Um líder de igreja não é um oficial

04 de Fevereiro de 2022

Por Matthew, França

Meu nome é Mathieu, e eu aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias três anos atrás. Tornei-me líder de igreja em outubro de 2020. Percebi que era uma grande responsabilidade e me senti um pouco estressado, mas também estava muito orgulhoso. Eu fui eleito para aquele dever porque meu calibre era melhor do que o dos outros. Levei meu dever muito a sério, fazendo o melhor que podia para comungar com os outros para ajudá-los com seus problemas em seus deveres. Com o tempo, comecei a me sentir capaz de resolver muitos problemas, e sempre que me chamavam para comungar, eu corria sem hesitar um instante sequer. Eu queria provar para todos que eu era um líder excelente e que sabia resolver bem os problemas.

Então alguns anticristos começaram a espalhar boatos na igreja. Estavam espalhando as mentiras do Partido Comunista, blasfemando contra Deus em grupos de reunião, distorcendo os fatos e virando as coisas de ponta-cabeça, julgando o trabalho da casa de Deus. Queriam desviar as pessoas, afastá-las de Deus. Eu organizava reuniões e comungava o máximo que podia e me sentia como um comandante militar que liderava as tropas contra as facções inimigas! Eu queria provar que conseguia proteger a todos, para que eles vissem que eu assumia um fardo pesado, que eu era responsável. Mas, na verdade, eu me sentia muito fraco. Eu não sabia como refutar algumas das falácias dos anticristos, e elas também estavam me afetando. Mas eu não queria revelar minha fraqueza aos outros. Eu queria parecer grande e forte, acreditando que isso era ser um líder verdadeiro. Nunca me abria sobre meu próprio estado, pois acreditava que, se eu mostrasse sinais de fraqueza como líder, eu perderia minha força e aparência. O que pensariam de mim? Pensariam que eu só conseguia cuspir doutrina e que carecia da realidade da verdade? Pensava que, como um líder de igreja, eu devia ser duro, como um presidente ou comandante militar. Não podia permitir que ninguém visse minha fraqueza! Assim, nas reuniões, eu sempre falava sobre meu entendimento “profundo” das palavras de Deus e minha própria experiência, sobre como os irmãos e irmãs Podiam ser mais eficientes em seus esforços evangelísticos com a minha ajuda. Mas eu encobria meus fracassos e corrupções, mudando de assunto rapidamente para falar das coisas que eu fazia corretamente. Quando ficava sonolento numa reunião, eu não admitia isso, e quando tinha um problema, eu dizia que encontraria uma senda para resolver minha fraqueza rapidamente. Eu falava sobre como eu regava os recém-convertidos e como lhes dava oportunidades de aprendizagem para exibir minhas boas obras. Quando compartilhava minha experiência, eu gostava de falar sobre meus sacrifícios por Deus, dizendo como tinha trabalhado noites inteiras em meu dever, esperando que todos me admirariam. A irmã Marinette, minha parceira, me admirava muito porque eu sempre a ajudava com palavras de Deus relevantes para o estado dela. Eu ficava muito satisfeito, muito contente quando ela expressava sua admiração. Os irmãos em treinamento para o dever de rega também me admiravam muito, e uma vez uma irmã me ligou para me dizer que ela tinha se tornado capaz em seu dever graças ao que tinha aprendido comigo. Isso alimentou minha vaidade. Eu nunca lhe disse que minha comunhão útil se devia à orientação de Deus, que ela vinha do esclarecimento de Deus, de modo que toda a glória devia ser dada a Ele. Alguns irmãos diziam “Amém” depois da minha comunhão ou “o Mathieu está tão certo”, ou “sou tão grato pela comunhão do Mathieu”. Às vezes, falavam comigo num tom de admiração e sempre pediam minha opinião sobre decisões em seus deveres, perguntando: “Mathieu, o que acha disso?”. Eu sabia que ocupava um lugar importante em seu coração. Quando via o quanto me admiravam, eu me sentia um pouco incomodado, mas gostava da sensação de ser admirado, me deixava feliz. Então, um dia, vi um vídeo com um testemunho chamado “O dano causado por se exibir”. Ele me comoveu muito. Uma irmã, uma líder como eu, estava sempre se elevando em seu dever. Ela ofendeu o caráter de Deus e foi disciplinada com uma doença. O ponto essencial era que seu comportamento repugnava Deus. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto quando vi aquele vídeo e percebi que, ao exibir-me para ganhar a admiração dos outros, eu estava me opondo a Deus. Eu estava na senda de um anticristo. Eu nunca percebera que exibir-se poderia ser um problema tão sério. Fiquei dizendo a mim mesmo: “Incitei a ira de Deus”. Fiquei muito assustado e não sabia o que fazer.

Então li esta passagem das palavras de Deus, que me ajudou a entender minha corrupção. As palavras de Deus dizem: “Exaltar-se, testificar de si mesma, exibir-se, tentar fazer com que as pessoas a estimem — a humanidade corrupta é capaz dessas coisas. É assim que as pessoas reagem instintivamente quando são governadas por sua natureza satânica, e é algo comum a toda a humanidade corrupta. Como as pessoas costumam exaltar e testificar de si mesmas? Como alcançam esse objetivo? Uma maneira é testificar o quanto sofreram, quanto trabalho fizeram e o quanto se despenderam. Elas falam sobre essas coisas como uma forma de capital pessoal. Isto é, elas usam essas coisas como capital para se exaltar, o que lhes garante um lugar mais elevado, mais firme e mais seguro na mente das pessoas, para que mais pessoas as estimem, admirem, respeitem e até mesmo venerem, idolatrem e sigam. Esse é o efeito principal. As coisas que fazem para alcançar esse objetivo — toda sua exaltação própria e os testemunhos de si mesmas — são sensatas? Não são. Estão além do alcance da racionalidade. Essas pessoas não têm vergonha: elas testificam descaradamente daquilo que fizeram por Deus e quanto sofreram por Ele. Até exibem seus dons, talentos, experiências e habilidades especiais ou suas técnicas espertas de comportar-se e os meios que usam para brincar com as pessoas. Seu método de se exaltar e testificar de si mesmas é exibir-se e depreciar os outros. Elas também dissimulam e se camuflam, escondendo suas fraquezas, deficiências e falhas das pessoas para que estas só vejam sua excelência. Nem ousam contar a outras pessoas quando se sentem negativas; carecem da coragem de se abrir e comungar com elas, e quando cometem algum erro, fazem de tudo para escondê-lo e encobri-lo. Jamais mencionam os danos que causaram à casa de Deus durante o cumprimento de seu dever. Quando, porém, fazem alguma contribuição insignificante ou alcançam algum sucesso menor, elas são rápidas em exibi-lo. Não conseguem esperar para contar ao mundo inteiro como são capazes, como é alto o seu calibre, quão excepcionais são e quão melhores são do que as pessoas normais. Isso não é uma maneira de se exaltar e testificar de se mesmo? Exaltar-se e testificar de si mesmo está dentro dos limites da humanidade normal? Não está. Assim, quando as pessoas fazem isso, que caráter costumam revelar? O caráter arrogante é uma das manifestações principais, seguida por enganação, que envolve fazer o possível para fazer com que as pessoas as tenham em alta estima. Suas histórias são totalmente perfeitas; suas palavras contêm claramente motivações e esquemas, e elas encontraram um jeito de esconder o fato de que estão se exibindo, mas o resultado daquilo que dizem é que as pessoas ainda são levadas a pensar que elas são melhores do que os outros, que ninguém se compara a elas, que todos os outros são inferiores a elas. E esse resultado não é alcançado por via de meios ardilosos? Que caráter está por trás de tais meios? E há quaisquer elementos de perversidade? Esse é um tipo de caráter perverso(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Eles se exaltam e dão testemunho de si mesmos”). As palavras de Deus acertaram em cheio meu coração. Pude ver claramente o que estava escondido dentro de mim. Eu queria construir uma imagem de mim mesmo como um homem forte, uma pessoa perfeita. Quando comungava sobre minha experiência, eu fazia um espetáculo dos meus feitos “heroicos”, falava sobre meus sucessos, mas quase nunca sobre meus fracassos. Quando estava fraco ou negativo ou enfrentava alguns problemas, ou quando estava no pior dos estados, eu só dizia: “Estou bem. Estou passando por uma provação, mas passarei por ela com a ajuda de Deus”. Mas, na verdade, eu estava em muita dor. Eu sempre falava sobre como sofria por meu dever, exibindo como eu era responsável. Mas a verdade não era bem essa. Quando fazia sacrifícios em meu dever, eu os fazia principalmente em prol do meu nome e status. A admiração dos outros por mim despertava algo em meu coração, e eu sabia que isso não era bom. Mas eu não tinha feito nada para dar um basta nisso. Eu não tinha instruído as pessoas a não me admirar porque eu queria sua admiração e seus elogios, queria até ultrapassar o lugar de Deus em seu coração. Eu não era tão arrogante quando o arcanjo? Eu não estava trazendo os outros para diante de Deus, eu os estava trazendo para diante de mim mesmo. Quando percebi que eu poderia tomar o lugar de Deus no coração dos irmãos, eu estremeci de medo e soube em meu coração que Deus detestava meu comportamento. Confrontado com os fatos, orei a Deus: “Deus, eu tenho me exibido, querendo que todos me vissem como alguém num nível superior e como alguém que pode resolver todos os seus problemas. Estou usurpando Tua glória. Deus, quero me arrepender a Ti”. Eu estava cheio de remorsos. Então escrevi uma carta pedindo perdão, revelando meu eu verdadeiro e meu engrandecimento próprio, e a enviei a cada grupo de reunião. Também disse a todos claramente que não deviam me admirar. Eu sabia que algumas pessoas em especial me admiravam, então lhes enviei mensagens individuais dissecando a mim mesmo. Alguns dias depois, a irmã Marinette me disse francamente que ela tinha me admirado antes e que eu ocupava um lugar importante em seu coração. Fiquei envergonhado ao ouvir isso e senti que isso era evidência da minha maldade. Naquele momento, vi minha própria feiura. Eu tinha me exibido para ganhar a admiração dos outros. Eu tinha perdido toda razão. Como isso era cumprir um dever? Deus me elevou a uma posição de liderança, e era assim que eu retribuía o favor? Senti uma vergonha que nunca tinha sentido antes. Mas ainda assim não busquei a verdade para resolver minha corrupção, e não demorou, e eu estava fazendo a mesma coisa.

Houve uma reunião on-line, da qual participaram também outros líderes de igreja. Senti que a comunhão dos irmãos era simplicistas e fiquei inquieto. Pensei que sua comunhão era rasa e que os outros líderes não estavam dizendo nada elevado. Eu queria mostrar-lhes o que era uma boa comunhão, compartilhar meu próprio entendimento com todos para que pudessem aprender muito com o que eu tinha a dizer. Eu queria mostrar-lhes o caminho. Então preparei mentalmente o que pretendia dizer. Pensei em dizer algo mais esclarecedor, para que eu me destacasse da multidão, e quis compartilhar uma comunhão de peso. Estava pensando em como formular tudo para dar destaque à minha comunhão. Eu queria provar que eu tinha um entendimento mais elevado, para que os outros apreciassem minha percepção. Usei muitos exemplos e metáforas para mostrar que eu sabia fornecer comunhão detalhada e rica. Quando terminei, fiquei feliz ao ouvir todos dizendo “Amém”. Então verifiquei a janela do chat para ver se os irmãos diziam algo legal sobre minha comunhão. Quando já estávamos terminando, o rimão Ze’em compartilhou alguma comunhão sem citar as palavras de Deus, como sempre fazemos, baseando tudo nelas, mas ele fez referência à minha comunhão, dizendo que deveríamos fazer as coisas com base em minha comunhão. Ele usou minha comunhão como fundamento para seu entendimento. Vi que eu estava exaltando novamente a mim mesmo, levando outros a me idolatrar. Fiquei bastante incomodado naquele momento. Lembrei-me de algumas das palavras de Deus sobre as quais tínhamos comungado recentemente. As palavras de Deus dizem: “Se irmãos e irmãs devem ser capazes de se confidenciar uns aos outros, ajudando uns aos outros e provendo uns para os outros, então cada pessoa deve falar das próprias experiências verdadeiras. Se não disser nada sobre suas próprias experiências verdadeiras — se só repetir palavras límpidas de doutrina e repetir bordões e platitudes sobre a fé em Deus e não se abrir nem um pouco sobre o que está em seu coração — então você não é uma pessoa honesta e é incapaz de ser uma pessoa honesta(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). “Ao dar testemunho de Deus, deveriam sobretudo falar mais de como Deus julga e castiga as pessoas, que provações Ele usa para refinar as pessoas e mudar o caráter delas. Deveriam falar também de quanta corrupção foi revelada em sua experiência, quanto suportaram e como foram finalmente conquistados por Deus; falar sobre quanto conhecimento real da obra de Deus vocês têm e de como deveriam dar testemunho de Deus e retribuir-Lhe por Seu amor. Vocês deveriam pôr substância nesse tipo de linguagem, colocando-a de uma maneira simples. Não falem sobre teorias vazias. Falem de forma mais realista; falem a partir do coração. É assim que vocês deveriam experimentar. Não se equipem com teorias vazias que pareçam profundas em um esforço para se mostrar; fazer isso faz com que pareçam bastante arrogantes e insensatos. Vocês deveriam falar mais de coisas reais a partir de sua experiência atual que são genuínas e a partir do coração; isso é mais benéfico para os outros e mais apropriado para eles verem(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). “Se você não busca a verdade e sempre tenta conquistar as pessoas, sempre deseja satisfazer seus desejos e ambições, e deseja cumprir seu anseio por status, você trilha a senda dos anticristos. Existe alguma coisa na senda dos anticristos que está em harmonia com a verdade? (Não.) O que nela é contrário à verdade? Essas pessoas agem em nome de quê? (Em nome do status.) O que exibem as pessoas que fazem as coisas em nome do status? Alguns dizem: ‘Elas sempre falam palavras de doutrina, nunca comunicam a realidade da verdade, sempre falam em prol de si mesmas, nunca exaltam nem testificam de Deus. As pessoas que exibem essas coisas agem em nome do status’. Por que eles falam palavras de doutrina? Por que não exaltam e testificam de Deus? Porque, em seu coração, existem apenas status e reputação — Deus está totalmente ausente. Essas pessoas idolatram status e autoridade; a reputação é de importância enorme para elas, status e reputação se tornaram sua vida; Deus está ausente em seu coração, elas não temem a Deus, muito menos Lhe obedecem; tudo que fazem é exaltar a si mesmas, testificar de si mesmas e se exibir para ganhar a admiração dos outros. Assim, elas se gabam frequentemente de si mesmas, daquilo que fizeram, de tudo que sofreram, de como satisfizeram a Deus, de quão tolerantes foram quando foram tratadas — tudo isso para ganhar a simpatia e a admiração das pessoas. Essas pessoas são do mesmo tipo de pessoa dos anticristos, elas trilham a senda de Paulo. E qual é seu fim? (Elas se tornam anticristos e são eliminadas.)” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Para resolver seu caráter corrupto, deve-se ter uma senda específica de prática”). As palavras de Deus me mostraram que eu devia abrir meu coração e compartilhar minha experiência real, falar francamente, não usar palavras vazias e platitudes inúteis para me exibir. Um líder verdadeiro compartilha sua própria experiência e entendimento das palavras de Deus, guiando os outros a entender a verdade e trazendo-os para diante de Deus. Um anticristo comunica palavras vazias para se exibir, para ganhar elogio e admiração e para trazer outros para diante de si mesmo. No que dizia respeito a mim, eu só estava cuspindo teorias vazias sem oferecer uma senda de prática às pessoas. Eu não tinha resolvido nenhum problema real. Meu objetivo não era ajudá-los a entender a verdade nem a entrar na realidade das palavras de Deus, mas fazer com que me admirassem. As consequências de me exibir estavam muito claras. Os outros me admiravam e não davam testemunho das palavras de Deus, em vez disso usavam minha comunhão como sua referência. As pessoas sempre diziam coisas como: “Graças à comunhão do Mathieu” ou “Como disse o irmão Mathieu”. Eu pensei em como Paulo sempre se exibia e não dava testemunho das palavras do Senhor Jesus. Isso fez com que os crentes adulassem e dessem testemunho das palavras de Paulo por dois mil anos. Eu não estava agindo igual a Paulo e não estava na mesma senda de um anticristo contra Deus? Fiquei com medo e odiei a mim mesmo. Fiz uma oração: “Ó Deus, estou cometendo o mesmo erro. Tuas palavras me mostraram o caminho, mas ainda estou seguindo Satanás, satisfazendo minha vanglória. Estou fazendo o papel de Satanás mais uma vez. Deus, por favor, ajuda-me, por favor, salva-me!”.

Certa noite, enquanto me preparava para uma reunião, vi esta passagem: “Qual é o maior tabu quanto ao serviço do homem a Deus? Vocês sabem? Algumas pessoas que servem como líderes sempre querem tentar ser diferentes, estar muito acima dos demais, e descobrir novos macetes que façam Deus ver quão capazes eles realmente são. Contudo, não se focam em entender a verdade nem em entrar na realidade das palavras de Deus; estão sempre tentando se exibir. Isso não é exatamente a revelação de uma natureza arrogante? […] Ao servir a Deus, as pessoas querem dar passos largos, fazer coisas grandiosas, falar palavras ótimas, realizar grandes trabalhos, realizar grandes reuniões e ser grandes líderes. Se sempre tiver grandes ambições como essas, você violará os decretos administrativos de Deus; as pessoas que fazem isso morrerão rapidamente. Se você não se comportar bem, não for devoto nem prudente em seu serviço a Deus, mais cedo ou mais tarde você ofenderá Seu caráter(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Sem a verdade, uma pessoa é suscetível de ofender a Deus”). Essas palavras de Deus me paralisaram. Por meio dessa revelação, vi minha ambição e meu desejo selvagens de alcançar coisas grandes. Eu queria presidir sobre reuniões para ostentar minha eloquência. Eu amava me exibir e nunca perdia uma oportunidade de fazê-lo. Eu queria admiração e que os outros dissessem: “As reuniões do irmão Mathieu são tão maravilhosas! Não existe líder melhor do que ele!”. Impulsionado por esses desejos, eu corria de uma reunião para outra, trabalhando, reunindo, resolvendo problemas. Eu amava esse tipo de liderança. Mas quando li: “Se sempre tiver grandes ambições como essas, você violará os decretos administrativos de Deus; as pessoas que fazem isso morrerão rapidamente”, eu estremeci e senti um medo no fundo do meu coração. Achava que estava satisfazendo a Deus, mas percebi que eu O repugnava. Eu também estava enojado comigo mesmo. Eu só queria fazer algo grande, pregar algo elevado. Dar testemunho de Deus e praticar a verdade não eram as minhas motivações, e eu não estava assumindo um fardo pela vida dos irmãos. Era tudo para exaltar a mim mesmo e ocupar um lugar especial no coração dos outros. Isso é uma ofensa contra os decretos administrativos de Deus, que afirmam: “O homem não deveria se engrandecer nem se exaltar. Ele deveria adorar e exaltar a Deus”. “As pessoas que creem em Deus deveriam obedecer a Ele e adorá-Lo. Não exalte nem admire ninguém; não coloque Deus em primeiro lugar, as pessoas que você admira em segundo e a si mesmo em terceiro. Ninguém deveria ocupar um lugar em seu coração, e você não deveria considerar que as pessoas — especialmente as que você venera — estejam no mesmo nível de Deus ou sejam iguais a Ele. Isso é intolerável para Deus(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Os dez decretos administrativos que devem ser obedecidos pelo povo escolhido de Deus na Era do Reino”). Não era apenas a exaltação própria que ofendia os decretos administrativos, era pior, eu tinha levado outros para a senda errada e a resistir a Deus porque estavam admirando uma pessoa. As consequências são sérias e certamente irritariam Deus. Eu estava aterrorizado. Pensei que Deus não poderia me perdoar por ofender Seu caráter. Eu caí em miséria. Orei: “Deus, estou em muita dor. Eu não sabia que estava incitando a Tua ira, e eu quero me arrepender. Ó Deus, por favor, ajuda-me a entender a Tua vontade”.

Enquanto estava perdido em meu medo, li esta passagem das palavras de Deus: “Hoje, Deus os julga, castiga e condena, mas saiba que o sentido da sua condenação é para que você possa se conhecer. Ele condena, amaldiçoa, julga, castiga para que você se conheça, para que seu caráter possa mudar e, além disso, para que você possa conhecer seu valor e ver que todas as ações de Deus são justas e de acordo com Seu caráter e as necessidades de Sua obra, que Ele opera de acordo com Seu plano para a salvação do homem, e que Ele é o Deus justo que ama, salva, julga e castiga o homem. Se você sabe apenas que é de status inferior e que é corrupto e desobediente, mas não sabe que Deus deseja deixar clara a Sua salvação mediante o julgamento e o castigo que hoje Ele faz em você, você não tem como ganhar experiência, muito menos é capaz de seguir adiante. Deus não veio para matar nem para destruir, mas para julgar, amaldiçoar, castigar e salvar. Antes da conclusão de Seu plano de gestão de 6.000 anos — antes de Ele expor o fim de cada categoria de homens — a obra de Deus na terra é para o bem da salvação; seu propósito é puramente tornar completos aqueles que O amam — minuciosamente — e trazê-los para a submissão ao Seu domínio(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Vocês deveriam pôr de lado as bênçãos do status e entender a vontade de Deus de trazer a salvação ao homem”). Essa leitura me deu uma sensação de paz. Eu pensava que tinha ofendido Deus de maneira imperdoável, mas não era esse o caso. Deus estava me disciplinando, mas Ele não me odiava. Ele queria que eu mudasse. Eu pude ver a justiça de Deus e Sua tolerância e Seu perdão. Eu sabia que, dessa vez, eu devia buscar a verdade e resolver minha corrupção.

Li outra passagem das palavras de Deus: “Como uma pessoa honesta, primeiro você precisa desnudar seu coração de modo que todos possam olhar para ele, ver tudo que você está pensando e vislumbrar a sua verdadeira face; você não deve tentar se disfarçar ou se embalar para parecer bom. Só então as pessoas confiarão em você e o considerarão honesto. Essa é a prática mais fundamental e o pré-requisito de ser uma pessoa honesta. Você está sempre fingindo, sempre simulando santidade, virtuosidade, grandeza, simulando qualidades morais elevadas. Você não permite que as pessoas vejam a sua corrupção e seus fracassos. Você apresenta uma imagem falsa às pessoas para que elas acreditem que você é honrado, grandioso, abnegado, imparcial e altruísta. Isso é desonestidade. Não vista um disfarce e não embale a si mesmo; ao contrário, desnude a si mesmo e o seu coração para os outros verem. Se você puder desnudar o seu coração para os outros verem e desnudar todos os seus pensamentos e planos — tanto positivos quanto negativos — então você não está sendo honesto? Se puder se desnudar para os outros verem, então Deus, também, verá você e dirá: ‘Você se desnudou para os outros verem e, por isso, certamente é honesto também diante de Mim’. Se você só se desnudar para Deus quando está fora da vista de outras pessoas e sempre fingir ser grandioso e virtuoso ou justo e altruísta quando está na companhia delas, então o que Deus pensará e dirá? Ele dirá: ‘Você é genuinamente enganador; você é puramente hipócrita e mesquinho; e você não é uma pessoa honesta’. Deus condenará você assim. Se deseja ser uma pessoa honesta, então, independentemente do quando estiver perante Deus ou outras pessoas, você deve ser capaz de fornecer um relato puro e aberto daquilo que se manifesta em você e sobre as palavras em seu coração. É fácil alcançar isso? Isso exige tempo, exige uma luta interna, e devemos praticar constantemente. Pouco a pouco, nosso coração se abrirá e seremos capazes de nos desnudar(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “A prática mais fundamental de ser uma pessoa honesta”). Essa passagem me ajudou a entender o que Deus queria de mim. Ele queria que eu fosse uma pessoa honesta. Ou seja, eu devia aprender a expor minha corrupção e pensamentos honestos aos outros para que pudessem ver minhas fraquezas e dificuldades. Eu ficava me exaltando sem revelar meus fracassos e pontos fracos, mas construía uma imagem falsa de mim mesmo por meio da minha comunhão, que era uma mentira. Eu não era honesto com os outros nem com Deus. Naquele dia, vi que eu devia ser uma pessoa honesta. Também ganhei algum entendimento das minhas próprias ideias equivocadas. Eu pensava que um líder devia ser uma pessoa heroica sem fraquezas, como algum diretor lá fora no mundo numa posição mais alta e melhor do que os outros. Mas não é isso que Deus quer. Deus quer pessoas simples e honestas. Tais pessoas conseguem se abrir sobre suas falhas, elas amam e praticam a verdade. Elas se concentram na entrada na vida dos irmãos e buscam os princípios da verdade, não procuram satisfazer suas ambições. Lembrei-me do que o Senhor Jesus disse: “Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos. […] Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo. Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo. Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado(Mateus 23:8-12). Eu estivera fingindo o tempo todo como líder, esperando que as pessoas me idolatrassem. Percebi que eu estava muito aquém daquilo que Deus exige. Um líder exerce o papel de um servo, de um servo com uma responsabilidade enorme. Ele deve sempre se lembrar de sua responsabilidade, que é regar e apoiar os irmãos, buscar a verdade e ajudá-los a resolver problemas. Um líder não é um oficial e não está acima de ninguém. Deus é o Criador, e todos os humanos são seres criados, não importa sua posição. Todos nós devemos adorar o Criador. Naquele momento, eu entendi meu papel e responsabilidade, que eu devia ficar no lugar de um ser criado e cumprir meu dever corretamente. Eu tive uma mudança em minha postura a partir daí e comecei a trabalhar em ser honesto. Quando percebia que eu estava exaltando a mim mesmo, eu me abria e fazia questão de expor minha corrupção e falhas. Às vezes, isso era doloroso, mas me mostrou como eu era desonesto. Eu fazia tantos joguinhos e enganava tanto os outros. Quanto mais me abria, mais eu via minhas cores e minha estatura verdadeiras. Percebi que eu era nada. Em toda a minha comunhão, eu me tinha me colocado num pedestal, encorajando e ajudando as pessoas com doutrina. Mas agora comecei a compartilhar meu estado verdadeiro com os irmãos, a ser franco. Eu tinha as mesmas dificuldades que eles tinham, os mesmos tipos de corrupção, e eu era um líder, mas éramos iguais. Só tínhamos deveres diferentes. Quando fiz isso, não me senti mais esperto do que os outros. Em vez disso, fui capaz de aprender com suas experiências e ganhar esclarecimento da comunhão dos outros. Antes, eu mal prestava atenção à comunhão dos outros, supondo arrogantemente que eu estava fornecendo esclarecimento aos outros. Graças às palavras de Deus, eu desenvolvi uma relação mais próxima com os outros, passei a entendê-los melhor e conseguia ver seu estado verdadeiro. Vi que os arranjos de Deus me permitiam ganhar muito deles enquanto os ajudava. Aprendi tantas coisas por meio da nossa comunhão compartilhada. Parei de ser tão altivo e de me achar importante. Fui capaz de tratar os outros como iguais, de modo mais sensato e normal, e, às vezes, esquecia completamente do meu status como líder enquanto compartilhávamos comunhão. Sou tão grato a Deus por essa mudança em mim.

Às vezes, ainda me pego me exibindo, e isso me mostra o quão profundamente Satanás me corrompeu. Não é uma coisa passageira, está nos meus ossos, em meu sangue. Sem o sustento da verdade, sem o julgamento e castigo de Deus, eu teria mantido os irmãos sob meu controle e teria continuado a competir com Deus. Isso é um fato. Não mudar é muito perigoso. Foi só a verdade que me ajudou a me livrar do meu caráter satânico. Sem ela, eu teria me tornado um anticristo e teria sido condenado. Graças à orientação de Deus, mudei minha perspectiva, e agora tenho uma perspectiva mais pura sobre meu dever como líder. E, sobretudo, Deus está me salvando de ser controlado por meu caráter satânico. Graças a Deus Todo-Poderoso!

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