42. Discernimento com as palavras de Deus nunca falha

Por Christina, Estados Unidos

Em abril de 2021, eu estava morando numa casa com Harlow e algumas outras irmãs. No início, eu sempre via que ela falava sobre seu estado com outras pessoas e, às vezes, conversava sobre isso durante as refeições. Fiquei pensando que ela conseguia até aproveitar as refeições — ela se concentrava muito na entrada na vida e era alguém que buscava a verdade. Então, uma vez, quando estávamos conversando, Harlow me contou que se importava muito com as expressões faciais e opiniões dos outros, e que, se alguém era rude com ela, ela sempre supunha que estava sendo menosprezada, e me disse que era enganosa. Ela também disse que sempre competia com os outros por ganho e fama, e se importava demais com sua reputação e status. Pensei que não nos conhecíamos havia muito tempo, então ela ser capaz de me contar sobre suas falhas fatais e fraquezas significava que ela era simples e aberta. Percebi, em nossas interações posteriores, que ela realmente tinha uma mentalidade complicada. Ela se importava muito com as expressões e opiniões das pessoas e suspeitava dos outros. Às vezes, quando os irmãos apontavam os problemas dela, ela se perguntava se eles a menosprezavam, depois se abria sobre si mesma, dizendo que sempre suspeitava dos outros, que era muito enganosa, e assim por diante. No início, pensei que ela só era meio sensível e frágil. Pensei que todos têm falhas e problemas, e que, como irmãos, devemos ter mais tolerância e perdão uns para com os outros. Além disso, ela era capaz de se abrir e se entender após revelar corrupção, portanto devia ser uma pessoa que era capaz de aceitar a verdade. Então não dei muita importância a isso. Em geral, quando ela me falava de seu estado, eu a ouvia com paciência derramar o coração. Nas conversas, eu também ficava cautelosa e atenta a seu humor, temendo ser descuidada e dizer algo que a magoasse. Por esse motivo, ela gostava de conversar comigo. Suas palavras e insinuações mostravam que ela achava que meu temperamento e personalidade eram bons, que eu era generosa, e que ela gostava de pessoas como eu. Entretanto, toda vez que conversávamos, tudo girava em torno de seu estado de suspeitar dos outros ou se importar com a imagem. Às vezes, uma conversa se estendia por uma hora, e isso atrasava os meus deveres. Mas vendo quanto ela confiava em mim, eu temia magoá-la se não a ouvisse, então tinha vergonha de interrompê-la. Mais tarde, aconteceram algumas coisas que mudaram como eu a via.

Uma vez, a irmã Kay não levou muito a sério quando Harlow a criticou por não dobrar bem um edredom. Harlow se irritou e não quis deixar para lá, e insistiu que a Kay fizesse o que ela queria. Kay via que Harlow costumava fazer as pessoas a persuadir suavemente e compactuar com ela para agradá-la. Kay disse que ela estava concentrada demais em status e sempre queria pessoas em volta dela, o que, em essência, significava que ela queria controlá-las. Depois, Harlow foi se abrir com a Kay, chorando e explicando que ela não era como a Kay dissera e que esta a entendera errado. Kay pediu perdão, mas Harlow não conseguiu deixar para lá e lhe deu um gelo. Depois disso, ela ficou se isolando, e não falava muito conosco. Uma vez, quando estava falando comigo sobre seu estado, ela disse que via as outras irmãs conversarem muito com a Kay, por isso suspeitava que todos gostavam da Kay e que a menosprezavam e excluíam. Então ela passou a evitar todos deliberadamente, e achava que a Kay não estava sendo sincera quando falava com ela. Mais tarde, ela disse que tinha humanidade ruim e que criticar a Kay daquele jeito tinha sido muito enganoso. Contudo, ela não mudou depois disso. Ficou emburrada conosco por duas semanas por causa disso, e todos se sentiram muito constrangidos. Eu fiquei perplexa e não consegui entender nada. Por que ela não buscava a verdade e aprendia uma lição quando confrontada com problemas? Depois disso, fiquei pensando sobre como ela só tendia a bufar e ficar emburrada, e que éramos todos irmãos e irmãs, e só precisávamos ajudá-la mais por amor. Uma vez, apareceram problemas num vídeo que ela estava produzindo. Numa reunião, a líder de equipe disse que os produtores devem assumir a responsabilidade principal por problemas nos vídeos. Harlow supôs que o comentário tinha sido contra ela — que a líder de equipe achava que ela tinha calibre pobre e a menosprezava. Ela ficou de cara feia e desanimada por dias. Depois disso, uma líder se comunicou com ela e disse que ela não aceitava a verdade e era sensível demais, e que seria perigoso, para ela, continuar desse jeito. Harlow começou a chorar quando ouviu isso. Ela disse que era corrupta demais e que não seria salva por Deus. Vendo-a tão chateada, a líder lhe comunicou a intenção de Deus para que ela não entendesse Deus errado e pudesse refletir mais sobre seu problema e ter entrada. Ela não disse nada nesse momento, e a líder achou que ela seria capaz de mudar. Surpreendentemente, no entanto, ela disse, numa reunião, que não conseguia aceitar o que a líder dissera sobre ela e que tinha ficado negativa por dias. Mais tarde, ela contou a alguns irmãos que a líder de equipe não gostava dela por seu calibre pobre, o que a fazia se sentir constrangida. Ela não sabia como passar por isso, e estava chorando enquanto falava. Os irmãos demonstraram simpatia. Coisas como essa aconteciam sempre. Quando alguém se comunicava com Harlow, ela sempre se “conhecia” e admitia o problema. Mas então tinha outro surto alguns dias depois, quando outra coisa desagradável acontecia.

Fiquei muito confusa ao vê-la agir desse jeito. Já que ela geralmente parecia conhecer a si mesma, por que nunca mudava? Se os outros diziam algo que afetava o orgulho dela, ela supunha que a estavam menosprezando e entendia tudo do jeito errado. Havia um problema com sua humanidade e seu entendimento? Eu não conseguia entender isso totalmente, então orei a Deus em busca, e busquei e me comuniquei com outros que entendiam a verdade. Uma irmã me disse que, após anos de fé, Harlow entendia tudo, mas não praticava a verdade e ficava sempre negativa. Isso significava que ela não se conhecia realmente. Essa irmã também me enviou uma passagem das palavras de Deus: “Quando algumas pessoas comunicam seu autoconhecimento, a primeira coisa que sai de sua boca é: ‘Sou um diabo, um Satanás vivo, alguém que resiste a Deus. Eu me rebelo contra Ele e O traio; sou uma víbora, uma pessoa maligna que deveria ser amaldiçoada’. Isso é autoconhecimento verdadeiro? Elas só falam generalidades. Por que não oferecem exemplos? Por que não trazem à luz do dia as coisas vergonhosas que fizeram para que sejam dissecadas? Algumas pessoas sem discernimento as ouvem e pensam: ‘Ora, isso é que é autoconhecimento verdadeiro! Conhecer-se como um diabo e até amaldiçoar a si mesmas — que altura elas alcançaram!’. Muitas pessoas, especialmente recém-convertidos, são propensas a ser desorientadas por essa conversa. Acham que a pessoa que fala é pura e tem entendimento espiritual, que ela é alguém que ama a verdade e é qualificada para a liderança. No entanto, assim que interagem com ela por um tempo, descobrem que não é bem assim, que a pessoa não é quem elas imaginavam ser, mas que é excepcionalmente falsa e enganosa, hábil em disfarces e pretensões, e ficam muito decepcionadas. Com base em que pode-se considerar que as pessoas realmente se conhecem? Você não pode só considerar o que elas dizem — a chave é determinar se elas são capazes de praticar e aceitar a verdade. Quanto àquelas que realmente entendem a verdade, elas não só têm conhecimento verdadeiro de si mesmas, o que é ainda mais importante é que elas são capazes de praticar a verdade. Elas não só falam sobre seu entendimento verdadeiro, mas também são capazes de realmente fazer o que dizem. Ou seja, suas palavras e ações estão completamente alinhadas. Se o que elas dizem soa coerente e conveniente, no entanto, elas não o fazem, não o vivem, então, nisso, elas se tornaram fariseus, elas são hipócritas e absolutamente não são pessoas que realmente conhecem a si mesmas. Muitas pessoas soam muito coerentes quando comunicam a verdade, mas elas não percebem quando têm revelações de um caráter corrupto. Estas são pessoas que conhecem a si mesmas? Se as pessoas não conhecem a si mesmas, elas são pessoas que entendem a verdade? Todos que não conhecem a si mesmos são pessoas que não entendem a verdade, e todos os que falam palavras de autoconhecimento vazias têm uma espiritualidade falsa, são mentirosos. Algumas pessoas soam muito coerentes quando falam palavras e doutrinas, mas o estado em seu espírito é entorpecido e imbecil, elas não são perceptivas e não reagem a nenhum problema. Pode-se dizer que elas estão entorpecidas, mas, às vezes, ao ouvi-las falar, seu espírito parece bastante aguçado. Por exemplo, logo após um incidente, elas são capazes de conhecer a si mesmas prontamente: ‘Agora mesmo, uma ideia ficou clara para mim. Eu refleti sobre ela e percebi que era enganosa, que eu estava enganando a Deus’. Algumas pessoas sem discernimento ficam com inveja quando ouvem isso e dizem: ‘Essa pessoa percebe imediatamente quando tem uma revelação de corrupção, e é capaz de se abrir e comunicar isso. Ela reage rapidamente, seu espírito é aguçado, ela é muito melhor do que nós. Essa é realmente uma pessoa que busca a verdade’. Esse é um modo correto de avaliar pessoas? (Não.) Qual, então, deveria ser a base para avaliar se as pessoas realmente conhecem a si mesmas? Não deve ser apenas aquilo que sai da boca delas. Você deve analisar o que realmente se manifesta nelas. O método mais simples é analisar se elas são capazes de praticar a verdade — isso é o mais importante. A capacidade delas de praticar a verdade prova que elas realmente conhecem a si mesmas, pois aqueles que realmente conhecem a si mesmos manifestam arrependimento, e somente quando as pessoas manifestam arrependimento elas realmente conhecem a si mesmas(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Só o autoconhecimento ajuda na busca da verdade”). As palavras de Deus me mostraram que, ao avaliar se alguém ama e aceita a verdade, se ele realmente conhece a si mesmo, não se trata de ver quão bem ele consegue se conhecer verbalmente, ou quão bem fica falando palavras e doutrinas. Antes, trata-se daquilo que ele realmente vive diante de eventos, se consegue praticar a verdade, se realmente se arrepende e muda, e se o entendimento do qual fala e sua entrada real condizem. Algumas pessoas ficam falando todas as palavras e doutrinas certas, mas, quando enfrentam as coisas, não praticam nem um pouco a verdade, e, em vez disso, agem com base em seu caráter satânico. Esse é alguém que não aceita a verdade. Algumas pessoas conseguem se abrir, independentemente dos pensamentos que revelam, e conhecer sua corrupção, fazendo as pessoas acharem que elas são simples. Elas não dizem nada, no entanto, sobre os motivos reais por trás disso, e não dissecam nem um pouco a essência de seu caráter corrupto. Elas parecem simples e abertas, mas, na verdade, estão desorientando e mentindo para as pessoas, e são muito enganosas. O autoconhecimento de alguns não passa de uma ilusão — eles reconhecem verbalmente seus erros, dizem que são diabos e satanases, amaldiçoam-se e se condenam, e sabem que são uma bagunça total; quanto às coisas malignas específicas que fizeram, entretanto, os motivos e objetivos ocultos por trás disso ou as consequências às quais isso levou, sobre isso eles não dizem nada. No caso de Harlow, ela gostava de conversar com as pessoas sobre o estado dela e parecia realmente buscar e procurar a verdade. Ela sempre dizia coisas como: “Eu tenho humanidade pobre, sou enganosa, sou maliciosa”. Visto de fora, parecia que ela conseguia mesmo conhecer a si mesma, porém ela não praticava a verdade nem tinha a menor entrada quando confrontada com eventos. Ela não resolvia nem um pouco seu caráter corrupto. Dois anos antes, os outros a avaliaram como suspeitando das pessoas e se concentrando em reputação e status, mas mesmo assim ela não mudou nada. Evidentemente, ela geralmente só falava sobre doutrina. Isso estava dando uma impressão falsa às pessoas, e ela estava enrolando as pessoas. O conhecimento do qual ela falava e o que ela vivia, de fato, não condiziam nem um pouco.

Mais tarde, li uma comunhão de Deus sobre quais pessoas são verdadeiros irmãos e quais não são, e ganhei algum discernimento de Harlow. As palavras de Deus dizem: “Apenas aqueles que amam a verdade pertencem à casa de Deus; só eles são irmãos e irmãs verdadeiros. Você acha que todos que vão à assembleia com frequência na casa de Deus são irmãos e irmãs? Não necessariamente. Quais pessoas não são irmãos e irmãs? (Aquelas que são avessas à verdade, que não aceitam a verdade.) Aquelas que não aceitam a verdade e são avessas a ela são, todas elas, pessoas malignas. São todas pessoas sem consciência e sem razão. Nenhuma delas são as que Deus salva. Essas pessoas estão destituídas de humanidade, não cuidam de seu trabalho adequado e correm soltas por aí fazendo coisas ruins. Elas vivem segundo filosofias satânicas e empregam manobras astutas e usam, seduzem e enganam os outros. Elas não aceitam nada da verdade e se infiltraram na casa de Deus exclusivamente para ganhar bênçãos. Por que as chamamos de descrentes? Porque elas são avessas à verdade e não a aceitam. Assim que a verdade é comunicada, elas perdem o interesse, são avessas a ela, não conseguem suportar ouvir a respeito dela, sentem que ela é entediante, e não conseguem ficar sentadas. Obviamente, elas são descrentes e não crentes. Você não deve considerá-las como irmãos e irmãs. […] Então, elas vivem segundo o quê? Sem dúvida, elas vivem segundo as filosofias de Satanás, são sempre maliciosas e astutas, não têm uma vida de humanidade normal. Nunca oram a Deus nem buscam a verdade, e lidam com tudo usando enganos e táticas humanas e filosofias para os tratos mundanos — o que resulta numa existência exaustiva e dolorosa. Elas interagem com os irmãos e irmãs da mesma maneira como interagem com os não crentes, seguem filosofias satânicas, mentem e trapaceiam. Gostam de iniciar discussões e procurar pelo em ovo. Não importa em que grupo vivam, elas sempre procuram saber quem está alinhado com quem e quem une forças com quem. Quando falam, estão observando atentamente as reações dos outros, estão sempre atentas, tentando não ofender ninguém. Elas sempre seguem essas filosofias para os tratos mundanos para lidar com tudo a seu redor e com seus relacionamentos com os outros. É isso que torna sua existência tão exaustiva. Embora possam parecer ativas em comparação com outras pessoas, na verdade, só elas sabem de suas lutas, e, se olhasse com atenção para a vida delas, você a acharia exaustiva. Para assuntos que envolvem fama, ganhos ou reputação, elas insistem em esclarecer quem está certo ou errado, quem é superior ou inferior, e argumentam para provar seu ponto. Os outros não querem ouvir isso. Eles dizem: ‘Você pode falar isso de forma mais simples? Você pode ser mais direto? Por que você tem que ser tão trivial?’. Os pensamentos delas são muito enrolados e complicados, e elas vivem uma vida muito exaustiva, sem perceber os problemas subjacentes. Por que não podem buscar a verdade e ser honestas? Porque são avessas à verdade e não querem ser honestas. Então, elas dependem de quê, na vida? (Filosofias para os tratos mundanos e métodos humanos.) Depender dos métodos humanos para agir tende a levar a resultados em que a pessoa acaba sendo ridicularizada ou que revelam um lado feio dela. E assim, diante de uma análise mais minuciosa, suas ações, as coisas que passam o dia inteiro fazendo estão, todas elas, relacionadas a reputação, fama, ganho e vaidade. É como se estivessem vivendo numa rede, elas precisam racionalizar ou inventar desculpas para tudo, e estão sempre falando em defesa própria. Seu raciocínio é complicado, elas falam muitos absurdos, suas palavras são emaranhadas demais. Elas estão sempre discutindo sobre o que é certo e errado, elas nunca chegam ao fim. Se não estiverem tentando obter fama, estão competindo por status e reputação, e nunca há um momento em que não estão vivendo por essas coisas. E qual é a consequência última? Elas podem ter obtido fama, mas todas estão fartas e cansadas delas. As pessoas enxergaram o que elas realmente são, perceberam que carecem da verdade realidade, que não são pessoas que acreditam sinceramente em Deus. Quando os líderes e os obreiros ou outros irmãos e irmãs usam algumas palavras para podá-las, elas se recusam teimosamente a aceitar, insistem na tentativa de racionalizar ou inventar desculpas, e tentam culpar outra pessoa. Durante as assembleias elas se defendem, começam a discutir e causam confusão em meio ao povo escolhido de Deus. Em seu coração, pensam: ‘Realmente não há lugar para mim argumentar o que falo?’. Que tipo de pessoa é essa? É alguém que ama a verdade? É alguém que acredita em Deus? Quando ouve alguém dizer algo que não está de acordo com as suas intenções, ele sempre quer argumentar e exige uma explicação; fica enrolado com quem está certo e quem está errado, não busca a verdade e não trata a questão de acordo com a verdade princípio. Não importa quão simples seja a questão, ele tem que complicar tanto — ele só está pedindo encrenca, ele merece estar tão exausto assim!(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus revelam que algumas pessoas gostam de brigar sobre certo e errado. Elas não aceitam a verdade; antes, são avessas a ela. Não buscam a verdade diante das coisas, nem refletem, nem conhecem a si mesmas. Estão sempre se defendendo e justificando em prol de sua imagem e status. Esse tipo de pessoa tem mentalidade complicada e natureza enganosa. Isso não é só cansativo para eles, eles também causam dor e antipatia aos outros. Esse tipo de pessoa não é um irmão ou uma irmã de verdade. Pensei de novo em Harlow. Quando o comentário inadvertido de alguém afetava o orgulho dela e a magoava, ela suspeitava que ele não gostava dela e desenvolvia um preconceito contra ele. Então ela se abria falsamente para se justificar e se defender, ou falava sobre conhecer a si mesma como maneira de mencionar os problemas dessa pessoa. Ela estava sempre brigando sobre certo e errado. Por exemplo, quando a líder de equipe lhe deu algumas sugestões sobre o trabalho, ela suspeitou que a líder de equipe não gostava dela e perdeu a paciência. Então, depois, numa reunião, como forma de “se abrir”, ela espalhou por aí que a líder de equipe a menosprezara, para que todos tivessem compaixão por ela e desenvolvessem uma opinião crítica sobre a líder de equipe. Em geral, as pessoas pisavam em ovos em suas interações com ela, observando as expressões no rosto dela, levando o orgulho dela em consideração, temendo que uma palavra fora de lugar poderia impactar o estado dela. Interagir com ela era muito opressivo, e não libertador. Além disso, o fato de que era sempre fácil, para ela, ficar negativa e pensando demais sobre as coisas impactava seriamente o progresso do trabalho. Eu achava que ela era apenas sensível e frágil, que só tendia a bufar e ficar emburrada quando as coisas não aconteciam como ela queria. Eu achava que isso era uma falha na humanidade normal, e não constituía uma perturbação ou interrupção real para os irmãos ou para o trabalho da igreja. Mas ao comparar isso com os fatos, eu vi que ela havia realmente perturbado sem querer o estado dos irmãos, bem como a vida de igreja. Ela havia impactado também o progresso normal do trabalho da igreja. Considerando seu comportamento consistente, ela não aceitava a verdade nem um pouco, e era muito enganosa. Ela havia sido uma perturbação para os irmãos e não havia exercido nem um pouco um papel positivo — ela era uma descrente. No fim, a líder ficou sabendo do comportamento geral dela, tirou-lhe o dever e a isolou para que ela refletisse.

Depois disso, li uma passagem das palavras de Deus que expõem os caracteres corruptos das pessoas. Por meio disso, ganhei um pouco mais de discernimento do caráter que se escondia por trás das palavras de Harlow. As palavras de Deus dizem: “A enganação geralmente pode ser vista externamente: a pessoa faz rodeios ou usa uma linguagem floreada, mas ninguém consegue decifrar o que ela está pensando. Isso é enganação. Qual é a principal característica da perversidade? É que suas palavras soam muito agradáveis e, na superfície, tudo parece certo. Não parece haver nenhum problema, e de todos os ângulos tudo parece ótimo. Quando a pessoa perversa faz algo, não se vê os meios que ela usa e, externamente, não há falhas nem pontos fracos que a impeçam de atingir seu objetivo. Ela faz as coisas de maneira extremamente furtiva. É assim que os anticristos desorientam as pessoas. Pessoas e questões como essas são as mais difíceis de se discernir. Algumas pessoas costumam dizer as coisas certas, usam desculpas plausíveis e empregam certas doutrinas, ditados ou ações que se conformam à afeição humana para enganar as pessoas. Elas fingem uma coisa enquanto fazem outra, para atingir seu objetivo oculto. Isso é perversidade, mas a maioria das pessoas considera esses comportamentos apenas enganosos. As pessoas têm um entendimento e uma dissecação relativamente limitados da perversidade. Na verdade, é mais difícil discernir a perversidade do que a enganação, porque ela é mais furtiva e seus métodos e práticas são mais sofisticados(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item cinco: Eles desorientam, atraem, ameaçam e controlam as pessoas”). As palavras de Deus expõem que pessoas com caracteres malignos dizem coisas que parecem boas e corretas, que soam agradáveis, mas por trás delas se escondem segundas intenções que não podem ser discernidas facilmente. Eu não pude deixar de pensar no comportamento de Harlow. Em geral, ela gostava de falar com as pessoas sobre o estado dela para que elas vissem que ela se concentrava na entrada na vida e buscava a verdade. Na realidade, porém, ela estava criando intencionalmente uma aparência pseudoespiritual para enganar os outros para que fossem amigáveis com ela e pensassem bem dela. Ela agia como se estivesse falando sobre seu estado, mas estava, na verdade, resmungando, buscando ser confortada, desabafando sua insatisfação e forçando os outros a ter pena dela. Ela até tomava o tempo de pessoas que estavam desempenhando um dever. Só que, nessa época, eu não conseguia enxergar seus motivos nem discernir que tipo de pessoa ela realmente era. Eu apenas sempre me comunicava com ela gentilmente, e a ajudava e apoiava. Eu a ajudava com entusiasmo sempre que a via com dificuldades na vida, e a beneficiava sempre primeiro. Agora, finalmente eu via, pela exposição das palavras de Deus, que ela tinha uma natureza maligna, que era desorientadora tanto em palavra quanto em ação, e que ela estava enganando e enrolando a todos.

Depois disso, refleti sobre mim mesma. Por que eu não tinha nenhum discernimento de Harlow? Em minha reflexão, vi uma perspectiva equivocada que eu tinha. Eu havia tomado Harlow ser capaz de falar sobre seu estado como ser simples e aberto, como praticar a verdade, e não prestei atenção em discernir suas palavras. Foi só por meio das palavras de Deus que vi o que realmente é ser simples e aberto. As palavras de Deus dizem: “Ser honesto significa entregar o coração a Deus, ser genuíno com Ele em todas as coisas, ser aberto com Ele em todas as coisas, nunca esconder os fatos, nunca tentar enganar quem está acima e abaixo de você e não fazer as coisas apenas para conseguir o favor de Deus. Resumindo, ser honesto é ser puro em suas ações e palavras e não enganar nem a Deus nem aos homens. […] Se suas palavras forem repletas de desculpas e justificativas sem valor, então digo que você detesta colocar a verdade em prática. Se você tiver muitas confidências que reluta em compartilhar, se estiver muito indisposto a desnudar seus segredos — suas dificuldades — diante dos outros de forma a buscar o caminho da luz, então digo que você é alguém que não alcançará a salvação facilmente e que não emergirá facilmente das trevas(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Três admoestações”). As palavras de Deus me mostraram que ser simples e aberto é, principalmente, se abrir em comunhão quando você enfrenta problemas ou dificuldades, ou revela corrupções, sem se envolver num disfarce ou ocultar os fatos. Abrir-se significa principalmente buscar a verdade a fim de resolver rapidamente seus problemas e dificuldades. Por meio de se abrir e deixar os outros verem a essência da sua corrupção, os irmãos podem desnudar o coração uns para os outros. Abrir-se desse jeito é edificante e benéfico. Ser simples e aberto depende principalmente das intenções e dos motivos de uma pessoa, e dos resultados alcançados. Se ela fala sobre preconceitos, pequenos assuntos domésticos e fofoca, sem nada de autorreflexão e entendimento real, ela não está sendo genuinamente simples e aberta. Só está desabafando sobre aquilo de que não gosta e criticando os outros, às escondidas, pelos problemas deles. Não há edificação nem ajuda para as pessoas nesse tipo de abertura. Alguns até agem como se fossem abertos a fim de fingir que são pessoas honestas que aceitam a verdade, para que os outros os admirem. Abrindo-se desse jeito, eles estão se exaltando e se exibindo de forma oculta — estão desorientando as pessoas. No que se referia a Harlow se abrir sobre seu autoconhecimento, ela mais se abria sobre suas suspeitas infundadas dos outros, bem como sobre os pensamentos e as ideias que ela revelava. Ela nunca falava sobre seus caracteres corruptos, suas intenções ocultas, seus motivos. Ela não se abria para buscar a verdade e resolver sua corrupção, mas, antes, para dar vazão a suas queixas, para que as pessoas sentissem pena dela, confortassem-na e tivessem compaixão por ela. Ela também usava isso para se justificar e se defender, para que não a entendessem errado. Desse jeito, ela podia proteger sua imagem aos olhos dos outros. Sua abertura não resolvia seu caráter corrupto e não trazia benefícios nem edificação para os irmãos. Então ela não estava sendo simples e aberta — estava sendo trapaceira e fazendo joguinhos. Eu ganhei certa clareza interior quando percebi isso. Vi claramente que Harlow não era alguém que buscava a verdade, e que ela não era simples e aberta. Na verdade, era enganosa e maligna.

Eu refleti sobre mim mesma depois disso. Eu tinha interagido com Harlow por quase um ano e em geral tinha certa ciência de seus problemas gerais. Por que, então, eu não tinha ganhado nenhum discernimento dela até agora? Refletindo sobre isso, percebi que eu não vinha olhando para as pessoas e os eventos através da lente das palavras de Deus. Antes, eu andava vendo a aparência das pessoas através das minhas noções e imaginações. Eu a via se abrir e querer compartilhar seu estado superficialmente com os outros como ela amando e buscando a verdade. Eu não olhei para seus motivos nas coisas, nem para o que de fato foi alcançado. Não olhei, também, para os métodos e as abordagens consistentes que ela usava em palavra e ato, e não discerni as coisas por meio das palavras de Deus. Foi por isso que não consegui enxergar sua essência nem ganhar discernimento sobre ela, e até a tratei como uma irmã, sempre lhe fazendo concessões, ajudando-a e apoiando com amor. Eu fui tão tola! Por meio dessa experiência, eu entendi que discernir se uma pessoa ama e busca a verdade não tem a ver com quanto ela gosta de procurar as pessoas em comunhão ou quão bem ela fala sobre autoconhecimento. Antes, trata-se de se ela consegue buscar a verdade e praticar as palavras de Deus quando confrontada com as coisas, e se ela tem entrada e mudança reais depois. Também percebi como é importante discernir a essência de uma pessoa com base nas palavras de Deus. Você será desorientado se não conseguir discernir todos os tipos de pessoas. Amará as pessoas cegamente, e ajudará e apoiará as pessoas erradas como irmãos. Isso acabará interrompendo e perturbando o trabalho da igreja. Somente ver as pessoas e as coisas através das palavras de Deus confere precisão — esse é o único jeito de discernir todos os tipos de pessoas, e o único jeito de saber como tratar as pessoas e interagir com os outros adequadamente. Graças a Deus!

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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