76. Eu me prejudiquei com disfarces e enganos

Por Serena, Coreia do Sul

Em setembro de 2021, a igreja arranjou para que eu participasse da produção de um novo projeto de vídeo, que parecia ser bastante difícil. Eu sabia que me faltavam princípios e habilidade profissional; por isso, estudei muito e, quando participava de reuniões e discutia problemas, sempre me manifestava ativamente, na esperança de que os outros percebessem que meu calibre era alto e achassem que eu era alguém que valia a pena cultivar. Mas, em pouco tempo, uma série de problemas começou a surgir, um após o outro.

Certa vez, quando estávamos discutindo a produção de um vídeo, apontei algo que eu via como um problema. Mas, baseado em uma avaliação fundamentada em princípios, todos os outros decidiram que não era um problema, afinal. Isso fez com que eu me sentisse desanimada, como se eu não fosse boa. Em outra ocasião, quando tive uma sugestão para um vídeo, pensei muito antes de compartilhar minha opinião. Mas ainda assim não acertei. Depois, me arrependi de ter falado, pensando: “Se eu soubesse que as pessoas reagiriam dessa forma, não teria dito nada!”. Antes, quando eu fazia projetos simples, conseguia a aprovação de meus irmãos quase sempre que dava uma sugestão ou expressava uma opinião. Mas agora, eu não conseguia nem ver os problemas com clareza e estava sempre cometendo erros. Será que os irmãos pensariam que meu calibre não é tão alto? Se as coisas continuassem assim, será que eles começariam a questionar se eu estava apta a fazer esse trabalho? Parecia que eu teria que ser mais cautelosa ao dar uma sugestão ou expressar uma opinião no futuro. Se eu não tivesse certeza sobre algo, seria melhor não dizer nada e evitar cometer erros o máximo possível, para que os outros não vissem a verdade sobre quão inepta eu era. Mas então, meu pior medo se concretizou. Um dia, eu estava comunicando em uma reunião quando o líder da equipe me interrompeu de repente. Ele disse que eu tinha desviado do assunto e que minha comunhão deveria girar em torno das palavras de Deus. Fiquei muito envergonhada; meu rosto ficou vermelho, e eu só queria desaparecer em um buraco no chão. Durante o resto da reunião, apenas mantive a cabeça baixa, parecendo uma flor murcha. Senti-me envergonhada, humilhada e apática. Desde o início, minhas habilidades profissionais eram piores do que as de todos os outros, e minha visão sobre os assuntos era superficial. Mas agora, eu não conseguia nem mesmo articular os pontos principais ao falar. O que todos pensariam de mim agora que eu havia exposto tantas deficiências em um espaço de tempo tão curto? Será que pensariam que meu calibre era baixo? Daquele momento em diante, sempre que falávamos sobre trabalhar juntos, eu me sentia agitada e ficava com frio na barriga. Eu queria fazer sugestões, mas sempre que pensava em uma, reconsiderava e não ousava dizê-la, com medo de que, se eu cometesse um erro, todos veriam que eu não estava à altura. Decidi que era melhor não dizer nada do que dizer algo errado. Assim, quando estávamos discutindo problemas, parei de falar completamente. Às vezes, eu me pegava admirando os outros, que sempre expressavam qualquer ideia que tinham em mente. Mas eu ainda não conseguia fazer o mesmo — não tinha esse tipo de coragem. Na verdade, eu sabia que isso era errado. Sentia-me desconfortável e angustiada, mas não sabia o que fazer. Algum tempo depois, uma líder de nossa igreja foi dispensada. Quando os líderes superiores expuseram o desempenho dela, mencionaram que ela sempre tentava encobrir suas falhas e nunca se abria ao desempenhar seu dever. Suas palavras me tocaram profundamente, e não pude deixar de pensar em minhas próprias ações. Ultimamente, eu estava me fechando, escondendo minhas ideias e pontos de vista por medo de que as pessoas enxergassem através de mim. Naquele momento, percebi o quão perigoso meu estado era e sabia que tinha de buscar a verdade e resolvê-lo imediatamente.

Enquanto procurava, li uma passagem das palavras de Deus: “Cometer erros ou se disfarçar: qual desses tem a ver com o caráter? Disfarçar-se é uma questão de caráter; envolve um caráter arrogante, perversidade e engano; isso é particularmente detestado por Deus. […] Se, tendo cometido um erro, você puder tratar isso corretamente e permitir que todos os outros falem sobre isso, permitindo que comentem e discirnam sobre isso, e se você puder se abrir sobre isso e dissecar, qual será a opinião de todos sobre você? Eles dirão que você é uma pessoa honesta, pois seu coração está aberto para Deus. Por meio de suas ações e comportamento, eles serão capazes de ver seu coração. Mas se você tentar se disfarçar e enganar a todos, as pessoas terão uma opinião ruim sobre você e dirão que você é uma pessoa tola e insensata. Se você não tentar colocar uma fachada nem se justificar, se conseguir admitir seus erros, todos dirão que você é honesto e sábio. E o que o torna sábio? Todos cometem erros. Todos têm falhas e defeitos. E, na verdade, todos têm o mesmo caráter corrupto. Não se ache mais nobre, perfeito e bondoso do que os outros; isso é ser totalmente insensato. Uma vez que os caracteres corruptos das pessoas e a essência e face verdadeira da corrupção delas estiverem claros para você, você não tentará encobrir os próprios erros e não usará os erros de outras pessoas contra elas — você será capaz de encarar ambos corretamente. Somente então você se tornará perceptivo e não fará coisas tolas, o que fará de você uma pessoa sábia. Aqueles que não são sábios são pessoas tolas e sempre ficam pensando em seus erros pequenos, enquanto esgueiram-se pelos bastidores. Isso é repugnante de se testemunhar. Na verdade, o que você está fazendo é imediatamente evidente para as outras pessoas, mas você continua fazendo uma falsa exibição descaradamente. Para os outros, isso tem a aparência de uma palhaçada. Isso não é tolice? É, realmente. As pessoas tolas não têm nenhuma sabedoria. Não importam quantos sermões ouçam, mesmo assim elas não entendem a verdade nem veem nada como realmente é. Elas nunca descem do pedestal, achando que são diferentes de todos os outros e que são mais respeitáveis; isso é arrogância e presunção, isso é tolice. Os tolos não têm entendimento espiritual, têm? As questões nas quais você é tolo e insensato são as questões nas quais você não tem entendimento espiritual e não consegue entender facilmente a verdade. Essa é a realidade da questão(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Os princípios que devem guiar a conduta da pessoa”). Depois de ler as palavras de Deus, refleti sobre o estado em que me encontrava ultimamente. No início, pensei que o fato de ser selecionada para participar de um novo projeto de vídeo significava que meu calibre e minha capacidade não eram tão ruins e que valia a pena me cultivar. Por isso, expressei ativamente minhas opiniões e me envolvi em comunhões e discussões, na esperança de obter a aprovação de todos. Mas, quando vi que estava constantemente expondo meus problemas, senti-me envergonhada. As pessoas estavam enxergando através de mim, e eu não conseguia aceitar isso. Achei que meus erros provavam que eu não era boa nem adequada para esse trabalho. Então, eu me fechei e me disfarcei, esperando que os outros não vissem quão inadequada eu era. Meu caráter era tão arrogante e enganoso! Na realidade, o fato de eu ter sido designada para esse dever não provava que eu era boa, para começo de conversa; a igreja estava simplesmente me dando uma chance de praticar. Na verdade, eu ainda tinha muitas deficiências e falhas, e tive que aprender e melhorar ao longo do desempenho de meu dever. Mas eu não estava tratando desses assuntos corretamente, não estava refletindo sobre as causas dos meus erros nem estava buscando as verdades princípios para compensar minhas deficiências. Em vez disso, eu estava quebrando a cabeça buscando maneiras de esconder meus problemas, para que os outros não enxergassem através de mim. Como pude ser tão enganosa e ignorante? Mais tarde, li mais das palavras de Deus: “Quando as pessoas desempenham seu dever ou realizam qualquer trabalho diante de Deus, seu coração deve ser puro: ele deve ser como uma tigela de água fresca — cristalina, sem impurezas. Então, que tipo de atitude é correta? Não importa o que você esteja fazendo, você é capaz de comunicar aos outros o que está em seu coração, quaisquer ideias que você possa ter. Se alguém disser que a forma como você está fazendo as coisas não funcionará e propor outra ideia, e se você achar que é uma ideia bastante boa, então você desiste do seu próprio caminho e faz as coisas de acordo com o que essa pessoa pensa. Ao fazer isso, todos veem que você pode aceitar as sugestões dos outros, escolher o caminho correto, agir de acordo com princípios e com transparência e clareza. Não há escuridão em seu coração, e você age e fala sinceramente, confiando em uma atitude de honestidade. Você fala francamente. Se é, é; se não é, não é. Sem truques, sem segredos, apenas uma pessoa muito transparente. Isso não é um tipo de atitude? Esta é uma atitude em relação às pessoas, eventos e coisas e é representativa do caráter de uma pessoa(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Deus gosta de pessoas honestas. Devo desempenhar meu dever com uma atitude honesta. Não importa o que eu faça ou diga, devo ser franca e aberta, dizer o que penso e, se surgirem problemas, devo ser capaz de admiti-los, lidar com eles e resolvê-los adequadamente. Assim, examinei meus erros anteriores, um por um. Procurei os motivos pelos quais as coisas tinham dado errado e procurei entender os princípios relacionados. Só então percebi que cometer erros nos permite descobrir nossos próprios pontos fracos e compensá-los em tempo hábil, o que é uma coisa boa. Mas eu sempre me preocupava com minha imagem e status, fechando-me, apresentando uma imagem falsa, não falando o que pensava e tendo medo de expor minhas falhas. Desse jeito, nunca conseguiria compensar o que me faltava, e meu progresso seria lento. Será que eu não estava apenas cavando um buraco para mim mesma? Depois de perceber isso, comecei a corrigir conscientemente minha mentalidade. Ao discutir o trabalho com os outros irmãos ou fazer sugestões para os vídeos, eu expressava qualquer ponto de vista que estivesse em minha mente sem tentar adivinhar como seria recebido. Embora algumas de minhas ideias e opiniões ainda fossem inadequadas, graças às correções e orientações de meus irmãos, comecei a entender alguns dos princípios envolvidos. Aos poucos, fiquei menos constrangida e me senti mais à vontade, e meu coração ficou mais leve.

Depois de algum tempo, tivemos de adotar uma nova tecnologia para melhorar a qualidade do vídeo. Eu não tinha familiaridade com ela, mas, discutindo e aprendendo as habilidades necessárias junto com outras pessoas, comecei a entendê-la aos poucos. Quando vi como minha irmã parceira comunicava suas ideias e fazia sugestões, como sua análise era sempre lógica e bem fundamentada, e como o supervisor sempre pedia sua opinião sobre várias coisas, senti muita inveja. Eu, por outro lado, ainda não era ninguém. Perguntava-me quando todos finalmente saberiam quem eu era. Às vezes, durante as discussões de trabalho, pensava em como usar minhas palavras para que os outros tivessem uma boa impressão de mim, para que soubessem que eu não era totalmente ignorante sobre a questão em pauta. Um dia, estávamos todos discutindo um plano de produção de vídeo quando percebi um problema. Para falar de forma concisa e direta e mostrar que eu sabia um pouco mais sobre essa nova tecnologia, queria escolher minhas palavras cuidadosamente antes de falar. Mas quanto mais eu me preocupava com isso, menos eu sabia o que dizer. No final, minha irmã parceira levantou o assunto em meu lugar. Mais tarde, pensei em uma solução. Minha irmã parceira e eu poderíamos discutir o que dizer com antecedência. Depois, eu comunicaria meu ponto de vista aos outros primeiro na reunião. Dessa forma, conseguiria me expressar melhor e teria a sensação de estar mais presente na equipe. O problema é que, quando eu participava de discussões sozinha, ainda não ousava expor minhas visões. Em vez disso, esperava que todos os outros terminassem de expressar suas opiniões e, em seguida, apenas concordava, fingindo que tinha entendido o que havia sido dito. Isso continuou até o ponto em que eu não estava assumindo nenhum fardo ao discutir problemas. Enquanto eu os ouvia falar, às vezes me distraía ou até cochilava.

Um dia, minha irmã parceira veio até mim e comentou que eu não estava desempenhando meu dever tão ativamente quanto antes. Ela me perguntou se eu estava em um determinado estado, e eu me abri com ela sobre minhas revelações recentes. Ela usou sua experiência para me ajudar e me enviou algumas das palavras de Deus, que dizem: “Os anticristos acreditam que, se falarem demais, expressando de maneira constante suas opiniões e comunicando com os outros, todos os perceberão; as pessoas pensarão que falta profundidade ao anticristo, que ele é apenas uma pessoa comum, e não o respeitarão. Para o anticristo, o que significa perder o respeito? Significa perder seu estimado status no coração dos outros, parecer medíocre, ignorante e comum. Isso é o que os anticristos não esperam ver. Portanto, quando eles veem outros na igreja sempre se abrindo e admitindo sua negatividade, sua rebelião contra Deus, os erros que cometeram no dia anterior ou a dor insuportável que sentem por não serem honestos no dia de hoje, o anticristo considera essas pessoas tolas e ingênuas, pois ele mesmo nunca admite tais coisas, mantendo ocultos seus pensamentos. Algumas pessoas falam com pouca frequência por causa de seu baixo calibre ou de sua mentalidade simplória, uma falta de pensamentos complexos, mas quando os anticristos falam com pouca frequência, não é pelo mesmo motivo; é um problema de caráter. Eles raramente falam quando encontram outras pessoas e não expressam de imediato suas opiniões sobre os assuntos. Por que eles não expressam suas opiniões? Em primeiro lugar, porque com certeza lhes falta a verdade e eles não conseguem perceber as coisas. Se falarem, podem cometer erros e serem percebidos pelo que são; temem ser menosprezados, então fingem ficar em silêncio e simulam profundidade, tornando difícil para os outros avaliá-los, já que parecem sábios e proeminentes. Com essa fachada, as pessoas não ousam subestimar o anticristo e, ao verem seu exterior aparentemente calmo e sereno, elas o têm em uma consideração ainda maior e não ousam menosprezá-lo. Esse é o aspecto ardiloso e perverso dos anticristos. Eles não expressam prontamente suas opiniões porque a maioria delas não está alinhada com a verdade, mas são apenas noções e imaginações humanas, não dignas de serem reveladas. Portanto, eles permanecem em silêncio. […] Eles não querem ser percebidos, pois conhecem suas próprias limitações; mas por trás disso há também uma intenção desprezível — serem admirados. Não é isso que é mais repugnante?(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Seis”). No passado, quando lia as palavras de Deus que expunham o caráter dos anticristos, quase nunca me via através de Suas palavras. Eu achava que não tinha nenhum status, muito menos desejos excessivamente ambiciosos. Mas agora, comparando-me com as palavras de Deus, vi que os anticristos muitas vezes relutavam em expressar suas visões para encobrir suas próprias falhas, e que muitas vezes ficavam em silêncio para fingir profundidade. Isso é feito para que todos ao seu redor pensem erroneamente que eles entendem a verdade e os admirem. Não era isso que eu estava fazendo? Na verdade, eu não tinha o menor controle sobre essa nova tecnologia. Mas, para manter minha reputação e ter uma posição firme dentro do grupo, nunca falava abertamente sobre minhas falhas ou inadequações. Eu usava uma imagem falsa, fingindo entender as coisas, e não ousava compartilhar minhas opiniões na frente de todos por medo de falar algo errado e perceberem que eu era leiga. Cheguei ao ponto de encobrir minhas deficiências, apressando-me a sugerir, nas reuniões, coisas que eu já havia discutido com minha irmã parceira. Isso não apenas permitiu que eu me sentisse mais parte das coisas, mas também impediu que os outros descobrissem como meu padrão era realmente baixo. Eu era tão enganosa! Relembrando, percebi que muitas pessoas haviam mencionado que eu não era muito falante. Eu costumava pensar que isso se devia apenas à minha personalidade. Foi somente com a exposição das palavras de Deus que percebi que estava me calando para evitar que os outros enxergassem através de mim. Eu também já tinha agido assim antes, enquanto desempenhava meu dever. Às vezes, descobria alguns problemas, mas evitava dizer qualquer coisa se eles ainda não estivessem claros para mim. Em vez disso, esperava até entender completamente o problema e, então, explicava meu ponto de vista de forma metódica e lógica. Ao fazer isso, com o tempo, todos achavam que eu tinha um bom olhar para detectar problemas e, de vez em quando, ouvia elogios por ser inteligente e ter um alto calibre. Isso me deixava muito satisfeita comigo mesma. Quando via como algumas de minhas outras irmãs eram francas, diziam o que pensavam e admitiam quando não entendiam algo, eu as menosprezava. Achava que elas falavam sem pensar muito, e que os outros perceberiam imediatamente como eram ineptas. Eu sabia que não podia agir dessa forma. Agora que me dei conta de tudo isso, sabia que meu caráter de anticristo era grave. Eu havia criado uma imagem falsa para obter status e fazer com que os outros pensassem bem de mim. Estava preocupada demais com status e me achava muito importante. Sempre quis ser uma pessoa sem falhas e não estava disposta a ser uma pessoa comum. Isso era realmente arrogante e irracional da minha parte. Pensei em minha participação nesses projetos de vídeo complexos. Não só tive a chance de aprimorar minhas habilidades profissionais, como também pude entender mais princípios no processo. Isso foi ótimo! Mas em vez de trabalhar duro para aprender novas habilidades e princípios com meus irmãos, eu passava meus dias desconsiderando meu dever. Estava pensando de maneira distorcida, preocupando-me em ganhar e perder o elogio dos outros e fazendo o possível para proteger minha própria imagem. Eu fui tão tola! Após crer em Deus por tantos anos, eu ainda não sabia onde devia concentrar minhas buscas. Desperdicei tanto tempo precioso descuidadamente e, no final, não ganhei nada com isso. Não só não estava desempenhando bem o meu dever, como também estava sendo desprezada e repugnada por Deus. Quanto mais pensava nisso, pior me sentia. Eu tinha vergonha de mim mesma. Então, orei a Deus, disposta a me arrepender.

Depois disso, encontrei uma senda de prática nas palavras de Deus. Deus diz: “Como são as palavras e ações das pessoas normais? Uma pessoa normal consegue falar de coração. Ela diz qualquer coisa que tenha no coração, sem a menor falsidade, o menor engano. Se puder entender uma questão que encontrar, ela agirá de acordo com sua consciência e sua razão. Se não puder entendê-la com clareza, ela cometerá erros e falhará, considerará equívocos, noções e suas imaginações pessoais, e será cegada pelas ilusões diante de seus olhos. Esses são os sinais externos da humanidade normal. Esses sinais externos da humanidade normal satisfazem as exigências de Deus? Não. As pessoas não podem satisfazer as exigências de Deus se elas não têm a verdade. Esses sinais externos de humanidade normal são o que um homem comum, corrupto, possui. São as coisas com que o homem nasce, suas coisas inatas. Você tem de se permitir mostrar esses sinais externos e revelações. Enquanto se permite mostrar esses sinais externos e revelações, você deve entender que assim são os instintos naturais, o calibre e a natureza inata do homem. O que você deve fazer quando entender isso? Você deve considerar isso de forma correta. Mas como você coloca em prática essa consideração correta? Isso é feito lendo mais das palavras de Deus, equipando-se mais com a verdade, trazendo para Deus com mais frequência as coisas que você não entende, as coisas sobre as quais tem noções, e as coisas sobre as quais faz julgamentos errados para refletir sobre elas e buscar a verdade para resolver todos os seus problemas. […] Como você não é um super-homem, nem um grande homem, você não consegue penetrar e entender todas as coisas. É impossível, para você, perceber o mundo num olhar, perceber a humanidade num olhar, e perceber tudo o que acontece ao seu redor num olhar. Você é uma pessoa comum. Você deve passar por muitos fracassos, muitos períodos de confusão, muitos erros de julgamento e muitos desvios. Isso pode revelar totalmente seu caráter corrupto, suas fraquezas e deficiências, sua ignorância e tolice, capacitando você a reexaminar e a conhecer a si mesmo, e a ter conhecimento da onipotência, da plena sabedoria de Deus e de Seu caráter. Você ganhará Dele coisas positivas e virá a entender a verdade e entrará na realidade. Haverá muita coisa em meio a sua experiência que não sairá como você deseja, contra o que sua vontade se sentirá impotente. Nesses casos, você deve buscar e esperar; você deve ganhar de Deus a resposta para cada questão, e entender, a partir de Suas palavras, a essência subjacente a cada questão, e a essência de cada tipo de pessoa. É assim que uma pessoa comum e normal se comporta. Você precisa aprender a dizer ‘não consigo’, ‘está além de mim’, ‘não consigo penetrar isso’, ‘não experienciei isso’, ‘não sei de nada’, ‘por que sou tão fraco? Por que não sou bom em nada?’, ‘sou de calibre tão baixo’, ‘sou tão entorpecido e estúpido’, ‘sou tão ignorante que levarei vários dias para poder entender essa coisa e resolvê-la’, e ‘preciso discutir isso com alguém’. Você precisa aprender a praticar desse jeito. Esse é o sinal externo de você admitir que é uma pessoa normal e de seu desejo de ser uma pessoa normal(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Valorizar as palavras de Deus é o fundamento da crença em Deus”). Depois de refletir sobre as palavras de Deus, entendi que eu era uma pessoa comum, de calibre médio, com pouca experiência e pouco entendimento das verdades princípios. Ao me deparar com uma nova tecnologia e novos problemas, às vezes eu não conseguia entender as coisas ou cometia erros, mas isso era normal. Eu tinha que admitir e aceitar minhas próprias falhas e deficiências, e buscar as verdades princípios para resolver o assunto. Somente fazendo isso eu poderia melhorar continuamente. Depois de perceber tudo isso, minha mente se iluminou. Eu estava disposta a praticar de acordo com as exigências de Deus, parar de fingir e de ser desonesta, comportar-me e desempenhar meu dever de maneira realista.

Houve uma ocasião em que nosso grupo estava discutindo sobre como consertar um vídeo com nosso supervisor. Depois de todos terem dado suas sugestões, encontrei outro problema, mas não tinha certeza se estava correta ou não e tinha algumas preocupações. Pensei: “Devo mencionar isso ou não? Se eu levantar um assunto que não é realmente um problema, isso vai me expor como ignorante e estúpida”. Nesse momento, percebi que queria me fechar e me disfarçar novamente para salvar minha reputação. Então, orei a Deus, pedindo-Lhe forças para me rebelar contra minha intenção errada, e depois me abri com os outros sobre minhas visões. O supervisor e as outras irmãs também deram suas opiniões. Embora a questão que eu havia levantado acabasse não sendo uma preocupação, com nossa discussão, passei a ter um entendimento mais claro dos princípios. Com o tempo, ao me comunicar e discutir o trabalho em conjunto, fui ficando menos ansiosa e apreensiva. Às vezes, percebia alguns problemas, mas não tinha certeza de como resolvê-los. Então, compartilhava os problemas de forma honesta com os outros e deixava todos trabalharem juntos para encontrar a solução. Às vezes, eu propunha uma solução, mas ela se mostrava inadequada durante a discussão. Em momentos como esse, admitia que estava errada, e discutia com todos sobre como corrigir a situação para alcançar melhores resultados. Quando praticava assim, meu coração ficava muito mais tranquilo e relaxado, e eu conseguia desempenhar minha pequena parte no meu dever. Aprendi por experiência própria que me comportar e desempenhar meu dever dessa forma me traz paz, tranquilidade e liberdade!

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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