34. Como é bom livrar-me do meu disfarce
Em setembro de 2018, fui eleita líder da igreja. Fiquei muito feliz na época. Senti que aquilo devia ter acontecido porque eu era melhor do que a maioria dos irmãos e irmãs e deveria buscar a verdade e realizar meu dever. Não queria que as pessoas pensassem que minha liderança era meramente simbólica. Um dia, fui a uma reunião de grupo. Quando conversaram sobre trabalho, alguns dos irmãos e irmãs falaram sobre algumas competências específicas. Fiquei um pouco abalada. Eu não sabia quase nada daquilo. E se eles me fizessem perguntas e eu não soubesse responder? Eles me menosprezariam e se perguntariam como eu poderia guiá-los se eu não entendia nada? Eu poderia simplesmente não dizer nada, mas isso não mostraria que eu era uma líder inútil? O que eu poderia fazer? Fiquei ali sentada com os nervos à flor da pele, ansiosa. Eu não conseguia entender sobre o que estavam falando. Quando estavam terminando de falar, eu disse rapidamente: “Se não temos mais perguntas, vamos encerrar a reunião”. Não consegui relaxar até sair da reunião. Pensei: “Esse grupo exige muito conhecimento profissional, e não sei nada sobre isso, é melhor eu não ir a muitas reuniões. Se descobrirem que não sei muita coisa sobre as questões profissionais, sem dúvida vão me menosprezar. Quem me levaria a sério depois disso?”.
Nas duas semanas seguintes, reuni-me com outros grupos todos os dias e ajudei a resolver seus problemas e dificuldades. A vida da nossa igreja melhorou. Todos me apoiavam, e eu realmente queria me reunir com aqueles grupos. Mas fiquei preocupada quando pensei no grupo que precisava de conhecimento especializado. Eu temia não saber sobre o que estavam falando. Então inventava umas desculpas e raramente participava. Uma noite, a irmã com quem eu trabalhava disse que o grupo tinha alguns problemas e pediu que eu participasse de uma reunião. Concordei com relutância, mas me senti inquieta. Então, pensei: “Se eu não resolver o problema, talvez digam que sou uma líder incompetente”. Fiquei preocupada. No dia seguinte, depois de comunicarmos sobre a palavra de Deus, temi que os outros fizessem perguntas sobre conhecimento profissional, o que me faria parecer tola se eu não soubesse a resposta. Então, me controlei e continuei a falar, para ganhar tempo, mas me sentia desconfortável. Perguntei a eles: “Que outros problemas ainda precisam ser resolvidos?”. O líder do grupo falou sobre os problemas e as soluções do grupo. Fiquei confusa quando ele começou a usar certo jargão. Eu não tinha certeza se os problemas tinham sido totalmente resolvidos. Se não encontrassem uma solução, o progresso deles seria afetado. Mas se eu fizesse perguntas detalhadas, eles certamente iriam querer ouvir minha opinião. Mas eu não entendia nada e isso me envergonharia. Depois de pensar bastante, eu não disse nada. Então, uma irmã falou sobre algumas dificuldades que estava enfrentando, relacionadas a algumas questões profissionais. Fiquei ainda mais confusa. Não ousei lhe perguntar o que ela quis dizer. Eu temia que se não pudesse resolver seu problema, ela pensaria que eu não era uma boa líder. Eu simplesmente falei um pouco e evitei o assunto, dizendo: “Vou verificar essa questão mais tarde”. Após a reunião, eu estava completamente exausta. Eu me sentia vazia. Nada foi resolvido durante aquela reunião. Eu não estava apenas divagando em meu dever? Eu sabia também que os irmãos e irmãs daquele grupo não tinham concretizado muita coisa. Seu trabalho não progrediu tanto e eu me sentia mal por isso. Temia que eles dissessem que eu não entendia esse trabalho e me menosprezassem. Eu simplesmente me virava como podia em cada reunião. Nunca conseguia compreender a situação do trabalho e não resolvia nenhum problema real. Eu não estava fazendo nenhum trabalho verdadeiro. Isso não era enganar a Deus e fazer meus irmãos e irmãs de tolos? Eu não me sentia à vontade e me culpava. Pedi a Deus que me ajudasse a fazer uma autorreflexão e procurar conhecer a mim mesma.
Certo dia, durante os devocionais, li esta passagem das palavras de Deus: “Todos os humanos corruptos exibem este problema: quando são irmãos e irmãs comuns, sem status, eles não fazem ares quando interagem ou falam com alguém, nem adotam certo estilo ou tom em sua fala; são simplesmente comuns e normais, e não precisam de embalagem. Não sentem qualquer pressão psicológica, e podem ter comunhão abertamente, de coração. É fácil abordá-los e interagir com eles; os outros têm a sensação de que eles são pessoas muito boas. Contudo, assim que obtêm status, essas pessoas tornam-se altas e poderosas, como se ninguém possa alcançá-las; elas acham que merecem respeito e que elas e as pessoas comuns são feitas de materiais diferentes. Desprezam as pessoas comuns e param de ter comunhão abertamente com os outros. Por que não mais têm comunhão abertamente? Elas acham que agora têm status, e que são líderes. Pensam que os líderes devem ter uma certa imagem, ser um pouco mais elevados do que as pessoas comuns, e ter mais estatura e ser capazes de assumir mais responsabilidade; acreditam que, comparados às pessoas comuns, os líderes devem ter mais paciência, ser capazes de sofrer e se despender mais, e ser capazes de resistir a qualquer tentação. Chegam a pensar que os líderes não podem chorar, não importa quantos membros de sua família venham a morrer, e que, se eles tiverem mesmo de chorar, devem chorar entre seus lençóis, para que ninguém possa ver quaisquer falhas, defeitos ou fraquezas neles. Pensam até que os líderes não podem deixar que ninguém fique sabendo caso se tornem pessoas negativas; pelo contrário, devem esconder todas as coisas desse tipo. Acham que é assim que uma pessoa que tem status deveria agir” (Extraído de ‘Para resolver seu caráter corrupto, deve-se ter uma senda específica de prática’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). As palavras de Deus revelaram meu verdadeiro estado. Antes de me tornar líder, se eu não entendia algo, perguntava a alguém. Eu comunicava abertamente com os outros se eu tivesse quaisquer problemas ou dificuldades. Depois de me tornar líder, senti que eu deveria ser melhor que os outros. Senti que, como tinha sido eleita por meus irmãos e irmãs, eu deveria agir como uma líder. Eu precisava ser melhor que eles, tinha que ser capaz de compreender e resolver qualquer coisa. Então, quando ia à reuniões de grupo, eu agia de forma diferente. Mas, como havia algumas coisas que eu não compreendia, eu temia que os outros me menosprezassem. Comecei a fingir, esquivando-me do meu dever. Fui a grupos que tinham as tarefas mais fáceis, onde eu poderia mostrar meu talento, e evitei grupos com tarefas difíceis ou que envolvessem áreas que eu não entendia para não ser humilhada se eu fizesse um trabalho ruim. E quando eu ia, dizia coisas sem sentido só para não passar em branco. Eu não conseguia confrontar os problemas reais daqueles grupos. Estava muito envolvida em minha vaidade e em ser líder. A casa de Deus requer líderes que examinem profundamente cada tarefa que comuniquem a verdade e solucionem as questões que nossos irmãos e irmãs encontram, para que possam realizar seus deveres de acordo com os princípios da verdade. Isso significa fazer um trabalho real e se preocupar com a vontade de Deus. Eu sabia que os irmãos e irmãs daquele grupo enfrentavam dificuldades, mas eu não queria enfrentar os problemas deles nem buscar a verdade para resolvê-los. Eu estava obcecada pela minha própria vaidade, sendo negligente em meu dever, e vivendo só pelo prestígio. Esqueci tudo sobre o trabalho da casa de Deus. Como resultado, os problemas daquele grupo não foram solucionados e o progresso foi atrasado. Eu era só uma falsa líder que desfrutava do status de liderança sem fazer o trabalho verdadeiro. Buscar status é exaustivo e só deixa o coração apreensivo. Também perturba o trabalho da casa de Deus, uma situação em que todos perdem. Se eu não me arrependesse, estaria praticando o mal e resistindo a Deus, o que faria com que Ele me abandonasse. Orei rapidamente a Deus e busquei a senda da prática.
Então, li esta passagem das palavras de Deus. “Quando não tem status, você pode se dissecar com frequência e vir a se conhecer. Os outros podem se beneficiar disso. Quando tem status, você continua podendo se dissecar com frequência e vir a se conhecer, permitindo que os outros entendam a verdade-realidade e compreendam a vontade de Deus a partir das suas experiências. As pessoas podem se beneficiar disso também, não podem? Se você pratica dessa maneira, então, tendo status ou não, os outros se beneficiarão disso do mesmo modo. Então o que o status significa para você? Trata-se, na verdade, de um acréscimo, de algo adicional, como uma peça de roupa ou um chapéu; contanto que você não o considere como algo importante demais, ele não poderá constrangê-lo. Se você amar o status e puser ênfase especial nele, e sempre tratá-lo como algo importante, então ele o terá sob seu controle; depois disso, você não vai mais querer conhecer a si mesmo, e não estará disposto a se abrir e se revelar, nem a deixar de lado seu papel de liderança para falar e interagir com os outros e cumprir seu dever. Que tipo de problema é esse? Você não assumiu esse status para si? E você não continuou, simplesmente, ocupando esse posto, e reluta em abrir mão dele, e até compete com os outros para proteger seu status? Você não está simplesmente torturando a si mesmo? Se você acabar se atormentando até a morte, quem terá para culpar? Se, quando tem status, você consegue evitar dominar sobre os outros, e se concentra, em vez disso, em como executar bem os seus deveres, fazendo tudo que deve e cumprindo todos os seus deveres, e se você se enxerga como um irmão ou uma irmã comum, então você não terá se livrado do jugo do status?” (Extraído de ‘Para resolver seu caráter corrupto, deve-se ter uma senda específica de prática’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Depois de ler as palavras de Deus, compreendi que quando Deus me exaltou para fazer meu dever como líder, Ele não estava me concedendo status, mas um comissão, uma responsabilidade. Não importava quão difíceis os problemas fossem, eu precisava me comprometer totalmente a solucioná-los. Ao interagir com os irmãos e irmãs, eu não deveria confiar em meu status de liderança. Sempre que eu revelar um caráter corrupto ou quando surgirem dificuldades ou deficiências, devo me comunicar abertamente, ser verdadeira e deixar que os outros vejam minha corrupção, minhas deficiências e saber exatamente quem eu sou. Não deve haver nenhum fingimento. Devo apenas ser eu mesma e só comunicar sobre o que compreendo. Quando não entendo algo, devo buscar a verdade e comunicar com os irmãos e irmãs para fazermos o melhor possível juntos. Mais tarde, participei das reuniões daquele grupo. Quando encontrei problemas relacionados ao conhecimento deles, eu conscientemente deixei meu ego de lado. Perguntei sobre as coisas que eu não compreendia e pedi que explicassem. Eles não me menosprezaram. Eles também se abriram sobre seus problemas e dificuldades no trabalho. E quando falaram, eu ouvi com atenção e procurei entender. Foi então que obtive discernimento quanto a seus problemas e comuniquei com eles usando os princípios da verdade. Também estudei a área de conhecimento deles no meu tempo vago. Quando tive dificuldades, busquei respostas com eles. Por trabalharmos juntos, pudemos complementar uns aos outros. Começamos a solucionar muitos problemas em nosso trabalho e a alcançar melhores resultados em nosso dever. Eu me senti muito mais à vontade e em paz.
Alguns meses depois, a igreja ampliou o escopo do meu trabalho. Eu sabia que tinha muito a aprender. Quando encontrava dificuldades, eu frequentemente orava a Deus, colocava Suas palavras em prática e solucionava alguns problemas práticos. Os irmãos e irmãs começaram a me aprovar e admirar, e comecei a gostar daquela sensação. Sem perceber, voltei a focar no status. Certo dia, durante uma reunião com os colaboradores, nosso líder disse que algumas reuniões da igreja não tinham sido muito eficientes. Meus colegas recomendaram que eu fosse à igreja para resolver o problema. Pensei comigo mesma: “Parece que possuo alguma realidade da verdade e consigo ajudar a solucionar problemas. Devo estar me destacando entre os colegas. Preciso trabalhar arduamente e lhes mostrar o que posso fazer”. Como resultado de minhas intenções erradas, Deus preparou uma situação para lidar comigo. Um dia, a irmã Li, uma líder de grupo, teve algumas dificuldades e estava se sentindo um pouco negativa. Rapidamente encontrei duas passagens das palavras de Deus e usei minha experiência para comunicar com ela. Aquilo durou mais de meia hora, mas parecia não surtir nenhum efeito sobre ela. Também senti que minha comunhão estava monótona e não resolvia nada. Então, a irmã An abordou uma passagem das palavras de Deus, e a irmã Li começou a concordar com a cabeça e sorrir. Naquele momento, me senti um pouco envergonhada. A passagem que a irmã An citou foi mais apropriada. Eu me perguntei o que a irmã Li pensaria de mim. Será que ela diria que eu era uma líder sem qualificação, que eu não citava passagens adequadas das palavras de Deus ou não resolvia problemas tão bem quanto a irmã An? Eu me senti frustrada e não quis comunicar mais. Alguns dias depois, o irmão Zhang estava em um estado ruim. Encontrei algumas passagens relacionadas com antecedência e pensei: “Preciso que essa comunhão dê certo para manter as aparências na frente da irmã An. Senão, como posso fazer este trabalho?”. Quando vi o irmão Zhang, fui bastante animada e proativa. Tentei comunicar tudo o que eu sabia. Inesperadamente, o irmão Zhang me disse com impaciência: “Irmã, entendo o que você está dizendo, mas não estou melhorando. Deixe-me pensar nisso um pouco mais”. As palavras dele me chocaram. Fiquei ali sentada sem palavras. Quis me esconder debaixo de uma pedra. Fiquei muito confusa e pensei: “O que está errado comigo? Isso não acontecia quando eu falava com outros irmãos e irmãs. Porque continuo a falhar? Isso vai fazer com que me menosprezem. Será que vão dizer que a única coisa que faço é falar, mas não consigo resolver os problemas reais?”. Eu me esqueci como a reunião terminou.
Depois daquele dia, sempre que estava com a irmã An, eu ficava muito insegura. Às vezes, a maneira como ela me olhava ou como falava era um pouco áspera. Eu pensava: “Será que ela tem alguma coisa contra mim?”. Será que não me aprova? Senti que deveria manter distância no futuro para não revelar minhas falhas. Na frente dos outros irmãos e irmãs, eu também tinha o cuidado de manter as aparências. Intencionalmente, me distanciei deles e raramente falava com eles ou os ajudava com seus problemas. Parei de cumprir meu dever com responsabilidade. Aos poucos, comecei a sentir uma escuridão surgir no meu coração. Eu não era capaz de compreender ou resolver os problemas dos outros. Às vezes, eu temia me reunir com eles. E a cada dia, eu só fazia o que dava, e sentia que Deus tinha me abandonado. Foi aí que finalmente orei a Deus: “Deus, vivo tentando manter minha reputação e estou sempre fingindo. Não sou mais responsável em meu dever. Escondeste Tua face de mim e isso é Tua justiça, mas estou disposta a me voltar para Ti e refletir sobre mim mesma”. Depois disso, li estas palavras de Deus: “As próprias pessoas são objetos da criação. Objetos da criação podem alcançar onipotência? Podem alcançar perfeição e impecabilidade? Podem alcançar proficiência em tudo, vir a entender tudo e realizar tudo? Não podem. No entanto, há uma fraqueza nos humanos. Assim que aprendem uma habilidade ou profissão, as pessoas sentem que são capazes, que são pessoas com status e valor, e que são profissionais. Não importa quão ‘capazes’ se achem, todas elas querem maquiar sua aparência, disfarçando-se como figuras altivas, e parecer perfeitas e impecáveis, sem um único defeito; aos olhos dos outros, querem ser vistas como grandes, poderosas, totalmente capazes, capazes de realizar qualquer coisa. Sentem que, se buscassem a ajuda de outros numa questão, elas pareceriam incapazes, fracas e inferiores e que as pessoas as menosprezariam. Por essa razão, sempre querem manter uma fachada. […] Que tipo de caráter é esse? Tais pessoas são tão arrogantes, perderam todo o senso!” (Extraído de ‘Os cinco estados necessários para estar na trilha certa em sua fé’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). “Algumas pessoas particularmente idolatram Paulo. Elas gostam de sair, dar palestras e trabalhar, gostam de participar de reuniões e pregar e gostam quando as pessoas as ouvem, as veneram e giram em torno delas. Elas gostam de ter status na mente dos outros e apreciam quando os outros valorizam a imagem que apresentam. Vamos analisar sua natureza a partir desses comportamentos: qual é natureza delas? Se elas realmente se comportam assim, então é o suficiente para mostrar que são arrogantes e convencidas. Elas não adoram a Deus nem um pouco; elas buscam um status mais elevado e desejam ter autoridade sobre os outros, possuí-los e ter status na mente deles. Essa é a imagem clássica de Satanás. Os aspectos de sua natureza que se sobressaem são a arrogância e a presunção, uma relutância em adorar a Deus e um desejo de ser adorado pelos outros. Tais comportamentos podem lhe dar uma visão muito clara da natureza delas” (Extraído de ‘Como conhecer a natureza do homem’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Depois de ler as palavras de Deus, compreendi que sou apenas uma das criaturas de Dele. É impossível para mim compreender e dominar tudo. Sejam assuntos relativos à verdade ou a conhecimento especializado, as coisas que posso compreender são limitadas. É normal omitir certas coisas e cometer erros, mas eu realmente não conhecia a mim mesma e não queria admitir minhas falhas. Eu queria ser perfeita, elevada e poderosa, fingia ser outra pessoa, e dava muita atenção ao que os outros pensavam de mim. Quando meus colaboradores recomendaram que eu fosse àquela igreja para resolver os problemas nela, senti que eu realmente tinha a realidade da verdade e era melhor do que eles. Eu queria mostrar meus talentos e me mostrar. Quando estava com a irmã An, senti como se eu fosse a líder e estava lá para resolver problemas, por isso deveria ser melhor que ela em tudo. Quando vi como ela resolvia os problemas dos outros e eu continuava falhando, senti que eu tinha sido humilhada e tive vontade de fugir. Por isso eu deliberadamente me distanciei dos outros e comecei a fugir do meu dever. Os problemas da igreja ainda continuaram, impedindo que os irmãos e irmãs ganhassem entrada na vida. Percebi que a razão de eu ser sempre falsa era porque eu tinha sido corrompida pelos venenos de Satanás, como “Os homens devem sempre se empenhar para serem melhores do que seus contemporâneos”, “Como a árvore vive da casca, o homem vive das aparências”, e “Um homem deixa seu nome onde quer que passe, assim como um ganso deixa seu grito onde quer que voe”. Não importava em que grupo eu estivesse, eu encontrava uma escapatória e escondia minhas falhas. Eu queria que as pessoas só vissem meu lado bom e só as deixava com uma boa impressão. Eu achava que isso dava valor e dignidade à minha vida, mas quando aquele sentimento desaparecia, eu sofria e me sentia abatida. Eu ficava na defensiva e desconfiava dos outros. Isso me esgotava. Deus me elevou para eu fazer meu dever como líder para exaltá-Lo e dar testemunho a Ele, comunicar a verdade para solucionar problemas práticos e guiar os irmãos e irmãs a Deus. Mas não dei o melhor de mim para manter o trabalho da casa de Deus. Em vez disso, usei a oportunidade para aparecer e ser admirada. Quando não consegui o que queria, negligenciei meu trabalho. Eu só pensava no aumento e na queda de meu prestígio e status, e não busquei a verdade nem cumpri minhas responsabilidades. Como resultado, Deus me desprezou, e meu espírito afundou na escuridão. Além de não solucionar nenhum problema, também não fui capaz de fazer as coisas que antes era capaz de fazer. Testemunhei a justiça e santidade de Deus. Paulo tinha uma natureza arrogante e competitiva. Ele cegamente buscava status e queria ser admirado. Atraiu as pessoas para si mesmo e s se enveredou na senda da resistir a Deus. Eu não busquei a verdade, mas só busquei status cegamente. Eu me preocupava muito com o que os outros pensavam de mim e queria conquistá-los e enganá-los. Assim como Paulo, enveredei-me na senda de resistir a Deus. Quando percebi isso, rapidamente orei a Deus e me arrependi. Eu não queria mais fingir nem proteger meu status. Queria praticar a verdade e ser uma pessoa honesta.
Quando me encontrei novamente com os irmãos e irmãs, eu quis dizer a eles o que eu andei passando, expor minha própria corrupção, mas as palavras simplesmente não saíram. Eu era a líder da igreja e deveria supervisionar o trabalho deles. Se eu lhes contasse tudo, sem deixar nada de fora, será que pensariam que não sou uma pessoa que busca a verdade, que não sirvo para ser líder? Eu travava uma batalha na minha mente. Foi então que percebi que eu estava tentando mais uma vez fingir e manter minha reputação. Pensei em como eu continuava a valorizar o status, que perturbava o trabalho da casa de Deus e me colocava na senda errada. Meu coração se encheu de medo. Pensei nestas palavras de Deus: “Você não precisa encobrir nada, nem fazer modificações, nem empregar truques pelo bem da sua reputação, do respeito próprio e do status, e isso também se aplica a quaisquer erros que você tenha cometido; esse esforço sem sentido é desnecessário. Se não fizer isso, então você viverá tranquilo e descansado, e completamente na luz. Somente pessoas assim podem receber o elogio de Deus” (Extraído de ‘Só aqueles que praticam a verdade são tementes a Deus’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). As palavras de Deus iluminaram meu coração e me motivaram. Senti que estar naquele ambiente era uma oportunidade de praticar a verdade. Eu não consegui mais esconder minha verdadeira personalidade e proteger meu status, assim, compartilhei minha corrupção e as lições que aprendi com os irmãos e irmãs. Todos nós aproveitamos algo daquela comunhão e nos aproximamos mais uns dos outros. Conversamos também sobre os problemas do trabalho e, ao nos apoiar nas qualidades uns dos outros, fomos capazes de corrigir os erros em nosso dever. Após algum tempo, os problemas naquela igreja foram resolvidos. O estado dos irmãos e irmãs também melhorou, e eles começaram a fazer seu dever ativamente. Depois disso, quando eu cumpria meu dever, mesmo que eu ainda às vezes me sentisse restringida pelo desejo por status, eu conseguia orar conscientemente a Deus, praticar a verdade e ser honesta, e podia me abrir sobre minha corrupção. Gradualmente, parei de dar tanta atenção ao meu status. Desde então, tenho sido capaz de conviver bem com meus irmãos e irmãs simplesmente sendo sincera sem precisar fingir. Sem toda aquela falsidade, posso buscar a verdade e cumprir meu dever de uma forma alicerçada. Isso é resultado do julgamento e castigo das palavras de Deus! Graças a Deus!