Um líder de igreja não é um oficial
Eu aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias três anos atrás. Fui eleito líder de igreja em outubro de 2020. Percebi que era uma grande responsabilidade e fiquei um pouco estressado, mas também estava muito orgulhoso. Eu achei que tinha sido eleito para esse dever importante porque meu calibre era melhor do que o dos outros. Levei meu dever muito a sério, fazendo o melhor que podia para comungar com os irmãos e ajudá-los com seus problemas e as dificuldades com que deparavam. Eu queria provar para todos que eu era um líder excelente e podia fazer trabalho de fato.
Então um malfeitor começou a espalhar boatos na igreja. Estava espalhando as mentiras do Partido Comunista Chinês, difamando e blasfemando contra Deus em grupos de reunião, distorcendo fatos e virando as coisas do avesso, e julgando o trabalho da casa de Deus. Ele queria confundir os recém-convertidos, para que deixassem a igreja e traíssem Deus. Então eu organizava reuniões e comungava com os irmãos o máximo que podia, e me sentia como um comandante militar que liderava as tropas contra as facções inimigas. Eu queria provar que conseguia proteger os irmãos, para mostrar-lhes que eu assumia um fardo pesado, que eu era responsável. Mas, na verdade, eu me sentia muito fraco. Eu não sabia como refutar algumas das falácias, e elas estavam até perturbando a mim também. Mas eu não queria revelar minha fraqueza aos outros. Eu pensava que, como um líder de igreja, eu tinha que ser duro, como um presidente ou comandante militar. Não podia permitir que ninguém visse minha fraqueza! Então eu nunca me abria com os irmãos sobre o meu estado. Eu não só me disfarçava nesse assunto quando discutia nosso entendimento das palavras de Deus nas reuniões, eu gostava de falar sobre entendimentos “profundos” para que os outros pensassem que eu os compreendia muito bem. Mas eu encobria meus fracassos e corrupções, mudando de assunto rapidamente para falar das coisas que eu fazia corretamente. Por exemplo, se eu ficava sonolento numa reunião, eu não admitia isso, e eu escondia quando tinha uma dificuldade em vez de partilhar com os outros.
A irmã Marinette, que trabalhava comigo, me admirava muito porque eu sempre a ajudava com palavras de Deus relevantes para o estado dela. Eu sabia que ela meio que me admirava, e ficava muito satisfeito e contente quando ela expressava sua admiração. Os irmãos que faziam a rega dos recém-convertidos também me admiravam muito. Uma vez, uma irmã me disse que tinha aprendido com a minha comunhão e a minha ajuda. Eu ficava muito contente de receber a aprovação dos outros. Nas reuniões, alguns irmãos respondiam ativamente com “Amém” depois da minha comunhão, e alguns até diziam: “É como disse o irmão Matthew”. Parecia-me que eles falavam comigo num tom de adoração, e eu achava que ocupava um lugar importante no coração deles. Eu sabia que isso não era apropriado, mas gostava da sensação de ser admirado. Então, um dia, vi um vídeo com um testemunho chamado “O dano causado por se exibir”. Ele me tocou de um jeito especial. Uma irmã, também uma líder, estava sempre se elevando e se mostrando em seu dever. Ela ofendeu o caráter de Deus e foi disciplinada com uma doença. O ponto essencial da questão era que o comportamento dela repugnava Deus. Depois de ver esse vídeo, percebi que, ao me vangloriar e me exibir para ganhar a admiração dos outros, eu estava desafiando e me opondo a Deus. Eu estava na senda de um anticristo. Eu nunca percebera que se elevar e se exibir poderia ser um problema tão sério. Fiquei muito assustado e não sabia o que fazer.
Então li esta passagem das palavras de Deus, que me deu certa percepção da minha corrupção. As palavras de Deus dizem: “Exaltar-se e testificar de si mesmo, exibir-se, tentar fazer com que as pessoas o estimem e adorem — a humanidade corrupta é capaz dessas coisas. É assim que as pessoas reagem instintivamente quando são governadas por sua natureza satânica, e é algo comum a toda a humanidade corrupta. Como as pessoas costumam se exaltar e testificar de si mesmas? Como alcançam esse objetivo de fazer com que as pessoas as estimem e as adorem? Elas testificam quanto trabalho fizeram, quanto sofreram, quanto se despenderam, e que preço pagaram. Elas usam essas coisas como capital com o qual se exaltam, o que lhes garante um lugar mais elevado, mais firme e mais seguro na mente das pessoas, para que mais pessoas as apreciem, estimem, admirem e até mesmo as venerem, valorizem e sigam. Para alcançar esse objetivo, as pessoas fazem muitas coisas que testificam de Deus por fora, mas que, em essência, as exaltam e testificam delas mesmas. Agir dessa forma é sensato? Elas estão além do alcance da racionalidade e não têm vergonha, isto é, elas testificam descaradamente daquilo que fizeram por Deus e de quanto sofreram por Ele. Até exibem seus dons, talentos, experiência, habilidades especiais, suas técnicas inteligentes para negócios mundanos, os meios que usam para brincar com as pessoas, e assim por diante. Seu método de se exaltar e testificar de si mesmas é se exibir e diminuir os outros. Além disso, elas se camuflam e dissimulam, escondendo das pessoas as suas fraquezas, defeitos e deficiências para que estas só vejam sua excelência. Nem ousam contar a outras pessoas quando se sentem negativas; carecem da coragem de se abrir e comungar com elas, e quando cometem algum erro, fazem de tudo para escondê-lo e encobri-lo. Jamais mencionam os danos que causaram ao trabalho da igreja durante o cumprimento de seu dever. Quando, porém, fazem alguma contribuição insignificante ou alcançam algum sucesso menor, elas são rápidas em exibi-lo. Não conseguem esperar para contar ao mundo inteiro como são capazes, como é alto o seu calibre, quão excepcionais são e quão melhores são do que as pessoas normais. Isso não é uma maneira de se exaltar e testificar de si mesmo? Exaltar-se e testificar de si mesmo é algo que alguém com consciência e razão faria? Não é. Assim, quando as pessoas fazem isso, que caráter costumam revelar? Arrogância. Esse é um dos principais caracteres revelados, seguido por enganação, que envolve fazer o possível para fazer com que as pessoas as tenham em alta estima. Suas palavras são totalmente perfeitas, e contêm, obviamente, motivações e esquemas; elas estão se exibindo, no entanto, elas querem esconder esse fato. O resultado daquilo que dizem é que as pessoas são levadas a pensar que elas são melhores do que os outros, que ninguém se compara a elas, que todos os outros são inferiores a elas. E esse resultado não é alcançado por via de meios ardilosos? Que caráter está por trás de tais meios? E há algum elemento de perversidade? (Há.) Esse é um tipo de caráter perverso” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Quatro: Eles se exaltam e dão testemunho de si mesmos”). As palavras de Deus acertaram em cheio meu coração. Eu pude ver o que estava escondido bem fundo dentro de mim. Eu sempre quis construir uma imagem de mim mesmo como um homem forte, uma pessoa perfeita. Eu gostava de falar sobre o meu entendimento elevado e as minhas experiências de sucesso para deixar as pessoas com uma impressão positiva, mas quase nunca sobre as minhas fraquezas e as dificuldades, de fato. Quando eu me sentia fraco ou negativo ou enfrentava alguns problemas, ou quando estava no meu pior estado, eu apenas agia como se estivesse tudo ótimo para proteger meu orgulho e a minha reputação. Mas, na verdade, eu estava sofrendo muito. Vendo a admiração e a adoração dos outros por mim, eu tinha certa ciência disso, e sabia que não era bom. Mas eu não tinha instruído as pessoas a não me adorar, porque eu queria a admiração de todos, sua adoração, seus elogios. Eu não era tão arrogante quando o arcanjo? Eu não estava trazendo os outros para diante de Deus, eu os estava trazendo para diante de mim mesmo. Quando percebi que eu poderia estar tomando o lugar de Deus no coração dos irmãos, eu estremeci de medo e soube em meu coração que Deus detestava o meu comportamento. Fiquei cheio de remorso e orei a Deus: “Deus, eu tenho me exibido, querendo que todos me vejam como um bom líder, acima de todo mundo. Estou usurpando a Tua glória. Ó Deus, quero me arrepender a Ti”. Então escrevi uma carta de arrependimento, revelando como eu me mostrava e me elevava, e a enviei a todos os grupos de reunião. Eu disse, também, a todos claramente que eles não deviam me adorar. Eu sabia que alguns irmãos em especial me adoravam, então lhes enviei mensagens individuais me abrindo e dissecando. Alguns dias depois, a irmã Marinette me disse francamente que tinha me adorado antes e que eu ocupava um lugar importante em seu coração. Fiquei envergonhado ao ouvir isso e achei que isso era evidência da minha maldade. Nesse momento, vi a minha feiura, e achei que tinha perdido toda a razão, fazendo os outros me idolatrarem. Como isso era cumprir um dever? Era isso que Deus esperava quando Ele me deu esse dever? Eu me senti muito inquieto e envergonhado. Mas ainda assim não busquei a verdade para resolver minha corrupção, e pouco tempo depois eu já estava agindo como antes.
Um dia, fui a uma reunião da qual participaram também outros líderes de igreja. Senti que a comunhão dos irmãos era simplicista e fiquei inquieto. Pensei que sua comunhão era rasa e os achei um pouco inferiores. Eu quis mostrar-lhes que a minha comunhão era mais prática que a deles. Então preparei mentalmente o que queria dizer. Pensei em dizer algo mais esclarecedor, para que eu me destacasse da multidão, e quis compartilhar uma comunhão de peso. Eu pensei em como formular tudo para enriquecer a minha comunhão. Eu queria provar que eu tinha um entendimento mais elevado, para que os outros apreciassem a minha percepção. Durante a minha comunhão, usei muitos exemplos para mostrar que a minha comunhão era detalhada e rica. Quando terminei, fiquei muito satisfeito ao ouvir todos dizendo “Amém”. Então corri verificar a janela do chat para ver se os irmãos diziam algo de bom sobre a minha comunhão. Quando já estávamos terminando, o irmão Zen compartilhou um pouco de comunhão. Em vez de citar as palavras de Deus e falar de como devemos praticar com base nas palavras de Deus, como sempre fazia, ele fez referência à minha comunhão. Eu vi que eu estava me exaltando e me exibindo novamente. Fiquei bastante irritado comigo nesse momento. Na reunião, tínhamos acabado de partilhar algumas das palavras de Deus com todos, afirmando que precisamos falar de coração. Como eu podia ficar me vangloriando e me mostrando? Eu simplesmente não ousei acreditar que estava agindo desse jeito. Pesquisei as passagens das palavras de Deus que tínhamos lido na reunião para poder lhes dar um pensamento cuidadoso. Deus diz: “Se os irmãos e irmãs devem ser capazes de se confidenciar uns com os outros, ajudando uns aos outros e provendo uns para os outros, cada pessoa deve falar de suas experiências verdadeiras. Se não diz nada sobre suas experiências verdadeiras — se só prega as palavras e doutrinas que o homem entende, se só prega um pouco de doutrina sobre a crença em Deus e dá platitudes banais, e não se abre sobre o que está em seu coração —, você não é uma pessoa honesta e é incapaz de ser uma pessoa honesta” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). “Ao dar testemunho de Deus, deveriam sobretudo falar mais de como Deus julga e castiga as pessoas, e que provações Ele usa para refinar as pessoas e mudar o caráter delas. Deveriam falar também de quanta corrupção foi revelada em sua experiência, o quanto sofreram, quantas coisas fizeram para resistir a Deus e como foram finalmente conquistados por Deus. Falem sobre quanto conhecimento real da obra de Deus vocês têm e de como deveriam dar testemunho de Deus e retribuir-Lhe por Seu amor. Vocês deveriam pôr substância nesse tipo de linguagem, ao mesmo tempo em que a colocam de maneira simples. Não falem sobre teorias vazias. Falem de forma mais realista; falem a partir do coração. É assim que vocês deveriam experimentar as coisas. Não se equipem com teorias vazias que pareçam profundas em um esforço para se exibir; fazer isso faz com que pareçam bastante arrogantes e insensatos. Vocês deveriam falar mais sobre coisas reais a partir de sua experiência atual e falar mais do coração; isso é mais benéfico para os outros e mais apropriado para eles verem” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). As palavras de Deus me mostraram que eu devia abrir meu coração com meus irmãos, falar sobre o que está no meu coração, compartilhar minha experiência real, e evitar me mostrar com palavras vazias. No que dizia respeito a mim, eu só estava falando sobre teorias vazias para me exibir e ganhar a admiração dos outros. As consequências disso eram muito claras. Os outros me admiravam e não davam testemunho das palavras de Deus, em vez disso usavam minha comunhão como sua referência. Nas reuniões, eu sempre ouvia as pessoas dizendo coisas como: “Graças à comunhão do Matthew” ou “Como disse o irmão Matthew”. Eu pensei em como Paulo sempre se elevava e se exibia e não dava testemunho das palavras do Senhor Jesus. Isso fez com que os crentes adorassem Paulo e dessem testemunho das palavras dele por dois mil anos. Eu não estava agindo igual a Paulo, na mesma senda de anticristo de resistir a Deus? Fiquei com medo e me odiei. Fiz uma oração: “Ó Deus, estou cometendo o mesmo erro de novo. Tuas palavras me mostraram o caminho, mas ainda estou seguindo Satanás, satisfazendo minha vanglória. Estou fazendo o papel de Satanás mais uma vez. Deus, preciso da Sua ajuda, por favor, salva-me!”.
Certa noite, vi esta passagem das palavras de Deus: “Vocês sabem qual é o maior tabu no serviço do homem a Deus? Alguns líderes e obreiros sempre querem ser diferentes, querem ser muito superiores ao resto, querem se exibir e inventar alguns truques novos, para fazer com que Deus veja quão capazes eles realmente são. No entanto, eles não se concentram em entender a verdade nem em entrar na realidade das palavras de Deus. Esse é o jeito mais tolo de agir. Isso não é precisamente a revelação de um caráter arrogante? […] Ao servir a Deus, as pessoas querem dar passos largos, fazer coisas grandiosas, falar palavras ótimas, realizar grandes trabalhos, realizar grandes reuniões e ser grandes líderes. Se sempre tiver grandes ambições como essas, você violará os decretos administrativos de Deus; as pessoas que fazem isso morrerão rapidamente. Se você não se comportar bem, não for devoto nem prudente em seu serviço a Deus, mais cedo ou mais tarde você ofenderá Seu caráter” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Ler essas palavras de Deus me deixou tremendo de medo. Por meio dessa revelação das palavras de Deus, vi minha ambição e meu desejo selvagem de alcançar coisas grandes. Eu queria presidir as reuniões e fazer grandes discursos. Eu amava me exibir nas reuniões e queria a adoração dos irmãos, esperando que eles pensassem que eu tinha bom calibre e profundo entendimento. Impulsionado por esses desejos, eu queria pregar e me mostrar em todas as reuniões de que participava, esperando que os outros me admirassem. Eu amava esse tipo de liderança. Mas quando li: “Se sempre tiver grandes ambições como essas, você violará os decretos administrativos de Deus; as pessoas que fazem isso morrerão rapidamente”, meu coração estremeceu, e eu senti um medo no fundo do meu coração. Eu achava que estava satisfazendo a Deus antes, mas agora eu percebia que eu O repugnava. Eu só queria fazer algo grande, fazer grandes reuniões, pregar algo elevado. Eu não estava dando testemunho de Deus nem praticando a verdade, e eu não estava assumindo um fardo pela vida dos irmãos. Eu estava exaltando a mim mesmo para ganhar um lugar no coração deles. Isso ofenderia o caráter de Deus. “Os dez decretos administrativos que devem ser obedecidos pelo povo escolhido de Deus na Era do Reino” afirmam:
1. O homem não deveria se engrandecer nem se exaltar. Ele deveria adorar e exaltar a Deus.
[…]
8. As pessoas que creem em Deus deveriam obedecer a Ele e adorá-Lo. Não exalte nem admire ninguém; não coloque Deus em primeiro lugar, as pessoas que você admira em segundo e a si mesmo em terceiro. Ninguém deveria ocupar um lugar em seu coração, e você não deveria considerar que as pessoas — especialmente as que você venera — estejam no mesmo nível de Deus ou sejam iguais a Ele. Isso é intolerável para Deus.
A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus
Depois de ler as palavras de Deus, eu sofri terrivelmente, e pensei que Deus não poderia me perdoar por ofender Seu caráter. Eu orei: “Deus! Estou sofrendo demais. Eu não sabia que estava incitando a Tua ira, e eu quero me arrepender. Ó Deus! Eu busco o Teu esclarecimento para entender a Tua vontade”.
Em meu terror, li esta passagem das palavras de Deus: “Hoje, Deus os julga, castiga e condena, mas saiba que o sentido da sua condenação é para que você possa se conhecer. Ele condena, amaldiçoa, julga, castiga para que você se conheça, para que seu caráter possa mudar e, além disso, para que você possa conhecer seu valor e ver que todas as ações de Deus são justas e de acordo com Seu caráter e as necessidades de Sua obra, que Ele opera de acordo com Seu plano para a salvação do homem, e que Ele é o Deus justo que ama, salva, julga e castiga o homem. Se você sabe apenas que é de status inferior e que é corrupto e desobediente, mas não sabe que Deus deseja deixar clara a Sua salvação mediante o julgamento e o castigo que hoje Ele faz em você, você não tem como ganhar experiência, muito menos é capaz de seguir adiante. Deus não veio para matar nem para destruir, mas para julgar, amaldiçoar, castigar e salvar. Antes da conclusão de Seu plano de gestão de 6.000 anos — antes de Ele expor o fim de cada categoria de homens — a obra de Deus na terra é para o bem da salvação; seu propósito é puramente tornar completos aqueles que O amam — minuciosamente — e trazê-los para a submissão ao Seu domínio” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Vocês deveriam pôr de lado as bênçãos do status e entender a vontade de Deus de trazer a salvação ao homem”). Essa leitura me deu uma sensação de paz. Eu pensava que tinha ofendido Deus de maneira imperdoável, mas não era esse o caso. Embora Deus estivesse usando Suas palavras para me julgar e revelar, Ele não me odiava nem me condenava. Ele queria que eu me arrependesse e mudasse. Eu pude ver o caráter justo de Deus, bem como sua misericórdia e tolerância. Eu sabia que, dessa vez, eu devia buscar a verdade e resolver o meu caráter corrupto.
Então li outra passagem das palavras de Deus: “Para ser uma pessoa honesta, primeiro você precisa desnudar seu coração de modo que todos possam olhar para ele, ver tudo que você está pensando e enxergar sua verdadeira face. Você não deve tentar se disfarçar ou se encobrir. Somente então os outros confiarão em você e o considerarão uma pessoa honesta. Essa é a prática mais fundamental, e um pré-requisito para ser uma pessoa honesta. Se você está sempre fingindo, sempre simulando santidade, nobreza, grandeza e caráter elevado; se não permite que as pessoas vejam sua corrupção e suas falhas; se apresenta uma imagem falsa às pessoas para que elas acreditem que você tem integridade, que é grandioso, abnegado, justo e altruísta — isso não é desonestidade e falsidade? As pessoas não serão capazes de perceber quem você é, com o tempo? Então, não vista um disfarce e não se encubra. Em vez disso, desnude a si mesmo e seu coração para os outros verem. Se você consegue desnudar seu coração para os outros verem, se consegue desnudar todos os seus pensamentos e planos — tanto positivos quanto negativos —, isso não é honestidade? Se puder se desnudar para os outros verem, então Deus, também, verá você. Ele dirá: ‘Se você se desnudou para os outros verem, certamente você é honesto também diante de Mim’. Mas se você só se desnudar para Deus quando está fora da vista de outras pessoas e sempre fingir ser grandioso e nobre ou altruísta quando está na companhia delas, o que Deus pensará de você? O que Ele dirá? Ele dirá: ‘Você é uma pessoa totalmente enganadora. Você é totalmente hipócrita e vil, e você não é uma pessoa honesta’. Deus, assim, condenará você. Se deseja ser uma pessoa honesta, então, independentemente de se está perante Deus ou outras pessoas, você deveria ser capaz de fornecer um relato puro e aberto de seu estado interior e das palavras em seu coração. É fácil alcançar isso? Isso exige um período de treinamento e também de orar com frequência e confiar em Deus. Você deve se treinar para falar as palavras em seu coração de modo simples e aberto em todas as questões. Com esse tipo de treinamento, você pode fazer progresso” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). Ler essa passagem da palavra de Deus me ajudou a entender o que Deus queria de mim. Ele queria que eu fosse uma pessoa honesta. Ou seja, eu devia aprender a expor minha corrupção e pensamentos honestos aos outros para que eles pudessem ver minhas fraquezas e falhas. Se eu ficasse me exaltando sem revelar minhas fraquezas e falhas, e, ao contrário, sempre usasse a comunhão e as reuniões para me mostrar, isso seria algo extremamente desonesto. Seria enganar meus irmãos. Eu vi que eu devia ser uma pessoa honesta. Também ganhei algum entendimento das minhas ideias equivocadas. Eu pensava que um líder devia ser uma pessoa heroica sem fraquezas, como um diretor lá fora, no mundo, numa posição mais alta e melhor do que os outros. Mas não é esse o tipo de líder que Deus quer. Deus quer pessoas simples e honestas. Tais pessoas conseguem se abrir sobre sua corrupção e suas falhas, e elas amam e praticam a verdade. O propósito da sua comunhão não é se mostrar, mas usar sua experiência para ajudar os irmãos. Lembrei-me do que o Senhor Jesus disse: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. […] Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo. Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo. Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado” (Mateus 23:8-12). Eu percebi que um líder exerce o papel de um servo, de um servo com uma responsabilidade de peso. Acima de tudo, ele deve sempre se lembrar de sua responsabilidade, e essa responsabilidade é regar e apoiar os irmãos, e buscar a verdade para ajudá-los a resolver problemas. Um líder não é um oficial e não está acima de ninguém. Mas eu tinha agido com fingimento durante todo o meu tempo enquanto líder, esperando que as pessoas me admirariam e me idolatrariam. Isso não era contrário às exigências de Deus? Deus é o Criador, e todos os humanos, por mais exaltada ou rebaixada que seja a sua posição, são seres criados, e devem adorar o Criador. Eu sabia meu papel, minha responsabilidade, que eu devia ficar no lugar de ser criado e cumprir meu dever corretamente. Eu tive uma mudança em minha postura a partir daí e comecei a praticar conscientemente ser honesto. Quando percebia que eu estava me exaltando e me mostrando, eu me abria e expunha conscientemente a corrupção e as falhas. Às vezes, isso era doloroso, mas me mostrou como eu era desonesto. Eu vi que estivera enganando tanto os irmãos. Quanto mais me abria, mais eu via minhas cores e minha estatura verdadeiras. Eu entendi que eu nunca tinha sido elevado e poderoso como pensara que era. Antes, em toda a minha comunhão com os irmãos, eu tinha me colocado num pedestal, encorajando e ajudando as pessoas com doutrina. Mas agora tinha começado a compartilhar meu estado verdadeiro com os irmãos, abrindo meu coração para eles na comunhão. Quando fiz isso, não me senti mais esperto do que os outros. Em vez disso, fui capaz de aprender com suas experiências e ganhar iluminação e esclarecimento da comunhão dos outros. Antes, eu mal prestava atenção à comunhão dos outros, supondo arrogantemente que era eu que fornecia iluminação aos outros. Agora que eu estava tendo conversas sinceras com todos, eu podia realmente escutar as experiências e o conhecimento comungado pelos irmãos. Eu estava menos altivo e não mais me achava tão importante, e podia conviver com os irmãos de igual para igual. Minha razão estava ficando normal, e eu conseguia abrir o coração durante a comunhão, nas reuniões. Sou tão grato a Deus por essa mudança em mim.
Agora, às vezes, eu ainda me pego me exibindo, e isso me mostra quão profundamente Satanás me corrompeu, que isso não é uma coisa passageira, está nos meus ossos, e no meu sangue. Devo ler mais as palavras de Deus, experimentar o julgamento e as revelações de Suas palavras, conhecer minha corrupção e falhas, conseguir me livrar do meu caráter satânico e ser salvo por Deus. Graças a Deus Todo-Poderoso!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.