Depois que um líder que eu admirava foi dispensado

19 de Outubro de 2024

Por Li Lan, China

Li Cheng era um líder da igreja responsável sobretudo pelo trabalho de remover e expulsar pessoas, e também por supervisionar minhas tarefas. Depois de interagir com ele por mais de um ano, notei que tinha bom calibre, demonstrava um senso de fardo em seu dever, conseguia identificar problemas no trabalho e discernir o estado das pessoas. Principalmente ao organizar materiais de remoção e expulsão, ele conseguia captar os principais incidentes e encontrar as palavras de Deus adequadas para definir aqueles que estavam sendo removidos e expulsos com base em seu comportamento, coisas que eu não conseguia fazer sozinha. Toda vez que nos reuníamos e comunicávamos o discernimento de vários tipos de pessoa, eu sempre esperava que Li Cheng pudesse estar presente. Se ele não aparecesse, eu ficava desapontada, como se me faltasse minha base de apoio. No último ano ou algo assim, alguns indivíduos malignos e descrentes foram removidos das igrejas das quais Li Cheng estava encarregado, o que as purificou significativamente. Eu acreditava com convicção que Li Cheng era alguém que buscava e entendia a verdade, e chegava até mesmo a pensar que somente alguém como ele poderia ser um líder. Eu o admirava profundamente e o via como um modelo em minha jornada de fé.

Um dia, em maio de 2023, recebi uma carta do líder de nível superior dizendo que Li Cheng tinha sido dispensado. Fiquei atônita e não acreditei na notícia, pensando, “Li Cheng é de bom calibre, talentoso, e produz resultados em seu dever. Como alguém como ele pode ser dispensado? Será que os líderes não estão exigindo demais? Quando os vir, tenho que perguntar a eles por que Li Cheng foi dispensado”. Então, não pude deixar de me comparar com Li Cheng. Ele não só conseguia perceber o estado das pessoas e encontrar as palavras de Deus adequadas para resolver suas dificuldades, como também tinha resultados em seu trabalho. Quanto a mim, eu não tinha seus dons, não era capaz de sofrer e pagar um preço tão alto quanto ele, e com frequência tinha dificuldade para resolver o estado das pessoas e muitas vezes buscava a ajuda dele. Agora que até mesmo alguém como Li Cheng havia sido dispensado, eu sentia que não demoraria para acontecer o mesmo comigo. Esse pensamento fez com que meu espírito desmoronasse, e, nos dias seguintes, não tinha energia para desempenhar meu dever e só via escuridão à frente. Dei-me conta de que meu estado estava errado e quis buscar a verdade para resolver meus problemas. Eu sabia que as decisões da igreja de dispensar pessoas baseavam-se nos princípios, e que a dispensa de Li Cheng certamente se devia à violação dos princípios em seu dever. Lembrei-me de uma passagem das palavras de Deus e a procurei para ler: Deus diz: “Em cada período e em cada estágio, algumas coisas específicas acontecem na igreja que são contrárias às noções das pessoas. Por exemplo, algumas pessoas ficam doentes, líderes e obreiros são substituídos, algumas pessoas são expostas e eliminadas, algumas encaram o teste da vida e morte, algumas igrejas têm pessoas malignas e anticristos que causam perturbações etc. Essas coisas acontecem de tempo em tempo, mas de forma alguma são acidentais. Todas elas são o resultado da soberania e dos arranjos de Deus. Um período muito pacífico pode, de repente, ser interrompido por vários incidentes ou eventos incomuns, que acontecem ou em sua volta ou a vocês pessoalmente, e a ocorrência dessas coisas rompe a ordem natural e a normalidade da vida das pessoas. Vistas de fora, essas coisas não se conformam às noções e imaginações das pessoas, são coisas que as pessoas não querem que lhes aconteçam nem as querem testemunhar. Então a ocorrência dessas coisas beneficia as pessoas? Como as pessoas deveriam lidar com elas, experimentá-las e entendê-las? Isso é algo sobre o qual algum de vocês refletiu? (Nós deveríamos entender que isso é o resultado da soberania de Deus.) É apenas uma questão de entender que isso é o resultado da soberania de Deus? Vocês aprenderam alguma lição com isso? […] Para começar, as pessoas não tinham nenhum entendimento de Deus, e quando elas encontram algumas coisas que são contrárias a suas noções, elas não buscam a verdade nem procuram pessoas para se comunicar, mas só as tratam com base em suas noções e imaginações, antes de finalmente chegarem à conclusão de que ‘se essas coisas são de Deus ou não ainda é incerto’, e elas começam a ter receios em relação a Deus e até duvidam de Suas palavras. Como resultado, suas dúvidas, especulações e cautela em relação a Deus se tornam cada vez mais sérias e elas perdem a motivação para desempenhar seus deveres. Não estão dispostas a sofrer nem a fazer sacrifícios, e elas ficam desleixadas, agindo superficialmente todos os dias. Tendo experimentado alguns incidentes específicos, o pouquinho de entusiasmo, determinação e desejo que tinham de antemão as abandonou e desapareceu, e tudo que permanece são pensamentos de como fazer seus planos pessoais para o futuro e buscar uma saída. Tais pessoas não estão na minoria. Porque as pessoas não amam a verdade e não a buscam, sempre que algo as acomete, elas o veem com os próprios olhos, sem jamais aprenderem a aceitá-lo como vindo de Deus. Elas não buscam a verdade nas palavras de Deus para encontrar respostas e não procuram pessoas que entendem a verdade para se comunicarem com elas e resolverem essas coisas. Ao contrário, elas sempre usam seu conhecimento e experiência de lidar com o mundo para analisar e julgar as coisas que as acometem. E qual é o resultado? Elas ficam presas num estado constrangedor sem terem para onde ir — essa é a consequência de não buscarem a verdade(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “O que significa buscar a verdade (11)”). Pelas palavras de Deus, eu entendi que, quando acontecem coisas na igreja que não se alinham com as noções das pessoas, aqueles que não buscarem a verdade não aceitarão as coisas de Deus. Em vez disso, eles se queixarão a Deus e O interpretarão mal com base em suas próprias noções e imaginações, e seu estado se deteriorará, afetando seus deveres. Era exatamente assim que eu me comportava. Eu sempre tive grande consideração e admiração por Li Cheng. Ao ver que ele tinha bom calibre, era talentoso, estava ocupado com seu dever todos os dias, e sempre conseguia encontrar as palavras certas de Deus para resolver o estado dos irmãos, eu achava que ele era alguém que buscava a verdade. Agora, ele havia sido dispensado, o que não se alinhava de modo algum com minhas noções. Eu não busquei a verdade sobre essa questão; em vez disso, tomei as dores de Li Cheng e até achei que os líderes tinham sido injustos com ele. Será que eu não estava sendo superficial nessa questão? A intenção de Deus era que eu aprendesse lições e entendesse aspectos da verdade em tais situações que não se alinham com as noções humanas. No entanto, ao ouvir que Li Cheng tinha sido dispensado, minha primeira reação foi reclamar que os líderes haviam lidado com isso de maneira injusta, achando que suas exigências eram altas demais, e até quis questioná-los sobre o motivo de terem tratado Li Cheng desse modo. Eu também achava que era inferior a Li Cheng e que poderia ser dispensada também, o que me levou a viver em negatividade e mal-entendidos, o que afetou meu dever. Graças às palavras de Deus, vi o perigo de não buscar a verdade quando as coisas aconteciam comigo. Ao reconhecer isso, minha resistência diminuiu e me dispus a buscar a verdade sobre essa questão.

Posteriormente, quando o líder comunicou e expôs o comportamento de Li Cheng, fiquei sabendo que Li Cheng era de fato arrogante e presunçoso, e agia arbitrariamente em seu dever, tomando as decisões em tudo, sem discutir as questões com os coobreiros. Apesar das repetidas comunhões, Li Cheng não mudou de atitude, causando perturbações no trabalho da igreja. Só então ele foi dispensado e obrigado a refletir. O líder também deu exemplos de comportamentos específicos de Li Cheng. Pouco tempo antes, um líder da igreja atrasara seu dever devido a problemas familiares e sem buscar os princípios, analisar o contexto ou consultar os coobreiros, Li Cheng arranjou materiais para remover essa pessoa da igreja. Felizmente, o líder de nível superior interveio para evitar isso. Em outra ocasião, Li Cheng nomeou um supervisor em particular, sem consultar ninguém. Esse supervisor era de baixo calibre e não conseguia arranjar o trabalho, o que afetou o trabalho da igreja. Quando o líder podou Li Cheng por agir arbitrariamente, ele se recusou a aceitar. Mais tarde, outras irmãs também falaram sobre algumas das manifestações de Li Cheng de agir de forma arbitrária em seu dever. Ao ouvir sobre esses fatos, fiquei chocada, e não queria acreditar que Li Cheng fosse uma pessoa tão arrogante. O líder então me mostrou uma passagem das palavras de Deus: “Os anticristos são incapazes de cooperar com qualquer um; estão sempre desejando estabelecer um governo solitário. A característica dessa manifestação é ‘solo’. Por que utilizar a palavra ‘solo’ para descrevê-la? Porque antes de agir, eles não se apresentam diante de Deus em oração, nem buscam as verdades princípios, muito menos encontram alguém com quem se comunicar e lhes dizer: ‘Esta é uma ação apropriada? O que o arranjo de trabalhos determina? Como esse tipo de coisa deve ser tratado?’. Eles nunca discutem as coisas nem procuram chegar a um consenso com seus colegas e parceiros — apenas consideram as coisas e planejam por conta própria, fazendo os próprios planos e arranjos. Com uma mera leitura superficial do arranjo de trabalho da casa de Deus, eles acham que o entenderam e, então, arranjam o trabalho às cegas — e quando os outros ficam sabendo disso, o trabalho já foi arranjado. É impossível que alguém ouça seus pontos de vista ou sentimentos da própria boca com antecedência, pois eles nunca comunicam os pensamentos e pontos de vista que abrigam a ninguém. Alguém pode perguntar: ‘Todos os líderes e obreiros não têm parceiros?’. Eles podem ter nominalmente alguém como parceiro, mas quando chega a hora de trabalhar, eles não têm mais — eles voam solo. Embora líderes e obreiros tenham parceiros, e todos que desempenham algum dever tenham um parceiro, os anticristos acreditam que têm calibre bom e são melhores do que as pessoas comuns, por isso as pessoas comuns não são dignas de ser seus parceiros e são inferiores a eles. É por isso que anticristos gostam de dar as ordens e não gostam de discutir as coisas com nenhuma outra pessoa. Acreditam que isso os faça parecer burros e inúteis. Que tipo de ponto de vista é esse? Que tipo de caráter é esse? Isso é um caráter arrogante? Eles acreditam que cooperar e discutir as coisas com os outros, fazer perguntas e pedir ajuda a eles é indigno e degradante, uma afronta a seu autorrespeito. E assim, a fim de proteger seu autorrespeito, eles não permitem transparência em nada que fazem, não informam os outros, muito menos discutem com eles. Eles acham que discutir com os outros significa mostrar-se incompetente; que sempre pedir a opinião dos outros significa que eles são burros e incapazes de pensar por conta própria; que trabalhar com os outros para completar uma tarefa ou resolver algum problema os faz parecer inúteis. Isso não é sua mentalidade arrogante e absurda? Isso não é seu caráter corrupto? A arrogância e a hipocrisia dentro deles são óbvias demais; eles perderam toda a razão humana e não batem bem da cabeça. Sempre acham que têm habilidades que conseguem terminar as coisas sozinhos e não precisam cooperar com os outros. Já que têm caracteres tão corruptos, eles são incapazes de alcançar cooperação harmoniosa. Eles acreditam que cooperar com os outros significa diluir e fragmentar seu poder, que, quando o trabalho é compartilhado com os outros, seu poder é diminuído e eles não podem decidir tudo sozinhos, o que significa que carecem de poder real, o que, para eles, é uma perda tremenda. E assim, não importa o que aconteça com eles, se acreditarem que entendem e sabem a forma mais adequada de lidar com isso, eles não discutirão com ninguém, desejarão dar todas as ordens. Preferirão estar errados a informar os outros, preferirão cometer erros a compartilhar poder com outra pessoa, preferirão ser demitidos a permitir que outras pessoas interfiram em seu trabalho. Esse é um anticristo(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). As palavras de Deus expõem que os anticristos agem de modo arbitrário, tomando todas as decisões por conta própria para manter seu poder. Eles não buscam as verdades princípios nem discutem com os outros quando questões acontecem a eles, e sua natureza é arrogante e irracional. Comparando isso com o comportamento de Li Cheng, como líder da igreja, ele agia arbitrariamente e mantinha o poder para si mesmo em seu dever, e quando os irmãos apontavam os problemas dele, ele não apenas não refletia sobre si mesmo, como também acreditava que entendia a situação e podia tomar decisões por conta própria. Ele não buscava os princípios, deixava de lado os coobreiros e, em particular, arranjava materiais para remover as pessoas, além de nomear um supervisor inadequado, interrompendo e perturbando o trabalho da igreja, e ignorando o que os outros diziam. Será que esses comportamentos de Li Cheng não se alinham exatamente com a exposição de Deus sobre como os anticristos fazem tudo “sozinhos”? Ele monopolizou o poder para controlar a igreja e interrompeu o trabalho da igreja, que é o comportamento exato dos anticristos que Deus expôs. Ele já havia começado a trilhar a senda de um anticristo. Os líderes e obreiros apontaram seus problemas várias vezes, mas ele nunca os levou a sério. O líder de nível superior que o dispensou com base nos princípios foi totalmente apropriado!

Não pude deixar de refletir, pensando: “Depois de interagir com Li Cheng por tanto tempo, como é que eu não conseguia discerni-lo, e até pensava que ele tinha a verdade realidade e o admirava?”. Enquanto buscava, li esta passagem das palavras de Deus: “Há algumas pessoas que são desorientadas com frequência por aquelas que, exteriormente, parecem espirituais, nobres, superiores e grandiosas. Quanto a essas pessoas que podem falar com eloquência sobre palavras e doutrinas, e cujo discurso e ações parecem dignos de admiração, os que são enganados por elas nunca olharam para a essência de suas ações, os princípios por trás de seus feitos, quais são seus objetivos. Ademais, eles nunca investigaram se essas pessoas obedecem a Deus verdadeiramente, nem se são ou não pessoas que genuinamente temem a Deus e evitam o mal. Eles nunca discerniram a essência humanidade dessas pessoas. Pelo contrário, desde o primeiro passo para a familiarização, pouco a pouco, passaram a admirar e venerar essas pessoas, e, no fim, essas pessoas se tornam seus ídolos. Além disso, na mente de algumas pessoas, os ídolos a quem elas adoram — e que elas acreditam que podem abandonar suas famílias e empregos, e que parecem, superficialmente, ser capazes de pagar o preço — são aqueles que estão realmente satisfazendo a Deus e que podem realmente receber um bom desfecho e um bom destino. Na mente delas, esses ídolos são as pessoas a quem Deus louva(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “Como conhecer o caráter de Deus e os resultados que Sua obra alcançará”). Pelas palavras de Deus, percebi que minha adoração por Li Cheng se devia principalmente aos resultados que ele produzia ao supervisionar o trabalho de remoção e à sua forte capacidade de trabalho. Ele também tinha certa inteligência e alguns dons, e, ao comunicar, conseguia encontrar palavras relevantes de Deus que visavam o estado das pessoas, então eu pensava que ele entendia a verdade e tinha realidade. No entanto, os fatos mostraram que Li Cheng desconhecia completamente o grave caráter de anticristo que ele revelava. Ele não estava disposto a aceitar ser podado pelos líderes, e ficou claro que ele não aceitava a verdade e geralmente se equipava apenas com doutrinas. Ele se ocupava com seu dever a fim de produzir resultados e fazer com que as pessoas o tivessem em alta conta, não buscava de forma alguma a verdade para resolver seu próprio caráter corrupto. Mesmo assim, eu o adorava como um ídolo e até seguia seu exemplo; como eu era ignorante! Pensei em como Deus aprovou Pedro porque ele se concentrava em buscar a verdade e satisfazer as intenções de Deus, tanto em sua vida diária quanto em seu dever. Em cada pequena questão, ele se concentrava em mudar seu antigo caráter. Em contraste, eu julgava as pessoas com base em sua inteligência e em seus dons, no trabalho que faziam e no sofrimento que suportavam na superfície. Vi que minha visão ao julgar as pessoas estava violando as exigências de Deus. Se não fosse pela dispensa de Li Cheng, eu não teria refletido sobre esses problemas e teria continuado a seguir seu exemplo. Naquele momento, agradeci sinceramente a Deus por orquestrar tais pessoas, eventos e coisas. Isso era Deus me salvando. Ao ver que alguns irmãos da igreja ainda não tinham discernido Li Cheng, comuniquei com eles o que significa agir com arbitrariedade, e também que não se deve julgar as pessoas com base apenas em sua aparência, mas se elas agem de acordo com as palavras de Deus e se conseguem praticar a verdade para apoiar o trabalho da igreja. Depois de ouvir, os irmãos conseguiram, até certo ponto, discernir Li Cheng.

Posteriormente, continuei a refletir: por que tive uma reação tão forte à dispensa de Li Cheng e fiquei desanimada de imediato? Examinei a mim mesma e descobri que eu era da opinião de que, se alguém como Li Cheng, que era melhor do que eu em todos os aspectos, poderia ser dispensado, então eu estava prestes a ser dispensada também. Depois disso, li uma passagem das palavras de Deus: “Durante o desempenho de seus deveres, os anticristos calculam constantemente suas próprias perspectivas e destino: há quantos anos já estão desempenhando seus deveres, quantas adversidades suportaram, o quanto renunciaram por Deus, quão alto foi o preço que pagaram, quanta energia gastaram, de quantos anos de sua juventude desistiram e se agora têm o direito de receber recompensas e uma coroa; se acumularam capital suficiente nesses poucos anos desempenhando seus deveres, se são uma pessoa favorecida aos olhos de Deus diante Dele e se são uma pessoa que pode receber recompensas e uma coroa aos olhos de Deus. […] Elas se apegam firmemente às suas próprias ambições e desejos, considerando-os como a verdade, como os únicos objetivos na vida e como o empreendimento mais justo. Elas não conhecem a verdade de que, se o caráter de uma pessoa não mudar, ela será para sempre inimiga de Deus, e não sabem que as bênçãos que Deus dá a uma pessoa e como Deus a trata não se baseiam em seu calibre, dons, talentos ou capital, mas em quanta verdade ela pratica e quanta verdade ela ganha, e se ela é uma pessoa que teme a Deus e evita o mal. Essas são verdades que os anticristos nunca entenderão. Os anticristos nunca verão isso, e é nesse ponto que eles são mais tolos. Do começo ao fim, qual é a atitude dos anticristos em relação a seu dever? Eles acreditam que desempenhar o dever é uma transação, que quem despender mais em seu dever, fizer a maior contribuição para a casa de Deus e suportar mais anos na casa de Deus terá uma chance maior de ser abençoado e receber uma coroa no final. Essa é a lógica dos anticristos(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 7”). Pelas palavras de Deus, eu vi que os anticristos tratam seus deveres como uma transação, usando o fato de trabalharem mais e os resultados de seus deveres como moeda de troca para obter bênçãos de Deus. Essa é a lógica dos anticristos. Eu também tinha esse ponto de vista. Quando vi que alguém que se destacava mais do que eu em todos os aspectos havia sido dispensado, Quando vi que alguém que se destacava mais do que eu em todos os aspectos havia sido dispensado. Senti que minhas perspectivas futuras eram incertas, o que me levou à negatividade. Na realidade, os padrões de Deus para julgar as pessoas não se baseiam no quanto elas são talentosas ou no quanto parecem sofrer ou trabalhar, mas sim em quanta verdade elas praticam e ganham em seus deveres. Enquanto isso, eu julgava as pessoas não de acordo com as palavras de Deus, mas com base em minhas próprias noções e imaginações, pensando que aquelas com dons e que trabalhavam duro deveriam estar de acordo com a intenção de Deus e ganhariam Sua aprovação. Portanto, quando soube que Li Cheng havia sido dispensado, não pude aceitar e até quis perguntar aos líderes por que ele havia sido dispensado e buscar justiça por ele. Na verdade, minha ajuda a Li Cheng era apenas um pretexto para eu contra-argumentar. Eu estava preocupada com a possibilidade de ser a próxima a ser dispensada e com medo de não ter um bom futuro. Por trás do meu desejo de questionar os líderes estava essencialmente um desejo de questionar Deus, de reclamar que Ele era injusto e exigia demais das pessoas. Eu não tinha me colocado na posição de um ser criado e me submetido à obra de Deus; em vez disso, eu havia discutido com Deus e clamado contra Ele. Só então percebi a gravidade da natureza do que eu revelara. Pensei em Paulo, que usou o trabalho que fez como capital para clamar contra Deus e exigir Dele uma coroa de justiça. No final, ele foi punido e amaldiçoado por Deus. Se eu ainda não me arrependesse, Deus não me aprovaria, não importava o quanto eu sofresse em meu dever, e acabaria sendo punida como Paulo! A dispensa de Li Cheng serviu de alerta para mim, fazendo-me reconhecer que, embora cresse em Deus, eu estava adorando pessoas e trilhando a senda errada. Do fundo do coração, senti que isso era Deus me amando e me salvando.

Depois que Li Cheng foi dispensado, ele refletiu por um tempo, ganhou um certo entendimento de seu caráter corrupto e voltou a ser designado para um dever pela igreja. Agora desempenho meu dever junto com Li Cheng outra vez, mas não o venero mais como fazia antes. Em vez disso, concentro-me em discernir se o que ele diz baseia-se nas palavras de Deus. Se tiver opiniões diferentes, eu as apresento, busco as verdades princípios para coisas que não entendo, e relato aos líderes os problemas que não consigo perceber. Ao praticar dessa forma, sou capaz de entender alguns princípios e encontrar uma senda a seguir. Por meio dessa experiência, passei a perceber a importância de buscar a verdade, e comecei a me concentrar em refletir sobre as coisas que faço que violam os princípios ao desempenhar meu dever. Também oriento os irmãos a buscarem as verdades princípios em seus deveres, de modo que todos parem de se concentrar em ações externas e, em vez disso, concentrem-se em buscar a verdade e desempenhar seus deveres de acordo com os princípios. Essa experiência corrigiu minha visão equivocada das coisas, e sou grata pela salvação de Deus!

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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