Será que “ser duro consigo mesmo e tolerante com os outros” é realmente uma virtude?
Antes, eu sempre achava que devia ser tolerante e generosa com os outros, ter consideração por seus sentimentos e compreender suas dificuldades. Preferia me incomodar a incomodar os outros por achar que é isso que as pessoas generosas, magnânimas e de bom caráter fazem. Mais tarde, quando comecei a supervisionar a produção de vídeos, achei que, como chefe de equipe, eu tinha que dar um bom exemplo e assumir um papel de liderança, Eu tinha padrões muito elevados para mim mesma, e achava que não devia ser exigente e rigorosa demais com os outros membros da equipe, essa era a coisa mais bondosa e generosa a fazer. Todos pensariam que eu tinha muita humanidade, era compreensiva, e teriam uma impressão boa de mim. Então eu fazia pessoalmente o máximo de trabalho que podia para o grupo, e, se o trabalho atribuído aos outros era difícil demais, e eles não queriam fazer, eu mesma fazia. Tentei tanto quanto possível não pressionar os outros para evitar que dissessem que as minhas exigências eram elevadas demais e que eu era rigorosa demais. Embora, às vezes, eu achasse que estava trabalhando demais e que era exigente demais, mesmo assim eu me rebelava contra minha carne e pegava quanto trabalho eu podia para evitar que os outros tivessem uma opinião ruim de mim.
Mais tarde, alguns novos membros se juntaram ao nosso grupo, eles não estavam familiarizados com o trabalho e não tinham habilidades profissionais, por isso eu tinha que ver todos os vídeos que eles produziam. Às vezes, eles me procuravam para falar sobre problemas que tinham. Só esse trabalho preenchia toda a minha agenda, mas, além disso, eu tinha outras tarefas para fazer. As tarefas começaram a se acumular num instante, e eu ficava sobrecarregada de trabalho todo dia. Às vezes, quando me pediam para ajudar a resolver questões muito básicas, eu pensava comigo: “Vocês podiam facilmente resolver isso sozinhos com uma discussão; por que é que têm que vir me pedir para resolver tudo?”. Mas depois eu pensava: “Como eles me pediram, se eu rejeitar o pedido deles, vai parecer que estou sendo irresponsável! Afinal, eles também vão levar tempo para discutir o assunto. Esqueça, acho que consigo arranjar tempo para tratar da questão sozinha”. E, com isso, eu concordava. Mais tarde, percebi que uma irmã só ficava passando o trabalho para mim por preguiça e medo de responsabilidade. No começo, pensei em ter comunhão com ela, mas depois receei que ela pensaria que eu estava pedindo demais, então refleti um pouco. Às vezes, quando reparava que os outros pareciam não ter muito trabalho, enquanto eu tinha várias questões urgentes para tratar e estava sobrecarregada, eu queria delegar um pouco de trabalho para ficarmos adiantados. Mas depois de refletir um pouco, simplesmente não conseguia pedir nada. Pensei para comigo: “Se eu aumentar a carga de trabalho deles, não vão pensar que eu sou exigente demais e que não lhes dou tempo de lazer? Esqueça, é melhor eu mesma fazer”. Mas, enquanto fazia o trabalho, achei aquilo um pouco injusto. Especialmente quando os via relaxando enquanto eu trabalhava, ficava ainda mais ressentida e os culpava por não terem um fardo. De alguma forma, eles não viam quanto trabalho havia para fazer. Mas só reclamava baixinho e não disse nada em voz alta, com receio de que, se eu dissesse alguma coisa, pareceria que eu tenho humanidade ruim e não sou generosa. Por isso, por mais ocupada que estivesse, eu tentava fazer o máximo que podia sozinha. Às vezes, quando eu atribuía trabalho com base no horário do grupo, se eles respondiam bem, ficava tudo bem, mas se pareciam descontentes ou reclamavam, eu hesitava em lhes atribuir trabalho e trabalhava durante a noite para fazer tudo sozinha. Na verdade, eu achava tudo injusto, enquanto trabalhava, e ficava toda ressentida. Achava que era trabalho deles, obviamente, e, no entanto, eu tinha de gastar tempo extra para fazer, e, às vezes, ficava tão ocupada que não tinha tempo para os devocionais. Mas não me atrevia a expressar nenhuma dessas queixas em voz alta. Então eu só me confortava, resignada, e dizia: “É melhor ser generosa e atenciosa, preocupar-me com os outros e não ser tão mesquinha, senão vai parecer que eu tenho índole fraca”. Mais tarde, todos os irmãos da minha equipe disseram que eu era responsável, capaz de sofrer e pagar um preço, e que eu era carinhosa e atenciosa com os outros. Ao ouvir essas avaliações, senti que, apesar de eu ter passado por sofrimento, valeu a pena receber esse grande elogio de todo mundo. Mas como eu não agia por princípio, continuei cedendo à carne dos outros e atribuí trabalho de forma irracional, o trabalho começou a acumular, e o progresso da equipe ficou lento. Alguns dos irmãos eram preguiçosos, desmotivados, e ficavam satisfeitos só por concluir o próprio trabalho. Outros não oravam a Deus nem buscavam verdades princípios quando tinham problemas, preferiam confiar em mim e esperar que eu resolvesse os problemas, o que os levava a não progredir nas suas habilidades.
Um dia, nosso supervisor veio checar o nosso trabalho e viu que o trabalho não estava sendo atribuído de forma razoável. Disse que parte do trabalho podia ser atribuído a membros da equipe e que eu devia passar mais tempo fazendo meu trabalho como líder de equipe, incluindo o controle do progresso do trabalho e resolver quaisquer problemas de habilidades que surgissem. Dessa forma, todos poderiam assumir um pouco de responsabilidade e suportar um fardo. Eu sabia que ele tinha razão e que essa forma de atribuição era benéfica para o trabalho. No entanto, pensei que praticar dessa forma era difícil demais, e por isso rezei a Deus, pedindo-Lhe que me guiasse para eu conhecer meu caráter corrupto. Durante os devocionais, procurei palavras de Deus relevantes para o meu estado. Uma passagem deixou uma profunda impressão em mim: “‘Seja duro consigo mesmo e leniente com os outros’, como os ditados como ‘não guarde para si o dinheiro que achou no chão’ e ‘tenha prazer em ajudar os outros’, é uma dessas exigências que a cultura tradicional faz a respeito da conduta moral das pessoas. Do mesmo modo, independentemente de alguém conseguir alcançar ou praticar essa conduta moral, ainda assim ela não é o padrão nem a norma para avaliar sua humanidade. É possível que você realmente seja capaz de ser duro consigo mesmo e leniente com os outros, e que você tenha padrões especialmente altos para si mesmo. Você pode estar totalmente livre de qualquer mancha e você pode sempre pensar nos outros e ter consideração por eles, sem ser egoísta nem buscar seus interesses pessoais. Você pode parecer especialmente magnânimo e altruísta, e ter um forte senso de responsabilidade social e morais sociais. Sua personalidade e qualidades nobres podem ser visíveis àqueles que estão próximos de você e àqueles que você encontra e com os quais interage. Seu comportamento pode nunca dar nenhum motivo aos outros para culpá-lo ou criticá-lo, provocando, em vez disso, elogio profuso e até admiração. As pessoas podem vê-lo como alguém que é realmente duro consigo mesmo e tolerante com os outros. No entanto, tudo isso nada mais é do que comportamento externo. Os pensamentos e desejos no fundo de seu coração são consistentes com esses comportamentos externos, com esses atos que você pratica externamente? A resposta é não, eles não são. A razão pela qual você consegue agir desse jeito é que existe um motivo por trás disso. Que motivo é esse, exatamente? Você aguentaria ver esse motivo ser exposto? Certamente não. Isso prova que o motivo é algo que não se pode mencionar, algo sombrio e maligno. Agora, por que esse motivo é indizível e maligno? É porque a humanidade das pessoas é governada e dirigida por seus caracteres corruptos. Todos os pensamentos da humanidade, não importando se as pessoas os verbalizam ou externalizam, são inegavelmente dominados, controlados e manipulados por seus caracteres corruptos. Como resultado, os motivos e as intenções das pessoas são todos sinistros e malignos. Não importa se as pessoas são capazes de ser duras consigo mesmas e lenientes com os outros, ou se, por fora, expressam essa moral perfeitamente, é inevitável que essa moral não tenha controle ou influência sobre sua humanidade. Então, o que de fato controla a humanidade das pessoas? São seus caracteres corruptos, é a essência de sua humanidade que está obscurecida sob a moral de ‘seja duro consigo mesmo e leniente com os outros’ — essa é sua verdadeira natureza. A verdadeira natureza de uma pessoa é a essência de sua humanidade. E em que a essência de sua humanidade consiste? Ela consiste principalmente em suas preferências, no que ela busca, em sua visão de vida e seu sistema de valores, assim como em sua atitude para com a verdade e para com Deus, e assim por diante. Somente essas coisas representam a humanidade essência das pessoas. Pode-se dizer com certeza que a maioria das pessoas que exigem de si mesmas que cumpram a moral de ser ‘duro consigo mesmo e leniente com os outros’ é obcecada por status. Impulsionadas por seus caracteres corruptos, essas pessoas não conseguem deixar de buscar prestígio entre os homens, proeminência social e status aos olhos dos outros. Todas essas coisas estão relacionadas a seu desejo de status e são buscadas sob o disfarce de sua boa conduta moral. E como essas suas buscas acontecem? Elas vêm inteiramente de seus caracteres corruptos e são impulsionadas por eles. Assim, não importa o que aconteça, se alguém cumpre ou não a moral de ser ‘duro consigo mesmo e leniente com os outros’, se ele o faz com perfeição ou não, isso não pode mudar sua humanidade essência de modo algum. Por consequência, isso significa que isso não pode, de forma alguma, mudar sua visão da vida nem seu sistema de valores, nem guiar suas atitudes e perspectivas em relação a todos os tipos de pessoas, eventos e coisas. Não é esse o caso? (É, sim.) Quanto mais alguém é capaz de ser duro consigo mesmo e tolerante com os outros, melhor ele é em fazer uma encenação, em disfarçar-se e em enganar os outros com comportamento bom e palavras agradáveis, e mais enganoso e maligno ele é por natureza. Quanto mais ele é esse tipo de pessoa, mais profundos se tornam seu amor e sua busca por status e poder” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “O que significa buscar a verdade (6)”). Eu vi que quem é “duro consigo mesmo e tolerante com os outros” tem uma obsessão profunda por status. Procura sempre ter um lugar no coração das pessoas. Essas pessoas têm uma natureza enganosa e perversa e são hipócritas. Essa caraterização foi muito direta. Pensei em como eu tinha assumido grande parte do trabalho da nossa equipa durante o meu mandato como chefe de equipa. Eu sempre considerava os horários das outras pessoas, sua carga de trabalho e as dificuldades que enfrentavam. Tinha cuidado e atenção especial com os outros, verificando que eles nunca estavam descontentes. À primeira vista, posso ter parecido bastante compreensiva, mas, na realidade, eu só agia assim para reforçar reputação e status. Estava sempre preocupada que pudesse dizer ou fazer algo que perturbasse os outros e lhes dar uma impressão ruim de mim. Carreguei mais fardo do que qualquer outro, fui capaz de sofrer e pagar um preço, mostrei tolerância, compreensão e capacidade de ceder, mas debaixo disso tudo eu só achava que era melhor do que os outros, que eu tinha estatura maior que a dos outros, e que era compreensiva e tolerante com eles. Isso os levou a me admirar e a confiar em mim. Esperavam que eu resolvesse seus problemas e não conseguiam confiar em Deus e buscar a verdade para chegar a uma solução. Percebi que eu tinha sido corrompida por Satanás e estava cheia de caracteres satânicos. Eu não era nem um pouco altruísta e magnânima! Quando a irmã passou o trabalho para mim, eu aceitei de bom grado, mas por dentro fiquei triste, e, enquanto trabalhava, estava ressentida com ela por não suportar um fardo. Eu tinha muito trabalho e estava sob uma pressão enorme, e, embora não dissesse nada e agisse como se fosse altruísta, no íntimo, eu achava que tudo muito injusto e não queria sofrer nem pensar em outra coisa. Durante a atribuição de trabalho, quando uma irmã se entregou à carne e não quis trabalho árduo, eu não comuniquei a verdade para resolver o problema e, em vez disso, assumi o trabalho dela. Na verdade, eu tinha as minhas opiniões sobre ela; fiquei ressentida porque a preguiça dela me deu mais trabalho. Pensando em tudo isso, percebi que a minha tolerância para com os outros era falsa, era tudo fingimento, e eu não ficava feliz de verdade quando ajudava. Obviamente, eu era egoísta, mas agia como se fosse apenas altruísta — eu enganei todo mundo. Só tinha um motivo para as minhas atitudes — eu só queria ganhar elogio, respeito e louvor dos outros. Como eu era hipócrita e falsa! As pessoas só viam o que eu fazia para enganar, mas não conseguiam ver o que eu realmente pensava. Todos acreditavam que eu tinha humanidade boa e era muito tolerante. Eu não estava enganando e a iludindo a todos? Quanto mais pensava nisso, mais desgosto eu tinha por mim mesma. Eu vivia usando uma máscara, e não somente sofri muito, como atrasei o trabalho da Igreja. Eu estava prejudicando a mim e aos outros. Comecei a me odiar, e quis me arrepender e mudar o quanto antes.
Mais tarde, deparei com passagens das palavras de Deus que me deram uma nova perspectiva sobre o meu estado. Deus Todo-Poderoso diz: “Alguns líderes de igreja, ao verem seus irmãos ou irmãs cumprindo seus deveres de forma descuidada e superficial, não os repreendem, embora devessem. Quando eles veem algo que é claramente prejudicial aos interesses da casa de Deus, fazem vista grossa e não investigam para não causar a menor ofensa aos outros. Na verdade, não estão mostrando consideração pelas fraquezas das pessoas; em vez disso, sua intenção é conquistar as pessoas. Eles estão plenamente cientes disso e pensam: ‘Se eu continuar assim e não causar ofensa a ninguém, pensarão que sou um bom líder. Terão uma opinião boa e elevada de mim. Eles me darão reconhecimento e gostarão de mim’. Não importa quanto dano seja feito aos interesses da casa de Deus e não importa quão grandemente o povo escolhido de Deus seja impedido em sua entrada na vida ou quão grandemente a sua vida de igreja seja perturbada, tais líderes persistem em sua filosofia satânica e não causam ofensa a ninguém. Nunca há um senso de autocensura no coração deles. Quando veem alguém causando perturbações e interrupções, no máximo, eles podem fazer, de passagem, uma menção casual dessa questão, e colocar fim nisso. Eles não comunicam a verdade nem apontam a essência do problema para essa pessoa e muito menos dissecam o estado dela. Eles nunca comunicam qual é a vontade de Deus. Os líderes falsos nunca expõem nem dissecam que tipo de erros as pessoas cometem com frequência nem os caracteres corruptos que elas revelam repetidamente. Não resolvem nenhum problema real, em vez disso, sempre toleram a má conduta das pessoas e quando elas revelam corrupção, e permanecem indiferentes, por mais negativas e fracas que as pessoas estejam, meramente pregam umas palavras e doutrinas, e fazem algumas exortações superficiais, tentando evitar conflitos. Como resultado, os escolhidos de Deus não sabem refletir sobre si mesmos e se conhecer, não obtêm resolução para a revelação de seus caracteres corruptos e vivem em meio a palavras, doutrinas, noções e imaginações sem qualquer entrada na vida. Até acreditam, em seu coração, que ‘Nosso líder tem até mais compreensão de nossas fraquezas do que Deus. Nossa estatura pode ser pequena demais para estar à altura das exigências de Deus, mas precisamos apenas satisfazer as exigências do nosso líder; ao obedecer ao nosso líder, estamos obedecendo a Deus. Se chegar um dia em que o alto substitua nosso líder, levantaremos a nossa voz; para manter nosso líder e impedir que ele seja substituído pelo alto, negociaremos com o alto e o forçaremos a concordar com as nossas exigências. É assim que defenderemos nosso líder’. Quando as pessoas têm tais pensamentos no coração, quando têm um relacionamento assim com o líder, e, no coração, sentem dependência, admiração, respeito e veneração em relação ao líder, elas passam a ter uma fé cada vez maior nesse líder, são as palavras do líder que elas querem ouvir, e elas param de buscar a verdade nas palavras de Deus. Tal líder quase ocupou o lugar de Deus no coração das pessoas. Se um líder está disposto a manter tal relacionamento com o povo escolhido de Deus, se ele extrai um sentimento de prazer disso no coração e acredita que o povo escolhido de Deus deve tratá-lo assim, então não há diferença alguma entre ele e Paulo, e ele já entrou na senda de um anticristo. O povo escolhido de Deus, sem o menor discernimento, já foi enganado por um anticristo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Um: Eles tentam conquistar as pessoas”).
“Vocês podem comparar isso a alguns dos anticristos e pessoas malignas na igreja. A fim de solidificar status e poder na igreja, e para ganhar uma reputação melhor entre os outros membros, eles são capazes de suportar sofrimento e pagar um preço ao cumprir seus deveres, e podem até renunciar a trabalho e família e vender tudo que têm para se despender por Deus. Em alguns casos, os preços que eles pagam e o sofrimento a que se submetem ao se despender por Deus excedem o que uma pessoa comum pode suportar; eles são capazes de personificar um espírito de extrema autonegação a fim manter seu status. No entanto, não importa quanto sofram ou que preços paguem, nenhum deles protege o testemunho de Deus nem os interesses da casa de Deus, nem praticam de acordo com as palavras de Deus. O objetivo que buscam é apenas alcançar status, poder e as recompensas de Deus. Nada do que fazem tem a menor relação com a verdade. Independentemente de quão duros sejam consigo mesmos e quão lenientes sejam com os outros, qual será o desfecho deles no fim? O que Deus pensará deles? Ele determinará o desfecho deles com base nos bons comportamentos externos que eles vivem? Certamente não. As pessoas veem e julgam os outros com base nesses comportamentos e manifestações e, porque não conseguem perceber a essência das outras pessoas, acabam sendo enganadas. Deus, entretanto, nunca é enganado pelo homem. Deus absolutamente não elogiará, nem Se lembrará da conduta moral das pessoas porque elas foram capazes de ser duras consigo mesmas e lenientes com os outros. Ao contrário, Ele as condenará por causa de suas ambições e por causa das sendas que tomaram em busca de status” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “O que significa buscar a verdade (6)”). Quando ponderei as palavras de Deus, ficaram mais claras a natureza e as consequências das minhas atitudes. Para proteger reputação e status, eu sempre considerava as dificuldades dos outros e fazia tudo sozinha. Como resultado, os irmãos não puderam cumprir seus deveres normalmente. Alguns se entregavam à carne e não assumiam um fardo; outros ficavam me admirando e confiando em mim, outros me procuravam sempre que tinham problemas, e não conseguiam confiar em Deus e buscar a verdade para resolver os problemas. Deus não tinha lugar no coração deles. Eu cometi o mal! Quando a irmã não estava disposta a assumir um fardo no trabalho e o empurrou para mim, se eu tivesse me comunicado um pouco com ela, e deixado que ela visse a natureza e as consequências do estado dela, talvez ela pudesse ter se rebelado contra a carne e confiado em Deus para resolver o problema. Isso a levaria a ter progresso na vida, e suas capacidades profissionais melhorariam. Mas eu só pensava em reputação e status, e não me comuniquei, nem dei conselhos aos irmãos mergulhados em caracteres corruptos. Por fora, esse modo de agir concordava com as preocupações carnais das pessoas, mas elas não progrediram na vida e ficaram cada vez mais decadentes. Ao ficar satisfazendo as pessoas, eu as estava prejudicando! Ninguém conseguiu discernir meu comportamento e foram todos enganados por mim, achando que eu era uma pessoa boa e atenciosa. Como eu era falsa; enganei todo mundo! Por fora, parecia que eu carregava um fardo pesado no dever e podia sofrer e pagar um preço. As pessoas me viam como uma pessoa boa, mas, na verdade, eu tinha sido condenada por Deus, porque todas as minhas atitudes não eram feitas para satisfazer a Deus, mas sim para proteger meu status no coração das pessoas. Eu não tinha cometido nenhum mal evidente, mas não tinha trazido as pessoas para a realidade das palavras de Deus, em vez disso, trazia-as para a carne e para diante de mim. Eu estava tentando conquistar as pessoas e estava revelando um caráter de anticristo. Ao perceber isso, vi que eu estava num estado muito precário. Estava cumprindo meu dever com base em valores culturais tradicionais e seguindo a senda de um anticristo.
Mais tarde, deparei-me com outra passagem das palavras de Deus que me deu mais clareza sobre os meus problemas: “Não importa a que grupo sejam propostas as afirmações sobre a conduta moral, todas exigem que as pessoas exerçam autocontrole — restrinjam seus desejos e sua conduta imoral — e defendam os pontos de vista ideológicos e morais favoráveis. Não importa o quanto essas afirmações influenciem a humanidade, não importa se essa influência seja positiva ou negativa, o objetivo desses assim chamados moralistas era, em termos sucintos, restringir e regulamentar a conduta moral das pessoas formulando tais afirmações, para que as pessoas tivessem um código básico para como se comportar e agir, para como ver as pessoas e as coisas e para como perceber seu país e sua sociedade. O lado positivo foi que a invenção dessas afirmações sobre a conduta moral tem, em certa medida, exercido um papel na restrição e regulação da conduta moral da humanidade. Mas, analisando os fatos objetivos, isso levou as pessoas a acatarem alguns pensamentos e pontos de vista insinceros e pretensiosos, tornando as pessoas que são influenciadas e inculcadas pela cultura tradicional mais insidiosas, mais astutas, melhores em fingir e mais confinadas em seu raciocínio. Por causa da influência e inculcação da cultura tradicional, aos poucos, as pessoas adotaram opiniões e afirmações equivocadas da cultura tradicional como coisas positivas e adoram esses dignitários e famosos que enganam as pessoas como se fossem santos. Quando as pessoas são enganadas, sua mente se torna confusa, entorpecida e indiferente. Elas não sabem o que é humanidade normal nem o que as pessoas com humanidade normal deveriam buscar e seguir. Não sabem como as pessoas deveriam viver neste mundo nem que tipo de modo ou regras de existência deveriam adotar, muito menos sabem qual é o objetivo correto da existência humana. Devido à influência, à inculcação e até ao confinamento da cultura tradicional, as coisas positivas, as exigências e regras de Deus, foram oprimidas. Nesse sentido, as várias afirmações sobre a conduta moral na cultura tradicional têm, em grande medida, enganado e influenciado profundamente o pensamento das pessoas, confinando seu pensamento e desviando-as da senda correta na vida e distanciando-as cada vez mais das exigências de Deus. Isso significa que, quanto mais profundamente você é influenciado pelas várias ideias e pontos de vista sobre a conduta moral na cultura tradicional e quanto mais você é inculcado por elas, mais você se desvia dos pensamentos, das ambições, do objetivo a ser buscado e das regras de existência que as pessoas com humanidade normal deveriam ter e mais você se afasta do padrão que Deus exige das pessoas. […] O povo escolhido de Deus precisa enxergar um fato: a palavra de Deus é a palavra de Deus, a verdade é a verdade, e as palavras humanas são palavras humanas. Benevolência, retidão, decoro, sabedoria e confiabilidade são palavras humanas, e a cultura tradicional são palavras humanas. Palavras humanas nunca são a verdade nem jamais se tornarão a verdade. Isso é um fato” (A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “O que significa buscar a verdade (8)”). Com as palavras de Deus, percebi que os pontos de vista e as ideias que a cultura tradicional nos incute são ridículos e absurdos e estão em desacordo com a consciência e a razão das pessoas normais e a humanidade normal que Deus exige que o homem viva. Enganada e influenciada por essa ideia tradicional de “ser dura comigo mesma e tolerante com os outros”, fiquei confusa, perdida e sem discernimento. Pensava que só sendo tolerante e atenciosa com as pessoas, preocupando-me comigo mesma em vez de com os outros, eu demonstraria boa índole, tolerância e magnanimidade. Eu não devia exigir demais ou ser rigorosa demais e devia evitar ser mesquinha. Essas ideias estavam enraizadas na minha mente, controlavam minhas palavras e atitudes, e influenciavam como eu interagia com os outros. Pensando bem, eu vi que a minha tolerância para com os outros não era a clemência de uma humanidade normal, mas, sim, uma indulgência que carecia de princípios ou normas. Como líder de equipe, eu devia ter atribuído o trabalho de forma razoável, com base no nosso plano de trabalho global e as competências de cada membro, para que todos pudessem desempenhar seu papel, ter oportunidade de praticar em seu dever e pôr em prática suas habilidades. Só assim o trabalho da nossa equipe poderia progredir normalmente e melhorar. Para os menos qualificados, de calibre médio, lentos ao atualizar seus conhecimentos, a atribuição de tarefas deveria ser feita em função da sua estatura e das suas dificuldades reais. Eles deveriam receber trabalho mais fácil para que fosse certo que estariam aptos e não deveriam ser forçados a fazer algo de que eram incapazes. Quanto aos que tinham bom calibre, capacidade de aprender coisas novas e domínio de princípios e habilidades, eles podiam receber uma quantia de trabalho um pouco maior, para refletir mais sobre o trabalho e carregar um fardo maior — isso lhes permitiria progredir mais rápido. Se encontrassem dificuldades e ficassem um pouco stressados, isso era normal, e os incentivaria a confiar mais em Deus, a melhorar suas capacidades e progredir mais rápido. Além disso, se alguém ficasse aborrecido depois de eu lhe atribuir trabalho, eu podia me comunicar com a pessoa para ver se tinha dificuldades reais ou se estava apenas em busca de conforto, e não estava disposta a sofrer e pagar um preço. Eu poderia, então, lidar com as coisas com base na situação real — isso seria agir com base em verdades princípios. De fato, na maior parte das vezes, eu atribuí trabalho com base nas situações reais dos membros da equipe. Eu não pedia muito, não era tão rigorosa, e os membros da minha equipe conseguiam dar conta das tarefas. Quando ficavam com preguiça, sem vontade de pagar um preço e se esforçar pelo sucesso, ou tinham medo de assumir responsabilidades e passavam o trabalho para alguém, Eu deveria ter me comunicado e ter dado conselhos para consciencializá-los do seu caráter corrupto. Em casos mais graves, eu deveria ter podado e lidado com eles e não podia continuar a tolerar seu comportamento sem um padrão de referência. Só assim poderia manter o progresso normal do trabalho da nossa equipe. Mais tarde, deparei com outras duas passagens das palavras de Deus que me deram mais clareza na minha senda de prática. “Em tudo o que fizer, você deve examinar se suas intenções são corretas. Se você é capaz de agir segundo as exigências de Deus, então seu relacionamento com Ele é normal. Esse é o padrão mínimo. Examine suas intenções e, se você descobrir que surgiram intenções incorretas, seja capaz de dar as costas para elas e agir segundo as palavras de Deus; assim, você se tornará alguém correto diante de Deus, o que demonstra que seu relacionamento com Ele é normal e que tudo aquilo que você faz é em prol de Deus, e não de si mesmo. Em tudo o que fizer ou disser, corrija seu coração e seja justo em suas ações, e não seja levado pelas emoções, nem aja de acordo com a própria vontade. Esses são os princípios pelos quais os crentes em Deus devem se conduzir” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Como está seu relacionamento com Deus?”). “Então, quais são as verdades princípios exigidas por Deus? Que as pessoas sejam compreensivas com os outros quando estes estiverem fracos e negativos, que sejam atenciosas com a dor e as dificuldades dos outros, e, então, perguntem sobre essas coisas, ofereçam ajuda e apoio, e leiam as palavras de Deus para ajudá-los a resolver problemas, permitindo que eles entendam a vontade de Deus e deixem de ser fracos, e os levando para diante de Deus. Essa maneira de praticar não está de acordo com os princípios? Praticar dessa maneira está de acordo com as verdades princípios. Naturalmente, relacionamentos desse tipo estão ainda mais de acordo com as verdades princípios. Quando as pessoas estão deliberadamente causando perturbações e interrupções, ou deliberadamente cumprindo seu dever de forma superficial, se você perceber isso e for capaz de apontar essas coisas para elas, repreendê-las e ajudá-las conforme os princípios, isso está de acordo com as verdades princípios. Se você fizer vista grossa, ou se perdoar o comportamento delas e encobri-las, e até chegar a ponto de dizer coisas agradáveis para elogiá-las e aplaudi-las, essas formas de interagir com as pessoas, de lidar com as coisas, e de lidar com os problemas estão, obviamente, em desacordo com as verdades princípios e não se baseiam nas palavras de Deus. Portanto, essas formas de interagir com as pessoas e de lidar com as coisas são, obviamente, inadequadas, e realmente não é fácil detectá-las se elas não forem dissecadas e discernidas de acordo com as palavras de Deus” (A Palavra, vol. 5: As responsabilidades dos líderes e dos obreiros, “As responsabilidades dos líderes e dos obreiros (14)”). Depois de ponderar as palavras de Deus, tive muito mais certeza. Como crente, eu tinha que ter Deus no coração quando falava e agia, e deveria pôr meu coração diante de Deus para ser escrutinado. Isso é o mínimo que eu deveria fazer. Além disso, ao interagir com os outros e ao cumprir meu dever, eu deveria ter boas intenções, agir de acordo com as verdades princípios, abster-me de fazer algo que prejudicasse os interesses da casa de Deus e sempre considerar o trabalho da igreja, ajudar e apoiar aqueles que eram negativos, fracos e enfrentavam dificuldades, e deveria me comunicar, ajudar, aconselhar ou expor qualquer um que revelasse um caráter corrupto ou interrompesse e perturbasse de propósito o trabalho da igreja em vez de tolerar ou ter boa vontade, como uma boba. Ao atribuir trabalho, eu não deveria proteger minha reputação e considerar apenas a carne e os sentimentos das pessoas. Eu tinha que atribuir o trabalho de forma razoável, com base em princípios e no estado atual da equipe para garantir que o trabalho não atrasasse. Essa forma de praticar seria benéfica para o trabalho da igreja e para todos os membros. Depois disso, ao interagir com os irmãos e irmãs, pratiquei ser honesta, dizer o que realmente sentia e me comunicar com as pessoas quando tinha problemas. Quando atribuía trabalho, eu atribuía com base nas situações reais das pessoas para que todos pudessem desempenhar seu papel. Atribuía aos membros a resolução de problemas relativamente fáceis e só me envolvia se eles não conseguissem resolver. Quando as pessoas não estavam satisfeitas com uma tarefa e não queriam pagar um preço mais alto, eu lhes comunicava a vontade de Deus, deixava que refletissem e conhecessem seu caráter corrupto e retificassem suas atitudes impróprias. Quando tinha mais trabalho do que podia fazer ou me deparava com problemas, eu discutia com os outros como atribuir trabalho de forma razoável para evitar atrasos e deixava de assumir tudo sozinha. Todos puderam participar do trabalho de forma proativa e ficaram muito mais entusiasmados com suas tarefas, e o nosso progresso no trabalho melhorou. Fiquei muito mais tranquila. Às vezes, ainda revelo corrupção, mas sou capaz de praticar com consciência, de acordo com as palavras de Deus. Foi somente com a orientação das palavras de Deus que consegui mudar as coisas. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.