96. A insensatez de se exibir
Em junho de 2020, aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Ansiando por mais verdades, mergulhei na alegria de ler as palavras de Deus e de assistir a filmes do evangelho. Aos poucos, passei a entender muitos mistérios da verdade, como a história interna da Bíblia, a realidade da corrupção da humanidade por Satanás, os mistérios da encarnação e do nome de Deus, a obra do julgamento de Deus nos últimos dias, e assim por diante. Também aprendi que a obra de salvação de Deus dos últimos dias em breve chegaria ao fim, que os grandes desastres já haviam começado, e que aceitar a obra de julgamento de Deus dos últimos dias era a única senda para alguém ser salvo e entrar no reino dos céus. Então, espalhei ativamente o evangelho e dei testemunho de Deus para retribuir Seu amor. Mais tarde, escrevi um artigo de testemunho experiencial sobre como eu havia aceitado a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Uma irmã o leu e disse com alegria: “Irmão, você tem grande compreensão e é muito perspicaz”. Depois de ouvir isso, senti-me um pouco satisfeito comigo mesmo, achando que meu calibre era muito bom.
Alguns meses depois, tornei-me líder de grupo e fiquei responsável por regar um grupo de irmãos. Em cada reunião, quando eu terminava a comunhão, todos os irmãos diziam que minha compreensão era boa, que minha comunhão era muito esclarecedora e que eles tinham entendido algumas questões que antes não estavam claras para eles depois de ouvir minha comunhão. Eu pensei: “Só recentemente aceitei a obra de Deus e já posso regar outros novos crentes, além de também ter recebido elogios dos irmãos. Parece que sou melhor do que os outros”. Depois disso, para ser estimado e reconhecido por mais irmãos, trabalhei ainda mais do que antes. Eu me preparava com antecedência antes de cada reunião, buscando palavras de Deus e filmes que fossem relevantes para o tópico da reunião. Sempre que encontrava inspiração de uma comunhão em um filme, eu anotava e comunicava sobre isso durante as reuniões. Eu pensava comigo mesmo: “Se os irmãos ganharem mais com minhas comunhões, eles certamente me admirarão e me respeitarão mais”. Em pouco tempo, os irmãos me escolheram como líder de igreja. Pensei comigo mesmo: “De fato, sou melhor do que os outros; senão, por que todos me escolheriam?”. Eu realmente me admirava. Mais tarde, ouvi de alguns irmãos que eles haviam se tornado negativos porque tinham inveja de mim. Eu não só não fiquei triste ao ouvir isso, como fiquei muito feliz, pois isso mostrava que minha compreensão era realmente muito boa. Quando os novos crentes que eu tinha regado uma vez perguntavam sobre o dever que eu estava desempenhando, eu dizia com orgulho: “Agora sou um líder de igreja”. Eu queria que eles soubessem que eu não era mais apenas um líder de grupo comum e que eles não deveriam me tratar como um irmão comum. Durante meu tempo como líder de igreja, fiquei mais ocupado do que antes. Todos os dias, eu lia muitas palavras de Deus e assistia a filmes do evangelho para me equipar. Por causa das reuniões e das respostas às perguntas dos novos crentes, muitas vezes eu não conseguia comer ou descansar na hora certa. Eu reclamava um pouco em meu coração, mas, sabendo que era meu dever, continuei fazendo isso. Durante as reuniões, muitas vezes eu me comunicava com os irmãos sobre como havia sofrido e me equipado com a verdade, e como havia me despendido por Deus. Mencionava que estava ocupado desempenhando meu dever todos os dias, que muitas vezes não conseguia comer na hora certa e assim por diante. No entanto, nunca mencionava minhas queixas. Depois de ouvir tudo isso, os irmãos realmente me admiraram. Eles me elogiaram por suportar um fardo em meu dever e por ter realizado coisas que eles não tinham feito, e expressaram o desejo de aprender comigo. Ao ouvir isso, fiquei muito feliz. Depois disso, eu sempre me comunicava dessa forma nas reuniões, não querendo que os irmãos pensassem que eu não conseguia lidar com o sofrimento. Se eles pensassem assim, ninguém mais me admiraria. Aos poucos, os irmãos começaram a depender de mim, e não importava quais dificuldades ou problemas encontrassem em seus deveres, eles quase nunca confiavam em Deus nem buscavam as verdades princípios, preferindo buscar minha ajuda em vez disso.
Certa vez, por ter ficado olhando para o computador e para o telefone por muito tempo, meus olhos ficaram vermelhos, com coceira e dor, minha visão estava diminuindo rapidamente e eu não conseguia ver as coisas com clareza. Alguém me disse que esses sintomas eram bastante graves, e que, se eu não recebesse tratamento imediatamente, poderia ficar cego. Na época, fiquei muito assustado. Fiquei um pouco negativo e reclamei em pensamento: “Eu me dedico tanto ao dever; por que ainda tenho essa doença?”. Meu dever também foi afetado devido ao meu problema ocular. Mais tarde, alguém me falou sobre um remédio caseiro, e minha visão finalmente melhorou. Mas durante as reuniões, eu só falava sobre meu lado bom, enfatizando que não importava quão intenso fosse meu dever e quanto sofrimento meu problema ocular tivesse causado, eu não tinha desistido do dever. Cheguei a dizer que isso era uma provação de Deus e que eu tinha de permanecer firme em meu testemunho. Mas quando se tratava de minhas fraquezas, preocupações e temores, e de meus mal-entendidos e reclamações sobre Deus, eu não dizia uma palavra, não querendo que os irmãos soubessem que eu também tinha fraquezas. Depois de ouvir minha comunhão, todos os irmãos me admiraram e me respeitaram, dizendo que minha experiência foi ótima. Alguns irmãos também disseram: “Esse irmão realmente tem estatura. Ele enfrentou uma doença tão grave, mas não se abateu e ainda conseguiu continuar desempenhando seu dever. Se fosse eu, talvez não conseguisse fazer o mesmo”. Depois de ouvir essas palavras, fiquei extremamente feliz, e não pude deixar de pensar: “Embora eu seja jovem e ainda seja um novo crente, meu calibre é melhor do que o dos outros irmãos, e busco a verdade com mais diligência do que eles”. Mas depois que a reunião terminou, tive uma estranha e inexplicável sensação de pânico. Era a mesma sensação de quando eu era criança e fazia algo errado e sabia que seria disciplinado por meus pais. Eu nem conseguia comer nada e me sentia muito desconfortável. Não pude deixar de refletir sobre mim mesmo, pensando: “Será que aquela comunhão que fiz na reunião foi inadequada?”. Lembrando-me de que eu não havia comunicado meu verdadeiro eu na reunião e que escondi minhas fraquezas, percebi que minha intenção não estava correta e me autocensurei muito.
Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus: “Exaltar-se e dar testemunho de si mesmos, exibir-se, tentar fazer com que as pessoas o estimem e adorem — a humanidade corrupta é capaz dessas coisas. É assim que as pessoas reagem instintivamente quando são governadas por sua natureza satânica, e é algo comum a toda a humanidade corrupta. Como as pessoas costumam se exaltar e dar testemunho de si mesmas? Como alcançam esse objetivo de fazer com que as pessoas as estimem e as adorem? Elas dão testemunho de quanto trabalho fizeram, quanto sofreram, quanto se despenderam, e que preço pagaram. Elas se exaltam falando de seu capital, o que lhes garante um lugar mais elevado, mais firme e mais seguro na mente das pessoas, para que mais pessoas as apreciem, estimem, admirem e até mesmo as venerem, valorizem e sigam. Para alcançar esse objetivo, as pessoas fazem muitas coisas que dão testemunho de Deus por fora, mas que, em essência, se exaltam e dão testemunho de si mesmas. Agir dessa forma é sensato? Elas estão além do alcance da racionalidade e não têm vergonha, isto é, elas descaradamente dão testemunho daquilo que fizeram por Deus e de quanto sofreram por Ele. Até exibem seus dons, talentos, experiência, habilidades especiais, suas técnicas inteligentes para negócios mundanos, os meios que usam para brincar com as pessoas, e assim por diante. Seu método de se exaltar e dar testemunhos de si mesmas é se exibir e diminuir os outros. Além disso, elas se camuflam e dissimulam, escondendo das pessoas as suas fraquezas, defeitos e deficiências para que estas só vejam sua excelência. Nem ousam contar a outras pessoas quando se sentem negativas; carecem da coragem de se abrir e comunicar com elas, e quando cometem algum erro, fazem de tudo para escondê-lo e encobri-lo. Jamais mencionam os danos que causaram ao trabalho da igreja durante o desempenho de seu dever. Quando, porém, fazem alguma contribuição insignificante ou alcançam algum sucesso menor, elas são rápidas em exibi-lo. Não conseguem esperar para contar ao mundo inteiro como são capazes, como é alto o seu calibre, quão excepcionais são e quão melhores são do que as pessoas normais. Isso não é uma maneira de se exaltar e dar testemunho de si mesmo?” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item quatro: Eles se exaltam e dão testemunho de si mesmos”). Depois de ler as palavras de Deus, senti a santidade e a justiça de Deus; Ele escrutina tudo e expõe tudo que estava escondido dentro de mim. Deus expõe que as pessoas têm caracteres corruptos. Quando desempenham seus deveres ou fazem qualquer coisa, elas involuntariamente se exaltam e se exibem, com o objetivo de estabelecer seu status e sua imagem no coração dos outros e de conseguir ser respeitadas ou adoradas por eles. Tudo isso era feito sob o controle da natureza satânica corrupta delas. Percebi que eu sempre falava sobre o sofrimento que tinha suportado em meu dever na frente dos irmãos, com o objetivo de mostrar a todos que eu podia sofrer e pagar um preço e que era leal a Deus, usando isso para ganhar o louvor e o respeito de todos. Durante as reuniões, eu só falava sobre meu lado bom, compartilhando como havia confiado em Deus e permanecido firme em meu testemunho enquanto estava doente, e querendo ostentar diante de todos que minha estatura era maior do que a dos outros. Porém, quando se tratava das corrupções e fraquezas que eu havia revelado durante minha doença, eu mantinha a boca fechada, temendo que, se os irmãos conhecessem minha verdadeira estatura, deixariam de me admirar e me adorar. Como eu vivia me exaltando e me exibindo, os irmãos frequentemente me procuravam com seus problemas e dificuldades em vez de pensar em orar e confiar em Deus. Será que eu estava realmente crendo em Deus e desempenhando meu dever? Será que eu não estava desorientando e enredando as pessoas? Os irmãos me escolheram para ser um líder, mas eu não exaltava a Deus nem dava testemunho Dele, nem os levava diante Dele. Em vez disso, fazia com que eles me adorassem e confiassem em mim. Eu era realmente desprezível e vergonhoso; Deus realmente deve me detestar!
Naquele momento, pensei nas palavras de Deus que eu tinha lido antes. Deus Todo-Poderoso diz: “Algumas pessoas particularmente idolatram Paulo. Elas gostam de sair, dar palestras e trabalhar, gostam de participar de reuniões e pregar e gostam de ter pessoas que as ouçam, adorem e girem em torno delas. Elas gostam de manter um lugar no coração dos outros e apreciam quando os outros valorizam a imagem que elas apresentam. Vamos dissecar sua natureza a partir desses comportamentos. Qual é a natureza delas? Se elas realmente se comportam assim, então isso é suficiente em mostrar que são arrogantes e convencidas. Elas não adoram a Deus de modo algum; elas buscam um status mais elevado e desejam ter autoridade sobre os outros, possuí-los e manter uma posição no coração deles. Essa é a imagem clássica de Satanás. Os aspectos de sua natureza que se sobressaem são a arrogância e a presunção, uma relutância em adorar a Deus e um desejo de ser adorado pelos outros. Tais comportamentos podem lhe dar uma visão muito clara de sua natureza” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como conhecer a natureza do homem”). “Se, em seu coração, você realmente entender a verdade, você saberá como praticar a verdade e submeter-se a Deus e naturalmente começará a trilhar a senda de buscar a verdade. Se a senda que você trilha for a correta e estiver de acordo com as intenções de Deus, então a obra do Espírito Santo não o abandonará — nesse caso você correrá menos risco de trair a Deus. Sem a verdade, é fácil praticar o mal, e você o praticará a despeito de si mesmo. Por exemplo, se você tem um caráter arrogante e convencido, então ser ordenado a abster-se de se opor a Deus não faz diferença nenhuma, você não pode impedir, está fora de seu controle. Você não o faria de propósito; você o faria sob o domínio de sua natureza arrogante e convencida. Sua arrogância e convencimento fariam com que você desprezasse a Deus e O visse como um ser sem importância; fariam você se exaltar, e se colocar sempre na vitrine; levariam você a desprezar os outros, não deixariam ninguém em seu coração além de você mesmo; roubariam o lugar de Deus em seu coração e, no fim, levariam você a se sentar no lugar de Deus e a exigir que as pessoas se submetessem a você e a fazer com que você venerasse seus próprios pensamentos, ideias e noções como a verdade. Tanto mal é feito pelas pessoas sob o domínio da natureza arrogante e convencida delas!” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). Com base nas palavras de Deus, percebi que eu sempre me exaltava e me exibia principalmente porque minha natureza era muito arrogante. Por causa da minha natureza arrogante e convencida, não havia lugar para Deus em meu coração, e eu menosprezava os outros. Eu amava ostentar e me exibir na frente das pessoas, buscando a admiração e o elogio delas. Impulsionado por minha natureza arrogante, eu não estava disposto a trabalhar na obscuridade e a fazer as coisas de maneira prática; eu sempre queria me destacar na multidão. Será que eu não estava trilhando exatamente a mesma senda de resistência a Deus que Paulo trilhou? Quando pregava e trabalhava para o Senhor, Paulo escreveu muitas cartas para as igrejas da época, muitas vezes exaltando a si mesmo e testemunhando sobre seu sofrimento e dispêndio pelo Senhor, o que fez com que muitas pessoas o admirassem e o adorassem. Embora Paulo tenha sofrido muito enquanto pregava e trabalhava, ele nunca deu testemunho das palavras do Senhor e não levou os crentes diante Dele. Em vez disso, ele os colocava diante de si mesmo. Ele nunca refletiu sobre suas ambições e motivos, chegando a pensar que havia renunciado e despendido muito por Deus e acreditando que uma coroa de justiça estaria reservada para ele. No final, ele chegou a testemunhar que, para ele, viver é Cristo, fazendo com que os outros seguissem seu exemplo. A natureza de Paulo era extremamente arrogante, e, por fim, Deus o puniu por ofender gravemente Seu caráter. Comparando esse comportamento com o meu, vi que eu também constantemente me exaltava e me exibia em meu dever, mostrando aos irmãos que eu era melhor do que eles em todos os aspectos a fim de ganhar sua admiração e adoração. Quando todos os irmãos pensavam bem de mim e me elogiavam por meu bom calibre e por minha capacidade de sofrer e pagar um preço em meu dever, eu não apenas não sentia medo nem refletia sobre mim mesmo, como sentia prazer nisso e ficava satisfeito comigo mesmo. Eu era realmente muito arrogante e convencido por natureza, sem o menor traço de um coração temente a Deus. Em tudo o que eu havia feito, seja me equipando com as palavras de Deus para responder às perguntas dos irmãos ou comunicando minhas experiências nas reuniões, minha intenção e motivo não tinham sido buscar um entendimento da verdade, desempenhar bem meu dever ou ajudar sinceramente os outros. Em vez disso, tudo era para estabelecer uma imagem elevada no coração das pessoas e ganhar a admiração delas. Isso era rebelar-se contra Deus e resistir a Ele! Como líder de igreja, eu deveria exaltar a Deus e dar testemunho Dele e ajudar os irmãos a entender a verdade e as intenções de Deus para que eles pudessem se colocar diante de Deus, confiar Nele e admirá-Lo. Mas eu sempre me exibia e me vangloriava, o que fez com que os irmãos não tivessem lugar para Deus no coração, mas tivessem um lugar para mim. Eles confiavam em mim e me adoravam em tudo o que faziam. Eu era realmente tão arrogante que havia perdido toda a razão! Embora eu aparentemente desempenhasse meu dever, na realidade, tudo o que eu estava fazendo era prejudicar os irmãos, afastando-os de Deus e levando-os a adorar uma pessoa. A natureza de minhas ações era a de ofender o caráter de Deus; eu estava trilhando a senda da resistência a Deus. Se eu não me arrependesse, certamente seria punido e amaldiçoado por Deus, assim como Paulo foi. Refletindo sobre isso, tive medo. Percebi que, se continuasse a não me arrepender, eu perderia a obra do Espírito Santo, cairia nas trevas e seria detestado, rejeitado e eliminado por Deus. Orei a Ele: “Deus, minha natureza é muito arrogante e me falta um coração temente a Ti. Eu sempre me exibo na frente dos outros, o que faz com que Tu me detestes muito. Não quero mais continuar assim. Por favor, ajuda-me; estou disposto a praticar de acordo com Tuas exigências”.
Depois disso, li as palavras de Deus que diziam: “Não pense que você entende tudo. Eu digo a você que tudo o que você tem visto e experimentado é insuficiente para que você entenda até mesmo uma milésima parte do Meu plano de gerenciamento. Por que, então, você age com tanta soberba? Esse pouquinho de talento e pouquinho de conhecimento que você tem são insuficientes para que Jesus os utilize até mesmo num único segundo da Sua obra! Quanta experiência você realmente possui? O que você tem visto e tudo o que você tem ouvido na sua vida e o que você tem imaginado são menos do que a obra que Eu faço em um único momento! Seria melhor você não procurar defeito e encontrar falha. Você pode ser tão arrogante quanto quiser, mas você nada mais é do que um ser criado que nem chega a ser igual a uma formiga! Tudo o que você tem na sua barriga é menos do que está na barriga de uma formiga! Não pense que, só porque você ganhou alguma experiência e senioridade, isso lhe dá o direito de gesticular desenfreadamente e se gabar. A sua experiência e a sua senioridade não são produtos das palavras que Eu tenho professado? Você crê que foram em troca de sua própria labuta e esforço?” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “As duas encarnações completam o significado da encarnação”). Ponderando as palavras de Deus, senti vergonha. Não fazia muito tempo que eu tinha aceitado a obra de Deus dos últimos dias, e eu estava um pouco entusiasmado em meu dever, entendia algumas palavras e doutrinas e tinha alcançado alguns resultados em meu trabalho, e então eu considerava essas coisas como minha estatura, achando que eu era melhor do que os outros e que entendia a verdade melhor do que eles. Eu até usava isso frequentemente como capital para me exibir e fazer com que os outros me admirassem. Eu era realmente muito arrogante e não tinha autoconhecimento. O fato de eu poder comunicar algum entendimento nas reuniões, responder a algumas perguntas dos irmãos e alcançar alguns resultados em meu trabalho foi devido às palavras que Deus expressou que me fizeram entender algumas verdades. Se não fosse pela obra de Deus dos últimos dias, as verdades que Ele expressou e o esclarecimento e a iluminação do Espírito Santo, eu jamais teria sido capaz de entender a verdade. Seja em relação à obra de Deus ou ao meu caráter corrupto, eu não era capaz de perceber nada disso. Não havia nada em mim que valesse a pena ostentar. Mas eu não era grato pela rega e pela provisão de Deus; ao contrário, atribuía todo o crédito a mim mesmo e o usava como capital para me exibir e fazer com que os outros me admirassem. Eu era realmente arrogante, ignorante, sem vergonha e sem razão! Fiquei muito grato a Deus por me ajudar a reconhecer minha corrupção e desejava mudar. Por isso, continuei a buscar a verdade, pensando: “Como devo resolver meu caráter corrupto e parar de me exaltar e de me exibir? Como devo praticar para exaltar a Deus e dar testemunho Dele?”.
Mais tarde, li algumas das palavras de Deus: “Ao dar testemunho de Deus, deveriam sobretudo falar mais de como Deus julga e castiga as pessoas, e que provações Ele usa para refinar as pessoas e mudar o caráter delas. Deveriam falar também de quanta corrupção foi revelada em sua experiência, o quanto sofreram, quantas coisas fizeram para resistir a Deus e como foram finalmente conquistados por Deus. Falem sobre quanto conhecimento real da obra de Deus vocês têm e sobre como deveriam dar testemunho de Deus e retribuir-Lhe por Seu amor. Vocês deveriam pôr substância nesse tipo de linguagem, ao mesmo tempo em que a colocam de maneira simples. Não falem sobre teorias vazias. Falem de forma mais realista; falem a partir do coração. É assim que vocês deveriam experimentar as coisas. Não se equipem com teorias vazias que pareçam profundas em um esforço para se exibir; fazer isso faz com que pareçam bastante arrogantes e insensatos. Vocês deveriam falar mais sobre coisas reais a partir de sua experiência atual e falar mais do coração; isso é mais benéfico para os outros e mais apropriado para eles verem” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). “Em primeiro lugar, para que alguém possa entender os problemas e dissecar-se e desnudar-se num nível essencial, ele precisa ter um coração honesto e uma atitude sincera e precisa falar daquilo que entende dos problemas em seu caráter. Em segundo lugar, caso ele sentisse que um caráter seu é flagrantemente ruim, ele precisa dizer a todos: ‘Se eu revelar tal caráter corrupto de novo, sintam-se à vontade para me alertar e me podar. Se eu não conseguir aceitá-lo, não desistam de mim. Esse lado do meu caráter corrupto é muito severo, e preciso que me comuniquem a verdade várias vezes para me expor. Ficarei feliz em aceitar ser podado por todos, e espero que todos fiquem de olho em mim, me ajudem e me impeçam de me desviar’. Que tal essa atitude? Essa é a atitude de aceitar a verdade” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Sobre a cooperação harmoniosa”). Depois de ler as palavras de Deus, entendi que dar testemunho de Deus envolve principalmente dar testemunho sobre como Deus julga e prova as pessoas, quais caracteres corruptos uma pessoa revela em suas experiências, quais fraquezas e deficiências ela percebe em si mesma, qual o verdadeiro entendimento que ela tem da obra de Deus e de Suas palavras, e qual o entendimento e a experiência em primeira mão que ela tem do caráter justo de Deus. Comunicar tudo isso significa dar testemunho de Deus verdadeiramente. Quanto a mim, minha intenção ao comunicar durante as reuniões era fazer com que os outros me admirassem e adorassem. Eu só falava sobre meu lado bom e proativo, raramente mencionava minhas fraquezas e as corrupções que eu revelava. Isso era exaltar a mim mesmo e me exibir, o que Deus detestava e odiava. Eu deveria ser uma pessoa honesta, falar abertamente sobre minhas corrupções e expressar meus verdadeiros pensamentos, permitindo que os outros enxergassem meu verdadeiro eu, e, ao mesmo tempo, aceitar a supervisão e a ajuda dos irmãos. Era assim que eu deveria praticar. Depois disso, durante as reuniões, eu me abri com os irmãos sobre como me exibia e dava testemunho de mim mesmo, a intenção desprezível que eu tinha em meu coração e as corrupções que revelava. Eu também disse a eles que, da mesma forma, tinha fraquezas e negatividade, e que eles não deveriam mais me admirar ou me adorar. Depois de comunicar dessa forma, senti-me muito relaxado e à vontade. Depois de ouvir sobre minhas experiências, alguns irmãos disseram que também haviam entendido algumas das próprias corrupções. Mais tarde, os irmãos já não me adoravam nem confiavam tanto em mim como antes e, embora algumas pessoas ainda elogiassem ocasionalmente minhas comunhões, eu não era mais afetado por suas palavras.
A partir de então, eu orava a Deus antes de quase todas as reuniões: “Deus Todo-Poderoso, Tu és Aquele que deve ser louvado. Sou apenas uma pessoa corrupta. Preciso me abrir e falar meus verdadeiros pensamentos. Por favor, escrutina meu coração para que minhas palavras e ações não sejam para me exibir, mas para dar testemunho de Ti”. Assim, em cada reunião, eu me concentrava em ponderar as palavras de Deus e comunicar meu entendimento e compreensão delas, também me abrindo e expondo meus caracteres corruptos com frequência. Além disso, eu dizia aos irmãos que me supervisionassem e que, se vissem que eu estava me disfarçando, poderiam me expor e me podar, ajudando-me a entender minhas corrupções e a me libertar do controle desses caracteres corruptos. Eu costumava pensar que os outros não se comunicavam bem, e nunca ouvia atentamente o que eles comunicavam, mas agora presto muita atenção aos irmãos quando eles discutem suas experiências e entendimentos. Quando há um esclarecimento do Espírito Santo, eu o anoto, e posso aprender muito com as experiências dos irmãos. Agora sou capaz de praticar essas coisas por causa do julgamento, da exposição, do esclarecimento e da iluminação das palavras de Deus. Graças à orientação de Deus!