O egoísmo é vil
No início de 2021, a irmã Zhang Yichen e eu estávamos apoiando juntas uma igreja recém-estabelecida. Yichen era nova na fé e não tinha muita experiência de vida, mas o calibre dela era bom e ela buscava ativamente a verdade, por isso eu queria cultivá-la o quanto antes, pois isso garantiria que o trabalho da igreja transcorreria com mais facilidade. Intencionalmente, envolvi Yichen em todos os diferentes projetos de trabalho da igreja e a apoiava sempre que percebia alguma das deficiências dela. Depois de um período de treinamento, Yichen fez um ótimo progresso. Mas, vários meses depois, ela foi promovida e designada para outro dever. Relutei em deixá-la ir e achei que estava perdendo uma assistente muito capaz. Pensar em como eu teria que lidar com todo o trabalho da igreja sozinha seguindo em frente, ter que trabalhar mais era uma coisa, mas se o meu desempenho sofresse, o que as pessoas pensariam de mim? Então me ocorreu que, se ela assumisse uma carga maior, isso beneficiaria o trabalho da igreja. Eu não devia ser tão egoísta — quando Yichen partisse, eu poderia simplesmente cultivar outra pessoa.
Pouco tempo depois, algumas igrejas próximas organizaram uma reunião para os regadores, para que resumissem e compartilhassem suas experiências. A líder pediu que eu escolhesse um obreiro de rega para participar. Na hora, pensei em recomendar a irmã Wang Mingxi. Ela era uma regadora eficaz e muito meticulosa e responsável. Se eu a enviasse à reunião, ela poderia cultivar ainda mais irmãos e irmãs após retornar, e então o trabalho de rega da igreja seria ainda mais eficiente, o que melhoraria a minha imagem. Portanto enviei Mingxi à reunião. No entanto, alguns dias depois de Mingxi retornar da reunião, a líder passou a procurá-la o tempo todo. Eu me perguntei: “Será que a líder promoverá Mingxi? Ela é uma regadora experiente da nossa igreja. Se ela partir, nosso trabalho de rega não sofrerá? Então o que os irmãos e irmãs pensarão de mim? Se eu soubesse disso, eu jamais teria permitido que ela participasse da reunião”. Mais tarde, Mingxi me contou que havia outra igreja que precisava urgentemente de regadores, por isso a líder planejava realocá-la. Relutei em concordar com isso, mas eu temia que, se não concordasse, a líder diria que eu era egoísta e não considerava a vontade de Deus. Eu não tinha escolha senão permitir que Mingxi partisse. Quando ela partiu, fiquei bastante deprimida. Pensei: “Se os recém-convertidos deixarem a igreja porque não há obreiros capazes para regá-los, a líder lidará comigo e dirá que eu não cumpro a minha responsabilidade? Como eu poderia lidar com esse tipo de vergonha?”. Quanto mais pensava, mais eu resistia.
Um dia, quando voltei de uma reunião, duas irmãs que trabalhavam para regar os recém-convertidos me disseram: “Recebemos uma carta da líder pedindo que você encontre mais dois regadores e escreva uma avaliação sobre nós duas”. Quando ouvi isso, fiquei visivelmente infeliz. Pensei: “A líder está planejando realocá-las também? Eu acabei de treinar essas duas irmãs. Tenho sido capaz de delegar muito trabalho para elas e, agora, preciso me preocupar com muito menos. Se elas forem realocadas, minha carga de trabalho aumentará, e, além disso, meu desempenho certamente sofrerá. Se isso acontecer, a líder não dirá que eu não sou uma boa líder?”. Quando isso me ocorreu, eu respondi, infeliz: “Eu não tenho como saber o que a líder está pensando”. As duas irmãs viram que eu estava desanimada e, perplexas, me perguntaram: “Qual é o problema? A líder não está só pedindo que você encontre mais dois regadores?”. Quando ouvi a resposta delas, fiquei um pouco envergonhada. Depois de recuperar minha compostura, eu respondi superficialmente: “Tudo bem, então devemos escolher alguns candidatos qualificados”. Foi o que eu disse em voz alta, mas, na minha mente, eu estava contestando a decisão: “A líder está tratando a nossa igreja como um centro de treinamento para talentos? Primeiro ela quer esse talento, depois ela quer aquele. Finalmente o trabalho da igreja começou a progredir, mas como devemos proceder se ela ficar realocando esses talentos?”. Quanto mais pensava nisso, pior eu me sentia, e eu comecei a sentir certa animosidade em relação à líder. Continuei cumprindo meus deveres, mas com menos entusiasmo do que antes. Pouco tempo depois, durante uma reunião, a líder disse que queria ouvir mais sobre o irmão Zhao Chengzhi, pois pretendia promovê-lo e cultivá-lo. Assim que ouvi isso, aquele ressentimento voltou. Pensei: “Chengzhi vem tendo um bom desempenho nos deveres dele, e eu quero designá-lo para assumir a responsabilidade pelo trabalho de rega. Se todas essas pessoas forem realocadas, como devo fazer todo esse trabalho sozinha? Poderei obter bons resultados assim?”. Quanto mais pensava nisso, mais irritada eu ficava: “Vá em frente, realoque-os! Jamais eu obstruiria o trabalho da igreja”. Depois disso, não consegui me acalmar e me senti toda aflita durante a reunião. Depois da reunião, arrastei-me para casa e decidi escrever uma carta à líder, pedindo que ela não realocasse Chengzhi. Na hora, percebi que eu estava sendo irracional e desisti de escrever a carta. Mas continuei agitada e desanimada.
Mais tarde, a líder realizou uma reunião conosco, e eu comunguei meu estado e comportamento recentes. A líder me mostrou uma passagem da palavra de Deus: “A essência do egoísmo e da vileza dos anticristos é óbvia; suas manifestações desse tipo são particularmente proeminentes. A igreja lhes confia algum trabalho, e se ele traz renome e benefícios e permite que mostrem a cara, eles se interessam muito e estão dispostos a aceitá-lo. Se é um trabalho ingrato ou envolve ofender pessoas, ou não lhes permite mostrar a cara, ou se não é benéfico para seu status e reputação, eles não têm interesse e não o aceitarão, como se esse trabalho nada tivesse a ver com eles e não fosse o trabalho que eles deveriam fazer. Quando encontram dificuldades, não há chance de eles buscarem a verdade para resolvê-las, muito menos tentam ver o quadro geral ou consideram o trabalho da igreja. Por exemplo, dentro do escopo do trabalho da casa de Deus, com base nas necessidades do trabalho geral, pode haver algumas transferências de pessoal. Se algumas pessoas fossem transferidas de uma igreja, qual seria o modo sensato de os líderes tratarem o assunto? Qual é o problema se eles se preocupam somente com os interesses de sua igreja, e não com os interesses gerais, e se eles se recusam totalmente a transferir pessoas? Por que, como líderes de igreja, eles não são capazes de se submeter aos arranjos gerais da casa de Deus? Tal pessoa considera a vontade de Deus? Ela está atenta ao quadro geral do trabalho? Se ela não pensa no trabalho da casa de Deus como um todo, mas somente nos interesses de sua própria igreja, ela não é muito egoísta e desprezível? Os líderes de igreja deveriam se submeter incondicionalmente à soberania e aos arranjos de Deus, e aos arranjos e à coordenação centralizada da casa de Deus. Isso é o que está de acordo com as verdades princípios. Quando exigido pelo trabalho da casa de Deus, não importa quem seja, todos devem se submeter à coordenação e aos arranjos da casa de Deus, e de forma alguma devem ser controlados por nenhum líder ou obreiro individual, como se pertencessem a ele ou estivessem sujeitos às suas decisões. A obediência dos escolhidos de Deus aos arranjos centralizados da casa de Deus é perfeitamente natural e justificada, e não deve ser desafiada por ninguém. A não ser que um líder ou obreiro individual faça uma transferência irracional que não esteja de acordo com os princípios — caso em que ela pode ser desobedecida —, todos os escolhidos de Deus devem obedecer, e nenhum líder ou obreiro tem o direito ou qualquer razão para tentar controlar qualquer pessoa. Vocês diriam que existe algum trabalho que não é o trabalho da casa de Deus? Existe algum trabalho que não envolve a expansão do evangelho do reino de Deus? Tudo é o trabalho da casa de Deus, cada trabalho é equivalente, e não existe ‘seu’ e ‘meu’. Se a transferência está alinhada com os princípios e se baseia nas exigências do trabalho da igreja, então essas pessoas devem ir para onde mais se precisa delas. E, no entanto, qual é a reação dos anticristos quando confrontados com esse tipo de situação? Eles arranjam diversos pretextos e desculpas para manter essas pessoas adequadas de seu lado, e eles só oferecem duas pessoas comuns, e depois encontram algum pretexto para exercer pressão sobre você, falando de como o trabalho é intenso ou que falta pessoal, que é difícil encontrar pessoas e que, se essas duas pessoas forem transferidas, o trabalho sofrerá. E eles perguntam a você o que eles deveriam fazer, e fazem com que você sinta que transferir as pessoas significa que você lhes deve. Não é assim que opera o diabo? É assim que os incrédulos fazem as coisas. As pessoas que sempre tentam proteger seus interesses na igreja — elas são pessoas boas? São pessoas que agem de acordo com os princípios? De forma alguma. São incrédulos e não crentes. E isso não é egoísta e vil? Se alguém de calibre bom, sob um anticristo, é transferido para cumprir outro dever, em seu coração o anticristo resiste teimosamente e rejeita isso — ele quer desistir e não tem entusiasmo para ser líder ou chefe de grupo. Que problema é esse? Por que ele não tem obediência nenhuma em relação aos arranjos da igreja? Ele acha que a transferência de sua ‘mão direita’ impactará a produtividade e o progresso de seu trabalho, e que seu status e sua reputação serão afetados em decorrência disso, o que o obrigará a trabalhar mais e sofrer mais para garantir a produtividade — o que é a última coisa que ele quer fazer. Ele se acostumou com o conforto e não quer trabalhar nem sofrer mais, por isso não quer deixar que a pessoa vá embora. Se a casa de Deus insiste na transferência, ele faz um escândalo e até se recusa a fazer seu trabalho. Isso não é egoísta e vil? Os escolhidos de Deus deveriam ser alocados centralmente pela casa de Deus. Isso nada tem a ver com qualquer líder, chefe de equipe ou indivíduo. Todos devem agir de acordo com os princípios; essa é a regra da casa de Deus. Quando os anticristos não agem de acordo com os princípios da casa de Deus, quando tramam constantemente para o bem de seu status e interesses, e obrigam os irmãos e irmãs de calibre bom a servi-los, para consolidar seu poder e status, isso não é egoísta e vil? Por fora, parece que, ao manter pessoas de calibre bom ao seu lado e não permitir que elas sejam transferidas pela casa de Deus, eles estão pensando no trabalho da igreja, mas, na verdade, só estão pensando em seu status e poder, e não no trabalho da igreja. Eles temem fazer mal o trabalho da igreja, ser substituídos e perder seu status. Quando os anticristos não pensam no trabalho mais amplo da casa de Deus, só pensam em seu status, protegem seu status sem remorso pelos custos aos interesses da casa de Deus, e defendem seu status e interesses, prejudicando o trabalho da igreja, isso é egoísta e vil” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Excurso Quatro: Resumindo a qualidade dos anticristos e a essência de seu caráter (parte 1)”). As palavras de Deus expõem como os anticristos são profundamente egoístas e desprezíveis. A fim de preservar seu status e reputação, eles acumulam pessoas e não estão dispostos a compartilhá-las e não consideram nem minimamente o trabalho da igreja. Eu vi como o meu comportamento era igual ao de um anticristo. Especialmente quando eu li estas linhas: “Quando os anticristos não agem de acordo com os princípios da casa de Deus, quando tramam constantemente para o bem de seu status e interesses, e obrigam os irmãos e irmãs de calibre bom a servi-los, para consolidar seu poder e status, isso não é egoísta e vil?”, as palavras de Deus me angustiaram profundamente. Eu refleti sobre meu comportamento recente: quando soube que Mingxi poderia ser promovida, eu temi que o trabalho de rega sofreria e que a minha reputação seria prejudicada, por isso não quis que ela fosse embora, e até me arrependi de tê-la enviado para participar da reunião. Quando a líder pediu que eu encontrasse dois outros regadores e avaliasse as minhas irmãs, eu supus que a líder estava pensando em realocá-las e quis resistir e discutir. Até desenvolvi animosidade contra a líder. Quando a líder quis promover Chengzhi, eu sabia que ele cumpria os princípios para promoção e treinamento, mas quando pensei no impacto sobre o trabalho evangelístico e de rega da igreja se ele partisse, eu não quis que ele partisse. Eu tratei os irmãos e irmãs como meus braços direitos capazes, e quis ficar com eles só para mim para me ajudarem a solidificar meu status e reputação, e a satisfazer os meus desejos egoístas. Eu não pensei nos interesses da igreja nem considerei como agir para satisfazer a Deus. Eu era tão egoísta e baixa. Os incrédulos do mundo secular fazem tudo que podem para manter os melhores talentos do lado deles para ajudá-los a expandir e desenvolver seus empreendimentos. Eu cumpria meu dever da mesma forma. Tratava meu dever como meu empreendimento pessoal, agia de acordo com princípios que serviam a mim mesma e só considerava meu status e reputação. Deus detestava tais ações e se enojava com elas — eu estava trilhando a senda do anticristo de resistir a Deus.
Mais tarde, deparei-me com outra passagem das palavras de Deus: “Se alguém diz que ama a verdade e busca a verdade, mas, em essência, o objetivo que ele busca é distinguir-se, exibir-se, fazer com que as pessoas o admirem, realizar os próprios interesses, e ele cumpre seu dever não para obedecer ou satisfazer a Deus, mas para alcançar prestígio e status, então sua busca é ilegítima. Assim sendo, quando se trata do trabalho da igreja, as suas ações são um obstáculo ou o ajudam a avançar? Elas são claramente um obstáculo; elas não o avançam. Algumas pessoas levantam a bandeira de fazer o trabalho da igreja, mas buscam seu prestígio e status pessoais, administram uma operação própria, criam seu grupinho, seu próprio reino pequeno — esse tipo de pessoa está cumprindo seu dever? Todo o trabalho que eles fazem interrompe, perturba e prejudica, essencialmente, o trabalho da igreja. Qual é a consequência da sua busca por status e prestígio? Em primeiro lugar, isso afeta como o povo escolhido de Deus come e bebe a palavra de Deus e como entende a verdade, isso impede sua entrada na vida, impede-o de entrar na trilha certa da fé em Deus e o leva para a senda errada — o que prejudica os escolhidos e os leva à ruína. E o que isso acaba por fazer ao trabalho da igreja? É perturbação, prejuízo e desmantelamento. Essa é a consequência produzida pela busca das pessoas por fama e status. Quando cumprem o seu dever dessa forma, isso não pode ser definido como trilhar a senda de um anticristo? Quando Deus pede que as pessoas deixem de lado status e prestígio, não é que Ele esteja privando as pessoas do direito de escolha; pelo contrário, é porque, enquanto buscam prestígio e status, as pessoas interrompem e prejudicam o trabalho da igreja e a entrada do povo escolhido de Deus na vida, e podem até influenciar como os outros comem e bebem as palavras de Deus, compreendem a verdade, e assim alcançam a salvação de Deus. Esse fato é indiscutível. Quando as pessoas buscam seu prestígio e status, é certo que elas não buscarão a verdade e que não cumprirão seu dever fielmente. Só falarão e agirão em prol de prestígio e status, e todo trabalho que fazem, sem a menor exceção, é com esse fim. Comportar-se e agir dessa forma é, sem qualquer dúvida, trilhar a senda dos anticristos; é uma interrupção e perturbação da obra de Deus, e todas as suas várias consequências estão impedindo a propagação do evangelho do reino e o fluxo livre da vontade de Deus dentro da igreja. Assim, pode-se dizer com certeza que a senda trilhada pelos que buscam status e prestígio é a senda de resistência a Deus. É resistência intencional a Ele, é contradizê-Lo — é cooperar com Satanás em resistir a Deus e em colocar-se em oposição a Ele. Essa é a natureza da busca das pessoas por status e prestígio. O problema com a busca das pessoas por seus interesses é que os objetivos que elas buscam são os objetivos de Satanás — são objetivos perversos e injustos. Quando as pessoas buscam interesses pessoais tais como prestígio e status, elas involuntariamente se tornam uma ferramenta de Satanás, se tornam um canal para Satanás e, além disso, se tornam uma personificação de Satanás. Elas exercem um papel negativo na igreja; no que diz respeito ao trabalho da igreja, à vida normal de igreja e à busca normal do povo escolhido de Deus, o efeito que elas têm é perturbar e prejudicar; elas têm um efeito adverso e negativo” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 1”). Por meio das palavras de Deus, eu percebi que a natureza e as consequências de não praticar a verdade e de sempre proteger os próprios interesses são muito severas. Isso perturba e obstrui o trabalho da igreja e é um serviço feito para Satanás. A igreja cultiva e promove pessoas para permitir que elas recebam treinamento numa posição adequada e para permitir que elas aproveitem ao máximo as suas habilidades. Isso é benéfico para a entrada na vida dos nossos irmãos e irmãs e para o trabalho da igreja e está de acordo com a vontade de Deus — é uma coisa positiva que eu, como líder, deveria preservar e apoiar. Em vez disso, quando via que irmãos e irmãs eram promovidos, eu não ficava feliz por eles, mas só considerava meu status, minha reputação. Achava que esses irmãos e irmãs eram eficientes, eram meus braços direitos, assistentes capazes. Se eles cumprissem seus deveres na minha igreja, eu teria que me preocupar com muito menos, poderíamos trabalhar com mais eficiência e meu status seria solidificado. Por isso, quando, um após o outro, eles foram promovidos e realocados, eu resisti, me ressenti e não quis permitir que eles partissem. Eu não pensei nem minimamente naquilo que seria melhor para o trabalho da igreja nem considerei que tipo de ambiente forneceria o melhor treinamento para eles, permitindo que eles usassem suas habilidades. Eu chamava isso de cumprir o meu dever? Evidentemente, eu estava agindo como emissária de Satanás, obstruindo o trabalho da igreja. Eu só estava cumprindo meu dever em prol de status e reputação, e não importava quanto eu fizesse, Deus não o reconheceria. Pensei nos pastores e presbíteros do mundo religioso, que estão plenamente cientes de que a Igreja de Deus Todo-Poderoso testificou que o Senhor retornou, e entretanto, por causa de status e renda, eles ainda fazem de tudo para impedir que os crentes investiguem o caminho verdadeiro e recebam o Senhor. Tratam seus crentes como bens privados e os mantêm firmemente sob seu poder. Lutam com Deus pelos crentes e se tornaram anticristos e servos do mal, condenados e amaldiçoados por Deus. A forma com que eu agia era diferente desses pastores e presbíteros? Se não me arrependesse, eu teria o mesmo destino dos fariseus do mundo religioso, ofenderia o caráter de Deus e suportaria Sua punição e maldições.
Na época, deparei-me com outra passagem das palavras de Deus: “Para todos que cumprem um dever, por mais profundo ou raso que seja seu entendimento da verdade, a maneira mais simples de praticar entrar na verdade realidade é pensar nos interesses da casa de Deus em tudo e abrir mão de desejos egoístas, intenções, motivos, orgulho e status pessoais. Coloque os interesses da casa de Deus em primeiro lugar — isso é o mínimo que se deve fazer. Se uma pessoa que cumpre um dever não consegue fazer nem mesmo isso, como se pode dizer que ela está cumprindo seu dever? Isso não é cumprir o dever. Você deveria primeiro pensar nos interesses da casa de Deus, considerar a vontade de Deus e considerar o trabalho da igreja. Coloque essas coisas acima de tudo; só depois disso você pode pensar sobre a estabilidade de seu status ou sobre como os outros o consideram. Vocês não acham que isso fica um pouco mais fácil quando vocês o dividem em dois passos e fazem algumas concessões? Se praticar assim por algum tempo, você vai achar que satisfazer a Deus não é algo tão difícil. Além disso, você deve ser capaz de cumprir suas responsabilidades, cumprir seu dever e suas obrigações, e deixar de lado seus desejos, motivos e intenções egoístas; você deveria ter consideração pela vontade de Deus e colocar em primeiro lugar os interesses da casa de Deus, o trabalho da igreja e o dever que é para você cumprir. Após experimentar isso por algum tempo, você sentirá que essa é uma boa maneira de se comportar. É viver franca e honestamente, e não ser uma pessoa baixa, vil; é viver justa e honradamente, em vez de ser desprezível, baixo e inútil. Você achará que é assim que uma pessoa deveria agir e a imagem que ela deveria viver. Aos poucos, seu desejo de satisfazer seus interesses diminuirá” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus apontam uma senda de prática. A chave para cumprir os nossos deveres é priorizar os interesses da igreja e deixar de lado os nossos interesses pessoais para salvaguardar o trabalho da igreja. Na verdade, pessoas com consciência, racionalidade e humanidade considerariam o que o trabalho exige e se submeteriam aos arranjos da igreja se as pessoas fossem realocadas. Não considerariam seus interesses pessoais. O aspecto central do trabalho de líder é regar os irmãos e irmãs e cultivar talentos, permitindo que cada irmão e cada irmã usem seus talentos e cumpram os deveres mais apropriados para eles. Os escolhidos de Deus pertencem a Deus, não a uma pessoa. A igreja pode decidir realocar pessoas com base nas necessidades do trabalho e em quem é mais apropriado para algum dever. Eu não tinha nenhum direito de acumular pessoas para mim mesma. Quando entendi isso, eu me dispus a renunciar à minha carne e a não priorizar mais os meus interesses de forma egoísta e desprezível.
Um dia, recebi uma carta da líder, pedindo que eu escrevesse uma avaliação sobre Chengzhi. Ela queria avaliar se ele poderia ser promovido para liderar o trabalho de rega. Pensei: “Atualmente, Chengzhi preside sobre o nosso trabalho de evangelismo e rega. Se ele partir e o desempenho do nosso trabalho sofrer, a líder não dirá que sou incompetente?”. Nesse momento, percebi de repente que eu estava sendo egoísta e egocêntrica de novo. Chengzhi era um regador talentoso, e seria mais benéfico para o trabalho da igreja se ele fosse responsável por uma porção maior do trabalho. Em troca, ele receberia mais treinamento, portanto eu deveria apoiar. Nesse momento, lembrei-me das palavras de Deus, que dizem: “Deus é eternamente supremo e sempre honrável, enquanto o homem é eternamente baixo, eternamente desprezível. Isso porque Deus está eternamente fazendo sacrifícios e Se dedicando à humanidade; o homem, porém, para sempre toma e esforça-se apenas para si mesmo. Deus está eternamente fazendo esforços para a sobrevivência da humanidade, mas o homem jamais contribui com algo para o bem da luz ou para a justiça. Mesmo que o homem faça um esforço por um tempo, não consegue resistir a um único golpe, pois o esforço do homem é sempre para o próprio bem, e não pelos outros. O homem é sempre egoísta, enquanto Deus é eternamente altruísta. Deus é a fonte de tudo que é justo, bom e belo, enquanto o homem é aquele que sucede a todo mal e fealdade e os torna manifestos. Deus jamais alterará Sua essência de justiça e beleza, mas o homem é perfeitamente capaz de, a qualquer momento e em qualquer situação, trair a justiça e afastar-se para longe de Deus” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “É muito importante entender o caráter de Deus”). Deus é tão santo! Deus é eternamente altruísta, e qualquer que seja a obra que Ele faça ou a situação que Ele crie para as pessoas, Ele sempre o faz considerando a vida das pessoas e a fim de purificar e transformar nossos caracteres corruptos, permitindo que sejamos salvos e vivamos uma humanidade normal. Refletindo sobre mim mesma, eu vi que, assim que a situação que Deus criava ameaçava os meus interesses, eu me queixava e resistia e era terrivelmente egoísta e desprezível. Pensando na santidade e no altruísmo de Deus, senti vergonha, remorso e arrependimento. Percebi que viver desse jeito era deplorável, baixo e sem valor. Eu tinha que parar de ser tão egoísta e desprezível, considerando apenas status e reputação. Eu devia fazer dos interesses da igreja a minha mais alta prioridade. Então reuni todas as avaliações de Chengzhi e as entreguei à líder, e, depois disso, Chengzhi foi promovido a supervisor. Depois de praticar desse jeito, eu me senti firme e em paz.
Algum tempo depois, percebi que a irmã Li Hui tinha calibre bom, comungava a verdade de modo detalhado e em camadas, era amorosa e paciente com os irmãos e irmãs, tinha os talentos necessários para espalhar o evangelho e regar recém-convertidos e era apta a ser treinada. Quando Chengzhi partiu, nosso trabalho não só não sofreu, ele até melhorou um pouco. No passado, eu sempre achava que, quando essas pessoas partiam, o nosso trabalho sofreria. Agora percebo que eu estava totalmente errada. Essa era apenas a minha desculpa para confiar em recursos preexistentes e não fazer trabalho prático. Na verdade, é importante que seu coração esteja no lugar certo. Se você conseguir considerar a vontade de Deus, evitar agir de modo egocêntrico, treinar novos talentos assim que os outros são realocados e resolver problemas no seu trabalho de modo oportuno, você receberá a orientação de Deus. E seu trabalho melhorará continuamente. Graças a Deus!
Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.