Eu sei como resolver o caráter corrupto

08 de Março de 2022

Por Ramses, México

Eu cresci numa família católica, e acreditava no Senhor, junto com ela, desde que era pequeno. Quando cresci, percebi que alguns crentes só iam à igreja aos domingos, mas ainda fumavam, bebiam e festejavam regularmente, como os incrédulos. Eu achava que eles não estavam seguindo as exigências do Senhor, que estavam pecando. Eu também vivia em pecado. Eu mentia, perdia o controle e ficava com inveja. Mesmo que confessasse meus pecados ao padre, eu não conseguia escapar do ciclo de pecar, confessar e pecar de novo. Eu me sentia completamente perdido. Então decidi sair da nossa igreja e me juntar a outra igreja para buscar a senda para escapar do pecado.

Mais tarde, no trabalho, conheci o irmão Raul, um cristão de longa data. Ele disse que tinha visitado muitas igrejas diferentes, mas que tinha parado de frequentá-las porque os sermões dos pastores não eram perceptivos, e eles sempre pediam ofertas. Eles só queriam dinheiro, e quando os irmãos pediam ajuda com algum problema, eles só diziam: “Pergunte primeiro ao pregador, depois me diga se ainda não conseguir entender”. Isso me deixou muito confuso. Por que coisas como essa aconteceriam numa igreja? Depois disso, fui a outras cinco ou seis igrejas cristãs e vi que eram exatamente como o irmão Raul as tinha descrito. Lembro-me de que, num culto, alguns crentes estavam jogando xadrez e fazendo um banquete. Vi que as igrejas não tinham a obra do Espírito Santo, e pareciam mais locais de entretenimento para as pessoas religiosas. Eu não quis mais ir à igreja. Mas eu me lembrava de que a Bíblia diz: “Não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia” (Hebreus 10:25). Então me senti bem perdido. Onde eu deveria ir para ter uma reunião? Existem mais de mil denominações cristãs, portanto encontrar uma que realmente tivesse a orientação de Deus e a obra do Espírito Santo seria extremamente difícil. O irmão Raul também não sabia para onde ir. Então decidimos deixar a nossa congregação e usar nosso tempo livre para estudar a Bíblia. Líamos a Bíblia juntos e compartilhávamos nosso entendimento, ajudando e apoiando um ao outro.

Passei vários anos desse jeito, e embora eu estivesse orando e lendo as Escrituras todos os dias, o que realmente me frustrava era que, quando acontecia algo de que eu não gostava, ou quando meus interesses eram afetados, eu ainda não conseguia controlar a raiva. Às vezes, quando eu estava trabalhando com o irmão Raul, se ele me pedia para fazer algo e eu não o entendia perfeitamente, ele falava duro comigo, e eu ficava com muita raiva. Eu achava que era evidente que ele não se comunicava bem, mas ele gritava comigo, me tratava como um idiota, e eu não tinha que aceitar isso. Então eu gritava de volta. Ficávamos muito agitados e não conseguíamos controlar a raiva. No final, tudo que fazíamos era sair batendo a porta. Eu não estava disposto a ouvi-lo ou explicar as coisas para ele. Mas depois de nos acalmar, nós admitíamos nossos erros e pedíamos perdão um ao outro. Eu sabia que não tinha me livrado do pecado, que eu continuaria pecando e me rebelando contra Deus, então eu orava e confessava a Deus, e tentava me controlar. Mas por mais que tentasse, eu continuava estragando tudo, pecando de dia, confessando à noite. Eu tinha afundado em tristeza e culpa nesse ciclo persistente, e estava muito decepcionado comigo mesmo. Eu ficava me perguntando por que não conseguia parar de pecar. O irmão Raul e eu tínhamos conversado sobre isso muitas vezes e sabíamos que não conseguíamos evitar, que nossa presunção, arrogância e convencimento eram evidentes e que não tínhamos escapado da escravidão do pecado.

Uma vez, quando estudávamos a Bíblia juntos, vimos as palavras de Deus: “Sereis pois santos, porque Eu sou santo(Levítico 11:45). “Sem santificação, ninguém verá o Senhor(Hebreus 12:14). Esses versículos nos fizeram pensar. O Senhor nos disse que devemos ser santos, mas estávamos vivendo em pecado. Como podíamos alcançar a santidade? Não tínhamos uma senda. Perguntei a um pastor sobre isso, e ele me disse: “Enquanto vivermos na carne, jamais alcançaremos a santidade. Mas o Senhor Jesus nos redimiu dos nossos pecados. Nossos pecados já foram perdoados, e o Senhor não nos vê como seres de pecado. Quando descer numa nuvem, Ele nos levará para o reino dos céus”. Ouvir isso me consolou bastante, mas continuei confuso: o Senhor é santo, mas agora estamos sempre vivendo em pecado. Ele realmente nos levará para o Seu reino quando voltar?

Um dia, em julho de 2019, o irmão Raul e eu estávamos fazendo um dos nossos estudos bíblicos. Fizemos uma pesquisa on-line pelo termo “Bíblia” e encontramos um filme da Igreja de Deus Todo-Poderoso chamado “Peguei o último trem”. Depois de assistir ao filme, fiquei muito surpreso. Era um filme ótimo, e as verdades comungadas nele eram muito esclarecedoras, principalmente a parte em que uma irmã diz: “O Senhor Jesus fez a obra de redenção. Ele apenas perdoou os pecados das pessoas, mas não resolveu nossa natureza pecaminosa, então continuamos pecando e resistindo a Deus. Considerando aqueles que creem no Senhor, desde o clero até os crentes comuns, quais deles podem alegar que estão livres de pecado? Nenhum. Sem exceção, os humanos estão amarrados e restringidos pelo pecado. Somos cheios de arrogância, astúcia e ganância. Não conseguimos evitar pecar, nem mesmo quando não queremos. Alguns podem parecer humildes e gentis, mas seu coração está cheio de corrupção. Não somos as pessoas que cumprem a vontade de Deus e não somos qualificados para entrar no reino dos céus. É por isso que Deus precisa continuar Sua obra para salvar o homem nos últimos dias, de acordo com Seu plano, realizar um estágio de obra de julgamento sobre o fundamento do perdão dos pecados para nos purificar e salvar plenamente, para que possamos escapar do pecado e nos tornar puros, e então entrar no reino de Deus e ganhar vida eterna”. Tudo que foi dito no filme era verdade. Fiquei muito animado porque nunca tinha ouvido nada parecido. Como eram capazes de compartilhar tanto esclarecimento novo? De onde tiraram tudo isso? Vi que estavam lendo um livro chamado “A Palavra manifesta em carne”. Seu conteúdo era cheio de poder e autoridade, e de coisas que eu nunca tinha ouvido antes. Eu queria muito investigar mais a fundo. Depois do filme, entramos em contato com a Igreja de Deus Todo-Poderoso e começamos a participar de reuniões on-line, a ler e a comungar as palavras de Deus Todo-Poderoso.

Um dia, vi isto nas palavras de Deus Todo-Poderoso: “Antes de o homem ser redimido, muitos dos venenos de Satanás já estavam plantados dentro dele e, depois de milhares de anos de ser corrompido por Satanás, o homem já tem dentro de si uma natureza estabelecida que resiste a Deus. Portanto, quando o homem foi redimido, isso não é nada mais do que um caso de redenção, na qual o homem é comprado por um alto preço, mas a natureza venenosa dentro dele não foi eliminada. O homem que é contaminado assim deve sofrer uma mudança antes de ser digno de servir a Deus. Por meio dessa obra de julgamento e castigo, o homem conhecerá por completo a essência imunda e corrupta dentro de si mesmo, e ele poderá mudar completamente e se tornar limpo. Só assim o homem pode se tornar digno de retornar diante do trono de Deus. Toda a obra feita neste dia é para que o homem possa ser limpo e mudado; através do julgamento e castigo pela palavra, bem como por meio do refinamento, o homem pode remover sua corrupção e ser purificado. Em vez de considerar este estágio da obra como sendo o da salvação, seria mais apropriado dizer que é a obra de purificação. Na verdade, este estágio é o da conquista, assim como o segundo estágio na obra da salvação(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O mistério da encarnação (4)”). “Cristo dos últimos dias usa uma variedade de verdades para ensinar o homem, expor a substância do homem e dissecar suas palavras e ações. Essas palavras abrangem várias verdades: o dever do homem, como o homem deveria obedecer a Deus, como o homem deveria ser leal a Deus, como o homem deve viver a humanidade normal, bem como a sabedoria e o caráter de Deus e assim por diante. Essas palavras são todas dirigidas à substância do homem e ao seu caráter corrupto. Em especial, essas palavras que expõem como o homem desdenha de Deus são faladas em relação a como o homem é a corporificação de Satanás e uma força inimiga contra Deus. Ao realizar Sua obra de julgamento, Deus não torna clara a natureza do homem simplesmente com algumas palavras; Ele também expõe, trata e poda a longo prazo. Todos esses métodos diferentes de exposição, tratamento e poda não podem ser substituídos por palavras comuns, mas pela verdade que o homem absolutamente não possui. Apenas métodos desse tipo podem ser chamados de julgamento; só por meio de julgamento desse tipo é que o homem pode ser subjugado e completamente convencido em relação a Deus e, além disso, ganhar verdadeiro conhecimento de Deus. O que a obra de julgamento produz é o entendimento do homem da verdadeira face de Deus e da verdade sobre a própria rebelião. A obra de julgamento permite que o homem ganhe bastante entendimento da vontade de Deus, do propósito da obra de Deus e dos mistérios que lhe são incompreensíveis. Também permite que o homem reconheça e conheça sua essência corrupta e as raízes de sua corrupção, bem como descubra a fealdade do homem. Esses efeitos são todos produzidos pela obra de julgamento, pois a essência dessa obra é, de fato, a obra de revelar a verdade, o caminho e a vida de Deus a todos aqueles que têm fé Nele. Essa obra é a obra de julgamento realizada por Deus(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Cristo realiza a obra do julgamento com a verdade”). Depois de ler as palavras de Deus, eu vi que o Senhor Jesus fez a obra de redenção, que só nos redimiu para que não fôssemos mais do pecado, mas a natureza pecaminosa da humanidade não foi removida. É por isso que continuamos mentindo e pecando, e revelando corrupção. Pensando nisso, concluí que era tudo verdade. Sempre que perdia o controle, eu me arrependia depois. Mas sempre que acontecia algo de que eu não gostava, eu ainda não conseguia evitar perder o controle. Percebi que, se eu não resolvesse a minha natureza pecaminosa, eu nunca me livraria do pecado, e então eu seria contra Deus em pensamento, palavra e ação. Com as palavras de Deus Todo-Poderoso, eu vi também que, nos últimos dias, Deus expressou a verdade para expor e purificar a humanidade. Cheio de curiosidade acerca da obra de julgamento de Deus, mais tarde eu li muito mais das palavras de Deus Todo-Poderoso e vi que Ele revela tudo sobre a natureza pecaminosa da humanidade. Ele nos mostra como Satanás corrompe as pessoas, como podemos escapar do pecado e ser purificados, quem pode entrar no reino dos céus, quem será punido e os desfechos dos diferentes tipos de pessoas. O julgamento e a exposição da humanidade pelas palavras de Deus contêm Seu amor e salvação. Não importa quão rigoroso Ele pareça, tudo isso é para que possamos entender a verdade, para que possamos ver claramente a verdade de como Satanás nos corrompeu, genuinamente odiar a nós mesmos e então nos arrepender e mudar. Ao ficar ciente de tudo isso, me senti repleto de alegria, e ansiei por mais das palavras de Deus Todo-Poderoso. Eu estava também apreciando muito participar de reuniões e comungar sobre as palavras de Deus com os irmãos, e esperava poder vivenciar o julgamento e o castigo das palavras de Deus para poder resolver meu caráter corrupto.

Fui eleito líder de igreja depois disso. Uma vez, uma irmã me procurou para pedir minha ajuda com problemas que ela enfrentava ao cumprir o dever, e eu lhe dei alguns conselhos quanto ao que fazer. Depois que ela e outra irmã ouviram meus conselhos, elas concordaram em agir de acordo. Nesse momento, uma líder nos chamou, e as duas irmãs pediram que eu compartilhasse as minhas ideias com ela também. Depois que expliquei, a líder não disse nada, e só nos deu um documento para revisar, e nos disse como devíamos revisar. Fiquei um pouco irritado. Era como se ela não tivesse entendido o que eu tinha dito. Eu já tinha discutido com as duas irmãs o que fazer, e tinha perdido muito tempo refletindo sobre como o dever deveria ser feito. Todo o meu trabalho tinha sido em vão? Sem paciência, eu disse à líder: “Você entendeu o que eu disse? Já chegamos a um acordo nisso e temos um entendimento mútuo”. A líder disse: “A solução que você sugeriu é boa, mas não será muito eficiente”. Então ela nos explicou um jeito mais rápido e mais simples de realizar o dever. De fato, eu achei a solução dela boa, mas não fiquei muito satisfeito. Fiquei pensando no que as duas irmãs pensariam de mim se a abordagem em que eu tinha passado tanto tempo pensando não fosse usada. Elas achariam que eu era mesmo inútil e não conseguia nem organizar um pouco de trabalho? Isso seria tão vergonhoso. Quanto mais pensava nisso, pior eu me sentia. Mais tarde, a líder pediu que eu fizesse o dever com essas irmãs. Eu resisti bastante e não falei de modo muito gentil com ela. Mais tarde, concluí o dever, mas, nesse ínterim, revelei corrupção, e fiquei agitado e me senti culpado. Mais tarde, ocorreu-me que a líder estava assumindo responsabilidade e dando boas sugestões para melhorar a eficiência do nosso trabalho. Isso era bom para o trabalho da igreja. Mas eu não conseguia aceitar e até fiquei irritado com isso. Fiquei me perguntando por que eu não conseguia aceitar opiniões adequadas, e por que elas até me deixavam irritado. Eu precisava encontrar a raiz disso para que pudesse me livrar desse estado o quanto antes.

Naquela noite, procurei no site da igreja passagens das palavras de Deus sobre raiva e encontrei esta: “Uma vez que tenha status, muitas vezes um homem achará difícil controlar seu estado de espírito e, assim, ele apreciará aproveitar as oportunidades para expressar sua insatisfação e descarregar suas emoções; frequentemente irromperá em fúria por nenhuma razão aparente, a fim de revelar sua habilidade e permitir que os outros saibam que seu status e identidade são diferentes daqueles das pessoas comuns. É claro que as pessoas corruptas sem qualquer status também perdem o controle com frequência. A raiva delas é muitas vezes causada por dano a seus interesses privados. A fim de proteger o próprio status e dignidade, elas frequentemente descarregarão suas emoções e revelarão sua natureza arrogante. O homem irromperá em raiva e descarregará suas emoções a fim de defender e sustentar a existência do pecado, e essas ações são as maneiras com que o homem expressa sua insatisfação; elas transbordam de impurezas, de esquemas e intrigas, da corrupção e da maldade do homem e, mais que qualquer outra coisa, elas transbordam das ambições e dos desejos selvagens do homem(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único II”). Depois de ler as palavras de Deus, eu vi que existe uma razão pela qual as pessoas explodem. Quando nossos interesses ou reputação são comprometidos, em geral damos vazão à nossa insatisfação, mostramos nosso temperamento, e carecemos da razão humana normal. O que mostramos são caracteres satânicos, coisas negativas. Refletindo sobre mim mesmo à luz das palavras de Deus, eu vi que, quando as minhas ideias eram rejeitadas, eu ficava muito resistente. Claro que eu sabia que a abordagem da líder era melhor do que a minha, que seria rápida e simples, mas ainda assim eu me irritei e fiquei com receio de que os outros me achariam inútil demais. Por isso fui duro com a líder. Nesse momento, eu vi que eu era muito arrogante e que me concentrava demais em nome e status. Eu sempre achei meu ponto de vista ótimo, e não queria ouvir os outros. Eu não considerava o que beneficiaria o trabalho da igreja, nem um pouco. Eu vi que era arrogante e sem razão, e que tinha até uma grande dificuldade de aceitar bons conselhos. Ao perceber isso, fiquei cheio de remorso. Orei a Deus para me arrepender, pedindo que Ele me guiasse a conhecer a mim mesmo e me livrar da minha arrogância.

Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus: “Existem muitos tipos de caracteres corruptos que estão incluídos no caráter de Satanás, mas aquele que é mais óbvio e mais se destaca é o caráter arrogante. A arrogância é a raiz do caráter corrupto do homem. Quanto mais arrogantes, mais irracionais as pessoas são, e, quanto mais irracionais, mais sujeitas as pessoas ficam a resistir a Deus. Quão sério é esse problema? As pessoas com um caráter arrogante não só consideram todas as outras inferiores a elas, como também, o pior de tudo, são até condescendentes para com Deus, e não têm um coração que teme a Deus. Embora as pessoas pareçam acreditar em Deus e segui-Lo, elas não O tratam como Deus de modo algum. Sempre sentem que possuem a verdade e pensam que são tudo no mundo. Essas são a essência e a raiz do caráter arrogante, e ele vem de Satanás. Portanto, o problema da arrogância precisa ser resolvido. Sentir que um é melhor que os outros — esse é um caso trivial. A questão crítica é que o caráter arrogante de uma pessoa a impede de se submeter a Deus, a Seu governo e a Seus arranjos; tal pessoa se sente sempre inclinada a competir com Deus por poder e a controlar os outros. Esse tipo de pessoa não tem nada de um coração que teme a Deus, sem falar de amar a Deus ou submeter-se a Ele. Pessoas que são arrogantes e convencidas, sobretudo aquelas que são tão arrogantes que perderam o senso, não podem se submeter a Deus em sua crença Nele, nem exaltar e dar testemunho por si mesmas. Tais pessoas são as que mais resistem a Deus e não têm nada de um coração que teme a Deus. Se desejam chegar aonde reverenciam a Deus, então primeiro as pessoas precisam resolver seu caráter arrogante. Quanto mais completamente você resolver seu caráter arrogante, mais você terá um coração que teme a Deus, e somente então poderá se submeter a Ele e obter a verdade e conhecê-Lo. Somente aqueles que ganham a verdade são genuinamente humanos(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Refleti um pouco sobre essa passagem e concluí que o motivo pelo qual eu não conseguia lidar corretamente com as sugestões dos outros era porque eu tinha um caráter arrogante. Eu queria que os outros me ouvissem, mas não estava disposto a aceitar ou ouvir os conselhos dos outros. Quando eu estava trabalhando com o irmão Raul, esse era o meu jeito. Visto que eu andava tão arrogante, eu não queria seguir as instruções dele, muito menos tolerava que ele falasse comigo naquele tom ríspido. E nas minhas interações com a minha esposa ou com outras pessoas no dia a dia, eu sempre achava que tinha as melhores ideias, que estava certo, portanto eles deveriam me ouvir e fazer o que eu dissesse. Depois de ganhar minha fé e assumir um dever com os irmãos, eu continuei vivendo em arrogância e não queria aceitar as sugestões dos outros. Até quando eu sabia que a minha abordagem não era ótima, ainda assim eu queria fazer as coisas do meu jeito e que os outros me ouvissem. Eu era tão arrogante que não tinha a menor racionalidade. Graças à minha natureza arrogante, eu não conseguia ver as coisas racionalmente. Eu achava que estava sempre certo, mas em geral os outros de fato tinham ideias melhores e uma visão mais abrangente do que a minha. Por exemplo, sempre achando que eu estava certo, em geral eu forçava a minha esposa a fazer as coisas segundo os meus planos, mas o resultado era ruim. Dessa vez, foi a mesma coisa. A abordagem que a líder sugeriu era simples, poupava tempo e podia obter resultados melhores, enquanto a abordagem sobre a qual eu havia comungado com as duas irmãs era complicada e consumia muito tempo. Os fatos me mostraram que eu não tinha motivo para ser tão arrogante. Eu devia ser pé no chão, ficar calado e saber qual é o meu lugar. Se eu continuasse vivendo em tamanha arrogância, eu acabaria como o arcanjo, sem consideração por Deus, resistindo a Ele e ofendendo o Seu caráter, pelo que Ele me puniria e amaldiçoaria. Ao perceber isso, corri fazer uma oração a Deus: “Deus, não quero mais viver segundo o meu caráter arrogante. Quero viver uma humanidade normal, ouvir as sugestões dos irmãos no meu dever, trabalhar bem com eles e cumprir o meu dever para satisfazer a Tua vontade”.

Li algumas outras passagens das palavras de Deus depois disso: “Uma natureza arrogante o torna teimoso. Se você tiver uma natureza arrogante, você se comportará de forma arbitrária e precipitada, sem prestar atenção ao que os outros dizem. Como, então, você resolve sua arbitrariedade e sua precipitação? Digamos, por exemplo, que algo acontece com você, e você tem seus próprios planos e ideias. Antes de determinar o que fazer, você deve buscar a verdade e deve pelo menos ter comunhão com todos quanto ao que você pensa e acredita sobre esse assunto, pedindo a todos que lhe digam se seus pensamentos estão corretos e alinhados com a verdade e para que façam verificações para você. Esse é o melhor método para resolver a arbitrariedade e a precipitação. Primeiro, você pode explicar suas opiniões e buscar a verdade — esse é o primeiro passo de prática para resolver a arbitrariedade e a precipitação. O segundo passo acontece quando outras pessoas dão opiniões divergentes — como você pode praticar a fim de abster-se de ser arbitrário e precipitado? Primeiro, precisa ter uma atitude de humildade, deixar de lado o que acredita ser certo e permitir que todos se comuniquem. Mesmo que acredite que seu caminho esteja correto, você não deveria continuar insistindo nele. Isso é uma espécie de avanço; mostra uma atitude de buscar a verdade, de negar-se e de satisfazer a vontade de Deus. Uma vez que tenha essa atitude, ao mesmo tempo em que não se atém às suas opiniões, você deveria orar, buscar a verdade de Deus e então procurar uma base nas palavras de Deus — determine como agir com base nas palavras de Deus. Essa é a prática mais adequada e correta(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). “Para a humanidade corrupta, o problema mais difícil de corrigir é o de cometer os mesmos erros de sempre. A fim de evitar isso, as pessoas devem primeiro estar cientes de que ainda não obtiveram a verdade, que não houve uma mudança em seu caráter de vida, e que, embora acreditem em Deus, elas ainda vivem sob o poder de Satanás e não foram salvas; estão sujeitas a trair Deus e a se desviar de Deus a qualquer momento. Se elas tiverem esse senso de crise no coração — se, como as pessoas costumam dizer, estiverem preparadas para o perigo em tempos de paz —, elas serão capazes de se conter um pouco e, quando algo lhes acontecer, elas orarão a Deus e confiarão Nele e serão capazes de evitar os mesmos velhos erros. Você deve ver claramente que seu caráter não mudou, que a natureza da traição a Deus ainda está profundamente enraizada em você e não foi expulsa, que você ainda corre o risco de trair a Deus, e que você enfrenta a possibilidade constante de sofrer perdição e ser destruído. Isso é real, portanto vocês devem ser cuidadosos. Existem três pontos de suma importância a se ter em mente: primeiro, vocês ainda não conhecem Deus; segundo, não houve mudança alguma em seu caráter; e terceiro, vocês ainda estão por viver a verdadeira imagem do homem. Essas três coisas estão alinhadas com os fatos, são reais, e vocês devem ter clareza sobre elas. Vocês devem estar conscientes de si mesmos. Se vocês têm vontade de resolver esse problema, então deveriam escolher um lema próprio, por exemplo, ‘eu sou o esterco no chão’, ou ‘eu sou o diabo’, ou ‘muitas vezes, eu volto aos meus velhos jeitos’, ou ‘estou sempre em perigo’. Qualquer um desses é adequado para servir como seu lema pessoal, e ajudará se você se lembrar dele o tempo todo. Continue repetindo o lema para si mesmo, reflita sobre ele, e você pode muito bem ser capaz de cometer menos erros ou parar de os cometer. No entanto, o que é mais importante é passar mais tempo lendo as palavras de Deus, para entender a verdade, conhecer a própria natureza e escapar de seu caráter corrupto. Só então você estará seguro(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). As palavras de Deus me ajudaram a entender que, para resolver a minha arrogância, eu devo aprender a cooperar com os outros, a buscar e comungar. Devo compartilhar meus pensamentos com os irmãos em discussões de trabalho e buscar humildemente as opiniões dos outros. Ainda que sejam diferentes do que eu sugeri, devo deixar de lado aquilo que eu acredito ser certo. Devo orar e buscar com base no que os outros disseram e permitir que Deus me guie e esclareça para me mostrar o que é certo, o que é apropriado, e me mostrar as minhas deficiências e falhas. Mesmo quando eu acho que o que eu disse está certo, não posso ficar preso às minhas ideias, devo buscar a verdade, e buscar a vontade de Deus. E quando vejo que alguém tem uma ideia melhor e mais correta do que eu, devo aprender a me deixar de lado e aceitar o que ele diz. Isso está alinhado com a vontade de Deus e me impede de cometer erros. Além disso, escrevi um lema para mim sobre a minha natureza arrogante: “Não sou nada além de esterco, e não devo ser arrogante. Eu sempre me coloco em perigo por causa da minha falta de autocontrole”. Isso me ajudava a me lembrar da desgraça dos meus estados arrogantes, e me lembrava do perigo e das consequências de viver em arrogância. Depois disso, comecei a me concentrar em praticar as palavras de Deus e em ouvir as ideias dos outros. Quando alguém fazia uma sugestão ou dava uma opinião diferente da minha, em casa ou num dever com os irmãos na igreja, eu comecei a deixar o meu ego de lado. Eu vi que as outras pessoas realmente tinham ideias mais abrangentes do que eu, e aprendi a aceitar suas ideias de coração e a implementar sugestões adequadas. Depois de colocar isso em prática, percebi que eu perdia o controle com os irmãos com menos frequência, e que conseguia ouvir e aceitar o que os outros tinham a dizer. Além isso, eu me sentia muito mais relaxado do que antes. E estava grato por Deus do fundo do coração!

Mais tarde, eu li outra passagem das palavras de Deus: “As pessoas não podem mudar o próprio caráter; elas devem submeter-se ao julgamento e castigo, e ao sofrimento e refinamento das palavras de Deus, ou o tratamento, a disciplina e a poda pelas Suas palavras. Só então elas podem alcançar a obediência e a fidelidade a Deus, e não mais ser superficiais para com Ele. É sob o refinamento das palavras de Deus que o caráter das pessoas muda. Só por meio da exposição, julgamento, disciplina e do tratamento de Suas palavras elas não ousarão mais agir precipitadamente, mas, em vez disso, se tornarão firmes e controladas. O ponto mais importante é que elas são capazes de se submeter às palavras atuais e à obra de Deus e, ainda que ela não esteja em concordância com as noções humanas, elas conseguem deixar essas noções de lado e se submeter voluntariamente(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As pessoas cujo caráter mudou são as que entraram na realidade das palavras de Deus”). As palavras de Deus Todo-Poderoso me mostraram que não podemos confiar em nossa força ou perseverança para controlar ou mudar nossos caracteres. Todo esse esforço de controlar a si mesmo só pode mudar alguns comportamentos, e essas mudanças não duram muito tempo. Se quisermos passar por uma verdadeira mudança de caráter, temos que aceitar o julgamento e o castigo das palavras de Deus, tratamento e poda, correção e disciplina, bem como provações e refinamento. Esse é o único jeito de realmente conhecer a nossa natureza satânica e de ver claramente as consequências perigosas de viver segundo os nossos caracteres satânicos. Então podemos realmente odiar e renunciar a nós mesmos, e alcançar arrependimento e mudança genuínos.

Sou tão grato a Deus Todo-Poderoso por me dar a chance de experimentar Seu julgamento e Seu castigo dos últimos dias para que eu possa aprender verdades e vir a conhecer a mim mesmo e resolver a minha corrupção. Sinto-me incrivelmente sortudo. Não me sinto mais tão perdido e confuso, porque as palavras de Deus Todo-Poderoso revelaram a raiz do nosso pecado e as manifestações dos nossos diversos caracteres corruptos. Ele nos deu também uma senda para nos livrar do pecado e alcançar mudanças no caráter de vida. As palavras de Deus Todo-Poderoso são ricas e abundantes e nos dão tudo de que precisamos. Elas nos dão respostas para todas as nossas questões e dificuldades. Contanto que leiamos e aceitemos as palavras de Deus de coração, poderemos entender a nossa corrupção e a nossa rebeldia, e encontrar a senda para resolver o nosso caráter corrupto. Graças a Deus Todo-Poderoso!

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