Por Hailey, Japão

Quando comecei a trabalhar na rega de novos membros na igreja em 2017, me apressei a estudar e ganhar conhecimento de todas as verdades princípios relevantes para que pudesse ser competente no meu trabalho assim que possível. Dediquei-me muito e paguei um preço alto no meu dever, e assim obtive resultados cada vez melhores. Cerca de um ano depois, fui escolhida para servir como líder de grupo. Os irmãos todos diziam que houve um progresso rápido depois que me tornei líder de grupo e que todos vinham a mim para comunhão quando tinham problemas. Pensei comigo: “Parece que todos realmente me aprovam. Se eu continuar buscando a verdade, com certeza vou ter a chance de ser promovida a uma posição ainda mais alta no futuro. Aí sim, todos vão me admirar”.

Pouco depois, a supervisora do nosso grupo foi dispensada por não fazer trabalho real. Pensei comigo mesma: “Sempre fui muito proativa no meu dever, consegui resolver alguns problemas e dificuldades dos irmãos, e tenho sido eficiente no meu trabalho. Agora que sou líder de grupo, e logo selecionaremos um novo supervisor, certamente serei a primeira opção. Essa é uma ótima oportunidade para me destacar”. Mas apenas alguns dias depois, nosso líder transferiu uma irmã de outra igreja para ser nossa supervisora, dizendo que ela possuía bom calibre, buscava a verdade e era digna de ser cultivada. Fiquei bem desapontada quando soube dessa notícia. Pensei: “Então essa irmã é uma boa candidata para cultivo, e eu não sou?”. Mas depois pensei melhor e vi que, se a irmã pudesse mesmo fazer trabalho real, isso era um desfecho positivo. Depois que percebi isso, fui mais capaz de me submeter. Mais tarde, quando a irmã foi designada para outro dever devido a certas necessidades do trabalho da igreja, fiquei muito animada e pensei: “Desta vez, com certeza vão me considerar para a posição de supervisora”. Mas apenas alguns dias depois, nosso líder promoveu a irmã Adele para o papel de supervisora. Desta vez, não recebi a notícia com tanta equanimidade. Pensei: “Trabalho muito no meu dever e consigo resolver alguns problemas reais. Por que o líder não me promoveu? Será que ele acha que não sou adequada para ser cultivada? Ou será que simplesmente não vê o meu valor? O que os irmãos pensarão de mim agora que fui desconsiderada para a promoção duas vezes? Adele acabou de ser transferida para cá e costuma vir a mim para pedir sugestões porque ainda não entendeu o trabalho, e ainda assim nosso líder a considera muito e a está cultivando”. Senti-me tão frustrada e injustiçada quando tudo isso me ocorreu. Mais tarde, quando Adele me procurou para ficar a par do trabalho e fez perguntas demais, fiquei impaciente. Pensei: “Você não é a supervisora? Seu calibre não deve ser tão bom assim, se fica fazendo perguntas que já respondi!”. Às vezes, quando os irmãos vinham até Adele com dúvidas e dificuldades na rega de novos membros com que ela nunca havia lidado, ela não sabia como comunicar e resolvê-las, e acabaria me pedindo ajuda. Eu respondia de forma intencional: “Essa é uma questão simples. Você só tem que identificar o cerne do problema e comunicar a verdade com clareza sobre isso”. Então eu dava exemplos de como havia resolvido questões similares. Eu pensava: “Preciso mostrar a todos que tenho talento. Não é que eu não tenho habilidade, mas é que não me deram a oportunidade de ser a supervisora”. Tempos depois, Adele sugeriu que morássemos juntas para ela poder me consultar sempre que surgissem problemas. Eu pensei: “Consultar-me sempre que surgirem problemas? Mas então você levará todo o crédito quando a questão for resolvida, não eu. Por que eu deveria ser sua ajudante de bastidores?”. Depois que isso me ocorreu, eu recusei a proposta dizendo que “não tinha tempo devido à minha agenda lotada regando novos membros”. Adele me pediu de novo várias outras vezes, mas eu nunca aceitei. Aos poucos, percebi que Adele parecia se sentir um pouco constrangida por mim e havia se tornado mais passiva na hora de discutir o trabalho. No entanto, não refleti sobre mim, nem vim a me conhecer, apenas pensei que Adele estava tendo dificuldade para servir como supervisora. Além do mais, pensei, que se eu colaborasse ativamente com ela, e seu desempenho melhorasse, e ela se recuperasse no trabalho, eu não teria chance de ser promovida. Pelo contrário, se ela afundasse em negatividade, isso só realçaria meu entusiasmo e iniciativa. Então, nas discussões de trabalho, eu era muito proativa e entusiasmada, assumindo um papel de liderança para me destacar.

Mais tarde, como cada vez mais pessoas estavam aceitando a obra de Deus nos últimos dias e mais alguns regadores foram designados para o nosso grupo, Adele me colocou para trabalhar mais tempo ajudando os irmãos e irmãs recém-chegados. Eu aproveitava essas oportunidades para contar às pessoas como eu buscava a verdade para resolver as noções e confusões dos novos membros, descrevendo sistematicamente minha experiência pessoal e minhas sendas de prática para eles. Depois disso, sempre que os irmãos tinham problemas, eles me procuravam para conversar. Em alguns casos, as pessoas até me procuravam com problemas que a própria Adele não conseguia resolver. Eu estava me sentindo muito feliz comigo mesma, e pensei: “Parece que todo o meu trabalho nesses dias está valendo a pena e todos me aprovam. Posso não ser uma supervisora, mas consigo dar conta de boa parte do trabalho de um supervisor. Da próxima vez que houver uma votação para obreiros e líderes, os irmãos certamente votarão em mim”.

Não muito tempo depois, era hora da votação anual e eu estava muito animada. Pensei: “Se eu for selecionada para ser líder, terei o poder de tomar decisões em projetos da igreja. Se o trabalho progredir sob minha supervisão, os irmãos certamente pensarão que sou digna do meu cargo e me respeitarão ainda mais”. Mas, para minha grande surpresa, quando os resultados foram anunciados, meu nome não foi chamado. Fiquei com o rosto vermelho e me senti muito envergonhada. Para piorar a situação, os irmãos disseram que eu tinha um caráter arrogante, que costumava constranger as pessoas, que não priorizava a entrada na vida, que raramente refletia sobre mim mesma, ganhava conhecimento ou aprendia lições com as coisas; em resumo, eu não buscava a verdade. Quando ouvi tudo aquilo, me senti péssima. Agora todos os irmãos sabiam que eu não buscava a verdade. Não só havia só falhado em me destacar, como tinha me envergonhado por completo. Naqueles dias, eu receava que os irmãos me perguntariam o que eu havia aprendido com aquela situação, mas também receava que as pessoas não falariam comigo, que ganhariam discernimento a meu respeito e me evitariam. Minhas emoções estavam descontroladas, e eu só conseguia pensar no que havia acontecido. Não conseguia me aplicar no meu dever e me sentia terrivelmente angustiada e atormentada. Ficava me perguntando por que eu tinha que passar por esse tipo de provação. Mais tarde, alguns irmãos se comunicaram comigo e me incentivaram a passar mais tempo refletindo sobre meu desempenho no meu dever. Eles também apontaram que, apesar de ter algumas habilidades em meu trabalho, eu não priorizava a busca pela verdade, apenas me importava com reputação e status, e estava trilhando a senda errada. Eu sabia que o conselho e a ajuda dos irmãos vinham de Deus, e, por isso, vim para diante Dele em oração: “Ó, Deus, ser revelada assim tem sido muito difícil para mim. Querido Deus, por favor, me esclarece e permita que eu ganhe conhecimento de mim mesma e entenda Tua intenção”.

Um dia, enquanto lia as palavras de Deus, deparei-me com algumas passagens em que Deus expõe como os anticristos buscam reputação e status. As palavras de Deus dizem: “Não importa que dever os anticristos desempenhem, eles tentarão colocar-se em uma posição alta, em uma posição de primazia. Eles nunca poderiam se contentar com seu lugar como seguidores comuns. E qual é o objeto de sua maior paixão? É estar na frente das pessoas dando ordens e repreendendo pessoas, obrigando-as a fazer o que eles dizem. Eles nunca pensam em como desempenhar adequadamente o seu dever — muito menos procuram, enquanto desempenham seu dever, as verdades princípios a fim de praticar a verdade e satisfazer a Deus. Em vez disso, quebram a cabeça à procura de formas de se distinguir, de fazer com que os líderes os estimem e os promovam, para que eles mesmos possam tornar-se líderes ou obreiros e possam liderar outras pessoas. É nisso que eles pensam e o que esperam o dia inteiro. Os anticristos não estão dispostos a ser liderados pelos outros, nem estão dispostos a ser seguidores comuns, muito menos a desempenhar calmamente seu dever sem alarde. Qualquer que seja seu dever, se eles não puderem ocupar o centro do palco, se não puderem estar acima dos outros e liderar outras pessoas, eles acham desempenhar seu dever entediante e se tornam negativos e começam a ficar desleixados. Sem os elogios ou a adoração dos outros, o dever se torna ainda menos interessante para eles, e eles têm um desejo ainda menor de desempenhar seu dever. Mas se puderem ocupar o centro do palco no desempenho de seu dever e ter a última palavra, eles se sentem fortificados e enfrentarão qualquer dificuldade. Eles sempre têm intenções pessoais no desempenho do seu dever, e sempre querem se sobressair, como meio de satisfazer a necessidade de derrotar os outros e satisfazer os seus desejos e ambições” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 7”). “Para os anticristos, reputação e status não são uma exigência adicional, muito menos algo extrínseco do qual eles podem abrir mão. São parte da natureza dos anticristos, estão em seus ossos, em seu sangue, são inatos para eles. Os anticristos não são indiferentes a se possuem reputação e status; essa não é sua atitude. Qual, então, é sua atitude? Reputação e status estão intimamente conectados a seu dia a dia, a seu estado diário, ao que buscam diariamente. E assim, para os anticristos, status e reputação são sua vida. Não importa como vivam, não importa o ambiente em que vivam, não importa o trabalho que façam, não importa o que busquem, quais sejam seus objetivos, qual seja a direção de sua vida, tudo gira em torno de ter boa reputação e status elevado. E esse objetivo não muda; eles nunca conseguem deixar essas coisas de lado. Essa é a face verdadeira dos anticristos e sua essência. Você poderia colocá-los numa selva intocada no meio das montanhas e, ainda assim, eles não deixariam de lado sua busca por status e reputação. Você pode colocá-los em qualquer grupo de pessoas, e tudo em que conseguem pensar continua sendo status e reputação. Embora os anticristos também acreditem em Deus, eles veem a busca por status e reputação como equivalente à fé em Deus e dão a ela o mesmo peso. O que quer dizer que, enquanto trilham a senda de fé em Deus, eles também buscam seu próprio status e reputação. Pode-se dizer que, no coração dos anticristos, eles acreditam que a busca da verdade em sua fé em Deus é a busca de status e reputação; a busca de status e reputação também é a busca da verdade, e ganhar status e reputação é ganhar a verdade e vida. Se sentirem que não têm status, nem ganhos, nem reputação, que ninguém os admira, ou os estima, ou os segue, eles ficarão muito decepcionados, acreditarão que não faz sentido crer em Deus, que isso não tem valor, e dirão para si mesmos: ‘Essa fé em deus é um fracasso? Não há esperança?’. Muitas vezes eles ponderam sobre tais coisas no coração, ponderam sobre como podem construir um lugar para si na casa de Deus, como podem ter uma reputação elevada na igreja, para que escutem quando eles falarem, e os apoiem quando eles agirem, e os sigam para onde quer que forem; para que tenham a última palavra na igreja e fama, ganho e status — eles realmente se concentram nessas coisas no coração. Isso é o que essas pessoas buscam” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). As palavras de Deus expõem como os anticristos dão suma importância à reputação e ao status. Não importa quando nem onde, seu objetivo final é alcançar uma boa reputação e um status elevado. Eles só creem em Deus e desempenham seus deveres para se destacar e ganhar o respeito dos outros. Estão sempre se esforçando para alcançar cargos de status, para ter a palavra final e poder de decisão, e para ganhar autoridade sobre os outros. Se não conseguem ganhar status e reputação, começam a pensar que crer em Deus não tem sentido e que não há razão para desempenharem seu dever. Considerando as palavras de Deus, percebi que o caráter que revelei e a minha visão sobre a busca não eram diferentes dos de um anticristo. Eu estava sempre me esforçando para me tornar uma supervisora ou líder, porque pensava que líderes e obreiros tinham a palavra final, podiam tomar decisões importantes e eram altamente respeitados, apoiados e estimados. Como líder de grupo, o escopo da minha autoridade era limitado e eu raramente conseguia me destacar, então sempre que obtinha resultados no meu trabalho, eu sentia um impulso repentino de ganhar ainda mais poder e autoridade para que ainda mais pessoas me respeitassem e se reunissem ao meu redor. Quando soube que a igreja selecionaria um novo supervisor, fiquei realmente ansiosa pela votação, porque achei que minha chance de me destacar finalmente havia chegado. Mas então, quando o líder simplesmente transferiu uma supervisora de outra igreja, fiquei profundamente desapontada e me recusei a aceitar o resultado. Eu acreditava que o líder não queria me dar a chance de treinar e que tinha algo contra mim. Para provar que eu era melhor do que a supervisora atual, intencionalmente tornei as coisas difíceis para ela e a excluí, o que fez com que ela ficasse constrangida. Para garantir que eu fosse eleita como supervisora, usei todas as oportunidades de ajudar irmãos para me exibir e me estabelecer, de modo que mais pessoas me aprovassem e votassem em mim na próxima eleição. Tudo o que buscava era status e reputação, e tudo o que fazia era para alcançar status. Eu estava trilhando a senda de um anticristo. Ao perceber isso, senti um profundo arrependimento e orei a Deus: “Ó Deus, não tenho buscado a verdade em meu dever, tenho disputado por status e reputação e resistido a Ti e me rebelado contra Ti. Querido Deus, não estou mais disposta a continuar dessa forma e estou pronta para me arrepender. Por favor, esclarece-me para que eu possa conhecer a mim mesma”.

Certa vez, durante os devocionais, deparei com esta passagem das palavras de Deus: “Quando um caráter satânico se enraizou nas pessoas e se tornou sua natureza, isso basta para plantar escuridão e o mal no coração delas e levá-las a buscar e escolher a senda errada. Sob a força impulsora de um caráter satânico corrupto, quais são os ideais, as esperanças, as ambições, os objetivos e as direções na vida das pessoas? Não são contrários às coisas positivas? Por exemplo, as pessoas sempre querem ter renome ou ser celebridades; desejam ganhar grande fama e prestígio e trazer honra a seus ancestrais. São coisas positivas? Essas não estão alinhadas às coisas positivas de modo algum; além disso, vão contra a lei de Deus de soberania sobre a sina da humanidade. […] Vocês sempre querem estender suas asas e ganhar o céu, vocês sempre querem voar sozinhos, ser uma águia em vez de um passarinho? Que caráter é esse? Esse é o princípio da conduta humana? Sua busca de conduta humana devia se basear nas palavras de Deus; só as palavras de Deus são a verdade. Vocês foram corrompidos profundamente demais por Satanás e sempre tomam a cultura tradicional — as palavras de Satanás — como a verdade, como objeto de sua busca, o que torna fácil, para vocês, seguir a senda errada, trilhar a senda de resistir a Deus. Os pensamentos e as opiniões da humanidade corrupta e as coisas que ela busca são contrários aos desejos de Deus, à verdade e às leis da soberania de Deus sobre tudo, à Sua orquestração de tudo e ao Seu controle sobre a sina da humanidade. Então, por mais correto e sensato que seja esse tipo de busca de acordo com os pensamentos e as noções humanas, sob a perspectiva de Deus, elas não são coisas positivas e não estão alinhadas com as Suas intenções. Porque você vai contra o fato da soberania de Deus sobre a sina da humanidade, e porque você deseja agir sozinho, tomando sua sina em suas mãos, você está sempre se chocando contra as paredes, com tanta força que vaza sangue de sua cabeça, e nada nunca dá certo para você. Por que nada dá certo para você? Porque as leis que Deus estabeleceu não podem ser alteradas por nenhum ser criado. A autoridade e o poder de Deus estão acima de tudo, são invioláveis para qualquer ser criado. As pessoas superestimam suas habilidades. O que é que leva as pessoas a sempre quererem estar livres da soberania de Deus e a sempre desejarem assumir o controle sobre sua sina e planejar seu futuro e a desejarem controlar suas perspectivas, direção e objetivos de vida? De onde vem esse ponto de partida? (De um caráter satânico corrupto.) O que, então, um caráter satânico corrupto traz para as pessoas? (Oposição a Deus.) O que resulta da oposição das pessoas a Deus? (Dor.) Dor? É destruição! Dor não é a metade disso. O que você vê bem diante de seus olhos é dor, negatividade e fraqueza, e é resistência e reclamações — que desfecho essas coisas trarão? Aniquilação! Isso não é coisa pequena e não é brincadeira” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Um caráter corrupto só pode ser resolvido aceitando-se a verdade”). Por meio da exposição das palavras de Deus, percebi que, depois que o homem é corrompido por Satanás, sua vida é governada por um caráter corrupto satânico caracterizado por arrogância e convencimento, perversidade e enganação. Ele não consegue mais se submeter à soberania e aos arranjos de Deus, e está sempre cheio de ambição e desejo, esforçando-se para se tornar uma pessoa grande e famosa e buscando alcançar um status elevado e se tornar o maior dos homens. Filosofias satânicas como “o homem luta para subir; a água flui para baixo” e “um soldado que não quer ser general não é um bom soldado” tinham se enraizado em meu coração havia muito tempo, levando-me a considerar a busca de reputação e status como um objetivo legítimo. Na escola, eu me esforçava para ser a melhor aluna e, se não me saía bem nas provas, ficava deprimida por vários dias. Quando entrei no mercado de trabalho após me formar, trabalhei diligentemente para me tornar uma das melhores funcionárias — me voluntariava para fazer horas extras e escolhia os trabalhos mais difíceis para ganhar o favor do meu chefe e ter uma chance de ser promovida. Quando entrei para a fé, acreditava que poderia ganhar o respeito e o apoio dos outros tornando-me uma supervisora ou líder na igreja e, por isso, me esforçava para alcançar um status elevado. Especialmente quando me tornei líder de grupo e ganhei a aprovação dos meus irmãos, minha ambição e meu desejo atingiram um novo patamar. Eu me tornei cada vez mais arrogante, pensando que tinha o capital e as qualificações para ser promovida a supervisora ou até mesmo a líder. Quando meu líder promoveu Adele em vez de mim, tornei-me resistente e ressentida, e não estava disposta a apoiá-la e cooperar com ela em nosso trabalho. Eu também estava sempre tentando competir com ela. Costumava aproveitar oportunidades para mostrar que eu era capaz de resolver problemas — por um lado, queria que Adele pensasse que não estava à minha altura, por outro, estava tentando mostrar aos irmãos que eu era mais talentosa do que ela. Dessa forma, eu esperava que todos viessem a mim quando tivessem problemas e pensassem em mim primeiro se outra eleição fosse realizada. Considerava o status mais importante do que qualquer outra coisa e nunca refletia a meu respeito, mesmo quando me deparava com uma série de contratempos. Além disso, eu estava ressentida e indignada, pensando que tinha capital porque era capaz de desempenhar bem um pouco de trabalho e que deveria ser nomeada líder dos outros. Eu era incrivelmente arrogante e sem vergonha! Refletindo sobre isso, percebi que eu só acreditava em Deus para perseguir status. Eu não priorizava buscar a verdade e tinha muito pouco da verdade realidade — assim, eu simplesmente não seria capaz de fazer nenhum trabalho substancial que líderes e obreiros devem realizar. Também tinha pouca humanidade, o que me tornava ainda menos qualificada para ser líder. Se eu tivesse sido eleita líder, isso teria prejudicado tanto os irmãos quanto a igreja!

Depois disso, li outras duas passagens das palavras de Deus que me ajudaram a entender melhor a natureza e as consequências de buscar reputação e status. As palavras de Deus dizem: “Se alguém diz que ama a verdade e busca a verdade, mas, em essência, o objetivo que ele busca é distinguir-se, exibir-se, fazer com que as pessoas o admirem, realizar os próprios interesses, e ele desempenha seu dever não para se submeter ou satisfazer a Deus, mas para alcançar fama, ganho e status, então sua busca é ilegítima. Assim sendo, quando se trata do trabalho da igreja, as suas ações são um obstáculo ou o ajudam a avançar? Elas são claramente um obstáculo; elas não o avançam. Algumas pessoas levantam a bandeira de fazer o trabalho da igreja, mas buscam sua fama, ganho e status pessoais, administram uma operação própria, criam seu grupinho, seu próprio reino pequeno — esse tipo de pessoa está desempenhando seu dever? Todo o trabalho que elas fazem interrompe, perturba e prejudica, essencialmente, o trabalho da igreja. Qual é a consequência da sua busca por fama, ganho e status? Em primeiro lugar, isso afeta como o povo escolhido de Deus come e bebe a palavra de Deus normalmente e como entende a verdade, isso impede sua entrada na vida, impede-o de entrar na trilha certa da fé em Deus e o leva para a senda errada — o que prejudica os escolhidos e os leva à ruína. E o que isso acaba por fazer ao trabalho da igreja? É perturbação, prejuízo e desmantelamento. Essa é a consequência produzida pela busca das pessoas por fama, ganho e status. Quando desempenham seu dever dessa forma, isso não pode ser definido como trilhar a senda de um anticristo? Quando Deus pede que as pessoas deixem de lado fama, ganho e status, não é que Ele esteja privando as pessoas do direito de escolha; pelo contrário, é porque, enquanto buscam fama, ganho e status, as pessoas interrompem e perturbam o trabalho da igreja e a entrada na vida do povo escolhido de Deus, e podem até influenciar como mais pessoas comem e bebem as palavras de Deus, compreendem a verdade, e assim alcançam a salvação de Deus. Esse fato é indiscutível. Quando as pessoas buscam sua fama, ganho e status, é certo que elas não buscarão a verdade e que não cumprirão seu dever fielmente. Só falarão e agirão em prol de fama, ganho e status, e todo trabalho que fazem, sem a menor exceção, é com esse fim. Comportar-se e agir dessa forma é, sem qualquer dúvida, trilhar a senda de anticristos; é uma interrupção e perturbação da obra de Deus, e todas as suas várias consequências estão impedindo a propagação do evangelho do reino e a execução da vontade de Deus dentro da igreja. Assim, pode-se dizer com certeza que a senda trilhada pelos que buscam fama, ganho e status é a senda de resistência a Deus. É resistência intencional a Ele, é contradizê-Lo — é cooperar com Satanás em resistir a Deus e em colocar-se em oposição a Ele. Essa é a natureza da busca das pessoas por fama, ganho e status” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 1”). “Não há nada que Deus deteste mais do que quando as pessoas buscam status, porque a busca de status é um caráter satânico, é uma senda errada, ela nasce da corrupção de Satanás, é algo condenado por Deus e é exatamente isso que Deus julga e purifica. Não há nada que Deus deteste mais do que quando as pessoas buscam status, e, no entanto, você ainda compete teimosamente por status, você o preza e protege infalivelmente, tentando sempre tomá-lo para si mesmo. E em sua natureza, tudo isso não é antagônico a Deus? Deus não ordenou status para as pessoas; Deus provê as pessoas com a verdade, o caminho e a vida para que, por fim, elas se tornem um ser criado que está à altura do padrão, um ser criado pequeno e insignificante — não alguém que tem status e prestígio e é reverenciado por milhares de pessoas. E então, não importa sob qual perspectiva isso seja visto, a busca de status é um beco sem saída. Não importa quão sensata seja sua desculpa para buscar status, essa senda continua sendo errada e não é aprovada por Deus. Não importa quanto você tente ou quão grande seja o preço que você pague, se você desejar status, Deus não lhe dará; se não for dado por Deus, você falhará ao lutar para obtê-lo, e se você continuar lutando, haverá apenas um desfecho: você será revelado e eliminado e dará de cara com um beco sem saída. Você entende isso, não entende?” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). Ao ler as palavras de Deus e ver Sua dissecação e caracterização daqueles que buscam status e reputação, meu coração foi verdadeiramente perfurado. Eu realmente não havia percebido quão sérias eram a natureza e as consequências da busca por status e reputação. Quando as pessoas buscam essas coisas, elas desmantelam e destroem diretamente o trabalho da igreja e servem como lacaios de Satanás. Deus condena tais ações. Buscar status vai contra as exigências de Deus e é agir em oposição direta a Ele — comportar-se dessa maneira é uma estrada para a ruína! Nossa supervisora anterior havia sido dispensada por não fazer trabalho real, por isso a vinda de Adele foi muito benéfica para o trabalho da igreja, porque ela buscava a verdade e realmente priorizava a busca das verdades princípios quando as coisas lhe aconteciam, e era capaz de fazer trabalho real. Eu deveria tê-la apoiado e cooperado com ela, mas, por ter ficado tão obcecada com reputação e status, eu não conseguia aceitar que Adele tivesse sido nomeada como supervisora. Vez após vez, eu me recusava a cooperar com ela quando ela propunha que discutíssemos o trabalho juntas. Isso fez com que Adele se sentisse constrangida e negativa e o trabalho da igreja foi afetado negativamente. Não só falhei em refletir sobre mim mesma, como também não assumi responsabilidade pelo que eu havia feito para ela, pensando que ela só havia se tornado negativa porque não estava à altura para a função de supervisora. Eu até esperava com ansiedade que ela finalmente percebesse que era demais para ela e desistisse, pois assim eu poderia assumir seu cargo. Será que eu não estava obstruindo e perturbando o trabalho da igreja? Eu até mesmo explorei as oportunidades de discutir o trabalho e ajudar os irmãos para me destacar, para que eles viessem a mim quando tivessem problemas, fazendo de Adele apenas uma figura de proa. Eu estava agindo como uma lacaia de Satanás e perturbando e desmantelando o trabalho da igreja. Eu estava fazendo o mal e resistindo a Deus! As palavras de Deus dizem: “Não importa quanto você tente ou quão grande seja o preço que você pague, se você desejar status, Deus não lhe dará; se não for dado por Deus, você falhará ao lutar para obtê-lo, e se você continuar lutando, haverá apenas um desfecho: você será revelado e eliminado e dará de cara com um beco sem saída”. Percebi que, ao buscar status, eu estava trilhando a senda de resistência a Deus e o único resultado seria a morte. Isso me causou grande temor. Minha busca por status e reputação havia se tornado um problema grave e se eu continuasse assim, minha ambição e desejo continuariam a crescer. Quem sabe que coisas más eu faria se realmente conseguisse alcançar status? Se eu não me arrependesse logo e continuasse nessa senda de busca equivocada, eu acabaria cometendo um grande mal e seria eliminada e punida por Deus.

Mais tarde, durante uma reunião, vi esta passagem das palavras de Deus: “Como um membro da humanidade criada, a pessoa deve guardar sua própria posição, e se comportar conscienciosamente. Obedientemente guarde aquilo que lhe é confiado pelo Criador. Não aja indevidamente, nem faça coisas além de sua capacidade ou que são abomináveis para Deus. Não tente ser uma pessoa grande, nem um super-homem, nem um indivíduo grandioso, e não busque tornar-se Deus. É isso que as pessoas não devem desejar ser. Procurar tornar-se grande ou um super-homem é absurdo. Procurar tornar-se Deus é ainda mais vergonhoso; é repugnante e desprezível. O que é louvável, e o que os seres criados devem defender acima de tudo, é se tornar um ser criado verdadeiro; esse é o único objetivo que todas as pessoas devem perseguir” (A Palavra, vol. 2: Sobre conhecer a Deus, “O Próprio Deus, o Único I”). Por meio das palavras de Deus, percebi que os homens são meros seres criados e que devemos nos manter em nossas posições designadas e nos concentrar em nossos deveres atuais. É devido à ambição, ao desejo e ao caráter satânico do homem que ele sempre anseia por se tornar uma pessoa excepcional com grande status. Ser indicado como líder da igreja não tem a ver com receber status, mas sim com desempenhar bem seu dever de acordo com as verdades princípios. Não importa se eu tivesse ou não algum status, eu ainda precisava me comportar conscienciosamente e me ater ao meu dever. Em silêncio, tomei a resolução de que, independentemente de quem fosse eleito líder, eu permaneceria firme em minha posição atual e cumpriria minha responsabilidade conscienciosamente. Independentemente de eu ter sido eleita ou de ter alcançado um status elevado, eu apoiaria o trabalho do líder e desempenharia os deveres adequadamente com todos os outros, unidos de coração e mente. Alguns dias depois, quando a líder recém-eleita veio me questionar sobre o nosso trabalho, expliquei tudo de forma tão específica quanto possível para que ela captasse bem o trabalho e pudesse prosseguir com eficiência. Enquanto discutia o trabalho, pensava em qual maneira de agir seria mais benéfica para o nosso trabalho e apresentava imediatamente quaisquer boas sugestões que eu tivesse. Independentemente de quem estivesse atuando como líder, o importante era cooperar na realização do trabalho e resolver quaisquer problemas que surgissem. Assim que comecei a me concentrar na tarefa em questão e em como fazer parceria com todos para desempenhar nosso dever da maneira mais eficiente, senti-me muito mais tranquila.

Dois meses depois, a líder foi designada para outra função, e em uma nova eleição, finalmente fui escolhida para servir como líder. Uma irmã me disse: “Na verdade, você sempre foi uma obreira talentosa e responsável em seu dever, só que antes você não buscava a verdade, então não ousávamos votar em você. Agora vimos como, após experimentar o julgamento e a exposição das palavras de Deus, você se conscientizou de seu caráter corrupto, fez algumas mudanças, tornou-se mais firme e calma em suas palavras e ações, e compartilhou pensamentos mais íntimos e práticos em sua comunhão durante as reuniões. Mesmo depois de você ter acabado de fazer essas pequenas mudanças, todos puderam ver a diferença, e por isso votamos em você”. Ouvindo as palavras bondosas da irmã, senti-me muito grata a Deus. Foram o julgamento e a exposição das palavras de Deus que me ajudaram a perceber minha verdadeira estatura, status e identidade. Sou apenas uma mera criatura que foi profundamente corrompida por Satanás e carece de qualquer verdade realidade. Mesmo que eu tivesse talento e calibre, eu não era melhor do que os outros irmãos. Gradualmente, minha ambição e meu desejo por status enfraqueceram, e comecei a agir com mais humildade. Não me vangloriei com satisfação após ser escolhida líder — em vez disso, senti o peso do meu dever e um senso de responsabilidade. Foi somente por meio da salvação de Deus que consegui fazer essa pequena transformação. Graças a Deus Todo-Poderoso!