Somente resolvendo suas noções alguém pode iniciar a trilha certa da crença em Deus (3)
Hoje, continuamos a comunicar a questão das noções. Já a comunicamos duas vezes e, hoje, o faremos mais uma vez para concluir. Em relação ao que foi comunicado anteriormente, vocês deveriam comunicar um com o outro depois disso e, então, pouco a pouco, ponderar e vivenciar essas coisas. Esses tópicos não podem ser totalmente compreendidos em um ou dois dias apenas; só é possível entendê-los gradualmente ao vivenciá-los e examiná-los na vida. O que vocês podem apresentar agora, com base apenas na memória, é meramente um aprendizado mecânico. Comer e beber as palavras de Deus requer experiência; somente depois de passar pela experiência da vida real por algum tempo é que se pode ter um verdadeiro entendimento e apreciação. As noções das pessoas são principalmente sobre Deus e a obra de Deus. Esses dois tipos de noções são os que mais afetam a busca das pessoas, a maneira como veem as questões, sua compreensão e atitude em relação a Deus e, acima disso, a senda que trilham ao crer em Deus, bem como a direção e os objetivos que escolhem para sua vida. Com base em nossas duas comunhões anteriores, agora, vocês podem definir exatamente o que se quer dizer com noções? As imaginações sobre a crença em Deus são um tipo de noção. Elas se manifestam principalmente em alguns comportamentos superficiais da fala e da conduta das pessoas, bem como em detalhes de sua vida diária, como alimentação, vestuário, moradia e transporte. Esse é o nível mais básico. Indo um pouco além, há algumas imaginações sobre a busca da pessoa em crer em Deus e a senda que ela trilha ao fazê-lo, bem como algumas das exigências, imaginações e mal-entendidos que as pessoas têm sobre a obra de Deus. Quais são esses mal-entendidos? Por que são chamados de mal-entendidos? Quando dizemos mal-entendido, trata-se de um pensamento nada adequado. Na verdade, é algo que não coincide com os fatos, é inconsistente com a verdade e incompatível com e contrário à obra e ao caráter de Deus; ou é algo da vontade humana concebido a partir das noções, imaginações e conhecimento das pessoas, que não tem nada a ver com o Próprio Deus ou com Sua obra. Quando surgem esses tipos de noções, imaginações, mal-entendidos e exigências, isso significa que as noções das pessoas sobre Deus e Sua obra chegaram ao máximo. O que acontece com o relacionamento entre as pessoas e Deus nesse ponto? (Forma-se uma barreira entre eles.) Há uma barreira entre as pessoas e Deus. Isso é um problema sério? (Sim.) Quando essa barreira se forma, isso significa que as noções e imaginações das pessoas são muito graves. Quando essa barreira se forma, isso significa que as pessoas estão insatisfeitas com algumas das coisas que Deus fez, não querem mais confidenciar-se com Deus, tratá-Lo como Deus ou submeter-se a Ele. Elas começam a questionar a justiça e o caráter de Deus. Que manifestações acontecem logo depois disso? (Resistência.) Se as pessoas não buscarem a verdade, esse mal-entendido não só cria uma barreira em seu coração, mas também as leva imediatamente à resistência — resistência à verdade, às palavras de Deus e a Sua soberania. Elas ficam insatisfeitas com o que Ele fez, dizendo: “O que estás fazendo não é apropriado; não aprovo nem concordo com isso!”. A mensagem implícita é: “Não posso me submeter; essa é minha escolha. Quero expressar uma visão diferente, quero expressar uma opinião diferente das palavras de Deus, da verdade e das exigências de Deus”. Que tipo de comportamento é esse? (Elas estão protestando.) Após a resistência, vem o protesto e a oposição; é uma intensificação. Quando o caráter corrupto de uma pessoa assume o controle, uma única noção é capaz de criar uma barreira e mal-entendidos entre ela e Deus. Se isso não for resolvido prontamente por meio da busca da verdade, a barreira aumenta, tornando-se uma grande parede. Você não enxerga mais a Deus ou Sua verdadeira existência, muito menos Sua essência divina. Você começa a duvidar se o Deus encarnado é realmente Deus, perde o interesse em comer e beber Sua palavra e não quer mais orar a Deus. Dessa forma, seu relacionamento com Ele se torna cada vez mais distante. Por que as pessoas podem apresentar esses comportamentos? Porque elas acham que o que Deus fez feriu seu coração, prejudicou sua dignidade e humilhou sua personalidade. É assim mesmo? (Não.) Então, o que realmente acontece? (É que os desejos das pessoas não foram atendidos e a situação que elas encontraram tocou seus próprios interesses.) Isso ocorre porque as pessoas têm um caráter corrupto; quando seus desejos extravagantes não são atendidos imediatamente, elas se tornam resistentes a Deus e extremamente insatisfeitas por Ele ter operado de uma forma que não se alinha às noções humanas. Elas não admitem nem aceitam que o que Deus está fazendo é a verdade, é o amor de Deus e tem o propósito de salvar as pessoas. Elas desenvolvem noções e mal-entendidos sobre o que Deus fez, o que significa que seu caráter corrupto está no controle. Quais são as manifestações de todos os tipos de caracteres corruptos que as pessoas revelam quando vivem de acordo com noções, depois que essas barreiras surgem? Elas não buscam, não esperam nem se submetem, muito menos temem a Deus ou se arrependem. Primeiro, elas examinam e julgam, depois condenam e, por fim, aparece a resistência. Esses comportamentos não são exatamente o oposto de manifestações positivas como buscar, esperar, submeter-se, aceitar e arrepender-se? (Sim.) Então, eles são todos inversos. Eles revelam um caráter corrupto; é o caráter corrupto que está controlando suas ações e pensamentos, assim como suas atitudes, intenções e visão em relação ao julgamento das pessoas, eventos e coisas. Quando as pessoas passam a examinar, analisar, julgar, condenar e resistir, qual é o próximo passo que elas dão? (Oposição.) Então vem a oposição. Quais são algumas manifestações de oposição? (Ser negativo, abandonar seus deveres.) Ser negativo é uma delas; as pessoas ficam desleixadas no trabalho de forma negativa e abandonam seus deveres. O que mais? (Disseminar noções.) (Fazer julgamentos.) Fazer julgamentos, disseminar noções, as duas são manifestações de protesto contra Deus e de oposição a Ele. O que mais? (Elas podem trair a Deus e o verdadeiro caminho.) É o mais sério de tudo; quando a pessoa chega a esse ponto, sua natureza diabólica vem à tona completamente, negando e traindo totalmente a Deus, e ela pode se afastar de Deus a qualquer momento.
Quais foram as diversas manifestações de comportamentos de protesto e oposição a Deus que acabaram de ser mencionadas? (Ficar desleixado no trabalho de forma negativa, abandonar seus deveres.) (Julgar a Deus.) Julgar a Deus e Sua obra. (Depois vem disseminar noções e, finalmente, trair a Deus.) Vamos examinar em mais detalhes. Há alguma reclamação envolvida no ato de disseminar noções? (Sim.) Às vezes, o ato de disseminar noções se mistura às reclamações, como: “O que Deus faz não é justo”, “Eu creio em Deus, não nas pessoas” e “Eu acredito que Deus é justo”. Essas palavras têm um tom de reclamação. O desleixo de forma negativa, a disseminação de noções e o julgamento de Deus são comportamentos bastante sérios, mas o mais sério é a traição. Esses quatro são bastante óbvios, bastante sérios e fazem parte da natureza de resistir diretamente a Deus. Quais são algumas manifestações específicas desses comportamentos em que vocês podem pensar, já viram ou até mesmo exibiram? (Há também o incitamento; para dar vazão à insatisfação com Deus, alguns incitam ainda mais pessoas a se opor a Ele.) É uma manifestação de disseminar noções. Existem aqueles que, por fora, parecem submissos, mas durante as orações dizem: “Que Deus revele isso; o que estou fazendo é certo, tudo será revelado a seu tempo; sei que Deus é justo”? Essas palavras podem soar corretas, até mesmo seguramente justificadas, mas ocultam a insubordinação e a insatisfação em relação a Deus. É oposição mental, desleixo negativo e oposição negativa. Existem outros aspectos? (No caso do desleixo negativo, também existe o ato de entregar-se ao desespero e de erguer as mãos em frustração, por acreditarem que eles são assim mesmo, que essa é a sua natureza; eles acham que ninguém pode salvá-los, portanto, se Deus quiser destruí-los, que assim seja.) Essa é uma forma de oposição silenciosa; seu estado real é negativo, achando que as ações de Deus são incompreensíveis e que as pessoas não podem realmente entendê-las, então, Deus pode fazer o que quiser. Superficialmente, parece que eles se submeteram às orquestrações e aos arranjos de Deus, mas, na verdade, no fundo do coração, eles resistem fortemente aos arranjos de Deus e ficam extremamente insatisfeitos e insubordinados. Eles já reconheceram que isso é obra de Deus e não fazem mais nenhuma exigência; por que, então, dizer que esse sentimento é de oposição? Por que caracterizá-lo dessa forma? Na verdade, em sua consciência, eles também não querem condenar essa questão, não querem tomar uma decisão que diga: “O que Deus fez está errado; eu não aceito. Posso me submeter a outras coisas que Deus fez, mas não a isso. De qualquer forma, serei desleixado no meu trabalho de forma negativa por causa disso”. Seu estado não é esse em seu subconsciente, eles não têm essa consciência; no coração, eles estão apenas um pouco revoltados, insatisfeitos ou indignados. Algumas pessoas podem até condenar as ações de Deus como erradas, mas do fundo do coração, em relação a seus desejos subjetivos, elas não querem realmente condenar a Deus de forma consciente, porque, afinal, elas creem Nele. Então, por que dizer que esse comportamento é de oposição, é um desleixo negativo e carrega elementos de negatividade? A própria negatividade é uma forma de resistência e oposição, e tem várias manifestações. Em primeiro lugar, quando desenvolvem estados como desistir por desespero e desleixo negativo, as pessoas podem ter consciência no coração de que esses estados estão errados? (Sim.) Todas podem ter consciência disso, exceto aquelas que creem há apenas dois ou três anos e raramente ouvem sermões; elas não entendem essas questões. Mas desde que creia em Deus por pelo menos três anos, ouça sermões com frequência e entenda a verdade, a pessoa pode ter essa consciência. Quando percebem que tais estados estão errados, o que as pessoas devem fazer para evitar a oposição? Primeiro, elas devem buscar. Buscar o quê? Buscar o motivo de Deus orquestrar as coisas dessa maneira, de tais situações terem acontecido com elas, quais são as intenções de Deus e o que elas devem fazer. Isso é positivo, essas são as manifestações que as pessoas devem ter. O que mais? (Aceitar, submeter-se e largar as próprias ideias.) É fácil abandonar as próprias ideias? (Não.) Se você acha que está certo, não conseguirá largá-las. Para chegar ao ponto de largá-las, há etapas envolvidas. Então, que práticas são mais apropriadas e adequadas para isso? (Oração.) Se sua oração consistir apenas em algumas frases vazias e você só agir sem se envolver, o problema não será resolvido. Você ora: “Ó, Deus, quero me submeter a Ti; por favor, arranja e orquestra minhas circunstâncias para que eu possa obedecer a Ti. Se, ainda assim, eu não conseguir, então me corrige”. Proferir algumas frases vazias como essa faz seu estado errado mudar? Não muda nada. Você precisa de um método de prática para promover uma mudança. Então, como você pode praticar para promover uma mudança? (É preciso buscar ativamente as intenções de Deus, reconhecer internamente que Deus está certo e que a pessoa está errada e ser capaz de negar a si mesma.) Os dois métodos de prática são estes: buscar ativamente as intenções de Deus e reconhecer internamente que Deus está certo e que você está errado. Os dois métodos são muito bons, ambos dizem as coisas certas, mas um deles é mais prático. Qual deles é prático? Qual deles representa palavras vazias? (Buscar ativamente as intenções de Deus é prático.) Muitas vezes, Deus não lhe dirá diretamente Suas intenções. Além disso, Ele não fará com que você tenha, subitamente, uma luz de entendimento. Ele tampouco o levará a comer e beber exatamente as palavras relevantes Dele que você deve entender. Esses métodos são muito irrealistas para as pessoas. Então, essa abordagem de buscar ativamente as intenções de Deus pode ser eficaz para vocês? O melhor método é aquele que é eficaz; é o mais realista e prático. Um método ineficaz, por melhor que pareça, é teórico, fica apenas no nível das palavras e não produz resultados. Então, qual deles é prático? (O segundo, reconhecer que Deus é a verdade e que é você que está errado.) Correto, admitir seus erros — isso é ter razão. Algumas pessoas dizem que não percebem que estão erradas. Nesse caso, você deve ser razoável e capaz de largar e negar a si mesmo. Algumas pessoas dizem: “Eu costumava pensar que estava certo, e ainda penso assim agora. Além disso, muitas pessoas me aprovam e concordam comigo, e não sinto nenhuma reprovação no coração. E mais, minha intenção é correta, então como posso estar errado?”. Existem vários motivos que não dependem de você largar e negar a si mesmo. O que você deve fazer nesse caso? Independentemente de quaisquer motivos que você tenha para achar que está certo, se esse “certo” entrar em conflito com Deus e for contra a verdade, então você está simplesmente errado. Por mais submissa que seja sua atitude, por mais que ore a Deus em seu coração ou mesmo que admita verbalmente que está errado, se, no fundo, você ainda luta contra Deus e vive em um estado de negatividade, a essência disso continua sendo a de se opor a Deus. Isso prova que você ainda não percebeu que está errado; você não aceita o fato de que está errado. Quando desenvolvem mal-entendidos e noções sobre Deus, as pessoas devem primeiro reconhecer que Deus é a verdade e que as pessoas não têm a verdade, e certamente são elas que estão equivocadas. Isso é um tipo de formalidade? (Não.) Se você somente adota essa prática como uma formalidade, superficialmente, então você pode vir a conhecer os próprios erros? Jamais. Conhecer a si mesmo requer vários passos. Primeiro, você deve determinar se suas ações estão alinhadas com a verdade e com os princípios. Não olhe primeiro para suas intenções; há momentos em que suas intenções estão corretas, mas os princípios que você pratica estão errados. Esse tipo de situação ocorre com frequência? (Sim.) Por que digo que seus princípios de prática estão errados? Você pode ter buscado, mas talvez não tenha entendimento algum do que são os princípios; talvez não tenha buscado nem um pouco e baseou suas ações somente em suas boas intenções e entusiasmo e em suas imaginações e experiência e, como resultado, cometeu um erro. Dá para visualizar isso? Você não consegue prever isso, e você cometeu um erro — e então você não foi revelado? Se você continuar lutando contra Deus depois de ser revelado, onde está o erro nisso? (O erro está em não reconhecer que Deus está certo e insistir que eu estou certo.) Foi assim que você errou. Seu maior erro não foi ter feito algo errado e violado os princípios, causando com isso uma perda ou outras consequências, mas que, depois de errar, você ainda insista em seu próprio raciocínio, não seja capaz de admitir seu erro; você continua a se opor a Deus com base em suas noções e imaginações, negando Sua obra e as verdades que Ele expressou — esse foi seu maior e mais grave erro. Por que se diz que esse estado em uma pessoa é de oposição a Deus? (Porque ela não reconhece que o que está fazendo é errado.) Quer reconheçam ou não que tudo o que Deus faz e Sua soberania são corretos e qual é seu significado, se as pessoas não puderem, primeiro, reconhecer que elas próprias estão erradas, então seu estado é de oposição a Deus. O que deve ser feito para retificar esse estado? Primeiro, é preciso negar a si mesmo. O que acabamos de dizer sobre ser preciso buscar primeiro as intenções de Deus não é muito prático para as pessoas. Algumas dizem: “Se não é tão prático, isso significa que a busca não é necessária? Algumas coisas que podem ser buscadas e entendidas não precisam ser buscadas — posso simplesmente pular essa etapa”. Isso funciona? (Não.) Quem age dessa maneira não está além da salvação? Essas pessoas têm distorções em sua compreensão. A busca da vontade de Deus é um pouco longa e não pode ser alcançada imediatamente; para pegar um atalho, é mais realista largar a si mesmo primeiro, sabendo que suas ações estão erradas e não estão alinhadas à verdade, e depois buscar as verdades princípios. Essas são as etapas. Elas podem parecer simples, mas há muitas dificuldades em colocá-las em prática, pois os seres humanos têm caracteres corruptos, assim como todo tipo de imaginação e exigência, além de desejos, e tudo isso interfere no ato de as pessoas negarem e largarem a si mesmas. Essas coisas não são fáceis de fazer. Não vamos nos aprofundar nesse tópico; vamos continuar discutindo a questão das noções, sobre as quais conversamos nas duas últimas comunhões.
O foco principal da comunicação que acabamos de fazer foi como as noções podem causar mal-entendidos sobre Deus, que, por sua vez, criam uma barreira entre as pessoas e Deus que as leva a desenvolver uma resistência a Deus. Qual é a natureza dessa resistência? (Oposição.) É oposição, rebeldia. Portanto, quando as pessoas desenvolvem uma oposição a Deus e protestam contra Ele, isso não acontece da noite para o dia; é algo que tem raízes. É como quando uma pessoa, de repente, descobre que ficou doente e que a doença é muito grave; ela se pergunta como aquela condição avançou tão rápido. Na verdade, a doença estava presente no corpo havia muito tempo e já tinha raízes — ela não foi contraída no dia em que ficou aparente, mas apenas foi descoberta naquele dia. O que quero dizer com isso? A capacidade de se rebelar contra Deus, de se opor a Ele, de protestar contra Ele é algo que todos podem prever quando começam a crer em Deus? Com certeza, não. É essa a intenção inicial de todas as pessoas que creem em Deus e acabam protestando contra Ele e se opondo a Ele? Alguém já disse: “Não creio em Deus para ganhar bênçãos; só quero protestar contra Deus e me opor a Ele quando O vir porque, então, ficarei famoso e construirei uma ótima reputação, e minha vida terá valido a pena”? Alguém já fez tais planos? (Não.) Ninguém jamais planejou algo assim, nem mesmo a pessoa mais tola, estúpida ou maligna. Todas as pessoas querem crer sinceramente em Deus, ser boas, ouvir as palavras de Deus e fazer tudo o que Ele lhes pede. Mesmo que não possam chegar à submissão absoluta a Deus, elas podem, pelo menos, atender às exigências mínimas de Deus e satisfazê-Lo da melhor forma possível. Que desejo bom é esse — como ele acabou fazendo com que elas protestassem contra Deus e se opusessem a Ele? As próprias pessoas não estão dispostas a isso e não sabem como isso aconteceu. Quando a questão é protestar contra Deus e se opor a Ele, elas se sentem mal e ficam chateadas, pensando: “Como as pessoas podem fazer isso? Mesmo que os outros ajam dessa forma, eu não deveria ter agido assim!”. É exatamente como Pedro disse: “Ainda que todos se escandalizem de Ti, eu nunca me escandalizarei” (Mateus 26:33). As palavras que Pedro disse vieram de seu coração, mas seu comportamento não estava à altura de seus desejos e aspirações. A fraqueza humana é algo que as próprias pessoas não conseguem prever. Quando realmente se deparam com algum problema, sua corrupção é exposta. A natureza essência e o caráter corrupto de uma pessoa são capazes de controlar e ditar seus pensamentos e comportamento. Com um caráter corrupto, várias noções podem surgir, junto com diferentes desejos e exigências, o que causa todo tipo de comportamento rebelde. Isso afeta diretamente o relacionamento dela com Deus e influencia diretamente sua entrada na vida e a transformação de seu caráter. Não era essa a intenção que as pessoas tinham quando começaram a crer em Deus, nem é o que elas, em seu coração, estão dispostas e esperam fazer. São consequências decorrentes das noções que elas têm sobre Deus. Se essas noções não forem resolvidas, as perspectivas, a sina e a destinação de uma pessoa podem se tornar problemáticas.
Para resolver os mal-entendidos de uma pessoa sobre Deus, é preciso resolver suas noções sobre Deus, sobre a obra, a essência e o caráter de Deus. Para resolver essas noções, é preciso, primeiro, entendê-las, conhecê-las e reconhecê-las. Então, o que são exatamente essas noções? Isso nos leva de volta ao tópico principal. Devemos começar com alguns exemplos práticos para abordar essas noções e manifestações das pessoas, tornando as intenções de Deus aparentes a partir desses exemplos, para que as pessoas possam ver, no fundo do coração de Deus, quais são Seu caráter e Sua essência e como Ele trata as pessoas e como essas pessoas imaginam que Ele deveria tratá-las, e permitindo-lhes distinguir, esclarecer e comparar essas duas últimas perspectivas, o que pode levar a um entendimento e à aceitação da maneira como Deus trata e governa as pessoas, e a uma compreensão e aceitação da essência e do caráter de Deus. Quando tiverem uma compreensão clara da forma como Deus governa as pessoas e de Sua obra, as pessoas não criarão mais noções sobre Ele. A barreira entre Deus e elas também desaparecerá, e os estados de oposição ou de protesto em relação a Ele não aparecerão mais em seu coração. Essas questões de rebeldia e resistência contra Deus podem ser resolvidas diretamente por meio da leitura das palavras de Deus e da comunicação da verdade. Não importa qual aspecto das noções seja abordado, ele deve começar com a leitura das palavras de Deus e a comunicação da verdade. Tudo deve estar conectado com a verdade, tudo envolve a verdade. Então, quais são essas noções que as pessoas têm? Vamos começar falando sobre a obra de Deus com exemplos específicos, para esclarecer os princípios por trás da obra de Deus e os princípios e métodos que Ele emprega para tratar e governar as pessoas. Um exemplo pode abordar o método como Deus opera e também como classifica uma pessoa, e Sua decisão sobre o desfecho dela, ou pode abordar o caráter e a essência de Deus. Para esclarecer esses pontos, se falássemos de forma vazia sobre como Deus é, o que Ele fez e como Ele tratou as pessoas ao longo dos seis mil anos de Sua obra, vocês acham que isso seria apropriado? Vocês conseguiriam aceitar isso facilmente? Ou se falássemos, por exemplo, sobre Deus ter operado por seis mil anos e, na segunda fase de Sua obra, ter operado na Judeia, e discutíssemos como Ele tratou o povo judeu naquela época, e como podemos observar Seu caráter a partir disso, isso facilitaria a compreensão? (Não.) Por exemplo, se falássemos sobre como Deus governa o mundo — como Ele trata as pessoas de várias etnias, o que Ele pensa, como Ele demarca os territórios delas e por que Ele as divide em locais diferentes — em particular, por que algumas pessoas boas estão em lugares nada bons, enquanto algumas pessoas malignas estão em lugares bem melhores, e quais princípios Ele emprega ao distribuir tudo dessa forma, e se víssemos os métodos de Deus para governar a humanidade a partir desse tópico, isso facilitaria a compreensão? (Não.) Esses tópicos não estão muito distantes da transformação de caráter das pessoas e da entrada na vida no dia a dia? Eles não são bastante abstratos? (Sim.) Por que dizemos que são distantes e abstratos? Porque, na vida real, apenas entender as verdades relacionadas às visões, como os detalhes de como Ele governa e guia a humanidade, parece um pouco distante dos problemas que enfrentamos no dia a dia e não é exatamente relevante. Para abordar os problemas do mundo real, devemos começar com exemplos que vocês podem ouvir, ver e sentir em sua vida e, a partir daí, ampliar a percepção de vocês. Independentemente das histórias que Eu contar ou de que pessoas e eventos essas histórias envolvam — mesmo que se relacionem a coisas que você tenha feito no passado — o efeito final dessas histórias é ajudá-lo a entender as verdades relacionadas ao tópico que está sendo discutido hoje. Toda história contada tem um propósito e está relacionada ao valor que pretende fornecer e à verdade que expressa.
Vamos começar nossa história. Este é o caso número um. Há muito tempo, uma igreja enviou um vidro de xarope para tosse, explicando: “Deus sempre fala conosco e prega, mas, às vezes, quando fala demais, Ele tosse. Para tornar a pregação Dele mais suave e reduzir a tosse, estamos enviando um xarope para tosse”. Quando o vidro chegou, um homem o viu e disse: “Disseram que isso é xarope para tosse, mas vai saber o que ele trata realmente. Não podemos simplesmente dá-lo para Deus tomar — pode fazer mal. É um remédio; todo remédio tem uma certa toxicidade. Se tomá-lo, poderá haver efeitos colaterais!”. Aqueles que ouviram isso, pensaram: “Ele está sendo muito atencioso. Bem, então não podemos dar isso a Deus”. Naquele momento, Eu não precisava dele, por isso pensei em guardá-lo para mais tarde, e deixei a questão de lado. Mas a história termina aí? Não, a história desse remédio começou naquele dia. Um dia, alguém descobriu que esse mesmo homem estava tomando o xarope para tosse e, quando foi descoberto, só restava metade dele. O que aconteceu em seguida é fácil de adivinhar: ele tomou tudo. Essa é a história em si. Pensem no que ela tem a ver com as noções que estamos discutindo hoje. Primeiro, digam-Me: essa história chocou vocês, provocou vocês? (Sim.) O que vocês pensaram depois de ouvi-la? O que provocou vocês? Em geral, as pessoas que são provocadas pensam: “Minha nossa, isso foi oferecido a Deus; como alguém poderia tomá-lo?”. Essa é a primeira coisa que as provoca. A segunda coisa é: “Ele continuou tomando. Não acredito que ele tomou tudo!”. Além de se sentirem provocados, o que mais vocês podem pensar? Em relação ao que essa pessoa fez — todos esses comportamentos dela, ou seja, cada um dos eventos dessa história —, vocês conseguem pensar em qual seria a reação de Deus? O que Ele faria? O que Deus deveria fazer? Como Ele deveria tratar essa pessoa? E não é assim que começam a surgir as noções humanas? Vamos deixar de lado o conteúdo que o provocou e examinar se a experiência de ser provocado pode ser benéfica. Quando são provocadas, as pessoas simplesmente sentem um certo desconforto em sua consciência, mas não conseguem falar claramente sobre isso. Depois, pode haver condenação e reprovação em relação à pessoa da história, com base na ética, moral, em teorias teológicas ou palavras e doutrinas, mas essas coisas não são a verdade. Se quisermos chegar à verdade, são as noções que o ser humano cria em relação ao evento em si, ou as exigências em relação ao que Deus deveria fazer — esses são os problemas que precisam ser resolvidos. Nessa história, as noções e os pensamentos que as pessoas têm sobre o que Deus deveria fazer nessa situação são cruciais. Não preste atenção apenas a sua reação emocional; o fato de ser provocado por algo não pode resolver sua rebeldia. Se, um dia, você encontrar algo nas ofertas de Deus de que goste ou de que precise particularmente, e se sentir muito tentado, você também poderá tomar isso para si; nesse caso, você não se sentiria nem um pouco provocado. O fato de se sentir provocado agora é simplesmente uma função da consciência, um resultado dos padrões morais da humanidade; não é uma função da verdade. Quando conseguir resolver as noções que surgem dessa situação, você entenderá a verdade que ela contém. Você resolverá quaisquer noções e mal-entendidos que tenha em relação a Deus nessas questões e, nesse tipo de situação, você entenderá a verdade e ganhará algo. Então, agora, pense nos tipos de noções que as pessoas podem desenvolver nessa situação. Quais dessas noções podem levá-lo a não entender a Deus, a formar uma barreira entre você e Ele, ou até mesmo levá-lo a se opor a Ele? É isso que deveríamos estar comunicando. Diga-me, quando esse evento ocorreu, esse homem sentiu alguma reprovação em sua consciência? (Não.) Como você pode saber que ele não sentiu nenhuma reprovação? (Ele tomou todo o xarope para tosse.) Isso é bem fácil de analisar, não é? Desde o primeiro até o último gole, ele não se conteve e não parou. Se ele tivesse tomado um gole e depois parado, isso teria contado como repreensão a si mesmo, porque ele teria parado, teria se contido e não teria continuado. Mas esse homem não fez isso; ele tomou o vidro inteiro, do começo ao fim. Se houvesse mais, ele teria continuado a tomar. Isso mostra que ele não sentiu nenhum tipo de reprovação em sua consciência; isso é ver as coisas de uma perspectiva humana. Agora, como Deus vê essa questão? É isso que vocês deveriam entender. Com base em como Ele trata essa situação, como a avalia e a define, você pode ver o caráter de Deus, Sua essência, e também discernir os princípios e métodos pelos quais Ele opera. Isso também pode revelar algumas noções humanas, fazendo com que as pessoas digam: “Então, essa é a atitude de Deus em relação às pessoas; é assim que Deus lida com as pessoas. Eu não pensava assim antes”. O fato de que você não pensava assim revela a barreira entre você e Deus, que você pode desenvolver mal-entendidos sobre Deus e que tem noções sobre a maneira como Ele opera e age nesse aspecto. Então, como Deus lidou com essa situação quando a enfrentou? O homem disse: “Isso é remédio; todo remédio tem uma certa toxicidade. Não podemos deixar que Deus o tome; pode ter efeitos colaterais”. Qual era a intenção, o propósito por trás de suas palavras? Essas palavras eram verdadeiras ou falsas? Elas não eram verdadeiras; eram enganosas, falsas e dissimuladas. Suas ações subsequentes e o que ele revelou deixaram claro o que se passava em seu coração. Deus fez algo em relação a suas palavras falsas e suas ações? (Não.) Como sabemos que Deus não fez nada? Quando disse essas palavras, ele não foi sincero; ele estava sendo falso. Deus ficou apenas observando de longe, sem realizar a obra positiva de orientação nem a obra negativa de reprovação. Às vezes, as pessoas sentem reprovação em sua consciência — isso é Deus operando. Será que esse homem sentiu a reprovação naquele momento? (Não.) Além de não sentir culpa, ele ainda falou de maneira muito sonora. Deus não o reprovou; Ele ficou apenas observando. Por que Deus ficou observando? Ele ficou observando para ver como os fatos se desenrolariam? (Não.) Não necessariamente. Deus entende uma pessoa antes que ela decida o que fazer sobre uma situação ou que os fatos se desenrolem? (Sim.) Deus entende não apenas por fora, mas dentro do coração — se o coração é bom ou maligno, sincero ou falso, qual é a verdadeira atitude em relação a Ele, se O tem em seu coração, se tem fé verdadeira — Deus já sabe dessas coisas; Ele tem provas conclusivas e está sempre observando. O que Deus fez depois que esse homem disse isso? Primeiro, Ele não o repreendeu; segundo, Ele não o esclareceu nem o conscientizou de que se tratava de uma oferta, que as pessoas não deveriam tocá-la descuidadamente. Deus precisa dizer explicitamente às pessoas para que tenham essa consciência? (Não.) Essa consciência deveria estar presente na humanidade normal. Alguns podem dizer: “Algumas pessoas simplesmente não sabem. Você não contaria a elas? Se simplesmente lhes contar, elas não saberão? Não saber isenta a pessoa do pecado — nesse momento, ela não sabe; se soubesse, não teria cometido esse erro, certo? Isso não seria protegê-la?”. Deus agiu dessa forma? (Não.) Por que Deus não agiu dessa forma? Por um lado, aquele homem deveria saber o conceito de que “essa é uma oferta a Deus, as pessoas não podem tocá-la”. Por outro lado, se ele não sabia, por que Deus não lhe contou? Por que Deus não o conscientizou para que ele não fizesse aquilo e enfrentasse aquelas consequências? Contar a ele não revelaria melhor a sinceridade de Deus em salvar as pessoas? Não seria melhor revelar o amor de Deus? Então, por que Deus não fez isso? (Deus queria revelá-lo.) Sim, Deus queria revelá-lo. Quando você se depara com situações, não é por acaso. Uma determinada situação poderia significar sua salvação ou sua destruição. Nesses momentos, Deus está observando, fica em silêncio, não orquestra nenhuma circunstância para lembrá-lo, nem o esclarece com palavras como: “você não deve fazer isso; as consequências seriam inimagináveis” ou “fazer isso dessa forma carece de razão e humanidade”. As pessoas não têm essa consciência. A falta dessa consciência se deve, por um lado, ao fato de Deus não ter lhes dado nenhuma dica naquele momento — Deus não agiu. Por outro lado, se uma pessoa tiver consciência e um pouco de humanidade, Deus agiria com base nesse fundamento? (Sim.) É isso mesmo. Deus lhe concederia essa graça. Mas por que Deus ignorou essa situação em particular? Uma razão é que esse homem não tinha nenhuma consciência e razão, nenhuma dignidade, nenhuma integridade nem humanidade normal. Ele não buscava essas coisas; ele não tinha Deus no coração e não era um verdadeiro crente em Deus. Por isso, Deus quis revelá-lo por meio dessa situação. Algumas vezes, o fato de Deus revelar alguém é uma forma de salvação, outras vezes não é — Deus age intencionalmente dessa maneira. Se você tem consciência e razão, o fato de Deus revelá-lo serve como uma provação e é uma forma de salvação. Mas se não tiver consciência e razão, o fato de Deus revelá-lo significa que você será eliminado e destruído. Então, olhando para isso agora, o que significou o fato de Deus revelar esse homem? Significou ser eliminado; não era uma bênção, mas uma maldição. Algumas pessoas dizem: “Ele cometeu um erro tão grande, e isso é muito vergonhoso. Quando começou a tomar secretamente o xarope, Deus não poderia ter arranjado algumas circunstâncias para fazê-lo parar, para que ele não cometesse esse erro e, portanto, não precisasse ser eliminado?”. Foi isso que Deus fez? (Não.) Como Deus agiu? (Ele deixou a situação seguir o próprio curso.) Deus deixou as coisas seguirem o próprio curso — esse é um de Seus princípios. Depois que ele abriu o vidro de xarope, alguma coisa mudou em sua natureza entre o primeiro e o último gole que ele tomou? (Não.) Por que não houve diferença? (Ele é exatamente esse tipo de pessoa em sua essência.) Essa situação revelou completamente sua humanidade, sua busca e sua fé.
Na época do Antigo Testamento, Esaú trocou seu direito de primogênito por uma tigela de ensopado vermelho. Ele não tinha consciência do que era importante e valioso: “Que importância tem essa primogenitura? Se eu a trocar, não fará diferença; ainda estarei vivo, não é?”. Foi isso que ele pensou em seu coração. Sua abordagem do problema pode ter parecido bastante realista, mas o que ele perdeu foi a bênção de Deus, e as consequências disso são incalculáveis. Agora, na igreja, há muitas pessoas que não buscam a verdade. Elas não levam a sério as promessas e as bênçãos de Deus. Isso não é, em sua natureza, o mesmo que perder o direito de primogênito? Não é ainda mais sério? Porque o ato de Deus salvar as pessoas é uma oportunidade única; se alguém perder essa oportunidade, está tudo acabado. Houve até uma pessoa que acabou sendo eliminada por causa de um simples vidro de xarope para tosse, que ela trocou pelo desfecho de ser destruído; é simplesmente insondável! Na verdade, porém, não há nada de insondável nisso. Por que digo isso? Esse evento pode parecer uma coisa sem importância. Se ele ocorresse entre pessoas, não seria considerado grande coisa. Assim como cometer um crime, como roubar ou causar danos a outras pessoas, no máximo, você seria punido após a morte e depois renasceria como humano por meio de vários ciclos de reencarnação. Isso não importaria muito. Mas a situação de que estou falando agora é simples assim? (Não.) Por que dizemos que não é simples? Por que vale a pena discutir essa situação? Vamos começar pelo vidro de xarope. Na verdade, o vidro de xarope não era algo de grande valor, mas, quando foi oferecido a Deus, sua essência mudou; tornou-se uma oferta. Algumas pessoas dizem: “As ofertas são consagradas; as ofertas não pertencem às pessoas; as pessoas não deveriam tocar nas ofertas”. Dizer isso também está correto. O que é uma oferta? Oferta é algo que uma pessoa dá a Deus; todas essas coisas, não importa o que sejam, são chamadas de ofertas. Como pertencem a Deus, deixam de pertencer ao homem. Seja lá o que foi dedicado a Deus — seja dinheiro, sejam coisas materiais, e não importa o valor — isso pertence inteiramente a Deus e não está à disposição do homem, nem cabe a ele usá-lo. Como podem ser conceituadas as ofertas para Deus? Elas pertencem a Deus, somente Ele pode controlá-las, e, antes de obter Sua aprovação, ninguém pode tocar essas coisas ou ter desígnios para elas. Há aqueles que dizem: “Se Deus não está usando alguma coisa, por que não temos permissão de usá-la? Se isso estragasse depois de um tempo, não seria uma pena?”. Não, nem mesmo assim; isso é um princípio. As ofertas são coisas que pertencem a Deus, não ao homem; pequenas ou grandes, valiosas ou não, uma vez que o homem as dedicou a Deus, a essência dessas coisas mudou, independentemente de Deus as querer. Uma vez que alguma coisa se tornou uma oferta, ela está entre as posses do Criador e à Sua disposição. O que a maneira como alguém trata as ofertas envolve? Envolve a atitude dessa pessoa para com Deus. Se a atitude de uma pessoa para com Deus é de impertinência e desdém e de desatenção, então a atitude dessa pessoa para com todas as coisas que Deus possui certamente será a mesma. Há alguns que dizem: “Há algumas ofertas pelas quais ninguém inquire. Isso não significa que elas pertencem a qualquer um que tenha tomado posse delas? Se alguém sabe ou não, ‘achado não é roubado’; quem quer que ponha as mãos nessas coisas se torna dono delas”. O que você acha desse ponto de vista? Muito claramente, está incorreto. Qual é a atitude de Deus em relação às ofertas? Não importa o que é ofertado a Deus e se Ele aceita ou não, uma vez que algo foi designado como oferta, qualquer pessoa que venha a ter outros desígnios para isso pode acabar “pisando numa mina terrestre”. O que significa isso? (Significa ofender o caráter de Deus.) Isso mesmo. Vocês todos sabem esse conceito, mas por que não reconhecem a essência dessa questão? Então, o que essa questão diz às pessoas? Ela diz que o caráter de Deus não tolera ofensa alguma pelos humanos e que elas não devem mexer com as coisas Dele. As ofertas a Deus, por exemplo — se uma pessoa resolvesse tomá-las como suas ou desperdiçá-las e esbanjá-las, então ela seria passível de ofender o caráter de Deus e ser punida. Não obstante, a fúria de Deus tem seus princípios; não é como as pessoas imaginam, que Deus censure severamente qualquer um que cometa um erro. Em vez disso, a fúria de Deus é provocada quando alguém O ofende em questões cruciais e importantes. Especialmente quando se trata de lidar com a encarnação e as ofertas de Deus, as pessoas devem demonstrar cautela e ter um coração temente a Deus; somente dessa forma elas podem ter certeza de que não ofenderão o caráter de Deus.
Algumas pessoas têm fé em sua crença em Deus e são capazes de se despender e pagar o preço, tendo um bom desempenho em todos os aspectos, exceto em um. A pessoa vê a abundância de recursos na casa de Deus e sabe que o povo escolhido de Deus oferece não apenas dinheiro, mas também comida, roupas e vários remédios, entre outras coisas, e pensa: “O povo escolhido de Deus oferece tantas coisas a Deus, mas Ele sozinho não consegue usar tudo isso. Embora algumas sejam necessárias para disseminar o evangelho, nem todas serão usadas. Como esses itens deveriam ser tratados? Talvez os líderes e obreiros devessem compartilhar alguns deles?”. Ela fica ansiosa e agitada com essa questão, sentindo um “peso” por dentro, e começa a ponderar: “Agora que estou encarregado desses itens, eu deveria usar alguns. Caso contrário, todas essas ofertas não serão desperdiçadas quando o mundo for destruído? É justo que sejam distribuídas aos líderes e obreiros. Todos são iguais na casa de Deus; já que nós nos dedicamos a Deus, então as coisas Dele também são nossas, e as nossas são Dele. Não há nada demais em desfrutar algumas ofertas de Deus; de qualquer forma, isso faz parte da bênção de Deus. Eu poderia muito bem ir em frente e usar algumas delas”. Com esses pensamentos, ela se sente tentada. Seus desejos aumentam pouco a pouco e ela começa a cobiçar as ofertas, pegar itens sem sentir qualquer reprovação no coração. Ela acha que ninguém saberá e se consola dizendo: “Eu me despendi por Deus; desfrutar algumas ofertas não é grande coisa. Deus vai me perdoar, mesmo que saiba. Vou só aproveitar um pouco agora”. Como resultado, ela começa a roubar as ofertas, ofendendo o caráter de Deus. Por fora, ela encontra muitas desculpas para si mesma, como: “Essas coisas vão estragar depois de um tempo se não forem consumidas! Deus sozinho não consegue consumir tudo isso e, se fossem distribuídas igualmente, haveria muitas pessoas e não seria o suficiente para todas. Por que não administro isso? Além disso, e se não for possível gastar todo esse dinheiro até o fim do mundo? Cada um de nós deveria pegar uma parte, o que também reflete o amor e a graça de Deus! Embora Ele não tenha declarado isso e não exista tal princípio, por que não ser proativo? Isso é agir de acordo com os princípios!”. Ela inventa várias razões que soam bem e depois começa a agir. Mas, quando começa, as coisas saem do controle e há cada vez menos reprovação em seu coração. Ela pode achar até que isso é justificável, pensando: “Se Deus não precisa disso, eu deveria usar. Isso não é um problema de verdade”. É aí que as coisas dão errado. O que vocês acham, isso é um grande problema ou não? É sério? (Sim.) Por que dizemos que é sério? Vale a pena comunicar essa questão? (Sim.) Por que vale a pena? (Ela envolve o caráter de Deus e também diz respeito ao desfecho e à destinação do homem.) A questão é importante, sua natureza é grave. Agora, que advertência devo lhes dar? Jamais cogitem a ideia de pegar ofertas. Algumas pessoas dizem: “Isso não está certo; as ofertas que os irmãos fazem são destinadas à casa de Deus, à igreja. Isso as torna propriedade comum de todos”. Essa afirmação está correta? Como foi que ela surgiu? Teorias como essa são inventadas por causa da ganância do homem. O que mais essa questão envolve? Há um ponto que ainda não abordamos — qual é? Algumas pessoas pensam: “A casa de Deus é uma grande família. Para mostrar que é uma boa família, deveria haver amor e tolerância; todos deveriam compartilhar comida, bebida e recursos, e todas essas coisas deveriam ser distribuídas igualmente. Por exemplo, todos deveriam ter roupas, e elas deveriam ser distribuídas e desfrutadas igualmente. Deus não favorece ninguém; se Deus tem alguns pares extras de meias e alguém não tem dinheiro nem para comprar meias, Ele deveria oferecer alívio a essa pessoa. Além disso, essas ofertas de Deus vêm dos irmãos e irmãs; Deus já tem tanto, não deveria distribuir um pouco para os pobres? Isso não demonstraria o amor de Deus?”. As pessoas pensam assim? Essas não são noções humanas? As pessoas tomam, à força, a propriedade de Deus, dizendo eufemisticamente que é a graça de Deus, as bênçãos de Deus e o grande amor de Deus. Elas sempre querem dividir as coisas igualmente com Deus, querem dividir tudo igualmente, impondo o igualitarismo. Elas acham que isso é um símbolo de unidade universal, de harmonia humana e de uma existência plena, e consideram que esse estado das coisas tem de ser manifestado. Essas não são noções humanas? Especialmente na casa de Deus, elas acham que ninguém deveria passar fome. Se alguém passa fome, Deus deveria usar Suas ofertas para aliviá-la; Ele não deveria ignorar a questão. Esse “deveria” em que as pessoas acreditam não é um tipo de noção? Não é uma exigência humana a Deus? Algumas pessoas, depois que creem em Deus, dizem: “Creio em Deus há tantos anos e não ganhei nada; minha família ainda está na pobreza. Isso não deveria acontecer; Deus deveria ser bondoso comigo, deveria me abençoar para que eu pudesse glorificá-Lo melhor”. Como sua família é pobre, você não busca a verdade; você espera que suas condições de pobreza mudem por meio da crença em Deus e usa a glorificação de Deus como desculpa para barganhar com Ele. Essas são noções e imaginações humanas; são os desejos extravagantes do homem. Crer em Deus com esses motivos não é uma forma de barganhar com Deus? As pessoas que barganham com Deus têm consciência e razão? São pessoas que se submetem a Deus? De jeito nenhum. Elas não têm consciência e razão, não aceitam a verdade, são detestadas e rejeitadas por Deus e são pessoas irracionais que não podem alcançar a salvação de Deus.
Algumas pessoas pensam: “Quando o homem tem alguns pensamentos ou ações impróprios que violam os decretos administrativos de Deus e ofendem o caráter de Deus, Deus deveria intervir para impedi-lo. Essa é a salvação de Deus, esse é o amor de Deus”. Não são essas as noções e imaginações que as pessoas têm? É assim que Deus opera para salvar as pessoas? Deus salva as pessoas expressando a verdade. A salvação da pessoa depende de sua capacidade de aceitar a verdade. Além disso, há uma coisa que Deus considera mais importante ainda, que é a consciência e a humanidade das pessoas. Se não houver consciência, integridade e razão em sua humanidade — isto é, se, quando algo lhe acontecer, sua consciência e racionalidade não puderem funcionar normalmente, não puderem restringir e regular suas ações, não puderem corrigir suas intenções e pontos de vista — então, certamente, Deus não fará nada. Para que Deus o mude, primeiro Ele permite que sua consciência e racionalidade funcionem. Quando sua consciência se sentir pesada, você refletirá: “O que estou fazendo é errado; como Deus me veria?”, e isso o levará a buscar mais e a ter uma entrada proativa e positiva. No entanto, se a pessoa não tiver nem mesmo esse passo inicial, não tiver consciência e não houver praticamente nenhuma reprovação em seu coração, então o que Deus fará quando ela for confrontada com algo? Deus não fará nada. Então, em qual fundamento todas essas palavras que Deus fala e todas as exigências e verdades que Ele ensina às pessoas se baseiam? Elas se baseiam na premissa de que as pessoas têm consciência e racionalidade. Quanto ao homem citado anteriormente, se ele tivesse consciência e um certo nível de racionalidade, como ele teria agido quando viu aquele vidro de xarope para tosse? Que comportamentos ele teria demonstrado? Quando ele pensou: “Deram isso a Deus, então deve ser muito bom; por que eu mesmo não bebo, em vez de deixar para Deus?”, o que ele teria feito se tivesse consciência? Ele teria aberto o vidro e tomado o primeiro gole? (Não.) Como esse “não” teria surgido? (Por ter um senso de consciência.) Controlado por sua consciência, ela entraria em ação, e não haveria um próximo passo nessa questão; ele não teria dado o primeiro gole. O resultado da questão seria exatamente o inverso, e o desfecho seria totalmente diferente. Mas, ao contrário disso, ele não tinha consciência nem racionalidade — não tinha nada disso —, então qual foi o resultado? Depois de ter esses pensamentos e sem nenhuma restrição de sua consciência, ele abriu o vidro inescrupulosamente e deu o primeiro gole. Além de não sentir nenhuma culpa ou haver auto-acusação depois disso, ele ainda gostou. Ele achou que tinha se safado: “Vejam como sou esperto, aproveitando a oportunidade. Vocês todos são tolos; vocês não entendem essas coisas. A experiência sempre supera a juventude! Nenhum de vocês teve essa ideia, nenhum teve a coragem de fazer isso, mas eu tive. Qual é a pior coisa que pode acontecer? Eu já dei o primeiro gole; quem vai saber?”. Ele achou que tinha saído na vantagem e se sentiu satisfeito por dentro; ele até pensou que estava sendo beneficiado, que isso era a graça de Deus. Depois que cometeu esse erro, ele continuou a repeti-lo e perdeu o controle, continuando até terminar o vidro inteiro. Durante todo esse tempo, nunca houve qualquer auto-acusação ou culpa em sua consciência. Sua consciência e racionalidade nunca lhe disseram: “Isso não lhe pertence; mesmo que Deus não tome, mesmo que Deus jogue isso fora ou dê a um cão ou a um gato, se Ele não disse que é para você, então você não deveria usá-lo; não é para você desfrutar”. Sua consciência não lhe disse isso porque ele não tinha consciência. O que é uma pessoa sem consciência? Elas são definidas como animais. As pessoas sem consciência se comportam dessa maneira; elas concebem esses pensamentos no início e continuam assim até o fim, sem ter um pingo de culpa na consciência. Pode ser que, agora, esse sujeito já tenha se esquecido desse incidente há muito tempo; ou, se ele tiver uma boa memória, talvez ainda se lembre e pense que fez a coisa certa na época. Ele nunca pensa que essa era a coisa errada a fazer e não percebe a gravidade e a natureza do que fez. Ele não consegue reconhecer isso. A classificação de Deus sobre essas pessoas é acurada? (Sim.) Quando Deus classifica, revela e elimina essas pessoas, dando-lhes esse tipo de desfecho, com quais princípios e com que base Ele as classifica? (Com base na natureza essência delas.) Uma pessoa que não tem senso de consciência e racionalidade tem condições para aceitar e praticar a verdade? Ela tem essa essência? (Não.) Por que dizemos que não tem? Quando começa a expressar suas opiniões sobre essa questão, lá no fundo de seu coração, onde está o seu Deus? Quem é o Deus em seu coração? Onde Ele está? Ela tem Deus no coração? Podemos dizer com certeza que essa pessoa não tem Deus no coração. Qual é a implicação de não ter Deus no coração? (Ela é uma descrente.) É isso mesmo. Não é uma verdadeira crente em Deus, não é um irmão ou irmã; é simplesmente uma descrente. Que comportamentos mostram que ela é uma descrente? Sem Deus em seu coração, tudo o que ela faz e fala é de acordo com os próprios caprichos, com base nas próprias noções, imaginações e preferências, sem a influência da consciência. Quando não entende a verdade, sua consciência não se mexe; ela age totalmente com base nas próprias preferências, apenas para seu ganho e benefício pessoal. Há algum espaço para Deus em seu coração? Nenhum. Por que digo isso? Porque a motivação, a origem, a direção e até mesmo as manifestações de suas ações e palavras são todas voltadas para atender a seus próprios interesses; ela age e fala com base no que acredita que é para si mesma. Tudo o que ela considera é pensando nos próprios interesses e objetivos, e ela age livremente, sem sentir qualquer culpa. A julgar por esse comportamento, como é que ela trata a Deus? (Ar.) Exatamente, acertou na mosca. Se ela conseguisse sentir a presença de Deus, que Ele escrutina o coração do homem, que Ele está ao lado das pessoas, escrutinando-as continuamente, ela agiria sem nenhuma restrição? Ela demonstraria uma audácia tão imprudente? De jeito nenhum. Aqui surge uma pergunta: o Deus no qual ela crê realmente existe? (Não.) Essa é a essência da questão. O Deus em que ela crê não existe; o Deus dela é simplesmente ar. Portanto, não importa como diga que Deus é, o quanto ore a Ele, há quantos anos creia ou o que fez ou o quanto se sacrificou, sua natureza é completamente exposta com base em seu discurso e comportamento, em sua atitude em relação a Deus e a todas as coisas relacionadas a Ele. Ela trata Deus como ar; isso não é blasfemar contra Deus? (Sim.) Por que isso é considerado blasfêmia? Ela pensa: “Dizem que Deus escrutina o coração do homem — mas onde está Deus? Por que não senti isso? Também dizem que o roubo de ofertas será punido por Deus, mas eu não vi ninguém ser castigado por roubar ofertas”. Ela nega a existência de Deus; isso é blasfemar contra Deus. Ela diz: “Deus nem mesmo existe; como Ele poderia estar realizando alguma obra? Como Ele poderia estar salvando as pessoas? Como Ele repreendeu as pessoas? Quem Ele já puniu? Eu nunca vi isso acontecer, então, qualquer coisa oferecida a Deus pode ser usada livremente. Se, por acaso, eu encontrar uma oferta hoje, é minha — para mim, é uma maneira de Deus me favorecer. Ela pertence a quem quer que a veja ou encontre; foi a essa pessoa que Deus favoreceu”. Que tipo de lógica é essa? É a lógica de Satanás, dos ladrões; essa é a natureza diabólica que uma pessoa revela. Será que uma pessoa assim tem fé verdadeira? (Não.) Depois de ouvir tantos sermões, ela diz uma enxurrada de palavras diabólicas; ela tem algum fundamento na verdade? (Não.) Então, o que ela entendeu ao ouvir todos aqueles sermões? Ela não aceitou as palavras de Deus, não considerou as palavras Dele como a verdade e não tratou Deus como Deus. Simplesmente isso.
Algumas pessoas de fato acreditam de coração que existe um Deus e não têm a menor dúvida sobre a encarnação de Deus. Mas, embora O tenham seguido por vários anos, enfrentado algumas dificuldades e pago um certo preço, no fundo do coração, elas não têm o menor entendimento de Deus. Na realidade, aquilo em que acreditam ainda é um Deus vago, um Deus imaginado; sua definição de Deus é apenas ar. Como Deus trata essas pessoas? Ele simplesmente as ignora. Algumas pessoas perguntam: “Se Deus as ignora, por que elas permanecem na casa de Deus?”. Elas estão labutando. Como se deve definir labutar? As pessoas que labutam não têm interesse na verdade, ou melhor, têm um calibre tão baixo que não conseguem alcançá-la. Elas tratam a Deus e a verdade como algo vazio e vago, mas, para ganhar bênçãos, só podem depender de exercer algum esforço em troca. Embora, externamente, não resistam diretamente a Deus, não O amaldiçoem nem se oponham a Ele, sua essência ainda é a da laia de Satanás — aquela que nega e resiste a Deus. Qualquer pessoa que não ame a verdade não presta, Deus decidiu em Seu coração não salvar essas pessoas. Ele ainda levaria a sério aquelas que não pretende salvar? Deus diria para elas: “Você não entende esse aspecto da verdade, precisa ouvir com atenção; você não entende aquele aspecto da verdade, precisa se esforçar mais e ponderar”? Além disso, Deus sabe que essas pessoas não entendem a verdade e não O tratam como Deus. Ele deveria mostrar alguns milagres e maravilhas para elas, para que se conscientizem de Sua existência, ou esclarecê-las e iluminá-las mais para que saibam que existe um Deus? Deus agiria dessa forma? (Não.) Deus tem princípios para fazer essas coisas; Ele não age dessa forma com qualquer pessoa. Para as pessoas que conseguem aceitar a verdade, Deus está sempre operando. Qual é a atitude de Deus em relação às que não podem aceitar a verdade ou não conseguem alcançá-la? (Ele as ignora.) De acordo com as noções das pessoas, se Deus ignora uma pessoa, então ela fica vagando como um mendigo. Não é possível vê-las buscar a verdade nem qualquer ação de Deus sobre elas; elas estão apenas labutando e não entendem a verdade. Isso é tudo? De fato, essas pessoas também podem receber algumas graças e bênçãos de Deus. Quando se encontrarem em situações perigosas, Deus também as protegerá. Quando ficarem gravemente doentes, Deus também as curará. Ele pode até dar alguns talentos especiais a elas ou, em algumas situações especiais, Ele pode realizar alguns atos milagrosos nelas ou fazer algumas coisas especiais. Ou seja, se essas pessoas realmente conseguirem se despender por Deus e labutar bem sem causar perturbações, Deus não as discriminará. Quais são as noções das pessoas sobre essa questão? “Deus não salvará essas pessoas, então, Ele simplesmente as usará como bem entende e, depois, as descartará.” É assim que Deus agirá? Não é. Não se esqueça de quem Deus é; Ele é o Criador. Dentre todos os seres humanos, não importa se são crentes ou não crentes, de qualquer denominação ou etnia, aos olhos de Deus, todos são seres criados por Ele. É por isso que o Senhor Jesus disse: “Porque Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons”. Essa afirmação é um princípio de como Deus — o Criador — age. Independentemente do desfecho que Ele dê, no final, a uma pessoa com base em sua essência, ou se Ele a salvará ou não antes de lhe dar esse desfecho, não importa sua essência, contanto que ela consiga realizar algumas tarefas e fazer alguma labuta na casa de Deus e para a obra de Deus, a graça de Deus não muda; Ele ainda a tratará de acordo com Seus princípios, sem qualquer parcialidade. Esse é o amor de Deus, o princípio de Suas ações e Seu caráter. No entanto, por causa de sua essência, a visão e a atitude dessas pessoas em relação a Deus são sempre as de considerá-Lo vago e nebuloso, como se Ele existisse e, ainda assim, não existisse. Elas não conseguem reconhecer a verdadeira existência de Deus, nem podem experimentá-la e, no final, ainda não têm certeza se Ele realmente existe. Então, ao considerá-las, Deus só pode fazer tanto quanto deveria, proporcionando-lhes alguma graça, dando-lhes algumas bênçãos e proteção nesta vida, permitindo que sintam o calor da casa de Deus e que desfrutem da graça, misericórdia e bondade de Deus. E isso é tudo — são todas as bênçãos que receberão nesta vida. Algumas pessoas dizem: “Como Deus é muito tolerante e elas também desfrutam de Sua graça e de Suas bênçãos, não seria melhor dar um passo além e permitir que elas também recebam Sua salvação?”. Essa é uma noção humana, Deus não age assim. Por que Ele não age assim? Você consegue colocar Deus no coração de alguém cujo coração não tem lugar para Ele? É impossível. Não importa quanta verdade você lhe comunique ou quantas palavras lhe diga, não adiantará; não mudará suas noções e imaginações sobre Deus. Portanto, tudo o que Deus pode fazer por esse tipo de pessoa é conceder-lhe alguma graça, bênçãos, cuidado e proteção. Há quem diga: “Já que elas podem desfrutar da graça de Deus, se Deus as esclarecer e iluminar ainda mais, elas não reconhecerão Sua verdadeira existência?”. Essas pessoas conseguem entender a verdade? Conseguem praticar a verdade? (Não.) Se não conseguem praticar a verdade, isso as classifica como pessoas que não podem ser salvas. Portanto, Deus não Se envolverá em um trabalho inútil ou sem sentido. Algumas pessoas dizem: “Isso não está certo. Às vezes, elas também encontram disciplina ou recebem algum esclarecimento e ganham alguma verdade de Deus”. Novamente, isso se refere à obra de Deus. O que as pessoas que Deus quer salvar devem ter para serem salvas por Ele, para serem objeto de Sua salvação? As pessoas deveriam entender isso. Deus também sabe disso; Ele não salva qualquer um. Mesmo que Deus revele alguns milagres, maravilhas e poder para fazer com que O reconheçam, essas pessoas podem ser salvas? Não é assim que acontece. Deus tem padrões para salvar as pessoas; é preciso ter fé verdadeira e também amar a verdade. Portanto, a obra que Deus realiza nas pessoas envolvendo julgamento, castigo, provações e refinamento também tem seus padrões. Algumas pessoas dizem: “Com frequência, sofremos o julgamento e o castigo. Sofrer o julgamento, o castigo, as provações e o refinamento é um sinal de que seremos salvos por Deus?”. Será que é? (Não.) Como você pode ter certeza de que não é? Deus ainda imporia julgamento, castigo, provações e refinamento às pessoas que não atendem a Suas condições para serem salvas? Isso levanta uma questão sobre a quem Deus impõe Seu julgamento, castigo, provações e refinamento; também envolve os mal-entendidos das pessoas. Diga-Me, uma pessoa que nem mesmo sabe quem Deus é, onde Ele está ou se Ele existe pode receber Seu julgamento e castigo? Uma pessoa que considera Deus como mero ar pode receber Seu julgamento e castigo? Uma pessoa cujo coração é totalmente desprovido de Deus pode receber as provações e o refinamento de Deus? Com certeza, não. Então, o que essas pessoas podem encontrar às vezes? (Disciplina.) É isso mesmo, disciplina. As pessoas que consideram Deus como mero ar, que fundamentalmente não reconhecem ou acreditam na Sua existência, certamente, não receberão Seu julgamento e castigo ou Suas provações e refinamento. Pode-se dizer que as pessoas com essa essência e com esses comportamentos não são objetos da salvação de Deus. Elas não podem receber a salvação de Deus, mas não é que Deus não as salve — isso é decidido por sua natureza essência que é avessa à verdade e odeia a verdade. Elas não têm a atitude correta de amar e aceitar a verdade e, por isso, não cumprem as condições para serem salvas. Então, como Deus as trata quando elas se infiltram na Sua casa esperando receber bênçãos? Além de conceder algumas bênçãos, graça e oferecer cuidado e proteção, que métodos Deus usa para cumprir Seu papel de Criador? Deus emite lembretes, alertas e exortações por meio de Suas palavras. Depois, Ele as poda, repreende e disciplina; a obra que Deus realiza nelas termina aí, tudo está dentro desse escopo. Qual é o efeito desses atos de Deus sobre as pessoas? Isso permite que elas cumpram obedientemente as restrições, que se comportem decentemente ao labutarem na casa de Deus, sem causarem perturbações ou fazerem o mal. O que Deus faz pode levar essas pessoas a desempenhar fielmente seu dever? (Não.) Por que não? A graça, as bênçãos, o cuidado e a proteção que elas recebem — junto com os lembretes das palavras de Deus, a poda, o castigo e a disciplina, e assim por diante — podem causar uma mudança no caráter delas? (Não.) Eles não podem mudar o caráter delas, então que efeito a obra de Deus tem nelas? Ela faz essas pessoas se comportarem de forma mais restringida, ajuda-as a seguir as regras e faz com que externamente tenham alguma semelhança humana. Além disso, comparativamente, elas se tornam obedientes; elas aceitarão, relutantemente, ser podadas por causa da graça e das bênçãos de Deus e conseguirão agir de acordo com os regulamentos e os decretos administrativos da casa de Deus, e isso é tudo. Alcançar tudo isso significa que elas estão praticando a verdade? Elas ainda estão aquém disso, porque, basicamente, elas agem apenas de acordo com os princípios dos decretos administrativos da casa de Deus, além de algumas diretrizes rígidas. É apenas uma mudança de comportamento, nada mais. Então, pode-se dizer que seria ainda melhor permitir que essas pessoas também mudassem seu caráter, já que mudam seu comportamento? (Elas não são capazes de fazer isso.) Elas não são capazes de fazer isso, não conseguem — essa é uma das razões. E qual é a razão mais importante? É que, fundamentalmente, elas não têm Deus no coração; elas não acreditam na existência de Deus. Então, essas pessoas conseguem entender as palavras de Deus? Algumas conseguem, e dizem: “As palavras de Deus são boas, mas, infelizmente, não posso colocá-las em prática. Praticá-las é ainda mais agonizante do que passar por uma cirurgia de coração aberto”. Quando seus próprios interesses são comprometidos ou quando precisam agir contra a vontade, elas ficam totalmente desnorteadas e não conseguem seguir em frente. Mesmo que se esforcem totalmente, elas simplesmente não conseguem colocar as palavras de Deus em prática. Além disso, elas nunca reconhecem ou aceitam o fato de que as palavras de Deus são a verdade. Elas não conseguem assimilar isso; elas não entendem por que as palavras de Deus são a verdade. Por exemplo, quando Deus diz às pessoas para serem honestas, elas dizem: “Está bem, serei uma pessoa honesta se Tu me disseres para ser, mas por que o fato de ser uma pessoa honesta é considerado a verdade?”. Elas não sabem e não conseguem aceitar isso. Quando Deus diz que as pessoas devem submeter-se a Ele, elas questionam: “É possível ganhar dinheiro por ser submisso a Deus? Deus concede bênçãos por submeter-me a Ele? Isso pode alterar a destinação de alguém?”. Para elas, nada do que Deus diz ou faz é a verdade. Elas não compreendem o significado das palavras e exigências de Deus para o homem e não conseguem discernir quais ações são corretas e estão de acordo com as verdades princípios. Tudo que vem de Deus — Sua identidade, Sua essência, Suas palavras, Suas exigências — tudo isso, na visão delas, são coisas que não podem ser determinadas como posse de Deus ou Seu ser. Elas não sabem que Deus é o Criador; elas não entendem o que o Criador é ou o que Deus é. Isso não é problemático? Mas é exatamente assim que algumas pessoas se comportam. Outras dizem: “Isso não pode estar certo. Se elas têm esses pensamentos e pontos de vista, como ainda conseguem desempenhar voluntariamente seus deveres na casa de Deus?”. O termo “voluntariamente” deveria estar entre aspas aqui. Como isso deveria ser explicado? Em um sentido, elas desempenham os deveres porque são forçadas pelas circunstâncias ou por causa da necessidade de bênçãos; em outro sentido, elas acham que não têm escolha senão, relutantemente, aceitar por enquanto, desempenhando alguns deveres e se esforçando um pouco. Em seu coração, elas acreditam que é isso que deveriam fazer, mas, como não estão interessadas na verdade, só conseguem se esforçar e desempenhar deveres em troca das bênçãos de Deus. Com essa mentalidade, elas conseguem aceitar a verdade? (Não.) Elas nem mesmo entendem o que é a verdade, então como poderiam aceitá-la?
A obra de julgamento de Deus nos últimos dias é para encerrar esta era. O fato de alguém poder ou não ser salvo depende crucialmente de sua capacidade de aceitar o julgamento e o castigo de Deus e de aceitar a verdade. Algumas pessoas reconhecem que as palavras de Deus são a verdade, mas não aceitam a verdade. Para elas, aceitar a verdade é como fazer um transplante de coração; elas acham que seria tão agonizante assim. Pela forma como esse tipo de pessoa trata a verdade, recusando-se a aceitá-la, não importa o que aconteça, a culpa por não serem salvas não é de Deus — a culpa só pode ser delas por não aceitarem a verdade; elas não têm essa bênção. O fato de Deus salvar as pessoas da influência de Satanás não é tão simples quanto se imagina. De um lado, as pessoas que creem em Deus devem aceitar o castigo e a poda por meio das palavras de Deus; esse é um estágio. De outro, elas também devem aceitar o julgamento e o castigo de Deus, as provações e o refinamento. O julgamento e o castigo são um estágio; as provações e o refinamento são outro. Algumas pessoas podem aceitar relutantemente serem podadas, achando que alcançaram a submissão e, depois, não progridem mais e não se esforçam mais para alcançar a verdade. Outras amam especialmente a verdade e são capazes de suportar qualquer dor para alcançá-la. Elas não só são capazes de suportar o castigo e a correção das palavras de Deus, mas também conseguem entrar no estágio de aceitar o julgamento e o castigo de Deus. Elas acham que aceitar o julgamento e o castigo de Deus é a exaltação de Deus, o amor de Deus, e é uma questão gloriosa; elas não têm medo de sofrer. Depois de passar pelo julgamento e pelo castigo, essas pessoas também conseguem aceitar provações e refinamento e ainda buscar a verdade. Por maiores que sejam as provações e o refinamento, elas ainda conseguem ver o amor de Deus e se oferecer para satisfazê-Lo. Não importa o quanto sejam podadas, isso não é uma dificuldade para elas; em vez disso, elas acham que é um amor ainda maior de Deus. Depois de passarem por muitas outras provações e refinamentos, finalmente, elas alcançam a purificação e a perfeição completas. Isso é vivenciar a obra de Deus em sua fase mais elevada. Agora Me diga, existe alguma diferença entre as pessoas que creem em Deus e passam apenas por um estágio do Seu castigo e da Sua correção por meio de Suas palavras e as pessoas que passam pelos dois estágios — o julgamento e o castigo de Deus, bem como as provações e o refinamento? Com certeza, existe. Depois de apenas castigar e corrigir algumas pessoas, Deus para e deixa o resto por conta da própria escolha e consciência delas. Se elas não aceitarem a verdade e não escolherem o caminho certo, o que isso significa? Pode-se dizer que não tem como Deus salvar essas pessoas. Algumas pessoas, muitas vezes, falam de sofrer com o trabalho, sofrer com perspectivas, sofrer com uma casa, sofrer com um parceiro, sofrer com afetos — tudo para elas é uma questão de sofrimento, e qual é o resultado final? (Não tem relação com a verdade.) Isso mesmo, não tem nada a ver com a verdade e com a obra de Deus. O que você está fazendo nesse caso é apenas sofrer sem objetivo; você está apenas lutando e deixando o tempo passar, sem qualquer processo de orar a Deus ou buscar a verdade. Esse não é o tipo de “sofrimento” que o refinamento envolve, porque não é a obra de Deus e não tem nada a ver com Ele. Você está apenas sofrendo, não está passando pelo refinamento de Deus. Contudo, você ainda acha que Deus está refinando você; você está sendo muito otimista. Isso é apenas uma ilusão! Você nem sequer está qualificado para ser refinado por Deus. Você nem sequer passou pelo estágio de castigo e julgamento, e espera que Deus o submeta a provações e refinamento? Isso é possível? Não é um sonho impossível? As pessoas comuns conseguem suportar provações e refinamento? É algo que uma pessoa comum consegue aceitar? É algo que Deus concede a uma pessoa comum? De jeito nenhum. Depois de corrigir uma pessoa, se devido a seu caráter arrogante, sua intransigência, enganação, perversidade ou qualquer outro caráter, Ele a julgar, disciplinar ou castigar explicitamente por uma ou várias questões, fazendo com que ela entenda por que Ele a está disciplinando — e, por causa disso, ela desenvolver um entendimento verdadeiro de Deus e de si mesma, seu caráter passará por uma mudança real e, então, gradualmente, ela ganhará a verdadeira submissão à verdade — esse é o único processo pelo qual Deus julga e castiga as pessoas. Deus realiza essa obra com base em quê? Há uma condição: a pessoa que recebe essa obra deve ser capaz de desempenhar seu dever adequadamente na casa de Deus. Essa adequação requer apenas duas coisas: submissão e lealdade. Em primeiro lugar, a pessoa precisa ter consciência e razão; somente quem tem consciência e razão satisfaz as condições para aceitar a verdade. Quando recebem o castigo e a correção de Deus, as pessoas com consciência e razão conseguem buscar a verdade e se submeter. Somente depois disso, Deus continua a obra de julgamento e castigo. Essa é a sequência da obra de Deus. No entanto, quando a pessoa nunca consegue desempenhar seu dever com lealdade na casa de Deus, não demonstra a menor submissão à soberania de Deus e deixa de desempenhar seus deveres adequadamente, então, quando enfrenta adversidades, é revelada ou podada, no máximo o que ela experimenta é a correção e a disciplina de Deus. Ela não é submetida ao julgamento e ao castigo de Deus, muito menos às provações e ao refinamento. Em outras palavras, basicamente, ela não está envolvida na obra de Deus de aperfeiçoar as pessoas.
O conteúdo que acabamos de comunicar envolve a obra de Deus de salvar e aperfeiçoar as pessoas, os métodos e objetos de Sua obra, bem como as pessoas nas quais Ele realiza Sua obra de julgamento e castigo, provações e refinamentos. Ele também abordou o grau de entrada das pessoas que são sujeitas a essa obra na vida, e o tipo de essência e condições que elas devem ter no mínimo para aceitar o julgamento e castigo de Deus. Então, quais são as noções das pessoas aqui? Elas pensam: “A pessoa com certeza estará sujeita ao julgamento e ao castigo de Deus, contanto que ela O siga, contanto que aceite essa etapa da obra Dele. Então, as provações e os refinamentos de Deus virão logo em seguida também. Por isso, frequentemente, enfrentamos provações e refinamentos, sendo podados, e somos privados de família, afetos, status e perspectivas. Posteriormente, sofremos continuamente em termos de afetos, status e perspectivas”. Essas afirmações estão corretas? (Não.) As pessoas podem transformar uma única palavra das palavras e da obra de Deus em um termo que consideram ser espiritual — por que isso acontece? Na verdade, o modo como sofrem é apenas um esforço, é apenas deixar o tempo passar; não tem o menor significado. No entanto, elas consideram isso provações e refinamentos, dizendo que é o refinamento de Deus. Trata-se de um erro grave; é algo que as pessoas impõem à força a Deus e não representa as intenções Dele de forma alguma. Isso não é um mal-entendido sobre Deus? É mesmo um mal-entendido. E como um mal-entendido como esse se desenvolve? Por não entenderem a verdade, as pessoas desenvolvem esses mal-entendidos com base na própria imaginação. Depois, elas propagam e espalham isso descaradamente por toda parte, o que acaba gerando várias afirmações sobre “sofrimento”. Por isso, muitas vezes, ouço algumas pessoas dizerem: “Uma pessoa foi substituída e, então, tornou-se negativa; ela está ‘sofrendo o status’!”. Sofrer o status não é a experiência de provações e refinamentos; é apenas uma pessoa que perdeu o status, que está sofrendo frustração emocional e lutando contra a dor interna desse fracasso. Como o que as pessoas chamam de “sofrimento” e o que Deus chama de refinamento são coisas diferentes, do que se trata o verdadeiro refinamento? Em primeiro lugar, entenda que Deus realiza um grande trabalho de preparação antes de submeter as pessoas a provações e refinamentos. Para começar, Ele seleciona as pessoas; Ele escolhe os indivíduos certos. Anteriormente, falamos sobre o tipo de pessoa que é considerada correta aos olhos de Deus e quais condições ela deve atender: primeiro, ela deve ter, no mínimo, consciência e razão em sua humanidade. Em segundo lugar, ela deve ser capaz de desempenhar seus deveres da forma adequada, realizando-os com lealdade e obediência. Depois, ela deve passar por anos de tratamento e poda, disciplina e correção. Talvez vocês não tenham muita clareza sobre o que a disciplina e castigo significam, pois esses conceitos podem não ser muito fortes para vocês. Eles podem parecer relativamente intangíveis e abstratos para as pessoas. Mas, quando a questão é ser podada, isso é algo que as pessoas conseguem ouvir e sentir; isso envolve uma linguagem específica e um tom definido, de modo que as pessoas sabem o que está acontecendo. Se a pessoa faz algo errado, contraria os princípios, age de forma imprudente ou toma decisões unilaterais que prejudicam os interesses da casa de Deus ou o trabalho da igreja, e ela é podada, então isso é o que significa ser podado. E quanto à correção e à disciplina, então? Por exemplo, quando a pessoa não está apta a ser líder de grupo, não tem lealdade, faz coisas que violam as verdades princípios ou os regulamentos da igreja e, depois disso, é substituída, isso é correção? Realmente, isso é uma forma de correção. Independentemente de se ela parece ser tratada externamente pela igreja ou substituída por algum líder, aos olhos de Deus, isso é algo que Ele fez, e faz parte de Sua obra; é uma forma de correção. Além disso, quando as pessoas estão em um bom estado, geralmente, elas estão cheias de luz e conseguem ter um novo discernimento; entretanto, quando o trabalho delas desmorona por causa de alguns estados ou razões específicas e elas são reveladas, essa não é uma forma de correção? Essa também é uma forma de correção. Elas contam como julgamento e castigo? A essa altura, elas ainda não contam como julgamento e castigo, por isso, realmente não podem ser consideradas refinamentos e provações. Trata-se apenas de correções recebidas no desempenho de seus deveres. As manifestações de correção, às vezes, incluem ter de enfrentar doenças ou fazer mal as tarefas repetidamente, ou perder o rumo em questões nas quais elas eram proficientes e não saber o que fazer. Tudo isso é correção. É claro que, às vezes, a correção vem por meio de dicas de pessoas próximas ou por meio daquilo que um evento revela que deixa a pessoa envergonhada, fazendo com que se recolha a um profundo autoexame e reflexão. Isso também é correção. Receber a correção de Deus é bom ou ruim? (É bom.) Teoricamente, é uma coisa boa. Quer as pessoas aceitem ou não, é uma coisa boa, porque, no mínimo, prova que Deus está assumindo a responsabilidade por você, que Ele não o abandonou e que está operando em você, dando-lhe dicas e orientação. O fato de Deus estar operando em você é uma confirmação de que Ele não pretende desistir de você ainda. Uma implicação disso é que Deus pode continuar a corrigi-lo e discipliná-lo ou, se você tiver um bom desempenho e estiver no caminho certo, Ele o sujeitará a julgamento e castigo. Mas não vamos nos adiantar muito; por enquanto, Deus o corrigirá e o disciplinará várias vezes. Então, por buscar a verdade, por se submeter e por ser a pessoa certa, Deus o submeterá ao julgamento e castigo; essa é a primeira etapa. A maioria das pessoas já passou pela experiência de ser simplesmente podada; só os recém-chegados não passaram por isso ainda. Na maioria das vezes, as pessoas agem conforme o que acontece em sua consciência, sentindo uma reprovação interna, percebendo as palavras de Deus dando-lhes dicas em seus ouvidos ou coração: “Eu não deveria fazer isso, isso é rebeldia”; essas são as palavras de Deus que lhes dão dicas, exortam e advertem. Há várias formas de ser podadas que as pessoas experimentam: elas podem vir de líderes e obreiros, de irmãos, do alto e, até mesmo, direto de Deus. Muitas pessoas já vivenciaram essas coisas, mas poucas experimentaram a correção e a disciplina de Deus. O que poucas significa aqui? Significa que muito mais pessoas estão longe de receber o julgamento e o castigo de Deus — e quanto às provações e aos refinamentos de Deus? Elas estão ainda mais longe disso; a lacuna é ainda maior, a distância é ainda maior. Antes, as pessoas pensavam: “Deus me julgou e castigou, fez uma afta aparecer na minha boca”, “Deus me julgou e castigou; eu cometi um erro, disse uma coisa errada e fiquei com dor de cabeça durante dias; agora entendo o que significa julgamento e castigo” — esses não são mal-entendidos? Esse tipo de mal-entendido sobre Deus é o mais comum; a maioria das pessoas entende mal a Deus nesse aspecto. Esse mal-entendido também gera alguns efeitos negativos, fazendo com que as pessoas pensem que receberão a disciplina de Deus se disserem uma única palavra errada. Isso é puramente um mal-entendido sobre Deus e é totalmente inconsistente com o que Ele faz. Tendo esses mal-entendidos sobre Ele, será que a pessoa conseguirá cumprir as exigências de Deus no final? Com certeza, não conseguirá.
Agora, a maioria das pessoas experimentou a correção e a disciplina de Deus, passou pela poda, e recebeu dicas e exortação das palavras de Deus, mas isso é tudo. Aqui surge uma pergunta: por que as pessoas não experimentaram o julgamento e o castigo de Deus mesmo depois de chegar a essa etapa? Por que a poda, as dicas das palavras de Deus ou a disciplina e a correção não contam como julgamento e castigo? Da perspectiva das dicas das palavras de Deus, de ser podado, e da correção e disciplina que as pessoas experimentaram, que resultado foi alcançado? (Elas ganharam restrições em seu comportamento externo.) Aconteceram algumas mudanças em seu comportamento, mas isso significa uma mudança no caráter? (Não.) Isso não representa uma mudança de caráter. Algumas pessoas dizem: “Cremos em Deus há muitos anos e ouvimos muitos sermões, mas nosso caráter ainda não mudou. Isso não é uma injustiça? Só tivemos uma pequena mudança de comportamento; não é lamentável? Quando Deus começará a nos salvar? Quando receberemos a salvação?”. Vamos discutir, então, que ganhos e mudanças as pessoas que experimentaram esses vários aspectos da obra de Deus tiveram. Há pouco, alguém mencionou mudanças comportamentais; essa é uma afirmação geral. Para ser mais específico, quando chegam à igreja e assumem seus deveres, as pessoas não foram podadas, e são tão duras quanto uma pera, querendo dar a palavra final em tudo. Elas pensam consigo: “Agora que creio em Deus, tenho direitos e liberdade na igreja, então, agirei como achar melhor”. No fim, depois de passarem por uma rodada de poda e disciplina, e de lerem as palavras de Deus, ouvirem sermões e ouvirem a comunicação da verdade, elas não ousam mais se comportar dessa maneira. Na realidade, elas não se tornaram totalmente submissas; apenas ganharam um pouco de senso e começaram a entender algumas doutrinas. Quando os outros dizem coisas que estão conforme à verdade, elas conseguem reconhecer que estão certas, e, embora talvez não entendam essas coisas muito bem, conseguem aceitá-las. Não estão elas, então, muito mais submissas do que estavam? O fato de conseguirem aceitar essas coisas demonstra que sua conduta passou por algumas mudanças. Como ocorreram essas mudanças? Elas surgiram devido à exortação e às dicas bem como ao conforto das palavras de Deus. Às vezes, tais pessoas precisam de um pouco de disciplina, de alguma poda, bem como de um pouco da comunicação dos princípios, dizendo-lhes que uma coisa deve ser feita de certa maneira e não pode ser feita de outra. Elas pensam: “Tenho de aceitá-la. A verdade está exposta aí; quem ousaria objetar a ela?”. Na casa de Deus, Deus é grande, a verdade é grande, e a verdade reina; com essa fundação teórica, algumas pessoas foram despertadas e ganharam entendimento do que significa ter fé em Deus. Pense em alguém que, inicialmente, era grosseiro e dissoluto, completamente desenfreado e ignorante das regras, da fé em Deus, da casa de Deus, da igreja, e dos princípios de desempenhar o dever: quando tal pessoa — que nada sabe — vem para a casa de Deus com bondade e entusiasmo, radiante de “grandes” aspirações e esperanças, e lá recebe dicas das palavras de Deus e é exortada, regada, alimentada e podada por essas palavras, e é castigada e disciplinada vez após vez, gradualmente, algumas mudanças ocorrerão na humanidade dessa pessoa. Que mudanças são essas? Ela vem a entender algo dos princípios da conduta humana e vem a saber que, no passado, ela carecia da semelhança humana; era grosseira, arrogante, desafiadora e indignada; falava de um modo diferente de um ser humano real e agia sem regras e não sabia buscar a verdade; achava que ter fé em Deus é uma simples questão de fazer qualquer coisa que Deus pede e ir aonde quer que Ele mande; isto é, levava consigo um vigor bárbaro, o tempo todo acreditando que isso era lealdade e amor por Deus. Agora, essa pessoa nega todas essas coisas e sabe que são produtos da imaginação humana, mero bom comportamento, e algumas até vieram de Satanás. Os crentes de Deus deveriam ouvir as palavras de Deus e colocar a verdade acima de tudo, permitindo que tenha poder sobre todas as coisas. Resumindo, todas as pessoas, teoricamente, já entenderam e reconheceram e, no fundo do coração, aceitaram que essas palavras que Deus proferiu são corretas — que são a verdade, a realidade das coisas positivas — não importa o quão profundamente elas estejam enraizadas em seu coração e quão grande tenha sido o papel que desempenharam. Mais tarde, após passarem por certo grau de castigo e disciplina intangíveis, uma medida de verdadeira fé surge em sua consciência. Desde suas imaginações iniciais e vagas sobre Deus até o sentimento que têm agora — de que existe um Deus e de que Ele é bem prático — uma vez que as pessoas tenham tido esses sentimentos em sua fé em Deus, seus pensamentos e pontos de vista, suas maneiras de ver as coisas, e os padrões morais, bem como seus modos de pensar começarão a mudar aos poucos. Por exemplo, Deus exige que as pessoas sejam honestas. Mesmo que ainda possa mentir e ser enganoso, no fundo, você sabe que é errado enganar e que mentir para Deus e enganá-Lo é um pecado, um caráter perverso — porém, não consegue evitar. Por exemplo, digamos que você ainda tenha um caráter arrogante. Às vezes, você não consegue se conter, muitas vezes, revela esse caráter e, com frequência, rebela-se contra Deus, sempre querendo dominar e agir unilateralmente, tendo a palavra final. Mas você também sabe que esse caráter é corrupto e pode orar a Deus sobre isso. Embora não haja uma clara transformação, gradativamente, seu comportamento começa a mudar. Mesmo sem passar por julgamento e castigo, e mesmo que seu caráter não tenha mudado, a verdade e as palavras de Deus, aos poucos, vão iluminando as profundezas de seu coração, ao mesmo tempo, em que orientam e mudam seu comportamento, fazendo com que você viva cada vez mais como um humano, despertando gradualmente sua consciência. Se fizer algo que traia sua consciência, em seu coração, você se sentirá incomodado. Você sente algo quando toca nessa questão; você não está tão entorpecido como antes, fica arrependido e está disposto a se corrigir. Mesmo que não consiga mudar seu caráter a esse respeito imediatamente, se isso mencionar seu estado, você conseguirá ficar ciente de que tem esse estado; você tem uma consciência interna e ela está mudando seu comportamento. Essa é apenas uma mudança de comportamento. Embora esteja acontecendo e continue a acontecer, isso não representa uma mudança de caráter; não é, de forma alguma, uma mudança de caráter. Algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis depois de ouvir isso, dizendo: “Uma mudança tão significativa como essa ainda não é uma mudança de caráter? Então o que é uma mudança de caráter? Que mudanças fazem parte da mudança de caráter?”. Vamos deixar isso de lado neste momento; vamos continuar discutindo as mudanças que as pessoas já alcançaram, que são os efeitos e resultados das palavras de Deus e de tudo o que Ele fez nelas. As pessoas empenham-se muito para mudar seus pensamentos e suas visões que não se alinham à verdade. Quando confrontadas com questões, elas terão consciência; elas compararão a questão com a verdade, dizendo: “Essa questão não se conforma à verdade, mas ainda não consigo abandonar minha opinião; ela ainda está lá”. Você apenas se conscientizou e descobriu que sua opinião não se conforma às palavras de Deus; isso pode provar que sua opinião já mudou ou foi largada? Não pode. Sua opinião não mudou e não foi largada, o que prova que seu caráter corrupto continua intacto e não começou a mudar; simplesmente, sua consciência, o íntimo de seu coração, já aceitou as palavras de Deus e as considerou como a verdade. Mas isso é apenas teoria e um desejo subjetivo — as palavras de Deus ainda não se tornaram sua vida e sua realidade. Quando as palavras de Deus se tornarem sua realidade, você deixará de lado sua visão e tratará todas as pessoas, eventos e coisas, bem como tudo o que acontecer ao seu redor, de acordo com a perspectiva das palavras de Deus.
A entrada de vocês na vida está em que estágio agora? Você já sabe que suas opiniões estão erradas, mas ainda se baseia nelas para viver e as usa para avaliar a obra de Deus. Você usa seus pensamentos e opiniões para julgar as circunstâncias que Ele lhe apresenta, e trata a soberania de Deus segundo seus pensamentos e opiniões. Isso se conforma às verdades princípios? Isso não é absurdo? As pessoas entendem apenas uma pequena parte da doutrina, mas querem avaliar as ações de Deus. Não é uma arrogância incrível? Só agora você reconhece que as palavras de Deus são boas e corretas e, pelo seu comportamento externo, você não faz nada que se oponha, claramente, à verdade, muito menos faz coisas que julgam a obra de Deus. Você é também capaz de se submeter aos arranjos de trabalho da casa de Deus. Isso é passar de ser um não crente a ser um seguidor de Deus com a decência de um santo. Você deixa de ser alguém que vive decididamente segundo as filosofias de Satanás e segundo os conceitos, as leis e o conhecimento de Satanás e passa a ser alguém que, tendo ouvido as palavras de Deus, acha que elas são a verdade, aceitando-as, e busca a verdade, tornando-se alguém que consegue abraçar as palavras de Deus como sua vida. É esse tipo de processo — nada mais. Durante esse período, seu comportamento e seus modos de fazer as coisas certamente passarão por algumas mudanças. No entanto, não importa o quanto você mude, o que se manifesta em você, para Deus, não é nada mais do que mudanças em seu comportamento e métodos, mudanças em seus desejos e aspirações mais íntimos. Não é nada mais do que mudanças em seus pensamentos e opiniões. Talvez agora você seja capaz de oferecer sua vida a Deus quando junta sua força e tem esse impulso, mas não consegue alcançar submissão absoluta a Deus numa questão que você considera especialmente repugnante. Essa é a diferença entre uma mudança de comportamento e uma mudança de caráter. Talvez seu coração bondoso o capacite a entregar sua vida e tudo mais por Deus, dizendo: “Estou pronto e disposto a desistir do sangue da minha vida por Deus. Nesta vida, não tenho queixas nem arrependimentos! Desisti de casamento, de perspectivas mundanas, de toda glória e riqueza, e aceito as circunstâncias que Deus estabeleceu. Posso suportar toda a zombaria e a calúnia do mundo”. Mas no instante em que estabelecer uma circunstância que não se encaixe em suas noções, você consegue se levantar e protestar contra Ele e resistir a Ele. Essa é a diferença entre uma mudança de comportamento e uma mudança de caráter. Também é possível que você consiga entregar sua vida por Deus e desistir das pessoas a quem mais ama ou da coisa que mais ama, da qual seu coração menos suporta se separar — mas quando é chamado para falar com Deus sinceramente, e ser uma pessoa honesta, você acha bem difícil e não consegue. Essa é a diferença entre uma mudança de comportamento e uma mudança de caráter. Por outro lado, talvez você não deseje conforto carnal nesta vida, nem o consumo de comida e roupas finas, e trabalhe todos os dias cansado até a exaustão no seu dever. Você consegue suportar todo tipo de dor causada pela carne, mas, se os arranjos de Deus não se conformarem a suas noções, você não consegue entender, e as queixas contra Deus e os equívocos sobre Ele surgem em você. Seu relacionamento com Deus fica cada vez mais anormal. Você está sempre resistente e rebelde, incapaz de se submeter completamente a Deus. Essa é a diferença entre uma mudança de comportamento e uma mudança de caráter. Você está disposto a desistir de sua vida por Deus, então por que não consegue dizer uma palavra honesta a Ele? Você está disposto a pôr de lado tudo que há fora de você, então por que não consegue ser singularmente leal à comissão que Deus lhe deu? Você está disposto a abrir mão de sua vida por Deus, então quando confia em seus sentimentos para fazer as coisas e manter suas relações com os outros, por que não consegue refletir sobre si mesmo? Por que você não consegue ser firme para defender o trabalho da igreja e os interesses da casa de Deus? Isso é alguém que vive na presença de Deus? Você já fez um voto perante Deus de se despender por Ele durante toda a sua vida e de aceitar qualquer sofrimento que encontre pelo caminho, então por que uma única ocasião em que foi dispensado de seu dever faz com que você se afunde na negatividade a ponto de não conseguir sair dela por muitos dias? Por que seu coração está cheio de resistência, queixa, mal-entendido e negatividade? O que está acontecendo? Isso mostra que seu coração ama mais o status, e está ligado a sua fraqueza vital. Então, ao ser dispensado, você cai e não consegue se levantar. É o bastante para provar que, embora seu comportamento tenha mudado, sua vida caráter não mudou. Essa é a diferença entre uma mudança de comportamento e uma mudança de caráter.
A maioria das pessoas agora exibe algum bom comportamento, mas muito poucas estão buscando ou aceitando a verdade, e quase nenhuma tem verdadeira submissão. Sob essa perspectiva, muitas pessoas estão passando apenas por mudanças de comportamento e de pensamentos e opiniões; elas querem e aspiram aceitar e se submeter à soberania de Deus, e não guardam ressentimento no coração. Diga-Me, essas pessoas já experimentaram o julgamento e o castigo de Deus? (Não.) Infelizmente, os testemunhos experienciais que vocês compartilharam anteriormente não envolvem o julgamento e o castigo de Deus; todos eles estão aquém das exigências de Deus. Enquanto você não experimentar o julgamento e o castigo de Deus, seu caráter não começará a mudar. Se o seu caráter não começou a mudar, então as mudanças que você percebe são apenas comportamentais. Elas podem ser atribuídas a sua cooperação, acontecem, em parte, graças a sua boa humanidade e são efeitos da obra de Deus. Você acha realmente que Deus só fará isso para salvar as pessoas? (Não.) Então, o que Ele fará em seguida? Qual é a principal obra que Ele realiza ao salvar as pessoas? (Julgamento e castigo.) O principal método que Deus usa para salvar as pessoas é o julgamento e o castigo. Entretanto, infelizmente, quase ninguém ainda foi capaz de aceitar o julgamento e o castigo Dele. Por isso, a obra de Deus de salvar as pessoas, de aperfeiçoá-las e de mudar seu caráter, oficialmente, ainda não começou. Por que, oficialmente, ainda não começou? Porque essa obra de Deus ainda não pode ser realizada nas pessoas. Por que não pode ser realizada? Porque as pessoas ainda estão muito aquém dos padrões exigidos por Deus, se considerarmos seu estado e estatura atuais e o que elas são capazes de fazer atualmente, Ele não pode continuar Sua obra. Isso significa que Deus cessará Sua obra? Não, Deus está aguardando. O que Ele também está fazendo enquanto aguarda? Ele está purificando a igreja, limpando-a de pessoas que interrompem e perturbam, de anticristos, de espíritos malignos, de pessoas malignas, de descrentes, daqueles que não acreditam Nele de verdade, e daqueles que não conseguem nem labutar. Isso é chamado de “limpar o terreno”; também é chamado de “joeirar”. Limpar o terreno é a principal obra de Deus nesse período? Não, nesse período, Deus continuará a operar em vocês dando dicas com palavras, regando-os e nutrindo-os, podando-os, corrigindo-os e disciplinando-os. Até que ponto? Somente quando as pessoas tiverem as condições básicas para aceitar o julgamento e o castigo, Deus começará a obra de julgamento e castigo. Agora digam-Me, com base em suas especulações e julgamentos, que condições as pessoas devem satisfazer antes que Deus comece a obra de julgamento e castigo? Você pode ver que Deus faz tudo em seu tempo. Ele não opera casualmente. Sua obra de gerenciamento segue o plano que Ele estabeleceu, e Ele faz tudo passo a passo, não casualmente. E quanto a esses passos? Cada passo da obra que Deus faz nas pessoas deve surtir efeito, e quando Ele vê que surtiu efeito, Ele faz o próximo passo da obra. Deus sabe como Sua obra pode surtir efeito, o que Ele deve dizer e fazer. Ele faz a Sua obra de acordo com aquilo de que as pessoas precisam, não casualmente. Qualquer obra que surta efeito nas pessoas, Deus a faz, e qualquer coisa que seja imaterial em termos de eficácia, Deus certamente não a faz. Por exemplo, quando houver necessidade de exemplos concretos negativos com os quais o povo escolhido de Deus possa desenvolver discernimento, falsos cristos, anticristos, espíritos malignos, pessoas malignas e pessoas que perturbam e interrompem aparecerão na igreja, com os quais os outros podem desenvolver seu discernimento. Se o povo escolhido de Deus entende a verdade e consegue discernir tais pessoas, então essas pessoas prestaram seu serviço, e sua existência deixa de ter valor. Nesse tempo, o povo escolhido de Deus se levantará para expô-las e denunciá-las, e a igreja as expurgará imediatamente. Toda a obra de Deus tem seus passos, e todos esses passos são arranjados por Deus com base naquilo que o homem necessita em sua vida e estatura. Do que as pessoas realmente precisam e por que os anticristos e as pessoas malignas aparecem na igreja? Em geral, as pessoas ficam confusas sobre essas questões e não entendem o que está acontecendo aí. Por não entenderem a obra de Deus, algumas delas criam noções e até reclamam, dizendo: “Como podem aparecer anticristos na igreja de Deus? Por que Deus não cuida disso?”. Somente quando leem as palavras de Deus que declaram que o objetivo desses eventos é fazer com que as pessoas aprendam lições e desenvolvam discernimento é que elas têm uma epifania e entendem as intenções de Deus. No começo, elas não sabem discernir as pessoas malignas. Quando a igreja expulsa esses indivíduos, as pessoas têm noções; elas acham que eles fizeram muitas ofertas e foram capazes de suportar dificuldades, e que não deveriam ter sido expulsos. Por isso, tornam-se resistentes ao que Deus fez. Mas depois de um período de experiência, as pessoas ganham um entendimento da verdade e desenvolvem a capacidade de discernir as pessoas malignas. Agora, quando uma pessoa maligna é expulsa, elas não alimentam noções nem resistem mais. Quando veem uma pessoa maligna cometendo maldade novamente, elas conseguem identificá-la, e todos colaboram para denunciar o indivíduo e removê-lo antes que algum dano significativo seja causado. Assim, essas pessoas malignas não terão mais lugar na casa de Deus. Como isso acontece? Como esse discernimento surge nas pessoas? Isso é obra de Deus. Se não fosse a obra de Deus, as pessoas não conseguiriam entender essas coisas. A obra de Deus segue uma sequência, e as etapas dessa sequência são determinadas pelo que a vida humana exige. Mas as próprias pessoas não sabem do que realmente precisam, elas estão confusas. Então, Deus só pode continuar Sua obra, arranjando inúmeras lições para elas aprenderem, que as capacite para entrar na verdade realidade e alcançar os resultados que Ele exige. Deus continua incansavelmente Sua obra, quer as pessoas entendam ou não — esse é o amor de Deus. É exatamente como Deus poda uma pessoa: quando ela comete um erro, Deus a poda; quando repete o erro, Ele a poda de novo. Quando se expõe novamente, Deus a poda mais uma vez. Ele opera pacientemente na pessoa até que ela realmente ganhe entendimento, não fique mais entorpecida e torne-se tão sensível quanto se tocasse em um fio elétrico ao se deparar com situações semelhantes novamente, e não cometa mais erros. Então, isso basta e Deus cessará Sua obra. Se conseguir lidar com essas questões de forma independente e de acordo com os princípios, quando se deparar com elas novamente, Deus não precisará mais Se preocupar. Isso prova que você entendeu as palavras e a verdade de Deus, aceitou-as de coração e elas se tornaram sua vida. Nesse momento, Deus cessa Sua obra. Essas são as etapas da obra de Deus e, depois de passar por elas, você conhecerá a essência e a sabedoria de Deus; isso é inegável e 100 por cento certo.
Há pouco, foi mencionado que as etapas da obra de Deus estão relacionadas à mudança de caráter das pessoas. A obra de Deus não é permitir que as pessoas passem por uma certa mudança comportamental, entendam algumas regras e tenham alguma semelhança humana, e, depois, declarar que foi um grande sucesso. Se fosse esse o caso, a obra já teria sido concluída na Era da Graça. O que Deus quer? (Mudança de caráter das pessoas.) Correto. O que as pessoas que realmente são salvas deveriam ter é a mudança de caráter. Deus não quer apenas uma mudança no comportamento das pessoas, mas, acima disso, uma mudança de caráter; esse é o padrão para ser salvo. Algumas mudanças comportamentais também foram mencionadas há pouco, como ser capaz de abandonar as coisas e dar a vida por Deus — são mudanças comportamentais claras. Contudo, se não houver lealdade às comissões de Deus, se a pessoa ainda for capaz de agir de forma perfunctória, e ainda houver engano, isso significa que não ocorreu ainda uma mudança de caráter. Agora, as pessoas estão apenas se comportando de forma elogiável; elas parecem corresponder melhor à conduta de um santo, comportam-se com mais humanidade e têm alguma dignidade e integridade. Contudo, por mais que alguém demonstre um bom comportamento, se isso não se relacionar à prática da verdade e não for vivido partindo de sua consciência, razão e humanidade normal, então não tem nada a ver com uma mudança de caráter e não é o que Deus quer. Olhando dessa forma, em termos de seu comportamento atual, independentemente do quanto vocês cumpram as regras, sejam complacentes, deem sua vida ou de quão grandes sejam suas aspirações, vocês conseguiram deixar Deus satisfeito? Vocês cumpriram as exigências de Deus? (Não.) É porque as exigências de Deus são muito altas? Alguns pensam: “As pessoas são tão complacentes agora, como é que ainda não cumpriram as exigências de Deus?”. O que vocês acham, essa conformidade é submissão? (Não.) Correto. Essa conformidade agora significa apenas que têm um pouco de racionalidade, e tudo isso é o resultado da disciplina de Deus. É completamente fruto da disciplina de Deus; foi somente depois que Deus proferiu cuidadosamente tantas palavras que a consciência delas despertou, o sentido da consciência delas ficou ativo, e elas começaram a viver alguma semelhança de humanidade, a ter algumas regras para agir, a saber inquerir em tudo o que fazem e a se repreender um pouco quando agem contra os princípios. Em suma, as mudanças no comportamento não atendem às condições para receber o julgamento e o castigo de Deus; Deus não quer uma mudança comportamental das pessoas. Então, o que Ele quer? Ele quer uma mudança no caráter delas. E quais são exatamente as manifestações da mudança de caráter? Até que ponto elas devem mudar em diversos aspectos para se qualificarem para o julgamento e castigo de Deus? Elas devem mudar até o ponto em que Deus possa ver seu desempenho em todos os aspectos — especialmente, se conseguem desempenhar adequadamente seus deveres e aceitar a poda, buscar a verdade em tudo, seguir a Deus diante das tribulações e provações e, fundamentalmente, aceitar e se submeter a tudo que Deus diz; mesmo quando não são supervisionadas e quando se deparam com tentações, elas conseguem deixar de agir mal, não cometem nenhuma maldade. Aos olhos de Deus, essas pessoas estão dentro do padrão; elas estão qualificadas para receber Seu julgamento e castigo formalmente, que é a etapa seguinte da obra Dele de salvá-las e aperfeiçoá-las. Que tipo de sinal, que tipo de padrão, existe aqui — vocês sabem? (O que pensei foi que uma pessoa pode recuperar gradativamente sua consciência e razão, por meio da correção e da disciplina de Deus, e, junto com algumas mudanças em seu comportamento, ela pode, finalmente, conseguir desempenhar seus deveres com lealdade. Deus pode, então, começar a obra de julgamento e castigo nessa pessoa.) Todos vocês concordam com essa declaração? (Sim.) Ótimo, mas essa é apenas uma condição. Antes de realizar Sua obra de julgamento e castigo em alguém, Deus avaliará essa pessoa. Como Ele a avalia? Ele tem vários padrões. Primeiro, Ele observa a atitude que a pessoa tem em relação a Suas comissões, ou seja, a atitude dela quanto aos deveres que deve desempenhar, se é capaz de desempenhá-los de todo o coração, dando o melhor de sua capacidade e com lealdade. Em suma, Ele observa se as pessoas conseguem cumprir o padrão para o desempenho adequado do dever — esse é o primeiro aspecto. Isso está diretamente relacionado à vida de crer em Deus e ao trabalho cotidiano que as pessoas realizam. Por que Deus estabelece esse aspecto como uma condição, um padrão de avaliação? Qual é a razão por trás disso — vocês sabem? Quando Deus confia uma tarefa a uma pessoa, a atitude dela é crucial — é como Ele avalia a pessoa. Essa tarefa é confiada a ela por Deus; como uma pessoa com consciência a trataria comparado a uma pessoa sem consciência? Como uma pessoa racional a trataria em comparação com uma pessoa irracional? Há uma diferença entre elas. A consciência e a racionalidade são características que a humanidade de uma pessoa deveria ter. Além disso, ter apenas um pouco de senso de consciência ou um pouco de racionalidade não basta. Se recuperarem sua consciência e racionalidade, as pessoas se assemelharão aos humanos? Elas alcançaram a verdade realidade? Não, isso ainda não é suficiente; Deus também observa a senda que as pessoas trilham durante o período em que desempenham seu dever. Que tipo de senda elas trilham que pode atender ao padrão que Deus exige? Em primeiro lugar, o padrão mínimo é não praticar o mal e ser submisso durante o desempenho do dever. Se for capaz de cometer o mal, essa pessoa estará completamente perdida; não é o tipo de pessoa que Deus quer salvar. Ademais, além de lidar com elas com consciência e racionalidade ao tratar as comissões de Deus, há uma necessidade maior de buscar a verdade e entender as intenções de Deus. Não importam as circunstâncias, não importa se a questão que você enfrenta se alinha a suas noções e imaginações, você deveria manter uma atitude de submissão. Nessa conjuntura, o que Deus deseja é que você tenha uma atitude submissa. Se você apenas reconhecer que todas as palavras de Deus são a verdade e estão corretas, isso é uma atitude de submissão? De jeito nenhum. Qual é o lado prático de uma atitude de submissão? É o seguinte: você deve se empenhar para aceitar as palavras de Deus. Embora sua entrada na vida seja superficial, sua estatura seja insuficiente e seu conhecimento do lado prático da verdade ainda não seja profundo o bastante, você ainda é capaz de seguir a Deus e de se submeter a Ele — essa é uma atitude de submissão. Antes que possa alcançar a submissão total, você deve, primeiro, adotar uma atitude de submissão, ou seja, você deve aceitar as palavras de Deus, acreditar que elas estão certas, tomar as palavras Dele como a verdade e como os princípios da prática e ser capaz de defendê-las como regulamentos, mesmo quando não tiver uma boa compreensão dos princípios. Esse é um tipo de atitude de submissão. Como, agora, seu caráter ainda não mudou, se quiser alcançar a verdadeira submissão a Deus, primeiro você deve ter uma mentalidade de submissão e aspirar à submissão, dizendo: “Não importa o que Deus faça, eu me submeterei. Não entendo muita verdade, mas sei que, quando Ele me disser o que fazer, eu o farei”. Deus enxerga isso como uma atitude de submissão. Algumas pessoas dizem: “E se eu estiver errado em me submeter a Deus?”. Deus é capaz de errar? Deus é a verdade e a justiça. Ele não comete erros; apenas existem muitas coisas que Ele faz que não se alinham às noções das pessoas. Você deveria dizer: “Vou me concentrar apenas em ouvir, submeter-me, aceitar e seguir a Deus, não importa se o que Ele faz está de acordo com minhas próprias noções. É isso o que deveria fazer como um ser criado”. Mesmo que haja pessoas que o julguem por se submeter cegamente, você não deveria se importar. Você está seguro, no seu coração, de que Deus é a verdade e que você deve se submeter. Isso é correto, e esse é o tipo de mentalidade com o qual uma pessoa deveria se submeter. Somente as pessoas que têm essa mentalidade podem ganhar a verdade. Se você não tiver uma mentalidade como essa, mas disser: “Não sofro com o fato de os outros me irritarem. Ninguém vai me fazer de tolo. Sou muito esperto e não posso ser obrigado a me submeter a nada! Tenho de examinar e analisar o que quer que apareça em meu caminho. Eu me submeterei apenas quando estiver de acordo com minhas visões e eu puder aceitar isso” — essa é uma atitude de submissão? Não é uma atitude de submissão; é uma falta de mentalidade submissa, sem qualquer intenção no coração de se submeter. Se você diz: “Mesmo em se tratando de Deus, ainda preciso examinar isso. Até reis e rainhas são tratados da mesma forma por mim. O que Tu estás me dizendo é inútil. É verdade que sou um ser criado, mas não sou idiota — então não me trates como um”, está tudo acabado para você; você carece das condições para aceitar a verdade. Pessoas assim carecem de qualquer racionalidade. Elas não possuem humanidade normal, então não são apenas animais? Sem racionalidade, como a pessoa pode alcançar submissão? Para alcançar submissão, é preciso primeiro possuir uma mentalidade submissa. Apenas com uma mentalidade de submissão é que uma pessoa pode ter qualquer racionalidade. Se não tiver uma mentalidade de submissão, então ela não terá nenhuma racionalidade. As pessoas são seres criados; como poderiam ver o Criador claramente? Toda a humanidade não conseguiu decifrar uma única ideia de Deus por 6 mil anos, então como as pessoas poderiam entender instantaneamente o que Ele está fazendo? Você não consegue entender. Há muitas coisas que Deus vem fazendo há milhares de anos e que já revelou à humanidade, mas se Ele não as explicasse, ainda assim, as pessoas não entenderiam. Talvez você entenda Suas palavras em um sentido literal agora, mas só entenderá um pouco realmente vinte anos depois. Essa é a grande lacuna que existe entre as pessoas e as exigências de Deus. Em vista disso, as pessoas deveriam ter racionalidade e uma mentalidade de submissão. As pessoas são apenas formigas e larvas, mas querem ver o Criador claramente. Essa é a coisa mais irracional. Algumas pessoas sempre reclamam que Deus não lhes conta Seus mistérios e não explica a verdade diretamente, fazendo com que sempre busquem. Mas dizer essas coisas não é correto nem razoável. De todas essas palavras que Deus lhe disse, quantas você entende? Quantas das palavras de Deus você consegue colocar em prática? A obra de Deus sempre acontece em etapas. Se, há dois mil anos, Deus tivesse falado sobre Sua obra dos últimos dias, as pessoas teriam entendido? Na Era da Graça, o Senhor Jesus assumiu a semelhança da carne pecaminosa e foi uma oferta pelo pecado de toda a humanidade. Se Ele fosse contar às pessoas naquela época, quem entenderia? E agora, pessoas como vocês entendem algumas teorias conceituais, mas verdades como o caráter real de Deus, Sua intenção em amar a humanidade e a origem e o plano por trás daquilo que Ele fez naquela época, elas nunca conseguirão entender. Esse é o mistério da verdade; essa é a essência de Deus. Como as pessoas poderiam ver isso claramente? É completamente irracional que você deseje ver o Criador claramente. Você é muito arrogante e superestima suas habilidades. As pessoas não deveriam desejar ver Deus claramente. Já estará bom se elas puderem entender um pouco da verdade. Quanto a você, se conseguir entender um pouco da verdade já é suficiente. Portanto, é racional ter uma mentalidade de submissão? Sem dúvida, é algo racional a se fazer. Uma mentalidade e atitude de submissão é o mínimo que todo ser criado deveria ter.
Alcançar o desempenho adequado e leal de seu dever e ter uma mentalidade de submissão — quanto tempo isso leva? Isso requer um número determinado de anos? Não existe um prazo definido, e depende da busca, da aspiração e do grau de anseio da pessoa pela verdade. Isso também depende de sua consciência, razão, calibre e percepção inerentes. Logo após adquirir uma atitude de submissão, haverá outras mudanças na fala, nas ações e no comportamento da pessoa. Quais são essas mudanças? Aos olhos de Deus, você é basicamente uma pessoa honesta agora. O que significa ser basicamente uma pessoa honesta? Isso significa que o componente de mentira intencional em sua fala e comportamento diminuiu; oitenta por cento do que você diz é verdadeiro. Às vezes, devido à canalhice, às circunstâncias ou algum outro motivo, você mente inadvertidamente e se sente tão mal quanto se tivesse engolido uma mosca morta; você se sente mal por vários dias. Você admite o erro e se arrepende perante Deus e, depois disso, há mudanças — suas mentiras diminuem cada vez mais, e seu estado melhora. Aos olhos de Deus, você é basicamente uma pessoa honesta. Algumas pessoas dizem: “Se alguém é basicamente honesto, seu caráter não mudou?”. É esse o caso? Não, isso é apenas uma mudança de comportamento. Aos olhos de Deus, a capacidade de ser uma pessoa honesta envolve mais do que apenas uma mudança na conduta e no comportamento; envolve também mudanças essenciais na mentalidade e na visão sobre as questões. Elas não têm mais a intenção de mentir ou enganar, e não há nenhuma falsidade ou engano no que dizem e fazem. O que dizem e fazem torna-se cada vez mais verdadeiro, com palavras cada vez mais honestas. Por exemplo, quando lhe perguntam se fez alguma coisa, você ainda é capaz de dizer a verdade mesmo que possa levar um tapa ou ser punido por isso. Mesmo que admitir isso signifique assumir uma grande responsabilidade, enfrentar a morte ou a destruição, você é capaz de dizer a verdade e se dispõe a praticar a verdade para satisfazer a Deus. Isso indica que sua atitude em relação às palavras de Deus tornou-se bastante firme. Seja quando for, a escolha de qualquer um dos padrões de prática exigidos por Deus deixou de ser um grande problema para você; você consegue, naturalmente, alcançá-lo e colocá-lo em prática sem as restrições de circunstâncias externas, a orientação de líderes e obreiros, ou o sentimento do escrutínio de Deus ao seu lado. Você consegue fazer essas coisas sozinho, sem nenhum esforço. Sem as restrições de circunstâncias externas, e não por medo da disciplina de Deus nem da reprovação de sua consciência, e certamente não por medo da ridicularização ou supervisão dos outros — sem nada disso — você consegue examinar proativamente seu próprio comportamento, analisar se ele está correto e avaliar se está de acordo com a verdade e satisfaz a Deus. Nesse momento, você basicamente atingiu o padrão de ser uma pessoa honesta aos olhos de Deus. Ser basicamente uma pessoa honesta é a terceira condição básica para aceitar o julgamento e o castigo de Deus.
Acabamos de comunicar as três condições para aceitar o julgamento e o castigo de Deus: a primeira é desempenhar o dever de forma adequada, a segunda é ter uma atitude de submissão e a terceira é ser basicamente uma pessoa honesta. Como essa terceira condição é avaliada? Quais são os critérios? (A pessoa mente intencionalmente com menos frequência e diz a verdade com mais frequência.) Isso significa ser capaz de dizer a verdade na maior parte do tempo; todos vocês deveriam poder avaliar essa condição, certo? A terceira condição para aceitar o julgamento e o castigo de Deus é ser uma pessoa honesta. A segunda é ter uma atitude de submissão, que inclui alguns detalhes, principalmente não escrutar ou analisar a obra de Deus, mas apenas ter uma mentalidade submissa. Além disso, isso implica em buscar ser uma pessoa honesta, chegando a um ponto em que suas mentiras diminuem e, na maioria das vezes, você consegue falar com sinceridade, expressando seus verdadeiros sentimentos. O aspecto mais importante aqui é a cooperação subjetiva das pessoas, o que significa progredir de forma ativa e se esforçar para alcançar a verdade. Ter uma mentalidade submissa é um resultado que se alcança na esfera subjetiva; ser capaz de se tornar uma pessoa honesta — ser basicamente honesto — também é uma questão subjetiva e o resultado da busca diligente da pessoa. Aceitar o julgamento e o castigo de Deus tem mais uma condição primária. Primeiro, darei uma pista a vocês e, se pensarem com base no que estou dizendo, vocês serão capazes de entender. Desde que começaram a crer em Deus até o fim, as pessoas cometeram muitos erros nesta vida? Houve muitos atos de rebeldia contra Deus? (Houve.) Então, o que a pessoa deveria fazer quando cometer um erro ou quando for rebelde? (Deve ter um coração arrependido.) Ter um coração arrependido é um sinal de uma pessoa com consciência e razão. Ter consciência e razão são as qualidades mínimas que a pessoa que recebe a salvação de Deus deveria ter; quem não tem consciência e razão não pode alcançar a salvação de Deus. Se alguém nunca sabe se arrepender depois de cometer erros, que tipo de coisa ele é? Uma pessoa que nunca sabe se arrepender pode seguir Deus até o fim? Ela pode ter uma mudança real? (Não.) Por que não? (Porque ela não tem um coração arrependido.) Exatamente, e isso nos leva à condição final: é preciso ter um coração arrependido. Ao seguir a Deus, por causa de sua tolice e ignorância e devido a seus diversos caracteres corruptos, as pessoas costumam revelar que são rebeldes e, às vezes, entendem Deus errado e reclamam Dele. Elas se desviam, e algumas até formam noções sobre Deus, ficam negativas e frouxas em seu trabalho por um tempo, e perdem sua fé. Comportamentos rebeldes surgem em todos os estágios da vida das pessoas. Elas têm Deus no coração e sabem que Ele está operando quando algo acontece, entretanto, às vezes, não conseguem assimilar esse fato. Embora sejam capazes de se submeter superficialmente, elas simplesmente não conseguem aceitar isso lá no fundo. O que torna evidente que, lá no fundo, elas não conseguem aceitar isso? Uma maneira em que isso se manifesta é que, apesar de saberem tudo, essas pessoas simplesmente não conseguem deixar de lado o que fizeram e vir diante de Deus para admitir seus erros e dizer: “Deus, eu estava errado. Não agirei mais assim. Vou buscar Tuas intenções e fazer o que Tu ordenares. Eu não costumava ouvir-Te; eu era tolo e ignorante, e rebelde com frequência. Sei disso, agora”. Que atitude as pessoas têm quando conseguem admitir seus erros? (Elas querem dar meia-volta.) Se as pessoas têm consciência e razão, e anseiam pela verdade, mas não sabem refletir sobre si mesmas e dar meia-volta após cometer erros, e acreditam, em vez disso, que o passado é passado, e têm certeza de que não estão erradas, então que tipo de caráter isso mostra? Que tipo de conduta? Qual é a essência de tal conduta? (Ser intransigente.) Tais pessoas são intransigentes, e, venha o que vier, essa é a senda que elas seguirão. Deus não gosta de tais pessoas. O que disse Jonas quando expressou as palavras de Deus para os ninivitas? (“Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jonas 3:4).) Como os ninivitas reagiram a essas palavras? Quando viram que Deus ia destruí-los, eles se apressaram em vestir panos de saco e cinzas, confessaram seus pecados a Ele e deixaram a senda do mal. É isso que significa se arrepender. Se o homem é capaz de se arrepender, isso dá ao homem uma oportunidade imensa. Que oportunidade é essa? É a oportunidade de continuar vivendo. Sem arrependimento genuíno, seria difícil seguir adiante, tanto no desempenho do dever quanto na busca por salvação. Em cada estágio — seja quando Deus está disciplinando ou corrigindo você, seja quando Ele o está lembrando ou exortando — caso um conflito tenha ocorrido entre você e Deus, mas você não dá meia-volta e continua a se agarrar às próprias ideias, pontos de vista e atitudes, então, ainda que seus passos se direcionem para a frente, o conflito entre você e Deus, seus equívocos sobre Ele, suas reclamações e sua rebeldia contra Ele não são retificadas, e seu coração não dá meia-volta. Então Deus, de Sua parte, o eliminará. Embora você não tenha largado o dever atual, mantenha-se fiel ao dever e tenha um pouco de lealdade àquilo que Deus comissionou, e as pessoas vejam isso como aceitável, a disputa entre você e Deus formou um nó permanente. Você não usou a verdade para resolver isso e ganhar um entendimento verdadeiro das intenções de Deus. Como resultado, seus equívocos em relação a Deus se aprofundam, e você sempre acha que Deus está errado e que você está sendo tratado injustamente. Isso significa que você não deu meia-volta. Sua rebeldia, suas noções e seus equívocos sobre Deus ainda persistem, o que leva você a ter uma mentalidade de insubmissão, a sempre ser rebelde e se opor a Deus. Esse tipo de pessoa não é alguém que se rebela contra Deus, que resiste a Deus e que teimosamente se recusa a se arrepender? Por que Deus atribui tanta importância a que as pessoas deem meia-volta? Com qual atitude deveria um ser criado considerar o Criador? Uma atitude que reconhece que o Criador está certo, não importa o que Ele faça. Se você não reconhece isso, então, que o Criador é a verdade, o caminho e a vida serão somente palavras vazias para você. Se esse for o caso, você ainda poderá alcançar a salvação? Não poderá. Você não estaria qualificado; Deus não salva pessoas como você. Há aqueles que dizem: “Deus exige que as pessoas tenham um coração que se arrepende, e que saibam dar meia-volta. Mas há muitas coisas nas quais eu não dei meia-volta. Ainda tenho tempo para fazer isso?”. Sim, ainda há tempo. Além disso, alguns dizem: “Em que coisas tenho de dar meia-volta? Coisas do passado já se foram e foram esquecidas”. Enquanto seu caráter não muda, enquanto você não vem a saber o que em suas ações não está de acordo com a verdade e o que não pode estar de acordo com Deus, então esse nó que existe entre você e Deus ainda não foi desfeito; o problema não foi resolvido. Esse caráter está dentro de você; a ideia, o ponto de vista, a atitude que se rebelam contra Deus estão dentro de você. Assim que as circunstâncias certas aparecerem, esse seu ponto de vista emergirá novamente e seu conflito com Deus reacenderá de novo. Portanto, embora você possa não retificar o passado, você deve retificar as coisas que acontecerão no futuro. Como é que elas devem ser retificadas? Você deve dar meia-volta e deixar de lado suas ideias e intenções. Quando tiver esse intento, a sua também será, naturalmente, uma atitude de submissão. Contudo, falando um pouco mais precisamente, isso se refere às pessoas darem meia-volta em sua atitude para com Deus, o Criador; é um reconhecimento e uma afirmação do fato de que o Criador é a verdade, o caminho e a vida. Se você consegue dar essa meia-volta, isso demonstra que você consegue deixar de lado essas coisas que acha que estão certas, ou as coisas que a humanidade — que é corrupta — acha, coletivamente, que estão certas; e, em vez disso, você está reconhecendo que as palavras de Deus são a verdade e coisas positivas. Se você consegue ter essa atitude, isso prova seu reconhecimento da identidade do Criador e de Sua essência. É assim que Deus vê a questão, e, portanto, Ele considera o homem dar meia-volta algo especialmente importante.
Algumas pessoas dizem: “Se alguém não fez nada de errado, para que precisa dar meia-volta?”. Mesmo que não tenha feito nada de errado no momento, primeiro, você precisa entender a verdade do arrependimento. Isso é algo que você deve ter. Quando entender a verdade, você descobrirá que fez algumas coisas que eram inadequadas e encontrará problemas relacionados a suas intenções e mentalidade — ou seja, problemas com seu caráter. Essas coisas virão à tona sem que você perceba e farão com que veja que seu relacionamento com Deus, na realidade, não é um simples relacionamento entre o homem e Deus. Deus continua sendo Deus, mas você é um ser criado que não atende ao padrão. Nas questões em que as pessoas não conseguiram se manter em seu devido lugar e não conseguiram realizar o que deveriam — ou seja, quando fracassam no dever — isso se tornará um nó dentro delas. Trata-se de um problema extremamente prático e que precisa ser resolvido. Então, como resolvê-lo? Que tipo de atitude as pessoas deveriam ter? Antes de tudo, elas devem estar dispostas a dar meia-volta. E como essa disposição em dar meia-volta deveria ser colocada em prática? Por exemplo, uma pessoa é líder por alguns anos, mas, por ser de baixo calibre, não faz seu trabalho direito, não consegue ver nenhuma situação com clareza, não sabe como usar a verdade para resolver os problemas e não consegue fazer nenhum trabalho real; então, ela é dispensada. Se, depois de ser dispensada, ela for capaz de se submeter, continuar desempenhando seu dever e se dispuser a dar meia-volta, o que ela deveria fazer? Em primeiro lugar, ela deveria entender o seguinte: “Deus estava certo em fazer o que fez. Meu calibre é muito pobre e, por muito tempo, não fiz nenhum trabalho real e, em vez disso, só atrasei o trabalho da igreja e a entrada na vida dos irmãos. Por sorte, a casa de Deus não me expulsou de uma vez. Realmente, fui muito desavergonhado, ao me manter nesse cargo todo esse tempo e mesmo ao acreditar que fazia um bom trabalho. Como fui irracional!”. Ser capaz de ter ódio de si mesmo e ter um sentimento de remorso: isso é ou não é uma expressão de estar disposto a dar meia-volta? Se for capaz de dizer isso, significa que a pessoa está disposta. Se disser em seu coração: “Por muito tempo, em meu cargo de líder, sempre lutei pelos benefícios do status; estava sempre pregando doutrina e me munindo com ela; não me esforcei para a entrada na vida. Somente agora que fui substituído vejo o quanto sou inadequado e carente. Deus fez a coisa certa, e eu devo me submeter. No passado, eu tinha status, e os irmãos me tratavam bem; eles me rodeavam onde quer que eu fosse. Agora, ninguém repara em mim, e sou rejeitado; essa é a minha dívida, é a retribuição que mereço. Além disso, como um ser criado poderia ter algum status perante Deus? Por mais alto que seja o status da pessoa, isso não é o desfecho nem a destinação; Deus não me dá uma comissão para que eu possa exercer autoridade excessiva ou usufruir de meu status, mas para que eu possa desempenhar meu dever, e devo fazer tudo o que puder. Eu deveria ter uma atitude de submissão em relação à soberania de Deus e aos arranjos da casa de Deus. Embora a submissão possa ser difícil, eu devo me submeter; Deus está certo ao fazer o que faz, e mesmo supondo que eu tivesse milhares, dezenas de milhares de desculpas, nenhuma delas seria a verdade. Submeter-se a Deus é a verdade!”, essas são expressões exatas da disposição de dar meia-volta. E se alguém tivesse todas elas, como Deus avaliaria essa pessoa? Deus diria que essa é uma pessoa com consciência e razão. Essa é uma avaliação elevada? Não é excessivamente elevada; ter apenas consciência e razão fica aquém dos padrões para ser aperfeiçoado por Deus — mas no que diz respeito a esse tipo de pessoa, não é uma conquista pequena. Ser capaz de se submeter é precioso. Depois disso, como a pessoa procura fazer com que Deus mude Sua visão sobre ela depende do caminho que ela escolhe. Se ela não tiver se arrependido de verdade e não for leal em seu dever por não ter status, e for sempre perfunctória, então tudo estará acabado para ela; ela será eliminada. Se ela ainda guarda mágoa, reclamando: “Sofri muito durante o período em que fui líder e, mesmo que não houvesse mérito, meu trabalho foi árduo. Dizem que não fiz nenhum trabalho real, mas fiz muito. Independentemente de ter conseguido ou não algum resultado, pelo menos não fiquei ocioso. Pelo simples fato de eu não ficar ocioso, Deus não deveria me eliminar tão descuidadamente. Mesmo sem status, ainda estou sendo obrigado a fazer uma coisa e outra — isso não é brincar comigo?” — se, depois de ser substituída, a pessoa não tem mais nenhum entusiasmo para desempenhar qualquer dever, há alguma lealdade ou submissão aqui? Ela não tem lealdade, nem submissão, nem vontade de dar meia-volta; não tem nada disso. Isso não é lamentável? É tudo muito lamentável; ela creu em vão todos esses anos. Tendo ouvido sermões por tantos anos, mas sem praticar nenhuma verdade, sempre pregando aos outros com palavras e doutrinas, mas sendo incapaz de fazer qualquer coisa ela mesma — era assim sua crença em Deus; ela pregava muita doutrina para os outros, mas, no fim, não conseguia nem resolver seus próprios problemas. É muito lamentável! E ela ainda quer receber o julgamento e o castigo de Deus? Depois de ser substituída, ela ainda contesta a Deus e fica atormentada, não demonstrando submissão alguma. Isso não é apenas sofrer cegamente? Seu sofrimento não vale nada! Deixando de lado todo o resto e olhando apenas para o fato de que você ficou furioso e revoltado quando a igreja o tirou de seu cargo — considerando apenas isso, você não merece ser um humano, não é digno de ser um ser criado por Deus. Então, o que você está argumentando? Quaisquer argumentos que você tenha são inúteis. Você creu por tantos anos, mas ainda não tem nem mesmo esse mínimo de submissão; onde estão os frutos de sua fé ao longo dos anos? Lamentável, detestável, desagradável! Você recebeu status e o tratou como um cargo oficial; ter status significa que seu caráter mudou? Não é apenas a graça de Deus? Deus o agraciou com essa comissão, mas você a tratou como um cargo oficial — isso não é desagradável? Existe algum oficial na casa de Deus? Nenhum dos santos de todas as épocas era oficial. Por dois mil anos, as pessoas adoraram Paulo, mas ninguém jamais disse que ele tinha algum título oficial. Portanto, o termo “oficial” não é válido; não é uma recompensa nem uma comissão de Deus, e você precisa largá-lo. Deus aprovará se você buscar constantemente ser um oficial? Isso permitirá que você alcance a salvação? Com certeza, não. Acabamos de mencionar que, para aceitar o julgamento e o castigo de Deus, a pessoa deve estar disposta a dar meia-volta. Isso é importante? (Sim.) É extremamente importante ter essa atitude! Se deseja estabelecer um relacionamento do Salvador e do salvo entre você e o Criador, e deseja que Deus o salve, você deve corrigir sua posição e definir o lugar e o status de Deus em seu coração. Qual é sua posição, então? (Um ser criado.) Quem é um ser criado? É o homem, não um animal. A todo momento, você deve se lembrar de que é um ser criado, um ser humano comum, e não se esquecer de seu lugar de direito. Quando Deus lhe dá um pouco de graça, um pouco de bênção, você se esquece de quem é. Quando Deus, em Sua humildade e ocultabilidade, compartilha algumas palavras sinceras para confortá-lo, Ele o está elevando; e, no entanto, você quer ficar em pé de igualdade com Deus, elevando a si mesmo — quem faria isso? Um humano? (Não.) Deus não reconhece um ser criado como você — pode se afastar! Deus aperfeiçoará você, se não o reconhece? Você não preenche as condições para ser aperfeiçoado por Deus. O cerne da discussão não foi claramente comunicado a essa altura? Então, é muito importante estar disposto a reverter o curso; é um estado de espírito e, ao mesmo tempo, uma atitude. Essa atitude é um importante princípio de prática que se deveria ter para receber a salvação e a perfeição de Deus. Não pense que você é muito grande, muito nobre, nem assuma que é absolutamente correto e infalível. Você não é grande, glorioso ou correto; você é minúsculo, baixo, um ser criado da humanidade corrompida por Satanás. Você precisa aceitar a salvação do Criador. Você ainda não está salvo, não é perfeito; você precisa ter essa razão.
Aceitar o castigo e o julgamento de Deus requer quatro condições: desempenhar adequadamente o dever, ter uma mentalidade de submissão, ser basicamente honesto e ter um coração arrependido. Lembrem-se dessas quatro condições e se comparem a elas quando vocês encontrarem alguma situação. Se a situação envolver submissão, pratiquem a submissão. A palavra de Deus exige que as pessoas tenham uma atitude submissa; se você se comparar às palavras de Deus e encontrar uma disparidade grande, o que você deveria fazer? Faça o que Deus diz, siga as palavras de Deus sem analisar nem discutir. Se você tentar argumentar, Deus sentirá desgosto por você. O que você fará se Deus sentir desgosto por você? Há uma medida corretiva, que é reverter imediatamente o curso. Não magoe o coração de Deus por uma questão trivial e depois continue a magoar o coração de Deus e a ignorá-Lo. Os humanos não são nada; se você ignorar a Deus, Ele não vai mais querer você. O que você faz se Deus o ignora e não o quer mais? Você diz: “Vou reverter o curso. Não me abandones, Deus, eu não posso fazer isso sem Ti”. Mas apenas dizer isso é inútil. Deus não precisa da sua lisonja; Ele olhará para sua atitude, sua prática, a senda que você seguirá depois, e seu desempenho. Não pense que Deus é uma pessoa comum, a quem você pode comover com algumas lisonjas; Deus não é assim, Ele olha para a atitude que você tem. Uma vez que você tiver revertido o curso, Deus verá que você passou de intransigente para submisso e que pode aceitar a verdade, não mais disputando com Deus. Sua intransigência sofreu uma mudança, você sabe quem você é e reconhece seu Deus; logo após isso, Deus começará a realizar alguma obra em você. Algumas pessoas dizem: “Não sinto que Deus pretende fazer alguma coisa”. Não confie em seus sentimentos. Seus sentimentos são acurados? Deus fez muitas obras em você — você sentiu alguma coisa disso? Você sentiu quando Deus ficou com o coração partido? Você não sabia de nada — talvez estivesse até se sentindo feliz em outro lugar. Então, não interprete os sentimentos de Deus com base nos próprios sentimentos e não meça os sentimentos de Deus pelos seus; isso é inútil. Se Deus o ignorar e você não sentir nada, e não receber esclarecimento ou reconhecimento, o que você deveria fazer? Lembre-se de uma coisa: você precisa continuar a cumprir as responsabilidades e os deveres que um ser criado deveria cumprir, e precisa continuar a falar a verdade como deveria. Não volte a suas mentiras anteriores só porque Deus ignora você ou não o quer mais, falando agora como você falava naquela época; se você fizer isso, isso será o seu fim. Isso é disputar com Deus e se opor a Ele. Você precisa manter firme seu dever e se submeter como deveria. Qual é o benefício disso? Quando Deus vir que você reverteu o curso, Seu coração se suavizará, e Sua ira e Sua raiva com relação a você se retirarão gradualmente. A retirada da ira de Deus não é um bom sinal para você? Isso significa que seu ponto de virada chegou. Quando você para de viver com base nos sentimentos, para de tentar observar as expressões de Deus e para de fazer exigências extravagantes a Deus para tornar Sua posição conhecida, mas, em vez disso, vive de acordo com as palavras faladas por Deus, os deveres e os princípios de prática que Deus lhe confiou, e de acordo com a senda que Deus lhe disse para praticar e seguir; se você vive de acordo com tudo isso, e independentemente de como Deus o trata ou se Ele presta atenção em você, você continua a fazer o que deveria, então Deus aprovará você. Por que Ele o aprovará? Porque, não importa o que Deus faz com você, se Ele presta ou não atenção em você, se Ele concede ou não graça, bênçãos, iluminação, esclarecimento, cuidado ou proteção, e não importa quanto disso você sente, você ainda pode segui-Lo até o fim. Você manteve firme a posição que um ser criado deve manter sem nenhuma mudança; você tomou as palavras de Deus como o objetivo e a direção de sua vida, e tomou as palavras de Deus como a verdade e como as mais elevadas palavras de sabedoria em sua vida. Qual é a essência de tal comportamento? É reconhecer, no coração, que o Criador é sua vida, que Ele é seu Deus. Dessa forma, Deus fica tranquilo, e você se torna uma pessoa normal vivendo na presença de Deus; alguém assim possui as condições básicas para uma mudança no caráter. Com base nisso, o entendimento e as mudanças alcançadas pelas pessoas podem ser considerados uma mudança no caráter? Isso ainda é insuficiente. Portanto, você precisa possuir um reconhecimento da identidade do Criador e também ter uma atitude responsável em relação a seu dever. Além disso, você precisa ter uma atitude que possa aceitar e se submeter à verdade. Depois que você possuir essas qualidades, Deus começará a obra de julgamento e castigo em você. Ser salvo começa a partir desse ponto. Algumas pessoas dizem: “Se possuímos essas qualidades, isso significa que nosso caráter já mudou? Tendo mudado tanto, o que mais há para Deus julgar e castigar?”. O que Deus julga e castiga? É a natureza essência das pessoas, que é seu caráter corrupto. Se alguém possui essas quatro condições e é capaz de satisfazê-las, qual aspecto de seu caráter corrupto mudou completamente? Nenhum deles. Houve apenas uma ligeira mudança comportamental, mas isso não é suficiente. Não houve uma mudança fundamental. Ou seja, antes de Deus começar Sua obra de julgamento e castigo em você, o autoconhecimento que você tem é sempre superficial e raso. Não corresponde a sua essência corrupta; está longe disso, a lacuna é bastante significativa. Portanto, antes de Deus iniciar Sua obra de julgamento e castigo, não importa quão bom, ingênuo e obediente às regras você pense que é, ou quão submissa você pense que é sua atitude, você precisa saber uma coisa: seu caráter ainda não começou a mudar formalmente. Seus modos de prática e esses seus métodos indicam apenas mudança comportamental e constituem a humanidade básica que uma pessoa que será salva por Deus deve possuir. A honestidade, a submissão, a capacidade de reverter o curso, a lealdade — essas são coisas que devem existir dentro da humanidade da pessoa. Claro, isso também inclui consciência e razão; você precisa possuir essas qualidades antes que Deus realize Sua obra de julgamento e castigo. Uma vez que alguém tenha todas essas quatro condições — desempenhar adequadamente o dever, ter uma mentalidade submissa, ser basicamente honesto e ter um coração arrependido —, Deus começará Sua obra de julgamento e castigo nessa pessoa.
Agora, vocês deveriam ter algum conceito em sua mente sobre como Deus realiza especificamente a obra de julgamento e castigo nas pessoas. Por exemplo, no que diz respeito à perversidade, as pessoas frequentemente testam Deus, querem escrutá-Lo de forma inexplicável e nutrem suspeitas, dúvidas e perguntas sobre Suas palavras. Elas especulam sobre qual é a verdadeira atitude de Deus em relação às pessoas, sempre querendo saber isso. Isso não é perverso? As pessoas sabem, atualmente, quais de seus estados ou comportamentos demonstram esse tipo de caráter? Elas não têm certeza. Durante seu período de julgamento e castigo, Deus fará com que você se abra e se exponha e revele seus vários estados para que ganhe clareza sobre eles em seu coração. É claro que, ao se expor, pode ser que você não sinta muita vergonha; no mínimo, isso fará com que você saiba por que Deus o está julgando e castigando. Você verá que as palavras de julgamento de Deus e Sua exposição são factuais, convencendo-o completamente e fazendo você ver que elas são acuradas, sem exceção. Então, ficará claro que tudo isso existe dentro de você; não são apenas comportamentos ou revelações momentâneas, mas o seu próprio caráter. Depois, durante o período em que Deus estiver realizando Sua obra de julgamento e castigo, você será revelado continuamente e será podado por causa de seu caráter corrupto, fazendo com que sofra e passe por refinamento. Por exemplo, suspeitar de Deus é uma expressão de perversidade. As pessoas geralmente desconfiam de Deus, mas nunca percebem que isso é perverso; essa questão deve ser resolvida. Se ficar desconfiado de Deus quando Ele o julgar e castigar, Ele fará com que saiba que isso é perverso. Você vive segundo um caráter perverso, usando-o para tratar o Deus em que você crê, para competir contra seu Deus e para lançar suspeitas sobre Ele — e seu coração ficará agoniado. Você não quer fazer isso, mas não consegue evitar. Como você tem esse caráter corrupto, Deus arranjará circunstâncias para refinar você, fazendo com que abandone, inconscientemente, suas noções e imaginações, seu pensamento lógico e seus pensamentos e ideias. Nesse ponto, você sofrerá; esse é o verdadeiro refinamento, e é por causa desse caráter corrupto que você é refinado. Como acontece o refinamento? Se você acha que não é um caráter corrupto, acredita que não tem essas manifestações ou esses estados e não é esse tipo de pessoa, e se sente que esse aspecto de um caráter corrupto não reside dentro de você, então, quando Deus o julgar, você será refinado? (Não.) Quando você admite que revelou um caráter corrupto e sabe que Deus o julgou, e pode comparar seu caráter corrupto com o julgamento Dele, mas ainda racionaliza e vive segundo esse caráter corrupto, incapaz de se libertar — é assim que ocorre o refinamento. Você sabe que Deus não gosta de seu caráter corrupto e o detesta, e você está longe de atender às exigências de Deus; você sabe claramente que está errado e que Deus está certo, mas não consegue colocar a verdade em prática, nem seguir o caminho de Deus — sua dor surge nesse momento. Vocês têm essa dor agora? (Não.) Então, no mínimo, vocês não suportaram o refinamento quanto a seu caráter corrupto; vocês só experimentam alguma dor por serem repreendidos e disciplinados quando cometem erros ou transgressões, mas isso não é, de forma alguma, refinamento. Suponham que vocês possam entrar numa vida assim, começar uma senda assim, e vocês digam: “Não estou mais sofrendo afetos ou status, mas estou realmente suportando o refinamento. Percebi que sou realmente incompatível com Deus, que meu caráter corrupto está profundamente enraizado e não consigo me livrar dele. Que Deus me refine e me revele”. Quando vive em um estado assim, você está na senda para ser salvo. Dizendo isso agora, todos vocês podem ansiar e aguardar ansiosamente a chegada desse dia, mas não sei quantos podem realmente ser abençoados o suficiente para usufruir desse tratamento. É uma coisa extraordinariamente boa e uma enorme bênção. Ser salvo não é fácil. Se realmente o Criador o valoriza, escolhe e permite que seja Seu seguidor, isso é apenas o primeiro passo para ser salvo. Se o Criador o valoriza e diz que você está qualificado para receber Seu julgamento e castigo, isso é apenas o segundo passo. Se conseguir emergir do julgamento e castigo de Deus, alcançar um estado em que seu caráter mude e se tornar compatível com o Criador, tomando a senda de temer a Deus e evitar o mal, esse será o desfecho final. Agora, quem dentre vocês, será abençoado o bastante para chegar a esse dia, quem será abençoado para receber essa salvação? É possível discernir isso pela aparência? Pelo calibre da pessoa? Pelo nível de educação dela? (Não.) Isso pode ser determinado pelos deveres que a pessoa desempenha agora? Ou pela família em que nasceu? Nenhum desses fatores pode revelar isso. Algumas pessoas dizem: “Minha família crê no Senhor há três gerações; quando ainda estava no ventre de minha mãe, eu já cria, então certamente serei salvo”. Isso é conversa tola e incrivelmente ignorante; Deus não olha para essas coisas. Os fariseus creram em Deus por gerações e o que aconteceu com eles agora? Deus não os quer nem mesmo como Seus seguidores; eles foram completamente eliminados; são irrelevantes para a obra de salvação de Deus e não participam dela.
O fato de se aceitar ou não o julgamento e o castigo de Deus está diretamente ligado à questão fundamental da mudança de caráter. No entanto, as pessoas costumam ter muitas noções sobre o julgamento e o castigo de Deus. Para resolver essas questões, é essencial comunicar, com frequência, a verdade de acordo com as palavras de Deus. Isso é extremamente necessário. Por que Deus julga e castiga as pessoas? Até que ponto a humanidade se tornou corrupta? Que questões o julgamento e o castigo visam resolver e que resultados eles alcançam? Quais são os padrões que Deus exige das pessoas? Se essas verdades não forem compreendidas, não será fácil aceitar o julgamento e o castigo; a pessoa facilmente desenvolverá noções sobre Deus, bem como rebeldia e resistência, e pode até blasfemar contra Ele e se tornar hostil para com Ele. Como Deus salva as pessoas? Quem pode aceitar o julgamento e o castigo de Deus? Quem pode iniciar a senda de buscar a verdade e ser aperfeiçoado? Quem será eliminado pela obra de Deus dos últimos dias? As noções das pessoas sobre julgamento e castigo não serão resolvidas, se essas verdades forem claramente comunicadas? No mínimo, elas serão resolvidas basicamente — quaisquer questões que permanecerem só poderão ser resolvidas por meio da própria experiência; elas serão resolvidas naturalmente quando a verdade for compreendida. Algumas pessoas dizem: “Nossos pecados foram perdoados, então por que ainda precisamos experimentar o julgamento e o castigo?”. Ser perdoado dos pecados é a graça de Deus; isso qualifica as pessoas a se apresentarem perante Ele. No entanto, o julgamento e o castigo visam salvar completamente as pessoas do pecado e da influência de Satanás; ser perdoado e o julgamento e castigo não são contraditórios. Na Era da Graça, Deus redime as pessoas e perdoa seus pecados; na Era do Reino, Deus as julga e purifica seu caráter corrupto. Esses são dois estágios da obra de Deus. Muitas pessoas religiosas ridículas sempre têm noções sobre o julgamento e o castigo; elas se apegam rigidamente à frase “justificação pela fé quando os pecados são perdoados” e se recusam totalmente a aceitar o julgamento e o castigo de Deus. Você deveria discutir com essas pessoas? Se vocês encontrarem pessoas assim e elas puderem aceitar as palavras de Deus e a verdade, vocês poderão comunicar a verdade e ler as palavras de Deus para elas. Se elas se recusarem absolutamente a aceitar a verdade, vocês não se preocupem; de forma alguma, elas receberão a salvação de Deus. Deus só salva quem consegue aceitar Suas palavras e a verdade; Ele definitivamente não salva aqueles que não conseguem aceitar, de jeito nenhum, Suas palavras e a verdade. Não importam quantas noções tenham, as pessoas que conseguem aceitar a verdade conseguem resolvê-las facilmente; elas só precisam ler mais as palavras de Deus e buscar mais a verdade. As pessoas que conseguem aceitar a verdade são aquelas com humanidade e com consciência e razão. Antes de aceitarem o julgamento e o castigo de Deus, as pessoas desenvolverão muitas noções e muitos pensamentos incorretos, além de alguns estados negativos. O estado negativo mais comum é: “Eu me despendi por Deus e desempenhei meus deveres; Ele deveria me proteger e abençoar em todas as coisas. Por que me aconteceram calamidades?”. Esse é o estado mais comum. Há também outro tipo de estado: ao ver os outros viverem em boas condições e se divertirem, enquanto ela mesma vive com dificuldades e na pobreza, a pessoa reclama que Deus não é justo. Ela pode, inclusive, se tornar invejosa e negativa ao ver os outros alcançarem resultados melhores ao desempenhar seus deveres. Ela também ficará negativa se as famílias dos outros forem harmoniosas e unidas, se eles tiverem um calibre mais alto que o dela, se for cansativo desempenhar o dever ou se algo não acontecer como a pessoa deseja. Em suma, em qualquer circunstância que não se alinhe com suas noções e imaginações, ela se torna negativa. Se essa pessoa tiver algum calibre e puder aceitar a verdade, ela deveria ser ajudada. Desde que ela compreenda a verdade, a questão de sua negatividade pode ser facilmente resolvida. Se ela não buscar a verdade e permanecer negativa, sempre abrigando noções sobre Deus, então Deus a deixará de lado e não Se importará com ela, pois o Espírito Santo não faz uma obra fútil. Pessoas assim são teimosas demais, não aceitam a verdade, sempre têm noções sobre Deus e sempre têm as próprias exigências; isso carece muito de senso e as torna um tanto insensíveis à razão. Elas podem entender a verdade, mas não a aceitam. Isso não é um pouco como cometer ofensas conscientemente? Por isso, Deus não lhes dá importância. Algumas pessoas dizem: “Muitas vezes sou negativo, e Deus me ignora. Isso significa que Ele não me ama!”. Essa afirmação é absurda. Você sabe quem Deus ama? Você sabe como o amor de Deus se manifesta? Você sabe quem Deus não ama e quem Ele disciplina? O amor de Deus tem princípios; não é como os humanos imaginam, constantemente suportando as pessoas e mostrando-lhes misericórdia e graça, salvando todos, sejam quem forem, perdoando a todos, não importa os pecados que cometam, e, por fim, trazendo todos para o Seu reino, sem exceção. Essas não são apenas noções e imaginações das pessoas? Se fosse assim, não haveria necessidade de Deus realizar a obra de julgamento. Há princípios para a maneira como Deus Se comporta em relação às pessoas que são frequentemente negativas. Quando as pessoas são constantemente negativas, há um problema aqui. Deus disse tanto, expressou tantas verdades, e se uma pessoa realmente acredita em Deus, então, depois de ler as palavras de Deus e entender a verdade, as coisas negativas nela serão cada vez menores. Se as pessoas forem sempre negativas, é certo que elas não aceitam a verdade de forma alguma e, portanto, assim que encontrarem algo em desacordo com as próprias noções, elas se tornarão negativas. Por que elas não buscam a verdade nas palavras de Deus? Por que não aceitam a verdade? Certamente é porque elas têm noções e mal-entendidos sobre Deus e, além disso, nunca buscam a verdade. Então, Deus ainda lhes dará alguma atenção quando abordarem a verdade dessa maneira? Essas pessoas não são impermeáveis à razão? Qual é a atitude de Deus em relação àqueles que são impermeáveis à razão? Ele os rejeita e os ignora. Acredite da maneira que desejar; se você acredita ou não, depende de você; se você realmente acreditar e buscar a verdade, você ganhará a verdade; se você não buscar a verdade, não a obterá. Deus trata cada pessoa de forma justa. Se você não tiver uma atitude de aceitação da verdade, se não tiver uma atitude de submissão, se não se esforçar para cumprir as exigências de Deus, então você pode acreditar como quiser; além disso, se preferir sair, pode fazê-lo imediatamente. Se você não quiser desempenhar seu dever, a casa de Deus não o obrigará a fazê-lo; você pode ir para onde quiser. Deus não insta essas pessoas a ficar. Essa é a atitude Dele. Certamente, você é um ser criado, mesmo assim, nunca quer ser um ser criado. Você sempre quer ser o arcanjo, não se dispõe a se submeter a Deus e quer sempre estar em pé de igualdade com Ele. Isso é resistir descaradamente a Deus; é algo que ofende o caráter de Deus. Obviamente, você é apenas uma pessoa comum, mas sempre deseja tratamento especial, ter status e ser alguém, querendo ser melhor do que os outros em todos os sentidos, receber grandes bênçãos e superar a todos. Isso revela uma falta de razão. Como Deus vê as pessoas que não têm razão? Como Deus as avalia? Essas pessoas são insensíveis à razão. Alguns dizem: “Se Tu disseres que sou insensível à razão, então não labutarei mais!”. Quem pediu que você labutasse? Se você não estiver disposto a fazê-lo, Deus não o forçará; vá logo embora — a casa de Deus não o impedirá. Mesmo que você esteja disposto a labutar, a casa de Deus tem exigências. Se a sua labuta estiver abaixo do padrão e, ao desempenhar o dever, você trouxer muitos problemas para a casa de Deus, causando mais mal do que bem, a casa de Deus certamente o eliminará; mesmo que queira labutar, a casa de Deus não o desejará. Se as pessoas estiverem dispostas a labutar, puderem aceitar a verdade e aceitarem a poda, elas estarão qualificadas para permanecer na casa de Deus. Se elas puderem buscar a verdade, aceitar o julgamento e o castigo de Deus e puderem ser salvas e aperfeiçoadas, isso será uma bênção imensa. Não pense que Deus está implorando a você e que Ele precisa julgá-lo e castigá-lo; Ele não implorará. Deus salva e aperfeiçoa as pessoas de forma seletiva, com um objetivo específico em mente e com princípios; nem todos os que creem em Deus podem ser salvos por Ele — muitos são chamados, mas poucos são escolhidos. Você precisa atender a vários dos padrões de Deus — desempenhar seu dever de forma adequada, ter uma mentalidade submissa, ser basicamente honesto e ter um coração arrependido — e só então Deus começará, formalmente, a julgar e castigar, purificar e aperfeiçoar você. Algumas pessoas dizem: “Experimentar o julgamento e o castigo significa sofrer!”. Embora seja verdade que sofrerá, você precisa estar qualificado para isso. Se não estiver qualificado, você não estará nem apto a sofrer! Você acha que a obra de Deus e Seu aperfeiçoamento das pessoas são tão simples assim? Aqueles que se recusam a aceitar o julgamento e o castigo, ou que fogem disso, acabarão sendo responsabilizados por suas ações. Independentemente de quem seja ou de sua postura em relação a Deus, se a atitude da pessoa não estiver de acordo com o que Deus exige, Ele não intervirá e a deixará seguir seu próprio caminho. As palavras de Deus estão todas ali; se você puder fazer o que Ele diz, então faça. Se você estiver disposto a fazer, faça. Se não estiver disposto a fazer ou não puder fazer, Deus não o forçará. Você acha que Deus implorará a você? Você acha que Deus o disciplinará? Pode ter certeza de que Deus não fará isso. Ele dirá: “Se você não gosta de aceitar a verdade, se está avesso ao julgamento e ao castigo de Deus, tudo bem. Você já desfrutou de alguma graça, então volte já para o mundo, vá logo embora; você não será forçado. Você não está qualificado para desfrutar das bênçãos do reino dos céus, e não pode obtê-las mesmo que queira”. O que significa o fato de Deus não forçar as pessoas a aceitar Seu julgamento e castigo? Isso significa que, se as pessoas não aceitarem o julgamento e o castigo de Deus, Ele não as disciplinará, castigará, lembrará nem exortará; não haverá esclarecimento ou iluminação do Espírito Santo. Aparentemente, essas pessoas parecem viver de forma bastante confortável. Elas não são disciplinadas por desempenharem seus deveres de forma perfunctória, nem por relaxarem negativamente no trabalho, nem por julgarem Deus descuidadamente. Mesmo por entenderem mal a Deus, reclamarem Dele e resistirem a Ele, elas não sentem nada no coração, até praticarem um grande mal, como roubar ou usar indevidamente as ofertas, no entanto, permanecem inconscientes. As pessoas que cometem grandes males como esses passam anos sem refletir sobre si mesmas, sem o mínimo de arrependimento, sem a menor premonição de qual punição ou desfecho virá em seu caminho. Alguém normal deveria ter algum tipo de premonição, no entanto, elas não têm porque Deus não faz absolutamente nada nelas. A inação de Deus é um tipo de atitude. O que ela representa? Vocês conseguem imaginar o que Deus está pensando em Seu coração? Ele desistiu dessas pessoas totalmente. Por que Deus desiste dessas pessoas? Ele despreza essas pessoas; elas são menos importantes do que uma pena, do que uma formiga, não merecem ser mencionadas, e seu desfecho está, portanto, decidido. Um dia, quando essa pessoa disser: “Quero ser um ser criado de Deus, eu Te aceito como meu Senhor, como meu Deus”, Deus a quererá? Ele não a quererá. Algumas pessoas dizem: “Eu me arrependo, estou voltando atrás agora”. Será que é muito tarde para elas? Sim, é. Como a natureza dessas pessoas é a de um demônio e nunca mudará, Deus não as salva. Não importa o quanto elas se arrependam, o quanto chorem amargamente, elas podem mudar? Elas podem se arrepender realmente? De jeito nenhum. Então, quer busque a verdade ou não, contanto que creia sinceramente em Deus, você deveria entender os decretos administrativos da casa de Deus. Você não pode, de modo algum, ter desígnios para as ofertas de Deus; até mesmo pensar em roubá-las ou usá-las é inaceitável. Quando agir dessa maneira, você causará uma grande calamidade, afetando seu desfecho final. Depois que seu desfecho for determinado, será inútil pensar no que Deus disse ou nas exigências Dele e se arrepender — será tarde demais. Nesse momento, a obra de Deus ainda não foi concluída, mas o desfecho de algumas pessoas já foi determinado. Deus não proclamou essa questão, nem contou a ninguém. Essas pessoas ainda pensam que estão se saindo bem, continuam desperdiçando seu tempo. Mesmo com a morte batendo à porta, elas não têm a menor consciência; são um bando de pessoas confusas e que não servem para nada.
Vou continuar com outros dois casos. No caso anterior, tratava-se de um homem, enquanto, nestes casos, as personagens principais são duas mulheres líderes. Ao ouvir essa designação, dá logo para ver que o status delas não é baixo; no entanto, pessoas com esse status podem cometer grandes males. Uma dessas duas mulheres tinha tratos com um não crente cuja empresa estava à beira da falência devido à falta de capital. Como essa mulher servia como líder na igreja e tinha controle dos recursos financeiros, o não crente pediu-lhe dinheiro emprestado. Sem pedir permissão ao alto, por conta própria, ela concordou em emprestar centenas de milhares de yuans. O dinheiro que pertence às pessoas pode ser emprestado, mas o de Deus é uma oferta, e qualquer um que toque na oferta de Deus deve enfrentar punição. Em segredo, ela se apropriou indevidamente das ofertas, e a soma não era pequena. Depois da apropriação indébita, a igreja tomou medidas contra ela, exigindo que trabalhasse para devolver o dinheiro. Foi assim que a igreja lidou com a situação; foi um método humano. Ela conseguiu devolver o dinheiro e, aparentemente, pareceu se comportar de forma decente. Isso significa que ela deu meia-volta? (Não.) Suas ações foram bastante ousadas, muito parecidas com as de uma pessoa inconsequente, o que indica seu caráter e sua atitude em relação a Deus. Essa pessoa pode compreender a verdade puramente? Ela pode ser capaz de agir com razão? Ela ousou mexer indevidamente com as ofertas de Deus, tratando-as como se o dinheiro fosse seu. Sem a instrução de Deus sobre como alocar os recursos ou a declaração de que não deveriam ser tocados, ela não tinha princípios nem limites em seu coração. Ela acreditava que, como líder, tinha o direito de controlar esse dinheiro e ousou apropriar-se indevidamente dele. Depois da apropriação indevida, como Deus lidou com isso? Deus nem precisou erguer um dedo; a igreja a puniu. Essas centenas de milhares de yuans, por si só, determinaram seu desfecho final: ela foi cortada por Deus e excluída para sempre. Por que Deus faria isso? Isso representa a ira de Deus; obviamente, também é um aspecto do caráter de Deus. Ele não tolera nenhuma ofensa; se ofender o caráter de Deus, você passou dos limites. Isso está estipulado nos decretos administrativos? (Sim.) O povo escolhido de Deus é claro quanto a isso: apropriar-se indevidamente das ofertas é uma ofensa ao caráter de Deus. Quando essa mulher se apropriou indevidamente da oferta, Deus interveio? Ele não interveio, não a impediu e não disse nada; Ele tampouco a deteve, repreendeu ou advertiu enquanto ela agia — o dinheiro simplesmente foi emprestado bem assim. Ela estava muito satisfeita consigo mesma antes do problema ser exposto e a igreja lidar com ela. Ela começou a chorar e lamuriar, mas logo começou a trabalhar para devolver o dinheiro. Na verdade, era com o dinheiro que Deus Se importava? Não; o que Lhe importava não era o dinheiro, mas a atitude que a mulher revelou em relação a Ele nessa questão. Era com isso que Deus Se importava. Ofender o caráter de Deus justamente por causa de dinheiro — isso não é digno de morte? É o que chamamos de receber o que merece! Se, às vezes, você é um pouco negativo ou fraco, comete algumas adulterações ao desempenhar seu dever ou assume uma posição de certo status e deixa-se levar por seus benefícios, Deus vê isso como a revelação de um caráter corrupto. Mas quando você mexe com as ofertas de Deus sem O consultar ou as usa indevidamente sem obter Sua permissão, que tipo de problema é esse? Isso é roubar ofertas. E que tipo de caráter isso indica? É o caráter do arcanjo, o caráter de Satanás. Não é traição roubar as ofertas de Deus? (É.) O que Satanás fez que Deus considerou traição? (Ele tentou se tornar Deus.) Quanto à mulher sobre a qual estamos discutindo, ela queria controlar as ofertas de Deus. Quem ela pensou que era? (Ela pensou que era Deus.) Exatamente, ela se via como Deus, e esse foi o seu erro. É por isso que dizemos que ela ofendeu o caráter de Deus. A natureza disso é séria? (Sim.) A nossa caracterização é acurada? (Sim.) Ela não tem mais um desfecho. Ela não tem nenhum desfecho — é isso que parece agora. Quanto à definição de Deus, às punições que ela sofrerá depois, essas questões ficam para depois. Essa é a história da primeira mulher. Ela era realmente ousada, capaz de enganar os que estavam acima e abaixo dela, agindo de forma imprudente, inconsequente, tão tola quanto insolente. Será que ela tinha um mínimo de submissão ou desejo de buscar? (Não.) Ela queria controlar as ofertas de Deus, Seus bens, sem o consentimento de ninguém e sem discutir ou comunicar o assunto com qualquer pessoa. Ela decidiu cuidar dessa questão sozinha, e as consequências foram essas. Algumas pessoas podem dizer: “O simples fato de tocar nas ofertas de Deus significa que a pessoa está ofendendo Seu caráter?”. Isso é verdade? Não. A igreja tem princípios para alocar as ofertas de Deus e, se você agir de acordo com eles, Deus não intervirá. Se você já tem os princípios e não os segue, mas insiste em agir, por conta própria, com imprudência e fazer as coisas do seu próprio jeito, cuidando dessas questões sozinho, então está ofendendo o caráter de Deus. Essa é a história da primeira mulher.
A história da segunda líder também está relacionada a ofertas. A história é a seguinte: a igreja comprou uma casa para servir como local de culto, o que exigiu algumas reformas. A reforma envolve o projeto e a compra de material, o que custa dinheiro. Como trata-se do trabalho da casa de Deus, envolvendo o gerenciamento Dele, naturalmente, o dinheiro gasto é da casa de Deus e é a oferta de Deus. Esse dinheiro é usado de forma legítima, razoável e adequadamente, segundo os princípios da casa de Deus. Na época, essa mulher era líder e responsável por esse projeto. Ela selecionou um novo crente, que ninguém conhecia, para supervisionar o projeto. Esse homem era como um não crente. Mais tarde, ela conspirou com ele para comprar muitos itens de alta qualidade e gastar muito dinheiro. Isso não é obter o dinheiro da casa de Deus fraudulentamente? É defraudar e desperdiçar as ofertas de Deus! Esse não crente ganhou muito dinheiro com isso. Esse fato tem alguma relação com a mulher? (Sim.) Ela facilitou isso, permitindo que o não crente fizesse essas coisas. Quando uma pessoa descobriu o problema e quis denunciá-lo, ela a impediu veementemente e a ameaçou. Ela traiu e prejudicou os interesses da casa de Deus, causando uma perda considerável das ofertas também. Durante esse período, Deus a repreendeu? (Não.) Ela não estava ciente. Como podemos dizer que ela não estava ciente? Alguns fatos provam isso; desde o início, ela pôde ver claramente o que o não crente planejava fazer, mas não o impediu; em vez disso, cedeu e aprovou tacitamente, investindo dinheiro nisso continuamente. Como resultado, os custos aumentaram e o trabalho final ficou a desejar. Ela viu isso claramente, mas continuou injetando mais dinheiro. Deus agiu nesse momento? Não. Quais são as noções e imaginações das pessoas sobre essa questão? As pessoas acham que Deus deveria ser responsável por Seu próprio dinheiro e deveria tê-la impedido. Trata-se de uma noção humana, mas Deus não agiu dessa forma. Depois que a reforma foi concluída e após uma investigação, a casa de Deus descobriu que tinha perdido grande parte das ofertas. O que deveria ser feito com essa mulher? Deus não fez nada; a igreja se encarregou dela, e outra mulher começou a devolver o dinheiro. Qual era a natureza de suas ações? Como líder, ela não só foi irresponsável e deixou de verificar o gasto das ofertas, mas também conspirou com alguém de fora para enganar a casa de Deus e desviar Suas ofertas. Esse caso é ainda mais grave do que o anterior. Então, qual é o desfecho dessa pessoa aos olhos de Deus? Destruição; sua punição ou não é uma questão para o futuro. Um dia, Deus poderá colocar essa pessoa em uma morada de espíritos malignos e demônios imundos, seu corpo físico nesta vida será destruído e sua alma será contaminada e profanada por demônios imundos e espíritos malignos; quanto à próxima vida, isso está muito distante para se falar. Esse é o desfecho. Por que Deus lida com uma pessoa assim dessa maneira? Porque ela ofendeu o caráter de Deus. Ele ainda poderia amá-la depois que ela ofendeu o caráter Dele? Não resta amor, nem misericórdia, nem benevolência — apenas ira. Quando suas ações são mencionadas, Deus a odeia e detesta. Por que Ele a detesta a tal ponto? Porque ela pecou conscientemente, apesar de estar ciente do verdadeiro caminho. Além de não haver mais nenhuma oferta pelo pecado dela, ela também deve enfrentar a punição da ira de Deus. Não há desfecho, destinação ou chance de salvação — ela não tem nada disso. É isso que significa ofender o caráter de Deus; é isso o que acontece quando alguém ofende o caráter de Deus.
Diga-Me, é fácil ofender o caráter de Deus? Na realidade, não há muitas ocasiões nem muitas situações em que isso possa acontecer. As ocasiões são poucas, as chances são mínimas; no entanto, por que, mesmo assim, as pessoas conseguem ofender o caráter de Deus com tão poucas ocasiões e uma probabilidade tão baixa? Essas duas mulheres creram em Deus por mais de vinte anos, ouviram sermões que valeram por muitos anos e serviram como líderes e obreiras por muito tempo. Como puderam cometer erros tão graves? Da perspectiva da humanidade, elas não tinham humanidade, consciência e racionalidade; do ponto de vista de sua fé em Deus, elas não tinham fé genuína, não tinham Deus no coração. Como essa ausência de Deus no coração se manifestava? Não havia nenhum sentimento de medo em suas ações, nenhuma linha de base; elas não consideravam: “O que acontecerá comigo depois que eu fizer isso? Haverá consequências? As pessoas podem não saber disso, mas o que acontecerá se Deus souber? Preciso assumir a responsabilidade por essa questão, pois ela diz respeito a meu desfecho”. Elas não pensaram nessas coisas — isso não é problemático? Se elas não pensaram sobre essas coisas, elas tinham consciência ou razão? (Não.) Por isso, elas foram capazes de ofender o caráter de Deus, capazes de cometer erros tão graves. Se uma pessoa tiver um pensamento humano normal, essa será sua mentalidade; quando alguém pede dinheiro emprestado, ela considera: “Pedir dinheiro emprestado? Esse é o dinheiro de Deus. E se eu emprestar o dinheiro de Deus apenas para essa pessoa me admirar por um momento e ela não puder pagar? Como vou repor esse dinheiro? Mesmo que eu consiga, que tipo de comportamento é esse de emprestar esse dinheiro? O dinheiro de Deus pode ser tocado tão levianamente? Ele não pode ser tocado levianamente; se eu o tocar, qual seria a natureza dessa ação?”. Elas considerariam essas coisas e não emprestariam o dinheiro por impulso só porque alguém pediu. Se elas não considerarem isso, ou mesmo que considerem, mas não levarem em conta as consequências, o que isso diz sobre sua visão de Deus? Como é que elas acreditam? Basicamente, elas não reconhecem a existência de Deus, o que é assustador! Como não reconhecem a existência de Deus, elas não reconhecem que Ele determinará seu desfecho nem que lhes aplicará retribuição; elas não têm medo disso, não acreditam em retribuição. Em geral, se a pessoa tiver 50% ou 60% de crença, ela agirá com cautela e demonstrará restrição. Se tiver 30% de crença, ela também conseguirá se conter um pouco, mas, assim que tiver uma chance, levará isso a cabo; ou, se as oportunidades forem poucas ou não forem boas, ela poderá se conter e se limitar um pouco. Entretanto, as pessoas que não têm qualquer vestígio de crença ousariam fazer todo tipo de coisa ruim, agindo de forma imprudente, sem considerar as consequências; são como animais. Na superfície, elas parecem humanas, mas não fazem o que os humanos deveriam fazer; pode-se dizer que, no mínimo, são animais e, mais sério ainda, podem ser demônios imundos e espíritos malignos que vêm para interromper e perturbar a obra de Deus, são especializados em sabotar a obra de Deus. A classificação de Deus para essas pessoas é acurada? (Sim.) É extremamente acurada; não há nada de errado no que Deus faz, tudo que Deus faz é acurado. Além disso, as ações de Deus, a forma como Ele determina os desfechos das pessoas não se baseia no desempenho momentâneo delas. Essas duas mulheres creram em Deus por 20 anos e, de alguma forma, acabaram chegando a esse ponto, selando seu próprio desfecho dessa maneira. Como isso aconteceu? Não aconteceu da noite para o dia. Do ponto de vista da busca na fé e da senda que escolheram, elas não eram pessoas que buscavam a verdade; esse é um aspecto. O outro é que elas não tinham nenhum interesse pela verdade. Se tivessem o mínimo de interesse, sua humanidade teria sofrido uma mudança. E o que essa mudança na humanidade significaria para elas? Significaria que elas agiriam com restrição e respeitariam os limites, teriam um padrão de medida e avaliariam as coisas com a razão e o raciocínio de um ser humano normal. Se elas vissem que não era adequado fazer alguma coisa, elas não a fariam. Entretanto, essas duas mulheres nunca buscaram a verdade; elas não tinham nem mesmo esse limite básico e essa maneira de pensar. Elas ousavam fazer qualquer coisa, e foi essa mesma natureza que as levou à ruína, inclusive à morte. Foi por essa razão que sua jornada de crença em Deus terminou dessa forma.
Depois de ouvir esses dois casos, o que vocês pensam? Algumas pessoas dizem: “Eu ganhei muito hoje. Alcancei a verdade suprema, que é: não toque no que é de Deus; nem mesmo pense nisso, não mexa nisso. Se você mexer, o resultado não será nada de bom”. É esse realmente o caso? É essa a verdade? (Não.) O que importa não é se você mexe nas coisas de Deus, mas qual é sua atitude em relação a Ele em seu coração. Se você teme a Deus e tem uma sensação de medo em relação a Ele, acredita realmente em Sua existência e considera genuinamente o próprio desfecho, há algumas coisas que não fará; você nem mesmo pensará nelas. Portanto, você não estará sujeito a esse tipo de tentação; ela nunca acontecerá com você. O medo é útil? O medo é inútil. O que Deus fez enquanto essas duas mulheres agiram daquela forma? Deus deixou as coisas seguirem seu curso, sujeitando esses dois demônios — esses dois não humanos cujo coração não tinha nenhum medo Dele — à tentação de Satanás, para que pudessem ser completamente revelados e destruídos. Não é essa a atitude de Deus? Esse é o caráter justo de Deus, e não deve ser considerado levianamente! As pessoas usam métodos humanos para lidar com os outros e se vingar deles, retribuindo o mal com o mal. Mas Deus não faz isso; Ele tem Seus próprios princípios, Sua própria linha de base e Seus próprios caminhos. Quando impõe a retribuição a alguém, Ele faz de uma forma que a pessoa não perceba nada; ela não tem consciência, mas, aos olhos de Deus, a questão já foi resolvida. Anos depois, o sofrimento resultante surgirá pouco a pouco. Depois de Deus privar essa pessoa de Sua graça, Suas bênçãos, Seu esclarecimento, Sua iluminação e todo o tratamento que Ele concede a um ser humano normal, ela fica completamente desumanizada; aos olhos de Deus, ela não é mais um ser criado, mas um animal, é algo completamente diferente. Deus diz: “Ele faz nascer o Seu sol sobre maus e bons”. Essas pessoas são boas ou más? Não são nem uma coisa nem outra. Aos olhos de Deus, em Seus registros, esses tipos de pessoas foram removidos; elas não existem, são não humanas. Qual é a definição de não humano? (Brutos, animais em trajes humanos.) Alguns podem até invejar essas pessoas, dizendo: “Elas trabalham e ganham dinheiro fora, vivendo com não crentes; elas têm uma vida bem mais confortável do que sofrer na igreja, desempenhando o dever do nascer ao pôr do sol”. Digo-lhe que os dias de sofrimento delas ainda estão por vir. Se você as inveja, pode imitá-las se quiser; a casa de Deus não impõe restrições. O sofrimento não se limita à dor física causada por uma doença; se o sofrimento interno de uma pessoa chegar a determinado ponto, ele se torna indescritível, como golpes em sua alma, especialmente quando sujeita à punição de Deus — é pior do que a morte, é mais agonizante; é uma espécie de angústia mental. Essas duas mulheres acabaram nessa situação porque ofenderam o caráter de Deus por meio de suas ações imprudentes. Nas noções das pessoas, parece que não importam os erros que cometam ou o que façam, contanto que se voltem para Deus para confessar e se arrepender, Ele pode perdoá-las; isso provaria que o amor de Deus é vasto, que Ele realmente ama a humanidade. Essa é uma noção humana e mostra que a compreensão das pessoas sobre Deus é cheia de imaginação e vontade humana. Se Deus fosse definido por noções humanas, Suas ações não teriam princípios e Ele não teria nenhum caráter; esse Deus não existe. É exatamente pelo fato de Deus realmente existir, estar vivo e vibrante e ser concreta e inegavelmente real, que Ele tem diferentes manifestações. Essas manifestações são evidentes em Suas várias ações e atitudes para com as pessoas e são uma prova de Sua existência verdadeira. Alguns dizem: “Essas pessoas não têm consciência de que estão sendo tratadas, então como podemos ver a existência de Deus?”. Os casos que mencionei já permitem que as pessoas vejam a atitude e o caráter de Deus, e também Seus princípios ao agir e lidar com as pessoas. Isso não é uma prova da existência real de Deus? (Sim.) Se esse Deus não existisse, se Ele fosse realmente só ar, então tudo o que Ele faz não teria princípios ou limites; seria indetectável, intocável, vazio, não seria implementado na vida das pessoas e seria irrelevante para a vida, as ações e qualquer manifestação das pessoas. Seria apenas uma teoria, um argumento, um discurso vazio. Exatamente porque esse Deus existe, as muitas coisas que Ele faz permitem que as pessoas vejam Sua atitude.
Na nossa comunicação, basicamente abordamos a principal parte das várias noções e imaginações que as pessoas têm sobre a obra de Deus. Qual é o foco da principal parte? São as várias noções, imaginações e ideias que as pessoas têm sobre o julgamento e castigo de Deus, bem como suas várias noções e imaginações sobre o que constitui uma mudança de caráter. Além disso, as pessoas também têm inúmeras imaginações sobre os princípios que norteiam a obra de julgamento e o castigo de Deus, e os padrões que Ele exige das pessoas. Esses conceitos são, geralmente, confusos e pouco claros para as pessoas. O que essa falta de clareza significa? Significa que as pessoas ainda não entendem a verdade nem as verdades envolvidas na obra que Deus está operando nelas. Com a comunicação de hoje, agora, vocês têm essencialmente uma definição geral de julgamento e castigo, bem como dos padrões que Deus exige das pessoas? (Sim.) Com esse entendimento, o que vocês deveriam fazer em seguida? Em primeiro lugar, vocês precisam reconhecer que Deus tem esses padrões. Esses padrões são flexíveis? Eles podem ser mais altos ou mais baixos do que realmente são? (Não.) Por que não? Desde a Era da Graça até hoje, podemos ver, por meio daqueles que Deus aperfeiçoou, que esses padrões são rigorosos e bem definidos; Deus nunca os mudará. Ele não os mudou dois mil anos atrás, e não os mudou até hoje. Só que agora haverá mais pessoas aperfeiçoadas porque Deus tem falado muito. Naquela época, Ele operou em uma escala menor e não disse, de forma explícita, mais verdades às pessoas. Agora, Ele lhes disse mais verdades e as tornou cientes de mais de Suas intenções, e expressou todos os padrões que Ele exige e as verdades que elas devem conhecer. Ao mesmo tempo, o Espírito de Deus também está operando em conjunto entre as pessoas dessa maneira. Esses dois aspectos juntos provam que, durante esse período, Deus pretende aperfeiçoar mais pessoas — é um grupo de pessoas, não uma ou duas apenas. A julgar por essas informações, a maioria de vocês tem esperança de ser aperfeiçoada? Alguns dizem que não têm certeza, mas, mesmo sem ter certeza, vamos tentar; é melhor falhar do que implorar por misericórdia agora. Que tipo de comportamento é implorar por misericórdia neste momento? É um comportamento desprezível, covarde, indigno e incompetente, que desonra a Deus. Vocês não devem ser covardes! As condições e os padrões para serem aperfeiçoadas foram informadas às pessoas de forma clara e direta; o que resta é como praticar e como cooperar com a obra de Deus. Desde que não ofenda o caráter de Deus, não importam quantas vezes você falhe durante esse período, você não deve desanimar ou desistir; continue se esforçando para subir. Algumas pessoas dizem que têm calibre baixo. Deus não sabe que o calibre delas é baixo? O fato de admitirem que têm calibre é baixo já é bom aos olhos de Deus, porque a humanidade corrupta é arrogante e presunçosa, e muito poucos admitem que têm calibre baixo. Reconhecer isso é bom, uma boa expressão. Algumas pessoas falam sobre suas experiências, percebendo que sua humanidade é baixa e ruim. Por que as outras não têm essa percepção? Reconhecer sua baixa humanidade, sua humanidade ruim, indica que você entendeu as palavras de Deus e as aplicou a si mesmo; isso mostra que você tem fé na obra de salvação de Deus, que tem a determinação e a disposição de satisfazer a Deus — no mínimo, você foi capaz de admitir essa afirmação verdadeira. Agora, quem dentre os não crentes diz que é mau? Mesmo quando são maus, eles afirmam ser bons; eles afirmam que os atos malignos que fazem são grandes boas ações e um comportamento virtuoso, distorcendo descaradamente o certo e o errado. Portanto, sejam quais forem os contratempos que encontrar, os fracassos ou tropeços, você deve ser capaz de ver que a esperança está à frente. Quem está à frente? É Deus! Com as palavras de Deus a guiá-las e conduzi-las, as pessoas podem entrar na senda certa.
Hoje, três estudos de caso foram comunicados, esclarecendo as várias noções e imaginações que as pessoas têm sobre a obra de Deus. Todos vocês entenderam o que foi comunicado? (Sim.) Sua capacidade de entender demonstra que vocês têm o calibre e as faculdades para aceitar a verdade — há esperança de que vocês entendam e alcancem a verdade. Por que essas verdades não podem ser explicadas claramente em apenas uma ou duas horas, ou duas ou três horas? É porque muito conteúdo preliminar precisa ser apresentado para que se possa falar sobre os detalhes que vêm em seguida. Se não houver uma preparação antes, vocês não conseguirão acompanhar o conteúdo depois. Se Eu falasse de forma concisa, sem nenhum conteúdo preliminar, seria difícil para vocês acompanharem. Por isso, falo sobre alguns exemplos e, em seguida, discuto-os tanto sob uma perspectiva positiva como de uma negativa para ajudá-los a entender e discernir, saber o que está acontecendo exatamente com essas questões e como uma pessoa deve puramente entendê-las. Se vocês conseguirem isso, então não falei em vão. Do momento em que você ouve essas verdades e começa a ter algum conceito sobre elas até um ponto em que alcança um entendimento completo, em que percebe, no fundo do coração, por que Deus diz essas coisas, que parte do seu próprio caráter corrupto está envolvida nessas verdades que Ele diz e por que Ele quer lhe dizer essas coisas, é necessário um certo estágio para chegar a esse nível de entendimento. Você precisa associar essas verdades a seu próprio caráter corrupto, palavras, comportamento, pensamentos e ideias — ou seja, aplicá-las a sua situação real — e, inconscientemente, aos poucos, você passará a entender e compreender essas verdades. Se não as comparar com seu próprio caso, mas fizer anotações hoje, revisá-las e memorizá-las amanhã, e depois proclamá-las àqueles que nunca as ouviram, você poderá pensar que as entendeu, mas na realidade não entendeu. A partir do dia em que puder declamar doutrinas, essas verdades deixam de ser verdades para você, e fica difícil de compreendê-las, é como se elas desaparecessem completamente. Quando a verdade se transforma em mera doutrina para você, dificilmente ela produz efeitos em você. Você deve transformar a verdade em sua própria realidade, implementar gradualmente, em si mesmo, o aspecto prático de cada uma por meio da busca e da comunhão e, finalmente, conseguir entender quais estados ela inclui, e o que ela abrange, para compreender os significados por trás de Deus dizer essas palavras. Esse é o início da compreensão da verdade. O que vocês entendem agora? (Doutrinas.) Quando entram em contato com a verdade pela primeira vez, o que as pessoas entendem é um tipo de doutrina. No entanto, não é fácil entender a doutrina; ela também exige certo calibre e capacidade de compreensão. Ela também exige que você tenha um coração calmo e dedicado, para que possa ouvir os sermões com toda a atenção. Descobri que, ao ouvirem sermões, algumas pessoas pensam: “O que Tu estás falando não serve para nada, não estou disposto a ouvir. Quero ouvir sermões, não ouvir sobre eventos”. Elas acreditam que estou falando sobre o certo e o errado. Por terem esse ponto de vista, não conseguem assimilar o que ouvem; ficam sonolentas, não conseguem entender e acompanhar. Essas pessoas não têm a capacidade de compreender a verdade; seu calibre é insuficiente. Algumas que se dizem espirituais, quando Me ouvem contar histórias, não estão dispostas a ouvir. Elas bebem água ou bocejam e ficam sempre se remexendo. Elas pensam: “As histórias que Tu estás contando são sobre questões externas; isso é muito superficial, não consigo assimilar. Tu deverias falar mais sobre o âmbito espiritual; disso eu gostaria”. É exatamente essa atitude que algumas pessoas têm. Quando atuam como líderes por muitos anos, elas gostam de falar sobre sermões elevados, teorias grandiosas e palavras do terceiro céu; quanto mais falam, mais empolgadas ficam. Mas se falarmos sobre questões da igreja, experiências práticas ou, especialmente, dissecarmos a dinâmica da psique humana, elas sempre acham isso superficial e maçante. Que tipo de caráter é esse? Será que essas pessoas têm a verdade realidade? Elas conseguem resolver problemas reais em seu trabalho? Vocês gostam dessas pessoas? Comunicar a verdade não pode ser separado da realidade. As pessoas que não estão interessadas na realidade podem amar a verdade? Acho que não; essas pessoas são avessas à verdade, e isso é muito perigoso.
8 de novembro de 2018