O sofrimento exala a fragrância do amor
Eu sou uma mulher comum do campo e, por causa da ideia feudalista de valorizar apenas filhos homens, eu baixava a cabeça na frente dos outros por vergonha de não ter dado à luz um filho. Justamente durante meu maior sofrimento, fui escolhida pelo Senhor Jesus e, dois anos depois, aceitei a salvação de Deus Todo-Poderoso. Além disso, eu entendi muita verdade contida nas palavras de Deus Todo-Poderoso, e meu espírito obteve libertação real. No entanto, enquanto cumpria meu dever para retribuir o amor de Deus, fui presa duas vezes pelo governo do Partido Comunista Chinês e sofri tortura e tormento brutais às mãos dos peões do PCC. Justo quando eu estava à beira da morte, as palavras de Deus Todo-Poderoso me guiaram e inspiraram continuamente e me permitiram dar testemunho em meio ao mal cruel de Satanás, fortalecendo assim minha determinação de seguir e amar a Deus por toda a minha vida.
Certo dia, em maio de 2003, por volta das cinco da tarde, eu estava a caminho de cumprir meu dever quando, de repente, o secretário do comitê da aldeia se aproximou em sua moto e bloqueou meu caminho. Ele gritou ordens, dizendo: “Pare! O que está fazendo? Venha comigo!” Fui tomada de surpresa e percebi que tinha sido seguida. Imediatamente, pensei no bipe, nos recibos de dinheiro da igreja e em outras coisas que tinha em minha bolsa e que, uma vez que essas coisas fossem parar em suas mãos, causariam um grande prejuízo ao trabalho da igreja. Assim, corri o mais rápido que pude, esperando encontrar uma oportunidade de me livrar das coisas em minha bolsa, mas não consegui chegar longe. Ele logo me alcançou. Não demorou e um carro preto se aproximou. Dele saltaram seis policiais de aparência feroz, que me cercaram imediatamente. Eles riram maliciosamente e disseram: “Dessa vez realmente pegamos você, a líder. Ainda acha que consegue escapar? Continue sonhando!” Então, com força, torcerem meus braços atrás das costas, me colocaram na viatura e me levaram para a delegacia de polícia local.
Quando cheguei à delegacia, os policiais malignos me enfiaram numa pequena sala escura e fedorenta e começaram a gritar ferozmente comigo: “Confesse! Qual é seu nome? De onde você é? O que está fazendo aqui? Fale!”. Meu coração bateu forte quando vi seus modos ameaçadores, e eu temia que as coisas em minha bolsa caíssem em suas mãos. Eu também tinha medo de que eles me torturassem cruelmente. Enquanto tudo isso acontecia, gritei desesperadamente a Deus: “Ó Deus Todo-Poderoso, foi com Tua permissão que, hoje, caí nas mãos de diabos. Não importa o que façam comigo, desejo apenas ficar ao Teu lado. Oro pela sabedoria e fé para dar testemunho”. Naquele momento, lembrei-me das palavras de Deus: “Você não deveria ter medo disto e daquilo; sejam quais forem os muitos perigos e dificuldades que possa enfrentar, você é capaz de permanecer firme diante de Mim […]. Não tema; com Meu apoio, quem, alguma vez, poderia bloquear essa estrada?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 10”). Sim, sem dúvida, Deus é singular. Ele administra todas as coisas e, soberano, governa sobre tudo, então esses poucos policiais malignos não são ainda mais parte dos arranjos de Deus? Com a presença e o apoio de Deus, o que mais haveria a temer? As palavras de Deus me deram fé, e todo o meu corpo se encheu de força para nunca mais temer Satanás. Mas naquele momento, eu ainda me preocupava com as coisas em minha bolsa, e meu coração clamava constantemente a Deus pedindo proteção. Agradeci a Deus por ouvir minha oração — esse bando de policiais malignos só me interrogou e não revistou minha bolsa. Quando chegou a hora de trocarem de turno, todos eles saíram da sala, e rapidamente peguei os recibos e materiais relacionados à fé que estavam na minha bolsa e os joguei pela janela. Depois quebrei o bipe no chão e o joguei no lixo. Só então pude soltar um suspiro de alívio. Eu tinha acabado de fazer isso quando os policiais malignos do turno novo entraram na sala. Eles me deram um olhar feroz e apressadamente vasculharam minha bolsa, mas não encontraram nada. Vi a onipotência e soberania de Deus com meus próprios olhos, e minha fé aumentou muito. Visto que não tinham encontrado nada, os policiais malignos me interrogaram furiosamente, perguntando com quem, exatamente, eu tinha contato, quem eram os líderes do nível superior e assim por diante. Eu temia que poderia deixar escapar algo e cair em sua armadilha, por isso não disse nada. Quando viram isso, cinco ou seis policiais malignos me assaltaram de uma só vez num ataque de socos e chutes, xingando-me enquanto faziam isso e dizendo: “Se você não nos contar, nós vamos surrar você até a morte!”. Eles me bateram com tanta força que eu me enrolei como uma bola, rolando pelo chão. Então, um policial maligno me puxou violentamente pelo cabelo e me ameaçou ferozmente: “Você ainda é uma teimosa maldita. Não vai falar? Nós temos nossos métodos, e você verá como daremos um jeito em você hoje à noite!”. Eu sabia que Deus estava comigo e encarei o interrogatório e a tortura vindouros com um coração tranquilo.
Já tinha passado das oito naquela noite quando dois policiais malignos me algemaram e me levaram para a Agência Municipal de Segurança Pública. Quando entrei na sala de interrogatório, um policial maligno com uns 40 anos de idade começou a bancar o policial bom, tentando me seduzir e convencer: “Você é jovem, é linda. Que negócio é esse de crer em Deus? Coopere com nosso trabalho. Se você nos disser quem são os líderes do nível superior, ordenarei que alguém a leve diretamente para casa. Posso ajudar você com qualquer dificuldade que possa ter. Por que sofrer aqui?…”. Por causa da proteção de Deus, eu sabia que isso era um esquema astuto de Satanás e não dei atenção nenhuma a ele, não importando o que dissesse. O policial maligno viu que seu truque não tinha funcionado e, imediatamente, passou a mostrar quem realmente era. Ele me agarrou pelo cabelo e me pressionou contra o chão, cruelmente chutando minha cabeça até eu ficar tonta e tudo começar a girar. Então ele pisou na minha cabeça e disse ferozmente: “Não vai falar? Usarei todos os recursos para torturar você hoje, e você vai desejar que nunca tivesse nascido. Vai nos contar o que queremos saber?”. Quando viu que eu continuava calada, ele chamou vários outros policiais malignos, que me colocaram de pé e começaram a me esbofetear sem parar, até meu rosto doer tanto que parecia estar em chamas. Mas não importava o quanto me batiam, eu orava a Deus continua e silenciosamente, cerrava os dentes e não dizia uma só palavra. Quando viram que eu não me rendia, eles me arrastaram para outra sala, espumando de raiva. Um policial maligno pegou um taser e maliciosamente riu para mim, dizendo: “Não importa que você seja teimosa. Temos os nossos métodos! Vamos ver quem aguenta mais — você ou nosso taser!”. Então ele disparou em mim sem piedade. No mesmo instante, uma enorme corrente elétrica passou por todo meu corpo, e eu entrei em convulsão involuntariamente. Era como se inúmeros insetos estivessem picando meu corpo, e eu não pude evitar de emitir gritos espasmódicos e estridentes. Sem esperar que eu recuperasse o fôlego, outro policial maligno pegou uma pilha de revistas grossas e começou a batê-la em minha cabeça com toda a sua força. Então ele me puxou pelo cabelo e cruelmente jogou minha cabeça contra a parede. Tudo ficou escuro, e eu caí no chão. Os policiais malignos berraram: “Está se fingindo de morta!” Então me levantaram do chão e ordenaram que ficasse de joelhos, mas eu estava tão fraca que só consegui ficar ajoelhada por alguns momentos antes de cair no chão novamente. A essa altura, eu realmente sentia que não aguentaria mais, eu me sentia fraca e pensei: “Esses diabos são tão brutais, e realmente morrerei em suas mãos hoje…”. Em minha dor e impotência, orei a Deus com sinceridade absoluta, pedindo que Deus me guiasse e me desse a força para derrotar Satanás. Naquele momento, as palavras de Deus apareceram em minha mente: “Deus Todo-Poderoso, o Cabeça de todas as coisas, exerce Seu poder real do Seu trono. Ele governa o universo e todas as coisas, e Ele está no ato de nos guiar por toda a terra. A cada momento, devemos estar próximos Dele e comparecer diante Dele em silêncio […]. Enquanto você ainda tiver um sopro de vida, Deus não o deixará morrer” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Declarações de Cristo no princípio, Capítulo 6”). As palavras de Deus me fizeram entender que Deus tinha a minha vida em Suas mãos e que, sem a permissão de Deus, esses diabos não ousariam tirar a minha vida. Pensei em como eu tinha seguido a Deus até agora, como Deus tinha me protegido ao longo de todo o caminho, como eu desfrutado tanto e tão maravilhosamente do amor de Deus, e pensei em como a situação que estava se desdobrando era a maneira de Deus de testar minha lealdade e meu amor, e que isso era uma oportunidade de retribuir o amor de Deus. Os diabos estavam me torturando desse jeito com a intenção desprezível de fazer com que eu traísse a Deus; mas eu seria inexorável e determinada. Mesmo que me torturassem até a morte, eu não me renderia a Satanás. De forma alguma eu seria um Judas apenas para poder prolongar uma existência ignóbil. Eu não permitiria que a trama de Satanás fosse bem-sucedida — eu devia dar testemunho a Deus e permitir que o coração de Deus fosse consolado! As palavras de Deus me deram uma força inesgotável; esqueci a dor que assolava meu corpo inteiro e então tive a fé e coragem para continuar a lutar contra esses diabos.
Então, a fim de extrair uma confissão de mim, os policiais malignos começaram a se revezar, vigiando-me e impedindo que eu dormisse e me pressionando incessantemente com perguntas: “Quem são os líderes de nível superior em sua igreja? Onde moram? Quem são os outros membros?…”. Vendo que eu continuava calada, de vez em quando eles me agarravam pelo cabelo e me chutavam. Bastava eu fechar os olhos, e eles me surravam e chutavam e usavam a biqueira de seus sapatos de couro para pisar e triturar as juntas das minhas mãos com toda a sua força. Uma dor penetrante me causou sofrimento indizível, e eu só continuava gritando. Eles me chutaram pela sala como uma bola de futebol… Perto do amanhecer, eu havia sido torturada tanto que meu corpo estava coberto de inúmeros hematomas e eu sentia uma dor insuportável. Quando pensei em como nunca tinha sofrido tamanhas adversidades e no dano e tormento que estava sofrendo às mãos da polícia maligna do PCC por causa da minha crença em Deus, de repente, fui tomada por uma onda de fraqueza e tristeza. Àquela altura, tudo estava escuro dentro de mim, meu medo não parava de crescer, pois eu não sabia que tipos de tortura cruel me esperavam a seguir. Deitada e sentindo dor, orei a Deus em silêncio: “Ó Deus Todo-Poderoso, peço que Tu me ilumines e me leves a entender Tua vontade em minha luta para que eu não perca meu testemunho”. Enquanto orava, lembrei-me de um hino das palavras de Deus: “Você deve sofrer dificuldades pela verdade, deve se entregar à verdade, deve suportar humilhação pela verdade e, para ganhar mais da verdade, você deve passar por mais sofrimento. É isso que você deve fazer. […] Você deve buscar tudo que é belo e bom e buscar uma senda na vida que seja mais significativa. […] Você deve abandonar todos os prazeres da carne em favor da verdade e não deve jogar fora todas as verdades em favor de um pouco de prazer” (Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos, “Você deve abandonar tudo pela verdade”). As palavras de Deus despertaram meu coração e me fizeram entender que a dor da perseguição que eu estava sofrendo agora por causa da minha crença em Deus era de extremo valor e significado. Entendi que Deus estava usando esse ambiente de sofrimento para me mostrar claramente a essência de Satanás, que é inimiga de Deus, para que eu fosse capaz de abandoná-la totalmente e assim voltar meu coração de volta para Deus e alcançar um amor verdadeiro por Deus. Deus já suportou toda dor para me salvar, não deveria então um humano corrupto como eu sofrer ainda mais pelo bem de ganhar a verdade e a fim de alcançar uma mudança verdadeira em meu caráter de vida? Pensei: “Esse sofrimento é algo que devo suportar em minha busca de obter salvação, e eu preciso desse tipo de luta para me temperar e edificar; é disso que minha vida precisa, e eu desejo aceitar o grande amor de Deus. Hoje, sofro ao lado de Cristo e compartilho do reino e das tribulações de Cristo — isso acontece totalmente pela elevação de Deus, isso é o maior amor, a maior benção de Deus para mim, e devo ser feliz”. Pensando isso, meu coração sentiu tamanho conforto, e deixei de acreditar que enfrentar tal ambiente era algo doloroso; ao contrário, senti que Deus tinha me concedido uma benção especial. Em silêncio, fiz uma oração a Deus: “Ó Deus Todo-Poderoso! Dou graças a Ti por me esclarecer para que eu entenda a Tua vontade. Não importa como Satanás me atormente, de forma alguma cederei ou me renderei a ele. Não importa se eu viva ou morra, desejo submeter-me às Tuas orquestrações, dedicar-me totalmente a Ti e amar-Te até a minha morte!” A polícia maligna me torturou durante duas noites e um dia e não conseguiu tirar nada de mim. No fim, tudo que puderam dizer era que eu já tinha sido “Deusada”, e fui mandada para a casa de detenção.
Assim que cheguei na cela da casa de detenção, a diretora do bloco de celas, tendo sido incitada pela polícia maligna, começou a me ameaçar: “Vamos, confesse, caso contrário está encrencada!”. Ao ver que eu não cederia, ela pactuou com as outras prisioneiras para me punir de todas as formas possíveis: não me deram comida nem água quente, me obrigaram a dormir no chão de concreto gelado toda noite e a fazer o trabalho sujo e exaustivo. Quando não conseguia terminar, elas me obrigavam a trabalhar tempo extra, e quando meu trabalho não era satisfatório, eu era verbalmente abusada e obrigada a ficar de pé como punição. Cada dia eu encarava ser ridicularizada, humilhada, discriminada, espancada e abusada verbalmente pelas outras prisioneiras. Além disso, meu dinheiro tinha sido confiscado pela polícia maligna, de modo que, sem um centavo no bolso, eu não podia nem comprar produtos de higiene e outras necessidades diárias. Eu não fazia ideia de quando esses dias terminariam e, por dentro, me sentia tão triste, tão solitária e em tamanha dor, sempre querendo sair daquele lugar demoníaco o mais rápido possível. Mas quanto mais desejava sair daquele ambiente, mais sombrio e angustiado meu coração ficava, e lágrimas escorriam inconscientemente dos meus olhos. Em minha impotência, só me restava falar repetidamente da minha dor a Deus, esperando sinceramente que Deus me guiasse mais uma vez e me capacitasse a obedecer aos Seus arranjos e orquestrações. Deus é minha ajuda e meu apoio em todos os momentos, e mais uma vez Ele me levou a pensar nesta passagem em Suas palavras: “Não importa como Deus opera e independentemente do tipo de ambiente em que você está, você é capaz de buscar a vida e de buscar a verdade, de buscar o conhecimento da obra de Deus e de ter um entendimento das Suas ações, e você é capaz de agir de acordo com a verdade. Fazer isso é o que é ter fé verdadeira, e fazer isso demonstra que você não perdeu a fé em Deus. Você só pode ter a fé verdadeira em Deus se for capaz de persistir em buscar a verdade por meio do refinamento, se você for capaz de verdadeiramente amar a Deus e não desenvolver dúvidas sobre Ele, se, não importa o que Ele faça, você ainda praticar a verdade para satisfazê-Lo, e se for capaz de buscar nas profundezas Sua vontade e de estar atento à Sua vontade. No passado, quando Deus disse que você reinaria como um rei, você O amou; quando Ele Se mostrou abertamente a você, você O buscou. Mas agora Deus está escondido, você não consegue vê-Lo, e os problemas vieram sobre você — então agora você perde a esperança em Deus? Assim, o tempo todo você deve buscar a vida e buscar satisfazer a vontade de Deus. Isso é chamado de fé genuína e isso é o tipo mais verdadeiro e belo de amor” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). As palavras de Deus eram como uma mãe amorosa que conforta uma criança aflita, e elas me deram grande conforto e encorajamento. Senti que Deus estava ao meu lado, me protegendo e esperando que eu fosse capaz de manter minha fé verdadeira em Deus diante de Satanás, de suportar a dor e abandonar o que eu amava, ganhando assim a capacidade de amar e satisfazer a Deus e dar testemunho Dele em meio a ambientes dolorosos e quando atacada pelas forças das trevas — esse é o testemunho mais poderoso que envergonha Satanás. Apesar de presa nesse covil de diabos, o amor de Deus sempre esteve comigo. Quando sofria tortura e tormento cruéis e me sentia fraca, e quando suportava os ataques de Satanás e sentia dor e angústia, eu sempre podia ver a provisão de Deus para a minha vida, podia sentir o consolo do amor de Deus e podia enxergar a mão de Deus que abria uma saída para mim. Pensei comigo mesma: “Deus está sempre ao meu lado, cuidando de mim e me acompanhando. O amor de Deus por mim é tão profundo; como poderia decepcionar Sua vontade? Não devo ceder à minha carne e menos ainda tentar fugir dos ambientes que Deus arranja para mim. Devo lembrar a fé que tive antes, dedicar meu amor verdadeiro a Deus e dar testemunho a Deus diante de Satanás”. Quando refleti sobre essas coisas, a dor no meu coração se dissolveu, e resolvi amar e satisfazer a Deus mesmo que tivesse que sofrer todas as agonias. Não pude deixar de cantar um hino da igreja: “Com coração e espírito, por que não consigo amar a Deus? Deus é meu apoio, o que há para temer? Quero lutar com Satanás até o fim. Deus nos levanta, devemos deixar tudo para trás e lutar para dar testemunho de Cristo. Deus cumprirá Sua vontade na terra. Dedicarei meu amor e lealdade a Deus. Darei as boas-vindas ao retorno de Deus quando Ele descer em glória, e me reencontrarei com Ele quando o reino de Cristo for realizado” (de ‘O reino’ em “Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos”). Após fortalecer minha fé e desejar satisfazer a Deus, mais uma vez experimentei o tenro amor de Deus por mim. Deus arranjou que uma carcereira me desse muitos itens para o meu uso diário. Meu coração se comoveu tanto, e eu agradeci a Deus do fundo do meu coração. Depois de 40 dias, a polícia maligna reconheceu que não tinha como extrair nada de mim e assim me acusou de ser um “membro de um xie jiao” e exigiu que minha família pagasse muitos milhares de yuans para me libertar.
Pensei que teria minha liberdade de volta assim que voltasse para casa, mas a polícia do PCC jamais deixou de me monitorar e ainda restringiu minha liberdade pessoal. Ela me proibiu de sair de casa, ordenou que sempre estivesse à sua disposição e despachou alguém para me monitorar. Até ameaçava minha família a cada tantos dias, advertindo-a que deveria ficar de olho em mim. Visto de fora, parecia que eu tinha sido libertada, mas, na verdade, eu tinha sido colocada em regime de prisão domiciliar pela polícia maligna. Por isso, eu não ousava entrar em contato com meus irmãos e irmãs na igreja, tampouco podia cumprir meu dever, e meu coração se sentia tão oprimido e doloroso. A coisa que me deixava ainda mais indignada era que a polícia maligna estava iludindo as pessoas em minha aldeia com suas mentiras malignas, dizendo-lhes que minha crença em Deus tinha me levado à loucura, que eu tinha alguns parafusos soltos e era capaz de qualquer coisa… Diante de tais fofocas e calúnias desprezíveis, eu não pude evitar de ser consumida pela raiva. Pensei comigo mesma: “Não posso ser controlada dessa forma por esses diabos, devo lutar para me libertar de suas garras demoníacas e retribuir o amor de Deus”. E assim, a fim de evadir o monitoramento pela polícia maligna, não tive escolha senão sair de casa e cumprir o meu dever.
Passaram-se três anos num piscar de olhos. Eu pensava que a polícia do PCC não estava mais me monitorando e assim voltei para casa para cumprir o meu dever. No entanto, numa madrugada em agosto de 2006, como que do nada, após eu ter passado apenas poucos dias em casa, a polícia maligna veio me visitar. Naquela manhã, uma voz berrante me arrancou do sono: “Rápido, abra a porta, caso contrário a derrubaremos!”. Meu marido tinha acabado de abrir a porta quando sete ou oito policiais malignos entraram como bandidos e, sem qualquer explicação, me agarraram e arrastaram para o seu carro. Eu não senti medo porque Deus estava me protegendo. Eu só orei e orei: “Ó Deus Todo-Poderoso! Hoje caí mais uma vez nas mãos desses diabos. Peço que protejas meu coração, que me dês força e que, mais uma vez, eu possa dar testemunho de Ti”. Quando chegamos à delegacia, a polícia maligna tirou minha foto e minhas digitais à força. Então pegaram uma lista de nomes e começaram a me pressionar com perguntas: “Você conhece essas pessoas? Quem são seus associados?”. Ao ver alguns nomes familiares de algumas das minhas irmãs na lista, respondi com serenidade: “Eu não as conheço e não tenho associados!”. Eu mal tinha acabado de falar quando um deles rugiu: “Você desapareceu por vários anos, onde você esteve? Você tem associados, sim. Você ainda acredita em Deus Todo-Poderoso? Confesse”. As palavras do policial maligno me deixaram triste e ressentida ao mesmo tempo, e não consegui suprimir minha raiva. Pensei: “Aquilo em que eu creio hoje é o único Deus verdadeiro, que fez os céus e a terra e todas as coisas. Aquilo que busco é a verdade, a senda que trilho é a senda certa na vida, e todas essas coisas são claras e justas. Mas esses diabos, totalmente desprovidos de consciência, continuam me perseguindo e me abusando, restringindo minha liberdade pessoal, obrigando-me a deixar meu próprio lar, separando-me de minha própria carne e sangue e tentando me obrigar a trair a Deus. O que há de errado em crer em Deus e buscar ser uma boa pessoa? Por que eles não me permitem seguir Deus Todo-Poderoso e trilhar a senda certa na vida? O bando de diabos que compõe o governo do PCC é realmente tão reacionário e ímpio; eles são inimigos irreconciliáveis de Deus e, ainda mais, são inimigos com os quais não posso coexistir”. Em minha mágoa e tristeza, não pude deixar de me lembrar das palavras de Deus Todo-Poderoso: “Lacaios! Retribuem bondade com ódio, há muito desdenham de Deus, abusam de Deus, são selvagens ao extremo, não têm a menor consideração por Deus, saqueiam e pilham, perderam toda a consciência, contrariam toda consciência […] Sua interferência deixou tudo que está debaixo do Céu em estado de escuridão e caos! Liberdade religiosa? Direitos e interesses legítimos dos cidadãos? São todos truques para encobrir o pecado! […] Milhares de anos de ódio estão concentrados no coração, milênios de pecaminosidade estão gravados no coração — como isso poderia não inspirar aversão? Vingue-Se Deus, elimine completamente Seu inimigo, não permita que ele continue a correr desenfreado, não permita mais que ele cause tantos problemas quanto deseje! Agora é a hora: desde muito o homem tem reunido toda a sua força, tem dedicado todos os seus esforços, tem pago cada preço para isto, para arrancar a face hedionda desse demônio e para permitir que as pessoas, que foram cegadas e suportaram todo tipo de sofrimento e dificuldade, se ergam de sua dor e deem as costas para esse velho diabo maligno” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Obra e entrada (8)”). Essas palavras de Deus me fizeram entender Sua vontade, e surgiu dentro de mim um ódio amargo contra esses diabos. Deus criou os céus e a terra e todas as coisas e cria a humanidade; a humanidade desfruta a generosidade abundante de Deus, e crer em Deus e adorá-Lo sempre foi certo e apropriado. Mesmo assim, o governo do PCC faz de tudo para reprimir brutalmente aqueles que acreditam em Deus Todo-Poderoso; ele os caça de forma selvagem, os prende ilegalmente, os tortura e atormenta cruelmente, os detém em campos de trabalho e os insulta e zomba deles, esperando em vão exterminar todos aqueles que creem em Deus e abolir a obra de Deus para salvar o homem nos últimos dias — é realmente ímpio e extremamente desprezível! Ao longo desses anos, se não fosse pela proteção e cuidado de Deus Todo-Poderoso por mim, há muito eu teria sido morta cruelmente por Satanás, o diabo. Em face dessa batalha espiritual de vida e morte, resolvi defender a verdade e amar a Deus mesmo que eu sofra dor extrema. Comprometo minha vida a dar testemunho de Deus!
Quando viram que eu os encarava sem dizer uma palavra, os policiais malignos se enfureceram em exasperação: “Não vai falar, é? Espere nossos chefes interrogarem você pessoalmente, e veremos se sua boca continuará fechada!”. Quando ouvi que os chefes da polícia maligna me interrogariam pessoalmente, eu não pude evitar certo nervosismo. Então pensei em como, em meio a toda essa adversidade, eu realmente tinha experimentado a soberania de Deus sobre tudo e Sua administração de todas as coisas e como as palavras de Deus têm uma autoridade singular e uma vitalidade poderosa. Assim que percebi isso, imediatamente surgiu dentro de mim a fé e coragem para prevalecer contra as forças das trevas de Satanás. Mesmo que esses policiais malignos sejam extremamente cruéis e impiedosos, eles são apenas tigres de papel — aparentam ser fortes por fora, mas, por dentro, são fracos — e também são manipulados pelas mãos do Criador. Em meu coração, tomei uma resolução diante de Deus: “Ó Deus, não importa como os diabos me atormentem, peço apenas que Tu firmes minha fé, fortaleças meu coração que Te ama e me deixes ser Tua testemunha vitoriosa mesmo que isso custe a minha vida”. Deve ter sido depois das dez da manhã que apareceram dois homens que se autodesignavam vice-diretores da Agência de Segurança Pública. Eles me olharam sem dizer uma única palavra, então um deles me agarrou pelo cabelo e me pressionou com perguntas: “Você ainda crê em Deus Todo-Poderoso?”. Quando viu que eu permanecia calada, o outro chefe de polícia maligno rugiu selvagemente: “Se você não falar, faremos você passar pelo inferno hoje!”. Enquanto dizia isso, latindo como uma besta selvagem, ele me puxou pelo cabelo e me jogou no chão. A queda foi tão dura que não consegui me levantar de novo. Então me arrastaram pelo meu cabelo e me espancaram e chutaram, gritando enquanto me batiam: “Vai falar?”. De repente, meu rosto ardeu de dor e meu couro cabeludo doeu insuportavelmente, como se tivesse sido arrancado. Por fora, essas duas bestas em roupas humanas pareciam ser cavalheiros respeitáveis, mas, por dentro, eram tão selvagens e impiedosos como animais selvagens. Eles me fizeram enxergar de forma ainda mais clara que esse partido político maligno — o PCC — é a encarnação de Satanás, e seus peões são um bando de demônios ímpios e espíritos malignos! No fim, eles encontrarão as maldições de Deus! Esses dois chefes da polícia maligna viram que eu não estava disposta a me render ao seu poder despótico, então, numa fúria aparentemente maníaca, eles me agarraram pelo cabelo e me pressionaram contra o chão, ambos usando seus pés para me chutar e pisotear arbitrariamente. Então me levantaram e ferozmente pisotearam a parte traseira das minhas pernas, chutando-me com tanta força que caí de joelhos, e eles disseram selvagemente: “Ajoelhe-se e não se mexa! Você pode se levantar quando confessar. Se não abrir a boca, nem pense nisso!”. Se eu me mexesse um pouco que fosse, eles puxavam meu cabelo violentamente e me espancavam e chutavam. Fiquei ajoelhada por três ou quatro horas, durante as quais fui espancada inúmeras vezes porque eu não consegui me manter erguida. No fim, caí no chão atordoada, e eles me repreenderam por fingir que estava morta. Enquanto isso puxavam meu cabelo incessante e violentamente, de modo que meu couro cabeludo parecia ser arrancado da minha cabeça. Naquele momento, era como se todo meu corpo tivesse se despedaçado — eu não conseguia mexer um músculo sequer e me encontrava em dor insuportável. Eu me sentia como se meu coração pudesse parar de bater a qualquer momento. Fiquei implorando a Deus que Ele me desse força, e as palavras de exortação e encorajamento de Deus invadiram minha mente: “Pedro foi capaz de amar a Deus até a morte. Quando ele foi posto na cruz e enfrentou a morte, ainda amava a Deus; não pensou em suas próprias perspectivas nem buscou esperanças gloriosas ou pensamentos extravagantes; buscou somente amar a Deus e obedecer a todos os arranjos de Deus. Esse é o padrão que você deve alcançar antes de poder ser considerado alguém que deu testemunho, antes que se torne alguém que foi aperfeiçoado depois de ter sido conquistado” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A verdade interna da obra de conquista (2)”). As palavras de Deus me deram fé e força. Pensei comigo mesma: “Sim! Pedro foi pregado na cruz de cabeça para baixo por causa de Deus e ainda assim foi capaz de amar grandemente a Deus, mesmo quando sua carne estava em dor insuportável. Ele venceu a carne, derrotou Satanás, e apenas esse tipo de testemunho é retumbante e capaz de confortar o coração de Deus. Quero imitar Pedro para que Deus possa ser glorificado em mim. Mesmo que minha carne se encontre em dor extrema, isso ainda é muito menos do que aquilo pelo que Pedro passou ao ser pregado na cruz de cabeça para baixo. Satanás quer fazer com que eu traia a Deus torturando minha carne, mas Deus usa essa oportunidade para aperfeiçoar meu amor verdadeiro por Ele. Hoje, de forma alguma me renderei a Satanás e não permitirei que seu esquema seja bem-sucedido! Quero viver pelo amor a Deus!”. De repente, eu não tive mais medo de morrer; resolvi me entregar completamente a Deus e jurei por minha vida que seria leal a Deus! Depois disso, orei a Deus: “Ó Deus Todo-Poderoso, sou um ser criado que adora a Ti e que obedece a Ti como devo. Dou minha vida a Ti e, não importa se eu viva ou morra, acredito em Ti e Te amo!”. No mesmo instante, senti um grande alívio da dor em meu corpo, e todo o meu corpo e mente sentiram uma leveza e libertação. Naquele momento, cantarolei um hino da igreja em meu coração: “Hoje, eu aceito o julgamento e a purificação de Deus, amanhã, receberei Suas bênçãos. Estou disposto a dar minha juventude e oferecer minha vida para ver o dia da glória de Deus. Ó, o amor de Deus encantou meu coração. Ele opera e expressa a verdade, concedendo-me nova vida. Estou disposto a beber do cálice amargo e sofrer para ganhar a verdade. Suportarei humilhação sem reclamar, quero despender minha vida retribuindo a bondade de Deus” (de ‘Desejo ver o dia da glória de Deus’ em “Seguir o Cordeiro e cantar cânticos novos”). Os chefes malignos da polícia estavam totalmente exaustos de infligir sofrimento em mim e ficaram parados ali sem dizer nada por muito tempo. No fim, sem saber o que fazer e irritados, disseram rispidamente: “Espere só!”. Então saíram. Os outros policiais malignos ficaram conversando entre si: “Essa mulher é tão durona, ninguém pode fazer nada com ela. Ela é mais durona do que Liu Hulan…” Naquele momento, fiquei tão comovida que não pude segurar minhas lágrimas. Deus era vitorioso! Se não fossem as palavras de Deus Todo-Poderoso provendo para mim repetidas vezes, e se não fosse Deus me sustentando em segredo, eu simplesmente não teria sido capaz de permanecer firme. Todo louvor e glória pertencem a Deus Todo-Poderoso! No fim, a polícia maligna me trancou na casa de detenção.
Na casa de detenção, a polícia maligna ainda não estava disposta a desistir e me interrogava a cada tantos dias. Sempre que me interrogavam, eles me sentavam na sala de interrogação na frente de uma janela com barras de metal e, sempre que minha resposta não lhes agradava, eles socavam minha cabeça com violência ou agarravam meu cabelo e jogavam minha cabeça contra as barras. Vendo que não estavam chegando a lugar nenhum, eles ficaram frenéticos de raiva. No fim, perceberam que ser duro comigo não adiantava, então passaram a usar táticas suaves para tentar me seduzir e convencer, dizendo: “Seus filhos e seu marido estão todos esperando você em casa! E seu marido intercedeu por você. Fale conosco e em breve você estará de volta e reunida com eles”. Essas palavras falsas me enojaram e me fizeram odiá-los tanto que pedi a Deus em meu coração que Ele os amaldiçoasse. Eu desprezava esse bando de policiais malignos, vis e descarados. Resolvi: “Não importa a carta que joguem, não me mexerei um milímetro sequer! Nesta vida, ninguém consegue abalar minha determinação de seguir Deus Todo-Poderoso!”. No fim, a polícia maligna tinha jogado todas as suas cartas, e eles me mantiveram presa por 40 dias, me deram uma multa de dois mil yuans e então me libertaram.
Durante minhas experiências, ao longo de todo o caminho, eu alcancei uma percepção profunda de que é inteiramente através dos atos maravilhosos e do poder onipotente de Deus que alguém como eu — uma mulher comum do campo, que, antigamente, não tinha percepção nem coragem — pode superar vários ataques de tortura para confessar e de tormento e dano cruel pela polícia do PCC, enxergar claramente a essência reacionária do governo do PCC, que teimosamente se opõe a Deus e selvagemente prejudica o povo escolhido por Deus, e perceber como ele engana o público para promover sua própria reputação e esconde seus caminhos malignos. Em minha experiência prática, realmente vim a apreciar que a autoridade e o poder das palavras de Deus são tão grandes, que a vitalidade que Deus concede ao homem é infinita e que ela pode derrotar todas as forças malignas de Satanás! No sofrimento, percebi que era o amor de Deus que me consolava e encorajava, e que impedia que eu perdesse meu caminho. Não importa onde eu esteja ou em que tipo de circunstâncias eu me encontre, Deus está sempre me guardando, e Seu amor está sempre comigo. É minha honra poder seguir esse Deus prático e verdadeiro. O fato de eu ter sido capaz de experimentar esse tipo de perseguição e adversidade para provar da maravilha de Deus, Sua sabedoria e Sua onipotência é ainda mais minha boa fortuna. A partir deste dia, desejo fazer o máximo para buscar a verdade e alcançar um conhecimento verdadeiro de Deus, amar a Deus até o fim e ser inabalável em minha lealdade!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.