21. Finalmente entendo o que significa cumprir meu dever
Deus Todo-Poderoso diz: “O desempenho do homem de seu dever é, na verdade, a realização de tudo que é inerente ao homem, isto é, do que lhe é possível. É aí que o seu dever é cumprido. Os defeitos do homem durante seu serviço são reduzidos gradualmente por meio da experiência progressiva e do processo de submeter-se ao julgamento; eles não impedem nem afetam o dever do homem. Os que param de servir ou cedem e retrocedem por medo de que possa haver inconvenientes em seu serviço são os mais covardes de todos. Se as pessoas não podem expressar o que deviam expressar durante o serviço, nem alcançar o que lhes é inerentemente possível, e, em vez disso, se enganam e agem sem se envolver, elas perderam a função que um ser criado deveria ter. Essas pessoas são o que é conhecido por ‘mediocridades’; são refugo inútil. Como tais pessoas podem ser apropriadamente chamadas de seres criados? Não são seres corruptos que brilham por fora estando podres por dentro?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença entre o ministério de Deus encarnado e o dever do homem”). As palavras de Deus me ajudaram a entender o que realmente significa cumprir nosso dever. Significa que, não importa o quanto somos talentosos ou dotados, temos de colocar completamente em jogo tudo o que entendemos. Não podemos pegar atalhos nem fazer por fazer. Temos de continuar lutando com base no que Deus requer. Assim, podemos compensar as fraquezas ou deficiências no desempenho dos nossos deveres, e teremos resultados cada vez melhores.
Recentemente, a igreja quis gravar uns vídeos de solo de hinos das palavras de Deus. O líder da nossa equipe queria que eu cantasse o vocal principal e tocasse violão em uma das músicas. Quando ele me falou isso, fiquei meio nervosa. Cantar e tocar violão é mais difícil do que só cantar. Além disso, eu já tinha tentado fazer um solo assim antes, mas, enquanto cantava, eu me concentrava na minha performance e perdia uns acordes. Mas, quando eu me concentrava nos acordes, errava nas expressões. No final, não dava para usar as gravações. Deparado com a mesma tarefa, eu queria recusar, mas não achei que estaria de acordo com a vontade de Deus. Meus irmãos e irmãs achavam que eu era perfeita para a canção, então achei que eu deveria ir em frente e cumprir meu dever. Então aceitei o papel. Depois de dois dias de ensaio, eu peguei bem as partes do canto e da performance. Mas os acordes do violão eram bem complicados e difíceis de lembrar. Faltando só um dia para gravar, eu comecei a ficar muito ansiosa. Eu tinha medo de que, mesmo que continuasse ensaiando, seria tarde demais para mudar qualquer coisa e que se eu continuasse ensaiando, minhas mãos não iriam inchar? Se eu não pensasse no incômodo, talvez eu nem me lembrasse. Com isso em mente, eu não quis pagar pra ver, então continuei tentando pensar na solução perfeita para esse problema difícil. Foi quando tive uma ideia: eu poderia pedir pro câmera não filmar muito as minhas mãos, daí eu não precisaria me dedicar tanto àqueles acordes chatos. E ainda conseguiríamos gravar o vídeo. Parecia uma boa ideia. Eu fiquei meio incomodada quando tive essa ideia. Parecia que eu estava sendo irresponsável. E se desse algum problema com os acordes e tivéssemos de refilmar o vídeo? Mas eu pensei comigo mesma: “Temos pouco tempo, e a música é muito difícil. Vai ser muito complicado e estressante tocar bem a música. Não consigo me apresentar acima da minha capacidade. Além disso, assim teríamos o vídeo pronto o mais rápido possível. Todo mundo deve entender”. Depois disso, me concentrei no meu canto e na minha performance, sem me preocupar muito com os acordes. Achei que daria pro gasto.
Quando chegou a hora de filmar, pedi para o irmão com a câmera não dar muitos closes nas minhas mãos. Achei que não teria problema nenhum. Mas, no dia seguinte, o diretor disse que eu toquei alguns acordes errados e perguntou o que estava acontecendo. Me senti muito culpada! E meu rosto ficou vermelho. Pensei: “Ai, não! Vamos ter de refilmar?”. Fui correndo perguntar ao diretor se tinha outra solução. Ele só balançou a cabeça e disse: “Eu tentei, não ficou bom”. Aí eu soube que teríamos de refilmar. Me senti mal de saber que eu tinha causado o problema. Mais tarde, quando nos reunimos para discutir o que tinha acontecido, eu contei a todos os meus motivos para fazer o que eu fiz. Uma irmã se aproximou de mim e disse: “Por que não nos contou que não sabia os acordes? Agora vamos ter de filmar tudo de novo, e o projeto vai atrasar. Você foi irresponsável e negligente!”. Eu não conseguia aceitar o que ela disse. Eu pensei: “Eu não dei meu melhor? A verdade é que não sei tocar os acordes, e fiz isso para garantir que terminássemos as filmagens rápido. Eles não deveriam ter filmado as minhas mãos, né?”. Eu só dei desculpas, sem nem refletir. Mas outra irmã me falou assim: “Se você estava tendo problemas, podia ter ensaiado mais, mesmo que adiassem a filmagem por uns dias. Mas você não pode enrolar assim. Você é a vocalista principal. Como vamos ficar se você não aparecer tocando violão? Você foi muito irresponsável e negligente!”. Ouvi-la falar aquele “muito” mexeu comigo. Eu não conseguia parar de pensar: “Se meus irmãos e irmãs acham que sou negligente nos meus deveres, será estou mesmo errada? Eu também queria que a filmagem ficasse boa. Mas o projeto atrasou, e tivemos de refilmar, porque meus acordes estavam errados. A culpa é definitivamente minha”. Me senti mal com aquele pensamento. Parei de protestar e comecei a refletir.
Mais tarde, encontrei uma passagem da palavra de Deus que mexeu muito comigo. Ela dizia o seguinte: “Qual é o resultado de cumprir seu dever de forma superficial e apressada e de tratá-lo levianamente? É o baixo cumprimento do seu dever, embora você seja capaz de cumpri-lo bem — seu desempenho não será bom o suficiente, e Deus não ficará satisfeito com sua atitude em relação ao seu dever. Se, originalmente, você tivesse buscado e cooperado normalmente; se tivesse devotado todos os seus pensamentos a ele; se tivesse colocado o coração e a alma em fazê-lo, colocado todo o seu esforço nele e devotado um período de seu trabalho, seu empenho e seus pensamentos a ele, ou dedicado algum tempo a materiais de referência e entregue a totalidade de sua mente e corpo a ele; se tivesse sido capaz de tal cooperação, então Deus estaria à frente, guiando você. Você não precisa exercer muita força; quando não poupar nenhum esforço ao cooperar, Deus já terá arranjado tudo por você. Se você for astuto e traiçoeiro e, na metade do trabalho, tiver uma mudança de opinião e se desviar, então Deus não mostrará nenhum interesse por você; você terá perdido essa oportunidade, e Deus dirá: ‘Você não é bom o suficiente; você é inútil. Vá e saia do caminho. Você gosta de ser preguiçoso, não? Você gosta de ser enganoso e astuto, não gosta? Você gosta de descansar? Bem, então descanse’. Deus dará essa graça e oportunidade à próxima pessoa. O que vocês acham: isso é perda ou ganho? É uma perda enorme!” (Extraído de ‘Como resolver o problema de ser descuidado e superficial no cumprimento do seu dever’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). As palavras de Deus revelaram o meu próprio estado. Eu tinha concordado em ensaiar para ficar com o papel principal, mas não fiz o que tinha prometido. Eu não consertei as minhas fraquezas nem procurei informações para melhorar meus acordes. Eu relaxei nos ensaios, porque achei que seria muito difícil. Eu dei a desculpa de que não tinha tempo e pedi à câmera para evitar os closes nas minhas mãos. Achei que eu poderia me safar, mas acabei atrasando o projeto. Fui realmente irresponsável e negligente! Quando foi a hora de cumprir meu dever, não quis me esforçar para tocar a música direito nem testemunhar de Deus. Em vez disso, peguei o caminho mais fácil, e agora tínhamos de refazer tudo. Como pude ser tão irresponsável? Com um pouquinho mais de ensaio e de esforço, eu não teria atrapalhado a obra da casa de Deus. Eu me odiei um pouco naquele momento. Eu pensei: “Se eu tiver outra chance, não vou ser tão descuidada! Mesmo que eu fique exausta de praticar os acordes, farei o que precisa ser feito”.
Os outros decidiram me dar mais dois dias para ensaiar. Eu fiquei muito emocionada e agradeci a Deus por me dar uma chance de compensar minha transgressão. Depois daquilo, no meu ensaio, eu dei duro para decorar todos os acordes, mas me senti muito estressada. Eu tive medo de que a minha técnica ainda não estivesse perfeita e que dois dias não seriam suficientes para eu melhorar. Comecei a ficar ansiosa de novo. Quanto mais eu ficava ansiosa, mais eu esquecia. E, quanto mais eu esquecia, mais eu ficava ansiosa. Aquela manhã passou muito rápido. Eu ainda não conseguia tocar direito, e as minhas mãos estavam doloridas. Normalmente eu fazia um intervalo no ensaio depois do almoço, mas, naquele dia, eu sabia que deveria continuar. Não podia dar-me o luxo de uma pausa, precisava usar todo o tempo que eu tinha para acertar os acordes. Quando botei o coração no lugar certo, Deus me guiou. Naquela tarde, sem perceber, eu descobri como decorar os acordes por partes! Foi ficando cada vez melhor. Mas eu tinha ensaiado tanto que minhas mãos começaram a inchar, e fiquei tentada a relaxar de novo. Quando me peguei pensando assim outra vez, me lembrei de uma coisa que Deus disse e fui correndo ler: “Quando confrontado com um dever que precise de seu esforço e dispêndio, e que exija a dedicação de seu corpo, mente e tempo, você não deve reter nada, nem abrigar qualquer inteligência mesquinha, nem deixar qualquer margem. Se deixar alguma margem, se for calculista ou malicioso e traiçoeiro, então você está fadado a fazer um trabalho ruim. Talvez você diga: ‘Ninguém me viu agir de modo escorregadio. Que legal!’. Que tipo de pensamento é esse? Você acha que conseguiu tapar os olhos das pessoas e de Deus também. Na verdade, porém, Deus sabe o que você fez, ou não? (Ele sabe.) Geralmente, as pessoas que interagem com você durante muito tempo também descobrirão e dirão que você é uma pessoa que sempre é escorregadia, nunca é diligente e só investe cinquenta ou sessenta por cento do seu esforço, ou, no máximo, oitenta. Dirão que você faz tudo de uma maneira muito confusa, fechando os olhos para o que está fazendo; você não é nem um pouco consciente em seu trabalho. Se é obrigado a fazer algo, só então você faz um pouco de esforço; se há alguém por perto para verificar se seu trabalho é de qualidade, então você faz um trabalho um pouco melhor — mas se ninguém está por perto para verificar, você fica um pouco desleixado. Se você foi tratado, você se empenha muito; caso contrário, sempre cochila no trabalho e tenta se safar como puder, supondo que ninguém notará. O tempo passa, e as pessoas percebem. Elas dizem: ‘Essa pessoa não é confiável e não é digna de confiança; se lhe derem um dever importante para fazer, ela precisará de supervisão. Ela pode fazer tarefas e trabalhos comuns que não envolvem princípios, mas se lhe derem qualquer dever vital para cumprir, muito provavelmente ela estragará tudo, e então você terá sido enganado’. As pessoas a enxergarão perfeitamente, e ela terá descartado toda e qualquer dignidade e integridade. Se ninguém pode confiar nela, como Deus pode fazê-lo? Deus lhe confiaria qualquer tarefa importante? Tal pessoa não é digna de confiança” (Extraído de ‘A entrada na vida deve iniciar com a experiência de cumprir o dever da pessoa’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”).
As palavras de Deus me fizeram perceber o quanto eu estava sendo superficial no meu dever. Eu fui complacente ao ensaiar os acordes e não tentei melhorar o nível. Eu não estava me esforçando totalmente. Estava enrolando e cumprindo mal o meu dever. Eu não tinha integridade, não era confiável. Eu sempre me considerei alguém dedicada e esforçada nos meus deveres, com uma lealdade infinita. Mas agora eu via que não estava concentrada nos resultados, que fiz de qualquer jeito. Como aquilo era cumprir meu dever? Se eu continuasse assim, quem confiaria em mim de novo? Eu não estava arriscando a minha integridade e a minha honra? Eu tinha cometido uma transgressão pela última vez. Não queria repeti-la. Não importava se minhas mãos inchassem ou se eu ficasse cansada. Minha moral e minha integridade eram mais importantes. Então resolvi continuar ensaiando os acordes, não importava o quanto fosse cansativo ou difícil. Quando resolvi me arrepender de verdade, vi as bênçãos e a orientação de Deus. Naquele dia, ensaiei até depois da meia-noite e consegui decorar quase todos os acordes. Eu ensaiei o dia seguinte todo até me familiarizar com a música inteira. Durante a filmagem, me concentrei atentamente em todos os passos e orei silenciosamente, confiando em Deus. Para a minha surpresa, filmamos tudo em um take só! Ver aquele resultado me deu uma sensação de paz. Eu senti o gosto doce de praticar a verdade.
Mais tarde recebi o dever de compor músicas. Eu não compunha nenhuma canção havia muito tempo, então estava enferrujada. Nós vínhamos fazendo especialmente músicas de rock, o que eu nunca tinha feito antes. Então fiquei preocupada. Mas eu sabia que era um dever que eu precisava cumprir, e precisava dar o meu melhor. Então planejei terminar duas músicas até o final do mês. Eu trabalhei várias horas extras compondo e, quando eu ficava cansada, pedia ajuda a Deus para renunciar à carne. Achei uma melodia por acaso e, rapidamente, a transformei numa música inteira. Quando acabei, pedi que meus irmãos e irmãs a escutassem. Eles disseram que estava boa, que tinha o estilo certo de rock. Mas, por dentro, eu pensei: “Se eu trabalhasse mais e melhorasse a melodia do refrão, a música ficaria ainda melhor”. Mas fiquei insegura. Eu não tinha uma direção muito clara no momento e não queria exigir muito de mim mesma. Além disso, meus irmãos e irmãs gostaram. Estava boa o suficiente. E eu tinha acabado de aprender a compor aquele tipo de música, então era normal que não ficasse perfeita. Eu mandei para o líder da equipe.
Uns dias depois, ele me disse que estava no caminho certo, mas que a melodia estava meio fraca. Ele sugeriu que eu pensasse um pouco mais na letra. Fiquei meio resistente a isso e pensei: “Eu acabei de aprender a compor esse tipo de música. Você está exigindo demais de mim!”. Eu já tinha passado muito tempo nela, e mais alguns dias esperando o feedback dele. Metade do mês já tinha passado. Vendo que não havia progresso, me senti ansiosa. Revisar a composição iria requerer muito esforço, e eu não sabia no que ia dar. Então reescrevi a melodia. O líder da equipe disse que não era bom e parecia música infantil. Me senti desanimada e pensei: “Estou dando tudo de mim, mas nenhuma música minha foi aprovada. O que devo fazer?”. Depois escrevi mais algumas melodias, mas nenhuma foi aceita. Fiquei agoniada! Lembrei de minha decisão de compor duas músicas até o final do mês, mas não tinha terminado nem uma. Eu falhei no meu dever. Será que não sirvo pra nada?
Numa reunião mais tarde, o líder da equipe me relembrou: “Suas composições são bem originais, e o estilo é bom. Por que nada foi aprovado ainda? Você não está prestando atenção nas letras, daí as palavras não se encaixam na melodia. Toda vez que você muda, fica pior. Isso está atrasando a obra da casa de Deus”. Depois, outro irmão adicionou: “Você não está cantando bem nas gravações. Algumas delas nem batem com a partitura. Você está sendo descuidada!”. Ser tratada e repreendida pelos irmãos foi humilhante. Eu queria me enfiar num buraco. Quando cheguei em casa, orei a Deus: “Deus, fui superficial no meu dever. Não tenho me dedicado, mas não sei como resolver esse problema. Por favor, me ajude e me guie”.
Mais tarde, li isso nas palavras de Deus: “Lidar com as coisas de forma tão irreverente e irresponsável não é algo dentro do caráter corrupto? Que coisa é essa? É escória; em todos os assuntos, dizem ‘é mais ou menos isso’ e ‘cheguei perto o suficiente’; essa é uma atitude de ‘talvez’, ‘possivelmente’ e ‘chegar quase lá’; fazem coisas superficialmente, se contentam em fazer o mínimo e ficam satisfeitos em se virar como podem; não veem sentido em levar as coisas a sério ou em lutar por precisão e veem menos sentido em buscar princípios. Isso não é algo dentro de um caráter corrupto? Essa é uma manifestação de humanidade normal? Chamá-lo de arrogância é correto e chamá-lo de dissoluto também é inteiramente adequado — mas para capturá-lo perfeitamente, a única palavra que serve é ‘escória’. Tal escória está presente na humanidade de uma maioria de pessoas; em todos os assuntos, elas desejam fazer o mínimo possível, ver com que podem se safar, e há um cheiro de engano em tudo o que fazem. Elas enganam outras quando podem, tomam atalhos quando conseguem e detestam gastar muito tempo ou pensamento para contemplar o problema. Contanto que possam evitar ser reveladas e que não causem problemas e não sejam chamadas a prestar contas, elas pensam que está tudo bem e assim seguem enrolando. Para elas, fazer bem um trabalho não justifica o esforço. Tais pessoas nada aprendem com maestria e não se aplicam em seus estudos. Elas querem apenas entender as linhas gerais de uma matéria e depois se chamam de proficientes nela, e então confiam nisso para continuarem enrolando. Essa não é uma atitude que as pessoas têm em relação às coisas? É uma atitude boa? Esse tipo de atitude que tais pessoas adotam em relação a pessoas, eventos e coisas é, em poucas palavras, ‘se virar’, e tal escória existe em toda a humanidade corrupta” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: Eles gostariam que os outros obedecessem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 2)”). “Como se pode saber a diferença entre pessoas nobres e vulgares? Simplesmente observe a atitude e os modos delas em seu tratamento de pessoas, eventos e coisas — observe como elas agem, como lidam com as coisas e como se comportam quando surgem problemas. As pessoas com caráter e dignidade são meticulosas, sérias e diligentes em suas ações e estão dispostas a fazer sacrifícios. As pessoas sem caráter e dignidade são inconstantes e desleixadas em suas ações, sempre estão tramando alguma cilada, sempre desejando simplesmente enrolar. Elas não aprendem nenhuma habilidade com maestria e, não importa quanto tempo estudem, permanecem confundidas pela ignorância em questões de habilidade ou profissão. Se você não as pressionar por respostas, tudo parece ótimo, mas, assim que você o faz, elas entram em pânico — suas sobrancelhas encharcam de suor, e elas ficam sem resposta. Essas são pessoas de baixo caráter” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Oito: Eles gostariam que os outros obedecessem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 2)”). Só depois de ler isso me dei conta de que vinha sendo descuidada no meu dever, porque tinha algo escória dentro de mim. Eu queria fazer o mínimo possível de esforço, sem me preocupar com a qualidade do meu trabalho. Eu não queria buscar os princípios da verdade e cumprir meu dever como Deus exige. Quando penso nessa época, seja filmando o clipe ou compondo uma música, sempre que eu encontrava um problema que pedia esforço, sempre que eu precisava pagar um preço, eu só colocaria o menor esforço. Eu não tentava melhorar nem trabalhar mais. Na verdade, eu sabia que, se eu trabalhasse com mais afinco e dedicação, eu cumpriria meus deveres melhor. Mas eu só fazia o mínimo, sempre cedendo às minhas vontades. Então eu não conseguia avançar no meu trabalho nem dar testemunhar de Deus através do meu dever. E, como resultado, eu atrasava a obra da igreja. Como eu podia dizer que cumpri meu dever? Eu estava claramente impedindo a obra da casa de Deus. Foi quando eu vi como a escória em mim era séria. Eu fazia mal feito, empurrava com a barriga, tentava enganar a Deus. Eu não tinha caráter nem dignidade. Deus gosta de quem cumpre seu dever com honestidade e disciplina, de quem busca os princípios da verdade ao encarar dificuldades e cumpre seu dever como Deus exige. Eles têm honra e integridade e são valorizados aos olhos de Deus. Comparada a eles, eu não era digna de ser chamada de “ser humano”. Eu sentia vergonha. Naquele momento, eu entendi: Deus estava me salvando através dos meus irmãos me podando e me tratando. Senão, eu estaria sempre assim, fazendo mal feito. Eu nunca cumpriria meu dever bem. Eu atrapalharia a obra da casa de Deus e seria banida por Ele.
Eu li mais palavras de Deus: “A obra de Deus é para o bem da humanidade e a colaboração do homem é dada para o bem do gerenciamento de Deus. Quando Deus tiver realizado tudo o que Ele deve realizar, requer-se que o homem não poupe esforços na sua prática e colabore com Deus. Na obra de Deus o homem não deve poupar esforços, deve oferecer sua lealdade e não se entregar a múltiplas noções, nem sentar-se passivamente esperando a morte. Deus pode se sacrificar pelo homem, por que o homem não pode oferecer a sua lealdade a Deus? Deus é uno de coração e mente para com o homem, então, por que o homem não pode oferecer um pouco de colaboração? Deus realiza Sua obra para a humanidade, então por que o homem não pode realizar parte de seu dever para ajudar o gerenciamento de Deus? A obra de Deus alcançou o estágio atual e mesmo assim vocês veem, mas não agem, vocês ouvem, mas não se movem. Pessoas assim não são objetos de perdição? Deus já Se dedicou inteiramente ao homem, então por que, hoje, o homem é incapaz de realizar o seu dever com seriedade? Para Deus, Sua obra é Sua primeira prioridade, e a obra de Seu gerenciamento é da maior importância. Para o homem, colocar as palavras de Deus em prática e cumprir as exigências de Deus são sua primeira prioridade. Vocês todos devem compreender isso” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A obra de Deus e a prática do homem”). Fiquei muito emocionada pensando nessas palavras de Deus. Deus é uno de coração e mente para com o homem. Ele Se tornou carne duas vezes para salvar a humanidade, que foi corrompida por Satanás. Ele foi humilhado, rejeitado por gerações e sofreu muito. Ao encarar nossa corrupção profunda e nossa apatia insensata, Deus nunca nos abandonou. Ele ainda expressa a verdade para nos salvar. Nosso calibre é falho, e estamos aceitando a verdade lentamente. Mas Deus comunica com a gente com muita sinceridade e cuidado. Às vezes Ele usa metáforas e exemplos, e conta histórias para nos guiar de todos os ângulos e formas. Para que a gente possa entender a verdade e entrar nela. Deus assume a responsabilidade sobre as nossas vidas, e Ele não vai descansar até que nos tenha completado. Ver o caráter de Deus e Suas mais sinceras intenções foi muito inspirador. Mas, quando eu pensei em como tratei Deus e em como abordei os meus deveres, fiquei muito arrependida. Eu não queria mais cumprir mal os meus deveres. Fiquei diante de Deus e orei, perguntando a Ele como eu poderia realmente deixar de ser negligente e fazer bem o meu dever.
Aí li estas palavras de Deus, que dizem: “O que é dever? É a comissão confiada às pessoas por Deus. Então, como você deveria cumprir seu dever? Ao agir de acordo com os padrões e exigências de Deus e ao basear seu comportamento nas verdades-princípio e não nos desejos humanos subjetivos. Dessa maneira, o cumprimento do seu dever estará de acordo com o padrão” (Extraído de ‘Só buscando as verdades-princípio é possível realizar bem o seu dever’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). “O que significa levá-lo a sério? Levá-lo a sério não significa fazer um pouco de esforço ou sofrer algum tormento físico. O fundamental é que haja Deus em seu coração, e um fardo. Em seu coração, você deve avaliar a importância do seu dever e, depois, carregar esse fardo e responsabilidade em tudo o que faz e colocar seu coração nisso. Você deve se tornar digno da missão que Deus lhe deu, bem como de tudo que Deus fez por você e de Suas esperanças para você. Só isso é ser sério. De nada adianta você agir sem se envolver; você pode enganar as pessoas, mas não pode enganar a Deus. Se não houver custo real nem fidelidade ao cumprir o seu dever, ele não satisfará as normas” (Extraído de ‘Realizar bem o dever exige, no mínimo, uma consciência’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Isso trouxe clareza ao meu coração. Nosso dever nos é confiado por Deus. Devemos fazer como Ele exige e agir de acordo com a verdade. Não podemos ser exigentes nem seguir nossos desejos cegamente. Temos de alcançar um certo padrão no nosso dever. Só parecer que damos duro não adianta. O principal é ter responsabilidade, ser diligente e sincero, buscar, ponderar e encontrar formas de melhorar. Assim podemos cumprir nosso dever e agradar a Deus. Depois, quando estava compondo uma canção, analisei a letra cuidadosamente e encontrei algumas músicas que se encaixavam bem com ela. Eu pensei muito em como outras pessoas usavam a melodia para expressar o mesmo sentimento. E sobre o significado das letras, o clima e a direção da melodia. Depois de entender tudo isso, comecei a compor. Mais tarde, pedi conselhos aos meus irmãos e irmãs, revisei a composição duas vezes, e aí ela ficou pronta. Só levei uma semana para terminar. Outra composição que revisei também foi aceita. Quando eu vi que terminei as composições super rápido, senti ainda mais remorso e arrependimento por tentar cumprir mal os meus deveres antes. Eu vi como fui gravemente corrompida por Satanás, como era séria a escória que havia em mim, e negligente no meu trabalho. Graças aos arranjos de Deus, e aos meus irmãos e irmãs lidando comigo, eu finalmente posso buscar a verdade para resolver meu caráter corrupto e cumprir meu dever com devoção. Dou graças pela salvação de Deus!