43. Liberto ao abandonar o egoismo
Deus Todo-Poderoso diz: “No caráter das pessoas normais não há desonestidade ou engano, elas têm um relacionamento normal entre si, não ficam sozinhas e sua vida não é medíocre, nem decadente. Assim, também, Deus é exaltado entre todos. Suas palavras permeiam os homens, as pessoas vivem em paz umas com as outras; e, sob o cuidado e a proteção de Deus, a terra é repleta de harmonia, sem a interferência de Satanás, e a glória de Deus possui a maior importância entre os homens. Tais pessoas são como anjos: puras, vibrantes, nunca reclamando de Deus e devotando todos os seus esforços unicamente à glória de Deus na terra” (A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Interpretações dos mistérios das ‘Palavras de Deus para todo o universo’, Capítulo 16”). As palavras de Deus nos mostram que o caráter de uma pessoa normal não contém desonestidade, engano, egoísmo e desprezo. Assumir com sincerade a comissão de Deus, trabalhar harmoniosamente com irmãos e irmãs e fazer todo o possível quanto ao seu dever são as coisas mais básicas que uma pessoa deveria ser capaz de fazer. Eu costumava viver de filosofias satânicas como: “Cada um por si e o diabo pega quem fica por último” e “Uma vez que o aluno souber tudo que o mestre sabe, o mestre perderá o seu sustento”. Eu era egoísta, desprezível, enganoso e ardiloso, totalmente carente de semelhança humana. Foi só quando experimentei o juízo e o castigo das palavras de Deus, que meu caráter satânico começou a mudar.
Foi em junho de 2018 que o irmão Zhang se juntou à nossa equipe como parceiro no meu dever. Na época pensei: “Venho cumprindo esse dever há algum tempo, então já captei os princípios e alcancei alguns resultados. Talvez, em algum momento, eu deixe esta equipe para assumir uma responsabilidade maior. Preciso deixar o irmão Zhang trabalhando bem o mais rápido possível para que ele possa assumir o trabalho em nossa equipe”. Comecei a ensinar-lhe as habilidades básicas que aprendi no meu dever. Três meses depois, vi que o irmão Zhang tinha uma compreensão básica de tudo e ele estava progredindo muito rápido. Nesse ponto, comecei a me sentir ameaçado, pensando: “O irmão Zhang vem melhorando tão rapidamente no seu dever. Se isso continuar, ele não vai logo me superar? Se o líder descobrir como seu progresso é rápido, não dará a ele uma posição importante?”. Quando isso me ocorreu, pensei: “Não, preciso reter informações. Não posso mais compartilhar tudo o que sei com ele”. A partir daí, no nosso trabalho, quando achava que o irmão Zhang não era hábil em algo, só lhe dizia coisas superficiais, sem compartilhar totalmente o meu conhecimento. Eu sabia que não era a coisa certa a fazer, mas pensava no velho ditado: “Uma vez que o aluno souber tudo que o mestre sabe, o mestre perderá o seu sustento”. Com ele no centro das atenções, como eu poderia me destacar? Eu não podia deixá-lo me ultrapassar. Enquanto continuávamos a trabalhar juntos, para tudo que ele me perguntava, eu dava uma resposta parcial e guardava o resto para mim.
Pouco tempo depois, o líder procurou o irmão Zhang para discutir uma tarefa importante. Meu coração disparou quando soube disso. Eu pensei: “Estou na equipe há mais tempo que o irmão Zhang. Por que o líder não quer falar comigo? Eu não sou tão bom quanto ele? Quem o treina sou eu, mas agora ele é o menino de ouro e eu, posto de lado. Ele está em evidência e eu, esquecido. Se eu continuar a ensiná-lo, não aprenderá ainda mais rápido? Se ele conseguir uma posição importante, quem vai me admirar?”. A partir dali, no nosso trabalho juntos, quando via o irmão Zhang ter dificuldades, não queria ajudá-lo. Nosso progresso sofreu porque essas coisas não foram resolvidas em tempo hábil, e isso acabou atrasando a obra da igreja. Eu me senti um pouco culpado e desconfortável, mas não refleti sobre mim mesmo. Um dia, minha axila começou a coçar, e eu não conseguia fazer parar. Mesmo aplicando uma pomada não ajudou. No dia seguinte, meu braço começou a doer tanto que não consegui movê-lo. Percebi que essa condição não era coincidência, então fui a Deus em oração e busca. Eu disse: “Oh, Deus, essa condição foi tão repentina. Sei que Tua boa vontade está por trás disso. Mas sou insensível demais e não sei qual é a Tua vontade. Por favor, me esclarece e me guia”.
Um dia, durante meus devocionais, essas palavras de Deus vieram subitamente à mente: “Se você não estiver disposto a dedicar tudo que tem, se o mantiver guardado e escondido, for escorregadio em suas ações […]” (Extraído de ‘Apenas sendo uma pessoa honesta pode-se ser verdadeiramente feliz’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Isso foi um alerta para mim. Eu estava vivendo em um estado de disputa por nome e ganhos, temendo que esse irmão me superasse, por isso nunca fui honroso em nosso trabalho, e não queria compartilhar meu conhecimento com ele. Vi que Deus estava me avisando por meio dessa condição, para que eu refletisse. Mais tarde, li esta passagem das palavras de Deus: “Os incrédulos têm certo tipo de caráter corrupto. Quando ensinam um conhecimento ou uma habilidade profissional a outras pessoas, eles acreditam na ideia de que ‘uma vez que o aluno souber tudo que o mestre sabe, o mestre perderá o seu sustento’. Acreditam que, se ensinarem tudo que sabem aos outros, então ninguém os admirará mais e eles perderão seu status. Por essa razão, sentem a necessidade de reter parte desse conhecimento, ensinando às pessoas apenas oitenta por cento do que sabem e garantindo que guardaram alguns truques nas mangas; eles acham que essa é a única maneira de poderem provar sua posição de professor. Sempre retendo informações e guardando cartas nas mangas — que espécie de caráter é esse? É enganoso. […] Não pense que você está se saindo bem nem que não reteve o conhecimento simplesmente dizendo as coisas mais superficiais ou fundamentais a todos; isso não basta. Às vezes, você pode só ensinar algumas teorias ou coisas que as pessoas conseguem entender literalmente, mas os novatos são totalmente incapazes de perceber a essência ou os pontos importantes. Você só dá uma visão geral, sem elaborar ou entrar nos detalhes, ao mesmo tempo em que pensa consigo mesmo: ‘Bem, seja como for, eu já lhe contei e não retive nada intencionalmente. Se você não entende, é porque seu calibre é muito pobre, então não me culpe. Só nos resta ver como Deus conduz você agora’. Tal deliberação contém engano, não contém? Não é egoísta e ignóbil? Por que você não pode ensinar às pessoas tudo que está em seu coração e tudo que você entende? Por que, em vez disso, retém o conhecimento? Esse é o problema com as suas intenções e o seu caráter” (Extraído de ‘Só buscando a verdade pode-se entrar na verdade-realidade’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). As palavras de Deus revelaram minha situação com precisão. Eu não queria ensinar as habilidades que aprendi para ele por causa do meu próprio nome e posição. Eu tinha medo de que ele pegasse o jeito e me deixasse na poeira, pensando que o aluno usurparia o lugar do professor. Por sempre reter informações, não estava sendo egoísta, desprezível, desonesta e enganosa demais? Também pensei em quando o irmão Zhang havia acabado de se juntar à nossa equipe. Minha motivação para instruí-lo tinha sido para que ele pudesse assumir o trabalho da equipe o mais rápido possível. Eu teria alguém a quem entregar meus deveres, pois eu esperava assumir uma posição mais importante. Mas quando eu vi a rapidez com que ele pegava as coisas e que o líder realmente o valorizava, fiquei muito preocupado. Se ele continuasse indo bem, ele me superaria mais cedo ou mais tarde, e me suplantaria Como resultado, eu não quis compartilhar o que sabia com ele. Às vezes, quando via que ele encontrava dificuldades em seu dever, não queria ajudá-lo, o que acabou atrasando o trabalho da igreja. Vi que estava sempre trabalhando para proteger meu próprio nome e cargo sem considerar a obra da casa de Deus. Eu era tão egoísta e desonesto. Sem a disciplina oportuna de Deus, fazendo-me ficar com aquela condição, eu ainda não teria refletido sobre mim mesmo. Então li estas palavras de Deus: “Desde que ganhou a fé, você comeu e bebeu das palavras de Deus; aceitou Seu julgamento e castigo e aceitou Sua salvação. No entanto, se os princípios pelos quais você age e a direção em que faz as coisas e se conduz como pessoa não mudaram, se você é igual aos incrédulos, Deus o reconhecerá como alguém que tem fé? Ele não reconhecerá. Ele dirá que você ainda está trilhando a senda dos incrédulos. Portanto, esteja você cumprindo o seu dever ou aprendendo um conhecimento profissional, você precisa aderir aos princípios em tudo que faz. Você precisa tratar tudo que faz de acordo com a verdade e praticar de acordo com a verdade. Você precisa usar a verdade para resolver os problemas, para resolver os caracteres corruptos que foram revelados em você e para resolver seus costumes e pensamentos errôneos. Você precisa transpô-los continuamente. Primeiro, você precisa examinar a si mesmo. Depois de fazer isso, se descobrir um caráter corrupto, você precisa resolvê-lo, dominá-lo e abandoná-lo. Tendo resolvido esses problemas, quando não fizer mais as coisas com base em seus caracteres corruptos e quando puder desfazer-se de seus motivos e interesses e praticar de acordo com a verdade-princípio, só então você estará fazendo o que alguém que verdadeiramente segue Deus deveria fazer” (Extraído de ‘Só buscando a verdade pode-se entrar na verdade-realidade’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). “Você precisa pegar a essência e os pontos principais desse conhecimento profissional — as coisas que outros não compreenderam bem nem perceberam — e contar para as pessoas, de modo que todas possam fazer valer as suas forças para produzir e daí pensar em coisas ainda mais numerosas, mais profundas e mais maduras. Se você contribuir com todas essas coisas, elas serão benéficas para as pessoas que estão cumprindo esse dever, bem como para a obra da casa de Deus. […] Quando a maioria das pessoas é apresentada pela primeira vez a algum aspecto específico de conhecimento profissional, elas podem compreender apenas seu significado literal, enquanto a parte que envolve os pontos principais e a essência requer prática por algum tempo antes que as pessoas possam captá-los. Se você já captou esses pontos mais delicados, deveria lhes contar de forma direta; não as faça tomar uma senda tão tortuosa e perder tanto tempo para chegar lá. Essa é sua responsabilidade; é o que deveria fazer. Só se lhes contar o que você acredita serem os principais pontos e a essência, você não reterá nada e só então não será egoísta” (Extraído de ‘Só buscando a verdade pode-se entrar na verdade-realidade’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Pelas palavras de Deus, vi que devia me concentrar na auto-reflexão no meu dever e buscar a verdade para resolver meu caráter satânico. Precisava abandonar meus pensamentos e ideias incorretos e conseguir trabalhar unido aos irmãos e irmãs no meu dever. Percebi que todos nós somos muito carentes, seja na verdade ou no nosso trabalho, por isso irmãos e irmãs precisam ajudar e apoiar uns aos outros em seus deveres, e comunicar o que eles entendem sem esconder nada. Ao compensar as deficiências um do outro assim, é muito menos provável que nos desviemos. De fato, eu ser um pouco mais habilidoso que o irmão Zhang era inteiramente devido à bondade de Deus. Eu deveria ter considerado a vontade de Deus, abandonado meu egoísmo, e lhe ensinado tudo o que eu sabia para que ele pudesse cumprir bem o seu dever o mais rápido possível. Só isso estaria de acordo com a vontade de Deus. Assim que percebi isso, rapidamente fui a Deus em oração, disposto a abandonar meus pensamentos incorretos e não viver mais segundo meu caráter satânico. Mais tarde, procurei o irmão Zhang para conversar honestamente com ele sobre o estado em que estive e dissecar esse meu caráter satânico. Também compartilhei os pontos principais das minhas habilidades com ele. Quando comecei a praticar assim, senti-me muito mais à vontade, e aquele problema de saúde foi sanado antes que eu percebesse.
Pensei que depois de passar por isso eu já teria mudado, mas esse caráter satânico estava profundamente arraigado. Assim que surgiram as condições certas, não pude deixar de mostrar os venenos novamente.
Em março de 2019, o irmão Zhang e eu fomos eleitos ao mesmo tempo para sermos líderes da igreja. No começo, trabalhamos muito bem juntos. Fosse um problema dentro da igreja ou uma dificuldade que encontrássemos, buscávamos a verdade juntos para resolvê-la. Mas um dia, ouvi alguém na igreja dizer: “A comunicação do irmão Zhang sobre a verdade é bem prática e ele é muito responsável em seu dever”. Ao ouvir isso, entrei numa turbulência interior e pensei: “Se for superado pelo irmão Zhang, isso não será humilhante?”. Em todas as nossas discussões de trabalho depois disso eu só apontava erros e falhas e guardava para mim as sendas da prática de como os resolver. Às vezes, quando ele me procurava em busca de ajuda, eu cerrava os dentes e lhe dava migalhas, com medo de que se ele entendesse demais, resolveria os problemas sem que eu me exibisse. Lembro de uma vez quando ele estava prestes a oferecer apoio a alguns irmãos e irmãs que se sentiam fracos. Ele temia que, sem o tipo certo de comunicação, fosse infrutífero, por isso veio me consultar sobre quais verdades seria melhor focar. Mas minha consideração na época era que se eu lhe contasse tudo o que sabia e ele lidasse com o problema, os irmãos e irmãs definitivamente o admirariam, e então o que eu compartilharia na próxima comunhão? Isso não o faria parecer melhor do que eu? Então, no momento, pensei: “Não, tenho que reter algo para eu comunicar na próxima vez, para que eles vejam que sou o mais capaz de resolver problemas”. Só dei ao irmão Zhang uma breve visão geral, mas não mencionei detalhes nem nada realmente importante. Como eu estava nutrindo meu egoísmo e não queria compartilhar tudo o que sabia com ele, evitei intencionalmente o irmão Zhang em nosso trabalho e passamos menos tempo do que de costume discutindo coisas um com o outro. Às vezes me sentia muito culpado e pensava comigo mesmo: “Ao cumprir meu dever assim, não estou trabalhando em harmonia com meu irmão, e não é algo de que Deus gostaria”. Mas então pensei: “Se ele me superar, todo mundo o admirará”, por isso não quis mais praticar a verdade. Eu estava constantemente irredutível naquele tempo, que o justo caráter de Deus veio sobre mim. Minha mente estava sempre confusa. Minha comunicação nas reuniões carecia de luz e eu não estava conseguindo nada em meu dever, e eu cochilava e adormecia bem cedo todas as noites. Eu também estava me sentindo cada vez mais incomodado. Naquele ponto, percebi que Deus Se afastara de mim, e então fiquei com medo. Corri para diante de Deus e orei. “Oh, Deus, eu tenho sido egoísta e desprezível demais. Sei que isso Te dá nojo, mas não consigo me conter. Não consigo me livrar disso. Deus, por favor, ilumina-me para que eu possa compreender de verdade minha natureza e essência.”
Depois da minha oração, li esta passagem das palavras de Deus: “Até que as pessoas tenham experimentado a obra de Deus e ganhado a verdade, é a natureza de Satanás que assume o controle e as domina por dentro. O que, especificamente, essa natureza acarreta? Por exemplo, por que você é egoísta? Por que protege a própria posição? Por que você tem emoções tão fortes? Por que aprecia aquelas coisas injustas? Por que gosta daqueles males? Qual é a base para sua afeição por tais coisas? De onde vêm essas coisas? Por que você fica tão feliz em aceitá-las? A esta altura, vocês todos vieram a entender que a razão principal por trás de todas essas coisas é que o veneno de Satanás está dentro de vocês. Quanto ao que é o veneno de Satanás, isso pode ser completamente expresso em palavras. Por exemplo, se você pergunta para alguns malfeitores por que cometeram o mal, eles responderão: ‘Por que é cada um por si e o diabo pega quem fica por último’. Esse simples provérbio expressa a raiz exata do problema. A lógica de Satanás se tornou a vida das pessoas. Elas podem fazer coisas por este ou aquele propósito, mas só as estão fazendo para si mesmas. Todos pensam que, como é cada um por si e o diabo pega quem fica por último, as pessoas deveriam viver pelas próprias causas e fazer tudo que puderem para assegurar uma boa posição em prol de comida e roupas finas. ‘Cada um por si e o diabo pega quem fica por último’ — essa é a vida e a filosofia do homem e representa também a natureza humana. Essas palavras de Satanás são precisamente o veneno de Satanás e, quando as pessoas o internalizam, ele se torna a natureza delas. A natureza de Satanás é exposta por meio dessas palavras; elas o representam completamente. Esse veneno se torna a vida das pessoas bem como o fundamento de sua existência, e a humanidade corrupta tem sido constantemente dominada por esse veneno por milhares de anos” (Extraído de ‘Como trilhar a senda de Pedro’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). A leitura das palavras de Deus me mostrou que eu não podia deixar de agir com egoísmo e de modo desprezível por causa dos venenos e das filosofias de Satanás como “Cada um por si e o diabo pega quem fica por último” tornaram-se minha própria natureza. Eu os tinha tomado como coisas positivas, como regras para viver, pensando que é assim que as pessoas deveriam viver, que essa era a única maneira de nos proteger. Como resultado, tornei-me cada vez mais egoísta e desprezível, pensando só em mim. Eu tinha medo constantemente de que o irmão Zhang fosse melhor do que eu no dever que realizávamos juntos, assim, sempre que falávamos de trabalho, eu só omitia coisas, fazendo o mínimo possível, sem compartilhar tudo o que sabia. Quando o irmão Zhang tinha problemas com seus deveres e me buscava, a obra da casa de Deus não era minha preocupação, mas que se eu lhe ensinasse tudo, não teria mais chance de brilhar na igreja. Mesmo sabendo muito bem que não era a abordagem correta, ainda não queria ajudá-lo. Pude ver que não estava cumprindo meu dever por consideração à vontade de Deus ou para sustentar a obra da casa de Deus, mas que eu o fazia em busca de nome e status pessoais. Isso era incrivelmente egoísta e astuto de minha parte. Confiando nesses venenos satânicos para cumprir meu dever, como eu poderia ganhar a orientação e as bênçãos de Deus? Pensava que por não ensinar o que sabia para mais ninguém, eu poderia ser o melhor da igreja e ser estimado por todos, mas na verdade acabou que quanto mais eu retinha, mais sombrio meu espírito se tornava e mais eu ficava sem a orientação de Deus. Chegou ao ponto em que eu não podia nem fazer o que tinha sido capaz de fazer antes. Estas palavras do Senhor Jesus vieram à mente: “Pois ao que tem, dar-se-lhe-á, e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado” (Mateus 13:12). Passar por isso me fez realmente apreciar o justo caráter de Deus. Quando pensei mais sobre isso, percebi que poder ver alguns problemas no meu dever era a orientação e iluminação de Deus, e sem a orientação das palavras de Deus, eu era cego, incapaz de entender qualquer coisa e de resolver qualquer problema. Mas eu estava totalmente sem autoconsciência, e descaradamente confundi a iluminação do Espírito Santo com minha própria capacidade. Eu não estava tentando roubar de Deus a Sua glória? Deus pode ver dentro do coração e da mente das pessoas. Eu sabia que se continuasse sendo egoísta e desprezível, eu certamente seria rejeitado e eliminado por Deus. Ao pensar isso eu rapidamente me prostrei diante de Deus para orar, dizendo: “Deus, eu não serei mais tão egoísta e desprezível no meu dever. Realmente quero trabalhar bem com o irmão Zhang e cumprir bem meus deveres”.
Depois disso, li estas palavras de Deus: “Não faça as coisas sempre pelo seu próprio bem, nem considere constantemente os interesses próprios; não pense em seu status, prestígio ou reputação. Tampouco considere os interesses do homem. Primeiro, você precisa pensar nos interesses da casa de Deus e fazer deles a sua primeira prioridade. Você deve ser atencioso para com a vontade de Deus e começar por contemplar se você tem sido impuro ou não no cumprimento de seu dever, se você fez ou não o melhor que pôde para ser leal, se você fez o melhor que pôde para cumprir suas responsabilidades, e deu tudo de si, e também se você pensou de todo o coração ou não sobre seu dever e a obra da casa de Deus. Você deve considerar essas coisas. Reflita sobre elas com frequência e será mais fácil para você cumprir bem o seu dever” (Extraído de ‘Dê seu real coração a Deus e você poderá obter a verdade’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). “Quando se revela ser egoísta e ignóbil e se torna consciente disso, você deveria procurar a verdade: o que eu deveria fazer para estar alinhado à vontade de Deus? Como deveria agir de modo a beneficiar todos? Ou seja, você precisa começar deixando os interesses próprios de lado, desistindo deles gradualmente de acordo com a sua estatura, um pouco de cada vez. Depois de experimentar isso algumas vezes, você os deixará completamente de lado e, ao fazê-lo, se sentirá cada vez mais firme. Quanto mais deixar seus interesses de lado, mais sentirá que, como ser humano, você deveria ter consciência e razão. Sentirá que, sem motivos egoístas, você está sendo uma pessoa franca e direita e que está fazendo as coisas inteiramente para satisfazer a Deus. Você sentirá que tal comportamento o torna digno de ser chamado de ‘humano’ e que, ao viver dessa maneira na terra, você está sendo aberto e honesto, está sendo uma pessoa genuína com a consciência limpa e digno de todas as coisas que Deus lhe concedeu. Quanto mais você viver assim, mais decidido e brilhante se sentirá. Como tal, você não terá posto os pés na trilha certa?” (Extraído de ‘Dê seu real coração a Deus e você poderá obter a verdade’ em “As declarações de Cristo dos últimos dias”). Depois de ler isso, entendi que se eu quisesse cumprir bem meu dever, primeiro tinha de pensar em como apoiar a obra da casa de Deus, como dar tudo de mim no meu dever e cumpri-lo com a maior responsabilidade. O foco de Deus está na nossa atitude em nosso dever. Sua esperança é que O encaremos com um coração genuíno, que demos o nosso máximo para cumprir bem nosso dever e que nos tornemos pessoas de consciência e humanidade. Uma vez que entendi Sua vontade, orei a Deus dentro do meu coração, dizendo a Ele que estava pronto para abandonar meu egoísmo e parar de considerar meus interesses pessoais, e que eu faria só o que beneficiasse a igreja e a vida dos meus irmãos e irmãs. Depois disso, conversei com o irmão Zhang, contando a ele sobre meus motivos egoístas, desprezíveis e enganosos. Também buscamos a verdade juntos sobre os problemas e falhas no nosso trabalho para resolvê-los, e compartilhava comunicação sobre tudo que sabia, sem reservas. Quando pratiquei dessa maneira, experimentei um sentimento de muita paz. Senti como é maravilhoso ser esse tipo de pessoa, ser aberto e franco. Meu estado foi melhorando e comecei a ver alguns resultados em meu dever. Mesmo que às vezes eu ainda tivesse pensamentos egoístas e desprezíveis, assim que pensava em como isso enojava a Deus, ficava diante Dele em oração, abandonava meu pensamento incorreto e queria praticar de acordo com Suas palavras.
Tendo passado por essa experiência, eu realmente vi que cumprir nosso dever confiando no caráter satânico e nos venenos de Satanás, só pode nos tornar cada vez mais egoístas, desprezíveis e interesseiro. Perderemos toda a semelhança humana, não apenas causando-nos dor, mas também não conseguindo trabalhar bem com os outros. Além disso, isso só faz prejudicar a obra da casa de Deus. Quando pratiquei a verdade como uma pessoa honesta de acordo com as palavras de Deus, e não mais tramando por interesses próprios, recebi a iluminação e orientação do Espírito Santo em meu dever e senti paz interior. Graças a Deus! Foram o julgamento e o castigo das palavras de Deus que me deram um pouco de entendimento do meu caráter satânico, e finalmente pude praticar um pouco da verdade e viver uma semelhança humana.