67. Depois da expulsão do meu pai
Há alguns anos, eu estava cumprindo meu dever longe de casa, quando, de repente, recebi notícia de que meu pai tinha sido definido como um malfeitor e expulso da igreja. Foi dito que ele não tivera um papel positivo na igreja, e espalhava noções e negatividade e inibindo o entusiasmo das pessoas pelo dever. Os irmãos comungaram e lidaram com ele várias vezes, mas ele não aceitou nada disso e foi hostil àqueles que o expuseram e lidaram com ele. Eu fiquei realmente perplexa com a notícia. Eu sabia que ele era temperamental, mas achava que ele tinha uma humanidade boa, que era amoroso com os irmãos e sempre os ajudava com as dificuldades que tinham na vida. Nossos vizinhos diziam que ele era muito prestativo e amoroso, por que, então, ele seria expulso repentinamente por ser maligno? Desde que aceitou a obra de Deus dos últimos dias em 2001, ele vinha espalhando o evangelho e cumprindo seu dever. Ele tinha dormido sobre pilhas de lenha e em cemitérios para não ser preso pelo PC Chinês. Ele tinha sofrido grandemente e, embora não tivesse feito nada muito marcante, ele tinha trabalhado duro por anos. Como ele pôde ser expulso sem mais nem menos? Perguntei-me se o líder da igreja não tinha errado. Por que não lhe deram uma chance para se arrepender? Durante um tempo, pensar no meu pai era muito doloroso, e eu me sentia mal por ele.
Cerca de um ano depois, meu dever me trouxe de volta para a minha cidade natal. No início, quando via meu pai, eu ainda me sentia mal por ele e queria fazer tudo que podia por ele. Ele tomou conta de mim muito bem, também. Mas, aos poucos, percebi que havia algo de errado em como ele falava. Sempre dizia coisas negativas que podiam fazer alguém entender mal e se distanciar de Deus, e entrar em depressão. Minha mãe, por exemplo: ela havia sido uma líder de igreja, mas foi transferida por ter calibre pobre e não fazer trabalho prático, então ela ficou num estado negativo por um tempo. Meu pai não comungou a vontade de Deus para ajudá-la, mas disse: “Não há segurança na casa de Deus, e algum dia todos serão dispensados. Deus não sabia que seu calibre era deficiente? Deus arranjou isso para você de propósito, escolhendo-a como líder e depois a dispensando para que sofresse. Seu calibre baixo foi determinado por Deus. Se Deus não lhe der bom calibre, você nunca cumprirá bem o seu dever!”. Quando meu pai disse isso, o estado de minha mamãe piorou. Eu fiquei muito irritada quando soube o que ele tinha dito e achei que ele era realmente insensato. Foi uma mudança de dever normal na igreja, mas ele disse que Deus estava intencionalmente fazendo alguém sofrer. Isso não é correto. A igreja arranja e ajusta os deveres das pessoas com base em seus pontos fortes, por um lado, para que o trabalho da igreja se desenvolva sem problemas e tenha mais sucesso. Por outro lado, isso é para capacitar as pessoas a conhecerem seu próprio calibre e estatura, de modo que possam encontrar um dever e um lugar apropriados, e façam melhor uso de seus pontos fortes, e façam a sua parte. Esse arranjo está inteiramente de acordo com os princípios e é benéfico para o trabalho da igreja e para a entrada das pessoas na vida. Minha mãe foi transferida de sua posição de liderança, mas cumpria um outro dever apropriado para ela, e ela podia usar esse fracasso para se conhecer e para aprender uma lição. Isso não era bom? Como meu pai podia distorcer a verdade? Havia também um irmão na igreja que tinha largado o emprego para cumprir seu dever em tempo integral. Quando seu dever não era muito exigente, ele achou um trabalho paralelo para ganhar dinheiro. Era trabalho duro, e ele ganhava a vida enquanto cumpria seu dever. Ele nunca tinha feito um trabalho tão pesado, e quando se esgotava, ele se sentia para baixo. Quando meu pai descobriu, disse ao irmão: “Minha família costumava estar bem de vida, mas desde que cremos em Deus sempre temos feito sacrifícios. Agora, raramente temos dinheiro e eu também preciso fazer trabalho pesado. Você já renunciou a muita coisa, mas, um dia, pode ser que você realmente chore…”. Fiquei chocada quando ele disse isso. Por que ele comungaria isso assim com o irmão? Quando as pessoas abrem mão de tudo para se despender por Deus, embora possam não ser muito ricas em sua vida material, e possam sofrer um pouco, o que elas recebem é verdade e vida. Isso é algo que não pode ser substituído por nenhuma quantidade de dinheiro. O que meu pai disse não estava de acordo com a verdade. Nossa vida não era muito mais difícil do que antes, e muitas vezes, quando meu pai tinha problemas para encontrar trabalho ou tinha dificuldades na vida, Deus abria uma senda para ele, ajudando-o a encontrar um emprego apropriado para ganhar a vida. Antes de ganhar a fé, ele sempre fumava e bebia, e sua saúde estava terrível. Suas mãos ficavam tremendo quando ele segurava a tigela de arroz. Quando começou a crer em Deus, ele parou de beber, e gastava o tempo cumprindo seu dever e comungando com os irmãos, então sua saúde foi melhorando. Todos que o viam diziam como ele aparentava estar ótimo, que ele parecia um homem novo. Nossa família tinha recebido tanta graça de Deus, mas meu pai não contava nada disso, ao contrário, só distorcia as coisas e reclamava, deliberadamente levando as pessoas a entender Deus errado e a culpá-Lo, intencionalmente interrompendo o relacionamento delas com Deus, levando-as a afastar-se de Deus e O trair.
Houve muitas coisas como essa. Quando desisti da faculdade para cumprir meu dever em tempo integral, ele sempre dizia: “Você se despende tanto sem uma rota de escape. Um dia, você se arrependerá”. Isso não me parecia certo. Para um ser criado, cumprir seu dever na igreja era correto e apropriado. Era minha responsabilidade e minha obrigação. Desisti dos meus estudos por vontade própria. Ser capaz de crer em Deus, O seguir e cumprir meu dever na igreja era a graça de Deus para mim. E em todos esses anos cumprindo meu dever na igreja, entendi algumas verdades e ganhei coisas que nunca teria ganhado no mundo lá fora. Sei o que as pessoas deveriam buscar na vida e entendo muito melhor várias coisas do mundo. Não sigo tendências seculares como os jovens que são incrédulos. São coisas muito reais que ganhei e que nunca teria aprendido na escola. Mas meu pai fez com que o despender-se no dever por Deus fosse uma coisa negativa. Isso não era espalhar negatividade e morte? Retruquei: “Não me arrependerei! Talvez eu não tenha estudado durante alguns anos para cumprir meu dever em vez disso, mas aprendi muitas verdades e ganhei tanto. Os livros nunca me dariam isso. O que você diz não está alinhado com a verdade”. Fiquei chocada quando ele se irritou e apertou os punhos com raiva como se fosse me dar um soco. Então percebi que papai não era a pessoa que eu achava que ele era. Eu sempre o julgara com base em suas boas obras externas, não nas verdades princípios. Eu sempre vi meu pai muito preocupado comigo e cuidadoso, aparentemente amoroso para com os outros irmãos e como uma pessoa cuja humanidade não era ruim. Mas por trás de sua conduta gentil, havia algo sinistro em seu coração. Ele tinha muitas noções sobre Deus e Sua obra. Suas palavras pareciam consoladoras e compreensivas, pensando em nossas opções, mas, na verdade, ele espalhava noções sobre Deus, fazendo as pessoas entenderem Deus errado e culpá-Lo. Aceitá-las nos levaria a desenvolver noções e equívocos sobre Deus ou até a deixar de crer, parar de cumprir nossos deveres e de nos despendermos por Deus, e voltar para o mundo. Era realmente uma enganação!
Mais tarde, li algumas das palavras de Deus que tratavam de seu comportamento. Deus Todo-Poderoso diz: “Aqueles entre os irmãos e irmãs que estão sempre dando vazão à sua negatividade são lacaios de Satanás e perturbam a igreja. Tais pessoas devem um dia ser expulsas e eliminadas. Se, em sua fé em Deus, as pessoas não tiverem um coração que teme a Deus, se não tiverem um coração que obedece a Deus, então não só serão incapazes de fazer qualquer obra para Ele, mas, ao contrário, se tornarão aquelas que perturbam Sua obra e que O desafiam. Crer em Deus, mas não Lhe obedecer nem O temer, e, em vez disso, resistir a Ele, é a maior desgraça para um crente. Se os crentes são tão casuais e irrestritos em sua fala e conduta como são os incrédulos, então eles são ainda mais malignos que os incrédulos; são demônios arquetípicos. […] Todos que foram corrompidos por Satanás têm caráter corrupto. Alguns não têm nada além de caráter corrupto, enquanto outros são diferentes: eles não só têm caráter satânico corrupto, mas sua natureza é também extremamente maliciosa. Não só suas palavras e ações revelam seu caráter satânico corrupto; essas pessoas são, além disso, o genuíno diabo Satanás. Seu comportamento interrompe e perturba a obra de Deus, perturba a entrada na vida de irmãos e irmãs e danifica a vida normal da igreja. Mais cedo ou mais tarde, esses lobos em pele de cordeiro precisam ser removidos; uma atitude impiedosa, uma atitude de rejeição, deveria ser adotada para com esses lacaios de Satanás. Só isso é ficar do lado de Deus, e aqueles que deixam de fazê-lo estão chafurdando na lama com Satanás” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Um alerta para aqueles que não praticam a verdade”). “Pessoas que não se esforçam para progredir sempre desejam que os outros sejam tão negativos e indolentes quanto elas. Aquelas que não praticam a verdade têm inveja das que praticam e sempre tentam enganar aqueles que estão confusos e carecem de discernimento. As coisas a que essas pessoas dão vazão podem fazer com que você se degenere, escorregue para baixo, desenvolva um estado anormal e fique cheio de trevas. Elas fazem você se tornar distante de Deus e apreciar a carne e se entregar. Pessoas que não amam a verdade e que são sempre superficiais para com Deus não têm autoconsciência, e o caráter de tais pessoas seduz os outros a cometer pecados e a desafiar Deus. Elas não praticam a verdade, nem permitem que os outros a pratiquem. Elas apreciam o pecado e não abominam a si mesmas. Elas não se conhecem e impedem os outros de se conhecer; também impedem os outros de desejar a verdade. Aqueles que elas enganam não conseguem ver a luz. Eles caem na escuridão, não se conhecem, não têm clareza da verdade e se tornam cada vez mais distantes de Deus” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Um alerta para aqueles que não praticam a verdade”). Refletindo sobre isso, vi que os que sempre espalham noções e negatividade entre os irmãos pertencem a Satanás. Pessoas assim estão agindo como lacaios de Satanás, perturbando e enganando as pessoas e impedindo que elas venham para diante de Deus. Quando meu pai dizia essas coisas, e as dizia o tempo todo, ele não estava apenas manifestando corrupção, negatividade e fraqueza momentâneas. Era porque ele, em sua natureza essência, odiava a verdade e a Deus, então, quando algo acontecia, as perspectivas que expressava eram totalmente contrárias às palavras de Deus, eram todas noções sobre Deus, para fazer com que as pessoas entendessem Deus errado, culpassem a Deus e O traíssem. Vi que ele não buscava a verdade de modo algum. Ele cumpria o dever meramente para receber bênçãos, e quando não recebeu bênçãos materiais por ter sofrido e se despendido, ele se sentiu injustiçado e se encheu de ressentimentos e hostilidade contra Deus. Ele não conseguia seguir a senda da fé e quis arrebanhar os outros para que se juntassem a ele e se distanciassem de Deus, O traísse e O confrontassem. Suas palavras estavam cheias dos enganos de Satanás, tudo para atacar a iniciativa das pessoas pelo dever e arruinar o relacionamento delas com Deus. Ele não passava de um lacaio de Satanás, e pertencia ao diabo. Uma pessoa normal, de bom coração, não faria algo assim deliberadamente, por mais negativa e fraca que estivesse. Só um demônio satânico sentiria tanta hostilidade contra Deus. Eu, cada vez mais, achava que meu pai era assustador, que ele não era uma pessoa boa, mas um malfeitor.
Li outra passagem das palavras de Deus: “Pode ser que, em todos os seus anos de fé em Deus, você nunca tenha amaldiçoado alguém, nem cometido uma má ação, mas em sua associação com Cristo você não pode falar a verdade, agir com honestidade, nem obedecer à palavra de Cristo; nesse caso, Eu digo que você é a pessoa mais sinistra e maliciosa do mundo. Você pode ser especialmente afável e devotado para com seus familiares, amigos, esposa (ou marido), filhos e filhas, e pais, e nunca se aproveitar dos outros, mas se você for incapaz de compatibilidade com Cristo, se você não for capaz de interagir em harmonia com Ele, então, até se você se doar inteiramente para socorrer seu próximo ou se cuidar meticulosamente bem de seus pai, mãe e membros da família, ainda assim Eu diria que você é perverso, e além disso alguém cheio de truques ardilosos” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que são incompatíveis com Cristo certamente são oponentes de Deus”). Isso me ajudou a ver que não podemos diferenciar uma pessoa boa de uma maligna com base em como ela trata os outros externamente, mas com base em sua atitude em relação a Deus e à verdade. Não importa quão gentil seja superficialmente ou o que as pessoas pensem dela. Se, em essência, essa pessoa odiar a Deus e a verdade, ela é uma malfeitora que é inimiga de Deus. Embora meu pai fosse aparentemente caloroso, ajudando os irmãos quando lhes faltava qualquer coisa, nunca fosse mesquinho, e não poupasse despesas para hospedar os irmãos, embora ele parecesse ser uma pessoa boa e gentil, em natureza essência, a verdade o repugnava, ele a odiava. Ele sabia claramente que Deus já havia exposto nossas visões erradas de ter fé só para buscar bênçãos, mas quando Deus arranjou um ambiente que não era consistente com suas noções, que não satisfez seus desejos de bênçãos, ele ficou feio, encheu-se de noções sobre Deus, julgou-O e até O odiou. Durante aqueles anos, ele nunca refletiu sobre si mesmo nem buscou a verdade, mas ficou julgando a obra de Deus e espalhando noções sobre Ele. As intenções em suas palavras continham os enganos de Satanás, inconscientemente deixando as pessoas fracas e negativas. Era, de fato, muito sinistro. Deus avalia as pessoas com base em sua essência, em sua atitude em relação a Deus e à verdade. Mas eu estava avaliando papai com base em sua apresentação externa. Por ver que ele tinha algum comportamento bom, acreditei que ele era uma pessoa boa e que a igreja não o deveria ter expulsado, por isso, quis defendê-lo. Eu não entendi a verdade nem usei as palavras de Deus como regra. Eu fui tão tola. Ao entender isso, achei que a igreja estava correta em expulsar meu pai. Ele odiava a Deus e a verdade, então a culpa era só dele por ter sido expulso da igreja. Não senti mais pena dele. Senti-me livre.
Então, outra coisa aconteceu que me permitiu percebê-lo ainda melhor. Meu pai ouviu que uma irmã que tinha lidado com ele antes foi demitida de seu dever como líder. Ele se regozijou com a notícia e, com um brilho odioso nos olhos, ele cerrou os dentes e disse: “Você se lembra de como lidou comigo? Você disse que eu não tinha princípios em meu dever, que não praticava a verdade. Agora é sua vez!”. Seu olhar era realmente feroz, e sua expressão facial era assustadora. Vi que ele não tinha a mínima compaixão. Quando foi tratado, ele não buscou a verdade nem aprendeu uma lição, mas odiou aquela pessoa por anos, porque seu orgulho foi ferido. Isso foi mais uma prova para mim de que meu pai era, em essência, alguém com um coração maligno, um malfeitor que odiava a verdade. Era um malfeitor mostrando quem de fato era. E certamente foi correto expulsá-lo da igreja.
Mais tarde, a casa de Deus arranjou para que as igrejas verificassem se alguém tinha sido excluído ou expulso equivocadamente, ou se os que foram excluídos ou expulsos tinham se arrependido de verdade. Para esses indivíduos, a igreja poderia considerar readmiti-los de acordo com os princípios. A nova líder não conhecia a situação de meu pai. Ela viu o entusiasmo aparente de meu pai e sua disposição de hospedar os irmãos, que ele os ajudava a encontrar trabalho, que ele realmente se importava e que tinha dado algumas ofertas. Pensou, portanto, que ele podia ter sido expulso erradamente e quis trazê-lo de volta para a igreja. Ouvir a líder dizer isso me deixou chocada, pois sabia em meu coração que sua expulsão estava alinhada com os princípios, que não era uma expulsão errada. Na hora, eu disse: “Meu pai não pode ser readmitido”. Sem conhecer meu pai, ela só comungou como as pessoas precisam de chances para se arrepender. A princípio, eu quis falar sobre seus comportamentos específicos, mas hesitei e não disse nada. Pensei que ele era meu pai, que tinha me criado durante todos esses anos. Se soubesse que eu tinha impedido sua readmissão, ele ficaria muito magoado e com raiva de mim! Por isso, fiquei de boca fechada, mas me senti realmente culpada quando a líder se despediu. Só minha mãe e eu sabíamos claramente as questões de meu pai, e não me manifestar naquele momento crítico significaria não defender o trabalho da igreja. Naquela noite, fiquei me revirando na cama e me lembrei de uma passagem das palavras de Deus: “Quem é Satanás, quem são os demônios, quem são os inimigos de Deus se não os que resistem e que não acreditam em Deus? Não são eles as pessoas que desobedecem a Deus? Não são eles os que alegam ter fé, mas carecem da verdade? Não são eles aqueles que meramente buscam obter bênçãos, mas são incapazes de dar testemunho de Deus? Você ainda se mistura com esses demônios hoje e tem consciência e amor por eles, mas, nesse caso, você não está estendendo boas intenções a Satanás? Você não está em conluio com demônios? Se as pessoas nos dias de hoje ainda são incapazes de distinguir entre o bem e o mal e continuam cegamente a ser amorosas e misericordiosas sem qualquer intenção de buscar a vontade de Deus ou de ser capazes, de alguma forma, de abrigar as intenções de Deus como se fossem suas, então seus desfechos serão ainda mais miseráveis. Qualquer um que não acredita no Deus na carne é um inimigo de Deus. Se você pode ter consciência e amor por um inimigo, não lhe falta um senso de justiça? Se você é compatível com aqueles que Eu detesto e dos quais discordo e ainda tem amor ou sentimentos pessoais para com eles, você não é desobediente? Você não está resistindo intencionalmente a Deus? Tal pessoa possui verdade? Se as pessoas têm consciência para com os inimigos, amor pelos demônios e misericórdia para com Satanás, elas não estão interrompendo intencionalmente a obra de Deus?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Deus e o homem entrarão em descanso juntos”). Eu me senti horrível quando pensei nas palavras de Deus. Eu sabia muito bem que meu pai odiava a verdade e resistia a Deus, que ele era um malfeitor em sua essência. Ele não se encaixava nos princípios da igreja para reinstaurar pessoas. Ainda assim, eu quis protegê-lo e esconder seu comportamento, por isso, não fui capaz de expor seu comportamento maligno. Eu fui sentimental demais. Eu estava vivendo segundo filosofias satânicas como “o sangue é mais espesso que a água”, “o homem não é inanimado; como pode não ter emoções?”. Pensei que ele era meu pai, então eu não podia ser tão sem coração, devia ser gentil. Eu temia que meu pai me odiasse se descobrisse que eu tinha falado sobre seus problemas, que ele me chamasse de ingrata e dissesse que tinha me criado em vão todos esses anos. Eu não estava vendo as coisas segundo as palavras de Deus. Eu estava protegendo meu pai com base nas emoções em vez de proteger o trabalho da igreja. Estava resistindo e traindo a Deus em tudo o que eu fazia. A essência de meu pai era a de um malfeitor, e se ele voltasse para a igreja, ele simplesmente interromperia a vida da igreja e impediria a entrada dos irmãos na vida. Isso não fazia de mim uma ajudante de malfeitor? Quanto mais pensava nisso, pior ficava. Vivendo segundo minhas emoções, eu não distingui o certo do errado, havia perdido os princípios de ser humana.
Li uma passagem da palavra de Deus: “Por qual princípio as palavras de Deus pedem que as pessoas tratem os outros? Ame o que Deus ama, e odeie o que Deus odeia: esse é o princípio que deveria ser seguido. Deus ama aqueles que buscam a verdade e são capazes de seguir Sua vontade; estas também são as pessoas que nós deveríamos amar. Aquelas que não são capazes de seguir a vontade de Deus, que odeiam e se revoltam contra Deus — essas pessoas são desprezadas por Deus, e nós também deveríamos desprezá-las. Isso é o que Deus pede ao homem. Se seus pais não acreditam em Deus, se eles sabem muito bem que a fé em Deus é o caminho correto e que pode levar à salvação, mas continuam não receptivos, então não há dúvida de que são pessoas que estão fartas da verdade e a odeiam, e são pessoas que resistem a Deus e O odeiam — e Deus naturalmente os abomina e os despreza. Você conseguiria desprezar pais como esses? Eles se opõem a Deus e O insultam — nesse caso, eles certamente são demônios e Satanases. Você conseguiria abominá-los e amaldiçoá-los? Todas essas são perguntas reais. Se seus pais o impedirem de crer em Deus, como você deveria tratá-los? Como Deus pede, você deveria amar o que Deus ama e odiar o que Deus odeia. Durante a Era da Graça, o Senhor Jesus disse: ‘Quem é Minha mãe? E quem são Meus irmãos?’ ‘Pois qualquer que fizer a vontade de Meu Pai que está nos céus, esse é Meu irmão, irmã e mãe’. Essas palavras já existiam lá na Era da Graça, e agora as palavras de Deus são ainda mais claras: ‘Ame o que Deus ama e odeie o que Deus odeia’. Essas palavras vão direto ao ponto, mas em geral as pessoas são incapazes de captar o significado verdadeiro delas” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só ao reconhecer as próprias opiniões equivocadas pode-se realmente se transformar”). As palavras de Deus me deram os princípios que precisava aplicar ao meu pai. Ele era meu pai, mas era maligno em natureza essência. Ele odiava a verdade e era inimigo de Deus. Ele só causaria interrupção na igreja e dano aos irmãos. Deus odeia e Se enoja com pessoas assim e não salva malfeitores. Só pensar em meu amor e afeto por meu pai seria cruel para com os irmãos, prejudicaria a igreja e seria ficar do lado de um malfeitor, resistindo a Deus e sendo Sua inimiga!
Mais tarde, minha mãe e eu comungamos isso, e ambas sentimos que era Deus nos testando, que devíamos praticar a verdade e defender os interesses da igreja. Se encobríssemos os erros de meu pai e o protegêssemos, não trazendo sua conduta maligna para a luz, teríamos parte em sua maldade e seríamos amaldiçoadas e punidas por Deus, também. Meu pai ainda não tinha sido readmitido, mas quando os irmãos nos visitavam, ele ainda espalhava palavras de morte e negatividade que os perturbavam. Se ele voltasse, qualquer grupo com o qual tivesse contato seria prejudicado, e qualquer igreja com a qual tivesse contato seria uma igreja cheia de vítimas! Se eu ignorasse minha consciência e me calasse, isso prejudicaria os irmãos e equivaleria a perturbar o trabalho da igreja! Fiquei mais assustada e percebi que, nesse momento crítico, proteger o trabalho da igreja ou encobrir um malfeitor envolvia a postura que eu assumisse. A líder de igreja não conhecia meu pai, pensou que ele parecia ser uma boa pessoa externamente, e estava considerando se ele deveria receber outra chance de voltar para a igreja. Mas nós o conhecíamos, por isso, devíamos praticar a verdade e ser honestas e denunciar seu comportamento maligno sinceramente a nossa líder. Alguns dias mais tarde, a líder veio para uma reunião na nossa casa. Minha mãe e eu nos abrimos sobre os comportamentos malignos de meu pai e, no fim, ele não foi convidado a voltar. Fiquei em paz quando coloquei isso em prática.
No início, eu tinha sido seduzida pela conduta superficial do meu pai e não tive discernimento sobre ele. Não sabia distinguir uma pessoa boa de uma pessoa má. Por meio da expulsão de meu pai, aprendi algumas verdades e ganhei algum discernimento e vi claramente a essência de meu pai como um malfeitor. Superei as restrições do sentimentalismo e o tratei com base nas verdades princípios. Isso foi a proteção e salvação de Deus para mim! Graças sejam dadas a Deus Todo-Poderoso!