93. Como minhas intenções de ser abençoada desapareceram

Por Yi Shan, China

Em 2003, aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Eu estava realmente animada, pois nosso tão esperado Senhor Jesus finalmente havia retornado. Depois disso, passei a pregar ativamente o evangelho, querendo compartilhar essa grande notícia com mais pessoas que ansiavam pela aparição de Deus. Não importava o quanto as pessoas religiosas me impedissem, batessem em mim ou me amaldiçoassem, ou como o grande dragão vermelho tentasse me perseguir e deter, eu persistia em pregar o evangelho. Depois de algum tempo, um tumor na mama que eu tinha havia muitos anos foi milagrosamente curado sem cirurgia, o rendimento dos negócios de nossa família dobrou e, a partir de então, empenhei-me ainda mais em meus deveres. Não importava aonde eu fosse pregar o evangelho, quão distante fosse o local ou quão difíceis se mostrassem as condições, eu estava realmente disposta. Em 2012, eu servia como líder da igreja e estava ocupada com meus deveres, por isso não voltava para casa havia algum tempo. Um dia, a caminho de uma reunião, encontrei meu filho. Ele disse que minha neta havia desenvolvido um tumor maligno no cérebro e que, apesar de terem gasto centenas de milhares de yuans, ainda não tinha sido possível curá-la e o médico havia dito que ela tinha apenas dois meses de vida. Meu coração disparou e minha cabeça ficou a ponto de explodir: “Nossa, como uma garotinha tão pequena pode ter uma doença dessas?”. Quando cheguei em casa, vi minha neta com a cabeça enfaixada. Um de seus olhos já estava cego, mas ela ainda estava dançando em frente à TV. Uma onda de tristeza me atingiu, e eu simplesmente não conseguia aceitar aquela realidade. Desatei a chorar. Minha neta tinha apenas três anos, era cheia de vida; será que sua jovem existência estava realmente prestes a terminar? Meu coração se encheu com uma dor indescritível, e perguntei apressadamente a meu marido se poderíamos levá-la ao melhor hospital para uma nova avaliação. Mas meu marido disse: “Não adianta, é tarde demais, ela não pode ser curada, ela só tem mais dois meses de vida”. Depois de ouvir o que ele disse, não consegui dormir de jeito nenhum naquela noite. Pensei: “Como minha neta pode ter essa doença? Tenho desempenhado meus deveres desde que encontrei Deus e tenho sofrido muito. Por que Ele não protegeu minha neta? Por que uma provação tão grande veio sobre mim?”. Quanto mais eu pensava nisso, mais sofria, e não queria mais sair para desempenhar meus deveres. Eu sabia que esse estado não era correto, então orei a Deus para me rebelar contra mim mesma, mas, em meu coração, eu ainda esperava que Deus curasse minha neta. Lembrei-me da história bíblica em que uma garotinha morreu. O Senhor Jesus pegou sua mão e ela voltou à vida. Então orei a Deus e confiei a Ele minha neta. Achei que tinha de me apressar e continuar desempenhando meus deveres, acreditando que se Deus visse o quanto eu estava me sacrificando e me despendendo, talvez Ele curasse minha neta. Também disse a meu filho e a meu marido que orassem mais por ela.

Naquela época, eu esperava em meu coração que minha neta se recuperasse, e não conseguia parar de pensar nela enquanto desempenhava meus deveres. As lembranças de como ela era animada e adorável passavam por minha mente como um filme. Embora eu ainda estivesse desempenhando meus deveres, não era com a mesma sensação de fardo de antes, e em especial quando eu pensava em como minha neta era bonita e no fato de que ela só tinha mais dois meses de vida, meu coração doía como se estivesse sendo cortado por uma faca. Eu não conseguia dormir à noite, e muitas vezes começava a chorar sem nem mesmo perceber. Vivia na fraqueza e na negatividade, era ineficaz no desempenho de meu dever e percebi que meu estado era perigoso. Eu sabia que, se não mudasse as coisas rapidamente, perderia a obra do Espírito Santo. Então me coloquei diante de Deus e orei: “Deus, minha neta está com uma doença muito grave e estou sofrendo muito. Peço que cuides de meu coração e me ilumines para entender Tua intenção”. Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus. “Enquanto passam por provações, é normal que as pessoas estejam fracas ou tenham negatividade dentro delas, que lhes falte clareza quanto às intenções de Deus ou à senda para a prática. Mas, em todo caso, você deve ter fé na obra de Deus e não negar Deus, assim como Jó. Embora Jó fosse fraco e amaldiçoasse o dia em que nasceu, ele não negou que todas as coisas da vida humana foram concedidas por Jeová, nem que Jeová também é Aquele que tira todas elas. Não importa a que provações foi submetido, ele manteve essa fé. Na sua experiência, não importa que tipo de refinamento você passe por meio das palavras de Deus, o que Ele exige da humanidade, em resumo, é sua fé e seu coração que ama a Deus. O que Ele aperfeiçoa ao operar assim é a fé, o amor e a determinação das pessoas. Deus faz a obra da perfeição nas pessoas, e elas não podem vê-la, não podem tocá-la; em tais circunstâncias, sua fé é exigida. A fé das pessoas é exigida quando algo não pode ser visto a olho nu, e sua fé é exigida quando você não consegue abrir mão de suas próprias noções. Quando você não tem clareza a respeito da obra de Deus, o que é exigido de você é ter fé e assumir uma posição firme e ficar forte em seu testemunho. Quando Jó chegou a esse ponto, Deus lhe apareceu e falou com ele. Quer dizer, é somente de dentro de sua fé que você será capaz de ver Deus e, quando você tiver fé, Deus o aperfeiçoará. Sem fé, Ele não pode fazer isso(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). Meditando nas palavras de Deus, entendi que a doença de minha neta tinha sido permitida por Deus, e que era uma provação Dele, destinada a aperfeiçoar minha fé. Pensei em Jó, que sabia que toda a sua riqueza e tudo o que ele possuía tinham sido dados por Deus, e que era perfeitamente natural e justificado que Deus lhe tirasse tudo. Quando Deus o fez passar por provações, Jó preferiu amaldiçoar o dia de seu nascimento em vez de reclamar de Deus. E ele pôde dizer: “Jeová deu, e Jeová tirou; bendito seja o nome de Jeová” (Jó 1:21). Ele tinha fé verdadeira e entregou sua vida a Deus, permitindo que Ele orquestrasse tudo. A humanidade de Jó era tão íntegra e boa. Pensei em mim mesma. Eu já havia sido zelosa no desempenho de meu dever antes, e não importava quanto sofrimento eu suportasse enquanto pregava o evangelho, e não importava como o mundo religioso ou o grande dragão vermelho tentasse me perseguir e condenar, nunca tinha me tornado negativa. Em vez disso, simplesmente continuava a pregar o evangelho e a fazer sacrifícios como sempre. Mas essa não era a verdadeira fé. Era porque, depois de encontrar Deus, os negócios da minha família haviam melhorado e Deus havia curado minha doença. Eu estava desfrutando da graça e das bênçãos de Deus. Mas agora que minha neta estava com câncer no cérebro e só tinha mais dois meses de vida, e Deus não a estava curando como eu havia pedido, comecei a discutir com Deus com base em meus sacrifícios anteriores, reclamando Dele por não proteger minha neta. Cheguei a achar que o que Deus estava fazendo não era uma atitude atenciosa e que Ele não deveria ter permitido que uma provação tão severa viesse sobre mim. Percebi que me faltava humanidade e razão. Eu não tinha fé real nem submissão a Deus. Pensando nisso, senti como se tivesse realmente decepcionado a Deus. Deus havia me dado tanto; eu não podia continuar a ser tão gananciosa. Eu tinha de imitar Jó e me submeter à orquestração e aos arranjos de Deus.

Mais tarde, enquanto desempenhava meu dever, toda vez que eu via os filhos dos irmãos, pensava em minha neta, fantasiando sobre quando ela também poderia voltar a ser saudável, pulando e correndo a meu redor. Lembrei-me de que eu tinha tido um tumor na mama e de como o médico tinha dito que o tumor havia crescido e que seria perigoso se eu não fosse operada. Confiei em Deus e continuei a desempenhar meu dever e, milagrosamente, o tumor desapareceu. Dessa vez, eu queria novamente desempenhar meu dever com diligência, por isso preenchi minha agenda, reunindo-me frequentemente com os irmãos e discutindo o trabalho. Os irmãos pregavam ativamente o evangelho e apoiavam os recém-chegados, e nenhum trabalho foi adiado. Pensei comigo mesma: “Talvez um dia a doença de minha neta seja curada de repente”. Dois meses depois, quando voltei para casa, descobri que não só a doença de minha neta não havia melhorado, como o câncer havia se espalhado por todo o seu corpo. Ela estava em seu último suspiro. Um pequeno caixão já havia sido preparado. Meu filho e minha nora estavam chorando sem parar. Meu coração estava partido e eu não conseguia parar de chorar. Comecei a tentar argumentar com Deus novamente, dizendo em meu íntimo, “Não negligenciei meu dever nestes últimos dois meses em que minha neta esteve doente. Desde que comecei a crer em Deus, sempre fiz sacrifícios e me despendi. Parei de fazer negócios, o mundo me calunia, meus parentes me abandonaram e o grande dragão vermelho também me persegue. Não importa quão adverso fosse o ambiente, eu persisti em meus deveres. Como poderia ser esse o resultado? Não fiz nada para resistir claramente a Deus! Por que isso aconteceu comigo? Por que Deus não protegeu minha neta?”. Fiquei muito mal. Não tinha forças para andar, nem mesmo queria comer. Sentia muita dor e negatividade, a ponto de surgirem em mim pensamentos de não desempenhar meus deveres. Eu sabia que não deveria me queixar, mas quando vi minha neta à beira da morte, não pude me conter. Em silêncio, orei a Deus: “Deus, não quero reclamar de Ti, mas realmente não consigo superar isso. Sinto-me tão fraca e desamparada; por favor, impede meu coração de reclamar”. Logo depois, minha neta faleceu. Meu coração estava sofrendo muito. Eu não tinha vontade de ler as palavras de Deus nem de me comunicar nas reuinões. Sobretudo quando via os filhos de irmãos que tinham a mesma idade de minha neta, eu não conseguia deixar de chorar. Vivia na negatividade e na incompreensão, e por um tempo meu estado não melhorou. Também não obtive resultados em meus deveres. Foi então que me coloquei diante de Deus para orar e buscar.

Um dia, li uma passagem das palavras de Deus, e meu coração se iluminou muito. Deus Todo-Poderoso diz: “Se o nascimento de uma pessoa foi destinado por sua vida anterior, então sua morte marca o fim desse destino. Se o nascimento de uma pessoa é o início de sua missão nesta vida, a morte marca o fim dessa missão. Já que o Criador estabeleceu um conjunto fixo de circunstâncias para o nascimento de uma pessoa, é certeza que Ele também arranjou um conjunto fixo de circunstâncias para a morte desse indivíduo. Em outras palavras, ninguém nasce por acaso, a morte de ninguém é repentina, e tanto o nascimento quanto a morte estão necessariamente conectados com a vida anterior e a do presente. Como são as circunstâncias do nascimento de uma pessoa, e quais são as circunstâncias de sua morte, isso está relacionado às predeterminações do Criador; esse é o destino da pessoa, sua sina. Já que há muitas explicações para o nascimento de alguém, deve haver também, necessariamente, várias circunstâncias especiais para sua morte. Dessa maneira, as variadas expectativas de vida e os diferentes modos e momentos de sua morte vieram a existir em meio à humanidade. Algumas pessoas são fortes e saudáveis, ainda assim morrem jovens; outras são fracas e doentes, mas vivem até a velhice e falecem serenamente. Algumas perecem de causas não naturais, outras, de causas naturais. Algumas morrem longe de casa, outras fecham seus olhos pela última vez tendo os entes queridos ao seu lado. Algumas pessoas morrem em pleno ar, outras, embaixo da terra. Algumas afogam-se na água, outras perecem em desastres. Algumas morrem de manhã, outras, à noite. […] Todos querem um nascimento ilustre, uma vida brilhante e uma morte gloriosa, mas ninguém pode ultrapassar o próprio destino, ninguém pode escapar da soberania do Criador. Essa é a sina humana. O homem pode fazer todo tipo de planos para seu futuro, mas ninguém pode planejar como nascer ou o modo e o momento de sua partida do mundo. Embora todas as pessoas façam de tudo para evitar a chegada da morte e resistir a ela, mesmo assim, sem seu conhecimento, a morte aproxima-se silenciosamente. Ninguém sabe quando ou como perecerá, menos ainda sabe onde isso acontecerá. Obviamente, não é o homem que detém o poder supremo sobre a vida e a morte, nem algum ser vivo no mundo natural, mas o Criador, que possui autoridade única. A vida e a morte da humanidade não são o produto de alguma lei do mundo natural, mas o resultado da soberania da autoridade do Criador(A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único III”). Das palavras de Deus, entendi que o destino humano, a vida e a morte estão todos nas mãos Dele. Quando uma pessoa nasce e quando ela morre, tudo é predeterminado por Deus. Não se pode mudar isso. Da mesma forma, a doença da minha neta e o momento em que ela morreria também foram predeterminados por Deus, e isso não era algo que minhas intenções subjetivas pudessem mudar. Isso não pode ser mudado por meio de meu trabalho, de meu sofrimento ou de meus sacrifícios. Eu não poderia me submeter à soberania e aos arranjos de Deus e, ao mesmo tempo, esperar que meu trabalho e meus esforços fizessem com que Deus mudasse o destino da minha neta. Eu não estava essencialmente me opondo a Deus? A vida e a morte de minha neta estavam ligadas a suas vidas passadas e à vida presente. Ela só poderia viver esses poucos anos, e essa era sua sina. De fato, muitas crianças de famílias não crentes também morrem de várias doenças terminais. Por exemplo, conheci um não crente cujo filho também tinha um tumor cerebral. No início, ele se curou, mas depois teve uma recaída aos 12 anos e acabou morrendo. Com isso, percebi que o tempo de vida de uma pessoa é determinado por Deus e que não tem nada a ver com o fato de os membros da família crerem ou não em Deus. Mas eu achava que, como acreditava em Deus, minha neta não deveria morrer de sua doença. Esse era um ponto de vista equivocado. Depois de perceber isso, não senti mais tanta dor em meu coração. Também fui capaz de aceitar de Deus e de me submeter à Sua soberania e a Seus arranjos com relação à morte de minha neta. Compartilhei esses entendimentos com meu marido e com meu filho para que eles também não reclamassem de Deus.

Um dia, li outra passagem das palavras de Deus e ganhei algum entendimento sobre meus problemas. Deus Todo-Poderoso diz: “Quando se trata de bênçãos e adversidades, há uma verdade a ser buscada. Qual é o ditado sábio ao qual as pessoas devem aderir? Jó disse: ‘Receberemos de Deus o bem, e não receberemos o mal?’ (Jó 2:10). Essas palavras são a verdade? Essas são as palavras de um homem; elas não podem ser elevadas ao nível da verdade, embora se conformem à verdade de alguma forma. De que forma elas se conformam à verdade? Se as pessoas são abençoadas ou sofrem adversidades, tudo isso está nas mãos de Deus, tudo isso está sob a soberania de Deus. Essa é a verdade. Os anticristos acreditam nisso? Não, eles não acreditam. Eles não reconhecem isso. Por que eles não acreditam nisso nem reconhecem isso? (Eles creem em Deus para ser abençoados — eles só querem ser abençoados.) (Porque são egoístas demais e só buscam os interesses da carne.) Em sua crença, os anticristos só querem ser abençoados, e não querem sofrer adversidade. Quando veem alguém que é abençoado, que foi beneficiado, que foi agraciado e que recebeu mais prazeres materiais, grandes vantagens, eles acreditam que isso é feito por Deus; e se eles não recebem tais bênçãos materiais, então não é ação de Deus. A implicação é: ‘Se tu realmente és deus, então tu só podes abençoar as pessoas; tu deverias evitar a adversidade das pessoas e não permitir que elas sofram. Só assim há valor e sentido na fé das pessoas em ti. Se, depois de te seguirem, as pessoas ainda são afligidas por adversidade, se ainda sofrem, qual o sentido de crerem em ti?’. Eles não admitem que todas as coisas e todos os eventos estão nas mãos de Deus, que Deus detém soberania sobre tudo. E por que eles não admitem? Porque os anticristos têm medo de sofrer adversidade. Eles só querem se beneficiar, se aproveitar, desfrutar bênçãos; não querem aceitar a soberania nem a orquestração de Deus, mas só receber benefícios de Deus. Esse é o ponto de vista egoísta e desprezível dos anticristos. Isso é uma série de manifestações exibidas pelos anticristos com relação a palavras de Deus como Suas promessas e bênçãos. Em geral, essas manifestações envolvem principalmente os pontos de vista dos anticristos em relação à sua busca, bem como suas opiniões, avaliações e entendimento desse tipo de coisa que Deus faz pelas pessoas(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item dez: Eles desprezam a verdade, violam descaradamente os princípios e ignoram os arranjos da casa de Deus (parte 6)”). As palavras de Deus expuseram as intenções desprezíveis por trás da crença dos anticristos Nele. Os anticristos creem em Deus apenas para ganhar bênçãos e benefícios, mas, assim que sofrem infortúnios, reclamam Dele e O traem. Tudo o que fazem é baseado na expectativa de bênçãos e benefícios. Eles essencialmente estão tentando barganhar com Deus. Refletindo sobre minhas intenções e objetivos ao crer em Deus, percebi que não eram muito diferentes dos de um anticristo. Eu também estava buscando bênçãos. Voltando ao tempo em que acreditei em Deus pela primeira vez, recordo que meu tumor na mama foi curado sem que eu percebesse e que os negócios de minha família prosperaram. Deus me concedeu muitas bênçãos e graças, e eu estava tão feliz que não conseguia parar de sorrir; chegava a cantar enquanto caminhava. Nossa família vivia rindo, e até meu marido e meus filhos disseram que Deus é realmente bom. Eu sentia uma energia infinita ao desempenhar meus deveres, e me dei conta de que tinha valido a pena fazer sacrifícios, despender-me e sofrer. Louvei e agradeci a Deus do fundo do meu coração. Mas quando vi minha neta ser diagnosticada com um tumor cerebral e com apenas dois meses de vida, reclamei de Deus por não tê-la protegido. Eu orava e implorava a Ele todos os dias, esperando que minha neta sarasse, desejando que Deus a curasse. Também me esforcei muito para desempenhar meus deveres, esperando que Deus, com base em minha lealdade no desempenho de meus deveres, milagrosamente fizesse com que minha neta ficasse boa de novo. Mas quando ela faleceu, tornei-me negativa e comecei a reclamar novamente, e nem queria mais desempenhar meus deveres. Até falei de meus sacrifícios e esforços anteriores para tentar argumentar com Deus. De que forma eu era uma crente em Deus? Pensei em como Paulo dedicou sua vida a Deus, estabelecendo igrejas em toda parte, até mesmo sendo preso, tudo na esperança de receber as recompensas e bênçãos de Deus. Ele considerava todos os seus esforços como moedas de troca por uma coroa de justiça, usando essas coisas para coagir Deus. Ele ofendeu gravemente o caráter de Deus e, por fim, recebeu Sua punição e Suas maldições. Meu ponto de vista sobre a busca era o mesmo de Paulo. Achava que quanto mais eu me sacrificasse e me despendesse por Deus, mais Ele deveria me dar em troca, e quando Deus não me abençoava, eu reclamava que Ele era injusto. Vi como eu era verdadeiramente egoísta e desprezível, buscando apenas o lucro, como se eu estivesse trabalhando no mundo, pensando que, quanto mais trabalho eu fizesse, mais salário deveria receber e, se não o recebesse, não trabalharia. Desempenhar o dever é perfeitamente natural e justificado, mas eu estava fazendo isso apenas para que Deus me abençoasse e me agraciasse. Só estava desempenhando meus deveres em prol de meus próprios interesses. Não tinha sinceridade e agia apenas esperando algo em troca. Minhas intenções desprezíveis fizeram com que Deus realmente me detestasse.

Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus: “Não importam quantas coisas aconteçam ao anticristo, o tipo de pessoa que é um anticristo nunca busca a verdade nas palavras de Deus para resolvê-las, tampouco tenta analisar as coisas por meio das palavras de Deus — e isso se deve inteiramente ao fato de ele não acreditar que as palavras de Deus, cada uma delas, são a verdade. Não importa como a casa de Deus comunique a verdade, os anticristos permanecem fechados e, em consequência disso, falta-lhes a atitude correta, qualquer que seja a situação que enfrentem; em particular, quando se trata de como eles abordam Deus e a verdade, os anticristos se recusam teimosamente a deixar de lado as suas noções. O deus em que acreditam é um deus que realiza sinais e maravilhas, um deus sobrenatural. Qualquer um que consiga realizar sinais e maravilhas — seja a Bodhisattva Kuan Yin, Buda ou Mazu —, eles o chamam de deus. Os anticristos acreditam que somente aqueles que são capazes de realizar sinais e maravilhas são deuses que possuem a identidade de deuses, e aqueles que não são, não importam quantas verdades expressem, não são necessariamente deuses. Eles não entendem que expressar a verdade é o grande poder e a onipotência de Deus; em vez disso, acham que somente a realização de sinais e maravilhas é o grande poder e a onipotência dos deuses. Portanto, no que diz respeito à obra prática de Deus encarnado, que expressa a verdade para conquistar e salvar pessoas, regando, pastoreando e liderando o povo escolhido de Deus, permitindo que as pessoas experimentem de fato o julgamento, o castigo, as provações e o refinamento de Deus, e venham a entender a verdade, livrar-se de seus caracteres corruptos e se tornar pessoas que se submetem a Deus e O adoram, e assim por diante, os anticristos consideram tudo isso como trabalho do homem, e não de Deus. Na mente deles, os deuses deveriam se esconder atrás de um altar e fazer com que as pessoas lhes façam ofertas, e comer os alimentos que as pessoas lhe oferecem, inalar a fumaça do incenso que queimam, ajudar as pessoas em dificuldade, mostrar-se muito poderosos e capazes de oferecer assistência imediata dentro dos limites do que é compreensível para elas, e de satisfazer as necessidades delas quando pedem ajuda e são sinceras em suas súplicas. Para os anticristos, somente um deus como esse é um verdadeiro deus. No entanto, tudo que Deus faz hoje encontra o desdém dos anticristos. E por quê? A julgar pela natureza essência dos anticristos, o que eles exigem não é a obra de rega, pastoreio e salvação que o Criador realiza nos seres criados, mas prosperidade e satisfação das suas aspirações em todas as coisas, não ser punidos nesta vida, e ir para o céu no mundo vindouro. Seu ponto de vista e suas necessidades confirmam sua essência de ódio à verdade(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item quinze: Eles não acreditam na existência de Deus e negam a essência de Cristo (parte 1)”). Por meio da exposição das palavras de Deus, percebi que, apesar de seguir a Deus por muitos anos, eu ainda acreditava em um deus vago. Eu O tratava como um Bodhisattva, vendo-O meramente como um objeto que concede bênçãos, achando que, desde que eu cresse sinceramente em Deus e desempenhasse meus deveres, Ele me abençoaria, garantiria a paz de minha família e a manteria livre de doenças e desastres. Quando minha neta foi diagnosticada com uma doença terminal, pensei que poderia pedir a Deus que operasse milagres e a curasse se eu desempenhasse mais meus deveres. Eu tratava Deus como um objeto que concedia grandes bênçãos, pensando que Ele deveria atender às minhas exigências com base em meus sacrifícios “sinceros”. Como essa crença em Deus era genuína? A obra de Deus nos últimos dias não é realizar milagres ou curar pessoas e exorcizar demônios, mas expressar a verdade para realizar a obra de julgamento e castigo, para purificar as pessoas e salvá-las de seu caráter corrupto, a fim de que possam ser salvas. No entanto, eu não conhecia a obra de Deus e não refletia sobre quais eram minhas visões a respeito da busca durante meus anos de fé, sobre qual senda eu havia tomado; não prestei atenção às verdades expressas por Deus, tampouco experimentei na prática Suas palavras ou busquei uma mudança de caráter nos ambientes orquestrados por Ele. Em vez disso, estava apenas tentando barganhar com Deus, exigindo graça e bênçãos. Que diferença havia entre minha atitude de crer em Deus e a dos adoradores de ídolos? Aquilo não era uma blasfêmia contra Deus? Não me concentrei em buscar a verdade em minha fé em Deus, mas sim em obter Sua graça e Suas bênçãos. Até resisti e reclamei em meu coração devido à morte de minha neta, pensando que Deus era injusto. Eu nem queria mais desempenhar meus deveres. Estava em completa oposição a Deus e, se não me arrependesse, não importava o quanto me sacrificasse ou me despendesse, eu não teria a aprovação Dele.

Mais tarde, li mais das palavras de Deus e ganhei um entendimento mais claro de qual deveria ser minha busca ao crer Nele. Deus Todo-Poderoso diz: “Você pode pensar que crer em Deus é uma questão de sofrer ou de fazer todo tipo de coisas para Ele; você pode pensar que o propósito de crer em Deus é para que a sua carne esteja em paz, ou para que tudo corra bem em sua vida, ou para que você possa estar confortável e tranquilo em todas as coisas. No entanto, nenhuma dessas coisas é um propósito que as pessoas deveriam vincular a sua crença em Deus. Se você acredita com esses propósitos, então sua perspectiva está incorreta, e é simplesmente impossível que você seja aperfeiçoado. As ações de Deus, o justo caráter de Deus, Sua sabedoria, Suas palavras, Sua maravilha e insondabilidade são todas coisas que as pessoas devem entender. Tendo esse entendimento, você deveria usá-lo para tirar de seu coração todas as exigências, esperanças e noções pessoais. Somente ao eliminar essas coisas é que você pode cumprir as condições exigidas por Deus, e é somente ao fazer isso que você pode ter vida e satisfazer Deus. O propósito de crer em Deus é satisfazê-Lo e viver o caráter que Ele requer de tal modo que Suas ações e Sua glória possam se manifestar através deste grupo de pessoas indignas. Essa é a correta perspectiva para crer em Deus e também é a meta que você deveria buscar(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que hão de ser aperfeiçoados devem passar pelo refinamento”). “Não há correlação entre o dever do homem e se ele recebe bênçãos ou sofre infortúnio. O dever é o que o homem deve cumprir; é sua vocação providencial, e não deveria depender de recompensa, condições ou razões. Só então ele está desempenhando o seu dever. Receber bênçãos se refere a quando alguém é aperfeiçoado e desfruta das bênçãos de Deus após experimentar julgamento. Sofrer infortúnio se refere a quando o caráter de alguém não muda depois de ter experimentado castigo e julgamento; ele não experimenta ser aperfeiçoado, mas, sim, punido. Mas, independentemente de receberem bênçãos ou sofrerem infortúnio, os seres criados devem cumprir seu dever, fazer o que devem fazer e fazer o que são capazes de fazer; isso é o mínimo que uma pessoa, uma pessoa que busca a Deus, deveria fazer. Você não deve desempenhar o seu dever apenas para receber bênçãos e não deve se recusar a agir por medo de sofrer infortúnio(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “A diferença entre o ministério de Deus encarnado e o dever do homem”). Com as palavras de Deus, entendi que crer Nele não deve ser uma questão de buscar bênçãos ou de usar meus deveres para alcançar meus objetivos, mas, em vez disso, eu deveria me concentrar em buscar a verdade nos ambientes que Deus arranjou para resolver meu caráter corrupto, usando minhas experiências reais para dar testemunho Dele e cumprir meu dever como um ser criado. Esse é o ponto de vista correto sobre a busca da crença em Deus. Ao mesmo tempo, também percebi que desempenhar meus deveres em minha fé não está relacionado a receber bênçãos ou a sofrer infortúnios, pois cumprir os deveres de um ser criado é nossa responsabilidade e, independentemente de recebermos bênçãos ou infortúnios, devemos desempenhar nossos deveres sem nos esquivarmos deles. Eu orei a Deus: “Deus, eu não deveria reclamar de Ti nem exigir de Ti graça e bênçãos. Tudo o que Tu fazes é bom, e eu estava cega por não buscar a verdade ou não entender Tua obra, enquanto tentava negociar Contigo. Agora estou disposta a abandonar meu ponto de vista incorreto sobre a busca e me submeter à Tua soberania e a Teus arranjos”.

Depois de passar por essa provação e por esse refinamento, ganhei algum entendimento da intenção impura de buscar bênçãos em minha fé em Deus, minha perspectiva sobre a crença em Deus mudou um pouco e alcancei algum entendimento sobre a onipotência e soberania de Deus. Também entendo que experimentar provações e refinamento é uma coisa boa, e que isso é o amor de Deus por mim. Graças a Deus por Sua salvação!

Anterior: 91. Como eu me livrei da inveja

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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