As consequências de não buscar entrada na vida

11 de Junho de 2024

Por Han Qing, China

Em setembro de 2023, a irmã que fazia parceria comigo foi presa pela polícia. Naquela época, eu era líder de igreja, e quando vi que todos os irmãos estavam assustados e precisavam de ajuda e apoio e que o trabalho subsequente precisava ser feito desesperadamente, fiquei muito ansiosa, e comecei a me ocupar sem parar com a transferência dos livros, comunicando e resolvendo os estados dos irmãos, e regando os recém-convertidos. Naquela época, eu saía todos os dias antes do nascer do dia e, à noite, ficava acordada até muito tarde. Embora, às vezes, eu me sentisse muito cansada, quando vi que os estados dos irmãos estavam melhorando, de modo que podiam cumprir seus deveres normalmente, e que os livros foram transferidos sem problemas para uma casa segura, fiquei muito feliz, e pensei: “Em circunstâncias tão perigosas, sou capaz de lidar bem com as coisas, e o trabalho da igreja não sofreu nenhuma perda. Se eu continuar cooperando dessa maneira, no final, certamente receberei a salvação de Deus”. Quando pensava nisso, cumpria meu dever com mais energia. Todas as manhãs, quando acordava, eu ia diretamente para me reunir e implementar o trabalho, mas eu refletia muito pouco sobre se o trabalho que eu fazia estava de acordo com os princípios. Mesmo quando eu tirava algum tempo para comer e beber as palavras de Deus, eu ficava pensando em qual passagem das palavras de Deus poderia resolver os estados dos irmãos e raramente comparava as palavras de Deus com meu estado. Às vezes, percebia que eu só ressaltava a execução do trabalho e raramente buscava a verdade e refletia sobre mim mesma; mas quando eu via progresso no trabalho, sentia que não importava se eu comia e bebia pouco das palavras de Deus ou não buscava a verdade; contanto que eu fizesse bem o trabalho, isso bastava. Além disso, ainda tinha muito trabalho a ser feito na igreja, assim, continuei me ocupando com as tarefas.

Mais tarde, uma irmã foi escolhida para ser minha parceira. Como ela era novata em alguns trabalhos, eu mesmo fazia grande parte do trabalho. Quando chegou a hora de discutir o trabalho, percebi que a irmã não tomava iniciativa, por isso tive uma opinião negativa sobre ela, e meu tom com ela foi duro. Percebi que ela se sentia constrangida por mim e não refleti sobre mim mesma. Eu acreditava que esse não era um problema sério e que não me atrasaria no cumprimento de meu dever. Eu ainda tinha muito trabalho a fazer; onde encontraria tempo para buscar a verdade e resolver meu estado? E se eu gastasse tempo com isso e atrasasse o trabalho? Cumprir meu dever e obter resultados era o mais importante. Mais tarde, continuei a me ocupar com o trabalho. Um dia, eu estava discutindo o trabalho com dois diáconos. Ambos tinham um temperamento lento e não expressavam ativamente suas opiniões, por isso fiquei um pouco ansiosa: “Ao discutir o trabalho, se você não expressar seu ponto de vista, como isso pode ser bom?”. Então eu os repreendi: “Irmãos, se vocês não conseguirem expressar ativamente seus pontos de vista todas as vezes, como podemos discutir esse trabalho?”. Quando terminei, um dos irmãos baixou a cabeça e pareceu envergonhado. Muitas ocasiões semelhantes aconteceram durante esse período. Assim que vi que os irmãos não conseguiam expressar ativamente seus pontos de vista, comecei a desprezá-los. Um dos irmãos estava se sentindo um pouco negativo e disse: “Sou velho e tenho reflexos lentos — não consigo acompanhar seu ritmo e não consigo cumprir esse dever adequadamente”. Na verdade, eu sabia que os irmãos eram novos nesse dever e que era normal que não o entendessem ou não conseguissem cumpri-lo. Eu deveria tê-los incentivado e ajudado. Mas não achei que fosse um problema tão grande dizer o que eu disse: eu não estava exigindo mais deles, apenas queria que fossem um pouco mais proativos no cumprimento de seu dever. Portanto, não dei ênfase à resolução do problema. Eu pensei: “O caráter corrupto de uma pessoa não pode mudar em um instante. Preciso resolver os problemas com o trabalho enquanto tenho tempo. Se eu não fizer o trabalho, como poderei obter resultados?”. Porque eu estava apenas resolvendo coisas e nunca dava importância à leitura das palavras de Deus e à busca da verdade nem aprendia lições com as coisas que surgiam, eu me sentia vazia por dentro. Certa vez, providenciei para que uma família em perigo guardasse os livros das palavras de Deus, e quando a líder superior descobriu, ela me podou por não fazer as coisas de acordo com os princípios. Eu me senti injustiçada e fiquei argumentando e resistindo. Vendo que eu não aceitava, a líder disse: “Você corre por aí fazendo muitas coisas, mas você faz as coisas sem princípios, está sempre seguindo sua própria vontade e experiência — isso prejudicará os interesses da casa de Deus. Além disso, quando é podada, você não tem uma atitude de submissão e busca e não pratica a autorreflexão. Você pode progredir assim?”. Mais tarde, refleti sobre meu desempenho e percebi que sempre enfatizava a correria e o trabalho — eu realmente não tinha nenhuma entrada na vida. Vim para diante de Deus em oração e pedi a Deus que me guiasse a conhecer e resolver meus próprios problemas.

Enquanto buscava, li uma passagem das palavras de Deus: “Durante os últimos dias Deus não fez obra nenhuma que não estivesse conectada a Suas palavras, Ele falou o tempo todo, usou palavras o tempo todo para guiar o homem até hoje. Claro que, enquanto falava, Deus também usou palavras para preservar Seu relacionamento com aqueles que O seguem, Ele usou palavras para guiá-los, e essas palavras são da maior importância para aqueles que desejam ser salvos, ou que Deus deseja salvar, Deus usará essas palavras para realizar o fato da salvação da humanidade. Evidentemente, se vistas em termos de seu conteúdo ou número, não importa que tipo de palavras elas sejam, e não importa qual parte das palavras de Deus elas sejam, tais palavras são da maior importância para cada um daqueles que desejam ser salvos. Deus está usando essas palavras para alcançar o efeito último de Seu plano de gerenciamento de seis mil anos. Para a humanidade — seja para a humanidade de hoje, seja para a do futuro —, elas são da maior importância. Tal é a atitude de Deus, tais são o objetivo e o significado de Suas palavras. Então, o que a humanidade deveria fazer? A humanidade deveria cooperar com as palavras e a obra de Deus, não as ignorar. Mas esse não é o jeito da fé que algumas pessoas têm em Deus: não importa o que Deus diga, é como se Suas palavras não tivessem nada a ver com tais pessoas. Elas ainda buscam o que querem, fazem o que querem, e não buscam a verdade com base nas palavras de Deus. Isso não é experimentar a obra de Deus. Há outras pessoas que não prestam atenção, não importa o que Deus diga, que têm somente uma convicção no coração: ‘Eu farei qualquer coisa que Deus pedir, se Deus me mandar ir para o Oeste, eu irei para o Oeste, se Ele me mandar ir para o Leste, eu irei para o Leste, se Ele me mandar morrer, eu deixarei que Ele me veja morrer’. Mas tem só uma coisa: elas não assimilam as palavras de Deus. Elas pensam consigo: ‘Há tantas das palavras de Deus, elas deveriam ser um pouco mais diretas, e deveriam me dizer exatamente o que fazer. Eu sou capaz de me submeter a Deus no meu coração’. Não importa quantas palavras Deus fale, tais pessoas, no fim, continuam incapazes de entender a verdade, e não conseguem falar de suas experiências e de seu conhecimento. Elas são como um leigo que carece de entendimento espiritual. Vocês acham que tais pessoas são amadas por Deus? Deus deseja ser misericordioso com essas pessoas? (Não.) Ele certamente não deseja. Deus não gosta de tais pessoas. Deus diz: ‘Eu falei incontáveis milhares de palavras. Como é que você não as viu nem ouviu, como se fosse cego ou surdo? Quais são, exatamente, os pensamentos no seu coração? Eu vejo como nada além de alguém obcecado em correr atrás de bênçãos e da destinação linda — você está correndo atrás dos mesmos objetivos que Paulo. Se não quer ouvir as Minhas palavras, se não deseja seguir o Meu caminho, por que você acredita em Deus? Você não está correndo atrás da salvação, você está correndo atrás da linda destinação e do desejo por bênçãos. E, como é isso que você está planejando, o que é mais adequado, para você, é ser um labutador’. Na verdade, ser um labutador leal é, também, uma manifestação de submissão a Deus, mas esse é o padrão mínimo. Permanecer como um labutador leal é muito melhor do que estar mergulhado na perdição e na destruição, como um não crente. Em particular, a casa de Deus tem necessidade de labutadores, e ser capaz de labutar para Deus também conta como uma bênção. Isso é muito melhor — incomparavelmente melhor — do que ser lacaios dos reis diabos. Contudo, labutar para Deus não é totalmente satisfatório para Deus, porque a obra de julgamento de Deus é para salvar, limpar e aperfeiçoar as pessoas. Se as pessoas ficarem satisfeitas com apenas labutar para Deus, esse não é o objetivo que Deus deseja alcançar ao operar nas pessoas, nem é o efeito que Deus deseja ver. Mas as pessoas ardem de desejo, são tolas e cegas: foram enfeitiçadas, são consumidas por um pouco de lucro ínfimo, e ignoram as preciosas palavras de vida expressas por Deus. Elas nem conseguem tratá-las com seriedade, muito menos prezá-las. Não ler as palavras de Deus e não estimar a verdade: isso é inteligente ou estúpido? As pessoas podem alcançar a salvação desse jeito? As pessoas deveriam entender tudo isso. Elas só terão esperança de salvação se puserem de lado suas noções e imaginações e se concentrarem em buscar a verdade(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Valorizar as palavras de Deus é o fundamento da crença em Deus”). Deus expõe que as pessoas enfatizam apenas as ações superficiais. Não importa como Deus comunique, elas sempre mantêm uma atitude indiferente em relação às palavras de Deus e não dão importância a comer e beber Suas palavras nem a buscar a verdade em Suas palavras. Acreditar em Deus dessa maneira não é experimentar a obra de Deus de forma alguma. Ao comparar meu comportamento com as palavras de Deus, vi que eu era exatamente assim. Eu achava que faria tudo o que a igreja me pedisse para fazer e que, se o fizesse bem, eu poderia satisfazer a Deus e receber Sua aprovação. Por causa disso, ao cumprir meu dever, eu só enfatizava fazer coisas. Desconsiderava totalmente as palavras de Deus e até sentia que comer e beber as palavras de Deus me atrasaria no cumprimento do meu dever. Eu sabia que Deus expressou tantas palavras durante Sua obra nos últimos dias para permitir que as pessoas buscassem a verdade e uma mudança de caráter, para que, no fim, elas pudessem ganhar a verdade e receber a salvação de Deus. Mas porque eu não amava a verdade, eu ainda estava buscando de acordo com minhas noções e imaginações, achando que isso bastava para fazer as coisas. Portanto, quando minha corrupção foi revelada em minhas parcerias com os outros, não busquei a verdade para resolvê-la. Deus expressa a verdade e expõe todos os tipos de caracteres corruptos nos seres humanos, e Ele estabelece circunstâncias reais para que possamos vivenciá-las e tornar-nos capazes de entender a verdade, livrar-nos de nossa corrupção e sermos purificados. Isso é o amor de Deus! Se Ele quisesse apenas que as pessoas labutassem e trabalhassem, Ele não teria que operar passo a passo até agora e não teria que encarnar, expressar a verdade e suportar tanta adversidade. Eu tinha lido tanto das palavras de Deus, mas ainda não entendia a intenção de Deus de salvar as pessoas, meu caráter corrupto não tinha mudado nem um pouco. Eu era exatamente o tipo de leigo mencionado nas palavras de Deus. Se continuasse assim, mesmo que trabalhasse mais, no fim, eu não seria salva. Quando percebi isso, vim para diante de Deus e orei: “Deus Todo-Poderoso, por meio da exposição de Tuas palavras, finalmente percebi os pontos de vista equivocados em relação à busca em minha fé em Deus. Estou dispost a me arrepender e mudar. Por favor, guia-me para que eu abandone meus pontos de vista equivocados, a me esforçar por Tuas palavras, a buscar a verdade e a me concentrar na entrada na vida”.

Mais tarde, li estas palavras de Deus: “Atualmente, a maioria das pessoas está neste tipo de estado: ‘A fim de ganhar bênçãos, preciso me despender por Deus e pagar um preço por Ele. A fim de ganhar bênçãos, preciso abandonar tudo por Deus; preciso completar o que Ele me confiou e devo desempenhar bem meu dever’. Esse estado é dominado pela intenção de ganhar bênçãos, o que é um exemplo de despender-se inteiramente por Deus pelo propósito de obter recompensas Dele e ganhar uma coroa. Tais pessoas não têm a verdade no coração, e é certo que seu entendimento consiste apenas em umas poucas palavras e doutrinas, as quais elas exibem aonde quer que vão. A senda delas é a de Paulo. A crença de tais pessoas é um ato de labuta constante e, lá no fundo, elas sentem que, quanto mais fizerem, mais isso provará sua lealdade a Deus; que, quanto mais fizerem, certamente Ele ficará mais satisfeito e que, quanto mais fizerem, mais merecerão que uma coroa lhes seja concedida diante de Deus e maiores serão as bênçãos que ganharão. Elas pensam que, se puderem suportar sofrimento, pregar e morrer por Cristo, se sacrificarem a própria vida e se conseguirem completar todos os deveres que Deus lhes confiou, então elas serão as que ganham as maiores bênçãos, e certamente lhes será concedida uma coroa. Isso é precisamente o que Paulo imaginou e buscou. Essa é exatamente a senda que ele trilhou, e foi sob a orientação de tais pensamentos que ele trabalhou para servir a Deus. Tais pensamentos e intenções não têm origem numa natureza satânica? É como os humanos mundanos, que acreditam que, enquanto estiverem na terra, precisam buscar conhecimento e que após obtê-lo podem destacar-se da multidão, tornar-se oficiais e ter status. Eles acham que, uma vez que tiverem status, poderão realizar suas ambições e levar seu negócio e práticas familiares a um determinado nível de prosperidade. Todos os não crentes não trilham essa senda? Aqueles que são dominados por essa natureza satânica só podem ser iguais a Paulo em sua fé. Eles pensam: ‘Devo renunciar a tudo para me despender por Deus. Devo ser leal diante de Deus, e, no final, receberei grandes recompensas e grandes coroas’. Essa é a mesma atitude das pessoas mundanas que buscam coisas mundanas. Elas não são nem um pouco diferentes e estão sujeitas à mesma natureza. Quando as pessoas têm esse tipo de natureza satânica, lá fora no mundo, elas buscarão obter conhecimento, aprendizado, status e destacar-se da multidão. Se acreditarem em Deus, buscarão obter grandes coroas e grandes bênçãos. Se as pessoas não buscarem a verdade quando acreditarem em Deus, certamente seguirão essa senda. Esse é um fato imutável, é uma lei natural. A senda que pessoas que não buscam a verdade trilham é diametralmente oposta à de Pedro(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como trilhar a senda de Pedro”). Deus expõe que as pessoas renunciam e se despendem em sua crença em Deus e no desempenho do dever para receber bênçãos e um bom desfecho e destinação para si mesmas — elas são governadas pela motivação de receber bênçãos. Quando refleti, descobri que eu tinha exatamente essas opiniões em relação à busca. Eu acreditava que realizar mais trabalho e deveres, cumprir as tarefas que os líderes me confiavam e obter resultados — isso levaria à aprovação de Deus, e eu teria um bom desfecho e destinação. Por causa disso, eu me empenhava de todo o coração em fazer as coisas e, todos os dias, me ocupava com o trabalho. Pensei em Paulo, que só dava ênfase a pregação e trabalho. Ele percorreu um longo caminho e pagou um preço significativo, mas não colocou as palavras de Deus em prática, e seu caráter corrupto não mudou em nada. Ao fazer tudo isso, ele estava apenas fazendo um acordo com Deus na esperança de receber uma coroa e recompensas. No fim, ele até deu testemunho de si mesmo, dizendo: “Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1:21). Ele ofendeu o caráter de Deus e foi eliminado e punido por Ele. Olhando para trás agora, eu estava trilhando a senda de Paulo: confiava em minhas noções e imaginações, acreditando que, desde que eu trabalhasse mais, cumprisse os deveres que me foram confiados e obtivesse resultados, Deus certamente me daria um bom destino no final. Dessa forma, eu enfatizava apenas a realização das coisas e até achava que comer e beber as palavras de Deus me atrasaria. Eu revelava um caráter arrogante, constrangia os outros, mas não enfatizava a resolução. Eu só queria trocar meu sacrifício e despêndio superficiais e os resultados do meu trabalho por bênçãos de Deus. Como isso poderia ganhar a aprovação de Deus? Por fora, eu parecia estar trabalhando sem parar todos os dias e parecia bastante leal em meu dever, mas, na verdade, eu não estava fazendo isso para satisfazer a Deus nem para o bem do trabalho da igreja; ao contrário, eu estava planejando meu próprio desfecho e destinação, estava tirando vantagem de Deus, tentando fazer acordos com Ele — é isso que Deus odeia. Se eu continuasse buscando com um coração egoísta e intenções adulteradas e meu caráter corrupto não mudasse em nada, eu certamente seria eliminnda por Deus no fim.

Mais tarde, li mais das palavras de Deus: “Pedro sentia-se incomodado com qualquer coisa em sua vida que não satisfizesse as intenções de Deus. Se algo não satisfazia as intenções de Deus, ele sentia-se arrependido e procurava uma maneira adequada pela qual pudesse se empenhar para satisfazer o coração de Deus. Mesmo nos menores e mais e inconsequentes aspectos de sua vida, ele ainda exigia de si mesmo a satisfação das intenções de Deus. E não era menos rigoroso no que dizia respeito ao seu antigo caráter, sempre rígido ao exigir de si mesmo progresso mais profundo na verdade. […] Na sua crença em Deus, Pedro procurou satisfazer Deus em tudo, e procurou se submeter a tudo o que viesse de Deus. Sem a mais ligeira queixa, ele pôde aceitar castigo e julgamento, bem como refinamento, tribulação e carência em sua vida, e nada disso conseguiu mudar seu coração que ama a Deus. Não era esse o máximo amor a Deus? Não era esse o cumprimento do dever de um ser criado? Quer no castigo, no julgamento ou na tribulação; você é sempre capaz de alcançar a submissão até a morte, e isso é o que um ser criado deve alcançar, esta é a pureza do amor a Deus. Se o homem pode conseguir tanto assim, ele é um ser criado qualificado, e não há nada que melhor satisfaça as intenções do Criador. Imagine que você seja capaz de trabalhar para Deus, mas não se submeta a Deus e não consiga amar a Deus autenticamente. Desse modo, você não só não terá cumprido o dever de um ser criado, como também será condenado por Deus porque é alguém que não possui a verdade, que é incapaz de se submeter a Deus e que se rebela contra Deus. Você só se interessa em trabalhar para Deus e não tem interesse em pôr a verdade em prática nem em conhecer-se. Você não compreende nem conhece o Criador, não se submete nem ama o Criador. Você é alguém inerentemente rebelde para com Deus, e pessoas assim não são prezadas pelo Criador(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “O sucesso ou o fracasso dependem da senda que o homem percorre”). As palavras de Deus dizem que, independentemente das banalidades com que Pedro se deparou na vida, ele foi capaz de buscar a verdade e de buscar satisfazer a Deus. Ele também era capaz de refletir prontamente sobre os caracteres corruptos que revelava, e, enquanto trabalhava, enfatizava sua própria entrada. Ele suportou um fardo pela comissão de Deus e sua própria entrada na vida — a senda que percorreu foi bem-sucedida. Mas eu só enfatizava a correria e o trabalho, não a busca da verdade. Quando eu revelava corrupção, não lhe dava importância, não refletia nem conhecia a mim mesma, e até hoje eu não mudei de modo algum — a senda que percorria era uma senda de fracasso. Na realidade, as pessoas devem pagar o preço e se despender por Deus: esse é o dever delas, Não é como eu imaginava, que bastava fazer meu trabalho. Ser capaz de buscar a verdade quando as coisas surgirem, enfatizar o conhecimento de sua corrupção e deficiências no processo de cumprir seu dever, buscar a verdade para resolver seu caráter corrupto e tomar a verdade como critério para agir e se comportar — somente isso levará ao progresso na vida. Embora meu caráter corrupto não possa ser resolvido em um instante, devo colocar ênfase em conhecê-lo e reverter o curso, refletindo sobre mim mesma com base nas palavras de Deus, encontrar os princípios aos quais devo aderir e praticar de acordo com as palavras de Deus.

Mais tarde, li outra passagem das palavras de Deus: “Não importa quão ocupadas com seus deveres estejam as pessoas que buscam a verdade, elas ainda assim conseguem buscar a verdade para resolver problemas que as acometem e buscar comunhão sobre coisas que não estão claras para elas em sermões que ouviram e aquietar seu coração diariamente para refletir sobre como foi seu desempenho e então considerar as palavras de Deus e assistir a vídeos de testemunho experiencial. Elas ganham coisas disso. Não importa quão ocupadas sejam com seus deveres, isso não impede sua entrada na vida nem a atrasa nem um pouco. É natural para pessoas que amam a verdade praticar desse jeito. Pessoas que não amam a verdade não a buscam e não estão dispostas a se aquietar diante de Deus para refletir sobre si mesmas e conhecer a si mesmas, independentemente de se estão ocupadas com seu dever e dos problemas que as acometem. Assim, quer estejam ocupadas, quer estejam desocupadas em seu dever, elas não buscam a verdade. Fato é que, se alguém que tiver um coração de buscar a verdade, e ansiar pela verdade, e carregar o fardo da entrada na vida e da mudança de caráter, ele se aproximará de Deus no coração e orará a Ele, não importa quão ocupado esteja com seu dever. Ele certamente ganhará algum esclarecimento e brilho do Espírito Santo, e sua vida crescerá sem cessar. Se alguém não ama a verdade e não carrega nada do fardo da entrada na vida nem da mudança de caráter, ou se ele não se interessa por isso, ele não pode ganhar nada. Refletir sobre as manifestações de corrupção que se tem é algo a ser feito em qualquer lugar, a qualquer hora. Por exemplo, se alguém manifestou corrupção durante o desempenho do dever, então, no coração, ele precisa orar a Deus, e refletir sobre si mesmo, e conhecer seu caráter corrupto, e buscar a verdade para resolvê-lo. Isso é um assunto do coração; isso não é relevante para a tarefa à mão. É fácil fazer isso? Isso depende de se você é alguém que busca a verdade. As pessoas que não amam a verdade não estão interessadas em questões de crescimento na vida. Elas não consideram tais coisas. Só as pessoas que buscam a verdade estão dispostas a se dedicar ao crescimento na vida; só elas ponderam frequentemente problemas que realmente existem e como buscar a verdade para resolver esses problemas. Na verdade, o processo de resolver problemas e o de buscar a verdade são a mesma coisa. Se alguém está constantemente concentrado em buscar a verdade para resolver problemas enquanto desempenha seu dever e resolveu muitos problemas ao longo de vários anos de tal prática, então seu desempenho do dever certamente está à altura do padrão. Tais pessoas têm muito menos manifestações de corrupção e ganharam muita experiência verdadeira no desempenho de seus deveres. Assim, são capazes de testificar de Deus. […] Se alguém busca a verdade não é uma questão de quão ocupadas estejam com seu dever nem de quanto tempo tenham; depende de se elas amam a verdade de coração. Fato é que todos têm a mesma abundância de tempo; a diferença é com que cada pessoa o gasta. É possível que qualquer um que diga que não tem tempo para buscar a verdade esteja gastando seu tempo com prazeres carnais ou que esteja ocupado com algum empreendimento externo. Ele não gasta esse tempo buscando a verdade para resolver problemas. É assim que são as pessoas que são negligentes em sua busca. Isso atrasa a grande questão de sua entrada na vida(A Palavra, vol. 6: Sobre a busca da verdade I, “O que significa buscar a verdade (3)”). Encontrei a senda de prática nas palavras de Deus: reservar um tempo todos os dias para comer, beber e ponderar as palavras de Deus, reflitir sobre mim mesma, sobre a corrupção que manifestei hoje, sobre as coisas que fiz sem princípios — não importa se faço isso por muito tempo ou não, contanto que eu possa colher ganhos. Quando não estou ocupada durante o cumprimento de meu dever, posso reservar algum tempo para ler as palavras de Deus, e quando estiver ocupada, posso me concentrar no cumprimento de meu dever, trazendo as palavras de Deus para a vida real para praticá-las e vivenciá-las. Antes, quando se tratava de devoção espiritual ou de buscar as palavras de Deus para resolver meu estado, eu argumentava que não tinha tempo. Na verdade, não era porque eu estava ocupada cumprindo meu dever e não tinha tempo para ler as palavras de Deus; era que eu não amava a verdade e só enfatizava a realização das coisas. Mesmo quando não estava ocupada com meu dever, ainda assim eu não me concentrava em ler as palavras de Deus nem em buscar a verdade para resolver meus caracteres corruptos. Agora eu entendi que, na realidade, não há separação entre cumprimento do dever e entrada na vida. Enquanto cumprimos nosso dever, buscamos a verdade para resolver problemas e nosso caráter corrupto — tudo isso envolve a entrada na vida. Temos que fazer o trabalho que devemos fazer, mas não podemos ignorar a entrada na vida. Depois disso, dei ênfase à ponderação das palavras de Deus, à busca da verdade e à reflexão sobre mim mesma. Aproveitei um pouco do tempo livre. Enquanto costumava comer, caminhar ou lavar roupa, eu também refletia sobre meu próprio estado e sobre as palavras de Deus — contanto que eu quisesse buscar e procurar, sempre haveria tempo. E também refleti sobre mim mesma. Eu sempre desprezava meus parceiros e muitas vezes perdia a cabeça. Que tipo de problema era esse? Vim para diante de Deus para orar e encontrei passagens nas palavras de Deus para comer e beber com relação a meu próprio estado. Eu sabia que minha cabeça quente era governada por uma natureza arrogante e que minhas exigências em relação aos outros eram muito altas. O irmão com quem eu estava fazendo parceria era idoso e nunca havia cumprido esse dever antes. Era normal que suas reações fossem um pouco lentas. Eu sempre fazia exigências a ele de acordo com meus próprios padrões e falava com ele em tom de desaprovação. Eu não adotava a perspectiva dele para considerar as coisas e não abordava as questões de acordo com a situação diferente de cada pessoa. Dessa forma, quando eu interagia com os outros, sempre fazia com que eles se sentissem prejudicados e constrangidos. Eu realmente estava sendo insensata demais. Quando me dei conta disso, finalmente comecei a levar esse problema a sério. Em nossa discussão seguinte sobre o trabalho, quando vi que os irmãos estavam demorando a responder, consegui tratar isso corretamente e dar-lhes algum tempo para refletir. Eu poderia comunicar os princípios correspondentes com mais detalhes da melhor maneira possível, e quando eles me fizessem certas perguntas, eu poderia pacientemente comunicar-me com eles, buscar a verdade e entrar com eles. Mais tarde, quando as coisas surgiam, comecei a dar ênfase a examinar o que eu havia revelado. Quando eu tinha pensamentos ou ideias incorretas ou quando revelava um caráter corrupto, eu orava a Deus conscientemente e buscava as verdades relacionadas para resolver o problema, em vez de tratar essas coisas de acordo com meu caráter corrupto.

Mais tarde, houve um período em que meu dever ficou corrido novamente. Alguns dos irmãos e irmãs violaram os princípios em suas ações e precisavam ser comunicados e resolvidos. Além disso, havia alguns receptores potenciais do evangelho que precisavam que o evangelho fosse pregado a eles. Quando vi que todo esse trabalho precisava ser feito, meu primeiro pensamento foi o de me apressar e ir fazer isso. Foi então que, de repente, me lembrei de como antes eu sempre tinha me preocupado apenas em fazer as coisas, eu ia aonde precisava ir e fazia o que precisava fazer, mas não obtinha nenhum ganho. Eu não podia fazer isso novamente, tinha que buscar os princípios. Então me acalmei e ponderei as manifestações dos irmãos e encontrei algumas das palavras de Deus e pensei em como me comunicar para obter resultados e fazer com que eles conhecessem a essência do problema. Com relação aos receptores potenciais do evangelho, também descobri qual era o problema principal deles e busquei a verdade relevante para me preparar com antecedência. Por meio dessa busca, entendi certos princípios da verdade que não havia entendido antes, colhi alguns ganhos e alcancei alguns resultados em meu dever. Por meio dessa experiência, percebi a importância de dar atenção à entrada na vida e buscar as verdades princípios ao cumprir meu dever.

Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

Conteúdo relacionado

Como parei de contar mentiras

Por Marinette, França No passado, eu mentia e bajulava as pessoas sem pensar duas vezes, pois eu temia decepcionar ou ofender as pessoas se...

Conecte-se conosco no Messenger