavra de Deus, gradualmente passei a entender um pouco da verdade e depois assumi deveres na igreja. Frequentemente, eu participava de reuniões e comungava com meus irmãos e irmãs e passava meus dias sentindo como se estivesse vivendo uma vida plena e satisfatória. Mas uma prisão repentina destruiu minha vida tranquila e me jogou num covil de demônios…
Foi num dia chuvoso de verão, em 17 de julho de 2009, quando eu e três de minhas irmãs despertamos de nossos cochilos à tarde, quando o cachorro no pátio de repente começou a latir sem parar. Fui olhar o que estava acontecendo e vi mais de 20 policiais à paisana pulando o muro para dentro do pátio. Antes que eu tivesse tempo de reagir, eles correram para dentro de casa e nos arrastaram para a sala de estar. A súbita mudança nas circunstâncias me deixou em pânico, pois eu me perguntava como responderia ao interrogatório da polícia. Mas, então, um pensamento me veio à mente: Deus havia permitido que essas circunstâncias ocorressem, então devia me submeter. Depois disso, a polícia ordenou que nos agachássemos, e dois deles dobraram meus braços atrás das costas, pressionaram um bastão elétrico contra meu pescoço e cobriram minha cabeça com um casaco. Eles continuaram me pressionando, e minhas pernas ficaram dormentes. O menor movimento provocava uma onda de palavrões e repreensões. Esses policiais do mal vasculharam a casa como bandidos, e eu orei continuamente a Deus em meu coração, dizendo: “Deus! Eu sei que tudo está em Tuas mãos e é por meio de Tuas boas intenções que me deparo com essa situação. Mesmo que eu não entenda agora, estou disposta a me submeter. Deus! Estou em pânico agora, tenho muito medo e não sei que tipo de circunstâncias terei de enfrentar a seguir. Sei que minha estatura é muito pequena e que eu entendo muito pouco da verdade, assim imploro Tua proteção e orientação. Dá-me fé e força, para que eu possa permanecer firme e não me tornar um Judas e Te trair”. Orei várias vezes, sem ousar me afastar de Deus por um momento sequer. Em sua busca, a polícia encontrou quatro laptops, vários celulares, vários pen drives e MP3 players e mais de mil RMB em dinheiro. Depois que terminaram de vasculhar a casa, apreenderam tudo o que encontraram, tiraram fotos de cada uma de nós e nos forçaram a entrar no seu veículo. Ao sair, eu vi mais viaturas e policiais do que eu podia contar.
A polícia nos levou a um albergue em um distrito militar, onde nos separaram para nos interrogar individualmente. Havia dois policiais vigiando a porta. Imediatamente após me empurrarem para dentro da sala, três oficiais homens e uma oficial mulher começaram a me interrogar. Um dos oficiais começou perguntando: “De onde você é? Qual é o seu nome? O que você está fazendo nessa região? Onde está o dinheiro da igreja?” Eu orei continuamente a Deus em meu coração, e não importava o que me perguntassem, eu me recusava a emitir um som sequer. Ao ver isso, todos perderam a paciência. Eles ordenaram que eu ficasse de pé imóvel e não permitiram que eu me apoiasse na parede. Dessa forma, eles continuaram a se revezar me interrogando por três dias e três noites e, durante esse período, não permitiram que eu comesse ou dormisse. Meu corpo, já magro e fraco, não suportava tais abusos. Minha cabeça estava prestes a explodir, senti como se meu coração tivesse sido esvaziado, eu estava cansada e com fome e não conseguia manter o equilíbrio. Mas toda vez que eu fechava meus olhos, eles me cutucavam e diziam: “Você não vai dormir antes de responder às nossas perguntas! De jeito nenhum! Temos todo o tempo do mundo. Vamos ver quanto tempo você aguenta!” Eles fizeram perguntas sobre a igreja com frequência. Fiquei muito nervosa durante toda a provação e aterrorizada por poder deixar algo escapar em um momento de descuido. Eu me senti fisicamente e espiritualmente atormentada, mas quando pensei que tinha suportado tudo que podia suportar e que não aguentaria mais, Deus me iluminou, fazendo-me recordar esta passagem de Sua palavra: “Quando encarar sofrimentos, você deve ser capaz de deixar de lado qualquer preocupação com a carne e de não fazer reclamações contra Deus. Quando Deus Se esconde de você, você deve ser capaz de ter a fé para segui-Lo e de manter seu antigo amor sem permitir que fraqueje ou se dissipe. Não importa o que Deus faça, você deve se submeter ao Seu desígnio e estar preparado para amaldiçoar a própria carne em vez de fazer reclamações contra Ele. Quando encarar provações, você deve satisfazer a Deus, embora você possa chorar amargamente ou se sentir relutante em se separar de algum objeto amado. Somente isso é amor e fé verdadeiros. Não importa qual seja sua real estatura, você deve primeiro possuir tanto a disposição para sofrer dificuldades como a verdadeira fé, e também deve ter a disposição para abandonar a carne” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). Cada linha das palavras de Deus me encorajou. É isso mesmo, Satanás estava usando minha fraqueza física para me atacar. Ele esperava usar meu desejo de proteger minha carne e de viver com conforto e facilidade para me submeter a ele. Eu não podia permitir que ele me enganasse e me fizesse viver como um Judas covarde e degradado. Eu estava disposta a viver pela palavra de Deus, a abandonar a carne e praticar o amor por Deus. Eu preferiria amaldiçoar minha própria carne a reclamar ou trair a Deus. As palavras de Deus foram uma fonte de força inesgotável e me deram a determinação para suportar meu sofrimento. À meia-noite do terceiro dia, um homem de meia-idade chegou, aparentemente o superior deles, e, ao ver que eles não tinham conseguido arrancar uma palavra de mim, ele se postou diretamente na minha frente e disse: “Você é uma mulher jovem e não é feia. Você pode fazer o que quiser. Por que insiste em acreditar em Deus? Por que não nos diz simplesmente o que você sabe? Protelar as coisas não será bom para você. Quanto mais você protelar, mais terá de sofrer”. Naquele momento, minha carne estava extremamente fraca e minha determinação começou a ficar abalada. Pensei: “Talvez eu devesse dizer a eles algo sem importância. Se eu continuar adiando as coisas assim, quem sabe que outros meios eles usarão para me torturar?” Mas imediatamente pensei: “Não! Eu não posso dizer nada! Se eu deixar escapar alguma coisa, eles perguntarão mais e mais. Não haverá como parar assim que eu fizer isso, e então realmente serei um Judas”. Quando percebi isso, entendi que quase havia caído no truque de Satanás. Isso era perigoso! Que demônios sinistros e desprezíveis! Eles estavam explorando minha fraqueza, usando técnicas duras e suaves para me fazer trair a igreja. Eu não podia me deixar enganar por Satanás. Eu morreria antes de fazer algo para trair Deus.
No quarto dia, quando essa polícia do mal viu que eu ainda não havia contado nada, eles tentaram outra tática. Eles me levaram para outra sala e fecharam a porta. Então, eu me lembrei de ter ouvido alguém descrever como a polícia tinha levado uma irmã a uma cela cheia de homens e permitido que os presos a humilhassem. Senti um profundo medo, como se eu fosse um cordeiro na boca de um tigre sem esperança de escapar e pensei: “Como eles vão me torturar agora? Vou morrer nesta sala? Deus, por favor, me protege e me dá forças!” Orei sem parar e clamei a Deus, não ousando afastar-me Dele por um momento sequer. A polícia do mal se sentou na cama. Eles me disseram para ficar na frente deles e me fizeram as mesmas perguntas e, quando viram que eu ainda não estava falando, um deles ficou furioso. Ele agarrou meus braços, dobrou-os atrás das minhas costas, me algemou e ordenou que eu ficasse em uma posição de cavalo. Minhas pernas já estavam moles naquela hora. Elas estavam muito fracas para sequer ficar de pé, quanto mais me manter na posição de cavalo. Não consegui manter a posição nem por um minuto. Quando minha postura não atendeu às exigências deles, um deles me chutou ferozmente na canela, derrubando-me no chão. Outro policial grande deu um passo à frente e me levantou pelas algemas, depois levantou meus braços atrás de mim no ar, xingando-me enquanto fazia isso: “Você vai falar agora? Não teste minha paciência!” Quanto mais ele me levantava, mais apertada a algema ficava, e eu gritava de dor. Quanto mais eu gritava, mais alto ele me levantava e mais cruelmente me xingava, mas eu não conseguia sentir nada, exceto que meus braços e pulsos estavam prestes a romper. Na minha miséria, uma passagem da palavra de Deus me veio à mente. “Durante estes últimos dias, vocês devem dar testemunho de Deus. Não importa quão grande seja o sofrimento de vocês, devem caminhar até o fim e até mesmo até seu último suspiro, ainda assim vocês devem ser fieis a Deus e ficar à mercê de Deus; só isso é realmente amar a Deus e apenas isso é o testemunho forte e retumbante” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Somente experimentando provações dolorosas é que você pode conhecer a amabilidade de Deus”). Naquele momento, eu senti sinceramente o conforto e o encorajamento de Deus. Senti que Deus estava do meu lado, que Ele estava comigo, incentivando-me a permanecer firme, não importando quão grande fosse o sofrimento, e a ser fiel a Ele até o fim, porque somente isso é um testemunho forte e retumbante. Em silêncio, orei a Deus: “Deus, agora Tu precisas que eu permaneça firme e testemunhe por Ti. Não importa o quanto eu sofra, testificarei por Ti diante de Satanás e, mesmo que eu morra, não Te trairei! Não me submeterei a Satanás!” Depois de mais uma rodada de tormento, o policial viu que eu ainda não estava falando, então ele me jogou violentamente no chão. Depois vi que as algemas haviam feito dois cortes profundos em meus pulsos, e a dor parecia me rasgar por dentro. Ainda hoje eu não consigo levantar coisas pesadas com o pulso direito.
A polícia me torturou intermitentemente por dez dias para obter informações sobre a igreja. Quando viram que suas táticas agressivas não estavam funcionando, eles tentaram uma estratégia diferente. Um dia, eles mandaram uma oficial se aproximar de mim. Ela me trouxe alguns produtos de uso diário e tentou cair no meu agrado, dizendo: “Olhe para si mesma — uma mulher jovem e bonita, que deve ter um bom diploma. Se você não acreditasse em Deus, poderíamos ser amigas. Se você não tem para onde ir, pode ficar na minha casa. Eu posso ajudá-la a conseguir um bom emprego aqui e apresentar-lhe um bom namorado. Você pode ter sua própria casa, seu próprio marido, um filho e aproveitar seus dias com sua família. Isso não seria legal? Do jeito que as coisas andam atualmente, você não pode ir para casa. Você não sente falta de sua casa e de seus pais?” O oficial que estava próximo juntou-se a elas, dizendo: “Está certo. Por que você passa seus dias escondida, mudando de um lugar para outro? Por que se submeter a isso? Se você cooperar conosco, prometo que haverá uma saída de tudo isso para você”. Eu ouvia como eles me tentavam, e meu coração não pôde deixar de ficar fraco: “Eles estão certos. Passei os últimos anos me escondendo, com medo de ser presa pela polícia. Não tenho endereço fixo e estou sempre com medo. Quando esses dias de perseguição terminarão? Viver assim é realmente miserável!” Mas, no mesmo instante, esse pensamento escureceu o meu coração, então eu clamei a Deus: “Deus! Eu sei que meu estado não está certo. Estou fazendo exigências a Ti e reclamando de Ti. Esta é a minha rebeldia e resistência. Deus! Peço-Te que me ilumines para que eu possa me afastar dessa estado incorreto, impedir que o plano de Satanás seja bem-sucedido e evitar cair na armadilha de Satanás”. Depois de orar, lembrei-me de uma passagem da palavra de Deus: “Talvez todos vocês se lembrem destas palavras: ‘Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória’. Vocês todos ouviram essas palavras antes, mas nenhum de vocês entendeu o seu sentido real. Hoje, vocês estão profundamente conscientes de seu verdadeiro significado. Essas palavras serão cumpridas por Deus durante os últimos dias, e elas serão cumpridas naqueles que foram brutalmente perseguidos pelo grande dragão vermelho na terra na qual ele repousa enrolado. O grande dragão vermelho persegue a Deus e é inimigo Dele, e assim, nesta terra, aqueles que creem em Deus são assim sujeitos à humilhação e à opressão, e as palavras de Deus são cumpridas em vocês, este grupo de pessoas, como resultado” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus é tão simples quanto o homem imagina?”). O esclarecimento nas palavras de Deus iluminou meu coração. Passei a entender o significado de experimentar perseguição e tribulação. Deus usa a perseguição desses demônios para nos dar a determinação de suportar o sofrimento e aperfeiçoar nossa sinceridade e fé em segui-Lo, para que nossa experiência e testemunho possam se tornar uma prova poderosa de Deus vencendo Satanás e para que todas as pessoas possam ver nesse testemunho que a obra dos últimos dias de Deus Todo-Poderoso não é obra do homem, mas é obra do Próprio Deus. Sem a obra de Deus e a orientação e provisão das palavras de Deus, ninguém poderia suportar a crueldade e o tormento desses demônios que esmagam a humanidade a longo prazo. Ser capaz de crer em Deus e segui-Lo, mesmo ao custo da própria vida, é o efeito alcançado pela obra de Deus Todo-Poderoso nas pessoas. É o testemunho da glória ganha por Deus e o poder onipotente de Deus. Neste último estágio de Sua obra, Deus quer ganhar um grupo de vencedores que podem suportar a perseguição e os danos cruéis de Satanás e se voltar destemidamente para a justiça. Esses são os vencedores que Deus finalmente deseja ganhar! A palavra de Deus diz: “Eu concedi toda a Minha glória a vocês, concedi a vocês a vida que o povo escolhido, os israelitas, nunca recebeu. Por direito, vocês devem dar testemunho de Mim, dedicar a Mim a sua juventude e renunciar à sua vida. Qualquer pessoa a quem Eu conceder a Minha glória deve dar testemunho de Mim e dar sua vida por Mim. Isso há muito tempo foi predestinado por Mim. É sorte sua Eu conceder Minha glória a vocês e o seu dever é testificar a Minha glória” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O que você sabe sobre a fé?”). No Seu plano de gerenciamento de seis mil anos, Deus realizou três estágios da obra e encarnou duas vezes. Em Sua encarnação final, Ele veio operar na China, uma terra ateísta que persegue a Deus pesadamente, e Ele realiza uma parte da Sua glória nos últimos dias sobre aqueles entre nós que são profunda e brutalmente prejudicados por Satanás, assim derrotando Satanás e, ao mesmo tempo, operando a verdade e a vida dentro de nós. Nós realmente ganhamos muito de Deus, e por isso devemos dar testemunho de Deus. Esta é a comissão de Deus, assim como Sua graça e exaltação, e é nossa honra. Portanto, o sofrimento que suportamos hoje é significativo e valioso e representa a benevolência de Deus por nós. Através do esclarecimento e orientação das palavras de Deus, eu entendi a vontade de Deus, discerni os truques de Satanás e encontrei a determinação de suportar qualquer sofrimento para permanecer firme e testemunhar a Deus. Depois disso, a polícia continuou a me interrogar por mais duas semanas, mas eu nunca lhes dei quaisquer informações sobre a igreja.
Depois, fui transferida para a casa de detenção local. Assim que cheguei, uma policial ordenou que eu me despisse para ser revistada e ela também pegou o dinheiro que eu tinha comigo. Quando entrei na cela, o cheiro era horrível. Mais de vinte pessoas estavam espremidas sobre um único estrado de dormir. Todas comíamos, bebíamos, urinávamos e defecávamos na mesma sala. No mês seguinte, essa polícia do mal me mandou fazer horas extras e assumir deveres extras todos os dias. Eles tinham tirado meus óculos, e por isso eu via tudo borrado e tive que segurar as coisas muito perto dos meus olhos enquanto eu trabalhava para ver claramente. Além disso, as luzes da casa de detenção eram pequenas e fracas. Enquanto outros dormiam, tive que continuar trabalhando até altas horas da noite, porque eu levava muito tempo para concluir minhas tarefas. Meus olhos estavam extremamente exaustos, e eu temia que o trabalho me deixaria cega. Eu não conseguia dormir bem à noite, e todas as noites eu tinha de fazer uma hora de plantão na cela. Além da pesada carga de trabalho todos os dias, eu também era interrogada duas vezes por semana e, toda vez, essa polícia do mal me punha em algemas e grilhões, além de me vestir com o uniforme “amarelo imperial” de prisioneiro. Lembro que, em um desses dias, estava chovendo. Eu caminhei ao lado de um policial que segurava um guarda-chuva para si mesmo. Caminhei com extrema dificuldade, algemada e manietada no meu fino uniforme da prisão, tremendo enquanto a chuva fria caía sobre mim. Os grilhões eram muito pesados, arranhavam meus tornozelos e faziam um barulho forte a cada passo. No passado, eu só tinha visto essas coisas na TV, mas agora estava experimentando isso pessoalmente. Eu não pude evitar de desprezar a minha situação e gritei dentro do meu coração: “É assim que assassinos e estupradores são interrogados! O que eu fiz para merecer isso?” Foi então que Deus me esclareceu e eu me lembrei das palavras de Deus: “Ancestrais dos antigos? Líderes adorados? Todos eles se opõem a Deus! Sua interferência deixou tudo que está debaixo do Céu em estado de escuridão e caos! Liberdade religiosa? Direitos e interesses legítimos dos cidadãos? São todos truques para encobrir o pecado! […] Agora é a hora: desde muito o homem tem reunido toda a sua força, tem dedicado todos os seus esforços, tem pago cada preço para isto, para arrancar a face hedionda desse demônio e para permitir que as pessoas, que foram cegadas e suportaram todo tipo de sofrimento e dificuldade, se ergam de sua dor e deem as costas para esse velho diabo maligno” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (8)”). Quando comparei as palavras de Deus com a realidade que enfrentava, finalmente vi que, embora o governo do Partido Comunista Chinês declare de todas as formas para o mundo exterior que todas as pessoas merecem liberdade religiosa, no momento em que alguém realmente acredita em Deus, ele responde com todo tipo de perseguição, detenção, violência, insulto, condenação e prisão. Não trata as pessoas de maneira humana. Os valores de “liberdade de crença religiosa” e “democracia e direitos humanos” são truques destinados a enganar, cegar e brincar com as pessoas! Esse partido maligno se embeleza com todo tipo de eloquência, mas, na verdade, é tão cruel e brutal quanto uma besta demoníaca, verdadeiramente tão sinistra e cruel como pode ser! O governo do Partido Comunista Chinês intencionalmente ignora e fecha os olhos para os vilões e malfeitores do mundo que trapaceiam, defraudam, assassinam e roubam, e às vezes até os protege; no entanto, persegue e mata cruelmente pessoas que acreditam em Deus e seguem a senda correta. Ele é verdadeiramente um demônio que se torna inimigo de Deus! Ao pensar nessas coisas, eu não pude deixar de desprezar esse demônio vil. Eu jurei me rebelar contra isso, mesmo que me custasse a vida, e eu me entreguei a Deus! Depois de um mês, apesar de não haver provas, a polícia me sentenciou a um ano de reeducação através do trabalho pela acusação de “perturbar a ordem pública”.
Quando cheguei ao campo de trabalho, percebi que era um lugar ainda mais sombrio. Aqui não havia liberdade nenhuma. Os detentos só podiam comer, beber ou ir ao banheiro por ordem dos guardas da unidade, e tínhamos que obedecer aos guardas em tudo ou éramos punidos. Quando entrávamos e saíamos da sala, tínhamos de fazer a contagem e, se alguém informasse o número errado, toda a unidade seria punida, passando duas horas sob o sol brutal ou sendo encharcada na chuva. Quando íamos comer na cafeteria, se alguém informasse o número errado, toda a unidade era punida, sendo obrigada a esperar do lado de fora sem permissão para comer. Só podíamos olhar impotentes enquanto os outros detentos faziam suas refeições. Também tínhamos de cantar uma música militar antes de cada refeição, com toda a nossa força, e se alguém cantasse desafinado ou não alto o suficiente, tínhamos que começar a música novamente, uma vez, duas vezes… Só podíamos comer depois que nossos guardas da unidade estivessem satisfeitos. Esse chamado “sistema de gerenciamento” existe puramente para satisfazer os desejos daqueles guardas do mal de dominar os outros, dar ordens aos outros e gozar de status. Todos os dias, levam os outros ao limite. Aqui, além de fazer a limpeza para os guardas e dobrar suas mantas, os detentos precisavam buscar água para seus banhos de pés e massagear as costas. Os guardas agiam como imperadores e rainhas, sorrindo para você se você os servisse bem e xingando cruelmente ou espancando se os servissem mal. Não importava o que estivéssemos fazendo, mesmo que estivéssemos no banheiro, no momento em que ouvíamos os guardas gritando, tínhamos que responder em voz alta “presente” e nos apressar para ouvir suas instruções. É assim que os campos de trabalho sob o regime do Partido Comunista Chinês são administrados. Eles são sombrios, opressivos, cruéis e humilhantes. Diante de tudo isso, não senti nada além de ressentimento e desamparo. E além disso, essa polícia maligna tratava os detentos do campo de trabalho como animais de tração e escravos, como meras ferramentas para ganhar dinheiro. Eles nos sobrecarregavam com trabalho todos os dias, de modo que, além de comer e dormir, passávamos o resto do tempo trabalhando para produzir riqueza para eles. Todos os dias, além dos vários regulamentos que tínhamos que seguir, também tínhamos que lidar com uma carga de trabalho pesada e não havia como prever quando seríamos punidos e repreendidos; eu realmente não suportava viver assim e não sei quantas vezes pensei comigo mesma: “Será que morrerei neste campo de trabalho? Todos os dias eles nos levam à exaustão. Como vou sobreviver a um ano tão árduo? Quando isso finalmente acabará? Não suporto mais um minuto, mais um segundo neste lugar infernal…”. Além disso, não havia ninguém com quem eu pudesse compartilhar abertamente meus sentimentos. Todos os dias, eu tinha de suportar tudo em silêncio e trabalhar incessantemente e me sentia infeliz. À noite, quando todo mundo dormia, enquanto eu olhava para as estrelas pela janela gradeada, eu era tomada de tristeza. Eu me senti isolada e sozinha e não pude evitar de chorar no meu travesseiro. Mas, no momento em que eu me senti mais fraca, de repente me lembrei da palavra de Deus: “Muitas são as noites de insônia que Deus suporta em prol da obra da humanidade. Das alturas às mais baixas profundezas, Ele desceu ao inferno vivo no qual o homem vive para passar Seus dias com o homem, e Ele nunca Se queixou da mesquinharia entre os homens, nunca censurou o homem por sua desobediência, mas resiste à maior humilhação quando realiza pessoalmente Sua obra. Como Deus poderia pertencer ao inferno? Como Ele poderia passar Sua vida no inferno? Mas para o bem de toda a humanidade, para que toda a humanidade possa encontrar descanso mais cedo, Ele suportou a humilhação e sofreu injustiça para vir à terra e entrou pessoalmente no ‘inferno’ e no ‘Hades’, na cova do tigre, para salvar o homem” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (9)”). Cada linha da palavra de Deus confortou meu coração atormentado. Sim! Eu me sentia tão sozinha e isolada nesta prisão demoníaca porque não tinha ninguém em quem confiar, mas Deus desceu do céu à terra e suportou horríveis insultos e tormentos para salvar a humanidade que se rebelou e resistiu a Ele, e não havia uma única pessoa capaz de entendê-Lo ou de considerar Sua vontade. Em vez disso, Ele foi confrontado com mal-entendidos, reclamações, negligência, ataques, engano e traição das pessoas. Deus não sentiu o mesmo isolamento e solidão? Deus também não foi atormentado e ferido? Mas, apesar disso, eu não considerava a vontade de Deus e me tornei negativa e fraca depois de apenas um pouco de sofrimento. Eu só queria me retirar e fugir. Eu realmente era rebelde! Deus permitiu que a perseguição desses demônios caísse sobre mim, não porque Ele deliberadamente queria me fazer sofrer, mas porque Ele queria que eu visse claramente a face maligna do governo do Partido Comunista Chinês ao experimentar sua cruel perseguição, tornar-me capaz de realmente abandoná-lo e finalmente me voltar completamente para Deus. Tudo isso foi feito com as boas intenções e a salvação de Deus. E, de qualquer forma, Cristo estava sofrendo comigo agora, de modo que eu não estava mais sozinha. Foi só então que senti que, em tudo que Deus faz ao homem, há apenas salvação e amor. Embora tenha sofrido tormento na carne, foi incrivelmente benéfico para minha entrada na vida! Depois de entender essas coisas, lentamente comecei a emergir do meu estado negativo e fraco e encontrei a determinação de me contentar com o sofrimento para dar testemunho de Deus.
No final de junho de 2010, fui libertada um mês antes do prazo. Ao experimentar essa perseguição e dificuldade, senti verdadeiramente que a salvação de Deus para as pessoas é sincera e prática e que o amor de Deus pelas pessoas é profundo e genuíno! Se eu não tivesse sofrido perseguição e prisão por esses demônios, minha fé, coragem e determinação para sofrer não poderiam ter sido aperfeiçoadas, e eu nunca teria sido capaz de ver claramente o rosto feio e real do demônio. Jamais o desprezaria sinceramente e nunca seria capaz de entregar meu coração a Deus e me entregar inteiramente a Deus. Sem uma experiência real da amargura da perseguição e da dificuldade, eu nunca seria capaz de entender ou apreciar a miséria que Deus sente ou o preço que Ele paga ao encarnar neste lugar imundo para nos salvar. Isso me permitiu sentir o amor de Deus mais profundamente e aproximou meu coração Dele. Sou grata às palavras de Deus pela orientação que elas me deram constantemente e por me acompanharem durante um ano vivendo na escuridão na prisão. Hoje voltei à igreja, leio a palavra de Deus e tenho comunhão sobre a verdade com meus irmãos e minhas irmãs, assumi novamente meus deveres e meu coração está cheio de alegria e felicidade infinitas. Sou grata a Deus do fundo do meu coração e fiz um juramento a mim mesma: não importa quais circunstâncias ou provações me sucedam no futuro, desejo apenas seguir a verdade com todas as minhas forças e seguir a Deus até o fim!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.